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A importância de fiscalizar a execução de um contrato administrativo está em fazer com que o particular contratado cumpra com o que foi ofertado na licitação, cuja decorrência é o recebimento, pela Administração, do que foi combinado. Além disso, fiscalizar um contrato é importante, por quê?
 
a. Sendo uma obrigação constitucional, todos estão obrigados a cumpri-la. 
b. Se for bem planejada, a execução de um contrato administrativo dispensa a fiscalização, pois todos os direitos e obrigações estão claramente definidos, cabendo às partes o seu fiel cumprimento. 
c. A obrigação de fiscalizar a execução de um contrato deriva da disposição da Lei 8.666/1993, expressa no seu art. 15, inciso III, pois a fiscalização se enquadra nas cláusulas exorbitantes dos contratos privados. 
d. A correta fiscalização de um contrato administrativo pressupõe que estejam garantidas a entrega do bem ou a prestação do serviço dentro das especificações, quantidades e qualidade descritas no contrato, fazendo com que um dos objetivos da licitação, que é a obtenção da proposta mais vantajosa, seja concretizado na execução do contrato. 
Essa é a resposta correta. De nada adianta especificar corretamente um produto ou um serviço se na hora da entrega não se verifica o que foi entregue. Essa fase e os procedimentos decorrentes são importantíssimos para garantir que o que foi contratado e vai ser pago, de fato, vai corresponder à entrega. Daí a importância de uma fiscalização atuante e firme no sentido de compelir o particular contratado a cumprir fielmente as especificações do que fora prometido.
e. Se a fiscalização for exercida apenas pelo preposto da empresa contratada, conforme previsto no art. 68 da Lei 8.666/1993, a Administração terá que remunerá-lo com fundamento no art. 67 da mesma lei que lhe faculta a possibilidade de contratação de terceiros para a atividade. 
Feedback
Além de estar expressamente disposto no texto da Lei de Licitações e Contratos, que impõe à Administração a obrigação quanto à designação de servidores para a tarefa de fiscalizar os contratos administrativos firmados no âmbito dos respectivos órgãos, esses servidores públicos designados devem possuir as qualificações necessárias para o correto exercício da atividade de fiscalização. A qualificação técnica se mostra importante, pois, a depender das especificidades e complexidade do objeto do contrato, nem todos estarão aptos para verificar o seu fiel cumprimento. Mas não é só a qualificação técnica que deve ser verificada na designação de um fiscal de contrato, pois a atividade exige características de personalidade que façam com que a atividade de fiscalização se dê de forma efetiva e sem embaraços, a exemplo de iniciativa, pró-atividade, firmeza de propósito, e conduta funcional adequada;
Vale a pena dar uma olhada na Portaria TCU 297/2012, que dispõe sobre a fiscalização de contratos de prestação de serviços de natureza continuada, pois tem importantes conceituações e procedimentos que podem ser aplicadas a diversos contratos.
Também é importante também verificar a alteração da IN SLTI/MPOG 02/2008 promovida pela edição da IN SLTI/MPOG 06, de 23 de dezembro de 2013, que impacta bastante as atividades de fiscalização dos contratos administrativos no âmbito do Sistema de Serviços Gerais (Sisg) no âmbito da União.
Gabarito: A correta fiscalização de um contrato administrativo pressupõe que estejam garantidas a entrega do bem ou a prestação do serviço dentro das especificações, quantidades e qualidade descritas no contrato, fazendo com que um dos objetivos da licitação, que é a obtenção da proposta mais vantajosa, seja concretizado na execução do contrato.
Essa é a resposta correta. De nada adianta especificar corretamente um produto ou um serviço se na hora da entrega não se verifica o que foi entregue. Essa fase e os procedimentos decorrentes são importantíssimos para garantir que o que foi contratado e vai ser pago, de fato, vai corresponder à entrega. Daí a importância de uma fiscalização atuante e firme no sentido de compelir o particular contratado a cumprir fielmente as especificações do que fora prometido.
Questão 2
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão
João é um experiente contador e auditor de determinado município que foi designado como fiscal de um contrato firmado com uma construtora local para a realização de obras de pavimentação de ruas da cidade.
Qual das alternativas a seguir melhor representa o atendimento da obrigatoriedade de designação de um fiscal para acompanhar os contratos administrativos?
 
a. João não deveria ter sido designado fiscal de um contrato de obras, pois a sua formação de contador o impede de exercer essa atividade, ainda que não existissem engenheiros nos quadros da prefeitura. 
b. João, aproveitando conhecimentos e experiência de contador e auditor, confere individualmente os serviços indicados como realizados nos boletins de medição, e os compara com aqueles que constam da planilha que integrou a proposta vencedora da licitação. 
c. Na hipótese de João contar com o auxílio de engenheiro contratado para as verificações de campo quanto ao que estava sendo executado, cabe a esse profissional todas as atividades de fiscalização quanto aos aspectos técnicos, restando para João apenas referendar os documentos elaborados e os encaminhar para as instâncias superiores. 
d. Na hipótese de os boletins de medição terem sido elaborados com o acompanhamento do engenheiro contratado para auxiliar João, , ele deve checar in loco, e por amostragem, alguns serviços realizados, conferindo todos os dados dos boletins com a planilha do contrato. 
Essa é a resposta correta. Como João não é engenheiro, e conta com o auxílio desse profissional, as verificações da correta execução dos serviços, em qualidade e quantidades contratadas, devem ser realizadas pelo engenheiro, cabendo a ele (João), como fiscal do contrato, criar procedimento de checagem das informações prestadas pela empresa e pelo engenheiro auxiliar, de modo a assegurar a correta fiscalização do contrato.
e. Apesar de João não ser engenheiro, a sua experiência de contador e auditor fez com que adotasse procedimentos corretos quanto à fiscalização, pois ele confere os serviços indicados como realizados com os serviços constantes da planilha da proposta vencedora da licitação, o que lhe garante que o contrato está sendo cumprido à risca. 
