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INTERVENÇÃO COM MORADORES DE RUA

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO – UNIAN
Unidade Santo André
Curso de Psicologia – Formação de Psicólogo
 
PROJETO E INTERVENÇÃO COM MORADORES DE RUA
NA CIDADE DE EMBU DAS ARTES
Santo André
Maio/2017
PROJETO DE INTERVENÇÃO COM MORADORES DE RUA 
 Atividade pratica supervisionada entregue como exigência à disciplina de Curso de Psicologia da Universidade Anhanguera de São Paulo (UniAN), sob orientação da Prof. Walme Oliveira 
Santo André
Maio/2017
INTRODUÇÃO 
O nosso projeto de psicologia, e intervenção na área social busca interagir com moradores de rua, para conhecer o meio em que vivem, o que os levam a deixar as suas casas muitas vezes e as dificuldades que enfrentam, com o objetivo de trabalhar junto a esses moradores exercendo o papel de analista, facilitador permitindo que os moradores de rua estejam inseridos nesse processo demonstrando as suas dificuldades, expectativas, como eles se veem nesse processo, e o motivo a qual eles foram para as ruas.
A situação de rua, em que vivem milhares de pessoas atualmente é um quadro social produzido pelas estratificações do sistema capitalista, no qual uma minoria da população detém a grande de parcela das riquezas produzidas. Este sistema produz um alto índice de pessoas em situação de vulnerabilidade social e miséria.
Gomes e Pereira (2005) afirmam, a criança abandonada é apenas a contrapartida do adulto, família e da sociedade abandonada. Por isso a Psicologia social propõe uma reflexão destas questões em uma dimensão ampla, o que significa pensar na miséria como uma consequência das estruturas sociais. Varando e Adorno (2004) coloca que as pessoas que sobrevivem na pobreza e distantes de uma suposta rede de proteção social experimentam vínculos sociais extremamente frágeis, que tendem a se fortalecer ou se romper de acordo com as dificuldades que a realidade apresenta e conforme o acúmulo de experiência dez estruturantes ao longo da vida
“Não lhes interessa qualquer sobrevivência, mas uma específica, com reconhecimento e dignidade. Mesmo na miséria, eles não estão reduzidos às necessidades biológicas, indicando que não há um patamar em que o homem é animal. O sofrimento deles revela o processo de exclusão afetando o corpo e alma, com muito sofrimento, sendo o maior deles o descrédito social, que os atormenta mais que a fome. O brado angustiante do “eu quero ser gente” perpassa o subtexto de todos os discursos. E ele não é apenas o desejo de igualar-se, mas de distinguir-se e ser reconhecido” (SAWAIA, 1999 – p. 114-115) 
Diante disto vamos apresentar o aumento de números de moradores de rua, em consequência da desigualdade econômico – social que caracteriza de nossa sociedade. 
Como assim, na cidade de Embu das Artes é notável que a política que exclui os sujeitos que não são considerados parte do corpo social e por isso, torna-se relevante o papel da Psicologia, e dos psicólogos em trabalhar com essas pessoas que neste contexto tornaram-se apenas moradores de rua.
TEMA 
O projeto tem o tema de intervenção com moradores de rua. O trabalho é voltado para a população de moradores de rua na cidade de Embu das artes neste ano em maio de 2017, sustenta-se em visitas a trabalho na cidade , podemos observamos que a cidade tem diversos moradores de rua incluindo crianças e adolescentes, que vivem nas ruas da cidade. 
PÚBLICO BENEFICIADO
Moradores de rua da cidade de Embu das artes, em situação de vulnerabilidade risco incluindo todo público nessa vivência, homens mulheres adolescentes e crianças da região do centro.
OBJETIVO 
O objetivo desse trabalho é mostrar a quantidade de desabrigados que temos na região e mostrar alternativas que possam ajudar essa população a sair das ruas, temos todo tipo de população e idades, os adolescentes, crianças e idosos que tem nas ruas um espaço de moradia e sobrevivência, com nosso auxilio podem voltar para suas casas ou ir á buscar de um lar, e como objetivo desenvolver nos atendimentos em rua ampliando e mostrando os diversos serviços oferecidos na rede da cidade, visando e garantindo o direito de inclusão a todos. 
