Buscar

Módulo 7 Analise de fluxo de caixa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/26
Conceito de Fluxo de caixa
São as alterações e ou modificações que influenciam o caixa em qualquer
momento.
Segundo Marion (2009, 380),
“... a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) indica a origem de todo o dinheiro
que entrou no Caixa, bem como a aplicação de todo o dinheiro que saiu do Caixa
em determinado período, e, ainda o Resultado do Fluxo Financeiro"
Essa demonstração tem a característica de evidenciar as transações que
efetivamente movimentam o caixa. O que poderia ser uma característica
controvertida. O registro de movimentações de caixa é muito dinâmico; a
demonstração de fluxo de caixa, tal qual as demais demonstrações, é estática, ou
seja, reflete um determinado momento ou, mais propriamente dizendo, um
determinado saldo disponível e reportado.
Portanto, não devemos analisar o fluxo de caixa dessa forma, estática,
verticalmente como são apresentados, uma vez que essa não é a realidade das
empresas.
Objetivo de fluxo de caixa
As informações sobre os fluxos de caixa de uma empresa são úteis para
proporcionar aos usuários das demonstrações financeiras uma base para avaliar a
capacidade da empresa em gerar caixa e valores equivalentes ao caixa e às
necessidades da empresa para utilizar esses fluxos.
A demonstração de fluxo de caixa propicia aos analistas financeiros uma fonte
segura para melhor elaborar seus planejamentos financeiros, como também serve
a outros usuários a forma com que a empresa gerou o caixa, ou até mesmo como
utilizou os recursos e valores equivalentes ao caixa.
A empresa quando utiliza essa demonstração com as demais, supre de forma
completa os usuários e, principalmente, os habilitam à avaliação nas mudanças de
ativos líquidos de uma empresa e sua estrutura financeira, que podem ser
exemplificadas nas questões de liquidez e solvência. E não obstante a esse fato,
ainda temos a melhora significativa no conhecimento dos prazos inerentes aos
fluxos de caixa, proporcionando adaptação às circunstâncias e às oportunidades.
Projeção visando a antecipar sobras de caixa (para aplicar) ou falta de caixa (para
financiá-la), por exemplo, com bancos, também é mostrar as aplicações de
recursos efetuadas pela empresa no período e quais as fontes de financiamento
utilizadas. Sob o ponto de vista analítico, evidenciará o grau de eficiência da
administração dos recursos da empresa.
Se há aplicações demasiadas em ativos não-operacionais e como a empresa está
conseguindo recursos para essas aplicações. Se seus endividamentos são
renováveis e se estão crescendo em face de novos investimentos ou em função de
valorizações monetárias. Quais as alternativas que a empresa utilizou para
solucionar ou agravar o problema financeiro.
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/26
Se uma mudança na política de estocagem ou de crédito teve resultados
favoráveis ou desfavoráveis, como também se um determinado ganho de margem
de lucro foi realmente benéfico, tendo-se em vista o volume investido em giro.
Dessa forma, conseguiremos examinar as habilidades da empresa em gerar lucros
futuros para liquidar empréstimo por meio do fechamento tranquilo e contínuo do
ciclo de operações da empresa.
À medida que o balanço patrimonial é composto de ativos e passivos, estes
representam aplicações, que são uso/origens, fontes/recursos.
Os fatores mais usuais e que, se não forem analisados com muito rigor, poderão
levar a empresa a sérios problemas de desequilíbrio financeiro, são:
Insuficiência crônica de caixa;
Captação sistemática de recursos através de empréstimos bancários,
principalmente de curto prazo;
Sensação de esforços desmedidos;
Sensação de risco de “quebra” repentina.
E que terá como causas básicas os seguintes indicadores:
Excesso de investimento em estoques;
Aumento do prazo médio de recebimento de vendas;
Diminuição do prazo médio de pagamento de compras;
Excesso de imobilização;
Inflação;
Recessão.
E, por fim, devemos ilustrar todos os fatores citados com as devidas
consequências. A empresa que não estiver atenta a todas as mudanças
socioeconômicas nas quais está inserida terá problemas dos mais diversos quanto
à sua complexidade:
Vulnerabilidade ante as flutuações de mercado;
Atrasos no pagamento das obrigações;
Tensões internas;
Concordata;
Falência.
O que ocorre com esse movimento é que as empresas começam a buscar os
financiamentos para estabilizar o aumento das suas contas a receber com
recursos externos, que deveriam ser direcionados a cobrir suas obrigações
correntes.
São passivos usuais das empresas:
Os tributos;
Os bancos;
Os fornecedores;
Os funcionários.
O que poderá acarretar as principais faltas de caixa nas empresas são os fatores
que mais preocupam os gestores financeiros. E, dentre eles, podemos
exemplificar os seguintes:
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/26
Expansão descontrolada das vendas, acima de sua capacidade de
comercialização;
Insuficiência de capital próprio e utilização do capital de terceiros em
proporção excessiva;
Aumento exagerado do prazo de faturamento;
Necessidade de compras em grande volume;
Aumento da inadimplência;
Aumento da necessidade de capital de giro em proporção maior do que o
aumento do capital circulante líquido;
Aumento exagerado do ciclo financeiro;
Baixa velocidade da rotação dos estoques;
Excessiva distribuição de dividendos.
E em resumo a essas causas ou que possam levar a esses perigosos caminhos,
teremos o seguinte quadro econômico para identificar:
Declínio das vendas;
Retração do mercado;
Elevação do nível de preços;
Concorrência;
Aumento da carga tributária;
Aumento da inadimplência.
