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Em relação à margem de liberdade da administração REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO Conjunto de normas que regulam as atividades da administração pública. Esse regime coloca a administração pública em uma posição privilegiada, chama de relação de verticalidade. O conjunto de normas vêm de várias fontes: leis, princípios, jurisprudência, doutrina, costumes, sendo que os princípios são os alicerces do ordenamento jurídico. Como os princípios são o alicerce do nosso conjunto de normas, importante salientá-los: - Supraprincípios, os quais são os princípios fundamentais: 1) supremacia do IP (coletivo é sempre mais importante que o individual); 2) indisponibilidade do IP (os interesses públicos não podem ser livremente dispostos); - Expressos/ Implícitos: 1) LIMPE (37, “caput”, CF); 2) participação do usuário na administração pública; 3) celeridade; 4) devido processo legal; 5) ampla defesa; - Implícitos: 1) autotutela (controle interno); 2) motivação (obrigatória); 3) finalidade (sempre deve ser o IP); 4) razoabilidade (equilíbrio, bom sendo); 5) proporcionalidade (justa medida, sem exageros); 6) isonomia (tratamentos iguais para situações equivalentes); 7) segurança jurídica (não haver surpresas); 8) presunção de legitimidade (ônus do particular); 9) continuidade (vedação à interrupção); 10) controle judicial ou sindicabilidade (judiciário pode anular, investigar atos); 11) especialidade (sempre que possível descentralizar para PJ autônoma). PODERES ADMINISTRATIVOS Instrumentos usados pela administrativo para fazer cumprir suas finalidades. - Vinculado – sem margem (requisitos preenchidos: obrigado a agir nos termos da lei) - Discricionário – com margem (análise do mérito = conveniência + oportunidade) – limite é a lei - Hierárquico – subordinação entre órgão e agentes – exercido internamente. Não existe entre PJ’s diferentes (U x E, por exemplo); poderes da administração; administrador e administrado. Decorrências do poder hierárquico: dar ordens, fiscalizar atos, rever atos dos subordinador (anular/revogar); delegar/avocar competências. - Disciplinar – aplicar sanções ao servidores ou particulares, desde que estes últimos tenham vínculo jurídico específico com a administração pública – é um poder interno. - Regulamentar/ Normativo – conferido aos chefes do executivo para editar Decretos Executivos – podem complementar ou regulamentar uma lei para conferir fiel execução – NÃO podem inovar no ordenamento (criar, alterar, contrariar, extinguir). - Polícia – acontece quando a administração, com sua faculdade, cria condições/restrições para que os particulares utilizem seus direitos e liberdades em prol do interesse público – o fundamento é a supremacia do IP. Esse poder somente pode ser delegado às PJ’s de Direito Público. Ele pode ser exercido de forma preventiva (atos e medidas para prevenir – exemplo: lombada e radar para diminuir velocidade) ou repressiva (penalidades – exemplo: multa por não ter respeitado velocidade). Atributos do poder de polícia: Discricionariedade (prevista em lei); Coercibilidade (criar obrigações sem anuência do particular); Auto executoriedade (executar suas decisões sem intervenção judicial) – divide-se em 2: a) exigibilidade (meios de coerção indiretos – todo ato possui – exemplo: multa); b) executoriedade (meios de coerção diretos – nem todo ato possui – exemplo: interdição, uso de força). Abuso de Poder = é ato ILEGAL – acontece em 3 modalidades: - Excesso (fora, além da competência); - Desvio (dentro da competência, mas com finalidade diferente); - Omissão (inerte diante de dever legal de agir). Ato da administração dentro do Regime Jurídico Administrativo Ato da administração fora do RJA – como se particular fosse ATOS ADMINISTRATIVOS Manifestação unilateral de vontade da Administração Pública, onde esta se utiliza de prerrogativas de direito público (vale-se de sua superioridade) para declarar, constituir, modificar, transferir e extinguir direitos – na própria administração ou para particulares. OBS: ato administrativo ato da administração Classificações: - Vinculado = sem margem de atuação (requisitos preenchidos: obrigatoriedade); - Discricionário = com margem de atuação (sempre dentro de lei – critério: conveniência e oportunidade); - Simples = 1 manifestação de vontade culminando em 1 ato; - Complexo = 2 ou mais manifestações de vontade culminando em 1 ato; - Composto = 1 manifestação de vontade, sendo ratificada por outra manifestação de vontade, culminando em 2 atos; - Gerais = destinatários indeterminados; - Individuais = destinatários determinados; - Império = administração usa de sua supremacia sobre o particular; - Gestão = não exerce sua supremacia (exemplo: alvará); - Expediente = atos internos. OBS: Diferenciação Ato perfeito = completou seu ciclo de formação (exemplo: homologação de concurso público); Ato válido = em conformidade com a lei; Ato eficaz = apto a produzir seus efeitos. Elementos/ Requisitos de Validade: Competência (sujeito – atribuição legal); Finalidade (Interesse Público + finalidade