Realizar abordagens, fazer os acolhimentos e intervenção, e um acompanhamento às redes de assistência da cidade.
Propor um plano de intervenção junto a família, pós a conversa com os moradores.
Realizar processos de Mobilização Social, divulgando e sensibilizando a população quanto à situação de mulheres, homens, crianças e adolescentes em situação de rua, trabalhando o preconceito, corresponsabilidade de todos da cidade, o compromisso da sociedade para construção de alternativas de enfrentamento à situação desse pessoal alocado nas ruas da cidade. 
Contribuir de alguma forma positiva na vida desses moradores com a produção de conhecimento sobre a realidade dos moradores de rua, mulheres crianças e adolescentes em situação de rua e trabalhar as suas famílias, subsidiando a qualificação dos serviços oferecidos de direito a todos.
METODOLOGIA
A ação nas ruas será constituída por um grupo de estudantes de psicologia em microgrupos com capacidade de interagir, acolher e reunir esses moradores nas diversas idades, cada um no seu território de abrangência. 
Foram realizadas pesquisas na região da cidade e todos os projetos sociais e governamentais oferecidos para moradores de rua, tendo como o objetivo principal a formação de vínculos com essa população e conhecimento da sua realidade, para ajudarmos em conjunto com eles para os benefícios de inclusão existentes na região.
Os locais considerados privilegiados para as ações são as praças, onde se aglomeram o maior numero de moradores da região espaços públicos onde se realizam atividades da cidade, terminais de ônibus e outros. O Projeto dentro do que foi proposto através das necessidades gerais buscará a resolução de problemas na perspectiva de diminuir essa população e conscientiza-la. 
A base metodológica desse trabalho é pautada na conscientização do cidadão, e dos moradores de rua, na perspectiva de vínculos, está baseada na realização de rodas de conversa e atividades, valorização do potencial e resgate de autoestima e auto- cuidado. 
PROJETO DE INTERVENÇÃO 
O projeto de intervenção tem como objetivo o atendimento a população de rua da cidade de Embu das Artes na cidade de São Paulo, assim como o encaminhamento da população de rua a órgãos públicos que atendam as especificidades de cada caso visando o atendimento relacionado, conjunto com a equipe de psicólogas, equipes de saúde, e de assistência social, desta forma procurando trazer ao conhecimento do público a quem se destina esse projeto, o conhecimento, o acesso, e a ampliação ao uso desses serviços garantido e assegurando o direito ao uso do serviço disponível ao qual o usuário necessitar.
As intervenções foram baseadas na população em situação de rua (PSR) denominadas pelo decreto nº 7053 de 23 de dezembro de 2009, Parágrafo Único denominado moradores como Grupo Populacional heterogêneo, que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia fixa convencional. 
Para planejamento e desenvolvimento do projeto compete ao grupo de psicólogas:
Realizar levantamentos de projetos e ações sociais existentes na cidade nas esferas governamentais com o objetivo de verificar as diretrizes de acesso a realização e viabilidade em termos legais do projeto em estudo, bem como verificar as diretrizes de acesso e inclusão ao Sistema Único de Saúde (SUS), nos serviços especializados em Assistência Social (SUAS), no Centro de Apoio Psicossocial (CAPS), nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), e nos Consultórios de Rua (CR), programa do Ministério da Saúde abrindo espaço para realização desse e de outros projetos junto a essa população.
Outros pressupostos fazem parte da elaboração do projeto referente ao papel do psicólogo frente ao projeto, como empatia, capacidade de compreender sem julgar e o respeito a todos os participantesdo projeto independentemente de valores morais.
Outros fatores a serem considerados seriam procurar, conhecer, entender e aplicar as ferramentas de Intervenção Social, neste caso o psicólogo deverá visitar eticamente inúmeros locais para conhecer essa população.
Verificar as condições de acesso às redes de atendimento público a essa população, principalmente as redes de saúde.
Realizar escuta psicológica , olhando esse sujeito independentemente de suas convicções morais, mas sim como ser humano, realizando escuta psicológica eficiente.