Para que possamos sanar essas consequências a ponto de não ter a situação
empresarial mais agravada ou que as alternativas não sejam mais cabíveis devido
ao prazo/tempo na tomada de decisão tardia, é consenso que existem medidas
que poderiam amenizar, sanear parcial ou totalmente para que não chegue a vias
da insolvência. São elas:
Aumento do capital próprio pela subscrição por parte dos sócios atuais;
Aumento do capital próprio pela subscrição e integralização por parte de
novos sócios;
Redução do ritmo das atividades operacionais;
Adequação do nível de operações ao nível de recursos disponíveis;
Contenção dos custos e das despesas operacionais;
Venda de imobilizados ociosos;
Planejamento e controles financeiros.
E para que se possa tomar as devidas medidas no intuito de saneamento das
dificuldades por parte da empresa em questão, devemos ter a noção exata das
dimensões do fluxo de caixa: por exemplo, a curto prazo, deveria corresponder ao
controle detalhado de entradas e saídas de caixa geradas durante o período
projetado. Enquanto que, a longo prazo, deveríamos analisar e compreender a
projeção sintética de todas as entradas geradas pela venda de bens e serviços e
das saídas provocadas por custos operacionais e de capital, incluindo projetos de
expansão, modernização, localização ou novas instalações fabris.
É uma demonstração, sem dúvida nenhuma, com muita objetividade, e, por isso,
no conceito de alguns especialistas, leva vantagem sobre as demonstrações
legisladas como a Doar e até porque não dizer a DRE.
Infelizmente, nem mesmo o caixa é tão objetivo quanto parece ser à primeira
vista. Há aspectos controversos sobre os quais inexiste consenso que podem levar
a demonstrações completamente diferentes, conforme se adote um ou outro
ponto de vista.
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo4/26
E como diz o prof. Eliseu Martins:
“O balanço e a demonstração de resultados, se elaborados à luz do custo histórico
e na ausência de inflação, são a distribuição lógica e racional ao longo do tempo
do fluxo de caixa da empresa” 
Com esse pensamento, não podemos simplesmente efetuar alguns poucos ajustes
na demonstração, transferindo itens que não são caixa para a coluna de caixa,
pois o conceito mais puro dessa demonstração é de relatar somente os itens
“caixa”, sem que haja a intenção de mostrar uma outra posição que não a real.
A demonstração de fluxo de caixa mostra as alterações líquidas que ocorrem na
empresa.
 Objetivos da demonstração do fluxo de caixa
Avaliar as alternativas de investimento e controlar ao longo do tempo as decisões
importantes que são tomadas na empresa, com reflexos monetários. Usando
também como instrumento de verificação das situações presentes e futuras do
fluxo de caixa na empresa, posicionando-a para que não chegue a situações de
não-liquidez, com a precisão de que não haja excessos monetários de caixa, e, se
houver serão devidamente aplicados.
As informações constantes dessas demonstrações sempre versarão sobre a
capacidade de geração de caixa e de controle dos itens financeiros da empresa.
Portanto, ela evidenciará a capacidade financeira de autofinanciamento das
operações, deixando sempre para última instância a utilização do sistema
bancário, evidentemente para captações de curto prazo.
É também informação básica dessa demonstração a evidenciação da capacidade
de gerar recursos e expandir o nível de investimento, sempre considerando que as
dívidas estarão suficientemente amortizadas, tanto a curto como a longo prazo.
A partir da leitura dessa demonstração, poderemos chegar a algumas
ponderações, como, por exemplo:
Quais as causas das mudanças na situação financeira da empresa?;
Em que foi empregado o lucro gerado pelas operações?;
Como foi possível a empresa distribuir dividendos após prejuízo sofrido no
exercício?;
De que forma a empresa consegue manter seus pagamentos em dia se os
resultados vêm sofrendo baixas, ou seja, negativos?;
Como é financiada a expansão da empresa?;
Com que recursos a empresa pode amortizar dívidas a longo prazo?;
O que é feito com as receitas de venda de imobilizados?;
Os recursos gerados pela empresa são suficientes?;
Habilidade da administração?;
A política de investimento é adequada?;
O nível de tesouraria.
Lucro e o Fluxo de Caixa
Os rendimentos de uma empresa reportados nas suas demonstrações de
resultados podem indicar uma condição saudável de toda a posição financeira. Em
consonância a esse fato, as análises dos coeficientes também podem indicar uma
condição igual, mesmo assim, essa empresa poderá estar perto de uma falência. E
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/26
um profissional de finanças menos experiente pode até perguntar como ocorre
essa situação de total incompatibilidade. A resposta é simples e objetiva somente
a leitura do fluxo de caixa poderá identificar realmente o porquê da empresa estar
neste aspecto. Vitalidades ou fraquezas financeiras não são identificáveis pela
análise de coeficientes de uma demonstração de resultados ou de um balanço
patrimonial.
Para analisar uma situação financeira de uma empresa e medir sua solvência,
temos de separar os conceitos de receitas e despesas dos conceitos de
recebimentos e pagamentos em caixa, pois isso permitirá ir ao âmago dos fluxos.
Apesar de o caixa e o rendimento estarem intimamente ligados, eles não são, em
hipótese alguma, a mesma coisa, haja vista que o rendimento tem a ver com o
excedente aos custos incorridos, e muitos eventos poderão ocorrer durante a
transferência dos rendimentos em caixa. Um desses eventos poderá ser o
aumento do papel, do capital em lucros não distribuídos de uma subsidiária à sua
matriz.
Sob a óptica do método indireto da demonstração de fluxo de caixa, esse aumento
seria adicionado à receita liquida da matriz, como caixa de atividade operacional;
quando, na realidade, o fluxo da matriz inclui somente os dividendos pagos em
caixa para a matriz pela subsidiária. No mundo econômico, o denominador final e
comum a todas as operações é o dinheiro; e a longo prazo, o conceito volta
exatamente a uma diferença de riqueza medida em dinheiro. No caso extremo,
qual o lucro de uma empresa a longo prazo? É a diferença entre o valor de sua
liquidação e os investimentos feitos pelos sócios. Assim, o conceito tradicional de
lucro está vinculado, em sua última consequência, ao fluxo financeiro de ponta a
ponta entre a empresa e seu proprietário.
