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Criminologia para Delegado da Polícia Civil de Pernambuco 
Aula 4 
Prof. Julio Ponte 
www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 1 de 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 4 
 
Criminologia para Delegado da Polícia Civil de Pernambuco 
Funções da criminologia. Criminologia e política criminal. Direito Penal. 
Professor Julio Ponte 
 
Criminologia para Delegado da Polícia Civil de Pernambuco 
Aula 4 
Prof. Julio Ponte 
www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 2 de 39 
 
 
 
 
Tópicos da Aula 
 
1. Apresentação ................................................................................. 02 
2. Funções da Criminologia ................................................................. 03 
3. Criminologia e Política Criminal ...................................................... 06 
4. Direito Penal ................................................................................... 09 
5. Lista de Questões Apresentadas ..................................................... 29 
5. Gabarito ......................................................................................... 39 
	
  
 
1. Apresentação 
 
Olá, pessoal! 
 
Na nossa Aula 3 tivemos como objeto de estudo a prevenção da infração 
no Estado Democrático de Direito; os tipos de prevenção: primária, secundária 
e terciária; bem como os modelos de reação do crime. 
 
Chamamos atenção de vocês para a concentração dos estudos nos tipos 
de prevenção: primária, secundária e terciária, uma vez que nas questões de 
concursos há muitas pegadinhas envolvendo esses conceitos e os objetos de 
cada uma delas. Portanto, muito cuidado! 
 
Sobre os modelos de reação do crime, também pedimos atenção de 
vocês, especialmente em relação às suas subdivisões, porque nas provas as 
bancas também costumam exigir do candidato segurança na distinção dos 
conceitos de cada uma delas. 
Aula 4 – Funções da criminologia. Criminologia e política 
criminal. Direito Penal. 
 
 
Criminologia para Delegado da Polícia Civil de Pernambuco 
Aula 4 
Prof. Julio Ponte 
www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 3 de 39 
 
Na aula de hoje estudaremos as Funções da Criminologia, Criminologia e 
Política Criminal e o Direito Penal. 
 
Inicialmente, abordaremos os conceitos de cada disciplina e 
discorreremos sobre os seus pontos de contato, registrando-se, desde já, ser 
atualmente opinião dominante a de que a Criminologia, a Política Criminal e 
o Direito Penal são os três pilares do sistema das ciências criminais, 
inseparáveis e interdependentes. Os motivos dessa verdadeira simbiose 
vocês entenderão ao longo da aula. 
 
Vamos aos estudos! 
 
2. Funções da Criminologia 
 
Conforme já explanado nas aulas anteriores, a Criminologia se trata de 
uma ciência independente, empírica e interdisciplinar, a qual tem por 
objeto o estudo sobre o delito (crime), a criminalidade e suas causas, a 
vítima, o controle social do ato criminoso, bem como o delinquente, sua 
personalidade e a maneira de ressocializá-lo. 
 
Os estudos da Criminologia se subdividem em dois ramos 
interdependentes. Temos de um lado a Criminologia Geral (sociológica), a 
qual se utiliza do método estatístico (de grupo, estatístico, sociológico, 
histórico) e enfatiza o procedimento de dedução nos seus estudos. Consiste no 
estudo sistemático da criminologia, isto é, uma visão ampla e que aborda seus 
principais aspectos sem dar um enfoque especial para determinada Escola ou 
determinado objeto. 
 
De outra banda, temos a Criminologia Clínica (bioantropológica), que 
se utiliza do método individual, (particular, análise de casos, biológico, 
experimental), e enfatiza a o procedimento da indução. Tal estudo é 
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direcionado ao preso durante o cumprimento da pena que lhe foi imposta. É 
realizado por meio da laborterapia prisional, consistindo numa modalidade de 
prevenção terciária do delito (volta-se para o preso, buscando evitar a 
reincidência). 
 
Essa ciência, por sua vez, tem como função “informar a sociedade e 
os poderes públicos sobre o delito, o delinquente, a vítima e o controle 
social, reunindo um núcleo de conhecimentos - o mais seguro e contrastado 
- que permita compreender cientificamente o problema criminal, preveni-lo e 
intervir com eficácia e de modo positivo no homem delinquente”. 1 
 
Por não ser uma ciência exata, a Criminologia não é capaz de traçar 
regras precisas e indiscutíveis sobre as causas e efeitos do ilícito criminal. Sua 
metodologia interdisciplinar, porém, permite coordenar os conhecimentos 
mais seguros e estáveis relacionados ao crime, ao criminoso, à vítima e ao 
controle social, os quais podem ser obtidos setorialmente em distintos campos. 
 
Não obstante sua revelação enquanto ciência afaste a possibilidade de 
emprego da intuição ou de subjetivismos, seu saber é relativo, vez que a 
experiência demonstrou que com o passar do tempo e o progresso suas teorias 
se tornaram obsoletas. 
 
Esse fenômeno do “envelhecimento” do seu saber, inclusive, explica a 
crise do paradigma ”causal explicativo”, traçado no século XIX pela Escola 
Positiva, a qual tentou discorrer sobre o delito como decorrente da lei de causa 
e efeito. 
 
Trata-se, portanto, de uma fonte dinâmica de dados, e não um 
“núcleo de conhecimentos” estanque, tal como uma central de informações 
(clearing). 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
1 GOMES, Luiz Flávio; MOLINA, Antonio García-Pablos de. Criminologia: introdução a seus fundamentos 
teóricos: introdução às bases criminológicas da Lei 9.099/95 – Lei dos Juizados Especiais Criminais. São 
Paulo, 7a. ed, RT, 2010, p.142. 
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Por derivar, sobretudo, de análises empíricas, a Criminologia é uma 
ciência prática. Seu objeto é a própria realidade, nasce de sua análise e a 
ela deve retornar com vistas a transforma-la. De grande contribuição nos serviu 
Criminologia Positiva, posto que ora ultrapassada, revelou essa vocação 
prática, a qual, unida a fatores sociais, evoluiu para o que podemos chamar 
de moderna Criminologia, ou Criminologia Crítica2. 
 
A partir da segunda metade do século XIX o “papel” da Criminologia deu 
lugar a um fecundo debate científico e ideológico. 
 
Inicialmente, ao tempo da Escola Positiva, a função da Criminologia 
se limitava a explicar o fenômeno do delitivo, a análise e a descrição de 
suas causas; não se preocupava com as estratégicas científicas e político-
criminais para combatê-lo. Essa atribuição seria destacada aos poderes 
públicos. 
 
Nessa época, distinguiam-se o conhecimento criminológico em sentido 
estrito (base empírica) e o destino ou utilização desse saber criminológico, 
implicando prévias decisões metacientíficas3, sendo estas reservadas aos 
poderes públicos (problemas políticos). 
 
Posteriormente, concebeu-se como função da Criminologia a luta 
contra o delito como sua meta específica, questionando-se, porém, as bases 
da ordem social, sua legitimidade, o funcionamentodo sistema político e suas 
instâncias, assim como a reação social. Por isso a denominação Criminologia 
Crítica. 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
2 Considerada	
  verdadeira	
  revolução	
  teórica	
  e	
  prática,	
  essa	
  criminologia	
  apresenta	
  mudanças	
  verdadeiramente	
  radicais	
  
nas	
  questões	
  formuladas.	
  As	
  questões	
  centrais	
  da	
  criminologia	
  deixam	
  de	
  ser	
  referentes	
  ao	
  delinqüente	
  e	
  até	
  mesmo	
  
ao	
  crime,	
  para	
   serem	
  dirigidas	
  ao	
  próprio	
   sistema	
  de	
  controle,	
  entendido	
  como	
  conjunto	
  articulado	
  de	
   instâncias	
  de	
  
produção	
  normativa	
  e	
  de	
  estruturas	
  de	
  reação	
  da	
  sociedade. 
3Por meio do discurso metacientífico questiona-se a validade dos enunciados científicos atualmente aceitos. 
	
  
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Para a moderna Criminologia o crime é tratado como uma outra face 
da convivência social, a qual acompanha inexoravelmente o ser humano, assim 
como qualquer estrutura social e sua função é, antes de tudo, informativa e 
preventiva. 
 
