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StuDocu is not sponsored or endorsed by any college or university Resumo Epilepsia Neurologia (Universidade de Fortaleza) StuDocu is not sponsored or endorsed by any college or university Resumo Epilepsia Neurologia (Universidade de Fortaleza) Downloaded by Medfimes T1 (medfimest1@gmail.com) lOMoARcPSD|9654991 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-epilepsia https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-de-fortaleza/neurologia/resumo-epilepsia/4543140?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-epilepsia https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-de-fortaleza/neurologia/3609125?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-epilepsia https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-epilepsia https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-de-fortaleza/neurologia/resumo-epilepsia/4543140?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-epilepsia https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-de-fortaleza/neurologia/3609125?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-epilepsia M32 – DISTÚRBIOS SENSORIAIS, MOTORES E DA CONSCIÊNCIA GT2 – EPILEPSIA Mariana B. DEFINIÇÃO O tecido nervoso pode ser compreendido, de modo extremamente simplificado, como um sistema eletroquímico com capacidade inerente de gerar, em condições patológicas, atividade elétrica anormal que, ao decorrer de modo sustentado, pode manifestar-se clinicamente como uma crise epilética. Epilepsia é uma doença crônica caracterizada por predisposição à ocorrência de crises espontâneas. O paciente deve apresentar, pelo menos, duas crises espontâneas, sem evidência de desencadeantes agudos de crises epiléticas, ou uma crise espontânea associada à evidência de predisposição à ocorrência de crises espontâneas. Segundo a ILAE, a epilepsia é definida como uma desordem cerebral caracterizada pela predisposição persistente, que leva ao aparecimento de crises epiléticas e a consequências neurobiológicas, cognitivas e psicossociais. CONCEITOS Crise epilética: expressão clínica decorrente de descarga anormal e excessiva do tecido cerebral; Crise sintomática aguda ou crise provocada: crise epilética decorrente de uma causa imediata identificada, como distúrbio metabólico, intoxicação exógena, abstinência de drogas sedativas ou dano neurológico agudo; Crise única ou isolada: uma ou mais crises que recorrem no período de 24 horas. Pode corresponder à uma crise aguda sintomática ou à primeira manifestação de epilepsia. Epilepsia: doença neurológica caracterizada por ocorrência de crises espontâneas recorrentes. OBS.: Convulsão é um termo popular, ambíguo e não oficial, usado para significar atividade motora substancial durante uma crise. Tal atividade pode ser tônica, clônica, mioclônica ou tônico-clônica. Em algumas línguas, convulsões e crises são consideradas sinônimos e o componente motor não é claro. A palavra “convulsão” não faz parte da classificação de crises da ILAE de 2017, mas sem dúvida persistirá no uso popular. EPIDEMIOLOGIA A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comum. A probabilidade de um indivíduo apresentar uma crise epilética ao longo da vida é estimada entre 5 a 10%. Crises isoladas são ainda mais comuns. A incidência cumulativa para toda a vida de crises é cerca de 9 a 11%. Aproximadamente uma em cada dez pessoas apresentará, em algum momento da vida, uma crise epilética. A maioria dos pacientes que apresenta a primeira crise epilética não tem epilepsia. Identifica-se, em cerca de 25% das crises, um fator causal desencadeante. A epilepsia pode manifestar-se em qualquer fase da vida. Nos países industrializados observam-se dois picos de incidência: no primeiro ano de vida (decorrente de processos pré, peri e pós-natais) e após a sétima década de vida (decorrente, entre outros de doenças neurológicas degenerativas e lesões vasculares). A incidência e a prevalência da epilepsia na faixa etária acima dos 70 anos é duas a três vezes maior que na infância. CLASSIFICAÇÃO As crises epiléticas são inicialmente categorizadas por tipo de início. Crises de início focal: são definidas como iniciadas em redes neurais limitadas a um hemisfério. Elas podem ser bem localizadas ou mais difusamente distribuídas. Também podem originar-se em estruturas subcorticais. Downloaded by Medfimes T1 (medfimest1@gmail.com) lOMoARcPSD|9654991 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-epilepsia Crises de início generalizado: são definidas como crises iniciadas em algum local de uma rede neuronal com rápido envolvimento de redes distribuídas bilateralmente. Crise de início desconhecido: ainda pode apresentar algumas evidências que a define