No caso de inflação, é necessário colocar todos os componentes do fluxo em uma
única moeda, corrigindo-se cada investimento feito pelos proprietários e cada
lucro distribuído a eles ao longo do tempo. A necessidade de se conhecer
continuamente o andamento da vida da entidade exige a elaboração das
demonstrações contábeis periódicas. Para isso, o regime de competência produz
realocações do fluxo financeiro de forma a ter as confrontações necessárias a uma
boa análise da evolução da efetiva rentabilidade e da correta posição financeira de
qualquer entidade.
O prof. Martins, ainda em seu artigo, conclui:
“A demonstração de resultado possui receitas que foram ou serão recebidas na
forma de dinheiro, e despesas que foram ou serão pagas da mesma forma. Assim
o lucro obrigatoriamente transita pelo caixa da empresa (...) (...), por exemplo, a
aquisição de mercadorias a prazo produz o registro do ativo antes do seu
desembolso e pode acontecer de esses bens serem baixados antes mesmo do seu
respectivo pagamento. Assim, há, sempre, uma diferença no tempo entre o
momento em que se registra o lucro com a transação e o efetivo aparecimento,
no caixa do respectivo montante. Ainda mais que as vendas podem também ter
essa diferença temporal. Mas, inexoravelmente, o lucro bruto transita pelo caixa. 
Conforme a Norma Internacional de Contabilidade – 7, os fluxos de caixa
referentes a juros e dividendos recebidos e pagos devem ser divulgados
separadamente. Cada um deles deve ser classificado de uma maneira uniforme de
período a período como decorrentes de atividades operacionais.
Análise do capital de giro
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/26
Para começar nossa análise de caixa e identificarmos o fluxo de caixa, mais
precisamente em uma empresa, devemos visualizar as mudanças do balanço
patrimonial, e, mais intimamente, nas contas do ativo e passivo circulante para
verificação dos efeitos.
Esse componente da análise do fluxo de caixa mede mudança em cada conta dos
circulantes, e poderemos conferir a realização de ativos, entre esses: as contas de
bancos, contas a receber e estoques; o aumento de capital próprio pode ser usado
para aumentar a conta de estoques. A análise do capital de giro identifica a
inclusão de recursos de giro adicionais de empréstimos a curto prazo, de lucros
líquidos ou de novos investimentos de capital. As mudanças no capital de giro
ocorrem pelo movimento das estruturas do balanço patrimonial da empresa.
O ciclo de caixa do negócio influencia em grande parte as contas de giro e caixa
em bancos. Todos negociantes começam seu fluxo de caixa pelos ciclos
operacionais de um determinado ponto.
Enquanto o fluxo de caixa progride os serviços, os produtos da empresa são
vendidos, geralmente, a crédito. E essas vendas aumentam o ativo circulante,
mas só será por algum tempo e, com sorte, é que realmente aumentará seu fluxo,
efetivamente cobradas então, essas vendas a crédito aumentarão a conta do
caixa, que é chamada de contas a receber.
Finalmente, um outro ciclo é iniciado – a cobrança das contas a receber–, às
quais retornam documentos de débito em caixa. Enquanto isso, esse ciclo não
líquido continua, a empresa requer saldo para pagamento pronto de suas contas.
Essa parte do ciclo do fluxo de caixa, são os salários, os impostos, os benefícios e
outros. Dessa forma, o que podemos chamar de características da saída são muito
mais curtas em relação às entradas. Ao analisar demonstração de fluxo de caixa
no capital de giro, o analista deverá pesquisar os sinais de vitalidade do fluxo,
tanto quanto os sinalizadores de sua fragilidade. A análise de coeficiente poderá
ser muito útil para determinar esses sinais, a saber:
Saldos de caixa que têm aumentado em taxas mais rápidas que o
crescimento das receitas de vendas, contas a receber, estoques ou contas a
pagar do último balanço patrimonial corrente.
Saldos de contas a receber e estoques que não têm crescido tanto quanto as
taxas de crescimento das vendas.
Gastos com capital em ativos permanentes e outros ativos, que estão
fundeados por débitos a longo prazo ou capital próprio.
Pagamento de dividendos em caixa de lucros (lucros retidos) e não de
empréstimos ou vendas ativas.
Empréstimos reduzidos a pagamentos de débitos pelo fluxo de caixa
internamente gerado.
Se esses são bons sinais de que as contas operacionais estão em ordem, e as
contrapartidas conseguem se manter em nível satisfatório, também temos o
inverso: os alertas aos quais devemos estar atentos para uma variação
possivelmente, perigosa, que são:
Empréstimos excessivos com linhas de crédito bancárias para financiar
estoques e contas a receber com atraso.
Agudos decréscimos nas contas de caixa enquanto vendas estão crescendo
rapidamente, e as contas a pagar continuam em tendência crescente.
Decréscimos líquidos no capital de giro de uma empresa, que está crescendo
rapidamente, com aumentos consideráveis no investimento de ativo
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/26
permanente.
Venda de ativos ou empréstimos para efetuar pagamentos de dividendos.
Usar o fluxo de caixa da economia de impostos e de depreciação para
financiar dividendos mais que a reposição de equipamento de capital.
Refinanciamento contínuo de débitos de longo prazo durante períodos de
perda.