3. Criminologia e Política Criminal 
 
A Criminologia guarda estreita relação com Política Criminal e o Direito 
Penal, vez que todas cuidam do delito, não obstante selecionem seu objeto com 
critérios autônomos, bem como métodos e pretensões distintos. 
 
Por Política Criminal podemos entender como conjunto sistemático de 
princípios e regras através dos quais o Estado promove a luta de prevenção e 
repressão das infrações penais. 
 
Enquanto disciplina, a Política Criminal oferece aos poderes públicos as 
opções científicas concretas mais adequadas para o eficaz controle do crime. 
Trata-se de verdadeira ponte de ouro entre o Direito Penal e a Criminologia. 
 
A capacidade de o sistema sancionatório resolver os problemas que lhe 
são destinados depende muito das investigações empíricas sobre os 
instrumentos e a forma de utilizá-los. É a Criminologia que, fundamentalmente, 
fornece base para as investigações acerca da melhor forma de resguardar a 
sociedade contra a violência, sendo, portanto, de capital importância as suas 
conclusões. Como ciência empírica do delito, a Criminologia traz os 
imprescindíveis dados acerca do fenômeno criminal e das suas diversas 
instâncias (delinquente, vítima, aparatos do controle social). 
 
Também é com base nos estudos criminológicos que se poderá concluir 
pela redução, ou não, dos efeitos danosos do Direito Penal, ou seja, de seu 
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quantun de violência, sem que isso implique perda de efeito integrador, com 
incremento da violência social, aumentando a taxa de delitos ou de fenômenos 
de vingança privada. 
 
A Política criminal, dentro desse contexto, depende do conhecimento 
empírico da criminalidade, dos seus níveis e das suas causas - objetos que são 
da Criminologia. É sua a tarefa de transformação das teorizações da 
Criminologia em opções e estratégias de controle da criminalidade a 
serem utilizadas pelo Estado. 
 
A moderna Política Criminal (de base criminológica), opera mediante a 
valoração (perspectivas jurídico-políticas) dos dados empíricos recolhidos pela 
Criminologia. É com fundamento em tais valorações que se deve construir, 
aplicar, elaborar e criticar o Direito Penal. A Política criminal deve operar tanto 
no plano do direito a constituir como no do direito constituído. 
 
E, mais do que isso, quando a Criminologia alarga seu objeto de estudo 
para abranger a totalidade do sistema de aplicação da justiça penal (e não 
mais somente o sistema penal), preocupações com eventuais efeitos 
criminógenos da própria lei penal também passam a ser objeto da Política 
Criminal, criando, com isso, estratégias que vão além da intervenção penal, 
sendo exemplo disso os movimentos de descriminalização, desjudicialização, 
diversificação etc. 
 
Vê-se, assim, que os postulados político-criminais devem ser 
levados em consideração desde o momento anterior à própria existência 
do Direito Penal (processo legislativo), passando pela fase judicial e 
executorial. Mesmo chegando ao momento posterior, ou seja, quando são 
recolhidas as conclusões acerca de eventuais efeitos criminógenos de dada 
tipificação penal, a política criminal deverá ser considerada para o fim de propor 
outros e mais aprimorados encaminhamentos. 
 
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Existe, ainda, uma classificação da Política Criminal, analisada a partir do 
binômio verificação de culpa (em sentido amplo) para a existência do crime e 
a necessária represália da conduta requerida pela política criminal. Essa 
faceta política pode se dar das mais variadas formas, sendo que podemos 
divisar dois modelos, antagônicos entre si e que, por possuírem finalidades 
distintas, moldam diferentes respostas estatais e transformam a própria 
sociedade em que são adotados, quais sejam: o eficientismo penal e o 
garantismo penal. 
 
O eficientismo (ou direito penal máximo) está incluso em um grande 
grupo denominado "políticas criminais autoritárias", antigarantistas, assim 
denominadas por desvalorizarem, em maior ou menor intensidade, o princípio 
da legalidade estrita ou um de seus corolários. Essa política busca dar uma 
eficácia absoluta ao Direito Penal, sendo que a certeza que ela pretende obter 
reside em que nenhum culpado fique impune. 
 
A maior representação do eficientismo na sociedade atual está no 
Movimento da Lei e da Ordem. Oriundo dos Estados Unidos da América, na 
década de 70 [05], está em pleno funcionamento, com suas penas 
extremamente rígidas em regime fechado, aplicações desproporcionais – como 
a do three strikes and you’re out , desprezo de direitos e garantias materiais e 
adjetivas de Direito, e utilização de práticas não-ortodoxas demonstrativas do 
desdém ao princípio da dignidade da pessoa humana. O Direito Penal que 
decorre dessa política criminal é, sobretudo, simbólico, posto somente buscar 
satisfazer a opinião pública, ainda quando venha a reduzir ou anular direitos 
fundamentais dos indivíduos que compõe essa sociedade. 
 
O garantismo, por sua vez, situa-se como uma política de direito 
penal mínimo, eis que seu fundamento primordial é que o Direito Penal não é 
o grande "remédio para todos os males da sociedade, devendo, por 
conseguinte, ser reservado para aqueles casos mais graves" [14]. Oriundo das 
contribuições da Criminologia Crítica, pleiteia, além da transformação 
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social/institucional necessária para diminuir os problemas da criminalização, o 
uso de substitutos penais. 
 
Como se nota, essas duas formas de políticas criminais são inconciliáveis. 
Por sua vez, a Constituição Federal Brasileira assentou verdadeiros dogmas 
garantistas em seu extenso rol de direitos fundamentais. E, ainda que setenha 
certa dificuldade em aplicar o garantismo, seja pela força destrutiva da opinião 
pública, seja pela dificuldade teórica em hipóteses de maior complexidade 
técnica e política, é de se buscar um direito penal mínimo, como forma de 
aplicação racional dos preceitos incriminadores. 
 
4. Direito Penal 
 
O Direito Penal é um dos ramos do Direito Público dedicado às normas 
emanadas pelo legislador com a finalidade repressiva do delito e 
preservativa da sociedade. 
 
Tem como pilares: 
I. a proteção dos bens jurídicos relevantes (todo valor reconhecido pelo 
direito); 
II. garantir os direitos da pessoa humana frente ao poder punitivo do 
Estado; 
III. aplicação da sanção penal. 
 
O Direito Penal sendo uma ciência normativa; é a ciência da repressão 
social ao crime, através de regras punitivas que ele mesmo elabora. O seu 
objeto, portanto, é o crime como um ente jurídico, e como tal, passível 
de suas sanções. 
 
Para o Direito Penal o crime pode ser observado sob diversos prismas, 
sendo os mais conhecidos os conceitos de crime sob o aspecto material, formal 
e analítico. Observemos cada um deles. 
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Conceito material: o crime se configura como uma lesão, ameaça de 
lesão ou exposição a perigo a um bem jurídico relevante. 
 
Conceito formal: o crime se configura como uma conduta descrita em lei 
e por esta definida como um tipo penal. 
 
Conceito analítico: o crime é um fato típico, antijurídico e culpável. 
 
 
O estudo do crime, portanto, é o grande elo de interseção entre o 
Direito Penal, a Criminologia e a Política Criminal. Essa interdependência diz 
respeito aos momentos de sua análise, os quais foram objetivamente 
pontuados por Luiz Flávio Gomes e Antonio Garcia-Pablos de Molina da seguinte 
forma: “uma resposta científica ao crime exige um processo lógico que consta 
de três momentos ou fases: explicativo, decisivo e operativo ou instrumental. 
A função da Criminologia é reunir um núcleo de conhecimentos verificados 
empiricamente sobre o problema criminal (momento explicativo). Corresponde 
à Política Criminal transformar essa informação sobre a realidade criminal, de 
base empírica, em opções, alternativas e programas científicos, a partir de uma 
ótica valorativa (momento decisivo): é a ponte entre a experiência empírica e 
as decisões normativas. O Direito Penal concretiza as opções previamente 
adotadas (a oferta político-criminal de base criminológica) em forma de norma 
ou proposições jurídicas gerais e obrigatórias (momento instrumental ou 
operativo)”4. 
 
 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
4	
  Ibidem,	
  p.	
  154.	
  
