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Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
 Disciplina: Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 Prof. Cláudio Jorge Cançado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA 
 
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, 
PESQUISA E EXTENSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental 
 
 
 
 
 
 
GEOPROCESSSAMENTO APLICADO AO MEIO AMBIENTE II (20 h/a) 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 2014 
 
 
 
 
 
 
Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
PLANO DE CURSO 
DISCIPLINA: Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
PROFESSOR: Cláudio Jorge Cançado 
OBJETIVO DA DISCIPLINA: Compreender a ferramenta geoprocessamento e 
sua relação com o meio ambiente. Avaliar a utilização de um Sistema de 
Informações Geográficas e sua aplicabilidade para o planejamento 
ambiental e para o desenvolvimento de instrumentos de tomada de 
decisão. 
 
RESULTADOS ESPERADOS: 
• Compreender os problemas ambientais relacionados a falta de planejamento 
urbano; 
• Compreender o que é geoprocessamento; 
• Compreender a ferramenta geoprocessamento e sua relação com o meio 
ambiente; 
• Compreender o potencial de uso do geoprocessamento para atividades 
relacionadas ao planejamento e gestão ambiental; 
• Desenvolver e avaliar as ferramentas de um Sistema de Informações 
Geográficas e sua resposta a situações propostas . 
• Avaliar a utilização de um Sistema de Informações Geográficas e sua 
aplicabilidade para o planejamento ambiental e para o desenvolvimento de 
instrumentos de tomada de decisão. 
 
EMENTA 
CARGA 
HORÁRIA 
Introdução ao Geoprocessamento. Geoprocessamento e 
Meio Ambiente. O Geoprocessamento e o Planejamento 
Urbano. O uso do SIG IDRISI 32. Aplicação do SIG no 
planejamento e gestão urbana e ambiental. 
20 hs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
 
PLANO DE AULA 
 
Data Conteúdo a ser Abordado 
 
Metodologia a ser 
Utilizada 
17/03 
Introdução ao Software Idrisi 32 
Exercícios de 01 a 03 - Laboratório 
Aula expositiva e 
Exercícios 
24/03 
 
Exercícios 04 e 05 - Laboratório 
Aula expositiva e 
Exercícios 
31/03 
Exercícios 06 e 07 - Laboratório 
Aula expositiva e 
Exercícios 
07/04 Exercício 08 e Exercício de aplicação 01 Exercícios 
14/04 Exercício de aplicação 02 - Seminário Seminário 
 
Participação e execução dos 
Exercícios 
Avaliação Final Total 
Participação e Exercícios – 40 pts Seminário – 60 
pts 
100 pts 
 
ORIENTAÇÕES: 
 
• Evitar faltar as aulas, pois as mesmas valem pontos; 
• Estudar a apostila e os textos complementares; 
• Discutir o assunto ao máximo com o Professor e os colegas; 
• Desenvolver um raciocínio crítico acerca da matéria; 
• Construir a visão do geoprocessamento como instrumento de auxílio 
a tomada de decisões; 
• Última aula: trabalho valendo 60 pts. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
 
MINICURRICULO DO PROFESSOR 
 
• Prof. Cláudio Jorge Cançado – Doutor em Ciências – Área de 
Concentração em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal 
de São Carlos, Mestre em Engenharia Urbana pela Universidade Federal 
de São Carlos, Especialista em Engenharia Sanitária e Ambiental, e em 
Geoprocessamento pela Universidade Federal de Minas Gerais. 
Especialista em Didática do Ensino Superior pela Faculdade Pitágoras. 
Engenheiro Civil e Sanitarista pela Universidade Federal de Minas Gerais. 
Docência em cursos de graduação em engenharia ambiental, de 
produção, civil e gestão ambiental, e em cursos de pós-graduação na 
área de meio ambiente e saneamento. Coordenação de Cursos de 
Graduação e Pós-Graduação na área de produção, civil e meio ambiente. 
Pesquisador em Ciência e Tecnologia da Fundação Centro Tecnológico de 
Minas Gerais – CETEC/MG. Professor convidado do Programa de Pós-
Graduação em Engenharia Urbana do Departamento de Engenharia Civil 
da Universidade Federal de São Carlos. 
 
 
Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
Sumário 
 
1. Definições de SIG ................................................................................................................. 6 
1.1 Estrutura de dados em um SIG .......................................................................................... 6 
1.2. Raster versus Vetorial ................................................................................................... 8 
1.3. Conversão de dados em formato vetorial para formato raster e vice-versa ................. 9 
2. IDRISI 32 ............................................................................................................................ 10 
2.1 Iniciando um novo projeto ................................................................................................. 16 
2.2. Modelagem Digital do Terreno ......................................................................................... 16 
2.3. Álgebra de Mapas – Módulos de Análise ........................................................................ 21 
3. Exercícios de aprendizagem .............................................................................................. 41 
3.1. Exercício 1 – visualização de mapas .......................................................................... 41 
3.1.1. Visualização de mapas com elevação do terreno / mapas de relevo (DEM - 
Digital Elevation Model – Modelo Digital do Terreno) ........................................................ 41 
3.2. Exercício 2 – composição de mapas ........................................................................... 42 
3.2.1. Modelação Cartográfica ...................................................................................... 43 
3.3. Exercício 3 ................................................................................................................... 44 
3.3.1. Modelo cartográfico - Exercício 3 ........................................................................ 47 
4. Modelação Cartográfica em Sistemas de Informação Geográfica (Operadores de 
Distância e de Contexto) ............................................................................................................. 48 
4.1. Exercício 4 ................................................................................................................... 48 
4.1.1. Modelo cartográfico do exercício 4 ..................................................................... 53 
5. Modelação cartográfica (Distâncias de custo e caminhos de menor custo) ...................... 53 
5.1. Exercício 5 ................................................................................................................... 53 
5.1.1. Modelo cartográfico do exercício 5 ..................................................................... 57 
6. Álgebra de Mapas ............................................................................................................... 57 
6.1. Exercício 6 ................................................................................................................... 57 
6.1.1. Modelo Cartográfico do Exercício 6 .................................................................... 62 
7. Avaliação por Critérios Múltiplos (MCE) – Método Booleano ............................................ 63 
8. Avaliação por Critérios Múltiplos (MCE) – Combinação Linear Ponderada (WLC) ...........75 
9. Exercícios complementares da disciplina ........................................................................... 85 
10. Bibliografia Complementar .............................................................................................. 98 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
1. Definições de SIG 
Atualmente, os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são utilizados nas 
mais diversas áreas de trabalho, o que torna difícil a sua definição. A seguir 
encontram-se algumas das definições mais utilizadas: 
 
• Conjunto de poderosas ferramentas para recolha, armazenamento, 
organização e seleção, transformação e representação da informação 
de natureza espacial acerca do mundo real, para um determinado 
contexto (Burrough, 1986); 
• Um SIG é uma tecnologia de informação que permite o armazenamento, 
análise e representação tanto de dados espaciais como de dados não 
espaciais (Parker, 1988); 
• Um SIG é um sistema de apoio à decisão que envolve a integração de 
dados georreferenciados num ambiente orientado para a resolução de 
problemas (Cowan,1988); 
• Os SIG são sistemas computacionais usados para armazenar e 
manipular informação geográfica. São sistemas concebidos para 
recolher, armazenar e analisar objetivos e fenômenos em relação aos 
quais a localização geográfica é uma característica importante (Aronoff, 
1989). 
 
Um SIG é um sistema constituído por hardware (computador), software 
(programa executável) e um ambiente institucional, com o fim de armazenar, 
manipular, visualizar e analisar dados de natureza espacial (referenciados à 
superfície da terra). 
 
Analisando estas definições de SIG, verifica-se que há três fatores importantes 
a serem levados em conta quando da definição de um SIG: 
 
• Tecnologia SIG: hardware e software; 
• Base de dados: dados com informação geográfica (dados espaciais) e 
outros com eles relacionados; 
• Infra-estrutura SIG: utilizadores, instalações e outros elementos de 
apoio. 
1.1 Estrutura de dados em um SIG 
 
Um sistema de informação geográfica suporta dois tipos de dados 
fundamentais para a representação em mapas, vetorial ou raster, quais sejam: 
 
Vetorial – este tipo de dados são representados por pontos, onde a cada ponto 
está associado um par de coordenadas (x, y). Uma seqüência de pontos (de 
pares de coordenadas) constitui um segmento de reta que representa uma 
linha e uma linha em torno de uma área fechada define um polígono, neste 
caso a primeira e a última coordenada são iguais. 
 
Cada um destes elementos pode por si só ter uma representação gráfica, por 
exemplo (Figura 2): 
• Pontos - podem representar prédios. Cidades, fazendas, postes de alta 
tensão, entre outros; 
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Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
• Linhas - podem representar estradas, caminhos, rios, entre outros; 
• Polígonos – podem representar limites de municípios, áreas urbanas, 
entre outros. 
 
 
 
Figura 1. Objetos geográficos e suas representações espaciais. 
 
No programa IDRISI for Windows, existem dois arquivos que representam o 
tipo de dados vetoriais: 
 
• Nome do arquivo.vec (contém os elementos gráficos) 
• Nome do arquivo.dvc (contém toda a informação sobre o arquivo, 
formato dos dados, o sistema de projeção cartográfica em que está 
definido, as unidades (metros, km, etc.), o tipo dos objetos que contém 
(pontos, linhas ou polígonos - Figura 1) e os mínimos e máximos das 
respectivas coordenadas geográficas (x,y). 
 