Estabelecer vínculos, neste caso seria como uma aprendizagem possível para aproximação aos moradores de rua, promovendo desenvolvimento e favorecendo a aplicação, a viabilidade da realização e bons resultados ao projeto. 
Apoiar e aprimorar o projeto psicossocial existente atuando em defesa do sujeito, dos direitos humanos para enfrentamento, e diminuição da violência física, psíquica e sexual contra essa população.
O projeto consiste em:
Mapeamento e triagem da demanda na rua.
Análise de dados, obtidos através de interação com a população de rua, assim como o uso de técnicas como entrevistas, e estudo de casos.
Identificação da demanda de cada caso em estudo.
Encaminhamento de acordo com a necessidade e especificação de cada caso.
Identificação de parcerias e de espaços para o acolhimento devido, em órgãos públicos, tendo como base os programas sociais e políticas existentes, assim como as possíveis parcerias e oferta de atendimento a serviços destinados a população de rua e ao referido projeto.
Oferecer opções que atendam a demanda dos moradores de rua com o objetivo de promover a possível retomada de vida e inserção do indivíduo ao convívio social.
Pré-estabeleci mento de serviços a serem realizados pelo projeto como:
Retirada de documentos, junto aos órgãos públicos.
Inserção em programas sociais.
Busca pela família.
Encaminhamento para espaços comunitários, e a projetos de trabalho e aprendizagem.
Acompanhamento Psicológico nas ruas.
Acompanhamento às famílias.
Acesso a albergues para banho, alimentação e para dormir.
Acesso a possíveis vagas em clínicas para tratamento e reabilitação ao uso de drogas e álcool.
Informar através de ações comunitárias, campanhas e palestras, garantir o direito a programas de incentivo à reinserção social, a procura e ao acesso a informação e serviços que atendam a demanda, e diminuam o sofrimento e a marginalidade dos indivíduos que se encontram nas ruas enfrentam.
Todas as propostas de intervenção e procedimentos apresentados no projeto têm como objetivo comum, minimizar o sofrimento dessa população que parecem estar esquecidos a margem da sociedade, neste caso dar-lhes atenção, assistência, oportunidade e existência, utilizando as medidas possíveis e cabíveis para atendê-los em suas necessidades, e fragilidade, tratando-os com equidade.
CRONOGRAMA
	Cronograma de Atividades
	Atividade
	Descrição das atividades
	1
	Abordagem e acolhimento do publico alvo 
	2
	Apoio psicológico e multidisciplinar 
	3
	Auxilio com documentação 
	4
	Atividades de auto- conhecimento e desenvolvimento pessoal
	5
	Atividades de pintura em tecido e crochê 
	6
	Atividade com Musica Violão e dança
	7
	Trabalho relacionado a auto estima e beleza 
BENEFICIO DAS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 
Abordagem e acolhimento do publico : O objetivo da abordagem de pessoas em situação de rua é oferecer atendimento nas seguintes áreas e atividades: moradia, alimentação, roupas e calçados, higiene pessoal, medicamentos, apoio psicológico e espiritual, atendimento médico e odontológico, aquisição de documentação, amparo moral e encaminhamento para instituições que oferecem tratamento da dependência química.
Auxilio com documentação: Todo cidadão deve possuir os documentos pessoais que são de cadastramento obrigatório para que se possa ser tido como cidadão na sociedade em que vive, pois é por meio de seus documentos pessoais que é possível identificarem qual tipo de pessoa você se caracteriza além de várias outras informações dadas por você e por outros órgãos.  Sem a documentação adequada, um amparo e uma instituição essas pessoas não teriam aonde ir. Quase todos voltariam às drogas ou a dormir nas calçadas da cidade.
Apoio Psicológico e multidisciplinar: Em geral, o suporte tem como objetivo promover a recuperação do indivíduo por meio do enfrentamento, da superação, do fortalecimento e do crescimento pessoal diante da adversidade. Além disso, contribui na prevenção de comprometimentos à saúde ao atuar na administração de crises e cuidados pós-traumáticos. 