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CRIMINOLOGIA POLÍTICA CRIMINAL DIREITO PENAL 
 
Ciência empírica que 
estuda o crime, o 
criminoso, a vítima e o 
comportamento da 
sociedade. 
 
Trabalha as estratégias e 
meios de controle social 
da criminalidade. 
! Analisa os fatos humanos 
indesejados; 
! Define quais devem ser 
rotulados como crime ou 
contravenção; 
! Anuncia as penas. 
 
Ocupa-se do crime 
enquanto fato social. 
Ocupa-se do crime 
enquanto valor. 
Ocupa-se do crime 
enquanto norma. 
Exemplo: quais 
fatores contribuem 
para a violência 
doméstica e familiar. 
 Exemplo: estuda como 
diminuir a violência 
doméstica e familiar. 
Exemplo: define como 
crimes lesão no ambiente 
doméstico e familiar. 
 
Cabe ainda o breve registro sobre a teoria das velocidades do Direito 
Penal. Esse tema vem sendo cobrado de forma recorrente nos concursos 
públicos, e como se trata de uma análise do Direito Penal a partir das 
estratégias de política criminal adotadas com enfoque na aplicação da pena 
privativa de liberdade, vale a pena a leitura. 
 
Referida teoria foi apresentada primeiramente pelo professor catedrático 
da Universidade de Pompeu Fabra de Barcelona, o espanhol Jesús-Maria Silva 
Sánchez. 
 
Para Sánchez o Direito Penal seria composto de dois grandes blocos, 
distintos, de ilícitos: o primeiro, das infrações penais às quais são cominadas 
penas de prisão, e, o segundo, daquelas que se vinculam aos gêneros diversos 
de sanções penais. 
 
Para Sanchez, o Direito Penal de Primeira Velocidade se 
caracteriza pela rigidez dos princípios político-criminais clássicos, 
incluindo as regras de imputação e os princípios e garantias processuais, 
com forma de proteção do cidadão contra o poder do Estado. 
 
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Já o Direito Penal de Segunda Velocidade comportaria uma 
relativização das garantias penais e processuais penais, com a 
substituição da pena de prisão por penas restritivas de direito e/ou 
pecuniárias, proporcionais ao mal causado. Em síntese, ocorrendo a 
flexibilização de garantias e princípios processuais ocorreria também a 
exclusão da pena de prisão. Uma das vantagens atribuídas por ele e vários 
dos seguidores a este modelo estaria na possibilidade de a persecução penal 
atingir o mais rápido possível e com maior velocidade poderosos grupos 
econômicos, supostamente intocáveis em sua forma de atuação. 
 
Na Lei dos Juizados Especiais (nº 9.099/95), o instituto da transação 
penal (art. 76) é um ótimo exemplo da mencionada velocidade. Não há 
necessidade de advogado, não há processo e nem há denúncia, visto que na 
transação já se tem um tipo específico de pena. Outro exemplo é o art. 28, da 
Lei de Drogas, nº 11.343/2006. O Direito Penal para essa velocidade é 
representado pela “não prisão”. 
 
O Direito Penal de Terceira Velocidade ficou marcado pelo resgate 
da pena de prisão por excelência, além de flexibilizar e suprimir diversas 
garantias penais e processuais penais. Trata-se de uma mescla entre a 
Primeira e a Segunda Velocidade; vale dizer, utiliza-se da pena privativa de 
liberdade (Direito Penal de Primeira Velocidade), mas permite a flexibilização de 
garantias materiais e processuais Direito Penal de Segunda Velocidade. Essa 
flexibilização, porém, seria no intuito de suprimi-las do agente criminoso, com 
vistas a se evitar um mal maior à sociedade. É também aqui que se expande 
o Direito Penal do inimigo ou inimigos do Direito Penal, consistindo num direito 
de emergência, de exceção. 
 
Essa tendência pode ser vista em algumas s leis brasileiras, como a Lei 
dos Crimes Hediondos, Lei n. 8.072, de 1990, a qual aumentou 
consideravelmente a pena de vários delitos, estabeleceu o cumprimento da 
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pena em regime integralmente fechado (já considerado inconstitucional pelo 
STF) e suprimiu, ou tentou suprimir, algumas prerrogativas processuais 
(exemplo: a liberdade provisória). 
 
O Direito Penal de Quarta Velocidade vem sendo construído pela 
doutrina e tem como foco o Direito Penal Internacional e busca a repressão 
aos crimes contra a humanidade. Destaca-se que a citada velocidade surgiu 
na Itália ehoje está relacionada ao Neo-Positivismo, período este marcado pela 
predominância dos princípios, os quais passaram a ter força normativa. 
 
A Quarta Velocidade pôde ser observada no Julgamento de Nuremberg 
(1945-1949), responsável por apurar e julgar os crimes nazistas durante 
a Segunda Guerra Mundial e passar a discutir os crimes contra a humanidade. 
Para aqueles que uma vez ostentaram a posição de Chefes de Estado e como 
tais violaram gravemente tratados internacionais de tutela de direitos humanos, 
serão aplicadas a eles as normais internacionais. O TPI (Tribunal Penal 
Internacional) será especialmente aplicado a esses réus. Nessa velocidade, há 
uma nítida diminuição das garantias individuais penais e processuais penais 
desses réus, defendida inclusive pelas ONGs. Podem ser citados como 
exemplos os julgamentos de Sadam Russem, Muammar Kadafi, Adolf Hitler, 
dentre outros. 
 
Aqui encerramos a teoria da nossa aula. Vamos aos exercícios! 
 
 
 
01. (VUNESP/2014; PC-SP; ATENDENTE DE NECROTÉRIO 
POLICIAL) São fins básicos da Criminologia, dentre outros 
 
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a) os valores do ressarcimento e da indenização da vítima pelos 
danos sofridos. 
b) a prevenção e o controle do fenômeno criminal. 
c) o processo e o julgamento judicial do criminoso. 
d) o diagnóstico e a profilaxia das enfermidades mentais, 
mediante tratamento ambulatorial e internação hospitalar. 
e) a vingança e o castigo públicos do criminoso. 
 
Gabarito. Item B. A criminologia é uma ciência que estuda o crime como 
problema sociológico complexo. Isto quer dizer que ela não irá tratá-lo 
como fato típico, ilícito e culpável, tal como no Direito Penal; Para a 
criminologia moderna, o crime não pode ser analisado sob o aspecto único do 
delinquente, mas deve englobar o delito, vítima e controle social. 
Dessa forma a função da criminologia é coletar informações sobre a 
problemática do crime, empregando-as de forma a contribuir para o 
entendimento da sua natureza e atuar na prevenção da atividade criminosa. 
 
02. (VUNESP/2014; PC-SP; PERITO CRIMINAL) Sobre a 
Criminologia, é correto afirmar que 
a) ela não é considerada uma ciência para a maior parte dos 
autores. 
b) tal conhecimento encontra-se inteiramente subordinado ao 
Direito Penal. 
c) ela ocupa-se do estudo do delito e do delinquente, mas não se 
ocupa do estudo da vítima e do controle social, uma vez que tal assunto 
constitui objeto de interesse da Sociologia. 
d) ela ocupa-se do estudo do delito e do controle social, mas não 
se ocupa do estudo do delinquente e da vítima, uma vez que tal assunto 
constitui objeto de estudo da Psicologia. 
e) ela constitui um campo fértil de pesquisas para psiquiatras, 
psicólogos, sociólogos, antropólogos e juristas. 
 
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Gabarito. Item E. A resposta da questão está na interpretação do 
conceito de criminologia: Ciência empírica e interdisciplinar que se ocupa do 
estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima, do controle social e 
comportamento delitivo, com a finalidade de prevenir a ocorrência de infração 
penal. Assim, quando se fala em interdisciplinariedade fala-se em outros ramos 
diversos do direito. 
 
03. (PC-SP/2010; PC-SP; ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Para Garcia 
Pablo de Molina é entendido como o conjunto de instituições, 
estratégias e sanções sociais que pretendem promover e garantir a 
submissão dos indivíduos aos modelos e normas comunitárias. 
O texto se refere 
a) à Criminogênese. 
b) aos fatos condicionantes biológicos. 
c) ao controle social. 
d) aos fatos condicionantes sociológicos. 
e) aos fatos condicionantes criminais. 
 
