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Aula 02

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Aula 02
Acessibilidade p/ STM (Todos os Cargos) Pós-edital
Professor: Ricardo Torques
35924943097 - luis lima silverio
ACESSIBILIDADE PARA O STM 
teoria e questões 
Prof. Ricardo Torques 
Aula 
02 
 
 
 
 
 2 
 
AULA 02 
ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA (PARTE 02) 
 
Sum ário 
1 - Considerações I niciais .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 
2 - Direitos Fundamentais .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 
2.1 - Direito ao Trabalho ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 
2.2 - Direito à Assistência Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 
2.3 - Direito à Previdência Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 
2.4 - Direito à Cultura, ao Esporte, ao Turismo e ao Lazer .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 
2.5 - Direito ao Transporte e à Mobilidade ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 
3 - Acessibilidade ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 
3.1 - Disposições Gerais .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 
3.2 – Acesso à informação e à comunicação ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 
3.3 - Tecnologia Assist iva .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 
3.4 - Direito à part icipação na vida pública e polít ica .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 
4 – Questões ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 
4.1 - Lista de Questões sem Comentários .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 
4.2 - Gabarito .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 
4.3 - Lista de Questões com Comentários... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 
5 – Resumo ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 
6 - Considerações Finais .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 
 
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1 - Considerações I niciais 
Na aula passada iniciam os a análise do Estatuto da Pessoa com Deficiência. Com o 
você pôde notar a part ir das questões apresentadas, o assunto é bastante 
incidente em provas. A aula de hoje não fica para t rás! 
Cont inuarem os com o estudo dos Direitos Fundam entais previsto no Estatuto. Do 
rol previsto no Estatuto, já vim os direito à vida, direito à habilitação e 
reabilitação, direito à saúde, direito à educação e direito à m oradia. Darem os 
cont inuidade a part ir do Direito ao Trabalho. 
Além disso, verem os as regras relat ivas à acessibilidade, abordando vários 
aspectos legislados sobre o tem a. 
Verem os, nessa aula, os art . 34 ao 76. 
Boa aula! 
2 - Direitos Fundam entais 
2 .1 - Direito ao Trabalho 
No rol dos direitos sociais, um dos m ais abordados pelo Texto Const itucional é 
o direito ao t rabalho. No art . 7º , a CF reserva dezenas de incisos para tutelar os 
direitos dos t rabalhadores de um m odo geral. Essas regras, que são estudadas 
em Direito Const itucional, são aplicáveis às pessoas com deficiência. 
O exercício do direito ao t rabalho é fundam ental para a autonom ia e para a 
liberdade da pessoa com deficiência . Além da proteção const itucional, 
assegurada a todos, o Estatuto t raz algum as especificidades. Assim , além de 
regras gerais sobre o assunto, dois pontos específicos são relevantes: a 
habilitação profissional e a inclusão no m ercado de t rabalho. 
Disposições Gerais 
O t rabalho é livre e, portanto, a condição de pessoa com deficiência não 
pode, de form a algum a, obstar o exercício desse direito. Para tanto, os 
locais de t rabalho devem ser acessíveis de m odo a proporcionar a igualdade de 
condições para o exercício das at iv idades laborais. 
Desse m odo, tanto pessoas jurídicas de direito público com o de direito pr ivado 
possuem o dever de garant ir um am biente de t rabalho acessível e inclusivo, 
sendo vedada qualquer discr im inação em razão da deficiência. Além disso, deve 
ser assegurada igualdade salarial em relação a todos os t rabalhadores. 
Assim : 
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Confira a legislação: 
Art . 34. A pessoa com deficiência tem direito ao t rabalho de sua livre escolha e 
aceitação, em am biente acessível e inclusivo, em igualdade de oportunidades com as 
dem ais pessoas. 
§ 1o As pessoas jurídicas de direito público, pr ivado ou de qualquer natureza são 
OBRI GADAS a garant ir am bientes de t rabalho acessíveis e inclusivos. 
§ 2o A pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de oportunidades com as dem ais 
pessoas, a condições justas e favoráveis de t rabalho, incluindo igual rem uneração por 
t rabalho de igual valor. 
§ 3o É VEDADA restr ição ao t rabalho da pessoa com deficiência e qualquer 
discrim inação em razão de sua condição, inclusive nas etapas de recrutam ento, 
seleção, cont ratação, adm issão, exam es adm issional e periódico, perm anência no em prego, 
ascensão profissional e reabilitação profissional, bem com o exigência de apt idão plena. 
§ 4o A pessoa com deficiência tem direito à part icipação e ao acesso a cursos, 
t reinam entos, educação cont inuada, planos de carreira , prom oções, bonificações 
e incent ivos profissionais oferecidos pelo em pregador, em igualdade de oportunidades 
com os demais em pregados. 
§ 5o É garant ida aos t rabalhadores com deficiência acessibilidade em cursos de form ação 
e de capacitação. 
Dos disposit ivos acim a, destacam os as seguintes inform ações: 
ª É vedada a rest r ição ao t rabalho da pessoa com deficiênciana 
adm issão e ao longo da prestação dos serviços prestados de form a 
subordinada . 
Essa é um a realidade principalm ente na cont ratação. Em bora vedada a 
discr im inação, com o, por exem plo, a oferta de em pregos rest r ingindo 
expressam ente o acesso à pessoa com deficiência; na prát ica, o 
em pregador terá a possibilidade de evitar cont ratação de pessoas com 
deficiência. É por isso que o Estatuto se apresenta, em grande parte, com o 
norm a de educação, a fim de rem over barreiras at itudinais. 
De todo m odo, a vedação à discr im inação perm eia vár ios aspectos da 
relação de t rabalho: recrutam ento, seleção, cont ratação, adm issão, 
perm anência no em prego, ascensão profissional e reabilitação. 
I sso significa dizer que a pessoa com deficiência não poderá ser 
discr im inada desde o processo de seleção para o cargo, passando pelas 
oportunidades de prom oção até a m anutenção do em prego. Essa é um a 
regra im portante que visa garant ir a igualdade de oportunidades no 
t rabalho. 
DI REI TO AO TRABALHO DA PESSOA COM 
DEFI CI ÊNCI A
liberdade de 
escolha e 
aceitação
ambiente 
acessível
igualdade de 
oportunidades
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ª A pessoa com deficiência terá direito, em igualdade, de progredir 
dentro da carreira . 
Além da vedação à discr im inação com o colocado acim a pelo Estatuto da 
Pessoa com Deficiência, o diplom a protet ivo preocupa-se em proteger a 
pessoa com deficiência na evolução da carreira. Sabem os que a 
progressão de carreira é um dos principais m ot ivadores para que bons 
em pregados perm aneçam por anos dent ro de um a m esma inst ituição. 
Assim , pelo sim ples de fato de ser um em pregado com deficiência, não é 
just ificável obst ruir ou dificultar o acesso à pessoa com deficiência a cursos, 
t reinam entos, educação cont inuada, planos de carreira, prom oções, 
bonificações e incent ivos profissionais. 
A cont ratação de pessoa com deficiência não é car idade, é um direito de 
part icipação igualitár ia que inclui a possibilidade de crescer e de se 
desenvolver na esfera profissional. 
ª Garant ia do salário equitat ivo. 
A t rabalho de igual valor, deve-se rem unerar equitat ivam ente. Essa 
acepção, const ruída pela jur isprudência t rabalhista, aplica-se aqui. Logo, a 
pessoa com deficiência tem garant ia de salár io equitat ivo em relação aos 
dem ais t rabalhadores da m esm a empresa. 
ª Garant ia de acessibilidade no em prego 
A acessibilidade é direito que deve ser buscado em todas as áreas. 
Costum am os associar a acessibilidade à const rução de prédios, de vias e 
de espaços públicos. A acessibilidade, ent retanto, é plena e está associada 
à inclusão social, inclusive para o exercício de um a profissão. Diante disso, 
é dever do em pregador fornecer am biente de t rabalho acessível aos seus 
em pregados que tenham lim itações de longo prazo. 
ª É garant ida a part icipação da pessoa com deficiência em cursos 
de form ação e capacitação. 
Dent ro do contexto de igualdade no t ratam ento quanto à progressão de 
carreira, o Estatuto da Pessoa com Deficiência reforça a garant ia de a 
pessoa com deficiência buscar form ação e capacitação. 
Com o educação e or ientação da sociedade com o um todo em torno da questão 
do Direito do Trabalho da pessoa com deficiência, é natural a prescr ição de regras 
voltadas ao incent ivo à cont ratação dessas pessoas. 
O art . 35, do Estatuto, estabelece que o Estado deve desenvolver polít icas 
públicas que viabilizem o acesso e a perm anência dos deficientes no t rabalho nos 
seguintes term os: 
Art . 35. É finalidade pr im ordial das polít icas públicas de t rabalho e em prego prom over e 
garant ir condições de acesso e de perm anência da pessoa com deficiência no cam po 
de t rabalho. 
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Parágrafo único. Os program as de est ím ulo ao em preendedorism o e ao t rabalho 
autônom o, incluídos o cooperat ivism o e o associat ivism o, devem prever a part icipação da 
pessoa com deficiência e a disponibilização de linhas de crédito, quando necessárias. 
Assim , o Poder Público deve prom over polít icas para tornar efet ivo o acesso e a 
perm anência da pessoa com deficiência no t rabalho. Além disso, deve perm it ir e 
prever a part icipação de pessoas com deficiência nos program as de est ím ulo ao 
em preendedorism o, inclusive com a disponibilização de linhas de crédito, se 
necessário. 
A ideia é inclusão! Se a inclusão não ocorrer por interm édio da prestação 
subordinada de serviços, decorrerá do em preendedorism o. 
Para fins de prova, devem os m em orizar: 
 