Atividades com Musica e violão: Seja qual for à indicação, cada caso envolve uma prescrição específica de melodias, escolhidas conforme o tratamento a ser realizado e as características físicas, mentais e sociais do paciente. Não há restrição de estilos ou gêneros. O importante é que a música atue como um meio de transformação e jamais reforce a patologia. No caso do canto terapia e das sessões que envolvem o uso de instrumentos sonoros.
Trabalho relacionado à auto estima e beleza : Muitas vezes, por traumas ou até por acomodação, o indivíduo pode achar que não é capaz de desenvolver algo produtivo e que, literalmente, não serve para a nada. É aí que entra o artesanato. A pessoa terá a possibilidade de realizar atividades que vão proporcionar uma sensação de bem-estar única, fazendo com que os problemas de auto aceitação e de autoestima diminuam. 
Usar o artesanato como forma de terapia pode ser uma forma de prevenir possíveis doenças mentais, ou até tratá-las, caso já existam. A técnica, como o próprio nome diz, persiste em ocupar a cabeça com algo proveitoso, que traga benefícios e realização pessoal. A atividade ajuda a pessoa a se sentir útil ao mundo novamente e perceber que é ela mesma quem decide o próprio futuro.
ARTICULAÇÃO TEÓRICA 
A população em situação de rua, é formada por um grupo composto por pessoas com diferentes realidades de vida, mas que tem algo em comum a condição de extrema pobreza e o isolamento da sociedade formal, a realidade dos moradores de rua tem como característica a exclusão social de uma parcela da população, essa realidade de exclusão social tem origens econômicas, o que acaba dificuldade de acesso à informação dos indivíduos a seus direitos sociais e a perda de auto-estima. Esses indivíduos se apresentam com roupas sujas e sapatos surrados, morando debaixo de viadutos, no meio da rua ou em abrigos, muitos acabam indo parar no meio da rua devido à perda de vínculos familiares, desemprego, fugindo da violência domiciliar, perda de auto-estima, abuso de álcool ou drogas, doença mental, são homens, mulheres, jovens, famílias inteiras. (COSTA 2005, P.3).
Snow e Anderson (1998) citados por Costa (2005), afirmam que o mundo social dos moradores de rua constitui-se em uma subcultura, onde compartilham a mesma história de terem que sobreviver nas ruas e becos das grandes cidades, vivendo nessa subcultura não por vontade própria, mas empurrados por circunstâncias que fugiram ao seu controle, essa subcultura é composta por pessoas que mudaram para as grandes cidades a procura de emprego e não conseguiram, aqueles que apesar de possuírem trabalho, não ganham o suficiente para ter uma moradia vivendo na rua ou em albergues, catadores de rua que passam muito tempo andando pelas ruas em busca de materiais para reciclagem e passam a morar em albergues ou na rua. 
Costa (2005), também aponta que essa população infelizmente ainda não tem visibilidade não tendo os seus números populacionais computados por órgãos de oficiais, os poucos dados existentes são obtidos em pesquisas realizadas por municípios, e universidades, no entanto, os dados estatísticos existentes são muito poucos e baseiam-se em diferentes critérios, o desinteresse dos órgãos públicos pelos moradores de rua reflete a ambiguidade de sentimentos que a sociedade tem sobre os moradores de rua, que em dados momentos mostra compaixão, preocupação e atéassistencialismo, e em outros momentos mostra repressão, preconceito e indiferença. 
Luz e Serafino (2015, p.78), destacam que devido à complexidade da condição dos moradores de rua, acaba exigindo visão e ação totalizante, para responder às demandas desse grupo social, ações concretas para garantir emprego, direitos como membros de uma sociedade, “assistência social, educação, segurança alimentar e nutricional, saúde e cultura”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nosso objetivo é dar a essas pessoas a oportunidade de retomar sua vida, voltar à atividade profissional, reestruturar seu lar. Procuraremos uma instituição que já possui, que tenha um espaço para palestras e para o trabalho de médicos, psicólogos, dentistas e terapeutas, que estarão à disposição para oferecer reequilíbrio físico e psicológico.