Feedback
A Lei 8.666/1993, especificamente o Capítulo III da Lei 8.666/1993 (que vai do art. 54 ao art. 80), traz as disposições legais acerca dos contratos administrativos, regulando a sua formalização, alterações, forma de execução, e consequências de inexecuções. Nesse contexto, o art. 67 da referida Lei traz comando expresso quanto à obrigatoriedade de a Administração designar um servidor para acompanhar e fiscalizar a execução dos contratos administrativos:
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
Essa designação deve recair sobre servidor com condições de executar o acompanhamento e a fiscalização com efetividade, de modo a cumprir com os objetivos do comando legal. Nesse sentido, além do conhecimento sobre o objeto da contratação a ser fiscalizado, deve possuir um perfil psicológico adequado à atividade, pois ele irá constantemente interagir com o contratado (através do preposto da empresa) e, em muitas situações, deverá ser rigoroso nas exigências quanto ao cumprimento das obrigações assumidas e consignadas no contrato.Preferencialmente, e quando possível, a fiscalização deve ser executada por servidor do setor solicitante do objeto.
Na impossibilidade técnica ou material de contar exclusivamente com servidores do quadro de pessoal do órgão contratante, a Lei faculta a contratação de terceiros para auxiliar o fiscal do contrato nessa tarefa (partefinal do caput do art. 67 da Lei 8.666/1993).
Desse modo, a fiscalização deve se dar de tal modo que garanta para a Administração a segurança quanto à execução do contrato na forma acordada, evitando-se pagamentos por serviços não realizados ou realizados em descordo com o pretendido.
A fiscalização deficiente, sem observar os procedimentos necessários para a efetiva verificação da conformidade do que se está executando com o que fora contratado, além de prejuízos para a Administração pode levar à responsabilização de gestores e fiscais de contratos, especialmente quanto à atestos de serviços não realizados:
Instrua os fiscais de contrato quanto à forma de verificar e medir a execução de serviços e o recebimento de bens, observando os preceitos dos arts. 73 e 76 da Lei 8.666/1993, alertando-os para a responsabilidade pessoal pelos "atestos" emitidos. Acórdão 1488/2009 Plenário.
Por fim, observar que a fiscalização, ainda que feita de forma efetiva, de acordo com o que prescreve a Lei, não desobriga a empresa contratada de responder por danos causados à Administração ou a terceiros como consequência da execução defeituosa do contrato. É o que dispõe o art. 70 da Lei de Licitações:
Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado.
Gabarito: Na hipótese de os boletins de medição terem sido elaborados com o acompanhamento do engenheiro contratado para auxiliar João, , ele deve checar in loco, e por amostragem, alguns serviços realizados, conferindo todos os dados dos boletins com a planilha do contrato.
Essa é a resposta correta. Como João não é engenheiro, e conta com o auxílio desse profissional, as verificações da correta execução dos serviços, em qualidade e quantidades contratadas, devem ser realizadas pelo engenheiro, cabendo a ele (João), como fiscal do contrato, criar procedimento de checagem das informações prestadas pela empresa e pelo engenheiro auxiliar, de modo a assegurar a correta fiscalização do contrato.
Questão 3
Correto
Atingiu 1,50 de 1,50
Marcar questão
Texto da questão
Os contratos de natureza continuada estão dentre as exceções quanto à duração dos contratos administrativos, que, em geral, devem ter suas vigências coincidentes com os créditos orçamentários correspondentes.
Com base no que foi estudado no curso, escolha a opção correta.
 
a. Um contrato de vigilância armada, firmado inicialmente com prazo de vigência de 12 meses, pode ter sua vigência prorrogada por até o máximo de 60 meses. 
Essa é a resposta correta. Os serviços de vigilância são representativos do que sejam contratos de natureza continuada. Assim, aplicam-se a tais contratos a possibilidade de prorrogação de suas vigências em até 60 meses, podendo ser prorrogado por mais 12 meses, em situações excepcionais, conforme previsto no § 4º do art. 57 da Lei 8.666/1993.
b. Um contrato de fornecimento de passagem aérea da Secretaria de Finanças de um município, cuja vigência inicial se deu de agosto a dezembro, pode ser prorrogado por sucessivos períodos de 5 meses, até o limite de 60 meses. 
c. Um contrato de limpeza e conservação firmado em setembro, deve ter a sua vigência inicial de 4 meses, de modo que coincida com a vigência do crédito orçamentário pelo qual correrão as despesas. Como é um serviços de natureza continuada, poderá ser prorrogado por sucessivos períodos de 4 meses. 
d. Um contrato de fornecimento de produtos de informática, como computadores e impressoras, que foi firmado inicialmente pelo período de 12 meses, pode ser prorrogado por iguais e sucessivos períodos até atingir o limite de 48 meses. 
e. Um contrato de manutenção da rede elétrica de um Secretaria de Estado firmado em junho, deve ter a sua vigência inicial de 7 meses, de modo que coincida com a vigência do crédito orçamentário pelo qual correrão as despesas. Como é um serviço de natureza continuada, poderá ser prorrogado, a partir da primeira prorrogação, por períodos de 12 meses, desta feita para coincidir com a vigência dos novos créditos orçamentários pelos quais correrão as respectivas despesas. 
Feedback
De acordo a publicação Licitações e Contratos: orientações e jurisprudência do TCU:
"Serviços de natureza contínua são serviços auxiliares e necessários à Administração, no desempenho de suas atribuições, que se interrompidos podem comprometer a continuidade de suas atividades e cuja contratação deva estender-se por mais de um exercício financeiro.