Habilitação Profissional e Reabilitação Profissional 
No que diz respeito à habilitação e à reabilitação profissionais tem os um único 
disposit ivo, porém , bastante extenso. 
Pergunta-se: qual a diferença entre habilitação e reabilitação? 
Habilitar significa tornar hábil, preparar, capacitar. Na habilitação, estam os diante 
de um a pessoa com deficiência que deseja ingressar no m ercado de t rabalho. 
Contudo, sem a habilitação não terá condições de exercer um a profissão. 
Reabilitar significa rest ituir a habilidade. Na reabilitação estam os diante de um a 
pessoa que exercia regularm ente seus direitos, m as, em razão de algum evento, 
perdeu sua capacidade laborat iva. É necessário, portanto, reabilitá- la para 
retornar ao m ercado de t rabalho. 
Logo: 
• PRI NCÍ PI OS: liberdade de escolha e aceitação, ambiente acessível e igualdade 
de oportunidades.
• É vedada a rest r ição ao t rabalho da pessoa com deficiência na adm issão e ao 
longo da prestação dos serviços prestados de forma subordinada. 
• A pessoa com deficiência terá direito, em igualdade, de progredir dent ro da 
carreira.
• Garant ia do salário equitat ivo. 
• Garant ia de acessibilidade no emprego
• É garant ida a part icipação da pessoa com deficiência em cursos de formação e 
de capacitação.
DI REI TO AO TRABALHO ( regras gerais)
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Superados os conceitos, a m at r iz desse tópico está em proporcionar o 
exercício do direito ao t rabalho por pessoas que, dada a deficiência, não 
conseguir iam exercê- lo com o os dem ais em pregados. 
Veja com o as regras estão definidas: 
Art . 36. O poder público deve im plem entar serviços e program as com pletos de 
habilitação profissional e de reabilitação profissional para que a pessoa com 
deficiência possa ingressar, cont inuar ou retornar ao cam po do t rabalho, respeitados sua 
livre escolha, sua vocação e seu interesse. 
§ 1o Equipe m ult idisciplinar indicará, com base em critér ios previstos no § 1o do art . 
2o desta Lei, program a de habilitação ou de reabilitação que possibilite à pessoa com 
deficiência restaurar sua capacidade e habilidade profissional ou adquir ir novas capacidades 
e habilidades de t rabalho. 
§ 2o A habilitação profissional corresponde ao processo dest inado a propiciar à pessoa 
com deficiência aquisição de conhecim entos, habilidades e apt idões para exercício 
de profissão ou de ocupação, perm it indo nível suficiente de desenvolvim ento profissional 
para ingresso no cam po de t rabalho. 
§ 3o Os serviços de habilitação profissional, de reabilitação profissional e de 
educação profissional devem ser dotados de recursos necessários para atender a toda 
pessoa com deficiência, independentem ente de sua característ ica específica, a fim de que 
ela possa ser capacitada para t rabalho que lhe sejaadequado e ter perspect ivas de obtê-
lo, de conservá- lo e de nele progredir. 
§ 4o Os serviços de habilitação profissional, de reabilitação profissional e de educação 
profissional deverão ser oferecidos em am bientes acessíveis e inclusivos. 
§ 5o A habilitação profissional e a reabilitação profissional devem ocorrer art iculadas 
com as redes públicas e privadas, especialm ente de saúde, de ensino e de assistência 
social, em todos os níveis e m odalidades, em ent idades de form ação profissional ou 
diretam ente com o empregador. 
§ 6o A habilitação profissional pode ocorrer em em presas por m eio de prévia 
form alização do contrato de em prego da pessoa com deficiência, que será considerada 
para o cum prim ento da reserva de vagas prevista em lei, desde que por tem po 
determ inado e concom itante com a inclusão profissional na em presa, observado o 
disposto em regulam ento. 
§ 7o A habilitação profissional e a reabilitação profissional atenderão à pessoa com 
deficiência. 
O Poder Público deve cr iar serviços e program as para a habilitação e a reabilitação 
de pessoas com deficiência para o m ercado de t rabalho. Na definição dessas 
polít icas públicas e ações afirm at ivas, o Poder Público deve observar um a 
HABI LI TAÇÃO tornar hábil para o mercado de t rabalho
REABI LI TAR rest ituir a capacidade para o 
mercado de t rabalho
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exigência: respeitar a livre escolha, a vocação e os interesses da pessoa com 
deficiência. 
Não é adm issível, portanto, polít icas públicas que visem colocar as pessoas com 
deficiência apenas em t rabalhos adm inist rat ivos. I sso violar ia o direito de 
eventual pessoa que tenha vocação para out ras áreas. 
A part ir dos cr itér ios prescr itos para caracter ização das lim itações, um a equipe 
m ult idisciplinar indicará program as de habilitação e reabilitação para restaurar a 
capacidade para o m ercado de t rabalho. 
Para isso, além de recursos específicos, o Poder Público disporá de am bientes 
acessíveis e inclusivos para atender às pessoas com deficiência. Além disso, irá 
atendê- los de form a art iculada com as redes públicas e privadas de atendim ento 
à pessoa com deficiência. 
Adem ais, adm ite-se que haja a tentat iva de habilitação e de reabilitação 
diretam ente na em presa, tal com o um a tentat iva de inserção no m ercado de 
t rabalho. Contudo, para que não haja precarização da prestação de serviços, 
exige-se que essa tentat iva se dê por interm édio de um cont rato de em prego a 
tem po parcial. Assim , por exem plo, para que a pessoa com deficiência avalie as 
condições para o exercício ou retorno às funções, é assinado um cont rato de 
t rabalho por prazo determ inado, com caráter avaliat ivo. 
Em síntese, devem os levar para a prova: 
 
I nclusão da Pessoa com Deficiência no Trabalho 
Para além da habilitação e da reabilitação profissionais, o Estatuto reforça a 
necessidade de prom oção de polít icas de inclusão da pessoa com deficiência no 
m ercado de t rabalho. 
Para a inclusão dos deficientes são estabelecidas t rês regras fundamentais, sendo 
necessário observar: 
ª regras de acessibilidade; 
ª fornecimento de recursos de tecnologia assist iva; e 
ª adaptação do ambiente de t rabalho. 
• O Poder Público deve criar serviços e programas para a habilitação e a
reabilitação de pessoas com deficiência para o mercado de t rabalho.
• Necessário respeitar a livre escolha, a vocação e os interesses da pessoa com
deficiência.
• Equipe mult idisciplinar indicará programas de habilitação e reabilitação para
restaurar a capacidade para o mercado de t rabalho.
• Previsão de recursos específicos e de ambientes acessíveis e inclusivos para a
habilitação/ reabilitação.
• Possibilidade de cont rato de tempo parcial para avaliar a habilitação ou a
reabilitação.
HABI LI TAÇÃO/ REABI LI TAÇÃO
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Evidentem ente que, se o local de t rabalho não est iver adaptado para receber 
pessoas com deficiência, o exercício das funções tornar-se-á inexequível, de 
form a a desest im ular tanto o t rabalhador deficiente quanto o em pregador, com 
a baixa produt iv idade. Contudo, com a superação das barreiras presentes no 
am biente de t rabalho e com as polít icas de incent ivo do Poder Público, haverá a 
inclusão de pessoas com deficiência nos postos de t rabalho. 
Desse m odo... 
 