Gabarito. Item C. O CONTROLE SOCIAL é também um dos caracteres do 
objeto criminológico, constituindo-se em um conjunto de mecanismos e sanções 
sociais que buscam submeter os indivíduos às normas de convivência social. 
Há dois sistemas de controle que coexistem na sociedade: o controle social 
INFORMAL (família, escola, religião, profissão, clubes de serviço etc.), com 
nítida visão preventiva e educacional, e o controle social FORMAL (Polícia, 
Ministério Público, Forças Armadas, Justiça, Administração Penitenciária etc.), 
mais rigoroso que aquele e de conotação político-criminal. 
 
04. (ACAFE/2014; PC-SC; DELEGADO DE POLÍCIA) Quanto ao 
estatuto da disciplina Criminologia e sua relação com a Política 
criminal, é correto afirmar: 
a) A Criminologia desenvolvida com base no chamado “paradigma 
etiológico”, de matriz positivista, e a Política criminal dela decorrente, 
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exerceram influência marcante sobre vários níveis do sistema penal 
brasileiro (legal, doutrinário), exceto na execução penal. 
b) A seletividade do sistema penal significa que a criminalização é 
desigualmente distribuída entre os vários grupos e classes sociais, 
apesar da prática de condutas legalmente definidas como crime ocorrer 
em todos eles e que a Lei, em princípio, é igual e geral para todos, 
resultando a desigualdade no momento da seleção dos criminosos pela 
Polícia, Ministério Público e Justiça. 
c) A Criminologia desenvolvida com base no chamado “paradigma 
da reação ou controle social”, que origina a Criminologia crítica, estuda 
o sistema penal, incluindo a agência policial, como parte integrante de 
seu objeto, e conclui que a seletividade estigmatizante é a lógica 
estrutural de seu funcionamento. 
d) A obra “Dos delitos e das penas” (1764), de Cesar Beccaria, 
constitui a matriz mais autorizada do nascimento da Criminologia como 
uma disciplina autodenominada de “ciência” causal-explicativa da 
criminalidade. 
e) A Criminologia é uma disciplina complexa e plural, pois existem 
diferentes paradigmas e teorias criminológicas que, desde o século 
XVII, se desenvolvem no mundo ocidental, inclusive na América Latina 
e no Brasil. Seu objeto varia de acordo com os diferentes paradigmas. 
Entretanto, seu método experimental tem permanecido constante. 
 
Gabarito. Item C. O enunciado na letra C está completamente correto. O 
uso generalizado, na comunidade acadêmica, da denominação “paradigma da 
reação social” ou “paradigma do controle social” e da consideração dele como 
matriz originária da chamada Criminologia crítica goza de univocidade científica, 
ainda que diferentes sejam os desenvolvimentos da Criminologia Crítica. E isto 
porque a Criminologia que se denomina Crítica, por oposição à Criminologia 
tradicional, de origem positivista (e desenvolvida com base no chamado “ 
paradigma etiológico) o é precisamente por se desenvolver a partir do 
paradigma da reação social, por dentro dele e para além dele e de seus 
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resultados sobre o funcionamento do sistema penal, desenvolvendo-os e 
amadurecendo-os, ainda que em diferentes direções que incluem centralmente 
o marxismo, mas também outras. 
 
05. (MPE-SC/2014; MPE-SC; PROMOTOR DE JUSTIÇA - MATUTINA) 
No paradigma etiológico, modelado segundo uma matriz positivista 
derivada Das Ciências Naturais, a Criminologia é definida como uma 
Ciência causal-explicativa da criminalidade, isto é, que investigaas 
causas da criminalidade (seu objeto) segundo o método experimental. 
 
Gabarito. Correto. Criminologia é ciência empírica. A etiologia do crime 
é fundamental para saber de onde veio, como se desenvolveu, como nasceu, 
como se instalou determinado crime naquele local, enfim, tudo sobre a origem 
do crime. O que fazem os órgãos de segurança, hoje em dia, senão pesquisar a 
origem, as causas e consequências do crime. 
Entende-se por Etiologia Criminal a ciência que estuda e investiga a 
criminogênese, que objetiva explicar quais são as causas do crime. 
 
06. (VUNESP/2014; PC-SP; DESENHISTA TÉCNICO PERICIAL) Os 
objetos de estudo da criminologia são: o crime, o criminoso, a vítima e 
_________ . 
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do 
texto. 
a) a participação da vítima no crime 
b) as classes sociais 
c) as leis 
d) o controle social 
e) o Poder Público 
 
Gabarito. Item D. Atualmente o objeto da criminologia está dividido em 
quatro vertentes: delito, delinquente, vítima e controle social. 
 
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07. (VUNESP/2014; PC-SP; ESCRIVÃO DE POLÍCIA) São objetos 
de estudo da Criminologia moderna __________, o 
criminoso,_________e o controle social. 
Assinale a alternativa que completa, correta e respectiva- mente, as 
lacunas do texto. 
a) a desigualdade social ... o Estado 
b) a conduta ... o castigo 
c) o direito ... a ressocialização 
d) a sociedade ... o bem jurídico 
e) o crime ... a vítima 
 
Gabarito. Item E. O mesmo raciocínio da questão 6. 
 
08. (VUNESP/2014; PC-SP; ESCRIVÃO DE POLÍCIA)Assinale a 
alternativa correta, a respeito da Criminologia. 
a) Constitui seu objeto a análise apenas do delito e do 
delinquente, ficando o estudo da vítima sob a alçada da psicologia 
social. 
b) São características fundamentais de seu método o dogmatismo 
e a intervencionalidade. 
c) É uma técnica de investigação policial, que faz parte das 
Ciências Jurídicas. 
d) São suas finalidades a explicação e a prevenção do crime bem 
como a intervenção na pessoa do infrator e avaliação dos diferentes 
modelos de resposta ao crime. 
e) É uma ciência dogmática e normativista, que se ocupa do 
estudo do crime e da pena oriunda do comportamento delitivo. 
 
Gabarito. Item D. A criminologia é a ciência que se ocupa do estudo do 
crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento 
delitivo. Busca fornecer uma informação válida sobre a origem, dinâmica e 
variáveis principais do crime. Contempla o crime como um problema individual 
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e também como problema social. Ministra sobre os programas de prevenção 
eficaz do crime e técnicas de intervenção positiva do homem delinquente e os 
diversos modelos e sistemas de resposta ao delito. Sua função é explicar e 
prevenir o crime, intervir na pessoa do infrator e avaliar os diferentes modelos 
de resposta ao crime. 
 
09. (FCC/2012; DPE-PR; DEFENSOR PÚBLICO) São características 
principais da moderna Criminologia, EXCETO: 
a) Substitui o conceito “tratamento” (conotação clínica e 
individual) por “intervenção” (conotação dinâmica, complexa e 
pluridimensional). 
b) Parte da caracterização do crime como “problema” (face 
humana e dolorosa do delito). 
c) Amplia o âmbito tradicional da Criminologia ao adicionar o 
delinquente e o delito ao seu objeto de estudo. 
d) Acentua a orientação “prevencionista” do saber criminológico, 
diante da obsessão repressiva explícita de outros modelos 
convencionais. 
e) Destaca a análise e a avaliação dos modelos de reação ao delito 
como um dos objetos da Criminologia. 
 
Gabarito. Item C. Note-se que a questão pede o item INCORRETO! O 
delinquente e o delito eram enfatizados na Criminologia Positivista. Para a 
moderna Criminologia o crime é tratado como uma outra face da convivência 
social, a qual acompanha inexoravelmente o ser humano, assim como qualquer 
estrutura social e sua função é, antes de tudo, informativa e preventiva. 
 