A Administração deve definir em processo próprio quais são seus serviços contínuos, pois o que é contínuo para determinado órgão ou entidade pode não ser para outros. São exemplos de serviços de natureza contínua: vigilância, limpeza e conservação, manutenção elétrica e manutenção de elevadores.
O prazo de contrato para prestação de serviços contínuos pode ser estabelecido para um determinado período e prorrogado, por iguais e sucessivos períodos, a fim de obter preços e condições mais vantajosos para a Administração, até o limite de sessenta meses, desde que:
o edital e o contrato estabeleçam expressamente a condição de prorrogação;
a prorrogação não altere o objeto e o escopo do contrato;
o preço contratado esteja em conformidade com o de mercado e portanto, vantajoso para o contratante;
a vantajosidade da prorrogação esteja devidamente justificada nos autos do processo administrativo.
De se lembrar que a vigência dos contratos de natureza contínua não precisa, necessariamente, coincidir com o ano civil. Assim, a duração desses contratos pode ultrapassar o exercício financeiro que foi firmado. O registro do crédito orçamentário pelo qual correram as despesas no novo exercício deve ser feito por mero apostilamento. Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior da Administração, o prazo de sessenta meses pode ser estendido por mais doze meses
Importante ressaltar que alguns objetos de contratos, mesmo que idênticos, podem ser considerados como de natureza continuada para um determinado órgão e para outros não. Pode-se mencionar como exemplo a locação de veículos. Um órgão cuja necessidade de um veículo é esporádica e extraordinária, por exemplo, para descolamento de autoridades de outros países que vêm esporadicamente para conferências, não justificaria o contrato como de um serviço de natureza continuada.
Já para outro órgão, que desenvolvesse, por exemplo, atividades de fiscalização necessitando de deslocamentos frequentes e que não contasse com frota própria, a disponibilidade de veículos poderia ser considerada imprescindível para o seu funcionamento. Por essa razão, os contratos de locação poderiam ser caracterizados como de serviços de natureza continuada.
Gabarito: Um contrato de vigilância armada, firmado inicialmente com prazo de vigência de 12 meses, pode ter sua vigência prorrogada por até o máximo de 60 meses.
Essa é a resposta correta. Os serviços de vigilância são representativos do que sejam contratos de natureza continuada. Assim, aplicam-se a tais contratos a possibilidade de prorrogação de suas vigências em até 60 meses, podendo ser prorrogado por mais 12 meses, em situações excepcionais, conforme previsto no § 4º do art. 57 da Lei 8.666/1993.
Questão 4
Correto
Atingiu 1,50 de 1,50
Marcar questão
Texto da questão
Escolha a alternativa que melhor caracteriza o equilíbrio econômico-financeiro de um ajuste.
 
a. É a relação inicialmente estabelecida entre o que fora previsto para a empresa contratada executar e o respectivo pagamento pela Administração, e somente será mantido se não houver aditivos que importem em alterações quantitativas. 
b. É a manutenção das mesmas condições inicialmente estabelecidas na relação entre os encargos da contratada e a retribuição financeira do contratante. 
Essa é a resposta correta. Numa relação contratual que perdure no tempo,as condições sobre as quais foram firmados os ajustes devem se manter ao longo da vigência do acordo, como forma de remunerar corretamente o objeto do contrato, mesmo com o decurso do tempo.
c. É a manutenção das condições de qualificação do licitante durante a execução do contrato, comprovada através de balanço patrimonial e demonstrações contábeis. 
d. É o restabelecimento da relação inicialmente pactuada, devida exclusivamente ao contratado, de modo a preservar o valor da contratação contra os efeitos da inflação. 
e. É a aplicação de mecanismos de correções dos valores pagos pela Administração aos contratados, de modo a minimizar os efeitos dos aumentos de preços dos itens do objeto do contrato. 
Feedback
Comumente vemos o instituto do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos administrativo como uma proteção do particular CONTRATADO contra eventuais alterações decorrentes prerrogativas de privilégio da administração em relação aos administrados, ou contra os efeitos da corrosão do valor da moeda. No entanto, o equilíbrio econômico-financeiro é do CONTRATO, significando dizer que qualquer mudança na relação inicialmente acorda pode ser objeto de revisão visando à conformação como que fora inicialmente pactuado.
Um bom exemplo de necessidade de correção para a manutenção do equilibro econômico-financeiro de um contrato administrativo é quando há alteração para menos na participação de tributos na composição do preço pago por um bem ou serviço, como se observou com a extinção da CPMF. Como as empresas contratadas deixaram de ser oneradas pela contribuição extinta, mostrou-se necessária a recomposição dos preços, de modo que, a relação inicialmente pactuada entre o que era fornecido e o que era pago tinha que ser mantida, por meio da redução do preço pago por meio do expurgo da contribuição no preço final do produto ou serviço.
Ressalte que os pleitos de reequilíbrio decorrente desse instituto não se sujeitam a limitações temporais para que sejam implementados, basta que estejam presentes os motivos para a sua implementação. Há, no entanto, que se demonstrar a variação de preços havida decorrente de fatos imprevisíveis e impeditivos da execução do contrato na forma acordada, ou ainda, caso fortuito, de força maior, ou fato do príncipe, este último como ocorreu quando da extinção da CPMF.
Assim, como bem esclarece a publicação "Licitações e Contratos: orientações e jurisprudência do TCU", o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato se justifica nas seguintes ocorrências:
fato imprevisível, ou previsível porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do que foi contratado;
caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, que configure álea econômica (probabilidade de perda concomitante à probabilidade de lucro) extraordinária e extracontratual.
Gabarito: É a manutenção das mesmas condições inicialmente estabelecidas na relação entre os encargos da contratada e a retribuição financeira do contratante.
Essa é a resposta correta. Numa relação contratual que perdure no tempo, as condições sobre as quais foram firmados os ajustes devem se manter ao longo da vigência do acordo, como forma de remunerar corretamente o objeto do contrato, mesmo com o decurso do tempo.