Confira: 
Art . 37. Const itui m odo de inclusão da pessoa com deficiência no t rabalho a 
colocação com pet it iva, em igualdade de oportunidades com as dem ais pessoas, 
nos term os da legislação t rabalhista e previdenciária , na qual devem ser atendidas 
as regras de acessibilidade, o fornecim ento de recursos de tecnologia assist iva e a 
adaptação razoável no am biente de t rabalho. 
A fim de viabilizar a elim inação das barreiras presentes na sociedade, o parágrafo 
único abaixo estabelece um rol de diret r izes a serem observadas: 
Parágrafo único. A colocação compet it iva da pessoa com deficiência pode ocorrer por m eio 
de t rabalho com apoio, observadas as seguintes diret r izes: 
I - pr ior idade no atendim ento à pessoa com deficiência com m aior dificuldade de inserção 
no cam po de t rabalho; 
I I - provisão de suportes individualizados que atendam a necessidades específicas da pessoa 
com deficiência, inclusive a disponibilização de recursos de tecnologia assist iva, de agente 
facilitador e de apoio no am biente de t rabalho; 
I I I - respeito ao perfil vocacional e ao interesse da pessoa com deficiência apoiada; 
I V - oferta de aconselham ento e de apoio aos em pregadores, com vistas à definição de 
est ratégias de inclusão e de superação de barreiras, inclusive at itudinais; 
V - realização de avaliações periódicas; 
VI - art iculação intersetorial das polít icas públicas; 
VI I - possibilidade de part icipação de organizações da sociedade civil. 
Antes de cr iar um esquem a com as diret r izes, vam os tecer algum as observações: 
ª O atendim ento à pessoa com deficiência é pr ior itár io. Tem os um a regra 
geral de atendim ento prior itár io, que consta do art . 9º , da Lei nº 
13.146/ 2015. A essa regra geral devem os som ar out ras regras específicas, 
tal com o essa. No caso, portanto, um a das diret r izes das polít icas de 
inclusão da pessoa com deficiência no m ercado de t rabalho se dá por 
interm édio do atendim ento prior itár io. 
A inclusão ocorrerá por intermédio da elim inação das 
barreiras que impedem o exercício dos direitos 
t rabalhistas por todas as pessoas em condições de 
igualdade.
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ª A inclusão no m ercado deve ocorrer por interm édio de atendim ento 
especializado. Ent re as form as de confer ir esse atendim ento especializado, 
o Estatuto fixa t rês inst rum entos: 
a) recursos de tecnologia assist iva, de forma a efet ivar o direito à acessibilidade; 
b) agente facilitador; e 
c) apoio no ambiente de t rabalho. 
Desses inst rum entos, não encont ramos um conceito de “agente facilitador” 
descrito na lei ou na dout r ina especializada. Acredita-se que se t rata de 
pessoa que irá auxiliar a pessoa com deficiência, para a prestação de 
serviços, em eventuais necessidades ao longo do seu dia de t rabalho. 
ª Dent ro da autonom ia e das capacidades confer idas à pessoa com 
deficiência, assegura-se, dent ro de cr itér ios de razoabilidade, o respeito à 
vocação da pessoa com deficiência que, de m odo algum, pode ser forçada 
em razão à lim itação para t rabalhar em at iv idades com as quais não guarde 
afinidade. 
ª A inserção da pessoa com deficiência passa necessariam ente por um 
processo de educação. Sem a or ientação e conscient ização do em pregado, 
dificilm ente a inclusão será possível. Nesse contexto, ent re as diret r izes a 
serem observadas, tem os o aconselham ento e o apoio aos em pregadores. 
ª O processo de inclusão deve ser acom panhado periodicam ente, até 
porque mudanças no am biente de t rabalho ou na própria lim itação da 
pessoa com deficiência podem requerer novas adaptações. Em face disso, 
um a das diret r izes é a realização de avaliações periódicas. 
ª Por fim , const ituem diret r izes a art iculação intersetorial das polít icas 
públicas e a possibilidade de part icipação de organizações da sociedade 
civil. 
Vam os colocar essas inform ações em um esquem a para que vocês possam 
m em orizar m ais facilm ente. 
 
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Por fim , cum pre destacar que, segundo o art . 38, ao serem efetuados processos 
selet ivos, tanto na área pública com o na área pr ivada, faz-se necessário observar 
essas norm as que visam resguardar os direitos dos t rabalhadores com 
deficiência, bem com o prom over a habilitação e a reabilitação profissionais e, 
notadam ente, incluí- los em postos de t rabalhos em condições dignas. 
Art . 38. A ent idade cont ratada para a realização de processo selet ivo público ou privado 
para cargo, função ou em prego está obrigada à observância do disposto nesta Lei e em 
out ras norm as de acessibilidade vigentes. 
No sent ido de facilitar o acesso à pessoa com deficiência de cargos públicos, 
destacam os ilust rat ivam ente duas Súm ulas interessantes que t ratam sobre o 
tem a: 
Súm ula STJ 3 7 7 
O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas 
reservadas aos deficientes. 
Esse prim eiro verbete reduziu, em grande m edida, a discussão que t ínham os nos 
t r ibunais quanto à possibilidade de a visão m onocular configurar lim itação capaz 
de possibilitar que a pessoa concorresse pelas vagas reservadas. 
A visão m onocular é a visão apenas por um dos olhos, o que lim ita a noção de 
profundidade e a sensação t r idim ensional das coisas. 
Súm ula 5 5 2 STJ 
O portador de surdez unilateral não se qualifica com o pessoa com deficiência para o fim de 
disputar as vagas reservadas em concursos públicos. 
Essa Súm ula se apresenta em sent ido oposto à anterior. A surdez unilateral não 
foi considerada pelo STJ com o lim itação que possa levar à deficiência. Esse 
D
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A
R
A
 
A
 
IN
CL
U
SÃ
O
prior idade no atendimento
provisão de suporte individualizados ( recursos de tecnologia assist iva, 
agente facilitador e apoio no ambiente de t rabalho)
respeito ao perfil vocacional e ao interesse
aconselhamento e apoio aos empregadores
avaliações periódicas
art iculação intersetorial
part icipação de organizações da sociedade civil
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entendimento do STJ está pautado no Decreto nº 3.298/ 1999 que explica que a 
surdez, para caracterizar deficiência, deve ser bilateral (art . 4º ) . 
Para a prova, não confunda: 
 
 
2 .2 - Direito à Assistência Social 
Com o t ratam os brevem ente no início da aula, a assistência social tam bém tem 
sede const itucional. O art . 203, da CF, prevê que a assistência será prestada a 
quem dela necessitar, ainda que não haja cont r ibuição à previdência social. 
Um dos grupos que certam ente necessita da tutela pela assistência social é o 
grupo dos deficientes. Tanto é assim que, ent re os objet ivos const itucionais da 
assistência social, tem os a habilitação e a reabilitação das pessoas com 
deficiência e a prom oção de sua integração à vida com unitár ia. 
Quanto à questão da habilitação e da reabilitação, elas devem ser com preendidas 
não apenas pelo viés profissional, com o analisado no tópico anterior, m as em 
relação a todos os direitos e garant ias assegurados em nosso ordenam ento 
jurídico. Assim , sem pre que houver qualquer prejuízo, ou r isco de prejuízo, ao 
gozo de direitos por parte das pessoas com deficiência, just if ica-se a atuação 
posit iva do Estado por interm édio de polít icas assistencialistas, a fim de corr igir 
essa desigualdade natural. 
Em decorrência disso, prevê a CF que a prom oção da integração à vida 
com unitár ia tam bém será objet ivo direto da polít ica de assistência social. 
Portanto: 
 
HABI LI TAÇÃO E REABI LI TAÇÃO 
PROFI SSI ONAI S
Proporcionar gozo do direito ao t rabalho 
àquele que não consegue exercê- lo.
I NCLUSÃO NO MERCADO DE 
TRABALHO
Promoção de polít icas públicas voltadas a 
garant ir acessibilidade, tecnologia 
assist iva e adaptação no ambiente de 
t rabalho a fim de elim inar barreiras que 
impedem o exercício de função laborat iva, 
em condições de igualdade, pelos 
deficientes.
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Sobre a tem át ica, o Estatuto possui dois disposit ivos específicos. O pr im eiro deles 
estabelece o objet ivo da polít ica de assistência à pessoa com deficiência. Veja: 
Art . 39. Os serviços, os program as, os projetos e os benefícios no âm bito da polít ica pública 
de assistência social à pessoa com deficiência e sua fam ília têm com o objet ivo a garant ia 
da segurança de renda, da acolhida, da habilitação e da reabilitação, do 
desenvolvim ento da autonom ia e da convivência fam iliar e com unitár ia , para a 
prom oção do acesso a direitos e da plena part icipação socia l. 
Para a prova: 
 