 
Figura 2. Objetos gráficos presentes em um SIG Vetorial 
 
 
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Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
Raster – este tipo de dados é representado por uma quadrícula de células 
(pixels) onde todas têm informação, independente de ter ou não a informação 
de interesse. Também se pode dizer que estes tipos de dados são constituídos 
por uma grelha regular de células, com uma dada seqüência. Esta grelha é 
organizada por linhas e por colunas, com origem no canto superior esquerdo. 
Cada uma dessas células contém um único valor que representa determinada 
característica da área da superfície a que se refere. 
 
Tal como no caso dos arquivos vetoriais, existem dois arquivos que 
representam o tipo de dado raster: 
 
• Nome do ficheiro.img (a imagem, isto é, a grelha de células). 
• Nome do ficheiro.doc (contém toda a informação sobre o arquivo, 
formato dos dados, o número de linhas e colunas que constituem a 
imagem, o sistema de projeção cartográfica em que está definido, as 
unidades, os mínimos e máximos das respectivas coordenadas 
geográficas (x,y), neste caso, as coordenadas correspondente aos 
quatro cantos da imagem), o valor mínimo e máximo associado às 
células (Figura 3). 
 
 
Figura 3. Indicação das coordenadas dos cantos de uma imagem e origem de contagem das 
linhas e colunas no IDRISI. 
 
1.2. Raster versus Vetorial 
Os sistemas raster são tipicamente intensos em dados, uma vez que eles 
precisam registrar dados em cada posição de célula independentemente da 
célula ter ou não informação de interesse. Entretanto, a vantagem é que o 
espaço geográfico é uniformemente definido em uma forma simples e 
previsível. 
 
Como resultado, sistemas raster têm substancialmente maior poder analítico do 
que os sistemas vetoriais na análise do espaço contínuo e são mais aptos para 
o estudo de dados que variam continuamente no espaço, como o relevo e a 
biomassa vegetal, por exemplo. A segunda vantagem é que sua estrutura se 
aproxima muito da arquitetura dos computadores digitais. Como resultado, 
sistemas raster tendem a ser muito rápidos na avaliação de problemas que 
envolvem várias combinações matemáticas de dados em múltiplos planos. Por 
isso eles são excelentes para a avaliação de modelos ambientais como a 
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Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
erosão potencial do solo e o manejo de florestas. Adicionalmente, como as 
imagens de satélite empregam uma estrutura raster, a maioria dos sistemas 
raster pode facilmente incorporar esses dados e alguns oferecem plena 
capacidade de processamento de imagens. 
 
Enquanto sistemas raster são predominantemente orientados para a análise, 
os sistemas vetoriais tendem a ser mais orientados para o gerenciamento de 
bancos de dados. Sistemas vetoriais são muito eficientes no armazenamento 
de dados de mapas porque armazenam apenas os limites das feições e não o 
que está dentro destes limites. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4. Representação de dados nos formatos vetorial e raster. 
 
Sistemas raster e vetoriais têm cada um seus pontos fortes. O IDRISI incorpora 
elementos de ambas as técnicas de representação. Embora seja um sistema 
analítico raster, o IDRISI emprega a estrutura de dados vetorial como uma das 
principais formas de visualização e intercâmbio de dados de mapas. Aspectos 
fundamentais de gerenciamento de bancos de dados vetorial estão também 
presentes no IDRISI. 
 
1.3. Conversão de dados em formato vetorial para formato raster e 
vice-versa 
Quando dispomos de dados em um determinado formato que não é o mais 
apropriado para o trabalho que se pretende, é possível converter esses dados 
para o outro formato, isto é, de vetorial para raster ou de raster para vetorial. 
 
Geralmente, todos os SIG´s dispõem de ferramentas que fazem este tipo de 
conversão. No caso do software IDRISI, existe um módulo, Reformat - Vector /Raster Conversion, que possibilita as duas conversões, conforme o tipo de 
objeto definido no arquivo vetorial. 
 
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Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
 
Figura 4. Exemplificação da mesma representação no formato vetorial (a) e no formato raster 
(b). 
 
2. IDRISI 32 
• Botão Project Environment 
 
O botão Data Paths/Project Environment define o diretório e/ou sub-
diretórios de trabalho dentro do IDRISI 32. 
 
 
 
 
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• Menu Idrisi File Explorer 
 
O comando Idrisi File Explorer provê um ambiente onde o usuário 
pode administrar e ver seus arquivos do IDRISI. Use este utilitário para: 
o Renomear, deletar, copiar ou mover arquivos selecionados; 
o Listar todos os arquivos de um determinado tipo ou com um nome 
particular no diretório; 
o Mostrar os arquivos raster ou vetoriais (usando o Display Layer); 
o Ver a estrutura de uma imagem ou vetor selecionados. 
 
 
 
• Botão Collection Editor 
 
O botão collection editor provê um ambiente onde o usuário pode 
selecionar uma coleção de arquivos do IDRISI, visando facilitar sua 
manipulação. 
 
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• Botão Metadata 
 
O menu METADATA é utilizado para criar, visualizar e editar 
arquivos de documentação que acompanham os arquivos RASTER, VETOR 
e de atribuição de valores. 
 
 
• Menu Display Laucher 
 
O DISPLAY LAUNCHER é o modulo que permite que o usuário 
abra uma nova janela de exibição. Ele começa o processo de composição 
de mapas e é sempre a primeira operação requerida para criar uma nova 
configuração de um mapa. As opções permitem o usuário a mostrar uma 
composição de mapa existente ou começar uma nova composição formada 
por uma imagem raster e um vetor. Assim que a imagem é mostrada, 
muitos botões da barra de ferramentas se tornam funcionais. 
 
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• Menu Symbol Workshop 
 
SYMBOL WORKSHOP é usada para criar e editar símbolos do 
IDRISI e arquivos de palhetas de cores. Os arquivos a serem criados podem 
ter símbolos ou cores acima de 256. Há cinco diferentes tipos de símbolos que 
são suportados pelo IDRISI: ponto, linha, polígono, texto e palheta de símbolos 
ou cores. Internamente, eles são identificados com as extensões ".sm0", 
".sm1", ".sm2", ".smt" and ".smp", respectivamente. 
 
 
• Menu Visualização 
 
O menu de visualização é composto por quatro botões 
( ). O primeiro botão é utilizado para mostrar apenas o 
mapa sem as legendas. Já o segundo botão , é utilizado para maximizar a 
visualização da imagem. O terceiro botão é utilizado dar zoom interativo 
na imagem e o quarto botão serve para restaurar a visualização original. 
 
 
 
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• Menu Propriedades da imagem e do ponto selecionado 
 
O menu de propriedades é composto por dois botões. O primeiro 
botão é utilizado para mostrar a legenda no ponto escolhido. Já o segundo 
botão é utilizado para mostrar todas as propriedades do ponto escolhido 
(valor, coordenadas, linha e coluna). 
 
• Menu Digitalização 
 
O menu de digitalização é composto por três botões. O primeiro botão 
 é utilizado para digitalizar na tela do IDRISI. Já o segundo botão 
 é utilizado para apagar o que foi digitalizado em caso de erro e o 
terceiro botão salva o que foi digitalizado. A seguir mostra-se um 
exemplo do processo de digitalização: 
 
 
 
 
 
 
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• Botão GPS 
 
O botão GPS é um link de conexão com um GPS para trabalhos de 
campo. Com o auxílio desta ferramenta pode-se marcar pontos no 
campo e descarrega-los na imagem. 
• Botão Histogram Display 
 
O botão Histogram Display serve para gerar um histograma da imagem 
no qual se vê sua distribuição nas diversas faixas. 
 
 
 
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• Botão Ortho Surface Display 
 
O botão Ortho Surface Display serve para gerar uma imagem ortogonal 
(3 dimensões) do modelo digital do terreno- MDT da área estudada. 
 
2.1 Iniciando um novo projeto 
 
File/ Data Paths 
 
Permite definir as pastas de trabalho para um determinado projeto, as quais 
poderão ser mudadas a qualquer momento. Todas as operações realizadas 
pelo IDRISI serão salvas na pasta definida como pasta de trabalho principal 
(main working folder). As pastas definidas como pastas de recursos (resource 
folders) permitem o acesso mais rápido às pastas com dados de entrada. 
 