específica do ato); Forma (modo de exteriorização); = nulos Motivo (justificativa da prática do ato – fundamento); = anuláveis Objeto (conteúdo). OBS: Teoria dos motivos determinantes = motivos alegados devem ser verdadeiros para o ato ser válido. Em alguns casos a motivação não é exigida (exemplo: exoneração de cargo em comissão) – no entanto, se feita quando não exigida, deve ser verdadeira. Atributos: Presunção de legitimidade/veracidade (presume-se que foram feitos de acordo com a lei, de forma verdadeira) – presente em todos os atos; (relativa, ou seja, comporta prova em contrário, mas há inversão de ônus = a prova é do particular) Auto Executoriedade (administrador pode executar diretamente suas decisões, sem ordem judicial) – nem todos os atos possuem; (exemplo: particular pode receber a multa, mas pode rasga-la, não é obrigado a pagar) Tipicidade (só pratica o que está em lei) – presente em todos os atos; Imperatividade/Coercibilidade (impõe um dever de observância do ato – independe de anuência) – nem todos os atos possuem. (exemplo: atos negociais: Detran não dá a CNH, o particular deve pedir) Espécies: Normativos = comandos gerais e abstratos (parece lei, se dirige a todos) – (exemplo: decretos regulamentares); Ordinatórios = manifestação interna do poder hierárquico – (exemplo: portarias, memorandos); Negociais = em concordância com particular (sem supremacia do IP) – não são auto executórios e imperativos, particular deve pedir – (exemplos: CNH, licença, autorização); Enunciativos = certificam, atestam situação existente – (exemplo: certidões, pareceres); Punitivos = sanções – (exemplo: multas). Extinção: retirada do ato do mundo jurídico Anulação/invalidação = ato ilegal (critério de legalidade, feita pela própria administração ou pelo judiciário quando provocado) – alcança atos vinculados e discricionários. Efeitos: retroativos à prática do ato (ex-tunc); Revogação = ato válido, mas retirada acontece por conta do IP (análise do mérito administrativo = juízo de conveniência e oportunidade) – só pode ser feita por quem praticou o ato (judiciário não); alcança apenas atos discricionários. Efeitos: não retroativos (ex-nunc). Não podem ser revogados: vinculados, direitos adquiridos, ato consumado, ato que integra procedimento, atestado, certidão; Cassação = penalidade em caso de descumprimento dos requisitos do ato; Caducidade = ato ficou velho, incompatível com nova lei; Contraposição = praticado ato novo com efeitos opostos. OBS: Convalidação = pode haver ao invés da anulação em atos anuláveis, com vícios sanáveis (Competência – exceto exclusiva competência ou em razão de da matéria – e Forma – exceto forma essencial à validade do ato).A convalidação acontece para sanar vícios de ato ilegal para mantê-lo. Efeito: retroativo (como se nunca tivesse sido ilegal) – (ex-tunc). Só pode acontecer se não for prejudicial ao IP ou a 3º. Não pode ser feita se o ato já foi impugnado (se alguém pediu para anular). SERVIÇOS PÚBLICOS -175, CF Atividade do Estado que traz serviços essenciais e secundários (utilidades ou comodidades), prestados com base na lei – é um dever estatal. São dirigidos à coletividade (erga omnes), mas podem ser fruíveis individualmente. Podem ser prestados diretamente pelo Estado ou por seu Delegatários (pessoas de regime jurídico de direito público ou parcialmente público). Princípios: - Generalidade = busca atingir maior número de usuários possível; - Atualidade = sempre atualizar, ligado à modernidade; - Continuidade = não haver interrupções – exceto: emergência e aviso prévio em 2 casos (inadimplemento e ordem técnica); - Obrigatoriedade = dever de prestar; - Modicidade = valor exigido deve ser o menor possível; - Segurança = sem risco ao usuário, à coletividade; - Cortesia = polidez e educação na prestação dos serviços. OBS: serviços “uti universi” = não é possível individualizar quem está usando (exemplo: iluminação pública) – maior parte desses serviços são pagos através de impostos; serviços “uti singuli” = é possível individualizar quem e quanto está utilizando (exemplo: energia elétrica) – maior parte é pago através de taxa ou tarifa. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO As condutas praticadas por agentes públicos no exercício de suas funções são imputadas ao Estado, ou seja, caso o agente faça algo que ocasione indenização, por exemplo, a vítima deverá pedir os valores ao Estado, pois o agente está exercendo a função de Estado. Nesse caso, o Estado terá assegurado o direito de regresso em desfavor do agente – o agente poderá ter que devolver os valores ao Estado pagos à vítima. O dano pode ser patrimonial, moral ou estético. • Evolução histórica da Responsabilidade Civil do Estado: o Teoria da irresponsabilidade estatal: utilizada até 1873 – nessa época o Estado não respondia por nada – era usada a premissa “O Rei não erra”; o Teoria da responsabilidade subjetiva: usada até 1946 – a culpa era medida = dano + nexo causal + dolo/culpa do agente; o Teoria da responsabilidade objetiva: usada atualmente, não é necessário demonstrar dolo/culpa do agente ou falha no serviço – basta provar que o dano foi gerado. ▪ Risco administrativo: REGRA – houve dano = há indenização (aqui há o afastamento do risco administrativo quando: 1) culpa exclusiva de 3º ou da vítima; 2) caso fortuito (casos em que não se pode prever e que não é possível evitar); 3) força maior (fatos humanos ou naturais que podem até ser previstos, mas não evitados, tais como tempestades, furacões, erupções vulcânicas, raios, guerras, revoluções)). ▪ Risco integral: EXCEÇÃO – usada quando houver: 1) danos nucleares na guarda/manejo de substâncias nucleares; 2) materiais bélicos; 3) dano ambiental; 4) terrorismo. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO Instrumento de fiscalização sobre atuação dos agentes, órgãos e entidades (corrige, confirma ou altera o comportamento dos administrados). Esse controle pode se dar de ofício ou por provocação. Classificações: Quanto à origem: - Interno = dentro do mesmo poder; - Externo = em poderes diferentes – (exemplo: judiciário anula ato do executivo); - Popular = feito pela população (ação popular, denúncia ao TCU; mandado de segurança); Quanto ao momento: - Prévio/Preventivo = acontece antes da prática do ato ou de sua conclusão – (exemplo: ministros do STF precisam de aprovação do Senado; mandado de segurança preventivo); - Concomitante = acontece durante a prática do ato – é uma fiscalização; - Posterior = acontece após a prática do ato ou de sua conclusão – (podem aqui haver algumas consequências: convalidação, anulação, revogação); Quanto ao aspecto: - Legalidade/Legitimidade = em conformidade com a lei (verifica se o ato é legal ou ilegal) – acontece com atos vinculados ou discricionários; - Mérito = analisa se atende o IP (mérito administrativo = conveniência + oportunidade) – acontece apenas com atos discricionários. OBS: Prescrição = 5 anos (recursos administrativos ou ações judiciais). IMPROBIDADE ADMINSITRATIVA – ler a Lei de Improbidade Administrativa – Lei 8.429/1992 A improbidade administrativa está ligada a um dos princípios constitucionais contidos no artigo 37, caput, da Constituição Federal, qual seja: a moralidade. O agente público tem o dever de ser probo, honesto, e, tendo esse dever, responderá caso não o for. A lei de improbidade administrativa (Lei 8.429/1992) está atrelada ao parágrafo 4º do artigo 37 da Constituição Federal. Os atos em que implicam responder por improbidade administrativo são: • Enriquecimento ilícito – LER: artigo 9º, Lei 8.429/1992 – penas: perda dos bens/valores acrescidos ao patrimônio; perda da função pública; suspensão dos direitos políticos por até 14 anos; pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial; proibição de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais por período não superior a 14 anos. • Lesão ao Erário – LER: artigo 10, Lei 8.429/1992 – penas: perda dos bens/valores acrescidos ao patrimônio; perda da função pública; suspensão dos direitos políticos por até 12 anos; pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial; proibição de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais por período não superior a 12 anos. • Atentar contra os princípios da Administração Pública –LER: artigo 11, Lei 8.429/1992 – penas: pagamento de multa civil de até 24 vezes o valor da remuneração percebida pelo agente; proibição de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais por período não superior a 4 anos. A prescrição para aplicações das sanções é de 8 anos a partir do fato ou de quando cessou a permanência, em caso de infrações permanentes. LEI COMPLEMENTAR 207/1979 – LEI ORGÂNICA DA POLÍCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO Organização da Polícia Civil do Estado de São Paulo • Foi baixada uma Portaria contendo o seguinte: apesar de existirem vários cargos, todos os cargos são obrigados a exercerem todas as funções, caso necessário. • POSSE: (deve ser dada em até 15 dias da data da publicação da nomeação no Diário Oficial – sendo prorrogável por mais 15 dias) é dada pelo SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA ao DELEGADO GERAL DE POLÍCIA, que dá posse AO DELEGADO. O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL dá posse AOS DEMAIS CARGOS. • Remoção: forma de alterar a lotação de trabalho do funcionário público – não pode ocorrer em período de eleições (6 meses antes das eleições e 3 meses após). Pode ser dar de 3 formas: o a pedido; o por permuta (troca de um funcionário por outro); o interesse do serviço policial. • Penas Disciplinares na Lei Orgânica da Polícia: o Advertência (sem publicação da pena); o Repreensão (com publicação da pena – aplicada em casos de reincidência de advertência ou transgressão disciplinar; o Suspensão ( fica sem receber); o Multa – pode ser substituída por suspensão – trabalha recebendo 50% da remuneração; o Demissão (casos previstos em lei – LER a Lei Orgânica da Polícia); o Demissão a Bem do Serviço Público – em casos de Improbidade Administrativa, cometimento de Crimes, casos previstos em lei – LER a Lei Orgânica da Polícia); o Cassação de Aposentaria ou Disponibilidade. GOVERNADOR SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA - SSP POLÍCIA MILITAR POLÍCIA CIVIL POLÍCIA CIENTÍFICA CARGOS: Delegado de polícia, escrivão, investigador, agente de telecomunicações, papiloscopista, agente policial, auxiliar de papiloscopista. ÓRGÃOS:Delegacia Geral de Polícia (diretoria); Conselho Superior da Polícia (consultivo) ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO: Especializada: (de acordo com a especialização) DEIC, DHPP, DENARC, GARRA, GER, GOE, etc. Territorial: (de acordo com a região) – DECAP, DEMACRO, DEINTER 1 a 10 Prescrição em 2 anos Prescrição em 5 anos QUESTÕES PARA FIXAR A MATÉRIA 1) Quais são os atributos do poder de polícia? Autoexecutoriedade; Imperatividade (a administração ao agir para atender o IP, se coloca numa posição de supremacia, fazendo com que não precise do particular concordar com suas decisões – tomada de decisões unilaterais por parte da administração pública – pode até ter a manifestação do particular, mas não obriga a mudar sua posição); Discricionário (em regra possui margem de atuação, verificando na situação concreta qual a melhor natureza de ato a ser praticado; Tipicidade. 2) O que é autoexecutoriedade? A autoexecutoriedade são decisões da administração e seus atos com base no poder público, são dotados de autoexecutoriedade, ou seja, não precisa ir ao judiciário para decidir certas coisas, e se divide em 2: I) exigibilidade (o ato possui ao menos essa característica: administração decide sem necessidade de ir ao judiciário – é uma coerção indireta, por exemplo, uma multa de trânsito, onde exige um valor para pagamento sem necessidade de ir ao judiciário) e II) executoriedade (o ato nem sempre terá esta característica - é a coerção direta, executa suas decisões por conta própria – nesse caso é somente quando a lei autoriza expressamente ou quando existe urgência – exemplo: prédio está em ruinas para cair, ela pode determinar a lacração do imóvel). 3) Quais os meios de atuação do poder de polícia? Existem algumas fases de atuação do poder de polícia, sendo que a doutrina divide em 4: ordem de polícia (ou prévio – são as normas legais ou infra legais que determinam certas condutas para o particular impondo disciplina, restrição e limitação ao direito de propriedade de liberdade em prol do interesse público – exemplo: limitação administrativa, no sentido de restringir o direito de propriedade do particular, podendo construir somente até o 4º andar à beira mar; exemplo: baixar a velocidade de vias públicas municipais a 50 km/h), consentimento de polícia (concomitante – quando existe análise dos direitos pleiteados, se o particular preenche os requisitos ou não para tal – exemplo: pedido de alvará de construção), fiscalização de polícia (concomitante – uma vez que o Estado anuiu, permitiu e está sendo exercido o direito pelo particular, a administração fiscaliza para ver se está cumprindo com o que for combinado – exemplo: possui licença para ter CNH, no entanto pode fiscalizar se está respeitando limite de velocidade, paradas obrigatórias, etc – obedecer normas de trânsito) e sanção de polícia (posterior ou repressivo – repressão ao que feriu as normas do poder de polícia – exemplo: ultrapassou limite de velocidade e foi multado). Obs 1: nem sempre ocorrerão todas as fases, visto que nem sempre necessita do consentimento da administração. – Obs 2: existem fases que podem ser transferidas à particulares, quais sejam: consentimento de polícia (STJ destaca que pode ser delegado, desde que a decisão continue sendo do poder público - exemplo: autoescola onde se tira CNH) e fiscalização (em seus atos materiais, podem ser delegados - exemplo: empresa contratada para instalar radares e operá-los, apesar de ser a administração quem aplica a multa). Ordem de polícia (prévio) e sanção de polícia (posterior) são INDELEGÁVEIS. 4) Quais as teorias que a doutrina admite sobre a responsabilidade civil do Estado? Teoria da irresponsabilidade (Soberano/Rei não erra, total irresponsabilidade do Estado pelos danos causados a terceiros); Teoria da responsabilidade (o Estado deve ser responsável por seus atos – adotado, num primeiro momento que o Estado era responsável por seus atos de forma SUBJETIVA – (o prejudicado deveria demonstrar que o Estado provocou o dano através de um nexo de causalidade, com dolo) - (tendo a subjetiva um desdobramento: I) culpa do agente (deveria demonstrar que o agente público específico fez algo e provocou danos – individualizando o agente) e II) culpa do serviço (aqui o particular deveria provar que o Estado errou na prestação do serviço público – não mais precisaria individualizar o agente que produziu o dano); após, Teoria objetiva (aqui não existe comprovação nem dolo, nem culpa – basta demonstração de que a conduta causou algo – conduta e nexo causal) – aqui também houve divisão dentro da objetiva: I) Risco administrativo (O Estado, praticando condutas e gerando risco a terceiro, é responsável pelos danos – não necessitando de dolo ou culpa – aqui existem causas excludentes que eliminam qualquer dos elementos: conduta + resultado + nexo causal – exemplos: culpa de terceiro, culpa exclusiva da vítima, caso fortuito ou força maior) e II) Risco integral (a administração é sempre responsável por danos causados, sem haver excludentes – é adotada excepcionalmente no Brasil em 4 situações: 1) casos de terrorismo; 2) substâncias nucleares - manejo; 3) material bélico; 4) danos ambientais). ADOTADA NO BRASIL: risco administrativo. 