Questão 5
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,50
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Texto da questão
Apesar da Lei 8.666/1993 aludir apenas ao fiscal de contratos, o gestor de contratos é figura importante na verificação da conformidade da execução de um contrato, nos termos pactuados. Além deles, o ordenador de despesas do órgão também participa de algumas etapas importantes ao longo da execução de um contrato.
De acordo com o que foi estudado, qual das alternativas a seguir não seria de competência do fiscal de contrato?
 
a. Anotação em registro próprio das ocorrências havidas na execução do contrato. 
b. Aplicar as penalidades por descumprimentos das obrigações contratuais. 
c. Realizar as medições dos serviços executados previamente ao atesto das respectivas notas fiscais 
d. Determinar a regularização de faltas ou defeitos na execução do contrato. 
e. Informar a ocorrência aos superiores quando alguma providência extrapolar a sua competência de agir 
Essa não é a resposta correta. Como a atuação do fiscal tem alguns limites, principalmente quando as providências demandadas impõem alguma medida mais rigorosa contra a empresa contratada, o encaminhamento às instâncias superiores é atribuição do fiscal do contrato.
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O fiscal de contrato é o representante da administração que está na linha de frente da execução de contratos administrativos, razão pela qual possui uma importância capital para o sucesso das contratações públicas.
Para isso, é importante que as designações de servidores para a atividade sejam baseadas na competência técnica (conforme o objeto do contrato a ser fiscalizado), como também nas características de personalidade, tais como: iniciativa, pró-atividade, firmeza de propósito e conduta funcional adequada, pois a atividade de fiscalização deve se dar de forma efetiva e sem embaraços para as partes. Por exemplo, um fiscal que tenha a timidez como uma característica forte em sua personalidade, pode encontrar dificuldades para se relacionar com o preposto da empresa, prejudicando a atividade de fiscalização. Ou outro que não tenha uma conduta funcional adequada, adotando comportamentos excessivamente permissivos ou informais, pode deteriorar a relação entre as partes envolvidas, criando dificuldades quando da necessidade de exigir correções ou aplicar penalidades.
Vale a pena dar uma olhada na Portaria TCU 297/2012, que dispõe sobre a fiscalização de contratos de prestação de serviços de natureza continuada, pois tem importantes conceituações e procedimentos que podem ser aplicadas a diversos contratos.
É importante também verificar a recente alteração da IN SLTI/MPOG 02/2008 promovida pela edição da IN SLTI/MPOG 06, de 23 de dezembro de 2013, que impacta bastante as atividades de fiscalização dos contratos administrativos no âmbito do Sistema de Serviços Gerais (Sisg) no âmbito da União.
Gabarito: Aplicar as penalidades por descumprimentos das obrigações contratuais.
Essa é a resposta correta. A aplicação de penalidades ao contratado extrapola a competência do fiscal de contrato, que deve, no entanto, subsidiar tempestivamente de informações a autoridade competente, quando entender que a ocorrência é passível de penalidade.
Questão 6
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão
A Lei 8.666/1993 trata expressamente das alterações dos contratos administrativos, impondo condições, limites e consequências para essas alterações (arts. 65, §§ 1º, 2º e 4º). Essa Lei também referencia a possibilidade de alteração no contrato administrativo em face de modificações do projeto ou especificações (art. 65, inciso I, alínea 'a'). Dessa forma, chegou-se a duas conceituações das alterações possíveis: as quantitativas e as qualitativas.
Coube a boa parte da doutrina construir o entendimento do que vem a ser e qual o alcance dessas alterações.
Com base no que foi estudado no curso, marque a alternativa correta acerca das alterações qualitativas e quantitativas.
 
a. Tanto as alterações quantitativas quanto as qualitativas podem extrapolar os limites estabelecidos, desde que ocorram situações excepcionais e devidamente justificadas. 
b. As alterações quantitativas são aquelas que alteram os quantitativos de serviços contratos, enquanto que as alterações qualitativas se caracterizam pelo uso de , insumos ou o fornecimento de bens cujos materiais são de melhor qualidade (por exemplo), mantendo inalteradas as quantidades contratadas. 
c. Para o TCU, as alterações qualitativas não podem – em hipótese alguma – extrapolar os limites de acréscimos e supressões determinados pela Lei 8.666/1993, sujeitando-se às mesmas restrições das alterações quantitativas. 
d. Segundo o entendimento do TCU, a Administração deve avaliar, como uma das condições para que o contratoseja qualitativamente alterado, excepcionalmente, em percentuais acima dos limites estabelecidos pela Lei, se o custo de uma rescisão contratual acrescida dos custos de uma nova licitação seriam superiores aos da alteração pretendida. 
Essa é a resposta correta. Uma das condições expressas na Decisão 215/1999-TCU-Plenário, é que a Administração deve ponderar e motivar a decisão que promover alterações consensuais nos contratos de obras e serviços em patamares acima dos limites estabelecidos nos §§ 1º e 2º do art. 65 da Lei 8.666/1993, de modo que fique demonstrada qual a opção mais vantajosa para a Administração.
e. As alterações qualitativas, quaisquer que sejam os impactos financeiros no contrato, apenas podem ser feitas de forma consensual, considerando que a Lei apenas se refere a acréscimo e supressões de alterações quantitativas. 
Feedback
O fio condutor da decisão da Administração quanto às alterações contratuais que importem em aumento do valor inicial do contrato deve ser, como todo ato administrativo, a satisfação do interesse público.
Assim, quando dos contratos de obras e serviços a Administração deve analisar a eventual necessidade de alteração de um contrato à luz da melhor opção para a coletividade, ou seja: se rescinde o contrato (por problemas de planejamento que demandaram alterações em sua concepção ou ante a ocorrência de fatos supervenientes que alteraram as condições de sua execução), ou se opta pela alteração do contrato vigente.
