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Epilepsia – tópicos importantes Tem que ter no mínimo duas crises pra dar dx. Definindo crise: Amnamnese: Pct estava sentanda e sentiu um mal estar inexplicável e sentiu que ia cair pro lado, após isso não lembra mais nada. Crise de olho aberto, com liberação esfincteriana. Ideal é fazer a anamnese junto com alguém que presenciou a crise. Exame físico: Hemangiomas, assimetria de face, função cognitiva. Tipos de crise: Focal, generalizada, e focal secundariamente generalizada. Crises focais: (Mais comuns no adulto) Obs.: O DESVIO CEFÁLICO É IPSILATERAL E A VERSÃO CEFÁLICA É CONTRALATERAL. Pode ser sem ou com comprometimento de consciência. Aura: Sintoma subjetivo que precede as crises com comprometimento da consciência. São estereotipadas (sempre da mesma forma). Aura da epilepsia do lobo temporal: Mal estar epigástrico, retroesternal (“sensação ruim no estômago”). Aura psíquica: Sensação de medo (Crianças) EEG, exame compl mais importante da epilepsia EEG pode vir normal. Interferência de cabelo, pele, osso, etc. Na dúvida pode fazer vídeo EEG. Crises generalizadas: (Mais comuns na infância) Crise mioclonica: aquela sensação de que tá caindo, um pouco antes de dormir mas que dá quando tá acordado. Crise de ausência: parada comportamental, piscamento. EEG com 3 ciclos por segundo. Desencadeada por hiperventilação. Crise tônico-clônica: aquela crise clássica. Consequencia comum é luxações em ombro, fratura de vertebra. Sídromes Epilépticas: Epilepsia do lobo temporal (EMT): Síndrome epiléptica mais comum no adulto. Refrataria ao tratamento por isso tem indicação cirúrgica.RNM: Esclerose mesial temporal. Epilepsia mioclônica juvenil: Benignia, remissão completa. Síndrome de West: Espasmos infantis + retardo no desenvolvimento + hipsarritmia. Síndrome de lennox-Gastaut: início antes dos 8 anos de idade, sexo masculino. Atonias e ausência. Evolução da síndrome de West. O primeiro exame realizado na emergência é a TC Se a crise for causada, por hipoglicemia por exemplo, trata-se a causa. Foto estimulação, hiperventilação, privação do sono e grande stress são desencadeadores e não causadores. Fatores de risco: Eclampsia, infecções, hipóxia, malformações, acidentes vasculares. Investigação necessária: Hemograma, Glicemia, Eletrólitos, Uréia, Creatinina, Líquor apenas se sinais de infecção nmo SNC, EEG e neuroimagem (TC primeiramente) se suspeitar de EMT faz RNM. EEG: Principal exame complementar Objetivo: Apontar lesões focais, predizer recorrências e determinar tipo específico de crise. Realizado em vigília, sonolência e sono. 70% das pessoas com crises tem EEG normal. Tratamento: Quando iniciar? Sempre nas crises recorrentes e em crises únicas quando houver uma lesão epiletogênica identificada. Quando suspender o tto? Após 1-5 anos de controle clínico (?). Drogas antiepiléticas: Primeira ordem: quanto mais aumenta a dose mais aumenta o nível sérico. Ordem zero: Aumentando a dose não necessariamente aumenta nível sérico. Fenitoína. Se for usar tem que monitorar com laboratório. Fenitoína nas crises generalizadas é proscrita! Crise generalizada: Ácido valpróico. Efeitos colaterais: Erupção cutânea, síndrome de Stevens-johnson, necrólise epidérmica tóxica. Tratamento na gestante: Todas as drogas antiepilépticas são teratogênicas e alteram a maioria dos anticoncepcionais. Anticoncepcional de escolha é o DIU de mirena. Maior risco de crises na gravidez. Necessário dosar nível sérico antes da gravidez. Lamotrigina tem decréscimo de 50%, precisa ser monitorada. Carbamazepina dá menos malformação fetal. Pct com vontade de engravidar, iniciar carba ou lamotrigina. EVITAR POLITERAPIA! Oxcarbamazepina, fenitoína e lamotrigina NÃO DEVEM SER TROCADOS. Crise febril Tanto no final quanto no início do quadro febril. Relacionado com a velocidade de aumento da temperatura. Fator de risco: História familiar, aumento rápido de temp. Tratamento intermitente: (crises frequentes) Antitérmico Droga antiepiláptica (Diazepam) Banho em temp. ambiente. Tratamento contínuo: Fenobarbital (Escolha) Ácido Valpróico (<2 anos) Estado de mal epiléptico Crise que dura mais de 5 minutos ou crises repetidas sem recuperação plena da consciência. Principal causa é a não adesão ao tratamento. Tratamento: ABCDE, Posição confortável, decúbito lateral, monitorar sinais vitais, dois acessos venosos, aqueles exames supracitados, rastrear infecções, neuroimagem (a menos q já seja um epilético que não tomou medicação) e EEG. Soroglicosado + tiamina; Lorazepam IV (primeira escolha) + fenitoína. Coma barbitúrico: Pentobarbital, tiopental sódico. EME ausência: Ác. Valpróico é primeira opção, mas não tem no ES então faz Fenobarbital.
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