5) O que é um poder administrativo? É uma prerrogativa, um instrumento que o Estado possui para atender ao interesse público – supremacia do IP sobre o privado. A lei prevê poderes ao Estado para atender a coletividade. 6) O que é poder de polícia? Um dos poderes administrativos, sendo o poder pelo qual a administração, através de seus atos, visa disciplinar, restringir, limitar direitos relacionados à propriedade e à liberdade em prol do interesse público. 7) O que é princípio da moralidade? Princípios são normas que servem para interpretação (orienta a interpretação da norma), aplicação e integração (usar, por exemplo, quando existe lacunas) do direito. O princípio da moralidade está previsto no artigo 37, parágrafo 4º, da CF, e diz respeito à atuação da administração pública se pautar pela probidade, honestidade – conduta adequada ao que é moral, ético (mesmo que dentro da legalidade pode ser imoral). A lei de improbidade administrativa trata justamente desse tema, cuida daquele que agiu de forma errada, desonesta, ímproba em sua atuação perante a administração pública. Exemplo: SV nº13 – proibição ao nepotismo. 8) Fale sobre organização administrativa do Estado. A administração se divide em centralizada ou direta (as pessoas políticas por si só exercendo as atividades administrativas que lhe são de competência, por meio de seus órgãos e seus próprios agentes = U, E, DF e M) e descentralizada (quando a administração direta transfere, desloca a prestação do serviço para a administração indireta ou para particular) é dividida em 2 espécies: administração indireta (autarquias – de direito público e são criadas por lei , fundações – de direito privado, quando são autorizadas por lei, ou público, sendo chamas de autarquias fundacionais ou fundações autárquicas, sendo que aqui a lei quem cria, EP – de direito privado e a lei autoriza a criação para o Estado criar, SEM – de direito privado e a lei autoriza a criação pelo Estado). OBS 1: descentralização x desconcentração = a primeira é quando a administração direta desloca, distribui ou transfere a prestação do serviço para a administração indireta ou para particular; a segunda é quando a distribuição do serviço é feita dentro da mesma PJ, no mesmo núcleo, por isso é uma transferência com hierarquia. OBS 2: princípio do paralelismo das formas = usado quando não existe forma de extinção, mas usa-se o paralelismo, ou seja, se tive lei para criar, deve ter lei para extinguir. 9) Qual a forma de surgimento de uma autarquia? Seu surgimento se dá por meio de Lei – a criação da lei faz com que a autarquia já surja. É uma lei específica, não pode ser criada por leigeral, deve ser editada para esse fim. 10) Qual a razão de sua criação? É criada para fins de descentralização (prestação de serviço/atividade administrativa descentralizada), ou seja, para que ela exerça uma atividade administrativa no lugar da administração direta (tendo autonomia financeira e administrativa). Outra finalidade é o princípio da especialidade, ou seja, é criada para prestar um serviço tipicamente público mas para ser prestado um serviço de forma especializada. 11) O que são autarquias especiais? Uma autarquia especial se diferencia de uma geral, ou seja, tem uma característica específica. Autarquias especiais tem regras próprias e se dividem em algumas categorias: Autarquia territorial; Autarquia educacional (exemplo: universidade pública); Agências reguladoras (órgão autárquico que regula atividade de determinado setor da economia em prol do interesse público, os presidentes podem ser nomeados pelo Presidente da república, mas necessita de sabatina e aprovação do Senado, seu mandato é de 4 anos, mas pega metade de um mandado de PR e metade de outro – exemplo: ANATEL, ANEEL, ANP, ANA, ANCINE). 12) Diferencie ato administrativo e ato da administração. Ato administrativo (conduta unilateral da administração que visa declarar, constituir, modificar, transferir, resguardar e extinguir direitos no âmbito da própria administração ou para particulares, praticando com base no regime jurídico administrativo, atuando como administração pública – atuando com base no princípio da supremacia do IP sobre o particular/privado, para praticar a melhor conduta voltada ao IP – aqui existe superioridade da administração – exemplo: aplicação de uma multa por um agente de trânsito; fiscalização de um estabelecimento comercial). Já ato da administração é quando a administração pratica atos como se fosse particular, atuando fora do regime jurídico administrativo, mas dentro do regime jurídico da administração (atuando como se fosse um particular) – exemplo: a administração precisa sair de um imóvel que está em ruínas e não possui mais nenhum imóvel, neste momento faz-se um contrato imobiliário de urgência, sendo que a administração irá pagar o imóvel como se fosse um particular, sendo este ato um ato da administração. Aqui não há hierarquia da administração, estão em pé de igualdade. OBS: Contrato administrativo x Ato administrativo = Fato é um acontecimento, sendo que este pode ter ou não repercussão jurídica. Os fatos que têm repercussão jurídica são chamados de fatos jurídicos, os quais podem ser: da natureza (chuva que causou desastre) ou humano. Esse fato jurídico humano pode ser um ato (o ato é unilateral) ou um negócio (é bilateral). 