Queremos dar o atendimento aos moradores de rua adultos. Quando for necessário atender uma família inteira, as crianças, evidentemente, serão incorporadas ao trabalho, junto com seus pais.
A vida dos moradores de rua é uma busca de sobrevivência diária e pela vulnerabilidade física constante e da resistência à exclusão. No entanto, a condição de habitante das ruas permite um olhar único sobre o cotidiano das grandes cidades do mundo.
Os motivos que levam uma pessoa a morar na rua são vários, como o desemprego, o abandono familiar ou até falta da família, a situação econômica, o desajuste social, problemas psicológicos e, muitas vezes, o vício em drogas como o álcool e o crack. Essas pessoas já não veem expectativas em suas vidas, se encontram em uma situação de sobrevivência, fora do contexto social, sem esperanças ou sonhos, usando de papelões e jornais como proteção do frio durante a noite.
Não é apenas o governo que deve voltar seus olhos para essas pessoas, mas também a sociedade, que ao se deparar com um “mendigo” na rua passa como se não existisse nada naquele lugar, como se ele não fizesse parte de sua realidade. Essa imagem “inconveniente” passa despercebida aos olhos das pessoas, que já não enxergam solução para esse problema e ignoram o outro, que necessita de ajuda ou, pelo menos, ser tratado com dignidade.
Conforme Nasser (2001), moradores de rua que frequentam albergues têm como característica principal o uso abusivo do álcool. Doravante, Varanda e Adorno (2004) afirmam que na maioria dos casos, a bebida aparece desde cedo na vida familiar e passa a ser um hábito mais intenso com a idade, trazendo a sensação de prazer imediato, além do fácil consumo pelo baixo custo. Além do álcool, as ruas também são espaços de consumo de outras drogas como a maconha, o crack e a cocaína. Consideram que na experiência de rua, a bebida além de desinibir atua como anestésico para que os moradores suportem todas as imprevisibilidades e desconfortos da rua, como a sujeira, a insegurança, as doenças e o frio.
Concordamos com Nasser (2001), ao afirmar que a bebida é introduzida ainda cedo na vida de muitos moradores de rua como um hábito familiar cultivado desde a tenra idade, e que, com o passar dos anos, foi se intensificando, até intermediar, na fase adulta, a relação entre o trabalho e a vida doméstica. Porém, este autor nos aponta para existência de indivíduos que vivem nas ruas ou em albergues e não fazem uso de álcool, população está que distingue dos albergados por ter uma maior concentração de alcoolistas crônicos. Tal evidência não foi encontrada neste projeto, visto que todos os participantes eram alcoolistas e/ou dependentes de outras substâncias.
A atuação do psicólogo deve ser voltada para a valorização dos aspectos saudáveis presente nos sujeitos nas famílias e na comunidade. A psicologia, portanto, pode contribuir para resgatar os vínculos dos usuários com assistência social.
Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e seus processos mentais.
Através dos projetos e ações apresentados, mostramos quais as contribuições para a melhoria da vida dessas pessoas. Experiência e aprendizado aos envolvidos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COSTA, Ana Paula Motta. População em situação de rua: 2005. Disponível em:<http://revistaseletronicas.pucrs.br/fo/ojs/index.php/fass/article/view/993/773>. Acesso em: 29 maio 2017.
NASSER, A. C. A. Sair para o mundo: trabalho, família e lazer na vida dos excluídos. São Paulo: Hucitec, 2001.
LUZ, Lila Cristina Xavier; SERAFINO, Irene. Políticas para a população adulta em situação de rua: questões para debate. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rk/v18n1/1414-4980-rk-18-01-00074.pdf>. Acesso em: 29 maio 2017.
GOMES, M. A.; PEREIRA, M. L. D. Família em situação de vulnerabilidade social: uma questão de políticas públicas. Ciências e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, 2005 . Disponível em: Acesso em: 21 maio. 2017.
VARANDA, W.; ADORNO, R. C. F. Descartáveis urbanos: discutindo a complexidade da população de rua e o desafio para políticas de saúde. Saúde e sociedade, São Paulo, v. 13, n. 1, abr. 2004 . Disponível em: . Acesso em: 21 maio 2017.

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