Análise do fluxo de caixa
 A Demonstração de Fluxo de Caixa – DFC, para o usuário externo segrega
os itens em três grandes grupos:
a. Fluxo das Atividades de Investimentos – originadas de decisões de
investimentos de longo prazo em estrutura como máquinas, veículos,
terrenos, prédios, normalmente gera fluxo negativo, pois demonstra
investimentos para o crescimento, ressalvadas situações pré-falimentares,
em que os imobilizados são alienados para saldar dívidas não suportadas
pela geração operacional de caixa.
b. Fluxo de Atividades de Financiamento – Está relacionado à decisão sobre
fontes de financiamento, determinado, portanto, a estrutura de capital da
empresa. Exemplos: pagamento de empréstimos, integralização de capital,
pagamento de dividendos, captação de empréstimos. Na fase de crescimento
o fluxo é positivo, na fase de consolidação este fluxo torna-se normalmente
negativo.
c. Fluxo de Atividades Operacionais – É um dos indicadores mais importantes
de solvência de uma empresa, pois demonstra a capacidade de geração de
caixa a partir das atividades operacionais da empresa. 
 ASSAF NETO (2002, p. 56), destaca que o comportamento do fluxo de caixa
é influenciado por diversas variáveis, dentre as quais destaca:
a. O setor de atuação da empresa;
b. O ambiente econômico;
c. A fase do ciclo de vida da empresa, e
d. A existência de novos projetos de investimentos.
O autor afirma ainda que o fluxo de caixa das atividades operacionais pode
assumir posições negativas, sem que isso represente um sinal de insolvência,
quando a empresa encontra-se na fase inicial do ciclo de vida ou quando fez
vultosas inversões em novos projetos que demandam recursos para capital de
giro.
São apresentados os seguintes indicadores que consubstanciarão as análises do
fluxo de caixa.
a. Cobertura de dívidas = Fluxo de caixa das operações 
 Passivo Total
Valores superiores à unidade permitem inferir que a empresa consegue gerar sem
suas operações num exercício, recursos financeiros suficientes para cumprir as
dívidas existentes (tanto de curto como de longo prazo), pode-se variar este
indicador, substituindo-se o denominador pelo Passivo Circulante ou mesmo os
juros apropriados.
a. Retorno do patrimônio líquido = Fluxo de caixa das operações 
 Patrimônio Líquido
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/26
Mostra o quanto a empresa consegue obter de caixa por unidade monetária
investida pelo capital próprio. Este indicador e o anterior estão relacionados à
estrutura de financiamentos da empresa. Portanto, em situações de maior
endividamento, o retorno aos acionistas é menor que a cobertura de dívidas. Uma
variação da fórmula é a substituição no denominador pelos Dividendos pagos.
a. Cobertura de investimentos = Fluxo de caixa das operações 
 Fluxo de Caixa de Investimento
Determina se a empresa consegue financiar seus projetos de investimentos com
recursos próprios. Isso ocorre quando o indicador é superior à unidade. Quando a
cobertura de investimentos é menor que a unidade, a empresa utiliza recursos
financeiros, do capital próprio ou de terceiros, para as inversões de longo prazo.
Exemplo:
Conta Empresa ALFA Empresa BETA
FC Operações (4.000.000) 4.000.000
FC Investimentos 2.500.000 (2.500.000)
Cobertura Invest. (1.6) (1.6)
 
a. Retorno Total = Fluxo de Caixa das Operações 
 Fluxo de caixa de financiamentos
 Relaciona a entrada líquida de recursos provenientes do desempenho operacional
com o fluxo de financiamento. A análise desse indicador deve ser feita com certo
cuidado, uma vez que tanto o denominador quanto o numerador podem assumir
valores positivos e negativos. O quadro abaixo demonstra o índice de diversas
empresas:
 
Empresa FCOperacional
FC
Financiamento
Retorno
Total
Empresa 1 10.000 5.000 2,00
Empresa 2 5.000 10.000 0,50
Empresa 3 5.000 (10.000) -0,50
Empresa 4 10.000 (5.000) -2,00
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/26
Empresa 5 (5.000) (10.000) 0,50
Empresa 6 (10.000) (5.000) 2,00
Empresa 7 (5.000) 10.000 -0,50
Empresa 8 (10.000) 5.000 -2,00
 Há diferença entre as empresas 1 e 6? e nas demais que têm o mesmo índice de
retorno total? Comente.
a. Retorno sobre vendas = Fluxo de caixas das operações 
 Vendas
Este índice relaciona a geração de caixa pelo volume de vendas. Em outras
palavras, quanto a empresa consegue gerar de fluxo de caixa líquido com suas
operações para cada unidade de venda.
a. Retorno sobre o ativo = Fluxo de caixa das operações 
 Ativo
 Este índice demonstra quanto é gerado de fluxo de caixa das operações para
cada unidade monetária investida no ativo. Uma alternativa mais adequada a esse
índice é o retorno do investimento, onde são relacionados o fluxo das operações
com o investimento total realizada pela empresa.
a. Fluxo sobre lucro = Fluxo de caixa das operações
 Lucro líquido
Este índice pode demonstrar a parcela do lucro que foi realizado financeiramente.
A evolução desse indicador pode ajudar a posicionara empresa em seu ciclo de
vida. Conforme pode ser visualizado na figura a seguir, a diferença entre o
denominador e o numerador desse indicador se altera ao longo da vida da
empresa. Na fase inicial, de entrada no mercado, o valor do fluxo de caixa tende a
ser menor que o prejuízo líquido. O resultado contábil tende a reagir mais
rapidamente na fase de crescimento, quando se torna positivo. Na fase seguinte,
de maturidade, geralmente o fluxo de caixa as operações são superioras ao lucro
líquido. Dessa forma, o índice fluxo sobre o lucro pode apresentar um indício de
que a empresa atingiu a maturidade em seu negócio.