13) O que são órgãos colegiados? Órgãos públicos são unidades de competência administrativa dentro de uma PJ da administração. Órgãos colegiados são aqueles em que existem vários componentes, independentes entre si, mas que sua vontade de faz com a soma da vontade de todos. Exemplo de órgão colegiado: Conselho da Polícia Civil. OBS: órgão x organismo = órgão é uma unidade de competência administrativa dentro de uma PJ da administração; já organismos são departamentos dentro de um órgão, que se desfaz, virando um organismo. 14) Como se classificam os atos administrativos quanto ao seu conteúdo e forma? O ato administrativo em espécie tem 2 classificações: CONTEÚDO = autorização (discricionária e precária – que pode ser cassada se não houver conveniência pela administração, sendo que uma vez autorizada, o particular pode fazer algo que seria proibido sem esta – exemplo: uso de espaço para festa); licença (parecida com a autorização, porém o ato é vinculado – quando se preenche os requisitos, se concede a licença); admissão (é um ato vinculado. Onde a administração permite o usuário ter acesso à um serviço – se dá por meio de uma matrícula – exemplo: passou em vestibular e foi admitido para se matricular); permissão (é discricionário e precário - autoriza uso de espaço público para particular); aprovação (ocorre quando um ato necessita de aprovação para gerar seus efeitos); homologação (se prende aos aspectos legais – exemplo: homologação de concurso público – verifica- se se as etapas do concurso foram seguidas regularmente; parecer (é uma opinião técnica, científica, jurídica – é uma opinião – em regra são não vinculantes); visto (parecido com homologação, mas não existe aprovação de nada, somente se dá um visto) / FORMA = decreto (ato do chefe do poder executivo pratica atos individuais ou gerais – exemplo: decreto de nomeação); resolução (forma em que autoridades subordinadas ao chefe do executivo praticam atos individuais ou gerais); portaria (forma em que autoridades subordinadas ao chefe do executivo praticam atos individuais ou gerais); circular (documento de conteúdo informativo em que se busca padronizar na repartição uma informação); despacho (ato em que se consolida manifestações de autoridades dentro da sua competência); alvará (forma de se documentar uma autorização ou licença). 15) Qual a natureza jurídica da portaria? (qual a essência do instituto no meio jurídico) – é um ato administrativo que formaliza atos, individuais ou gerais, de autoridades intermediárias da administração público (exemplo: portaria do delegado geral de polícia – seu superior, secretário, edita resoluções). 16) O que é denunciação da lide? É possível a denunciação de servidor público pelo Estado nas ações de indenização? É uma ação de regresso simultânea à alguma proposta. Sobre a segunda questão, existe entendimento do STF que não é possível, no entanto, outros julgados do STJ aceitam a legitimidade da mesma. 17) Quais os princípios da administração pública? São inúmeros os princípios, no entanto existem alguns que são expressos/explícitos e outros são implícitos. Os expressos na CF são: LIMPE (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência – previstos no artigo 37, parágrafo 4º da CF. Alguns dos implícitos são: supremacia do IP sobre o particular; indisponibilidade do IP; razoabilidade; proporcionalidade. O artigo 111 da Constituição do Estado de SP possui os princípios da administração pública estadual, além dos da CF: razoabilidade, por exemplo. 18) Fale sobre a descentralização. A descentralização ocorre quando a administração direta tira de si e transfere a particular ou à administração indireta prestação de serviços. Existem 2 tipos de descentralização: OUTORGA/SERVIÇO (distribuída para a administração pública indireta, distribui por meio de lei, que cria ou autoriza criação – distribui a titularidade e o exercício) ou DELEGAÇÃO/COLABORAÇÃO (delega-se ao particular, por meio de um vínculo jurídico – contrato administrativo – delegando às concessionários e permissionárias, por meio de licitação). 19) O que é entidade paraestatal? Quando existe uma descentralização por delegação ou colaboração, esta pode se dar para as permissionárias, concessionárias, mas também para os entes de cooperação, que são as entidades paraestatais. Exemplo: Sistema S (SESI, SENAIS, SESC); OSCIP; Organizações Sociais – tudo por meio de convênio (que pode se chamar contrato de gestão, termo de parceria, etc). 20) Estado condenado propõe ação regressiva. A responsabilidade do agente será objetiva ou subjetiva? 