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IDCNoturno Administrativo RBaldacci Aula15a18 290415 VRosa

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Intensivo Delegado de Polícia Civil Noturno 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Administrativo 
 Professor: R. Baldacci 
Aulas: 15 a 16 | Data: 29/04/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
1. Conceito 
2. Classificações 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
1. Responsabilidade por atos do judiciário 
2. Responsabilidade do Estado por atos do Legislativo 
3. Responsabilidade do Estado por atos do Governo 
4. Responsabilidade do Estado por atos da Administração 
5. Responsabilidade do Agente Público 
 
 
 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
1. Conceito: doutrinário, serviços públicos não são definidos por lei e para a doutrina será: 
 
1. O serviço de munus público que é o atendimento de necessidades, interesses e fruições públicas. 
2. Sem fins lucrativos. 
3. Sempre criado e regido por lei. 
4. Sempre de titularidade do Estado. 
 
Ou seja, é monopólio do Estado porque a titularidade é sempre do Estado e, portanto, ou ele é o prestador do 
serviço ou ele escolhe quem seja o prestador, podendo sempre retomar o serviço a qualquer tempo. 
 
Atenção: bancas antigas vão dizer que o serviço público não está mais sujeito a monopólio depois da EC/78, 
porém isso é no sentido da exploração, e estamos falando no sentido da titularidade. 
 
2. Classificações 
Temos um sistema de cores para classificar cada serviço público: 
 
Quanto aos destinatários 
 
Quanto ao prestador e possibilidade de delegação 
 
 
Página 2 de 10 
Quanto à sua forma de retribuição ou remuneração 
 
Quanto à sua natureza 
 
 
 
1. SERVIÇOS UTI UNIVERSI 
São os serviços genéricos, voltados para toda a coletividade. 
A) Quanto à natureza: São tido como essenciais, previstos na CF ou em lei como sendo direito do cidadão ou 
dever do estado. 
B) Serviços de prestação direta: aquele que é competente por lei também é o prestador. Só podem ser delegados 
dentro da própria estrutura em desconcentração. Não podem ser delegados a terceiros nem serem privatizados. 
Exemplo: fiscalização de fronteiras, portos e aeroportos compete à união em nome da polícia federal; a Dilma 
está querendo enfraquecer a PF, mas não pode transferir tal competência para municipal. 
C) Serviços não mensuráveis e não divisíveis: não dá para saber quanto cada um usou e não dá para dividir por 
cada cidadão. E são serviços não contraprestacionais, ou seja, não são diretamente remunerados pelo usuário – 
são remunerados indiretamente através dos impostos, assim estes serviços não podem ser interrompidos nem 
recusados nem interrompidos por falta de pagamento, nem mesmo aos imigrantes ilegais. Exemplo: você liga aos 
bombeiros para apagar incêndio na tua casa, eles não perguntam quantos metros quadrados tem sua casa para 
cobrar pelo serviço, e nem perguntam se você está com o IPTU em dia, nem se você é imigrante ilegal: apenas 
apagam de graça. 
* Serviços essenciais estão sujeitos ao princípio da permanência ou da continuidade: serviço essencial não pode 
ser interrompido. 
* Admite-se greve no serviço público em geral? É permitida no que a lei determinar, e segundo a CF é norma de 
eficácia limitada, não pode ser exercida enquanto não houver lei. A CF se interpreta conforme a própria CF, Uma 
norma constitucional programática está condicionando o legislador a agir. Observação: a norma de eficácia 
limitada de natureza programática como é o caso do direito de greve no serviço público repercute imediatos 
efeitos sobre o legislador que estará condicionado segundo a CF a editar a lei que regulamente aquele direito. 
Além deste efeito normas de eficácia limitada também surtem efeitos na interpretação constitucional (pois a CF é 
interpretada conforme ela própria de maneira sistemática, integral). 
* Como não foi editada a Lei da greve no serviço público as associações de servidores ingressaram no STF com 
mandados de injunção. O STF reconheceu a “mora” e adotando a teoria concretista mista regulamentou o direito 
mediante decisão judicial até que sobrevenha a Lei. 
* Para serviço público comum é admitida a greve aplicando a Lei da Greve do Direito Privado. 
* Para serviço público essencial também é aplicada a lei da greve do regime privado, porém: 
a) Exigindo sempre prévia comunicação da intenção da greve 
b) Seja garantida a prestação mínima 
 