Análise do fluxo de caixa
A Demonstração de Fluxo de Caixa – DFC, para o usuário externo segrega os itens
em três grandes grupos:
a. Fluxo das Atividades de Investimentos – originadas de decisões de
investimentos de longo prazo em estrutura como máquinas, veículos,
terrenos, prédios, normalmente gera fluxo negativo, pois demonstra
investimentos para o crescimento, ressalvadas situações pré-falimentares,
em que os imobilizados são alienados para saldar dívidas não suportadas
pela geração operacional de caixa.
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/26
b. Fluxo de Atividades de Financiamento – Está relacionado à decisão sobre
fontes de financiamento, determinado, portanto, a estrutura de capital da
empresa. Exemplos: pagamento de empréstimos, integralização de capital,
pagamento de dividendos, captação de empréstimos. Na fase de crescimento
o fluxo é positivo, na fase de consolidação este fluxo torna-se normalmente
negativo.
c. Fluxo de Atividades Operacionais – É um dos indicadores mais importantes
de solvência de uma empresa, pois demonstra a capacidade de geração de
caixa a partir das atividades operacionais da empresa.
 
 ASSAF NETO (2002, p. 56), destaca que o comportamento do fluxo de caixa
é influenciado por diversas variáveis, dentre as quais destaca:
 
a. O setor de atuação da empresa;
b. O ambiente econômico;
c. A fase do ciclo de vida da empresa, e
d. A existência de novos projetos de investimentos.
 O autor afirma ainda que o fluxo de caixa das atividades operacionais pode
assumir posições negativas, sem que isso represente um sinal de insolvência,
quando a empresa encontra-se na fase inicial do ciclo de vida ou quando fez
vultosas inversões em novos projetos que demandam recursos para capital de
giro.
 São apresentados os seguintes indicadores que consubstanciarão as análises
do fluxo de caixa.
a. Cobertura de dívidas = Fluxo de caixa das operações 
 Passivo Total
Valores superiores à unidade permitem inferir que a empresa consegue gerar sem
suas operações num exercício, recursos financeiros suficientes para cumprir as
dívidas existentes (tanto de curto como de longo prazo), pode-se variar este
indicador, substituindo-se o denominador pelo Passivo Circulante ou mesmo os
juros apropriados.
a. Retorno do patrimônio líquido = Fluxo de caixa das Operações 
 Patrimônio líquido
Mostra o quanto a empresa consegue obter de caixa por unidade monetária
investida pelo capital próprio. Este indicador e o anterior estão relacionados à
estrutura de financiamentos da empresa. Portanto, em situações de maior
endividamento, o retorno aos acionistas é menor que a cobertura de dívidas. Uma
variação da fórmula é a substituição no denominador pelos Dividendos pagos.
a. Cobertura de investimentos = Fluxo de caixa das operações
 Fluxo de caixa de investimentos
Determina se a empresa consegue financiar seus projetos de investimentos com
recursos próprios. Isso ocorre quando o indicador é superior à unidade. Quando a
cobertura de investimentos é menor que a unidade, a empresa utiliza recursos
financeiros, do capital próprio ou de terceiros, para as inversões de longo prazo.
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/26
O que está errado?
Conta Empresa ALFA Empresa BETA
FC Operações (4.000.000) 4.000.000
FC Investimentos 2.500.000 (2.500.000)
Cobertura Invest. (1.6) (1.6)
 
a. Retorno Total = Fluxo de caixa das operações 
 Fluxo de caixa de financiamentos
Relaciona a entrada líquida de recursos provenientes do desempenho operacional
com o fluxo de financiamento. A análise desse indicador deve ser feita com certo
cuidado, uma vez que tanto o denominador quanto o numerador podem assumir
valores positivos e negativos. O quadro abaixo demonstra o índice de diversas
empresas:
Empresa FCOperacional
FC
Financiamento
Retorno
Total
Empresa 1 10.000 5.000 2,00
Empresa 2 5.000 10.000 0,50
Empresa 3 5.000 (10.000) -0,50
Empresa 4 10.000 (5.000) -2,00
Empresa 5 (5.000) (10.000) 0,50
Empresa 6 (10.000) (5.000) 2,00
Empresa 7 (5.000) 10.000 -0,50
Empresa 8 (10.000) 5.000 -2,00
 Há diferença entre as empresas 1 e 6? e nas demais que têm o mesmo
índice de retorno total? Comente.
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/26
a. Retorno sobre vendas = Fluxo de caixa das operações 
 Vendas
Este índice relaciona a geração de caixa pelo volume de vendas. Em outras
palavras, quanto a empresa consegue gerar de fluxo de caixa líquido com suas
operações para cada unidade de venda.
a. Retorno sobre ativo = Fluxo de caixa das operações 
 Ativo
Este índice demonstra quanto é gerado de fluxo de caixa das operações para cada
unidade monetária investida no ativo. Uma alternativa mais adequada a esse
índice é o retorno do investimento, onde são relacionados o fluxo das operações
com o investimento total realizada pela empresa.
a. Fluxo sobre lucro = Fluxo de caixa das operações 
 Lucro líquido
Este índice pode demonstrar a parcela do lucro que foi realizado financeiramente.