21) O que é serviço público? Serviço é algo que será prestado, trazendo uma utilidade ou comodidade. Se possui natureza pública será prestado para a coletividade (erga omnes – para a coletividade como um todo, colocado à disposição de todos). Apesar de se dirigir à coletividade, é fruível individualmente. Quem presta o serviço público é o Estado, por força de lei, diretamente ou indiretamente, através de seus delegatários, sob regime jurídico de direito público ou parcialmente público. 22) Polícia civil exerce serviço público? De que natureza? Sim. A PC exerce uma utilidade para a coletividade. A título de exemplo,a PC oferece segurança pública, o que é um serviço público. É um serviço próprio e essenciais do Estado (segurança pública é serviço essencial e exclusivo do Estado). 23) Mencione princípios relativos aos serviços públicos. Generalidade (prestado para uma coletividade – “erga omnes”, ainda que fruível individualmente, visto que são colocados para todos); Atualidade ou Técnica Atual (serviço público deve ser prestado sempre dentro das técnicas mais modernas possíveis ); Continuidade (uma vez que foi colocado à disposição, se caracteriza como contínuo – não pode parar o fornecimento – OBS: pode parar de oferecer para uma certa pessoa se não pagar, mas necessita de prévia notificação e acúmulo de não pagamento = entendimento de tribunais; existem, ainda, serviços essenciais que não podem ser paralisados); Obrigatoriedade (a partir do momento em que a lei diz que Estado deve prestar, é uma obrigação prestar); Modicidade ou Modicidade Tarifária (o preço tem que ser módico – Estado quando transfere um serviço não visa lucro, desta forma a tarifa deve ser suficiente para cobrir custos); Segurança (se Estado vai prestar serviço, esta se deve se dar de forma segura – não deve haver riscos demasiados); Cortesia (todos devem ser cortês – trato para com todos deve ser urbano e respeitoso). 24) O que são serviços públicos Uti Universi? Se relaciona com o destinatário do serviço público – serviços públicos gerais, prestados para uma generalidade de pessoas. Não consegue saber exatamente quem é o usuário final, não dá para individualizar, não sabe quem usufruiu e quem usufruiu. Exemplo: iluminação pública, segurança pública. Em regra é pago com IMPOSTO. 25) O que são serviços público Uti Singuli? Se relaciona com o destinatário do serviço público – serviços em que se pode determinar quanto e quem utilizou, dá para individualizar. Exemplo: energia elétrica da residência – mede-se através do relógio de força. Em regra, se o serviço é COMPULSÓRIO (obrigatórios), são pagos com TAXAS; se são FACULTATIVOS são pagos com TARIFA. (Exemplo facultativo: energia elétrica, posso escolher não ter). 26) No Brasil, é admitida a responsabilidade civil do Estado pelo risco integral? Sim, excepcionalmente. Em regra é adotada a teoria objetiva pelo risco administrativo e não pelo risco integral. Teorias: Irresponsabilidade (estado antigo, antes da revolução francesa – Rei era divino, não errava, não era responsável por danos causados a terceiros); Responsabilidade, subdividindo-se: SUBJETIVA (prevista no CC de 1916 – possui 2: I) culpa do agente – indenizado se fizesse prova da culpa do agente público : conduta + resultado danoso + culpa do agente; II) culpa do serviço – não precisa mais mostrar qual agente, somente demonstrar que o agente na prestação falhou); OBJETIVA (não precisava mais provar dolo ou culpa do agente nem falha do serviço – sempre se caracteriza por um risco: somente se responsabiliza alguém se a atividade gerar riscos – basta provar que a atividade de risco gerou dano) – 2 terias objetivas: Risco Administrativo (usada, em regra, no BRASIL - se gerou dano a terceiro, deve ser indenizado – gerou prejuízo é dever indenizar – pode ser afastado por causas excludentes: culpa exclusiva de terceiro, culpa exclusiva da vítima, caso fortuito ou força maior); Risco Integral (mais radical, é aceita no Brasil somente em alguns casos = danos nucleares na guarda e manejo de substância nuclear; materiais bélicos; dano ambiental; terrorismo). 27) O agente público pode ser denunciado à lide em uma ação judicial que busca a responsabilização civil do Estado por dano a terceiro? (Denúncia à lide = possibilidade de o réu chamar terceiro para responder junto um processo) A pergunta está sendo feita no sentido de o Estado chamar o agente público para responder com ele. O CC entende que sim; o STF diz que não, visto que a responsabilidade é do Estado e caso chame o agente, o particular vai ter que provar a culpa dele e não é o correto; o STJ entende que é possível, visto que traria economia e celeridade processual, já que resolveriam 2 questões dentro do mesmo processo, pra não haver ação de regresso posteriormente. 