2.2. Modelagem Digital do Terreno 
Um modelo digital do terreno (ou modelo numérico do terreno) é uma 
representação matemática da distribuição espacial da característica de um 
fenômeno vinculada a uma superfície real. A superfície é em geral contínua e o 
fenômeno que representa pode ser variado. Dentre alguns usos do MNT pode-
se citar (Burrough, 1986): 
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• Armazenamento de dados de altimetria para mapas topográficos; 
• Análises de corte-aterro para projeto de estradas e barragens; 
• Elaboração de mapas de declividade e exposição para apoio a análise 
de geomorfologia e erodibilidade; 
• Análise de variáveis geofísicas e geoquímicas; 
• Apresentação tridimensional (em combinação com outras variáveis). 
Para a representação de uma superfície real no computador é indispensável a 
criação de um modelo digital, podendo ser por equações analíticas ou por uma 
rede de pontos na forma de uma grade de pontos regulares e ou irregulares. A 
partir dos modelos, podem-se calcular volumes, áreas, desenhar perfis e 
seções transversais, gerar imagens sombreadas ou em níveis de cinza, gerar 
mapas de declividade e exposição, gerar fatiamentos em intervalos desejados 
e perspectivas tridimensionais. 
No processo de modelagem numérica de terreno podemos distinguir três fases: 
aquisição dos dados, geração de grades e elaboração de produtos 
representando as informações obtidas. 
Os dados de modelo numérico de terreno estão representados pelas 
coordenadas xyz, onde z, o parâmetro a ser modelado, é função de xy, ou 
seja: z=f(x,y). Estes dados são usualmente adquiridos segundo uma 
distribuição irregular no plano xy, ou ao longo de linhas com mesmo valor de z 
ou mesmo com um espaçamento regular. 
A aquisição destes dados é realizada por levantamentos de campo, 
digitalização de mapas, medidas fotogramétricas a partir de modelos 
estereoscópicos e dados altimétricos adquiridos de GPS, aviões e satélites. 
Entretanto as aplicações ou produtos de MNT não são elaborados sobre os 
dados amostrados, mas sim dos modelos gerados no formato de grade regular 
ou irregular. Estes formatos simplificam a implementação dos algoritmos de 
aplicação e os tornam mais rápidos computacionalmente. 
Os métodos de aquisição de dados podem ser por pontos amostrados com 
espaçamento irregular e regular bem como por mapa de isolinhas. 
• Amostragem por pontos: 
o O cuidado na escolha dos pontos e a quantidade de dados 
amostrados estão diretamente relacionados com a qualidade do 
produto final de uma aplicação sobre o modelo. Para aplicações 
onde se requer um graude realismo maior, a quantidade de pontos 
amostrados, bem como o cuidado na escolha desses pontos, ou 
seja, a qualidade dos dados, é decisiva. Quanto maior a quantidade 
de pontos representantes da superfície real, maior será o esforço 
computacional para que estes sejam armazenados, recuperados, 
processados, até que se alcance o produto final da aplicação. 
• Amostragem por Isolinhas 
o Um mapa de isolinhas é a representação de uma superfície por meio 
de curvas de isovalor. Nos mapas topográficos, as isolinhas foram 
impressas com o uso de equipamentos, como "stereoplotters", sobre 
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Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
uma base composta de fotografias em estéreo obtidas por 
aerolevantamento. Nestes mapas topográficos existem ainda pontos 
amostrados irregularmente que foram obtidos por trabalhos de 
campo. 
A grade retangular ou regular é um modelo digital que aproxima superfícies 
através de um poliedro de faces retangulares. Os vértices desses poliedros 
podem ser os próprios pontos amostrados caso estes tenham sido adquiridos 
nas mesmas posições xy que definem a grade desejada. 
A geração de grade regular ou retangular deve ser efetuada quando os dados 
amostrados na superfície não são obtidos com espaçamento regular. Assim, a 
partir das informações contidas nas isolinhas ou nos pontos amostrados, gera-
se uma grade que representa de maneira mais fiel possível a superfície. Os 
valores iniciais a serem determinados são os espaçamentos nas direções x e y 
de forma que possam representar os valores próximos aos pontos da grade em 
regiões com grande variação e que, ao mesmo tempo, reduzam redundâncias 
em regiões quase planas. 
O espaçamento da grade, ou seja, a resolução em x ou y deve ser idealmente 
menor ou igual a menor distância entre duas amostras com cotas diferentes. 
Ao se gerar uma grade muito fina (densa), isto é, com distância entre os pontos 
muito pequena, existirá um maior número de informações sobre a superfície 
analisada necessitando maior tempo para sua geração. Ao contrário, 
considerando distâncias grandes entre os pontos, será criada uma grade 
grossa que podendo acarretar perda de informação. Desta forma para a 
resolução final da grade deve haver um compromisso entre a precisão dos 
dados e do tempo de geração da grade. 
Uma vez definida a resolução e conseqüentemente as coordenadas de cada 
ponto da grade, pode-se aplicar um dos métodos de interpolação para calcular 
o valor aproximado da elevação: vizinho mais próximo, média simples, média 
ponderada, média ponderada por quadrante e média ponderada por cota e por 
quadrante. 
Uma grade regular pode ainda ser gerada a partir de outra grade regular ou de 
uma irregular. Para a geração de uma nova grade regular a partir de outra 
grade retangular podem ser utilizados os interpoladores linear e bicúbico. Para 
a geração de grade retangular a partir de um TIN ("Triangular Irregular 
Network") pode-se ajustar uma superfície plana ou uma superfície de quinto 
grau, que garante suavidade ao modelo. 
Na modelagem da superfície por meio de grade irregular triangular, cada 
polígono que forma uma face do poliedro é um triângulo. Os vértices do 
triângulo são geralmente os pontos amostrados da superfície. Esta modelagem 
permite que as informações morfológicas importantes como as 
descontinuidades, representadas por feições lineares de relevo (cristas) e 
drenagem (vales), sejam consideradas durante a geração da grade triangular, 
possibilitando modelar a superfície do terreno preservando as feições 
geomórficas da superfície. 
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Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
O número de redundâncias é bastante reduzido se comparado a grade 
retangular, uma vez que a malha é mais fina em regiões de grande variações e 
mais espaçada em regiões quase planas. As descontinuidades da superfície 
podem ser modeladas através de linhas e pontos característicos. 
Esta grade tem a vantagem de utilizar os próprios pontos amostrados para 
modelar a superfície, sem a necessidade de qualquer tipo de interpolação 
sobre os mesmos. A desvantagem da grade irregular é que os procedimentos 
para obtenção de dados derivados de grades triangulares tendem a ser mais 
complexos e, conseqüentemente, mais demorados que os da grade retangular. 
Os métodos para a geração de grade triangular são divididos em método com 
as linhas de quebra e método sem as linhas de quebra. 
Durante a geração de grades triangulares com as linhas de quebra, estas 
linhas de quebra (que modelam as informações morfológicas de 
descontinuidade), são incorporadas à triangulação, constituindo arestas de 
triângulos. O modelo final terá estas informações adicionais de linha de quebra 
incorporadas, possibilitando uma representação mais fiel do terreno, uma vez 
que não suavizam a superfície ao longo de feições como vales e cristas. 
O método sem linhas de quebra realiza a triangulação sem considerar as 
linhas de quebra, resultando em um modelo de terreno suavizado também ao 
longo das linhas de quebra. 
 
A opção de remoção de Bridge/Tunnel edges só está disponível quando um 
arquivo de isolinhas foi usado para gerar a grade triangular. B/T edges são 
identificados como pontas de triângulos que possuem pontos terminais com o 
mesmo atributo, mas estes não se apresentam como pontos vizinhos em uma 
isolinha. Nesta opção, a grade triangular (TIN) é criada e todos os B/T edges 
são identificados. Novos vértices (pontos críticos terminais) são adicionados 
nos pontos médios de cada B/T edges. Estes novos vértices são, então, 
incluídos em uma re-triangulação da rede de grades triangulares. 
 
Para a execução de um modelo digital do terreno se faz necessário um arquivo 
de isolinhas raster (curvas de nível) georreferenciado e dados das 
extremidades dos arquivos para a rede de grades retangulares. Para a rede de 
grades triangulares se faz necessário um arquivo de isolinhas vetorial. 
 
Para tanto, basta seguir os passos: 
 
1. Para a execução de redes de grades retangulares, faz-se necessário um 
arquivo de isolinhas (curvas de nível) no formato raster e dados sobre as 
cotas das extremidades do arquivo de isolinhas (Figuras a seguir). 
a. Menu Data Entry > Surface Interpolation > INTERCON 
 
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Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
 
 
 
 
b. Entre com o nome do arquivo (input image) e com dados da 
imagem de entrada: (valor da cota no canto superior direito e 
esquerdo; valor da cota no canto inferior direito e esquerdo). 
 
2. Para a execução de redes de grades triangulares, faz-se necessário um 
arquivo de isolinhas (curvas de nível) no formato vetorial (Figuras a 
seguir). 
a. Menu Data Entry > Surface Interpolation > Tin Interpolation > TIN 
21 
 
 
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b. Pode-se escolher como base de pontos para a triangulação 
pontos e vértices de linhas. Para o tipo de triangulação, pode-
se escolher entre contido (constrained) onde as pontas dos 
triângulos não cruzam as isolinhas garantindo que a 
triangulação seja consistente com os dados originais das 
isolinhas e não contido. 
c. Insira o caminho do arquivo vetorial no campo Input vector file 
d. Insira o nome do arquivo de saída do TIN no campo : Output TIN 
file 
e. Pode-se escolher ou não utilizar o Perform Bridge and Tunnel 
removal. 
f. Para a utilização de curvas de nível para a execução de um 
modelo numérico do terreno sempre se faz necessário a 
digitalização de, pelo menos, 10 a 15 % a mais de curvas nas 
extremidades da área desejada paraevitar erros. 
 