A evolução desse indicador pode ajudar a posicionar a empresa em seu ciclo de
vida. Conforme pode ser visualizado na figura a seguir, a diferença entre o
denominador e o numerador desse indicador se altera ao longo da vida da
empresa. Na fase inicial, de entrada no mercado, o valor do fluxo de caixa tende a
ser menor que o prejuízo líquido. O resultado contábil tende a reagir mais
rapidamente na fase de crescimento, quando se torna positivo. Na fase seguinte,
de maturidade, geralmente o fluxo de caixa as operações são superioras ao lucro
líquido. Dessa forma, o índice fluxo sobre o lucro pode apresentar um indício de
que a empresa atingiu a maturidade em seu negócio.
a. Taxa de queima = Fluxo de caixa das operações 
 Capital Circulante líquido (Onde o fluxo de caixa das
operações < 0)
 Apesar de esse indicador ser utilizado somente para situações onde o fluxo de
caixa gerado pelas operações é negativo, mensura em quanto tempo o CCL será
consumido pelo fluxo negativo de caixa operacional. Se a taxa de queima for de 1,
isso significa que em um exercício social o CCL será queimado pelo desempenho
operacional negativo da empresa.
i. Índice de liquidez e caixa = Disponível t-1 + Operações 
 Passivo Circulante Oneroso t-1
Esse índice relaciona o disponível existente no período anterior mais o fluxo de
caixa as operações com as dívidas onerosas da empresa que serão pagas no
exercício. Quando esse índice é crescente, demonstra um aumento na liquidez da
empresa. Situações em que o valor é negativo denotam que aempresa não possui
liquidez suficiente para pagar suas dívidas de curto prazo.
a. Taxa de queima = Fluxo de caixa das operações 
 Capital Circulante líquido (onde fluxo de caixa das
operações <0)
Apesar de esse indicador ser utilizado somente para situações onde o fluxo de
caixa gerado pelas operações é negativo, mensura em quanto tempo o CCL será
consumido pelo fluxo negativo de caixa operacional. Se a taxa de queima for de 1,
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/26
isso significa que em um exercício social o CCL será queimado pelo desempenho
operacional negativo da empresa.
i. Índice de liquidez e caixa = Disponível t-1 + FC Operações 
 Passivo Circulante Oneroso t-1
Esse índice relaciona o disponível existente no período anterior mais o fluxo de
caixa as operações com as dívidas onerosas da empresa que serão pagas no
exercício. Quando esse índice é crescente, demonstra um aumento na liquidez da
empresa. Situações em que o valor é negativo denotam que a empresa não possui
liquidez suficiente para pagar suas dívidas de curto prazo.
EBITDA – Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization
O EBITDA representa o potencial de geração genuinamente operacional de caixa
que o ativo operacional de uma empresa é capaz de produzir, antes inclusive de
considerar o custo de qualquer capital tomado emprestado. Não corresponde ao
efetivo fluxo de caixa físico já ocorrido no período porque parte das vendas pode
não estar recebida e parte das despesas pode não estar paga.
Assim que recebidas todas as receitas e pagas todas as despesas, esse é o valor
de caixa produzido pelos ativos, antes de computadas as receitas e as despesas
financeiras (juros), impostos (sobre o lucro), a depreciação, a amortização e a
exaustão. É determinado pela soma do lucro operacional (antes do IR) e das
despesas não desembolsáveis (depreciação/amortização).
É um indicador financeiro equivalente ao Fluxo de Caixa, evidenciando a
capacidade da empresa em remunerar os credores e acionistas.
O EBITDA concentra informações no operacional e na capacidade da empresa em
gerar caixa. Essa é a principal razão para a exclusão das receitas e despesas
financeiras (juros pagos a credores), posto que não apresentam vínculos com a
atividade, embora sejam muitas vezes inevitáveis ao fomento da atividade. Além
do mais, o EBITDA exclui do seu efeito – apesar de serem itens operacionais, não
impactam diretamente o fluxo de caixa – depreciação, exaustão e amortização.
 
Modelo simplificado – EBITDA
(+ ) Receita Bruta
( - ) Deduções e impostos
( = ) Receita Líquida
( - ) Custos
( = ) Lucro Bruto
( - ) Despesas Operacionais
( = ) Lucro Operacional
(+/-) Receitas / Despesas Financeiras
 ( = ) Resultado EBITDA
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 14/26
EBITDA - COMO CALCULAR?
Um indicador financeiro bastante utilizado pelas empresas de capital aberto e
pelos analistas de mercado é o chamado EBITDA, cujo conceito ainda não é claro
para muitas pessoas. A sigla corresponde a “Earning Before Interests, Taxes,
Depreciation and Amortization”, ou seja, lucro antes dos juros, impostos,
depreciação e amortização.
CONCEITO
Em linhas gerais, o EBITDA representa a geração operacional de caixa da
companhia, ou seja, o quanto a empresa gera de recursos apenas em suas
atividades operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de
impostos. Difere do EBIT, conhecido como o lucro na atividade, no que se refere à
depreciação e amortização, pois o EBIT considera estes efeitos contábeis. 
A utilização do EBITDA ganha importância, porque analisar apenas o resultado
final da empresa (lucro ou prejuízo) muitas vezes tem sido insuficiente para
avaliar seu real desempenho em um dado período, já que muitas vezes é
influenciado por fatores difíceis de serem mensurados.
CÁLCULO DO EBITDA
Um primeiro passo é calcular o lucro operacional, que, de acordo com o critério
utilizado no Brasil, é obtido como a subtração, a partir da receita líquida, do custo
das mercadorias vendidas (CMV), das despesas operacionais e das despesas
financeiras líquidas (despesas menos receitas com juros e outros itens
financeiros). Vale lembrar que a definição de lucro operacional em boa parte do
mundo exclui o resultado financeiro.
Já para calcular o EBITDA, é preciso somar do lucro operacional a depreciação e
amortização inclusas no CMV e nas despesas operacionais. Isso porque essas
contas não representam saída de caixa efetiva no período. Em resumo, a
depreciação de um equipamento quantifica a perda de sua capacidade produtiva
graças ao uso ou tempo, e, portanto, a perda de seu valor para a empresa. Essa
perda, vale ressaltar, é apenas econômica e não financeira, ou seja, não há um
desembolso efetivo do recursos no período. 