 
 
SERVIÇOS UTI UNIVERSI PRÓPRIOS DO ESTADO 
Não tem natureza de serviços essenciais. 
A doutrina clássica entendia que podiam ser serviços de prestação indireta por prestação institucional ou 
colaboração – são serviços de titularidade da pessoa política delegados a autarquias e fundações públicas. 
 
Página 3 de 10 
Exemplos: 
 Serviços de assistência social do INSS 
 Serviços de atendimento aos índios prestados pela FUNAI 
Estes continuam a ser serviços não contraprestacionais, remunerados de forma indireta através do pagamento de 
impostos. 
Apesar de não serem essenciais não há consenso na doutrina se estes serviços estão ou não sujeitos ao princípio 
da permanência. 
Observação: a doutrina moderna não reconhece esta categoria de serviços uti Universi e todo serviço uti Universi 
para esta nova corrente é de prestação direta e de natureza essencial. 
Portanto, tende a deixar de existir nas provas de concursos públicos. 
2. SERVIÇOS UTI SINGULI 
São os prestados ou colocados à disposição do cidadão ou usuário. 
Em regra são de prestação indireta, por descentralização, por outorga ou por delegação. 
Por descentralização: são serviços descentralizados às autarquias e fundações públicas em geral. São serviços 
próprios do Estado (portanto sem natureza econômica) que são em regra divisíveis e mensuráveis, ou seja, são 
contraprestacionais e o usuário remunera diretamente pagando preço público ou taxa. 
Taxa em regra é usada para serviços de fruição direta pelo usuário e quando for um serviço de fiscalização é 
aplicada a taxa tributária do art. 77 do CTN. 
Não estão em regra sujeitos à permanência: podem ser recusados ou interrompidos (como por falta de 
pagamento) e também admitem a greve. 
 
3. SERVIÇOS PÚBLICOS POR OUTORGA 
Em regra serviços titularizados por pessoa física mediante concurso para serem explorados em regime privado. 
Cartórios, tabelionatos, etc. São divisíveis e mensuráveis remunerados pelo usuário mediante taxa de serviço 
admitindo a recusa por falta de pagamento. 
 
4. SERVIÇOS POR DELEGAÇÃO 
Em regra são serviços explorados por terceiros ou particulares mediante prévia licitação. São serviços de mera 
comodidade divisíveis e mensuráveis remunerados por tarifa (para o direito tributário não há diferença entre 
preço público e tarifa). 
 
Página 4 de 10 
Os principais serviços uti Singuli de prestação indireta por descentralização são os serviços impróprios do Estado, 
que são aqueles de natureza econômica que segundo o art. 175 da CF devem ser explorados por privatização em 
regime de concessão e permissão. 
 
5. EXPLORAÇÃO PRIVADA DE SERVIÇOS PÚBLICOS 
1. Autorização de serviços públicos 
Na verdade é “autorização pública de serviços”, pois são serviços privados explorados por regime privado por 
qualquer particular sujeito apenas a prévia autorização pública. Exemplos: táxi e despachante de documentos. 
 