 
Em bora não pareça, não há efet iva diferença ent re os objet ivos t raçados na CF e 
no Estatuto. Note que a previsão legal do Estatuto é am pla e procura m inudenciar 
as norm as previstas em term os gerais na CF. 
Desse m odo, o objet ivo da polít ica assistencial passa por vár ias garant ias: 
OBJETI VO DA ASSI STÊNCI A 
SOCI AL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS 
COM DEFI CI ÊNCI A
Habilitação e reabilitação das pessoas 
deficientes (em sent ido amplo)
Promoção de sua integração à vida 
comunitár ia.
OBJETI VO DA 
ASSI STÊNCI A SOCI AL 
EM RELAÇÃO ÀS 
PESSOAS COM 
DEFI CI ÊNCI A DE 
ACORDO COM O 
ESTATUTO
segurança de renda, da acolhida, da 
habilitação e da reabilitação, do 
desenvolvimento da autonom ia e da 
convivência fam iliar e comunitár ia, para a 
promoção do acesso a direitos e da plena 
part icipação social.
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Evidentem ente que, por questões de rest r ições orçam entárias, o Estado não tem 
com o prover a m ais perfeita condição de vida digna às pessoas com deficiência. 
Em face disso, cuida o Estatuto de estabelecer um m ínim o, que vem descr ito no 
§1º : 
§ 1o A assistência social à pessoa com deficiência, nos termos do caput deste art igo, deve 
envolver conjunto art iculado de serviços do âm bito da Proteção Social Básica e da 
Proteção Social Especial, ofertados pelo SUAS, para a garant ia de seguranças 
fundam entais no enfrentam ento de situações de vulnerabilidade e de r isco, por fragilização 
de vínculos e am eaça ou violação de direitos. 
§ 2o Os serviços socioassistenciais dest inados à pessoa com deficiência em situação de 
dependência deverão contarcom cuidadores socia is para prestar- lhe cuidados 
básicos e inst rum entais. 
O §2º , acim a refer ido, estabelece que os deficientes que est iverem envolvidos 
com o uso de substâncias entorpecentes, que causem dependência (por exem plo, 
drogas e cigarros) , deverão contar com cuidados específicos voltados à proteção, 
não apenas em razão da condição pessoal, m as tam bém em face da situação 
clínica. 
Por fim , é relevante conhecer o art . 40 que estabelece o denom inado “BPC-LOAS” 
às pessoas com deficiência. De acordo com a Lei nº 8.742/ 1993, denom inada de 
Lei do SUAS, é assegurado um benefício de prestação cont inuada às pessoas 
previstas na lei. Esse benefício é assegurado aos idosos com 65 anos de idade, 
ou m ais, e aos deficientes que não t iverem condições de prover sua própria 
subsistência e não possuem condições de tê- la provida por sua fam ília. 
MUI TO CUI DADO! O benefício não será assegurado a toda e qualquer pessoa 
com deficiência. Assegura-se apenas à pessoa com deficiência que não consiga 
prover o próprio sustento ou tê- lo provido pelos fam iliares. Trata-se de benefício 
assistencial que visa assegurar a “garant ia do sustento” , que vim os acim a. Só 
para que tenham os ideia, de acordo com o art . 20, §º , da Lei do SUAS, just ifica 
a concessão do BPC-LOAS ao deficiente que t iver renda fam iliar m ensal inferior 
a ¼ do salár io m ínim o. 
garant ia da segurança de 
renda garant ia da acolhida
garant ia da habilitação e da 
reabilitação
garant ia do 
desenvolvimento da 
autonom ia
garant ia da convivência 
fam iliar e comunitár ia
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Essa regra, disciplinada em lei específica, é, aqui, explicitada da seguinte form a: 
Art . 40. É assegurado à pessoa com deficiência que NÃO possua m eios para prover sua 
subsistência nem de tê- la provida por sua fam ília o benefício m ensal de 1 ( um ) salár io-
m ínim o, nos term os da Lei no 8 .7 4 2 , de 7 de dezem bro de 1 9 9 3 . 
Im portante destacar que não há idade m ínim a para que o deficiente faça j us ao 
benefício, bastando que se enquadre na t r ipla situação: 
ª ser deficiente; 
ª não ter meios para prover o próprio sustento; e 
ª fam ília sem condições de provê- lo. 
Se enquadrado, terá direito ao equivalente a um salár io-m ínim o. 
Antes de passarm os para o esquem a síntese do tópico, cum pre efetuar um 
regist ro em relação ao art . 94 do Estatuto da Pessoa com Deficiência. Além das 
regras aqui estudadas sobre a assistência social, esse disposit ivo prevê o “auxílio 
inclusão” . Trata-se de um auxílio adicional, que será concedido desde que um a 
das condições abaixo seja preenchida: 
a) tenha recebido BPC-LOAS e passe a exercer at ividade remunerada tornando-se 
segurado obrigatório do RGPS; ou 
b) recebimento, nos últ imos cinco anos, do BPC-LOAS e passe a exercer at ividade 
remunerada tornando-se segurado obrigatório do RGPS. 
Trata-se, com o se percebe da leitura, de um benefício que visa proporcionar 
assistência à pessoa com deficiência que retorna ao m ercado de t rabalho form al. 
Para a prova... 
 
2 .3 - Direito à Previdência Social 
A previdência social const itui um seguro social com pulsório de caráter 
cont r ibut ivo, m ant ido com as cont r ibuições dos t rabalhadores, das em presas e 
DI REI TO À 
ASSI STÊNCI A 
SOCI AL
objet ivo
segurança de renda, da acolhida, da 
habilitação e da reabilitação, do 
desenvolvimento da autonom ia e da 
convivência fam iliar e comunitár ia, para a 
promoção do acesso a direitos e da plena 
part icipação social.
BPC-LOAS
ser deficiente;
não ter meios para prover o 
próprio sustento;
família sem condições de provê-
lo; e
independe da idade.
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com recursos públicos. A finalidade da previdência é propiciar m eios de 
subsistência dos segurados, e de seus dependentes, quando eles não m ais 
puderem se prover ou quando não for m ais socialm ente desejável que cont inuem 
exercendo at iv idades rem uneradas em face da m aternidade, da velhice, da 
invalidez, da m orte ou de out ras intercorrências. 
Esse direito de segunda dim ensão é assegurado às pessoas com deficiência nos 
term os do regim e geral de previdência, conform e esclarece o art . 41: 
Art . 41. A pessoa com deficiência segurada do Regim e Geral de Previdência Social (RGPS) 
tem direito à aposentadoria nos term os da Lei Com plem entar no 142, de 8 de m aio de 2013. 
A Lei Com plem entar nº 142/ 2013 t raz o detalham ento da previdência social da 
pessoa com deficiência. No art . 3º , tem os os cr itér ios de idade e de tem po de 
cont r ibuição para que a pessoa com deficiência possa se aposentar. Vam os citar 
o disposit ivo apenas com intuito ilust rat ivo, um a vez que o assunto não deve ser 
cobrado em prova: 
Art . 3o É assegurada a concessão de aposentadoria pelo RGPS ao segurado com deficiência, 
observadas as seguintes condições: 
I - aos 25 (vinte e cinco) anos de tem po de cont r ibuição, se hom em, e 20 (vinte) anos, se 
m ulher, no caso de segurado com deficiência grave; 
I I - aos 29 (vinte e nove) anos de tem po de cont r ibuição, se hom em, e 24 (vinte e quat ro) 
anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência m oderada; 
I I I - aos 33 ( t r inta e t rês) anos de tem po de cont r ibuição, se hom em, e 28 (vinte e oito) 
anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve; ou 
I V - aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem , e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, 
se m ulher, independentem ente do grau de deficiência, desde que cumprido tem po m ínim o 
de cont r ibuição de 15 (quinze) anos e com provada a existência de deficiência durante igual 
período. 
Quando à caracter ização da deficiência, a part ir de regulam ento execut ivo, cabe 
ao INSS atestá- lo, por interm édio de perícia. 
Sem a necessidade de m aior aprofundam ento para a prova, sigam os! 
2 .4 - Direito à Cultura, ao Esporte, ao Turism o e ao Lazer 
Nesse tópico, vam os t ratar de quat ro direitos: à cultura, ao esporte, ao tur ism o 
e ao lazer. Na realização da vida digna, esses direitos revelam -se socialm ente 
fundam entais e estão estatuídos no caput , do art . 6º , da CF. 
A tônica dos quat ro disposit ivos que verem os na sequência é o “ form ato 
acessível” . Significa dizer que todo o gozo do direito à cultura, ao lazer, ao 
tur ism o e ao esporte está int r insecam ente relacionado com a acessibilidade. 
Essas at ividades podem e devem ser asseguradas aos deficientes sem as 
barreiras que habitualm ente encont ram -se na sociedade, as quais im pedem o 
gozo do direito em igualdade de condições. 
Há diversas regras da ABNT que disciplinam requisitos a serem observados para 
proporcionar esses direitos, a exem plo de requisitos para que eventos esport ivos 
possam receber cadeirantes, oferta de livros e cardápio em Braille, ent re out ros. 
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Confira a redação do art . 42, abaixo: 
Art . 42. A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao tur ism o e ao lazer 
em igualdade de oportunidades com as dem ais pessoas, sendo- lhe garant ido o acesso: 
I - a bens culturais em form ato acessível; 
I I - a program as de televisão, cinem a, teat ro e out ras at ividades culturais e desport ivas em 
form ato acessível; e 
I I I - a m onum entos e locais de importância cultural e a espaços que ofereçam serviços ou 
eventosculturais e esport ivos. 
§ 1o É VEDADA a recusa de oferta de obra intelectual em form ato acessível à pessoa 
com deficiência, sob qualquer argum ento, inclusive sob a alegação de proteção dos direitos 
de propriedade intelectual. 
§ 2o O poder público deve adotar soluções dest inadas à elim inação, à redução ou à 
superação de barreiras para a prom oção do acesso a todo pat r im ônio cultural, observadas 
as norm as de acessibilidade, ambientais e de proteção do pat r im ônio histórico e art íst ico 
nacional. 
Desse disposit ivo, tem os um a relevante contextualização, o Tratado de 
Marraqueche. Esse documento internacional const itui o segundo t ratado 
internacional de direitos hum anos aprovado com quórum específico do art . 5º , 
§3º , da CF, e que, portanto, tem status de em enda const itucional. 
Trata-se de docum ento de autoria do Brasil, que buscou facilitar o acesso de 
pessoas com deficiência visual a textos e ilust rações. Dito de out ro m odo, é a 
acessibilidade levada à cultura, em atenção ao art . 42, I , acim a citado. 
Sigam os! 
No âm bito do esporte, nota-se m aior responsabilidade estatal no sent ido de 
prom over polít icas públicas voltadas para a inclusão das pessoas com deficiência 
no esporte, tal com o observado nas Paraolim píadas de 2016. 
Art . 43. O poder público deve prom over a part icipação da pessoa com deficiência em 
at ividades art íst icas, intelectuais, culturais, esport ivas e recreat ivas, com vistas 
ao seu protagonism o, devendo: 
I - incent ivar a provisão de inst rução, de t reinam ento e de recursos adequados, em 
igualdade de oportunidades com as dem ais pessoas; 
I I - assegurar acessibilidade nos locais de eventos e nos serviços prestados por pessoa ou 
ent idade envolvida na organização das at ividades de que t rata este art igo; e 
I I I - assegurar a part icipação da pessoa com deficiência em jogos e at ividades recreat ivas, 
esport ivas, de lazer, culturais e art íst icas, inclusive no sistem a escolar, em igualdade de 
condições com as demais pessoas. 
A t ríade que or ienta o direito à cultura pode ser representada da seguinte form a: 
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O art . 44 t raz parâm et ros im portantes para o acesso de pessoas com deficiência 
a locais públicos, com o cinem as, auditór ios, estádios etc. Esses locais devem 
reservar espaços acessíveis às pessoas com deficiência, com as seguintes 
condições: 
ª assentos dist r ibuídos por diversos locais; 
ª locais com boa visibilidade, em todos os setores ofertados para o evento; 
ª lugares próximo dos corredores; 
ª os lugares devem garant ir a acomodação de, pelo menos, um acompanhante; e 
ª deve-se evitar locais segregados do restante do público. 
ª deve conter rotas de fuga e saídas de emergência. 
Confira: 
Art . 44. Nos teat ros, cinem as, auditórios, estádios, ginásios de esporte, locais de 
espetáculos e de conferências e sim ilares, serão reservados espaços livres e 
assentos para a pessoa com deficiência , de acordo com a capacidade de lotação 
da edificação, observado o disposto em regulam ento. 
§ 1o Os espaços e assentos a que se refere este art igo devem ser dist r ibuídos pelo recinto 
em locais diversos, de boa visibilidade, em todos os setores, próxim os aos corredores, 
devidam ente sinalizados, evitando- se áreas segregadas de público e obstrução das 
saídas, em conform idade com as norm as de acessibilidade . 
§ 2o No caso de não haver comprovada procura pelos assentos reservados, esses podem, 
excepcionalm ente, ser ocupados por pessoas sem deficiência ou que não tenham m obilidade 
reduzida, observado o disposto em regulam ento. 
§ 3o Os espaços e assentos a que se refere este art igo devem situar-se em locais que 
garantam a acom odação de, no m ínim o, 1 ( um ) acom panhante da pessoa com 
TRÍ ADE DA I NCLUSÃO 
DA PCD NA 
CULTURA/ ESPORTE
incent ivo
acessibilidadepart icipação
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deficiência ou com m obilidade reduzida , resguardado o direito de se acom odar 
proxim am ente a grupo fam iliar e com unitár io. 
§ 4o Nos locais referidos no caput deste art igo, deve haver, obrigatoriam ente, rotas de 
fuga e saídas de em ergência acessíveis, conform e padrões das norm as de acessibilidade, a 
fim de perm it ir a saída segura da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, em 
caso de emergência. 
§ 5o Todos os espaços das edificações previstas no caput deste art igo devem atender às 
norm as de acessibilidade em vigor. 
§ 6o As salas de cinema devem oferecer, em todas as sessões, recursos de acessibilidade 
para a pessoa com deficiência. 
§ 7o O valor do ingresso da pessoa com deficiência não poderá ser superior ao 
valor cobrado das dem ais pessoas. 
Boa parte das regras acim a é disciplinada (ou deve ser) pelas norm as da ABNT. 
Para encerrar o tópico, confira o art . 45, que estabelece regras para hotéis e 
pousadas. 
Art . 45. Os hotéis, pousadas e sim ilares devem ser const ruídos observando- se os 
princípios do desenho universal, a lém de adotar todos os m eios de acessibilidade, 
conform e legislação em vigor . 
§ 1o Os estabelecim entos já existentes deverão disponibilizar, pelo m enos, 10% (dez 
por cento) de seus dorm itórios acessíveis, garant ida, no m ínim o, 1 (uma) unidade acessível. 
§ 2o Os dorm itórios mencionados no § 1o deste art igo deverão ser localizados em rotas 
acessíveis. 
A regra é interessante. Ela basicam ente prevê a necessidade de hotéis e 
pousadas serem acessíveis. Assim , toda edificação nova, ou existente, que 
pretenda-se adaptar, deverá ser edificada de acordo com a regra de desenho 
universal. 
E os hotéis/ pousadas já existentes? 
Devem ser adaptados razoavelm ente. O §1º acim a destaca que essa adaptação 
razoável se dá por interm édio da disponibilização de, pelo m enos, 10% das 
unidades disponíveis, garant indo-se, no m ínim o, um a para hotéis e pousadas 
com m enos de 10 unidades. Para tanto, o art . 125, I I , da Lei nº 13.156/ 2015 
estabeleceu prazo de 48 m eses a contar da vigência do Estatuto ( janeiro/ 2016) 
para que os estabelecim entos existentes passem a reform ar esses locais. 
Para a prova: 
 