28) Há diferença entre controle político e controle administrativo? Sim. Quando falamos de meios de controle da atividade do estado, pode se dar na esfera política do estado ou na esfera administrativa. Político = vivemos em uma república federativa que possui 3 poderes, com freios e contrapeses (um controlando o ato dos outros) – se dá no âmbito da CF, da política. Administrativo = recai sobre o exercício da atividade administrativa do Estado (fomento, prestação de serviços públicos, contratos) – acontece no âmbito de todos os poderes, mesmo que excepcionalmente, visto que é típico do poder executivo – se dá no âmbito do direito administrativo, e não no constitucional, como o controle político. 29) Dentre os diferentes sistemas de controle dos atos administrativo ilegais e ilegítimos, qual foi adotado pelo Brasil? Francês ou Jurisdição Dúplice (poder judiciário comum sem o Estado e uma corte para julgar casos do Estado envolvido); Inglês ou Jurisdição Una (quem diz o direito é o juiz – somente ele substitui a vontade das partes. BRASIL = adotou sistema inglês (quem diz o direito com força jurídica é o judiciário) – visto que a lei não pode tirar do judiciário, segundo a CF, a apreciação de ameaça ou lesão à direito. Alguns doutrinadores dizem que existe um terceiro sistema (misto), visto que em esfera administrativa existem outros julgadores, apesar destes ainda poderem ser apreciados por um juiz no judiciário (exemplo: STJD). 30) O Poder Legislativo exerce controle sobre a Administração Pública? Sim. Exerce controle tanto interno como externo. 31) Como ocorre o controle judicial dos atos administrativos? Judiciário possui atividades típicas (exercício da jurisdição – não age de ofício, somente com provocação) e atípicas (administrativa de seus próprios atos). Controle judicial é exercido por meio da jurisdição, podendo analisar os atos por meio de uma ação, então o controle judicial pode se dar em relação aos atos administrativos, no entanto deve haver provocação (exercício do direito de ação pelos legitimados = HC, HD, MS, MI, AP, Ação Civil Pública, etc) – judiciário somente apreciar quando houver ilegalidade no ato, somente quando ato for ILEGAL. OBS: Súmulas 346 e 473, STF. 32) É possível o controle popular dos atos administrativos? Sim. Existe o controle externo popular, o qual é feito por qualquer pessoa (física ou jurídica). Pode ser feito por meio de HC, HD, MI, etc. 33) Diferencie o controle hierárquico e o controle finalístico. O controle hierárquico acontece mais frequentemente dentro da administração direta nos casos de desconcentração, é a organização da administração pública, é como ela se organiza. O controle finalístico tem a ver com a administração pública indireta, onde acontece uma descentralização, não havendo controle hierárquico; neste caso os entes criados pela administração indireta (autarquia, fundação) terá o controle finalística ou supervisão ministerial. OBS: dentro de uma autarquia, existem órgãos, e pode haver controle hierárquico. 34) Quem pode ser sujeito passivo do ato de improbidade administrativa? A administração pública direta ou indireta, dos 3 poderes, seja da U, E, DF ou M e as entidades paraestatais que recebam dinheiro público (sendo menor de 50 % a responsabilidade recai sobre o montante público; sendo maior que 50%, recai sobre tudo). 35) Quem pode ser sujeito ativo do ato de improbidade administrativa? O agente público ou particular, que induza, concorra ou se beneficie do ato, em concurso com o agente ou desde que saiba da função deste. 36) Quais são as espécies legais de improbidade administrativa? Estão previstas na LIA nos artigos 9º, 10, 10-A e 11. São os seguintes: enriquecimento ilícito, dano ao erário, concessão,aplicação e manutenção de benefício tributário fiscal ou financeiro e violações aos princípios da administração público. Importante lembrar que é um rol exemplificativo e não taxativo. 37) Havendo improbidade administrativa por enriquecimento ilícito, necessariamente ocorrerá dano ao erário? Não. Pode haver implemento de cunho patrimonial sem o Estado perder algo, apesar de não acontecer normalmente, visto que em regra acontece o dano também. Exemplo: recebedor de tributos cobra a maior e fica com uma parte – não está havendo dano, não está havendo prejuízo ao poder público. 38) O agente público é obrigado a apresentar sua declaração de imposto de renda? Não. O que necessita apresentar é uma declaração de bens e valores privados, no entanto pode apresenta-la, suprindo tal declaração. Deve apresentar quando entrar, quando sair e enquanto estiver em exercício, todo ano. Deve ser declaração de cônjuge, filhos e dependentes. 39) A PC tem legitimidade para apurar ato de IA? Sim, a PC tem competência para apurar administrativamente. Em regra apura-se de seus próprios funcionários, no entanto o IP pode ser instrumentos para legitimados apurarem, então, a PC pode apurar. 40) Quem são os legitimados ativos e passivos da ação de IA? Ativos: PJ prejudicadas ou MP; Passivos: os agentes públicos ou particulares (3º beneficiado). 41) Como é apurada a prescrição da LIA? Artigo 23, LIA – propostas até 5 anos após o término do mandato; cargo efetivo ou emprego: em relação aos prazos prescricionais das faltas (5 anos ou a prescrição do crime praticado); 5 anos do julgamento da prestação do julgamento do tribunal de contas.
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