2.3. Álgebra de Mapas – Módulos de Análise 
Uma das ferramentas mais utilizadas em um SIG é a combinação de camadas 
de mapas matematicamente. A modelagem em particular requer a habilidade 
de combinar camadas de acordo com as mais variadas equações matemáticas. 
Por exemplo, pode-se ter uma equação que faça a predição da temperatura 
média anual como um resultado da altitude. Ou, em outro exemplo, considera-
se a possibilidade da criação de um mapa de potencial de erosão do solo 
baseado em fatores de erodobilidade do solo, no gradiente de declividade e na 
intensidade da chuva. Claramente, necessita-se da habilidade de modificar os 
valores dos dados nas camadas dos mapas por várias operações e 
transformações matemáticas e de combinar os fatores matematicamente no 
intuito de se produzir um resultado final. 
As ferramentas de álgebra de mapas provêem 3 diferentes tipos de operações: 
22 
 
 
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• a habilidade de aritmeticamente modificar valores de atributos dos dados 
sobre o espaço por uma constante; 
• a habilidade de transformar matematicamente valores de atributos dos 
dados por operações padrão (como funções trigonométricas, 
transformações logarítmicas, etc.); 
• a habilidade de combinar matematicamente (como adição, subtração, 
multiplicação e divisão) diferentes camadas de dados para produzir um 
resultado composto. 
Para ilustrar estas operações, considere um modelo para ocorrência de neve 
em áreas de florestas densas: 
M = (0,19T + 0,17T) 
onde M é a taxa de neve em cm/dia, T é a temperatura do ar e D é a 
temperatura do ponto de condensação. Obtendo-se camadas de temperatura 
do ar e dos pontos de condensação para uma região deste tipo, pode-se 
claramente produzir um mapa de taxa de neve. Para obtê-lo basta multiplicar a 
camada (layer) de temperatura por 0,19, o ponto de condensação por 0,17 e 
utilizar um overlay para somar os dois resultados. Mesmo sendo simples no 
conceito, estas habilidades no tratamento de mapas como variáveis em 
fórmulas algébricas se apresenta como uma poderosa ferramenta. 
� O menu de análises 
O coração de um SIG é a habilidade de executar análises baseadas em 
localizações geográficas. De fato, nenhum outro software pode prover esta 
função. Idrisi for Windows provê uma gama de ferramentas analíticas para 
análises geográficas. 
O menu de análises se organiza em duas seções, cada uma com quatro 
submenus. Na primeira seção, os módulos são organizados em submenus 
como um tipo de caixa de ferramentas, seguindo a lógica apresentada na figura 
a seguir. Na segunda seção, os módulos se organizam sobre submenus de 
acordo com o tipo particular de análises que serão feitas. Estes agrupamentos 
foram feitos primariamente por conveniência operacional. A maioria das 
análises irão requerer o uso de ferramentas de múltiplos submenus. 
� O menu DATABASE QUERY 
O Database Query é o submenu mais fundamental das operações de um SIG. 
A seguir apresentam-se os módulos mais importantes. 
23 
 
 
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Módulo RECLASS 
O módulo RECLASS produz uma nova imagem do mapa pela reclassificação 
dos valores de uma imagem inserida. Taxas, assim como valores individuais, 
podem ser especificados de uma imagem original, enquanto que os valores de 
saída precisam ser inteiros e serem dados individuais. Quaisquer valores 
originais não previamente mencionados irão circundar os inteiros, mas irão, 
entretanto, permanecerem inalterados. 
 
Módulo OVERLAY 
O módulo OVERLAY produz operações entre duas imagens, resultando em 
uma imagem de saída. Existem nove opções de OVERLAY, mas no caso do 
DATABASE QUERY, são as de multiplicação e de máximo as mais utilizadas. 
Nos casos onde cada atributo de interesse é representado por uma imagem 
24 
 
 
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booleana, a opção de multiplicação irá resultar nos resultados booleanos E 
(and) e INTERSEÇÃO (intersection), enquanto que a opção maximização 
(maximize) resultará nos resultados booleanos OU (or) ou UNIÃO (union). 
Módulo CROSSTAB 
O módulo CROSSTAB compara dois mapas com dados qualitativos. A imagem 
resultante contém um único valor para cada única combinação dos valores de 
entrada. Estatísticas sobre a similaridade de dois mapas podem ser gerados. 
 
25 
 
 
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Módulo Edit e Assign 
O módulo Edit permite acesso ao edito de texto do Idrisi for Windows e pode 
ser usado para criar um arquivo de valores, para uso com Assign, para 
reclassificar os valores em uma imagem. O arquivo de valores lista os valores 
da imagem original à esquerda e os novos valores a serem assumidos à direita. 
Qualquer valor antigo não presente no arquivo de valores serão 
automaticamente assumidos como zero. Os valores originais precisam ser 
inteiros, mas números reais podem ser assumidos como novos valores. O 
Módulo ASSIGN pode ser também usado do DATABASE WORKSHOP, no 
menu LINK. 
 
 
 
26 
 
 
Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
Módulo AREA 
O módulo AREA cria uma nova imagem dando a cada pixel o valor da área de 
cada classe a qual cada pixel introduzido pertence. A saída pode ser produzida 
como tabela ou como um arquivo de atributos em uma gama de unidades de 
medidas. 
 
Módulo PERIM 
O módulo PERIM cria uma nova imagem dando a cada pixel de saída o valor 
do perímetro da classe da qual o pixel de entrada pertence. A saída pode ser 
também produzida em forma de tabela ou em forma de um arquivo de atributos 
com uma gama de unidades de medidas. 
 
 
27 
 
 
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DATABASE WORKSHOP 
DATABASE WORKSHOP provê o IDRISI com um sistema de gerenciamento 
integrado de base de dados relacionais. Ele não substitui um produto de 
gerenciamento de banco de dados independente, mas provê uma extensa 
gama de capacidades incluindo habilidades de: 
- ler os arquivos de banco de dados dos formatos ACCESS e XBASE; 
- criar arquivos de banco de dados no formato Microsoft ACCESS; 
- adicionar ou apagar campos; 
- filtrar o banco de dados usando a linguagem estruturada de busca (SQL) 
- calcular expressões baseadas em SQL; 
- achar registros específicos; 
- ligar o banco de dados com o display de mapas; 
- criar saídas de display autoescaláveis e boolenas; 
- exportar valores de campos para um arquivo de valores de atributos para ser 
usado com o módulo ASSIGN; 
- importar arquivos de valores de atributos criados com módulos como o 
EXTRACT. 
DATABASE WORKSHOP provê a habilidade de criar, editar e analisar arquivos 
de banco de dados no IDRISI. Ë importante ressaltar que esta capacidade se 
apresenta integrada como o sistema IDRISI. Pela perspectiva do IDRISI, os 
arquivos de banco de dados são simplesmente outra forma de arquivos de 
valores e também carregam um arquivo de documentação como todos os 
outros arquivos de valores. Se ele ainda não existe, o arquivo de 
documentação1 é automaticamente criado quando a tabela do banco de dados 
é aberta no DATABASE WORKSHOP. 
 
 
 
 
 
1
 Um arquivo ASCII que supre informações importantes sobre cada imagem, vetor ou arquivo de valores 
do IDRISI. 
28 
 
 
Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente IIIMAGE CALCULATOR 
O IMAGE CALCULATOR é uma ferramenta de modelagem matemática 
interativa que permite ao usuário a entrada de um modelo como uma equação 
algébrica usando uma interface de uma calculadora. Ele incorpora a 
funcionabilidade dos módulos OVERELAY, SCALAR, TRANSFOR e RECLASS 
apresentando considerável facilidade e sem o uso de macros. O IMAGE 
CALCULATOR permite dois tipos de expressões: Expressões matemáticas e 
Questões lógicas. Pode ser usado para fzaer álgebra de mapas. 
 
29 
 
 
Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
� O MENU DISTANCE OPERATORS 
É o terceiro submenu das ferramentas analíticas formado pelo o que 
chamamos de operadores de distância. 
 
Módulo DISTANCE 
O módulo DISTANCE calcula a verdadeira distância euclidiana de cada célula 
ao mais próximo conjunto de células alvo especificadas em uma imagem 
separada. A saída do módulo DISTANCE é no sistema de unidade de 
referência especificado no arquivo de ambiente do IDRISI for Windows, e é 
baseada nas dimensões das células especificadas no arquivo de 
documentação de característica da imagem alvo. 
 
30 
 
 
Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
Módulo COST 
O módulo COST modela o custo do movimento através do espaço onde este 
custo é função de custos padrões (ou de base) associados com o movimento 
(como por exemplo, esforços, gastos, etc.), e também fricções e forças que 
impedem ou facilitam o movimento. O Módulo COST calcula uma superfície de 
distância/proximidade onde a distância é medida como a distância de menor 
custo em uma superfície de fricção2. Por exemplo, o custo da distância de uma 
determinada localização pode ser calculada baseada em uma imagem de 
declividade que dará a dificuldade de atravessar o terreno. O módulo COST 
requer uma imagem com característica alvo e uma imagem de fricção como 
entrada. IDRISI for Windows tem duas opções de algoritmo para uso no 
módulo COST para cálculo de distância. O algoritmo COSTPUSH usa a lógica 
de varrição e é adequado para superfícies de fricção que não são muito 
complexas. O algoritmo COSTGROW pode acomodar superfícies de fricção 
complexas (design de ruas) assim como barreiras absolutas ao movimento. 
 