Em todo caso, há que se verificar o tipo de alteração pretendida, considerando que a depender da classificação que se dê à alteração (se qualitativa ou quantitativa), as providências e decorrências serão diferentes.
É certo que dentro dos limites estipulados no art. 65 da Lei 8.666/1993 as alterações serão unilaterais, não comportando maiores esforços interpretativos. Não obstante, também como ordinariamente se procede com os demais atos administrativos, deverá haver a motivação da decisão escolhida.
A questão que se apresenta como maior dificuldade é a de classificar as alterações entre quantitativas e qualitativas, e no caso dessas últimas.
O TCU, na publicação Licitações e Contratos: orientações e jurisprudência do TCU, assim conceitua as duas situações, ao se referir às alterações unilaterais:
- alteração qualitativa: quando a Administração necessitar modificar o projeto ou as especificações para melhor adequação técnica aos seus objetivos. Os requisitos para alterações qualitativas estão na Decisão 215/1999-TCU-Plenário;
- alteração quantitativa: quando for necessária a modificação do valor do contrato em razão de acréscimo ou diminuição nos quantitativos do objeto; essa modificação está restrita aos limites permitidos no art. 65, § 1º, da Lei no 8.666/1993.
Por fim, ressaltar que o TCU admite que, em caráter excepcionalíssimo, as alterações consensuais qualitativas possam ser efetuadas, desde que obedeçam aos pressupostos elencados na Decisão 215/1999-Plenário, que a situação de excepcionalidade esteja devidamente caracterizada e que não tenha sido em decorrência de culpa do contratado e/ou do contratante.
Gabarito: Segundo o entendimento do TCU, a Administração deve avaliar, como uma das condições para que o contrato seja qualitativamente alterado, excepcionalmente, em percentuais acima dos limites estabelecidos pela Lei, se o custo de uma rescisão contratual acrescida dos custos de uma nova licitação seriam superiores aos da alteração pretendida.
Essa é a resposta correta. Uma das condições expressas na Decisão 215/1999-TCU-Plenário, é que a Administração deve ponderar e motivar a decisão que promover alterações consensuais nos contratos de obras e serviços em patamares acima dos limites estabelecidos nos §§ 1º e 2º do art. 65 da Lei 8.666/1993, de modo que fique demonstrada qual a opção mais vantajosa para a Administração.
Questão 7
Correto
Atingiu 1,50 de 1,50
Marcar questão
Texto da questão
Para o exercício da atividade de fiscalização o servidor designado deve ter algumas características de personalidade e conhecimento técnico que favoreçam a exercício da atividade com presteza e resolubilidade.
Além disso, a depender do contexto e do objeto a ser fiscalizado, é preciso conhecer algumas modalidades de fiscalização, que variarão de acordo com tempo (contínua, periódica ou única) e a forma (ativa ou passiva), e também dominar as técnicas de fiscalização (inspeção, benchmark, testes ou análise de relatórios e documentos).
Do que foi estudado no curso, assinale a alternativa correta, quanto à aplicação da modalidade em conjunto com a técnica, a depender do objeto da fiscalização.
 
a. 1 Utiliza-se a técnica do "Benchmark" com a modalidade "Contínua" para as fiscalizações de execução de contratos de construção de obra complexas. 
b. Utiliza-se a técnica de "Análise de relatórios e documentos" com a modalidade "Única" para contratos de fornecimento de bens com entrega parcelada. 
c. Utiliza-se a técnica de "Testes" com a modalidade "Ativa" em fiscalizações contratos de obras em geral. 
Essa é a resposta correta. Os "testes" se constituem em uma técnica de verificação de conformidade de especificações de produtos ou serviços, por meio de parâmetros estabelecidos, utilizados comumente em ensaios de campo nas obras em geral, o que corresponde à finalidade da modalidade "Ativa" que se utiliza desses testes para a liberação de uma etapa da obra, por exemplo
d. A "Inspeção" é uma técnica utilizada com a modalidade "Ativa", pois o resultado da primeira influencia no resultado da segunda, razão pela qual não é indicada para contratos de reforme de prédios. 
e. A técnica de "Testes" é utilizada com a modalidade "Passiva", e em contratos de terceirização de mão de obra, pois os resultados dos testes aplicados servem para corrigir a forma de prestação dos serviços. 
Feedback
Para a correta aplicação de técnicas de fiscalização, é importante conhecer o objeto e a circunstância da execução do contrato fiscalizado, para não incorrer em desperdícios de tempo e de recursos na busca de informações que não sejam úteis para a consecução do fim pretendido com a contratação.
Assim, as técnicas devem ser vistas como ferramentas de auxílio dos trabalhos de fiscalização, mas não podem constituir-se em ônus desarrazoados nem para o contratado nem para o encarregado da fiscalização.
Cabe atentar para o fato de que a aplicação de algumas técnicas ou modalidades de fiscalização depende de previsão contratual.
Gabarito: Utiliza-se a técnica de "Testes" com a modalidade "Ativa" em fiscalizações contratos de obras em geral.
Essa é a resposta correta. Os "testes" se constituem em uma técnica de verificação de conformidade de especificações de produtos ou serviços, por meio de parâmetros estabelecidos, utilizados comumente em ensaios de campo nas obras em geral, o que corresponde à finalidade da modalidade "Ativa" que se utiliza desses testes para a liberação de uma etapa da obra, por exemplo
Questão 8
Correto
Atingiu 1,50 de 1,50
Marcar questão
Texto da questão
Quando se fala em Fiscal de Contrato, no âmbito da Administração pública, qual das definições se aplica à pessoa que exerce essa atividade.