Outra conta que deve ser acrescentada no EBITDA é a despesa financeira líquida,
que foge do escopo de análise do indicador, ou seja, de efetivo desempenho
operacional. Assim, para o cálculo do EBITDA, adicionam-se os juros, depreciação
e amortização ao Lucro Operacional Líquido antes dos impostos. 
Vale lembrar que muitas empresas já publicam diretamente o indicador, que não é
de divulgação obrigatória de acordo com as regras da CVM. Isso tende a facilitar a
análise, embora muitos analistas critiquem as diferentes metodologias adotadas,
principalmente em relação a itens extraordinários.
APLICAÇÃO DO EBITDA
O indicador pode ser utilizado na análise da origem dos resultados das empresas
e, por eliminar os efeitos dos financiamentos e decisões contábeis, pode medir
com mais precisão a produtividade e a eficiência do negócio.
Como percentual de vendas, pode ser utilizado para comparar as empresas
quanto à eficiência dentro de um determinado segmento de mercado. Além disso,
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 15/26
a variação do indicador de um ano em relação a outro mostra aos investidores se
uma empresa conseguiu ser mais eficiente ou aumentar sua produtividade.
Por outro lado, como ressalva, vale lembrar que o EBITDA pode dar uma falsa
idéia sobre a efetiva liquidez da empresa. Além disso, o indicador não considera o
montante de reinvestimento requerido (pela depreciação), fator especialmente
crítico nas empresas que apresentam ativos operacionais de vida curta.
Assim, o EBITDA é um indicador financeiro muito relevante, mas que deve ser
utilizado combinado com outros indicadores de desempenho para fornecer uma
visão mais apropriada da performance da empresa. Ainda assim, é certamente o
mais acompanhado pelos analistas e acaba ganhando bastante importância
também na análise de crédito e nos múltiplos de avaliação de empresas. 
Em determinado cenário, uma empresa pode apresentar um EBITDA
verdadeiramente “astronômico” e nem sequer ter dinheiro para pagar os salários
(basta que tenha vendido a clientes que não pagam, ou que tenha efetuado
avultados investimentos). Isto deve-se ao fato deste indicador analisar somente
as contas de resultado, não se importando com a movimentação patrimonial.
Exercício 1:
A empresa SOLICON S/A está estudando seu ciclo operacional e financeiro. Sabe-se que o
prazo de estocagem de suas matérias-primas é de 45 dias, sendo que os fornecedores dão
um prazo de 30 dias para o pagamento das duplicatas. A produção demanda normalmente
um prazo de 30 dias, permanecendo os produtos acabados estocados 15 dias à espera das
vendas. A política de vendas da empresa adota um prazo de recebimento de 60 dias.Diante dessas informações, determine o ciclo operacional e financeiro da empresa:
A)
ciclo financeiro = 150 dias
ciclo operacional = 120 dias
B)
ciclo financeiro = 90 dias
ciclo operacional = 120 dias
C)
ciclo financeiro = 120 dias
ciclo operacional = 150 dias
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 16/26
D)
ciclo financeiro = 60 dias
ciclo operacional = 90 dias
E)
ciclo financeiro = 90 dias
ciclo operacional = 60 dias
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
A) ESTUDAR 
B) ESTUDAR 
C) ESTUDAR 
Exercício 2:
Considere o Balanço Patrimonial abaixo:
Receita Bruta 400.000,00
(-) ded. De vendas (50.000,00)
(=) Receita líquida 350.000,00
(-) CMV (150.000,00)
Lucro Bruto 200.000,00
(-) desp. Vendas (20.000,00)
(-) desp. adm. ( 40.000,00)
(-) desp. Fin. Líq. ( 25.000,00)
(=) lucro operacional 115.000,00
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 17/26
(+) rec. não
operacionais 500,00
(=) Lucro antes do IR 115.500,00
(-) IR e CSLL 39.270,00
(=) lucro líquido 76.230,00
Por meio do Balanço Patrimonial acima calcule o EBITDA e a margem do EBITDA:
A)
EBITDA = R$ 150.000,00
Margem do EBITDA = 36,25%
B)
EBITDA = R$ 160.000,00
Margem do EBITDA = 42,75%
C)
EBITDA = R$ 145.000,00
Margem do EBITDA = 41,43%
D)
EBITDA = R$ 155.000,00
Margem do EBITDA = 43,41%
E)
EBITDA = R$ 155.000,00
Margem do EBITDA = 43,41%
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 18/26
A) ESTUDAR 
B) ESTUDAR 
C) ESTUDAR 
Exercício 3:
Com base no DRE calcule o EBITDA da empresa e a margem do EBITDA:
Receita Bruta 800.000,00
(-) deduções de vendas (100.000,00)
(=) receita líquida 700.000,00
(-) CMV (300.000,00)
(=) Lucro bruto 400.000,00
(-) desp. de vendas ( 40.000,00)
(-) desp. adm. ( 80.000,00)
(-) desp. Financeira (50.000,00)
(=) lucro operacional 230.000,00
(+) rec. não
operacionais 1.000,00
(=) Lucro antes do IR 231.000,00
(-) IR e CSLL (78.540,00)
(=) LLE 152.460,00
 
A)
EBITDA = R$ 280.000,00
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 19/26
margem de EBITDA = 35%
B)
EBITDA = R$ 290.000,00
margem de EBITDA = 36,25%
C)
EBITDA = R$ 240.000,00
margem de EBITDA = 34,28%
D)
EBITDA = R$ 290.000,00
margem de EBITDA = 36,25%
E)
EBITDA = R$ 290.000,00
margem de EBITDA = 41,43%
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
A) ESTUDAR 
B) ESTUDAR 
C) ESTUDAR 
D) ESTUDAR 
E) ESTUDAR 
Exercício 4:
Com base na DFC abaixo, responda a questão a seguir.