 
 
 
 
 
 
2
 Na análise de custo, uma fricção é um valor maior que 1 pelo qual se multiplica o custo básico do 
movimento para se chegar ao custo atual do movimento. Fricções inibem o movimento através do espaço. 
Um exemplo pode ser escalar um nível no terreno. O custo básico para andar um nível no terreno é, 
digamos, 350 kcal. Para escalar a uma mesma velocidade, com uma fricção de 2 poderia causar um custo 
atual do movimento de 700 kcal. 
31 
 
 
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Módulo BUFFER 
O módulo BUFFER combina as capacidades dos módulos de DISTANCE e 
RECLASS e faz uma análise de buffer em torno de qualquer grupo de 
características em uma imagem. O usuário especifica o comprimento do 
BUFFER das características na unidade de referência com a imagem de saída 
resultando em uma imagem booleana daquele BUFFER. 
 
� O menu IMAGE PROCESSING 
Ao longo dos operadores analíticos geográficos encontrados no IDRISI, as 
capacidades de processamento de imagens apresentam um conjunto completo 
de ferramentas para o processamento de dados espaciais. As funções de 
processamento de imagem possuem oito categorias: restoration, enhancement, 
transformation, signature development, hard classifiers, soft calssifiers, 
hardeners e acuracy assessment. No caso específico desta apostila, veremos 
os módulos de desenvolvimento de assinatura e de classificadores fortes. 
 
 
32 
 
 
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SUBMENU DE DESENVOVIMENTO DE ASSINATURAS 
O desenvolvimento de assinaturas se associa freqüentemente com os 
primeiros estágios da classificação supervisionada e tipicamente requer dois 
passos – a criação de áreas de treinamento e a criação de arquivos de 
assinaturas das áreas de treinamento. Uma vez criadas as assinaturas, elas 
são usadas para a classificação de bandas de imagens de satélites no 
desenvolvimento daquelas assinaturas. Este é o tópico do próximo menu: 
fortes e fracos classificadores. 
As áreas de treinamento são exemplos de classes informacionais, como por 
exemplos, florestas, áreas urbanas, que podem ser caracterizadas através de 
todas as bandas de uma imagem. É esta característica que é usada para criar 
as assinaturas ou padrões de respostas espectrais para cada classe 
informacional. Finalmente, as assinaturas de cada classe informacional são 
usadas para classificar toda a imagem determinando a mais parecida classe 
para cada pixel na imagem. 
As áreas de treinamento podem delineadas usando a digitalização na tela. 
Uma vez definidos suas áreas de treinamento, seis módulos podem ser usados 
párea criar e manipular os arquivos de assinatura. No caso da presente 
apostila, apresenta-se apenas um módulo de desenvolvimento de assinatura. 
Módulo MAKESIG 
O módulo MAKESIG cria arquivos de assinaturas para cada classe 
informacional nas quais foram criadas as áreas de treinamento. Isto é feito 
através da extração e análise dos pixels identificados nas áreas de treinamento 
para cada classe informacional de cada banda utilizada. Estatísticas do tipo 
média, mínimo, máximo, variância e covariância entre os pixels em cada banda 
são desenvolvidas. 
 
33 
 
 
Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
SUBMENU DE CLASSIFICADORES FORTES (“HARD CLASSIFIERS”) 
Há duas aproximações básicas para o processo de classificação de imagens: 
supervisionada e não supervisionada. IDRISI for Windows apresenta 
ferramentas para os dois processos com classificadores fortes e fracos. No 
caso da presente apostila, apresenta-se apenas um classificador forte. 
 
Módulo MAXLIKE 
O módulo MAXLIKE é um classificador de probabilidade máximo. Quando se 
usa o MAXLIKE, uma função de probabilidade multidimensional é utilizada para 
determinar a probabilidade que qualquer pixel pertence a uma classe dada. Por 
definição, cada pixel é assumido para a classe mais parecida, não importando 
como parecido ou não parecido aquele máximo pode ser. Esta é a técnica mais 
avançada, mas também a mais lenta, para a classificação de imagens no 
IDRISI. Esta técnica produz os melhores resultados quando as áreas de 
treinamento são bem amostradas, isto é, cada área tem de 50 a 100 vezes 
mais pixels que os existentes nas bandas do grupo de dados, sendo fortemente 
homogêneas. O usuário tem a oportunidade de não classificar qualquer pixel 
onde a probabilidade de pertencer a alguma classe particular seja muito 
pequena. 
 
34 
 
 
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• O Menu Reformat 
 
Os itens constantes do menu REFORMAT permitem ao usuário trocar o dado e 
o tipo de arquivo do arquivo, reorientar um arquivo de imagem ou vetor, trocar 
a extensão da área de estudo, trocar a resolução, generalizar o nível de 
detalhamento no arquivo e converter arquivos raster para vetor e vice-versa. 
 
 
Módulo CONVERT 
O módulo CONVERT pode ser usado para trocar o tipo de dado ou tipo de 
arquivo de um arquivo de imagem ou vetor. Os tipos de dados válidos são byte, 
integer (inteiro) e real, enquanto que os tipos de arquivos válidos são ASCII, 
binary (binário) e packed binary (binário encapsulado). Quando se converte de 
real para byte ouinteiro, o usuário deve escolher o tipo de conversão: 
truncamento (partes fracionadas são deletadas) ou arredondamento. 
 
35 
 
 
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SUBMENU RASTER\VECTOR CONVERSION 
É freqüentemente necessário converter dados entre os formatos raster e 
vetorial. Os dados necessitam se gerados por digitalização, o qual produz um 
arquivo vetorial. Se as análises subseqüentes precisarem serem feitas em um 
formato raster, os dados precisam ser convertidos. Pode haver a necessidade 
de converter do formato raster para o formato vetorial para transferir dados 
entre sistemas ou para produzir camadas (layers) vetoriais para serem 
mostradas sobre outras camadas raster. 
Os primeiros três módulos deste submenu convertem dados vetoriais em dados 
raster. Em todos os três casos, uma imagem existente, como uma imagem 
criada com o INITIAL, é atualizada com a informação vetorial. Normalmente, a 
imagem a ser atualizada é uma imagem em branco, mas isso não é requerido. 
Qualquer imagem pode ser atualizada e os valores originais serão alterados 
somente onde eles serão cobertos por um atributo vetorial. 
 
Módulo POINTRAS 
O módulo POINTRAS converte um arquivo de pontos vetorial para o formato 
raster através da atribuição de um novo valor a todas as células na qual um 
ponto vetorial está localizado. Este novo valor pode ser o identificador de um 
ponto vetorial, um valor booleano (um ou zero) para simplesmente indicar a 
presença ou ausência de um ou mais pontos, ou um identificador igual ao 
número de pontos sobre o pixel. 
36 
 
 
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Módulo LINERAS 
O módulo LINERAS converte arquivos de linha vetorial para o formato raster. 
Para todos os pixels que são interceptados por uma linha vetorial se atribui o 
identificador da linha vetorial. 
 
 
 
37 
 
 
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Módulo POLYRAS 
O módulo POLYRAS converte arquivos de polígono vetorial para o formato 
raster pela atribuição, em todos os pixels que são cobertos pelo polígono 
vetorial, do identificador do polígono vetorial. 
 
Módulo POINTVEC 
O módulo POINTVEC converte todos os pixels raster não nulos em 
características de ponto vetorial, onde o ponto vetorial é assumido igual ao 
valor do pixel original. Aos pontos são dadas coordenadas correspondentes ao 
centro do pixel. 
 
38 
 
 
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Módulo LINEVEC 
O módulo LINEVEC converte todos os pixels raster não nulos em 
características de linha vetorial. 
 
 
Módulo POLYVEC 
O módulo POLYVEC é usado para converter áreas de pixels em polígonos 
vetoriais. Os limites do vetor resultante possuem caracteres do tipo “degrau de 
escada”, porque eles foram criados pelo traçado em volta das pontas das 
células raster. 
 
 
 
39 
 
 
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• O Menu DATA ENTRY3 
Módulo INITIAL 
O módulo INITIAL é usado para criar uma imagem contendo um valor único. 
Enquanto há algumas operações onde uma imagem de valor único pode ser 
necessária, o módulo INITIAL é mais comumente utilizado para criar uma 
imagem em branco inicializada com zeros para outros módulos de entrada de 
dados operarem sobre ela. Os parâmetros do novo arquivo, como número de 
linhas e colunas, coordenadas de referência e tudo mais, podem ser 
introduzidos interativamente ou podem ser copiados de uma imagem existente. 
 
SUBMENU SURFACE INTERPOLATION 
O submenu de interpolação de superfícies contém seis módulos que podem ser 
usados para criar superfícies de atributos de pontos e linhas. 
 
 
 
 
 
 
3
 Os módulos ASSIGN e EDIT já foram comentados anteriormente. 
40 
 
 
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Módulo INTERCON 
O módulo INTERCON interpola uma superfície de um grupo de linhas 
digitalizadas. Este módulo foi desenvolvido especificamente para fazer a 
criação de modelos de elevação digital de maneira mais fácil. Para a 
interpolação, começa-se com a digitalização dos contornos. Então os contornos 
do vetor são rasterizados (com o uso do INITIAL e LINERAS). O cuidado 
precisa ser exercitado para que os contornos que interceptam a borda da 
imagem raster seja feita de maneira exata. O módulo INTERCON é rodado no 
arquivo de linha rasterizado para produzir o modelo interpolado. Finalmente, se 
apresenta muito comum rodar sobre a imagem resultante o módulo FILTER 
para suavizar a superfície (usando o filtro da média) visto que o procedimento 
de interpolação linear tende a criar uma superfície ligeiramente facetada. 
 