HOTEI S/ POUSADAS
devem ser const ruídos 
de acordo com o 
desenho universal
os já existentes devem 
adaptar 10% (ou, pelo 
menos, 1) das unidades 
até janeiro/ 2018
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2 .5 - Direito ao Transporte e à Mobilidade 
Nesse tópico, vam os abordar a questão relat iva ao t ransporte e à m obilidade. 
São sete disposit ivos para t ratar do assunto. 
Novam ente a ideia cent ral é sim ples: propiciar o gozo do direito ao t ransporte e 
à m obilidade em igualdade de oportunidades ent re todas as pessoas. Sem pre 
fique atento aos postulados básicos de proteção à pessoa com deficiência, 
conform e estudado no art . 4º , do EPD. 
Para tanto, o art . 46 prevê que devem ser elim inados eventuais obstáculos e 
barreiras presentes na sociedade. I m portante destacar que não apenas os 
inst rum entos de t ransporte devem ser acessíveis, m as tam bém os locais de 
acesso, com o estações, paradas etc. 
Art . 46. O direito ao t ransporte e à m obilidade da pessoa com deficiência ou com m obilidade 
reduzida será assegurado em igualdade de oportunidades com as dem ais pessoas, por 
m eio de ident ificação e de elim inação de todos os obstáculos e barreiras ao seu 
acesso. 
§ 1o Para finsde acessibilidade aos serviços de t ransporte colet ivo terrest re, aquaviário e 
aéreo, em todas as jur isdições, consideram -se com o integrantes desses serviços os 
veículos, os term inais, as estações, os pontos de parada, o sistem a viário e a prestação do 
serviço. 
§ 2o São sujeitas ao cum prim ento das disposições desta Lei, sem pre que houver interação 
com a m atéria nela regulada, a outorga, a concessão, a perm issão, a autorização, a 
renovação ou a habilitação de linhas e de serviços de t ransporte colet ivo. 
§ 3o Para colocação do sím bolo internacional de acesso nos veículos, as empresas de 
t ransporte colet ivo de passageiros dependem da cert ificação de acessibilidade em it ida pelo 
gestor público responsável pela prestação do serviço. 
Note que o disposit ivo é de leitura fácil e corrente. Tem os sem pre a pretensão de 
im plem entação e adoção de regras para viabilizar o exercício do direito social 
descrito. Dificilm ente o exam inador fará um a questão que enfoque em algum 
desses detalhes. E se fizer, será respondido com a devida atenção e prudência. 
Destaca-se a Lei nº 7.405/ 1985, que disciplina especificam ente o “sím bolo 
internacional de acesso” , que é representado pelo desenho abaixo: 
 
No que diz respeito às vagas privat ivas de estacionam ento para pessoas 
com deficiência , estabelece o art . 47 que essas vagas devem ser bem 
localizadas, próxim as dos locais de acesso e devidam ente sinalizadas. 
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Além disso, é im portante destacar que 2 % do total de vagas (ou, pelo m enos, 
um a) devem ser reservadas para as pessoas com deficiência . Para o uso 
dessas vagas, exige-se portar credencial. 
Art . 47. Em todas as áreas de estacionam ento aberto ao público, de uso público ou privado 
de uso colet ivo e em vias públicas, devem ser reservadas vagas próxim as aos acessos 
de circulação de pedestres, devidam ente sinalizadas, para veículos que 
t ransportem pessoa com deficiência com com prom et im ento de m obilidade , desde 
que devidam ente ident ificados. 
§ 1o As vagas a que se refere o caput deste art igo devem equivaler a 2% (dois por cento) 
do total, garant ida, no m ínim o, 1 (um a) vaga devidam ente sinalizada e com as 
especificações de desenho e t raçado de acordo com as norm as técnicas vigentes de 
acessibilidade. 
§ 2o Os veículos estacionados nas vagas reservadas devem exibir, em local de am pla 
visibilidade, a credencial de beneficiár io, a ser confeccionada e fornecida pelos órgãos de 
t rânsito, que disciplinarão suas característ icas e condições de uso. 
§ 3o A ut ilização indevida das vagas de que t rata este art igo sujeita os infratores às sanções 
previstas no inciso XVI I do art . 181 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de 
Trânsito Brasileiro) . 
§ 4o A credencial a que se refere o § 2o deste art igo é vinculada à pessoa com deficiência 
que possui com prom et im ento de mobilidade e é válida em todo o terr itór io nacional. 
Fique atento! 
 