FCAO
Lucro Líquido 2.500
(+) Depreciação 2.500
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 20/26
 (-) Aumento do saldo da conta Clientes (1.000)
(-) Aumento do saldo da conta Estoques (900)
(+) Aumento do saldo da conta
Fornecedores 2.000
(+) Aumento do saldo da conta Salários
a Pagar 300
(+) Aumento do saldo da conta
Despesas a Pagar 500
(=) Caixa gerado nas atividades
operacionais 5.900
 
FCAI
Aquisição de Imobilizado (300)
(=) Caixa consumido nas atividades de
investimento (300)
 
FCAF
Amortização de empréstimo (4.300)
Aumento de Capital 1.000
Pagamento de Dividendos (1.000)
(=) Caixa consumido nas atividades de
financiamento (4.300)
Variação de equivalente-caixa 1.300
(+) Equivalente-caixa em X1 3.100
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 21/26
(=) Equivalente-caixa em X2 4.400
O Valor da Geração Bruta de Caixa?
A)
$ 5.900
B)
$ 1.300
C)
$ 5.000
D)
$ 2.500
E)
$ 900
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
A) ESTUDAR 
B) ESTUDAR 
C) ESTUDAR 
Exercício 5:
Caso uma empresa tenha o CGO de $ 15.000 e um ativo total e $ 75.000,
pagando $ 5.000 de juros por ano. Assinale a alternativa correta:
A)
A empresa trabalha 3 meses para gerar caixa relativo aos juros da empresa e
leva 4 anos em média para converter o seu equivalente a ativo em caixa
B)
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 22/26
A empresa trabalha 5 meses para gerar caixa relativo aos juros da empresa e
leva 5 anos em média para converter o seu equivalente a ativo em caixa
C)
A empresa trabalha 4 meses para gerar caixa relativo aos juros da empresa e
leva 5 anos em média para converter o seu equivalente a ativo em caixa.
D)
A empresa trabalha 3 meses para gerar caixa relativo aos juros da empresa e
leva 5 anos em média para converter o seu equivalente a ativo em caixa
E)
A empresa trabalha 4 meses para gerar caixa relativo aos juros da empresa e
leva 4 anos em média para converter o seu equivalente a ativo em caixa.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
A) ESTUDAR 
B) ESTUDAR 
C) ESTUDAR 
Exercício 6:
Através do índice de nível de recebimento das vendas da empresa PMLK tenha
sido em 2014 = 0,72 e em 2015 = 0,81. Podemos afirmar que:
A)
A empresa melhorou sua política de crédito de cobrança 12,5%
B)
A empresa melhorou a sua avaliação perante os concorrentes
C)
A empresa começou a ter mais direitos a receber do que vendas a vista em 2015
D)
A empresa melhorou o seu nível de geração de caixa devido o aumento das
vendas
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 23/26
E)
A empresa melhora a cobertura de juros devido ter ampliado o caixa equivalente
caixa da empresa
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) ESTUDAR 
Exercício 7:
Através dos seguintes dados da empresa PMLK, calcule a capacidade de novos
investimentos e analise:
 
CGO = $ 5.000
Caixa Gerado nas Operações após Operações Financeiras = $ 7.000
Imobilizado de 2014 = $ 150.000
Imobilizado de 2015 = $ 154.000
 
A)
A empresa fez novos financiamentos, já que a amortização dos empréstimos
absorveu 57,14% do caixa líquido após a remuneração ao capital
B)
A empresa fez novos investimentos do imobilizado de $ 4.000 mas não precisou
de financiamento para aquisição dos mesmos, comprou com recursos próprios
C)
A empresa fez novos investimentos no imobilizado, mas devido não saber a datas
de aquisição dos imobilizados anteriores não podemos identificar o valor de
depreciação acumulada e assim analisar a capacidade de novos investimentos.
D)
A empresa fez novos financiamentos, já que a amortização dos empréstimos
absorveu 42,85% do caixa líquido após a remuneração ao capital
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 24/26
E)
A empresa fez novos financiamentos, já que a amortização dos empréstimos
absorveu 27,14% do caixa líquido após a remuneração ao capital
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
A) ESTUDAR 
B) ESTUDAR 
C) ESTUDAR 
D) ESTUDAR 
Exercício 8:
Com base na DFC abaixo, responda a questão.
FCAO
Lucro Líquido 2.500(+)Depreciação 2.500
 (-) Aumento do saldo da conta Clientes (1.000)
(-) Aumento do saldo da conta Estoques (900)
(+) Aumento do saldo da conta Fornecedores 2.000
(+) Aumento do saldo da conta Salários a Pagar 300
(+) Aumento do saldo da conta Despesas a
Pagar 500
(=) Caixa gerado nas atividades
operacionais 5.900
FCAI
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 25/26
Aquisição de Imobilizado (300)
(=) Caixa consumido nas atividades de
investimento (300)
FCAF
Amortização de empréstimo (4.300)
Aumento de Capital 1.000
Pagamento de Dividendos (1.000)
(=) Caixa consumido nas atividades de
financiamento (4.300)
Variação de equivalente-caixa 1.300
(+) Equivalente-caixa em X1 3.100
(=) Equivalente-caixa em X2 4.400
Qual o valor do indicador de cobertura de dívidas, sabendo-se que o passivo total
da empresa é de 4.500:
A)
0,4069, a empresa não consegui cumprir as dividas existentes
B)
1,0227, a empresa consegui cumprir as dívidas existentes
C)
1,3111, a empresa consegui cumprir as dívidas existentes
D)
0,9556, a empresa não consegui cumprir as dívidas existentes
E)
29/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 26/26
1,2221, a empresa consegui cumprir as dívidas existentes
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
A) ESTUDAR 
B) ESTUDAR 
B) ESTUDAR 
C) ESTUDAR

Continue navegando

Outros materiais