6. CONCESSÕES VERSUS PERMISSÕES 
A Lei 8987/95 regulamentou o art. 175 da CF definindo as formas de exploração privada dos serviços públicos de 
natureza econômica. 
As principais diferenças entre os regimes são: 
CONCESSÕES PERMISSÕES 
Pode ser delegada a pessoas físicas ou jurídicas São exclusivas para pessoas jurídicas, 
Licitação obrigatória pela modalidade mais 
adequada ao caso e regida por contrato 
administrativo típico 
Sempre licitadas na modalidade concorrência 
(obrigatória por lei) regidas por contrato 
típico do começoao fim. 
Permissionário em regra não está obrigado a 
fazer investimentos na infraestrutura 
pública nem tem compromisso de altos 
índices de eficiência pública impostos, pois 
o permissionário não substitui o Estado na 
prestação, mas apenas o auxilia, reforça. 
Exemplos: ônibus municipal. 
Toda concessão impõe sempre obrigatórios e 
vultosos investimentos do concessionário 
na infraestrutura pública com o 
compromisso de alcançar altos índices de 
eficiência. Pois em regra o concessionário 
substitui o Estado na prestação. 
Quando permissionário causa danos na 
exploração da atividade pública, 
responderá com a responsabilidade é 
objetiva tanto perante usuários como não 
usuários do serviço (exige-se apenas nexo 
de causalidade decorrente da exploração 
da atividade pública privatizada). Exemplo: 
pneu de ônibus que se solta e atinge um 
Assim como na permissão, a responsabilidade 
do concessionário será objetiva perante 
usuários e não usuários desde que o nexo 
causal do dano decorra da exploração do 
serviço público privatizado. 
 
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pedestre. 
 
PPP – Parcerias Público – Privadas – Lei 8.079/2004 
A Lei só permite PPP: 
 Para contratos de grande valor R$ 20 milhões 
 Para contratos de longo prazo: no mínimo 5 anos 
A Lei expressamente proíbe PPP: 
 Para mero fornecimento de mão de obra 
 Para mera instalação de equipamentos 
A administração realiza uma licitação pela modalidade concorrência em regra firmando: 
 Concessão patrocinada, quando o serviço ou atividade for prestado ao usuário e ao cidadão. Quem 
remunera o concessionário é em parte o usuário e em parte o Estado. 
 Concessão administrativa, quando o serviço ou atividade forem prestados ao Estado, cabendo a ele 
remunerar sozinho o concessionário. 
* Fiscalização das concessionárias: agências reguladoras: 
*Fiscalização das concessionárias em PPP: são fiscalizadas por uma SPE, Sociedade de Propósito Específico, que é 
uma sociedade sem fins lucrativos, constituída apenas para gerir e fiscalizar PPP´s. 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
O Estado se manifesta por 4 naturezas ou formas: 
 Judiciário 
 Legislativo 
 Governo 
 Administração 
1. Responsabilidade do Estado por atos do Judiciário 
O Judiciário é uma expressão de soberania do Estado e não caberá ressarcimento por erros do judiciário: 
 Error in procedendo 
 Error in judicando 
Por dolo ou má fé na condução do processo o magistrado responde pessoalmente (previsão do CPC). 
 
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Observação: qualquer forma de prisão injusta exercida por agentes administrativos ou decretada pelo judiciário 
sempre implicará em indenização sendo essa uma garantia individual pétrea do art. 5º da CF – não pode ser 
confundida com “erro do judiciário”. 
 
2. Responsabilidade do Estado por atos do Legislativo 
Leis são genéricas e abstratas, portanto não podem causar danos, daí não se admite nem mandado de segurança 
contra lei em tese. 
Mas nem toda lei é genérica e abstrata, como uma lei que cria uma reserva ambiental, lei que tem efeitos 
concretos. 
Não cabe qualquer pedido indenizatório em função da edição de leis em geral, pois estas são genéricas e 
abstratas sem interferirem concretamente na esfera jurídica e privada (não cabe indenização pela edição de leis 
ou omissão do legislativo em editá-las; de mesma forma, também não cabe pedido indenizatório pela falta da 
edição de leis, omissão legislativa). 
José Afonso da Silva disse que uma lei genérica e abstrata que viole direitos fundamentais, como uma lei 
municipal que seja racista, o simples fato de editar a lei já causou danos; para esta parte da doutrina, leis que 
violam direitos fundamentais e leis flagrantemente inconstitucionais, apesar de genéricas e abstratas, poderão 
causar danos que deverão ser ressarcidos pelo Estado. 
Já no caso de leis de efeitos concretos como lei que institui uma grande desapropriação, lei que cria reservas 
ambientais sobre propriedades privadas, poderão causar danos a serem indenizados. 
 