 
 
Módulo TIN E TINSURF 
TIN cria uma rede de triângulos irregulares a partir dos dados de pontos. Os 
dados de entrada pontos verdadeiros do terreno ou dados em isolinhas. No 
último caso, os vértices das linhas são usados na triangulação. O módulo TIN 
oferece as oopções de constranger a rede de triângulos irregulares e otimizar a 
rede de triângulos irregulares para aspectos conhecidos como bordas em ponte 
e em túnel. TINSURF usa a rede de triângulos irregulares e os dados de 
atributo dos pontos originais para interpolar um modelo de superfície totalmente 
rasteirizado. Selecionando a opção de criar a superfície raster na caixa de 
diálogo TIN irá automaticamente ativar a caixa de diálogo TINSURF. 
 
41 
 
 
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3. Exercícios de aprendizagem 
3.1. Exercício 1 – visualização de mapas 
Através do comando DISPLAY LAUNCHER ( ), pode-se visualizar 
diferentes mapas: 
- LANDUSE (mapa de ocupação do solo), utilizar a tabela de cores IDRISI 
16. 
- AFFAOSOL (mapa com uma classificação dos tipos de solo – Continente 
Africano), utilizar a tabela de cores IDRISI 256. 
- BRAZILFC (Imagem do satélite Landsat em falsa cor Red (vermelho), 
Green (verde), Blue (azul) / MSS 5,4,7 – Porto Novo, Brasil), utilizar a tabela 
de cores COMPOSIT). 
3.1.1. Visualização de mapas com elevação do terreno / mapas de 
relevo (DEM - Digital Elevation Model – Modelo Digital do 
Terreno) 
Estes tipos de mapas podem ser visualizados de duas formas: 
 
a) Num plano de duas dimensões, como se a superfície estivesse a ser 
visualizada na vertical (de cima). 
• DRELIEF (mapa com a elevação do terreno / mapa do relevo – Planalto 
de Dirol, Mauritanea), utilizar a tabela de cores IDRISI 256. 
• NJOLODEM (mapa do relevo – Malawi), utilizar a tabela de cores IDRISI 
256. 
b) Numa perspectiva a três dimensões, utilizando a opção ORTHO ( ). Esta 
opção possibilita a visualização da imagem com os dados de elevação e é 
mostrada em perspectiva. Ainda se pode juntar uma segunda imagem 
(optativa) que se chama de imagem de cobertura (DRAP IMAGE), pois vai 
42 
 
 
Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
cobrir os dados de elevação. Pode ser, por exemplo, uma imagem de 
satélite ou um mapa de cobertura do solo. Para sobrepor esta imagem, 
basta selecionar a opção DRAP IMAGE e selecionar o nome da imagem. 
 
Exemplo: 
 
Execute a opção ORTHO e especifique o nome da imagem, NJOLODEM (DEM 
para a região Njolomole no Malawi). Indicar que se deseja uma drap image 
NJOLOFC (imagem em falsa de cor – satélite SPOT). Pode-se mudar a direçãode observação para outro ângulo e escolher a palheta de cores Color 
Composit (8 bits). 
Pode-se alterar o fator de exagero vertical: um intervalo útil varia entre 0.5 a 
2.0. 
 
3.2. Exercício 2 – composição de mapas 
 
Neste exercício, pretende-se explorar o processo de composição de mapas 
com vários tipos de informação e a forma como podem ser gravadas, 
possibilitando a sua impressão em papel e posterior análise. 
 
a) Visualizar a imagem WESTBORO (uso do solo em Westboro em 1985), 
através do comando DISPLAY LAUNCHER ( ). Use a palheta de cores 
já definida com o mesmo nome, WESTBORO. Na janela correspondente ao 
comando DISPLAY LAUNCHER ( ), especificar que se deseja legenda e 
um título. 
 
b) Adicionar arquivos em formato vetorial utilizando a janela Composer, opção 
Add Layer, WESTLULC usando a palheta de símbolos Padrão. Este 
arquivo é constituído pelos limites dos polígonos para fornecer um limite 
mais nítido para o mapa. 
 
c) Escolha a opção Map Properties. Com esta opção, podem-se adicionar 
outros componentes ao mapa: -Título, -Texto, Escalas; Seta do Norte e 
Logotipo. Todas estes componentes podem tornar-se visíveis juntamente 
com o mapa e podem ser alteradas algumas das suas características, como 
a cor, o tipo de letra, a sua localização, a dimensão, etc.. 
 
d) Em seguida, selecionar Add Layer e adicionar o arquivo vetorial 
WESTSTRM, que corresponde hidrografia, escolhendo na opção user-
defined a palheta BLUE. 
 
e) Selecionando a mesma opção Add Layer, adicionar mais um nível de 
informação, isto é, mais um arquivo em formato vetorial que corresponde às 
estradas. Para facilitar a visualização das estradas, aplica-se um truque, 
onde se cria um estilo de linha que não está definido no diretório do IDRISI 
(Symbol Workshop). Para tal, fez-se uma cópia do arquivo em formato 
vetorial das estradas, WESTRDS e WESTRDS2. Para visualizar estes dois 
arquivos, adiciona-se o primeiro escolhendo como palheta BLACKMASK 
(linha com maior espessura de cor preta) e o segundo com WHITE (linha 
43 
 
 
Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
fina de cor branca). Com este truque, conseguem-se visualizar, de uma 
forma clara, as estradas. 
 
f) Após arrumar todos os elementos adicionais ao mapa, a composição está 
pronta, podendo proceder-se à sua gravação, usando a opção Save 
Composition. Escolhe-se a sub-opção adequada para gravar esta 
composição, Salvar composição como Arquivo MAP(Save composition 
to MAP file), e dá-se o nome de WESTMAP. Assim, este mapa fica 
gravado e pode ser visualizado posteriormente. 
 
g) Após fechar a janela do mapa, este pode-se visualizar utilizando o comando 
DISPLAY LAUNCHER ( ), escolhendo neste caso a opção Composição 
de Mapa (Map Composition File) como o tipo de arquivo que se quer 
visualizar e escolhe-se WESTMAP. Assim, vê-se a composição do mapa 
exatamente igual à que foi gravada com o respectivo nome. 
 
Note que o processo de composição de mapas pode ser posteriormente 
alterado, pois todos os níveis de informação estão indicados em 
COMPOSIÇÃO (COMPOSER). As componentes utilizadas podem ser movidas 
e também podem ser escondidas. Para esconder algum dos níveis de 
informação, clica-se sobre a caixa que está à esquerda do nome do arquivo em 
COMPOSIÇÃO (Composer), e este arquivo desaparece do mapa. Clicando de 
novo, o arquivo volta a aparecer. Isto pode facilitar a análise de um mapa. 
 
3.2.1. Modelação Cartográfica 
A modelação cartográfica é uma forma de resolver um problema em SIG, 
através de uma representação gráfica dos dados e dos procedimentos 
analíticos usados para se fazer o estudo. O seu objetivo é ajudar o usuário a 
organizar e estruturar os procedimentos que serão usados no estudo e a 
identificar os dados necessários para completá-los. Este método é apresentado 
como um fluxograma. 
Os dados existentes (dados de entrada) podem já estar na forma digital ou 
podem estar na forma de papel ou tabelas que necessitam de ser digitalizados. 
 
 
 
44 
 
 
Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
3.3. Exercício 3 
 
Uma região da Mauritânia, ao longo do rio Senegal está sujeita às inundações 
periódicas todos os anos durante a estação das chuvas. Como a região 
normalmente é muito seca, os agricultores locais praticam o que é conhecido 
por agricultura sazonal, cultivando as áreas inundadas, após o escoamento das 
águas. Foi proposto um projeto para construir uma represa ao longo da 
margem norte do rio. A intenção é que as águas da enchente entrem nesta 
área, como é hábito, mas que a represa possa retê-las por mais tempo, 
permitindo assim que um volume maior de água penetre no solo. 
 
Adicionalmente à maior disponibilidade de água, o tipo de solo é uma 
consideração importante na agricultura sazonal do sorgo, já que alguns solos 
retêm melhor a umidade do que outros e também porque alguns solos são 
mais férteis do que outros. Na área em estudo, só os solos argilosos são 
apropriados para este tipo de agricultura. 
 
Objetivo do exercício: Cartografar e determinar a superfície (em hectares) de 
todas as áreas contidas na região normal de inundação que possuem solos 
particularmente adequados para o cultivo sazonal do sorgo. Sabe-se que a 
cota normal de inundação é de 9 metros. 
 
Na determinação de como proceder com o projeto da barragem, os 
engenheiros querem saber qual será o impacto provável do mesmo. Uma 
informação importante é a área total (em hectares) de solos próprios ao cultivo 
de sorgo. No caso de grande parte da área inundada for constituída por solos 
impróprios, o incremento esperado na produção de sorgo será mínima, tendo-
se que encontrar outro local. Em contrapartida, se grande parte da área for 
constituída por solos argilosos, então o projeto poderia resultar em um grande 
impacto na produção de sorgo. 
 