 
a. Representante da Administração que acompanha a execução de um contrato administrativo, aplicando as multas contratuais quando do descumprimento de cláusulas pela contratada. 
b. Servidor, formalmente designado, que representa a Administração na execução de um contrato administrativo, dentro das competências que a Lei lhe confere. 
Essa é a resposta correta. O art. 67 da Lei 8.666/1993 define que o fiscal deverá ser designado como representante da Administração na fiscalização do contrato e os §§ 1º e 2º delimitam o alcance de sua atuação
c. Servidor encarregado da verificação da conformidade legal do procedimento de contratação pública, desde a licitação até a execução do contrato. 
d. Servidor ou terceiro contratado que elabora e assina os boletins de medição de obras contratadas, autorizando os respectivos pagamentos.e. Representante designado pela empresa contratada que atua durante a execução do contrato. 
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Importante destacar que a atividade de fiscalização é da Administração contratante, sendo indelegável, podendo, no entanto, ser assistida por terceiro contratado, quando a especificidade do objeto contratado assim justificar.
Não se deve confundir a figura do preposto com a do fiscal do contrato. O preposto representa a empresa perante a Administração, sendo o elo de contato do órgão contratante com a empresa, recebendo as demandas de serviços ou orientações.
Nos limites de sua atuação, o fiscal do contrato deve registrar as ocorrências havidas na execução do contrato em livro próprio, e encaminhar à autoridade competente as questões que ultrapassarem a sua competência, a exemplo de aplicação de multas por descumprimento de cláusulas contratuais.
Gabarito: Servidor, formalmente designado, que representa a Administração na execução de um contrato administrativo, dentro das competências que a Lei lhe confere.
Essa é a resposta correta. O art. 67 da Lei 8.666/1993 define que o fiscal deverá ser designado como representante da Administração na fiscalização do contrato e os §§ 1º e 2º delimitam o alcance de sua atuação
Questão 9
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Em todo contrato, e nos contratos administrativos não é diferente, há uma contraposição das partes, ante a relação bilateral estabelecida. Nessa relação, o cumprimento de uma obrigação gera a percepção de um direito, ou impõe uma obrigação para a outra parte; ou o descumprimento de uma obrigação gera o direito para a outra parte, ou ainda, o exercício de um direito impõe uma obrigação para a outra parte.
Tomando como referência as disposições da Lei 8.666/1993 e o que foi estudado no curso, assinale a alternativa que expressa corretamente uma relação "direitos versus obrigações" das partes.
 
a. O direito de fiscalizar a execução do contrato gera para o contratado o direito de designar preposto para o mesmo fim. 
b. A entrega do objeto do contrato, ainda que com atraso em relação ao cronograma pactuado, gera para o contratado o direito de receber o preço acordado. 
Essa é a resposta correta. O atraso no cumprimento da obrigação pactuada não pode ser alegado como fundamento para a Administração não pagar o preço do bem ou serviço, conforme contratado. Eventuais penalizações devem ser exercidas pelos instrumentos próprios conforme disposto no termo do contrato.
c. O atraso no pagamento da despesa liquidada, gera para o contratado o direito de correção monetária do valor, somente se o atraso for superior a 90 dias do vencimento da obrigação. 
d. A rescisão de um contrato por descumprimento do prazo de execução gera para a Administração a obrigação de ocupar o local e utilizar o pessoal da contratada, para continuidade do contrato. 
e. A suspensão da execução do contrato pela Administração, por prazo superior a 120 dias, gera a obrigação de rescindir o contrato e o promover o respectivo ressarcimento dos prejuízos causados ao contratado, desde que comprovados. 
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Apesar de a relação contratual administrativa proteger a Administração em detrimento do particular contratado, em nome do interesse público indisponível (ou seja, que não se pode abrir mão ou dispor), há também direitos garantidos decorrentes do cumprimento (adimplemento) de obrigações ou exercício de direitos.
Dessa forma, quando a Administração exerce um direito seu, expresso em cláusulas exorbitantes, de modificar unilateralmente o contrato, há, em contraponto, que respeitar o direito do contratado de ter a equação econômico-financeira mantida nos mesmos patamares do pacto inicial, por meio da correspondente alteração do valor do contrato, para fazer frente à modificação havida.
O respeito à manutenção da relação econômico-financeira inicial do contrato é uma via de mão dupla, pois quando a modificação contratual implicar na redução do valor do contrato, a Administração deverá ser protegida em relação a possível ganho indevido pelo particular.
Gabarito: A entrega do objeto do contrato, ainda que com atraso em relação ao cronograma pactuado, gera para o contratado o direito de receber o preço acordado.
Essa é a resposta correta. O atraso no cumprimento da obrigação pactuada não pode ser alegado como fundamento para a Administração não pagar o preço do bem ou serviço, conforme contratado. Eventuais penalizações devem ser exercidas pelos instrumentos próprios conforme disposto no termo do contrato.
Questão 10
Correto
Atingiu 1,50 de 1,50
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Texto da questão
Para a configuração de inexecução contratual, a atuação do fiscal do contrato é fundamental, pois, em algumas situações, é a partir dos registros feitos pela fiscalização que se pode imputar tal situação.
Qual das alternativas a seguir, que relatam ações do fiscal do contrato, pode ser utilizada como fundamento para configurar uma inexecução contratual.
 
a. Relato das reclamações verbais feitas ao preposto da empresa sobre as faltas observadas na execução do contrato. 
b. Comunicado à autoridade competente sobre a existência de reclamações trabalhistas de alguns empregados da contratada. 
c. Solicitação feita, mas não entregue, ao preposto da contratada sobre a relação de contratos firmados pela contratada com outras empresas. 
d. Registro em livro de ocorrências constando reiteradas falhas na prestação do serviço contratado devido ao uso de contingente inferior ao informado na planilha de preços. 