3. Responsabilidade do Estado por atos do Governo 
O governo edita “planos políticos” que são genéricos e abstratos, e que não se sujeitam a controle judicial. 
Exemplo: planos de governo tais como o PAC, o FOME ZERO, o BOLSA FAMÍLIA. 
Porém, qualquer dano causado por um plano político implicará na responsabilidade objetiva do Estado. Exemplo: 
como o plano Collor, Zélia, mas todos os danos causados pelo confisco das poupanças estão sendo indenizados. 
 
4. Responsabilidade do Estado por atos da Administração 
No início (até o século XVIII) o Estado também não respondia por atos da administração, pois o Soberano 
personificava o Estado, em função do absolutismo. É a fase da irresponsabilidade ou “The king can do no wrong” 
ou “Le roi ne peut mal faire”. 
 
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Em seguida, com o fim do absolutismo e o início do iluminismo, o rei deixou de personificar o Estado, e o Estado 
passou a responder pelos danos que causava nas mesmas regras que um cidadão qualquer. Ou seja, com 
responsabilidade subjetiva comum. É a fase civilista. 
Atualmente, o Estado responde pelos atos da administração conforme a “fase publicista”, que é constituída por 
três teorias: 
Nome 
da 
teoria 
Teoria do 
Risco Administrativo 
Teoria da 
Culpa Anônima 
ou da Falta do Serviço 
Teoria do 
Risco Integral 
Origem Aplicada para danos decorrentes 
de ação do Estado ou de seus 
agentes. 
O Estado assume o risco inerente 
de administrar. 
Portanto sua culpa será presumida 
– quem assume o risco assume a 
culpa. 
Decorre da omissão qualificada pelo 
descumprimento de um dever legal 
(omissão simples não responsabiliza 
ninguém). 
Caso paradigma que mudou: neblina 
na Rodovia Ayrton Senna (SP), 
caminhão parou na pista, provocou 
acidentes, deram preferência a quem 
tinha mais chance de sobreviver 
(omissão) e descumpriram o dever 
de socorrer vítima sem chance de 
sobreviver. 
Parta da doutrina não reconhece 
esta como sendo uma teoria 
própria confundindo-a com a o 
risco administrativo. 
Mas para a corrente dominante o 
risco integral é uma teoria própria 
que responsabiliza o Estado a 
partir da ocorrência de um dano 
qualificado pela lei (são hipóteses 
especiais que podem implicar em 
danos de largas proporções, 
tragédias, chamados de danos 
pressupostos). Hipóteses: 
1) Danos radioativos ou 
nucleares. 
2) Atos de terrorismo contra 
aviação civil (lei feita por 
lobby para livrar a cara das 
cias aéreas em caso de 
terrorismo) 
3) Danos gerais ao meio 
ambiente 
 
Ônus 
da 
 vítima 
Cabe à vítima provar apenas o 
dano sofrido e o nexo causal. 
Na corrente clássica (Celso Antônio 
Bandeira de Mello) a 
responsabilidade era subjetiva, pois a 
vítima deveria provar o dano sofrido, 
o nexo de causalidade e a culpa do 
Estado por sua omissão. 
Para a corrente moderna, mesmo no 
casso da omissão a responsabilidade 
do Estado será em regra objetiva, 
pois o descumprimento de um dever 
é objetivo – basta provar que o 
 