Dados de entrada: 
• Mapa de relevo (Modelo digital do terreno) – DRELIEF- Visualizar com a 
tabela de cores IDRISI 16 
• Mapa com os diferentes tipos de solo – DSOILS- Visualizar com a tabela 
de cores Qualitativa 16 
a) Construa o modelo cartográfico para a resolução deste problema. 
 
1º passo 
• Para o mapa do relevo, será necessário diferenciar as áreas que são 
inundadas. 
• Para o mapa com os tipos de solos, tem que se identificar e diferenciar 
as áreas que correspondem a solos argilosos. 
2º passo 
• Combinar os dois tipos de informação e encontrar a área que satisfaz as 
duas condições (área inundada e de solo argiloso). 
3º passo 
• Cálculo da área (ha) com aptidão para o cultivo do sorgo. 
 
 
45 
 
 
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1º passo 
b) Como já se sabe que a área é inundada até a cota de 9 m, pretende-se 
individualizar esta área e eliminar a área com cota superior a 9 m. Para 
obter uma imagem com estas características, utiliza-se o comando 
RECLASS (ANALYSYS - ANÁLISE / CONSULTA AO BANCO DE DADOS 
– DATABASE QUERY) – este módulo permite a reclassificação de uma 
imagem ou a atribuição de novos valores aos pixels de uma imagem. 
Neste comando é necessário indicar a imagem em que se pretende 
reclassificar os valores – DRELIEF e atribuir um nome à imagem que vai 
resultar, AINUND. Deve-se especificar que o tipo de arquivo é uma imagem 
(image) e que o tipo de classificação é definida pelo usuário (user-defined). 
Feito isto, devemos definir a reclassificação, conforme a necessidade do 
projeto: 
Atribuir um novo valor Assign a new value of): 1 a todos os valores 
Desde (To all values from): 0 
Até imediatamente inferiores a (To just less than): 9 
 
Para definir a outra classe, nestecaso, a classe que vai eliminar as áreas 
que não tem interesse para a resolução do problema (área com altitude 
superior a 9 m), faz-se: 
 
Atribuir um novo valor Assign a new value of): 0 a todos os valores 
Desde (To all values from): 9 
Até imediatamente inferiores a (To just less than): 9999999 
 
O valor de 9999999 é indicado como valor máximo, porque é superior a 
qualquer valor da imagem, logo todos os pixels com valores acima de 9 vão 
ficar com valor 0. 
 
 
c) Examine a imagem resultante do item anterior. Veja que a mesma é uma 
imagem Booleana, isto é tem apenas como valores 1 e 0, onde o valor 1 
representa as áreas que satisfazem a condição (áreas inundadas) e o valor 
0 representa as áreas que não satisfazem a condição. 
 
d) Agora, pretendemos fazer o mesmo processo, mas para a imagem que 
possui os tipos de solo, DSOILS, isto é, obter uma imagem Booleana, 
onde o valor 1 define os solos argilosos e o valor 0 os restantes tipos de 
solos. Visualize a imagem DSOILS, utilizando a tabela de cores 
QUALITATIVE, e, utilizando o Cursor Inquiry Mode ( ), interrogue a 
imagem, de modo a saber qual o atributo que corresponde a solos 
argilosos (Clays). Qual é o atributo que define a classe de solos argilosos? 
_____( X). 
 
e) 1 – Utilizando novamente o comando RECLASS, pode-se obter uma 
imagem booleana com a área correspondente a solos argilosos com o valor 
1 e as restantes 0: 
Atribuir um novo valor: 0 
A todos os valores desde: 0 
Até imediatamente inferiores a : X 
46 
 
 
Pós-Graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental – Geoprocessamento aplicado ao Meio Ambiente II 
 
 
Atribuir um novo valor: 1 
A todos os valores desde: X 
Até imediatamente inferiores a : X 
 
Atribuir um novo valor: 0 
A todos os valores desde: X+1 
Até imediatamente inferiores a : 999 
 
Atribui-se um nome à imagem booleana resultante de SARGIL1. 
 
2 – O comando RECLASS é o mais utilizado, mas em certos casos pode ser 
um processo lento para a reclassificação das imagens. Em certos casos, 
podemos usar um procedimento bem mais rápido chamado ASSIGN 
(ANALYSYS - ANÁLISE / CONSULTA AO BANCO DE DADOS – DATABASE 
QUERY) para obter o mesmo resultado. Utilizando o comando ASSIGN, a 
imagem deve ter números inteiros e para o RECLASS podem-se ter imagens 
em valores reais. A principal diferença entre estes dois comandos é que, no 
caso do RECLASS, os valores não mencionados ficam com os valores 
originais, isto é, não são alterados, para o ASSIGN os valores não 
mencionados passam a ser zero. 
 
Para se fazer a mesma operação indicada acima, mas desta vez com o 
comando ASSIGN é necessário criar um arquivo de texto ASCII com duas 
colunas, no qual a primeira define os valores das classes existentes na imagem 
e a segunda coluna define os valores a serem atribuídos às respectivas classes 
na imagem final. Pode-se criar este arquivo através do comando EDITAR – 
EDIT (ANALYSYS - ANÁLISE / CONSULTA AO BANCO DE DADOS – 
DATABASE QUERY), onde se define o tipo do arquivo, atribui-se um nome, 
SOLOS, e define-se o tipo de valores (Inteiro), clicando a seguir OK. 
 
ARQUIVO no comando EDIT 
 X 1 
 
Assim, apenas se indica que o valor que corresponde a solos argilosos, deve 
ser nomeado no novo arquivo como 1 e os valores restantes passam 
automaticamente a valerem 0. Salva-se o arquivo (Salve). Lembre-se de salvá-
lo como arquivo de atributos. Agora, seleciona-se o comando ASSIGN e define-
se o nome da imagem, DSOILS, o arquivo de atributos definido, SOLOS, e, por 
fim, atribui-se um nome à imagem resultante, SARGIL2. Verifica-se que o 
resultados é igual ao obtido com o RECLASS. 
 
2º passo 
• Combinar os dois tipos de informação e encontrar a área que satisfaz as 
duas condições (área inundada e de solo argiloso). 
 
f) Neste passo, pretende-se combinar as duas imagens booleanas, AINUND e 
SARGIL1 ou SARGIL2. A forma de combinar estas duas imagens é através da 
operação de multiplicação: 
 
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 AINUND SARGIL 
0 x 0 = 0 
0 x 1 = 0 
1 x 0 = 0 
1 x 1 = 1 
Obtemos, assim, a área comum nas duas imagens,isto é, a área com o valor 1 
para as duas condições simultaneamente. 
 
Para se fazer esta operação, utiliza-se o comando OVERLAY (ANALYSYS - 
ANÁLISE / CONSULTA AO BANCO DE DADOS – DATABASE QUERY), 
onde se define o nome da 1ª imagem e o nome da 2ª imagem que vai entrar na 
operação, que neste caso é uma multiplicação (interseção) (opção primeira * 
Segunda), e atribui-se um nome ao resultado, INARG. 
 
3º passo 
• Cálculo da área (ha) com aptidão para o cultivo do sorgo. 
 
g) Para a execução do projeto, deve-se ter a área em hectares apropriada à 
plantação de sorgo. Logo, tem que se proceder ao calculo da área, através 
do comando AREA (ANALYSYS - ANÁLISE / CONSULTA AO BANCO DE 
DADOS – DATABASE QUERY). Mais uma vez define-se a imagem sobre a 
qual se pretende calcular a área, INARG, e o nome para a imagem 
resultante, SORGO, e em que unidades queremos a área (Hectares). 
 
h) Analise a imagem resultante e diga quantos hectares tem a área de 
inundação em solos argilosos? Qual o significado da outra área? Qual será 
o ganho para os produtores de sorgo? 
 
3.3.1. Modelo cartográfico - Exercício 3 
 
 
48 
 
 
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4. Modelação Cartográfica em Sistemas de Informação 
Geográfica (Operadores de Distância e de Contexto) 
Os operadores de distância calculam distâncias a partir de um objeto. No caso 
do IDRISI for Windows, a distância é calculada sobre arquivos em formato 
raster, assim a distância é calculada a partir de pixels, cujo valor é diferente do 
valor que define o fundo da imagem. O tipo de distância calculado para análise 
no exercício seguinte é a distância Euclidiana. Os módulos de distância que 
serão utilizados para este tipo de calculo é o DISTANCE (calcula a distância a 
partir de um determinado objeto até ao limite da imagem) e BUFFER (calcula a 
distância a partir de um determinado objeto, mas é o usuário que define o valor 
da distância em metros). 
Os operadores de contexto determinam o novo valor de um pixel, baseado no 
valor dos pixels envolventes. O módulo GROUP (identifica e atribui um valor 
diferente a grupos de pixels contíguos) e o módulo SURFACE (permite o 
calculo da declividade do terreno a partir de uma imagem com as altitudes, isto 
é, de um modelo digital do terreno) são os operadores de contexto utilizados no 
exercício seguinte. 
 