10. (PGR/2013; PGR; PROCURADOR DA REPÚBLICA) Criminologia 
pode ser entendida como a ciência do ser, que visa reunir informações 
válidas e confiáveis sobre o “problema criminal”, sendo certo que seu 
objeto se divide no estudo empírico e interdisciplinar do crime, do 
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criminoso, da vítima e da reação social. Diante disso, é incorreto 
afirmar: 
 
a) Para a moderna vitimologia, nem sempre a vítima possui um 
papel neutro ou involuntário na dinâmica do fato criminoso, razão pela 
qual existiriam fatores de predisposição vitimal, podendo- se, através 
de estudos empíricos, efetuar uma melhor prevenção do crime, não por 
intermédio da abstenção do infrator, mas por uma mudança de atitude 
da vítima em potencial. 
b) Para a teoria do etiquetamento ou teoria do labelling approach, 
bastante utilizada nos estudos criminológicos contemporâneos, 
considera-se que as agências ou instâncias formais de controle não têm 
qualquer influência na perpetração do crime, decorrendo este de 
fatores ou falhas das agências ou instâncias informais de controle. 
c) Para a teoria crítica, não há uma causa ontológica do crime, 
decorrendo o status de criminoso de um atributo imposto pelas classes 
dominantes com o objetivo de subjugar indivíduos integrantes dos 
baixos estratos sociais, por intermédio, dentre outros mecanismos 
opressivos, da manipulação das leis penais por parte dos detentores do 
poder econômico, o que é característico de um modelo capitalista de 
sociedade. 
d) Para a teoria do crime do colarinho branco considera-se como 
tal o ilícito perpetrado por pessoas de elevado status social, no âmbito 
de suas atividades profissionais, sendo certo que, por diversos motivos, 
tais pessoas gozam de um cinturão de impunidade. Isso não impede a 
constatação de que a criminalidade perpassa todas as camadas sociais, 
ao contrário dos estudos que a associavam à pobreza ou à patologias 
psicológicas, biológicas ou sociais. 
 
Gabarito. Item B. Para a teoria do etiquetamento ou teoria do labelling 
approach, bastante utilizada nos estudos criminológicos contemporâneos, 
considera-se que as agências ou instâncias formais de controle não têm 
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qualquer influência na perpetração do crime, decorrendo este de fatores ou 
falhas das agências ou instâncias informais de controle. 
 
11. (VUNESP/2014; PC-SP; DESENHISTA TÉCNICO-PERICIAL) A 
moderna criminologia exige do Estado Democrático de Direito um 
controle razoável da criminalidade que, no Brasil, apresenta como 
sugestão metodológica eficaz para a pequena e média criminalidade o 
modelo 
a) de justiça consensual como, por exemplo, a lei dos Juizados 
Especiais Criminais. 
b) da “tolerância zero”, criminalizando toda e qualquer conduta 
antissocial. 
c) do “Direito Penal do Inimigo”, desenvolvido pelo alemão 
Günther Jakobs. 
d) de “recrudescimento da pena” como, por exemplo, o tráfico de 
drogas ilícitas, de acordo com a Lei n.º 11.343/06. 
e) da utilização do Direito Penal como “prima ratio”, evitando 
desdobramentos mais graves.Gabarito. Item A. A Lei Federal nº. 9.099, criada em 26 de setembro de 
1995, dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, e tem como 
objetivo criar nova forma de aplicação da Justiça no sistema penal brasileiro, 
pois através desta lei surge um novo modelo de Justiça Criminal, o qual é 
baseado no consenso. A lei em comento veio introduzir no nosso ordenamento 
jurídico, medidas despenalizadoras (exemplo de Segunda Velocidade do Direito 
Penal), forma consensual de resolução de conflitos, uma Justiça mais célere e 
com maior acesso por parte dos jurisdicionados. 
 
12. (FCC/2013; TRT – 15ª Região; Técnico Judiciário – Segurança) 
Sobre a criminologia é INCORRETO afirmar: 
a) estuda crimes socialmente relevantes, tendo interesse em 
estudar homicídios dolosos e roubos. 
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b) moderna tem como meta erradicar as causas do crime, pois 
desta forma também se estará eliminando os seus efeitos. 
c) tem como um dos objetivos orientar a política criminal na 
prevenção especial e direta dos crimes socialmente relevantes. 
d) é uma ciência que trata do delito, do delinquente e da pena. 
e) é um conjunto de conhecimentos que estuda o fenômeno e as 
causas da criminalidade, a personalidade do delinquente e sua conduta 
delituosa, incluindo também a maneira de ressocializá-lo. 
 
Gabarito. Item B. A questão, apesar de mal formulada, requer do 
candidato atenção sobre o objeto da Criminologia Moderna. A criminologia 
moderna compreende o crime com fenômeno social comum, não tendo ela por 
objetivo eliminá-lo, mas sim, entendê-lo, reduzindo sua incidência no meio, 
eliminando suas causas. Quem tem a pretensão de eliminar o crime é o Direito 
Penal. As alternativas A, C, D e E contém informações corretas, ainda que 
incompletas. 
 
13. (VUNESP/2014; PC-SP; FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL) A 
criminologia geral consiste ______________ ; e a criminologia clínica 
consiste na _____________. 
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as 
lacunas. 
a) no estudo do crime e do criminoso, mas não serve para 
subsidiar a elaboração das leis penais ... análise da vítima e da conduta 
social para subsidiar no planejamento das políticas criminais; 
b) no estudo da vítima e da conduta social, subsidiando a 
elaboração dos tipos penais ... análise do crime e do criminoso para 
servir no planejamento das políticas criminais; 
c) no estudo do comportamento da vítima e do delinquente, 
traçando uma relação de causalidade sem que, contudo, influencie na 
elaboração de legislação correlata ... análise dos crimes, tanto em 
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quantidade como em qualidade para servir no planejamento das 
políticas criminais; 
d) na relação sistemática do poder público quanto à elaboração de 
leis que procuram evitar o crime e sua reincidência ... análise e estudos 
da vítima e sua participação no delito; 
e) na sistematização, comparação e classificação dos resultados 
obtidos no âmbito das ciências criminais acerca de seus objetos ... 
aplicação dos conhecimentos teóricos daquela para o tratamento dos 
criminosos. 
 
Gabarito. Item E. Criminologia Geral - consiste no estudo sistemático 
da criminologia, isto é, uma visão ampla e que aborda seus principais aspectos 
sem dar um enfoque especial para determinada Escola ou determinado objeto. 
Criminologia Clínica (bioantropológica) - tal estudo criminológico é 
direcionado ao preso durante o cumprimento da pena que lhe foi imposta. É 
realizado por meio da laborterapia prisional, consistindo numa modalidade de 
prevenção terciária do delito (volta-se para o preso, buscando evitar a 
reincidência). 
 
14. (VUNESP/2014; PC-SP; MÉDICO LEGISTA) A autonomia da 
Criminologia frente ao Direito Penal 
a) é almejada pelos estudiosos da primeira, mas negada pelos 
estudiosos do segundo. 
b) não se concretiza, uma vez que a primeira não é considerada 
ciência, ao contrário do segundo. 
c) comprova-se, por exemplo, pelo caráter crítico que a primeira 
desenvolve em relação ao segundo. 
d) não se vislumbra na prática, uma vez que todos os conceitos da 
primeira são emprestados do segundo. 
e) não se efetiva, uma vez que ambos têm o mesmo objeto e são 
concretizados pelo mesmo método de estudo, qual seja, o empírico. 
 
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GABARITO. Item C. Conforme discorremos na aula a Criminologia e o 
Direito Penal são ciências autônomas, mas interdisciplinares tendo o crime 
como ponto de interseção entre elas. A função da Criminologia é reunir um 
núcleo de conhecimentos verificados empiricamente sobre o problema criminal. 
O Direito Penal concretiza as opções previamente adotadas pela Política 
Criminal em forma de norma ou proposições jurídicas gerais e obrigatórias. 
 
15. (VUNESP/2014; PC-SP; DELEGADO DE POLÍCIA) Assinale a 
alternativa que completa, correta e respectivamente, a frase: A 
Criminologia__________ ; o Direito Penal __________. 
a) não é considerada uma ciência, por tratar do “dever ser” … é 
uma ciência empírica e interdisciplinar, fática do “ser”; 
b) é uma ciência normativa e multidisciplinar, do “dever ser” … é 
uma ciência empírica e fática, do “ser”; 
c) não é considerada uma ciência, por tratar do “ser” … é uma 
ciência jurídica, pois encara o delito como um fenômeno real, do “dever 
ser”; 
d) é uma ciência empírica e interdisciplinar, fática do “ser” … é 
uma ciência jurídica, cultural e normativa, do “dever ser”; 
e) é considerada uma ciência jurídica, por tratar o delito como um 
conceito formal, normativo, do “dever ser” … não é considerado uma 
ciência, pois encara o delito como um fenômeno social, do “ser”. 
 