É im portante esclarecer que há regram ento específico na Resolução CNJ nº 
230/ 2016. Além de repet ir a regra acim a para atendim ento de jur isdicionados 
(autores, réus, testem unhas, advogados) com deficiência, para os servidores, 
devem sem pre exigir vaga preferencial. Não há um percentual m ínim o. É dever 
VAGAS DE ESTACI ONAMENTO
bem localizadas
próximas dos locais de acesso
bem sinalizadas
mínimo de 2% (ou pelo menos 1)
estacionar em local reservado sem portar credencial é 
infração de t rânsito
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da adm inist ração do fórum ou da unidade judiciár ia proporcionar a vaga aos 
servidores que dela necessitem . 
Na sequência, vam os analisar o art . 48, do Estatuto da Pessoa com Deficiência, 
que explicita a acessibilidade em veículos de t ransporte colet ivo. Confira: 
Art . 48. Os veículos de t ransporte colet ivo terrest re, aquaviário e aéreo, as instalações, 
as estações, os portos e os term inais em operação no País devem ser acessíveis, de form a 
a garant ir o seu uso por todas as pessoas. 
§ 1o Os veículos e as est ruturas de que t rata o caput deste art igo devem dispor de sistem a 
de com unicação acessível que disponibilize inform ações sobre todos os pontos do 
it inerário. 
§ 2o São asseguradas à pessoa com deficiência prioridade e segurança nos 
procedim entos de em barque e de desem barque nos veículos de t ransporte colet ivo, 
de acordo com as normas técnicas. 
§ 3o Para colocação do sím bolo internacional de acesso nos veículos, as empresas de 
t ransporte colet ivo de passageiros dependem da cert ificação de acessibilidade em it ida pelo 
gestor público responsável pela prestação do serviço. 
O disposit ivo t rata do t ransporte colet ivo, abrangendo não apenas o t ransporte 
terrest re (por exem plo, ônibus) , m as tam bém o t ransporte aquaviário e aéreo. 
Dent re as regras exigidas pelo Estatuto, destacam -se: 
ª sistema de comunicação acessível; 
ª pr ior idade de embarque e desembarque. 
Essas regras de acessibilidade devem ser observadas também pelas em presas de 
fretam ento, de tur ism o, táxis e vans, com o orienta os arts. 49 e 50: 
Art . 49. As em presas de t ransporte de fretam ento e de tur ism o, na renovação de suas 
frotas, são obrigadas ao cum prim ento do disposto nos arts. 46 e 48 desta Lei. 
Art . 50. O poder público incent ivará a fabricação de veículos acessíveis e a sua ut ilização 
com o táxis e vans, de form a a garant ir o seu uso por todas as pessoas. 
Quanto aos táxis, especificam ente, o art . 51 estabelece que 1 0 % da frota deve 
ser acessível, vedando a cobrança de tar ifa diferenciada para atender às 
pessoas com deficiência. Além disso, poderá o Poder Público inst ituir benefícios 
fiscais a fim de incent ivar a aquisição de táxis com acessibilidade. 
Art . 51. As frotas de em presas de táxi devem reservar 1 0 % ( dez por cento) de seus 
veículos acessíveis à pessoa com deficiência . 
§ 1o É PROI BI DA a cobrança diferenciada de tar ifas ou de valores adicionais pelo 
serviço de táxi prestado à pessoa com deficiência. 
§ 2o O poder público é autorizado a inst ituir incent ivos fiscais com vistas a 
possibilitar a acessibilidade dos veículos a que se refere o caput deste art igo. 
Para encerrar o capítulo, confira o art . 52, que t raz a obrigatoriedade de que 
as locadoras de veículos disponibilizem 1 a cada 2 0 de sua frota com 
sistem a de acessibilidade , contendo: câm bio autom át ico, direção hidráulica, 
vidros elét r icos e com andos m anuais de freio e em breagem . 
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Art . 52. As locadoras de veículos são obrigadas a oferecer 1 ( um ) veículo adaptado 
para uso de pessoa com deficiência , a cada conjunto de 2 0 ( vinte) veículos de sua 
frota. 
Parágrafo único. O veículo adaptado deverá ter, no m ínim o, câm bio autom át ico, direção 
hidráulica, vidros elét r icos e com andos m anuais de freio e de em breagem . 
De todas essas regras, você irá m em orizar: 
 
3 - Acessibilidade 
3 .1 - Disposições Gerais 
Vam os iniciar com o conceito de acessibilidade, previsto no art . 53, do Estatuto: 
Art . 53. A acessibilidade é direito que garante à pessoa com deficiência ou com 
m obilidade reduzida viver de form a independente e exercer seus direitos de 
cidadania e de part icipação socia l. 
A ideia de acessibilidade é sim ples: proporcionar o acesso,à pessoa com 
deficiência ou com m obilidade reduzida, aos seus direitos. Assim , se a pessoa 
tem dificuldades de locom oção, ela terá o direito de ir e vir garant idos por 
interm édio de regras de acessibilidade, com o cadeiras de rodas, elim inação de 
escadas, corr im ãos etc. Essa é a ideia. 
Im portante você com preender que a acessibilidade se apresenta com o um dever 
de toda a sociedade, incluindo o Poder Público e, ao m esm o tem po, um direito 
assegurado à pessoa com deficiência. 
Para a prova, é fundam ental m em orizar o conceito legal. Portanto... 
 
• Objet ivo: elim inar obstáculos e barreiras a fim de que o gozo do direito ao
t ransporte se dê em igualdade de condições.
• 2% das vagas de estacionamento (ou pelo menos 1) devem ser reservadas às
pessoas com deficiência (bem localizada, próxima ao local de acesso e
devidamente sinalizada) .
• Em transporte colet ivo, exige-se sistema de comunicação acessível e
prior idade de embarque e desembarque.
• As regras de acessibilidade se aplicam às empresas de fretamento, tur ismo,
táxis e vans.
• 10% da frota de táxis deve ser acessível, vedando-se a cobrança de tarifa
diferenciada.
• 1 a cada 20 veículos de empresas de locação de carros devem ser acessíveis
com, pelo menos, câmbio automát ico, direção hidráulica, vidros elét r icos e
comandos manuais de freio e embreagem.
DI REI TO AO TRANSPORTE E À MOBI LI DADE
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Essas regras devem ser observadas para a concepção e a im plantação de projetos 
que t ratem do m eio físico, de t ransporte, de inform ação e com unicação, inclusive 
de sistem as e tecnologias da inform ação e com unicação, e de out ros serviços, 
equipam entos e instalações abertos ao público, de uso público ou privado de uso 
colet ivo, tanto na zona urbana com o na rural. 
É o que consta do art . 54: 
Art . 54. São sujeitas ao cum prim ento das disposições desta Lei e de out ras norm as 
relat ivas à acessibilidade , sempre que houver interação com a m atéria nela regulada: 
I - a aprovação de projeto arquitetônico e urbaníst ico ou de com unicação e 
inform ação, a fabricação de veículos de t ransporte colet ivo, a prestação do 
respect ivo serviço e a execução de qualquer t ipo de obra , quando tenham dest inação 
pública ou colet iva; 
I I - a outorga ou a renovação de concessão, perm issão, autorização ou habilitação 
de qualquer natureza; 
I I I - a aprovação de financiam ento de projeto com ut ilização de recursos públicos, 
por m eio de renúncia ou de incent ivo fiscal, cont rato, convênio ou inst rum ento congênere; 
e 
I V - a concessão de aval da União para obtenção de em prést im o e de financiam ento 
internacionais por entes públicos ou privados. 
Por exem plo, a concessão de serviço público de t ransporte e a aprovação de 
projetos de financiam ento público de const rução de residências populares devem 
observar as regras de acessibilidade. 
A fim de facilitar a com preensão, lem bre-se de que: 
 
O art . 55, do Estatuto, t rata do desenho universal: 
Art . 55. A concepção e a im plantação de projetos que t ratem do m eio físico, de t ransporte, 
de inform ação e comunicação, inclusive de sistem as e tecnologias da inform ação e 
com unicação, e de out ros serviços, equipam entos e instalações abertos ao público, de uso 
público ou privado de uso colet ivo, tanto na zona urbana com o na rural, devem atender 
aos princípios do desenho universal, tendo com o referência as norm as de 
acessibilidade . 
ACESSI BI LI DADE
é direito que garante à pessoa com 
deficiência ou com mobilidade reduzida 
viver de forma independente e exercer seus 
direitos de cidadania e de part icipação 
social.
DEVE- SE OBSERVAR O DESENHO UNI VERSAL
• para aprovação de projetos arquitetônicos, urbaníst icos, de comunicação e informação
• na fabricação de veículos de t ransporte colet ivo
• na prestação de serviços e na execução de obras
• as modalidades de prestação de serviço público pela sociedade privada (concessões, 
perm issões, autorizações) devem observar as normas de acessibilidade
• somente são financiáveis com recursos públicos projetos acessíveis
• o aval da União para emprést imos e financiamento internacionais depende de observância 
das normas de acessibilidade
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Ao lado de acessibilidade, o conceito de desenho universal é fundam ental para a 
sua prova. Em bora já estudado o conceito, por interm édio da análise do art . 3º , 
do Estatuto, vam os retom ar algum as noções aqui. 
A ideia cent ral de desenho universal é cr iar equipam entos, áreas e edifícios que 
sejam acessíveis a todas as pessoas, inclusive às pessoas com deficiência. Essa 
concepção de acessibilidade integral exige que os veículos, as casas, os locais 
públicos e as em presas privadas sejam projetados e cr iados para perm it ir o 
acesso à pessoa com deficiência em condições de igualdade em relação às dem ais 
pessoas. 
Assim ... 
 