4.1. Exercício 4 
Pretende-se encontrar uma área para construir uma fábrica de manufaturados 
leves em uma região. A companhia industrial está preocupada com alguns 
parâmetros que devem ser observados devido ao plano diretor da cidade: 
primeiro que a área escolhida esteja em local plano (com declives inferiores a 
3º) e que seja uma área continua de pelo menos 10 hectares. Tem-se a 
informação de que nenhuma obra deverá ocorrer a menos de 200 m de 
qualquer reservatório de água. Adicionalmente é necessário considerar que 
nem todo o terreno está disponível para essa obra, mas sim apenas a área 
coberta de floresta. 
 
Características impostas para a área adequada ao desenvolvimento: 
� área com declive inferior a 3º 
� áreas a mais de 200 m dos reservatórios de água 
� área atualmente coberta por floresta 
� área contínua superior a 10 há 
 
1º passo 
Determinar as áreas com declive inferior a 3º. 
2º passo 
Determinar as áreas afastadas mais de 200 m dos reservatórios de água. 
3º passo 
Determinar áreas cobertas por floresta. 
4º passo 
Combinar as três condições anteriores e encontrar uma área maior do que10 
hectares. 
 
Dados de entrada: 
- Modelo digital do terreno (RELIEF) 
- Mapa de uso do solo (LANDUSE) 
 
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a) Construa o modelo cartográfico para a resolução deste exercício, isto é, para 
a obtenção da área adequada à referida construção; 
 
b) Para se familiarizar com a área de estudo deste exercício, execute ORTHO 
( ) com a imagem de relevo RELIEF e como imagem de cobertura 
LANDUSE (com a tabela de cores personalizada, LANDUSE). Aceitar o 
nome de ORTHOTMP e escolha a opção de Legenda; 
 
Analisando a área, verifica-se que a mesma é dominada por um tipo de floresta 
e apresenta uma topografia ondulada. 
 
Ainda com a imagem em três dimensões, visualize (DISPLAY) a imagem 
LANDUSE com a mesma tabela de cores personalizada (LANDUSE). Assim, 
pode-se comparar a diferença entre as duas formas de visualização a 3 e 2 
dimensões. 
 
Para a resolução do 1º passo – determinar as áreas que tem declives 
inferiores a 3º –, procede-se da seguinte forma: 
 
c) Visualize a imagem do relevo, RELIEF, com a tabela de cores IDRISI256 e a 
opção de autoescalonamento. Examine os valores das altitudes. No Idrisi 
for Windows, com uma imagem com as altitudes (isolinhas – curvas de 
nível), facilmente se obtém uma imagem com os declives, através do menu 
TOPOGRAPHIC VARIABLES (ANALISYS/ SURFACE ANALYSIS). Este 
módulo também pode ser usado para calcular a orientação das encostas e 
a maneira pela qual a luz do sol iluminaria a superfície considerando-se 
uma posição específica do Sol. 
Para o presente caso, para calcular os declives, utilizamos a opção SLOPE 
(declive). Atribui-se um nome à imagem de saída, SLOPES, e seleciona-se a 
opção para os cálculos se realizarem em Graus. 
 
d) Visualize a imagem resultante da alínea anterior, SLOPES, e verifique que 
os valores dos pixels representam o declive em graus. Com esta imagem, 
pretende-se extrair a área que tem declive inferior a 3º. Usando o 
comando RECLASS (GIS ANALYSIS / DATABASE QUERY), obtém-se 
uma imagem Booleana, com o valor 1 atribuído a todas as áreas com 
declives inferiores a 3º. Chame a esta imagem SLOPEBL. 
Atribuir um novo valor: 1 
a todos os valores desde: 0 
até imediatamente inferiores a : 3 
 
Atribuir um novo valor: 0 
a todos os valores desde: 3 
até imediatamente inferiores a : 999 
 
e) Para o 2º passo, necessita-se, primeiro, de identificar o atributo que 
representa os reservatórios (reservoirs) para posteriormente calcular-se a 
distância. Visualize a imagem LANDUSE, com a tabela de cores LANDUSE. 
Interrogue a imagem para saber qual o atributo que representa os 
reservatórios, qual é esse atributo ______(X)? 
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Determine uma imagem Booleana, onde apenas os reservatórios se 
apresentam com o valor 1 e todos os outros tipos de uso do solo iguais a 0, tal 
como anteriormente utilizando o RECLASS ou ASSIGN, dando o nome de 
RESERV. 
 
f) Com a imagem RESERV, vamos então calcular a distância de 200 m exigida. 
Para tal, utiliza-se o módulo DISTANCE (GIS ANALYSIS/DISTANCE 
OPERATORS), que vai calcular uma nova imagem na qual o valor 
armazenado em cada pixel é a menor distância entre ela e o objeto mais 
próximo neste caso os pixels que representam os reservatórios. Chame a 
imagem resultante de RESDIST. 
 
g) Visualize a imagem resultante – RESDIST e verifique que a distância varia 
continuamente a partir dos pixels com o valor 1. 
 
1- Mais uma vez reclassifique esta imagem (RESDIST) de modo a obter as 
áreas com distância igual ou superior a 200 m e eliminar as áreas cuja 
distância é inferior a 200 m. Sempre utilizando o comando RECLASS. 
Chame a esta imagem DISTBL. 
 
Atribuir um novo valor: 0 
a todos os valores desde: 0 
até imediatamente inferiores a : 200 
 
Atribuir um novo valor: 1 
a todos os valores desde: 200 
até imediatamente inferiores a : 10000 
 
2- Outra forma de fazer estas duas últimas operações de calcular a distância e 
de reclassificar, pode-se fazer apenas com o comando BUFFER (GIS 
ANALYSIS/DISTANCE OPERATORS). Calcule de novo esta última 
imagem, mas desta vez com este comando. Em Feature image, seleccione 
o nome da imagem RESERV, criada anteriormente, Atribua o nome 
BUFFERBL à imagem resultante, defina a largura do buffer (Buffer Width) 
que neste caso é de 200 m. Para obtermos uma imagem semelhante à 
obtida com o comando DISTANCE e RECLASS, isto é, as áreas inferiores a 
200 m e superior a 1, tem que se alterar o valor nas três opções do 
BUFFER, ficando: 
 
Value for target area in output image (valor da área a partir da qual se 
calcula a distância): 0 
Value for buffer zone in output image (valor da área que corresponde ao 
buffer aplicado): 0 
Value for non-buffer areas in output image (valor das áreas que não foram 
abrangidas pelo buffer):1 
 
Se aceitarmos os valores que estão definidos por padrão, obtêm-se uma 
imagem onde as áreas a partir das quais se calcula o buffer com o valor de 1, 
as áreas do buffer com o valor de 2 e as áreas do buffer com o valor 0, o que 
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neste caso não era apropriado, pois o que se quer preservar são as áreas não 
abrangidas pelo buffer, ou seja, as áreas cuja distância aos reservatórios são 
iguais ou superiores a 200 m. 
 
h) No 3º passo, pretende-se obter a área ocupada por florestas. Visualize de 
novo a imagem com as classes de ocupação do solo (LANDUSE) e mais 
uma vez com a tabela de cores (LANDUSE) e legenda, e identifique os 
valores que representam os dois tipos de florestas: ______(X – Decid. 
Forest) e______(Y – Conif. Forest). 
 
i) Sabendo os valores de florestas, mais uma vez pretende-se extrair essas 
áreas e eliminar as áreas dos tipos de ocupação do solo restantes, 
utilizando o comando RECLASS ou ASSIGN (GIS ANALYSIS / 
DATABASE QUERY). À imagem resultante, atribua o nome FLORESTBL, 
que é mais uma vez uma imagem booleana, onde o valor 1 representa as 
áreas de floresta e o valor 0 as áreas de não floresta. 
 
A condição que falta ser atendida é que os locais aptos devem ter área igual ou 
superior a 10 hectares. Até agora, não temos nenhum sítio para o qual 
possamos calcular a área, temos, sim, três imagens booleanas separadas, 
SLOPES, DISTBL (ou BUFFERBL) e FLOREST. O próximo passo é combinar 
as três imagens de modo a encontrar a área comum, isto é, obter uma imagem 
que satisfaça os três critérios exigidos. 
 
j) Utilizando o comando OVERLAY (GIS ANALYSIS / DATABASE QUERY), 
combinam-se as três imagens por multiplicação (First * Second). Como são 
três imagens, têm-se que combinar duas (DECL3 com RES200) e produzir 
um resultado intermédio, TMP, e depois combinar esta imagem com a que 
falta (TMP com FLOREST) e chamar ao resultado final COMBINED. 
 
k) Analisando a imagem resultante da combinação (COMBINED), verifica-se 
que existem várias áreas potenciais para a construção da fábrica. O que 
falta calcular é a área em hectares, para verificar quais as áreas que 
atendem a exigência de área mínima de 10 hectares. Ao aplicarmos o 
comando AREA (GIS ANALYSIS/CONSULTA AO BANCO DE DADOS), 
calcula-se a área em hectares para todas as áreas em conjunto, mas ainda 
não se consegue saber o valor da área para cada uma individualmente. 
Assim, primeiro, aplica-se o comando GROUP (ANALISE/OPERADORES 
DE CONTEXTO), que dá atributos diferentes às áreas que estão 
individualizadas, o que possibilita o calculo da área para cada área 
separadamente. Utilizando-se o comando GROUP, define-se como imagem 
de entrada a imagem resultante da combinação, COMBINED,