Gabarito. Item D. Pode-se conceituar criminologia como a ciência 
empírica (baseada na observação e na experiência) e interdisciplinar que tem 
por objeto de análise o crime, a personalidade do autor do comportamento 
delitivo, da vítima e o controle social das condutas criminosas. A criminologia é 
uma ciência do "ser", empírica, na medida em que seu objeto (crime, 
criminoso, vítima e controle social) é visível no mundo real e não no mundo dos 
valores, como ocorre com o direito, que é uma ciência do "dever-ser", portanto 
normativa e valorativa. 
 
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16. (MPDFT/2004; MPDFT; PROMOTOR DE JUSTIÇA) 
É incorreto afirmar, no tocante ao Direito Penal, à Criminologia e à 
Política Criminal: 
a) A Ciência do Direito Penal e a moderna Criminologia 
diferenciam-se porque aquela se ocupa dogmaticamente do Direito 
Positivo, enquanto esta é ciência empírica de caráter interdisciplinar 
que se interessa, dentre outros temas, pelo delinqüente, pelo crime e 
pela resposta social ao comportamento desviante 
b) A Política Criminal orienta a evolução da legislação penal e a 
sua aplicação conforme as finalidades materiais do Direito Penal. 
c) A evolução da Criminologia caracterizou-se pela ampliação de 
seu campo de estudo, compreendendo, ao lado do delinqüente, do 
delito e suas causas, também a vítima, as formas de reação social e de 
controle da criminalidade. 
d) Há despenalização, em sentido estrito, quando a leipenal 
promove a abolitio criminis, substituindo a pena por sanção de outro 
ramo do Direito. 
e) A função simbólica do Direito Penal é marcada pela reiterada 
edição de normas penais, normalmente mais rigorosas, cuja eficácia 
real é duvidosa, mas que atuam proporcionando à coletividade uma 
tranquilizadora sensação de segurança jurídica. 
 
Gabarito. Item D. 
A despenalização constitui a finalidade da 2ª Velocidade do Direito Penal, 
que visa substituir a pena privativa de liberdade por outras penas alternativas, 
diante da falência da pena privativa de liberdade, que, em vez de regenerar e 
ressocializar o detento, tranforma-o em um criminoso profissional, 
estigmatizando-o, rotulando-o, a dificultar a reinserção social e a inclusão no 
mercado de trabalho (efeitos estigmatizantes da prisão). 
 Exemplo de despenalização é o delito que incrimina o usuário de drogas 
(art. 28 da Lei 11.343/2003). No preceito secundário do art. 28 não se encontra 
prevista pena privativa de liberdade. Vejamos: 
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Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou 
trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às 
seguintes penas: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso 
educativo. 
Apenas a título de esclarecimento: a Abolitio criminins não se confunde 
com despenalização, pois aquele determina a extinção da própria conduta 
criminosa (por exemplo, o crime de adultério), ao passo que na despenalização 
o crime permanece. O delito previsto no art. 28 acima transcrito sofreu 
despenalização, mas não abolitio criminis, pois, apesar da ausência de previsão 
de pena privativa de liberdade, o crime persiste diante da previsão das penas 
supramencionadas. 
 
17. (CESPE/2014; Câmara dos Deputados; Analista Legislativo – 
Consultor Legislativo Área XXII) A respeito da criminologia, da lei penal 
e da teoria geral do crime, julgue os seguintes itens. 
O eficientismo penal constitui uma nova forma de direito penal de 
emergência. 
 
Gabarito. Item CORRETO. O eficientismo (ou direito penal máximo) 
está incluso em um grande grupo denominado "políticas criminais 
autoritárias", antigarantistas, assim denominadas por desvalorizarem, em 
maior ou menor intensidade, o princípio da legalidade estrita ou um de seus 
corolários. Essa política busca dar uma eficácia absoluta ao Direito Penal, sendo 
que a certeza que ela pretende obter reside em que nenhum culpado fique 
impune. 
 
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18. (FUNDEP/2011; MPE-MG; PROMOTOR DE JUSTIÇA) 
Considerando nosso Direito Penal positivo, analise as seguintes 
proposições e assinale a INCORRETA. 
a) A parte geral do Código Penal apresenta um conceito 
criminológico de infração penal, sob a influência da vertente etiológica 
da criminologia, dominante na época de sua elaboração. 
b) Aplicando-se as normas da parte geral do Código Penal, um 
crime cometido no estrangeiro contra o patrimônio do Município de 
Leopoldina/MG ficaria sujeito à lei brasileira, sendo o agente punido 
segundo a lei brasileira, ainda que absolvido no estrangeiro. 
c) A parte geral do Código Penal prevê que a sentença 
estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as 
mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para sujeitar o 
condenado à medida de segurança, dependendo a homologação, na 
falta de tratado de extradição, de requisição do Ministro da Justiça. 
d) De acordo com a parte geral do Código Penal, mesmo após a 
reforma de 1984, influenciada pelo finalismo, o desconhecimento 
inevitável da lei é inescusável. 
 
Gabarito. Item A. Após a reforma de 1984 passou-se a adotar a teoria 
do finalismo para o conceito de crime, e não mais a teoria clássica ou 
causalista, adotada no início do nosso Código Penal. 
 
19. (MPE/2011; MPE-SC; PROMOTOR DE JUSTIÇA) Em sede de 
Política Criminal, o Direito Penal de segunda velocidade, identificado, 
por exemplo, quando da edição das Leis dos Crimes Hediondos e do 
Crime Organizado, compreende a utilização da pena privativa de 
liberdade e a permissão de uma flexibilização de garantias materiais e 
processuais. 
 
Gabarito. Errado. 
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1ª velocidade – penas de prisão e garantias (pós-segunda guerra); 
2ª velocidade - penas alternativas e flexibilização das garantias; 
3ª velocidade - penas de prisão e flexibilização das garantias (direito 
penal do inimigo) 
4ª Velocidade - encontra-se ligada ao Direito Internacional. Para aqueles 
que uma vez ostentaram a posição de Chefes de Estado e como tais violaram 
gravemente tratados internacionais de tutela de direitos humanos, serão 
aplicadas a eles as normais internacionais. O TPI (Tribunal Penal Internacional) 
será especialmente aplicado a esses réus. Nessa velocidade, há uma nítida 
diminuição das garantias individuais penais e processuais penais desses réus, 
defendida inclusive pelas ONGs. Podem ser citados como exemplos: Sadam 
Russem, Muammar Kadafi, Adolf Hitler, dentre outros. 
 
20. (PC-SP/2010; PC-SP; ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Dentre as 
alternativas, assinale a que é apontada como a menos compatível com 
a dignidade da pessoa humana e o Estado Democrático de Direito. 
a) O Direito Penal do Inimigo. 
b) O abolicionismo penal. 
c) O Direito Penal Mínimo. 
d) A “Terza Scuola”. 
e) A Lei da Saturação Criminal 
 
Gabarito. Item A. O Direito Penal do Inimigo defende que aquele que se 
propõe a agir de maneira contrária a lei, acaba agindo de maneira contrária ao 
próprio Estado e, deste modo, deve ser encarado como um inimigo, tendo, 
como conseqüência, suprimidas algumas de suas garantias fundamentais. A 
pessoa que não se enquadra no estado de cidadania também não faz jus aos 
direitos assegurados aos cidadãos e, portanto, são tratados de modo 
diferenciado pela Justiça. 
Segundo os opositores dessa teoria, ela conflitaria com os princípios 
constitucionais estabelecidos na Constituição da República. Em um Estado 
Democrático de Direito não se pode vislumbrar a possibilidade de um indivíduo 
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ser tratado como um objeto de direito e não como um sujeito de direito. Da 
mesma forma, tratar um criminoso como inimigo, suprimindo-lhe garantias 
como o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal, seria 
inconstitucional. 
 
5. Lista das Questões Apresentadas 
 
01. (VUNESP/2014; PC-SP; ATENDENTE DE NECROTÉRIO 
POLICIAL) São fins básicos da Criminologia, dentre outros 
 
a) os valores do ressarcimento e da indenização da vítima pelos 
danos sofridos. 
b) a prevenção e o controle do fenômeno criminal. 
c) o processo e o julgamento judicial do criminoso. 
d) o diagnóstico e a profilaxia das enfermidades mentais, 
mediante tratamento ambulatorial e internação hospitalar. 
e) a vingança e o castigo públicos do criminoso. 
 