Essa é a resposta correta. O livro de ocorrências preenchido com as formalidades exigidas para a sua utilização em caso de rescisão é peça fundamental para dar suporte probatório da situação relatada e poderá ser utilizado como fundamento para rescisão contratual.
e. Assinatura nos boletins de medição dando o atesto da realização dos serviços, conforme contratado. 
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O cumprimento das formalidades na atuação do fiscal de contratos é peça fundamental para o desempenho da atividade com correção e efetividade, pois o exercício de algum direito da Administração, ou aplicação de alguma sanção, depende do correto, pertinente e tempestivo registro.
Nesse sentido, para configurar a inexecução contratual é importante que as faltas, não conformidades no fornecimento ou na prestação do serviço, comunicações, reclamações e impugnações estejam formalizadas e em boa ordem, pois constituem o histórico documental da execução do contrato.
De acordo com a publicação "Licitações e Contratos - Orientações e Jurisprudência do TCU", deve a Administração manter permanentemente, no local de execução de obra ou de prestação de serviços, registro apropriado para anotações relacionadas com a execução do contrato, Por exemplo: cumprimento dos prazos, desenvolvimento dos serviços, materiais empregados, locação de equipamentos, logística, mão-de-obra.
O referido registro pode ser livro de capa dura, caderno, folhas impressas em computador,
ou qualquer outro meio de anotação que possam ter folhas numeradas, rubricadas, datadas e assinadas pelo representante da Administração e preposto do contratado.
Gabarito: Registro em livro de ocorrências constando reiteradas falhas na prestação do serviço contratado devido ao uso de contingente inferior ao informado na planilha de preços.
Essa é a resposta correta. O livro de ocorrências preenchido com as formalidades exigidas para a sua utilização em caso de rescisão é peça fundamental para dar suporte probatório da situação relatada e poderá ser 
Questão 11
Correto
Atingiu 1,50 de 1,50
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Texto da questão
Identifique a correta relação entre a conduta ilegal e a correspondente esfera de responsabilização (administrativa, cível ou penal) a que está sujeito o fiscal de contrato, quando, por ação ou omissão, o seu ato estiver em desacordo com a legislação administrativa.
 
a. Deixar de comunicar à autoridade competente a ocorrência de atrasos na execução do contrato, sem que dessa ação haja prejuízo a Administração- esfera administrativa apenas. 
Essa é a resposta correta. Houve descumprimento de normas funcionais no exercício da atividade de modo que a esfera de responsabilização é a administrativa. Se de sua conduta houvesse prejuízo, poderia ser responsabilizado civilmente.
b. Atestar boletim de medição de obra sem a verificação in loco dos serviços efetivamente realizados, ainda que não tenha havido prejuízo – esfera administrativa e penal. 
c. Solicitar verbalmente a correção de serviço que apresentaram defeito, sem que dessa ação haja prejuízo a Administração – esfera administrativa e cível. 
d. Solicitar prorrogação de prazo de contrato fora das hipóteses legais, do estabelecido no edital ou convencionado no contrato – esfera administrativa e penal. 
e. Atestar o recebimento de um bem defeituoso como sendo bom, e em desacordo com o especificado na licitação e no contrato – esfera administrativa apenas. 
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O rigor no exercício da atividade pública deve nortear as ações de todos os agentes públicos, principalmente para algumas categorias de servidores ou de servidores incumbidos de atividades, que pela sua natureza, assumem contornos de guardiões do erário.
O fiscal de contrato recebe essa atribuição e dela deve se desincumbir de maneira não apenas reta e proba, mas primando pela eficiência e efetividade de suas ações, sob pena de ser compelido a responder por atos que venham a ser questionados. Desta forma, o Fiscal estará protegendo não apenas o patrimônio público, como também a si próprio, evitando assim responsabilização por procedimentos que venham a ser considerados inadequados.
Gabarito: Deixar de comunicar à autoridade competente a ocorrência de atrasos na execução do contrato, sem que dessa ação haja prejuízo a Administração - esfera administrativa apenas.
Essa é a resposta correta. Houve descumprimento de normas funcionais no exercício da atividade de modo que a esfera de responsabilização é a administrativa. Se de sua conduta houvesse prejuízo, poderia ser responsabilizado civilmente.
Questão 12
Correto
Atingiu 1,50 de 1,50
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Texto da questão
O fiscal de um contrato administrativo, dentro de sua atribuições, e após reiteradas reclamações verbais ao dono da empresa contratada em razão de entrega de produtos contratados fora do prazo e com especificações diferentes das apresentadas na proposta vencedora da licitação, resolveu aplicar a multa prevista no contrato, alertando ao dono da empresa que uma próxima ocorrência seria punida com a retenção de 20% do valor da próxima fatura, a título de indenização.
Acerca da situação narrada acima, marque a alternativa correta.
 
a. O fiscal exerceu suas atividades de acordo com suas competências, considerando que apontou os problemas de execução do contrato antes de aplicar a multa. 
b. O procedimento foi adequado até a aplicação da multa, haja visto que o ordenador de despesa é quem tem a competência legal para determinar a retenção na forma mencionada. 
c. Os procedimento descritos estão inadequados, desde as comunicações com a empresa até a aplicação de multa. 
Essa é a resposta correta. Não se deve usar oralidade para registro e informação de ocorrências importantes que possam ter como decorrência a aplicação de multa, por exemplo. Também não é o fiscal do contrato quem aplica multa. A retenção de valores devidos somente deve ser aplicada quando o valor da garantia não for suficiente para cobrir a multa.
d. O fiscal não poderia aplicar a multa em face da situação narrada, exceto se devido aos atrasos tivesse ocorrido prejuízo para a Administração, devidamente quantificado e comprovado. 
e. O fiscal poderia aplicar a multa desde que as especificações dos produtos estivessem definidas no contrato. 