 
Página 8 de 10 
serviço público ou dever do agente 
não foi cumprido ou foi cumprido de 
forma ineficiente. 
Defesas 
do 
Estado 
A culpa do Estado decorre de 
presunção relativa. 
O Estado poderá se defender por 4 
formas principais: 
1) Quando o Estado quebrar o 
nexo causal provando que o 
dano decorreu de culpa 
exclusiva da vítima. No caso 
de culpa concorrente entre 
Estado e vítima (os dois estão 
errados), a responsabilidade 
do Estado é atenuada, ou seja, 
reflete no valor, não se 
admitindo a compensação.2) Quando o Estado quebrar o 
nexo causal provando que o 
dano decorreu de um caso 
fortuito (eventos da natureza) 
ou de força maior. 
Observação: na jurisprudência 
eventos da natureza 
previsíveis e/ou controláveis 
tal como os períodos de 
chuvas intensas impõem ao 
Estado o dever de agir. E caso 
uma determinada região sofra 
todos os anos a mesma 
enchente haverá 
responsabilidade do Estado 
por sua omissão. 
3) Quando o Estado quebrar o 
nexo de causalidade provando 
que o dano decorreu de fato 
de terceiro – quando a 
conduta de terceiro for a única 
responsável pelos danos. 
Exemplo: caminhão colide em 
viatura policial estacionada, 
arremessando-a sobre as 
vítimas. 
4) Quando o Estado justificar sua 
conduta alegando “fato do 
príncipe”. Como regra, fato do 
príncipe é: 
a) Um ato geral que recai 
sobre todos, particulares 
Sendo na corrente clássica admitida a 
responsabilidade subjetiva o Estado 
podia se defender por qualquer meio 
admitido em direito. 
Na nova corrente, por ser uma 
responsabilidade objetiva o Estado só 
terá as mesmas 4 formas de defesa 
da teoria do risco administrativo. 
Não há meios. A responsabilidade 
é objetiva e integral, não se 
confere qualquer meio ao Estado 
para eximir sua responsabilidade. 
 
Página 9 de 10 
e também instituições do 
Estado; 
b) Decretado de forma 
unilateral e compulsória 
(não depende nem da 
participação nem da 
concordância dos 
particulares e não admite 
nem recusa nem 
resistência) 
c) Para garantir ou defender 
relevantes interesses 
públicos e coletivos 
d) Exemplo: racionamento 
de água em crise hídrica. 
Recai sobre particulares e 
instituições do Estado; o 
Estado aplica força 
pública contra quem se 
recusa a racionar; para 
garantir interesse 
relevante, saúde pública. 
 
 
5. Responsabilidade do Agente Público 
Pergunta: a vítima entra contra o Estado ou contra o agente? 
Hoje prevalece o entendimento que a vítima de um dano poderá optar: 
 Ou processa o Estado por danos que seu agente causou (em regra responsabilidade objetiva com o 
Estado gozando dos privilégios da Fazenda Pública pagando indenização através de precatório) 
 Ou processa diretamente o agente causador dos danos quando for mais vantajoso (sempre será 
responsabilidade subjetiva regida pelo CC, pois o agente público responde na qualidade de pessoa natural 
e conforme CPC entre pessoas naturais em litígio haverá “paridade de armas processuais” – uma parte 
não tem vantagens sobre a outra, além de que o agente público indeniza através de seu patrimônio 
pessoal). 
Parte da doutrina admite ainda demandar contra ambos ao mesmo tempo em litisconsórcio passivo. 
Denunciação: parte da doutrina admite denunciação quando a vítima descreve e prova a conduta culposa do 
agente público, mas opta em processar o Estado. Apesar este entendimento prevalece na doutrina e na 
jurisprudência a impossibilidade de denunciação da lide do Estado ao seu agente. 
 
 
Página 10 de 10 
Questões 
Caio ingressou no serviço público há 01 (um ano), contudo, Caio não tem cumprido metas, não vem 
desempenhando suas atividades dentro da Administração Pública a contento. Com base neste episódio que 
controle da administração pública possui como função a de observar a eficiência do agente administrativo 
dentro do princípio da legalidade? 
 
a) Controle administrativo e financeiro. 
b) Controle administrativo. 
c) Controle político. 
d) Controle judicial. 
e) Controle legal. 
Resposta: B 
Pela teoria dos motivos determinantes, 
a) os motivos invocados para a prática do ato administrativo fazem parte do mérito do ato e não podem ser 
apreciados pelo Poder Judiciário. 
b) todo ato administrativo deve ter sua motivação expressamente prevista em lei. 
c) a inexistência dos motivos explicitados pelo agente para a prática do ato administrativo invalida o ato, 
tornando-o nulo, ainda que outros motivos de fato existam para justificá-lo. 
d) o desatendimento ao interesse público pode ser invocado pelo Poder Judiciário para a anulação do ato 
administrativo. 
Resposta: C

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