02. (VUNESP/2014; PC-SP; PERITO CRIMINAL) Sobre a 
Criminologia,é correto afirmar que 
a) ela não é considerada uma ciência para a maior parte dos 
autores. 
b) tal conhecimento encontra-se inteiramente subordinado ao 
Direito Penal. 
c) ela ocupa-se do estudo do delito e do delinquente, mas não se 
ocupa do estudo da vítima e do controle social, uma vez que tal assunto 
constitui objeto de interesse da Sociologia. 
d) ela ocupa-se do estudo do delito e do controle social, mas não 
se ocupa do estudo do delinquente e da vítima, uma vez que tal assunto 
constitui objeto de estudo da Psicologia. 
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e) ela constitui um campo fértil de pesquisas para psiquiatras, 
psicólogos, sociólogos, antropólogos e juristas. 
 
03. (PC-SP/2010; PC-SP; ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Para Garcia 
Pablo de Molina é entendido como o conjunto de instituições, 
estratégias e sanções sociais que pretendem promover e garantir a 
submissão dos indivíduos aos modelos e normas comunitárias. 
O texto se refere 
a) à Criminogênese. 
b) aos fatos condicionantes biológicos. 
c) ao controle social. 
d) aos fatos condicionantes sociológicos. 
e) aos fatos condicionantes criminais. 
 
04. (ACAFE/2014; PC-SC; DELEGADO DE POLÍCIA) Quanto ao 
estatuto da disciplina Criminologia e sua relação com a Política 
criminal, é correto afirmar: 
a) A Criminologia desenvolvida com base no chamado “paradigma 
etiológico”, de matriz positivista, e a Política criminal dela decorrente, 
exerceram influência marcante sobre vários níveis do sistema penal 
brasileiro (legal, doutrinário), exceto na execução penal. 
b) A seletividade do sistema penal significa que a criminalização é 
desigualmente distribuída entre os vários grupos e classes sociais, 
apesar da prática de condutas legalmente definidas como crime ocorrer 
em todos eles e que a Lei, em princípio, é igual e geral para todos, 
resultando a desigualdade no momento da seleção dos criminosos pela 
Polícia, Ministério Público e Justiça. 
c) A Criminologia desenvolvida com base no chamado “paradigma 
da reação ou controle social”, que origina a Criminologia crítica, estuda 
o sistema penal, incluindo a agência policial, como parte integrante de 
seu objeto, e conclui que a seletividade estigmatizante é a lógica 
estrutural de seu funcionamento. 
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d) A obra “Dos delitos e das penas” (1764), de Cesar Beccaria, 
constitui a matriz mais autorizada do nascimento da Criminologia como 
uma disciplina autodenominada de “ciência” causal-explicativa da 
criminalidade. 
e) A Criminologia é uma disciplina complexa e plural, pois existem 
diferentes paradigmas e teorias criminológicas que, desde o século 
XVII, se desenvolvem no mundo ocidental, inclusive na América Latina 
e no Brasil. Seu objeto varia de acordo com os diferentes paradigmas. 
Entretanto, seu método experimental tem permanecido constante. 
 
05. (MPE-SC/2014; MPE-SC; PROMOTOR DE JUSTIÇA - MATUTINA) 
No paradigma etiológico, modelado segundo uma matriz positivista 
derivada Das Ciências Naturais, a Criminologia é definida como uma 
Ciência causal-explicativa da criminalidade, isto é, que investiga as 
causas da criminalidade (seu objeto) segundo o método experimental. 
 
06. (VUNESP/2014; PC-SP; DESENHISTA TÉCNICO PERICIAL) Os 
objetos de estudo da criminologia são: o crime, o criminoso, a vítima e 
_________ . 
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do 
texto. 
a) a participação da vítima no crime 
b) as classes sociais 
c) as leis 
d) o controle social 
e) o Poder Público 
 
07. (VUNESP/2014; PC-SP; ESCRIVÃO DE POLÍCIA) São objetos 
de estudo da Criminologia moderna __________, o 
criminoso,_________e o controle social. 
Assinale a alternativa que completa, correta e respectiva- mente, as 
lacunas do texto. 
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a) a desigualdade social ... o Estado 
b) a conduta ... o castigo 
c) o direito ... a ressocialização 
d) a sociedade ... o bem jurídico 
e) o crime ... a vítima 
 
08. (VUNESP/2014; PC-SP; ESCRIVÃO DE POLÍCIA)Assinale a 
alternativa correta, a respeito da Criminologia. 
a) Constitui seu objeto a análise apenas do delito e do 
delinquente, ficando o estudo da vítima sob a alçada da psicologia 
social. 
b) São características fundamentais de seu método o dogmatismo 
e a intervencionalidade. 
c) É uma técnica de investigação policial, que faz parte das 
Ciências Jurídicas. 
d) São suas finalidades a explicação e a prevenção do crime bem 
como a intervenção na pessoa do infrator e avaliação dos diferentes 
modelos de resposta ao crime. 
e) É uma ciência dogmática e normativista, que se ocupa do 
estudo do crime e da pena oriunda do comportamento delitivo. 
 
09. (FCC/2012; DPE-PR; DEFENSOR PÚBLICO) São características 
principais da moderna Criminologia, EXCETO: 
a) Substitui o conceito “tratamento” (conotação clínica e 
individual) por “intervenção” (conotação dinâmica, complexa e 
pluridimensional). 
b) Parte da caracterização do crime como “problema” (face 
humana e dolorosa do delito). 
c) Amplia o âmbito tradicional da Criminologia ao adicionar o 
delinquente e o delito ao seu objeto de estudo. 
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d) Acentua a orientação “prevencionista” do saber criminológico, 
diante da obsessão repressiva explícita de outros modelos 
convencionais. 
e) Destaca a análise e a avaliação dos modelos de reação ao delito 
como um dos objetos da Criminologia. 
 
10. (PGR/2013; PGR; PROCURADOR DA REPÚBLICA) Criminologia 
pode ser entendida como a ciência do ser, que visa reunir informações 
válidas e confiáveis sobre o “problema criminal”, sendo certo que seu 
objeto se divide no estudo empírico e interdisciplinar do crime, do 
criminoso, da vítima e da reação social. Diante disso, é incorreto 
afirmar: 
 
a) Para a moderna vitimologia, nem sempre a vítima possui um 
papel neutro ou involuntário na dinâmica do fato criminoso, razão pela 
qual existiriam fatores de predisposição vitimal, podendo- se, através 
de estudos empíricos, efetuar uma melhor prevenção do crime, não por 
intermédio da abstenção do infrator, mas por uma mudança de atitude 
da vítima em potencial. 
b) Para a teoria do etiquetamento ou teoria do labelling approach, 
bastante utilizada nos estudos criminológicos contemporâneos, 
considera-se que as agências ou instâncias formais de controle não têm 
qualquer influência na perpetração do crime, decorrendo este de 
fatores ou falhas das agências ou instâncias informais de controle. 
c) Para a teoria crítica, não há uma causa ontológica do crime, 
decorrendo o status de criminoso de um atributo imposto pelas classes 
dominantes com o objetivo de subjugar indivíduos integrantes dos 
baixos estratos sociais, por intermédio, dentre outros mecanismos 
opressivos, da manipulação das leis penais por parte dos detentores do 
poder econômico, o que é característico de um modelo capitalista de 
sociedade. 
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d) Para a teoriado crime do colarinho branco considera-se como 
tal o ilícito perpetrado por pessoas de elevado status social, no âmbito 
de suas atividades profissionais, sendo certo que, por diversos motivos, 
tais pessoas gozam de um cinturão de impunidade. Isso não impede a 
constatação de que a criminalidade perpassa todas as camadas sociais, 
ao contrário dos estudos que a associavam à pobreza ou à patologias 
psicológicas, biológicas ou sociais. 
 