 
Pergunta-se: 
É possível garant ir a todas as construções, a todos os veículos e a todos 
os bens um desenho universal que seja capaz de ser ut ilizado em 
condições adequadas em todas as situações? 
Evidentem ente que não, há situações nas quais não será possível adaptá- lo a um 
desenho universal. Quando isso ocorrer, prescrevem os §§, do art . 55, do 
Estatuto, que haverá um a adaptação razoável. 
§ 1o O desenho universal será sem pre tom ado com o regra de caráter geral. 
§ 2o Nas hipóteses em que comprovadam ente o desenho universal NÃO possa ser 
em preendido, deve ser adotada adaptação razoável. 
Logo, quando não for possível em preender um desenho universal, devem os 
buscar pela adaptação razoável. 
 
Além disso, o Poder Público deve desenvolver polít icas públicas voltadas para o 
desenvolvim ento de bens e produtos de acordo com m odelo universal, conform e 
os §§ abaixo citados: 
ACESSI BI LI DADE
direito assegurado às pessoas com 
deficiência para que possam gozar dos 
direitos em condições de igualdade em 
relação às demais pessoas
DESENHO UNI VERSAL
inst rumento que garante a acessibilidade 
em imóveis, áreas e bens em geral
A adaptação razoável é uma medida alternat iva, diante da 
impossibilidade ou dificuldade (desproporcional) para prover o 
desenho universal.
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§ 3o Caberá ao poder público prom over a inclusão de conteúdos tem át icos referentes 
ao desenho universal nas diret r izes curr iculares da educação profissional e 
tecnológica e do ensino superior e na form ação das carreiras de Estado. 
§ 4o Os program as, os projetos e as linhas de pesquisa a serem desenvolvidos com o 
apoio de organism os públicos de auxílio à pesquisa e de agências de fom ento deverão 
incluir tem as voltados para o desenho universal. 
§ 5o Desde a etapa de concepção, as polít icas públicas deverão considerar a adoção do 
desenho universal. 
Para a prova... 
 
 
O art . 56 t raz regra específica que delim ita a necessidade de que sejam 
observados os padrões de acessibilidade em const ruções públicas ou pr ivadas de 
uso colet ivo. 
As regras que verem os não são aplicadas às const ruções privadas individuais. 
Contudo, um condom ínio pr ivado de prédio ou casas deve observar as regras de 
acessibilidade. 
A garant ia da observância dessas regras se dá por interm édio da outorga de 
responsabilidade às ent idades de fiscalização para acom panhar obrase pela 
possibilidade de responsabilização dos técnicos quando houver algum a violação 
das norm as de acessibilidade. 
Além disso, toda a fase inicial de projetos e planejam ento exige-se aprovação e 
licenças específicas a fim de garant ir a acessibilidade nas const ruções. 
Essas regras aplicam -se também para: 
ª Reformas ou ampliações; e 
ª Mudanças no uso de edificações abertas ao público, de uso público, ou privadas, de uso 
colet ivo. 
Confira: 
Art . 56. A const rução, a reform a, a am pliação ou a mudança de uso de edificações abertas 
ao público, de uso público ou privadas de uso colet ivo deverão ser executadas de m odo 
a serem acessíveis. 
§ 1o As ent idades de fiscalização profissional das at ividades de Engenharia, de Arquitetura 
e correlatas, ao anotarem a responsabilidade técnica de projetos, devem exigir a 
• regra geral que define a cr iação de bens e produtos plenamente acessíveis;
• não sendo possível a cr iação de bens ou produtos em desenho universal, deve-
se proceder à adaptação razoável; e
• compete ao Poder Público desenvolver polít icas para o fomento, o 
desenvolvimento e a fiscalização da ut ilização de bens e produtos segundo as 
regras de desenho universal.
DESENHO UNI VERSAL
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responsabilidade profissional declarada de atendim ento às regras de 
acessibilidade previstas em legislação e em norm as técnicas pert inentes. 
§ 2o Para a aprovação, o licenciam ento ou a em issão de cert ificado de projeto execut ivo 
arquitetônico, urbaníst ico e de instalações e equipam entos temporários ou permanentes e 
para o licenciam ento ou a em issão de cert ificado de conclusão de obra ou de serviço, deve 
ser atestado o atendim ento às regras de acessibilidade . 
§ 3o O poder público, após cert ificar a acessibilidade de edificação ou de serviço, 
determ inará a colocação, em espaços ou em locais de am pla visibilidade, do 
sím bolo internacional de acesso, na form a prevista em legislação e em norm as 
técnicas correlatas. 
Note que as regras acim a determ inam a adoção de regras de acessibilidade para 
novas const ruções, reform as, am pliações ou alterações de uso. Em relação aos 
em preendim entos já const ruídos, é necessário adaptá- los na form a com o prevê 
o art . 57, do Estatuto. 
Art . 57. As edificações públicas e privadas de uso colet ivo já existentes devem garant ir 
acessibilidade à pessoa com deficiência em todas as suas dependências e serviços, tendo 
com o referência as norm as de acessibilidade vigentes. 
Essas regras de acessibilidade se aplicam tam bém às const ruções m ult ifam iliares 
privadas. Ent re os exem plos dessas const ruções podem os citar um prédio que 
tenha vários m oradores e um condom ínios de casas. Essas const ruções devem 
ser acessíveis. 
Sobre o assunto, tem os a disciplina do art . 58, do Estatuto. Antes de você ler o 
disposit ivo, vam os destacar duas inform ações relevantes: 
1 ª I NFORMAÇÃO: a acessibilidade externa é obr igatória a toda a edificação 
m ult ifam iliar. 
2 ª I NFORMAÇÃO: cabe ao Poder Execut ivo, no uso da at r ibuição regulam entar, 
definir percentuais m ínim os de residências dent ro do condom ínio, que devem 
observar as regras de acessibilidade interna. 
3 ª I NFORMAÇÃO: veda-se a cobrança de valores adicionais para as unidades que 
contenham acessibilidade interna. Seria um a form a de discr im inação, o que é 
expressam ente vedado pelo Estatuto, um a vez que a não discr im inação é um dos 
postulados do diplom a legal. 
Vam os ao disposit ivo legal: 
Art . 58. O projeto e a construção de edificação de uso privado m ult ifam iliar devem 
atender aos preceitos de acessibilidade, na form a regulamentar. 
§ 1o As const rutoras e incorporadoras responsáveis pelo projeto e pela const rução das 
edificações a que se refere o caput deste art igo devem assegurar percentual m ínim o 
de suas unidades internam ente acessíveis, na form a regulam entar. 
§ 2o É VEDADA a cobrança de valores adicionais para a aquisição de unidades 
internam ente acessíveis a que se refere o § 1o deste art igo. 
A acessibilidade deve ser assegurada, inclusive, em reform as e em const ruções 
públicas que possam obst ruir a locom oção em espaços públicos, com o prevê o 
art . 59, do Estatuto: 
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Art . 59. Em qualquer intervenção nas vias e nos espaços públicos, o poder público e 
as em presas concessionárias responsáveis pela execução das obras e dos serviços devem 
garant ir , de form a segura, a fluidez do t rânsito e a livre circulação e acessibilidade das 
pessoas, durante e após sua execução. 
Além das regras de acessibilidade que vim os acim a, o Estatuto faz referência a 
out ros diplom as que t ratam do assunto, que servem de parâm et ro para 
interpretação e aplicação das regras estudadas até então. Para fins de prova, 
basta a leitura atenta a esse disposit ivo: 
Art . 60. Orientam - se , no que couber, pelas regras de acessibilidade previstas em 
legislação e em norm as técnicas, observado o disposto na Lei no 10.098, de 19 de dezem bro 
de 2000, no 10.257, de 10 de julho de 2001, e no 12.587, de 3 de janeiro de 2012: 
I - os planos diretores m unicipais, os planos diretores de t ransporte e t rânsito, os planos de 
m obilidade urbana e os planos de preservação de sít ios históricos elaborados ou atualizados 
a part ir da publicação desta Lei; 
I I - os códigos de obras, os códigos de postura, as leis de uso e ocupação do solo e as leis 
do sistem a viário; 
I I I - os estudos prévios de impacto de vizinhança; 
I V - as at ividades de fiscalização e a imposição de sanções; e 
V - a legislação referente à prevenção cont ra incêndio e pânico. 
§ 1o A concessão e a renovação de alvará de funcionam ento para qualquer at ividade são 
condicionadas à observação e à cert ificação das regras de acessibilidade. 
§ 2o A em issão de carta de habite-se ou de habilitação equivalente e sua renovação, quando 
esta t iver sido em it ida anteriorm ente às exigências de acessibilidade, é condicionada à 
observação e à cert ificação das regras de acessibilidade. 
Confira o art . 61, do Estatuto, que t raz diret r izes para a adoção de polít icas 
públicas voltadas à cr iação e à garant ia das regras de acessibilidade: 
Art . 61. A form ulação, a implem entação e a m anutenção das ações de acessibilidade 
atenderão às seguintes prem issas básicas: 
I - eleição de prioridades, elaboração de cronogram a e reserva de recursos para 
im plem entação das ações; e 
I I - planejam ento cont ínuo e art iculado ent re os setores envolvidos. 
Desse m odo... 
 