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A fiscalização do contrato administrativo pressupõe o conhecimento, pelo servidor designado, dos termos da contratação, desde a fase da licitação, pois questões como especificações e condições de fornecimento são importantes para que ele desempenhe suas tarefas de modo efetivo.
No entanto, a atuação do fiscal deve ser limitada às competências da atividade, dentre as quais não está a aplicação de multa, conquanto esta ser uma prerrogativa da autoridade competente que assinou o contrato. Essa atividade não é passível de delegação de competência ao fiscal do contrato.
As ocorrências de problemas na execução do contrato não devem ser informadas ou comunicadas verbalmente, e sim formalizadas por escrito.
Gabarito: Os procedimento descritos estão inadequados, desde as comunicações com a empresa até a aplicação de multa.
Essa é a resposta correta. Não se deve usar oralidade para registro e informação de ocorrências importantes que possam ter como decorrência a aplicação de multa, por exemplo. Também não é o fiscal do contrato quem aplica multa. A retenção de valores devidos somente deve ser aplicada quando o valor da garantia não for suficiente para cobrir a multa.
Questão 13
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
A Secretaria de Saúde do município pretende contratar, por meio de licitação na modalidade Pregão, empresa para prestar o serviço de locação de veículos com motorista. No edital, inseriu cláusula com indicação de que o contrato seria firmado inicialmente por 12 meses, mas que seria prorrogado por iguais e sucessivos períodos até o limite de 60 meses.
Foi solicitado ao fiscal de contratos da Secretaria que opinasse sobre as cláusulas do edital que tratam da vigência do contrato. Foi pedido também que indicasse as cláusulas de contrato que tratassem da recomposição dos preços inicialmente contratados ao longo da vigência do ajuste, para que constassem da minuta do contrato que acompanha o edital.
De acordo com o que foi estudado e com as disposições da Lei 8.666/1993, qual das alternativas a seguir indica a resposta técnica mais correta a ser dada pelo fiscal de contratos.
 
a. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão corretas. Para a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão de que, a cada 12 meses, seja concedido um reajuste do valor do contrato, de modo a compensar a inflação do período. 
b. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão erradas, pois no edital não deve constar a indicação nem a possibilidade de prorrogação do contrato. Somente quando da execução, e se a contratação ainda se mostrar vantajosa para a Administração, é que poderá haver prorrogação. 
c. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão corretas. Para a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão de repactuação dos preços a cada prorrogação, com base na variação do salário mínimo, de modo a compensar a inflação do período. 
d. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão erradas. Para a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão de repactuação dos preços, que terá base na apresentação de planilha e dos respectivos documentos que demonstrem a variação dos custos dos insumos que compõe o preço do serviço contratado. As prorrogações somente devem ser procedidas caso o contrato ainda se mostre vantajoso para a Administração. 
Essa é a resposta correta. A prorrogação do contrato é uma possibilidade, que será exercida pela Administração se as condições ainda lhes forem favoráveis, e não como uma obrigação decorrente do edital. As condições para a recomposição dos preços do contrato, ao longo da sua vigência, devem estar no edital e no contrato, e o instrumento a ser utilizado, ordinariamente, é a repactuação, que dever ser precedida de análise comparativa dos custos dos insumos da planilha de composição dos preços contratados.
e. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão corretas. Para a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão de revisão dos preços a cada novo salário normativo da categoria dos motoristas. 
FeedbackA vigência dos contratos de serviços de natureza continuada e os respectivos preços dos serviços executados têm disciplina própria na Lei 8.666/1993 quando o ajuste avança além do período inicial firmado.
A primeira observação importante diz respeito à necessária previsão em edital da possibilidade de prorrogação da vigência e a forma como se procederá de modo a manter a equação econômico-financeira do contrato nas bases estabelecidas quando da proposta e do contrato.
Assim, o contrato somente poderá ter sua vigência prorrogada se for consignado expressamente no edital. A medida se explica em razão de dar aos licitantes a possibilidade de formularem suas propostas contemplando essa hipótese, com impacto na vantajosidade do preço ofertado, em razão de uma contratação com perspectiva de se prolongar por um período de até 60 meses implicar em ganhos de escala e diluição de custos de mobilização e desmobilização.
No caso de ser aventada a possibilidade de prorrogação do contrato, a Administração deve usar essa faculdade, desde que atendidas algumas condicionantes, como:
verificação de que a contratação ainda se mostra vantajosa: vantajosidade que deverá ser devidamente demonstrada nos autos do processo de prorrogação, por meio da comparação dos preços das novas condições do contrato com os praticados no mercado.
verificação de que a empresa atende a todos os requisitos de qualificação exigidos inicialmente na licitação.
verificação, caso necessário, do procedimento de recomposição de preços do contrato, com vistas a manter a equação econômico-financeira inicial, denominado repactuação, em que se deverá demonstrar a variação de preços dos insumos dos serviços contratados e ter periodicidade de um ano desde a última repactuação.
Quando da primeira recomposição de preços, deve-se adotar como data-base a data do orçamento a que a proposta se referir, hipótese que deverá ser previamente consignada no edital.
Gabarito: As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão erradas. Para a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão de repactuação dos preços, que terá base na apresentação de planilha e dos respectivos documentos que demonstrem a variação dos custos dos insumos que compõe o preço do serviço contratado. As prorrogações somente devem ser procedidas caso o contrato ainda se mostre vantajoso para a Administração.
Essa é a resposta correta. A prorrogação do contrato é uma possibilidade, que será exercida pela Administração se as condições ainda lhes forem favoráveis, e não como uma obrigação decorrente do edital. As condições para a recomposição dos preços do contrato, ao longo da sua vigência, devem estar no edital e no contrato, e o instrumento a ser utilizado, ordinariamente, é a repactuação, que dever ser precedida de análise comparativa dos custos dos insumos da planilha de composição dos preços contratados.
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