11. (VUNESP/2014; PC-SP; DESENHISTA TÉCNICO-PERICIAL) A 
moderna criminologia exige do Estado Democrático de Direito um 
controle razoável da criminalidade que, no Brasil, apresenta como 
sugestão metodológica eficaz para a pequena e média criminalidade o 
modelo 
a) de justiça consensual como, por exemplo, a lei dos Juizados 
Especiais Criminais. 
b) da “tolerância zero”, criminalizando toda e qualquer conduta 
antissocial. 
c) do “Direito Penal do Inimigo”, desenvolvido pelo alemão 
Günther Jakobs. 
d) de “recrudescimento da pena” como, por exemplo, o tráfico de 
drogas ilícitas, de acordo com a Lei n.º 11.343/06. 
e) da utilização do Direito Penal como “prima ratio”, evitando 
desdobramentos mais graves. 
 
12. (FCC/2013; TRT – 15ª Região; Técnico Judiciário – Segurança) 
Sobre a criminologia é INCORRETO afirmar: 
a) estuda crimes socialmente relevantes, tendo interesse em 
estudar homicídios dolosos e roubos. 
b) moderna tem como meta erradicar as causas do crime, pois 
desta forma também se estará eliminando os seus efeitos. 
c) tem como um dos objetivos orientar a política criminal na 
prevenção especial e direta dos crimes socialmente relevantes. 
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d) é uma ciência que trata do delito, do delinquente e da pena. 
e) é um conjunto de conhecimentos que estuda o fenômeno e as 
causas da criminalidade, a personalidade do delinquente e sua conduta 
delituosa, incluindo também a maneira de ressocializá-lo. 
 
13. (VUNESP/2014; PC-SP; FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL) A 
criminologia geral consiste ______________ ; e a criminologia clínica 
consiste na _____________. 
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as 
lacunas. 
a) no estudo do crime e do criminoso, mas não serve para 
subsidiar a elaboração das leis penais ... análise da vítima e da conduta 
social para subsidiar no planejamento das políticas criminais; 
b) no estudo da vítima e da conduta social, subsidiando a 
elaboração dos tipos penais ... análise do crime e do criminoso para 
servir no planejamento das políticas criminais; 
c) no estudo do comportamento da vítima e do delinquente, 
traçando uma relação de causalidade sem que, contudo, influencie na 
elaboração de legislação correlata ... análise dos crimes, tanto em 
quantidade como em qualidade para servir no planejamento das 
políticas criminais; 
d) na relação sistemática do poder público quanto à elaboração de 
leis que procuram evitar o crime e sua reincidência ... análise e estudos 
da vítima e sua participação no delito; 
e) na sistematização, comparação e classificação dos resultados 
obtidos no âmbito das ciências criminais acerca de seus objetos ... 
aplicação dos conhecimentos teóricos daquela para o tratamento dos 
criminosos. 
 
14. (VUNESP/2014; PC-SP; MÉDICO LEGISTA) A autonomia da 
Criminologia frente ao Direito Penal 
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a) é almejada pelos estudiosos da primeira, mas negada pelos 
estudiosos do segundo. 
b) não se concretiza, uma vez que a primeira não é considerada 
ciência, ao contrário do segundo. 
c) comprova-se, por exemplo, pelo caráter crítico que a primeira 
desenvolve em relação ao segundo. 
d) não se vislumbra na prática, uma vez que todos os conceitos da 
primeira são emprestados do segundo. 
e) não se efetiva, uma vez que ambos têm o mesmo objeto e são 
concretizados pelo mesmo método de estudo, qual seja, o empírico. 
 
15. (VUNESP/2014; PC-SP; DELEGADO DE POLÍCIA) Assinale a 
alternativa que completa, correta e respectivamente, a frase: A 
Criminologia__________ ; o Direito Penal __________. 
a) não é considerada uma ciência, por tratar do “dever ser” … é 
uma ciência empírica e interdisciplinar, fática do “ser”; 
b) é uma ciência normativa e multidisciplinar, do “dever ser” … é 
uma ciência empírica e fática, do “ser”; 
c) não é considerada uma ciência, por tratar do “ser” … é uma 
ciência jurídica, pois encara o delito como um fenômeno real, do “dever 
ser”; 
d) é uma ciência empírica e interdisciplinar, fática do “ser” … é 
uma ciência jurídica, cultural e normativa, do “dever ser”; 
e) é considerada uma ciência jurídica, por tratar o delito como um 
conceito formal, normativo, do “dever ser” … não é considerado uma 
ciência, pois encara o delito como um fenômeno social, do “ser”. 
 
16. (MPDFT/2004; MPDFT; PROMOTOR DE JUSTIÇA) 
É incorreto afirmar, no tocante ao Direito Penal, à Criminologia e à 
Política Criminal: 
a) A Ciência do Direito Penal e a moderna Criminologia 
diferenciam-se porque aquela se ocupa dogmaticamente do Direito 
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Positivo, enquanto esta é ciência empírica de caráter interdisciplinar 
que se interessa, dentre outros temas, pelo delinqüente, pelo crime e 
pela resposta social ao comportamento desviante 
b) A Política Criminal orienta a evolução da legislação penal e a 
sua aplicação conforme as finalidades materiais do Direito Penal. 
c) A evolução da Criminologia caracterizou-se pela ampliação de 
seu campo de estudo, compreendendo, ao lado do delinqüente, do 
delito e suas causas, também a vítima, as formas de reação social e de 
controle da criminalidade. 
d) Há despenalização, em sentido estrito, quando a lei penal 
promove a abolitio criminis, substituindo a pena por sanção de outro 
ramo do Direito. 
e) A função simbólica do Direito Penal é marcada pela reiterada 
edição de normas penais, normalmente mais rigorosas, cuja eficácia 
real é duvidosa, mas que atuam proporcionando à coletividade uma 
tranquilizadora sensação de segurança jurídica. 
 
17. (CESPE/2014; Câmara dos Deputados; Analista Legislativo – 
Consultor Legislativo Área XXII) A respeito da criminologia, da lei penal 
e da teoria geral do crime, julgue os seguintes itens. 
O eficientismo penal constitui uma nova forma de direito penal de 
emergência. 
 
18. (FUNDEP/2011; MPE-MG; PROMOTOR DE JUSTIÇA) 
Considerando nosso Direito Penal positivo, analise as seguintes 
proposições e assinale a INCORRETA. 
a) A parte geral do Código Penal apresenta um conceito 
criminológico de infração penal, sob a influência da vertente etiológica 
da criminologia, dominante na época de sua elaboração. 
b) Aplicando-se as normas da parte geral do Código Penal, um 
crime cometido no estrangeiro contra o patrimônio do Município de 
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Leopoldina/MG ficaria sujeito à lei brasileira, sendo o agente punido 
segundo a lei brasileira, ainda que absolvido no estrangeiro. 
c) A parte geral do Código Penal prevê que a sentença 
estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as 
mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil parasujeitar o 
condenado à medida de segurança, dependendo a homologação, na 
falta de tratado de extradição, de requisição do Ministro da Justiça. 
d) De acordo com a parte geral do Código Penal, mesmo após a 
reforma de 1984, influenciada pelo finalismo, o desconhecimento 
inevitável da lei é inescusável. 
 
19. (MPE/2011; MPE-SC; PROMOTOR DE JUSTIÇA) Em sede de 
Política Criminal, o Direito Penal de segunda velocidade, identificado, 
por exemplo, quando da edição das Leis dos Crimes Hediondos e do 
Crime Organizado, compreende a utilização da pena privativa de 
liberdade e a permissão de uma flexibilização de garantias materiais e 
processuais. 
 
20. (PC-SP/2010; PC-SP; ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Dentre as 
alternativas, assinale a que é apontada como a menos compatível com 
a dignidade da pessoa humana e o Estado Democrático de Direito. 
a) O Direito Penal do Inimigo. 
b) O abolicionismo penal. 
c) O Direito Penal Mínimo. 
d) A “Terza Scuola”. 
e) A Lei da Saturação Criminal 
 
 
 
 
 
 
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6. Gabarito 
 
01 – B 11 – A 
02 – E 12 – B 
03 – C 13 – E 
04 – C 14 – C 
05 – CORRETO 15 – D 
06 – D 16 – D 
07 – E 17 – CORRETO 
08 – D 18 – A 
09 – C 19 – ERRADO 
10 – B 20 – A