 
AS POLÍ TI CAS PÚBLI CAS DE 
ACESSI BI LI DADE DEVEM
estabelecer 
prior idades;
fixar cronograma 
de at ividades;
reservar recursos 
específicos;
promover 
planejamento 
cont ínuo.
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Confira, por fim , o art . 62, do Estatuto: 
Art . 62. É assegurado à pessoa com deficiência, m ediante solicitação, o recebim ento de 
contas, boletos, recibos, ext ratos e cobranças de t r ibutos em form ato acessível. 
Para fins de prova... 
 
 
Resum indo tudo o que vim os até agora, tem os: 
ACESSI BI LI DADE 
 CONCEI TO: direito que garante à pessoa com deficiência e com mobilidade reduzida o 
acesso a bens e serviços em condições de igualdade em relação às demais pessoas. 
 DESENHO UNI VERSAL: inst rumento que garante a acessibilidade, por intermédio dacr iação 
de produtos e de bens plenamente acessíveis a todos. Const itui regra e, quando não passível 
de ser observada, exige adaptação razoável. 
 POLÍ TI CA PÚBLICA – DESENHO UNI VERSAL: compete ao Poder Público desenvolver polít icas 
para o fomento, o desenvolvimento e a fiscalização da ut ilização de bens e produtos segundo 
as regras de desenho universal. 
 DEVEM SER ACESSÍ VEI S: const ruções (edifícios públicos ou privados de uso colet ivo) , 
reformas, ampliações e mudanças no uso de edificações abertas ao púbico ou privadas de uso 
colet ivo. 
 CONSTRUÇÕES MULTI FAMI LI ARES: acessibilidade externa em todas as const ruções e o 
m ínimo de acessibilidade interna, conforme regulamento, vedando-se a cobrança de taxas 
diferenciadas para const ruções internamente acessíveis. 
 POLÍ TICAS PÚBLI CAS – ACESSI BI LIDADE: devem estabelecer prior idades, fixar 
cronogramas de at ividades, reservar recursos específicos e promover planejamento cont ínuo. 
 DEVE SER ACESSÍ VEL O RECEBI MENTO DE contas, boletos, recibos, ext ratos, cobrança e 
t r ibutos. 
DEVE SER 
ACESSÍ VEL O 
RECEBI MENTO DE
contas
boletos
recibos
ext ratos
cobranças de t r ibutos
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3 .2 – Acesso à inform ação e à com unicação 
Quando falam os em acessibilidade, logo vem à m ente a cr iação de espaços 
públicos sem escadas, com ônibus e banheiros adaptados. Contudo, a 
acessibilidade vai além disso. Na realidade, ela pretender abranger tudo, inclusive 
os m eios de com unicação. 
Nesse contexto, tem os que ver ificar as regras que constam do art . 63 ao 73. 
Evidentem ente que a cobrança em provas desses conteúdos é objet iva, razão 
pela qual vam os t ratar de form a objet iva dos disposit ivos que se seguem . 
A com eçar pelo art . 63, veja: 
Art . 63. É obrigatória a acessibilidade nos sít ios da internet m ant idos por em presas com 
sede ou representação com ercial no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa 
com deficiência, garant indo- lhe acesso às inform ações disponíveis, conform e as m elhores 
prát icas e diret r izes de acessibilidade adotadas internacionalm ente. 
§ 1o Os sít ios devem conter sím bolo de acessibilidade em destaque. 
§ 2o Telecent ros comunitár ios que receberem recursos públicos federais para seu custeio 
ou sua instalação e lan houses devem possuir equipam entos e instalações acessíveis. 
§ 3o Os telecent ros e as lan houses de que t rata o § 2o deste art igo devem garant ir , no 
m ínim o, 10% (dez por cento) de seus com putadores com recursos de acessibilidade para 
pessoa com deficiência visual, sendo assegurado pelo m enos 1 (um ) equipam ento, quando 
o resultado percentual for inferior a 1 (um ) . 
Do disposit ivo acim a, duas inform ações são m uito relevantes: 
1 ª I NFORMAÇÃO: a acessibilidade nos m eios de com unicação NÃO abrange 
sites de pessoas naturais. Devem ser acessíveis os sites de em presas e 
de órgãos do governo, com indicação de sím bolo de acessibilidade. 
I nfelizm ente essa é um a regra não observada na prát ica. Contudo, ao 
descum prir esse regram ento, há a possibilidade de sanção adm inist rat iva 
pelo descum prim ento. 
2 ª I NFORMAÇÃO: as lan houses devem assegurar acessibilidade em 10% do 
m aquinário ou, pelo m enos, em um dos com putadores quando, do cálculo 
do percentual, resultar m enos de um a máquina (por exem plo, no 
estabelecim ento há apenas oito com putadores) . 
Leia, na sequência, o art . 64, do Estatuto: 
Art . 64. A acessibilidade nos sít ios da internet de que t rata o art . 63 desta Lei deve ser 
observada para obtenção do financiam ento de que t rata o inciso I I I do art . 54 desta Lei. 
Os arts. 65 a 67, por sua vez, reforçam a regra de que em presas privadas (no 
caso as prestadoras de serviço de com unicação) devem garant ir acessibilidade 
ao direito de inform ação: 
Art . 65. As em presas prestadoras de serviços de telecom unicações deverão 
garant ir pleno acesso à pessoa com deficiência , conform e regulam entação específica. 
Art . 66. Cabe ao poder público incent ivar a oferta de aparelhos de telefonia fixa e m óvel 
celular com acessibilidade que, ent re out ras tecnologias assist ivas, possuam possibilidade 
de indicação e de ampliação sonoras de todas as operações e funções disponíveis. 
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Art . 67. Os serviços de radiodifusão de sons e im agens devem perm it ir o uso dos seguintes 
recursos, ent re out ros: 
I - subt itulação por m eio de legenda oculta; 
I I - janela com intérprete da Libras; 
I I I - audiodescrição. 
Para facilitar a com preensão dos recursos acim a listados, vejam os alguns 
conceitos: 
ª a subt itulação é o “ closed capt ion” ; 
ª LI BRAS é a comunicação por sinais; e 
ª audiodescrição const itui faixa narrat iva adicional para comunicar visualmente o áudio. 
Em relação ao art . 68, é necessário estudá- lo com m ais calm a. Prevê o disposit ivo 
a acessibilidade para livros, que deve ser objeto de incent ivo específico do Poder 
Público: 
Art . 68. O poder público deve adotar m ecanism os de incent ivo à produção, à edição, à 
difusão, à dist r ibuição e à com ercia lização de livros em form atos acessíveis, 
inclusive em publicações da adm inist ração pública ou financiadas com recursos públicos, 
com vistas a garant ir à pessoa com deficiência o direito de acesso à leitura, à inform ação e 
à comunicação. 
§ 1o Nos editais de com pras de livros, inclusive para o abastecim ento ou a atualização de 
acervos de bibliotecas em todos os níveis e m odalidades de educação e de bibliotecas 
públicas, o poder público deverá adotar cláusulas de im pedim ento à part icipação de editoras 
que não ofertem sua produção também em form atos acessíveis. 
§ 2o Consideram -se form atos acessíveis os arquivos digitais que possam ser reconhecidos 
e acessados por softw ares leitores de telas ou out ras tecnologias assist ivas que vierem a 
subst ituí- los, perm it indo leitura com voz sintet izada, am pliação de caracteres, diferentes 
cont rastes e im pressão em Braille. 
§ 3o O poder público deve est imular e apoiar a adaptação e a produção de art igos cient íficos 
em form ato acessível, inclusive em Libras. 
Confira, na sequência, o art . 69, do Estatuto: 
Art . 69. O poder público deve assegurar a disponibilidade de inform ações corretas e 
claras sobre os diferentes produtos e serviços ofertados, por quaisquer m eios de 
com unicação em pregados, inclusive em am biente vir tual, contendo a especificação 
correta de quant idade, qualidade, característ icas, com posição e preço, bem com o sobre os 
eventuais r iscos à saúde e à segurança do consum idor com deficiência, em caso de sua 
ut ilização, aplicando-se, no que couber, os arts. 30 a 41 da Lei no 8.078, de 11 de setem bro 
de 1990. 
§ 1o Os canais de com ercialização virtual e os anúncios publicitár ios veiculados na im prensa 
escrita, na internet , no rádio, na televisão e nos dem ais veículos de com unicação abertos 
ou por assinatura devem disponibilizar, conform e a com pat ibilidade do m eio, os recursos 
de acessibilidade de que t rata o art . 67 desta Lei, a expensas do fornecedor do produto ou 
do serviço, sem prejuízo da observância do disposto nos arts. 36 a 38 da Lei no 8.078, de 
11 de setem bro de 1990. 
§ 2o Os fornecedores devem disponibilizar, m ediante solicitação, exem plares de bulas, 
prospectos, textos ou qualquer out ro t ipo de m aterial de divulgação em form ato acessível. 
35924943097 - luis lima silverio
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