como crise com características motoras ou não motora. Com informações adicionais e observação de crises futuras, a reclassificação delas em crises de início focal ou generalizado pode ser possível. OBS.: A manifestação mais precoce é a que define o tipo de crise, que pode, na sequência, progredir para outros tipos de crise. O próximo nível de classificação das crises focais é de acordo com a percepção, a qual é operacionalmente definida como conhecimento de si mesmo e do ambiente. A avaliação da percepção é um marcador substituto programático usado para determinar se o nível de consciência está ou não afetado. É uma descrição opcional e aplicada somente quando é conhecido. Crise focal perceptiva: a consciência estará intacta. Crise focal disperceptiva ou com comprometimento da percepção: a percepção do evento está comprometida em qualquer parte da crise. OBS.: Percepção especificamente refere-se à consciência durante a crise, e não ao fato de o paciente ter ou não percebido a ocorrência da crise. Ela pode estar comprometida sem que o paciente esteja totalmente inconsciente. OBS.: Responsividade é um atributo clínico separado que pode estar tanto intacta ou afetada em crises com ou sem comprometimento da percepção. Apesar de ela ser um importante aspecto descritivo das crises, ela não é utilizada na classificação ILAE. As crises de início generalizado são divididas em crises motoras e não motoras (ausência). O grau de percepção não é utilizado como classificador para as crises generalizadas, já que a maioria das crises generalizadas, embora não todas, estarem associadas a alteração da mesma. Crises de ausência: apresentam-se com súbita parada da atividade e da percepção. Tendem a ocorrer em indivíduos jovens. Seu início e final são mais abruptos e, geralmente, são acompanhadas de automatismos menos complexos do que aqueles observados nas crises focais com comprometimento da percepção, no entanto a distinção não é absoluta. Informação eletroencefalográfica pode ser necessária para uma classificação acurada. Atividade epileptiforme focal está associada a crises focais e espícula-onda lenta bilateral e síncrona pode ser vista nas crises de ausência. CRISES DE INÍCIO FOCAL Comportamentos no início da crise motora incluem as seguintes atividades: atônica (perda de tônus focal), tônica (contratura focal sustentada), clônica (abalos rítmicos focais), mioclônica (abalos focais breves e irregulares) ou espasmos epilépticos (flexão e extensão dos braços e flexão do tronco). A distinção entre clônica e mioclônica é arbitrária, mas clônica implica em abalos mantidos, estereotipados e ocorrendo de forma regular; enquanto que mioclônico é menos regular e mais breve. Outros comportamentos focais menosóbvios incluem atividade Downloaded by Medfimes T1 (medfimest1@gmail.com) lOMoARcPSD|9654991 hipercinética (movimentos bruscos de membros) e automatismos. Um automatismo é uma atividade motora repetitiva, mais ou menos coordenada, mas sem objetivo. Uma crise motora focal com parada comportamental envolve a parada do movimento e arresponsividade. Já que uma parada comportamental breve no início de muitas crises é comum e de difícil identificação, uma crise focal com parada comportamental deve incluir crises que tenham a parada comportamental como a característica predominante durante toda a crise. Crises focais autonômicas apresentam-se com sensações gastrointestinais, sensação de calor e frio, rubor, piloereção (arrepio), palpitação, excitação sexual, alterações respiratórias ou outras alterações autonômicas. Crises focais cognitivas podem ser identificadas quando o paciente reporta ou exibe déficits de linguagem, pensamento ou outras funções corticais superiores durante a crise e quando estes sintomas prevalecem sobre outras manifestações ictais. Déjà vu, jamais vu, alucinações, ilusões ou pensamento forçado são exemplos de fenômenos cognitivos induzidos anormais. Crises focais emocionais apresentam-se com alterações emocionais, incluindo medo, ansiedade, agitação, paranoia, prazer, felicidade, êxtase, risos (gelástica) ou choro (dacrística). Alguns deste fenômenos são subjetivos e precisam ser lembrados pelo paciente ou cuidador. Os sintomas emocionais incluem um componente subjetivo; enquanto que sinais afetivos podem ou não ser acompanhados por emoção subjetiva. Comprometimento da percepção para eventos durante a crise não classifica a crise como focal cognitiva, pois o comprometimento da percepção pode ser aplicada a qualquer crise focal. Uma crise focal sensorial pode produzir sensações somatossensitivas, olfatórias, visuais (lobo occipital), auditivas, gustatórias, sensação de quente e frio ou vestibulares. CRISES DE INÍCIO GENERALIZADO A principal subdivisão é entre tipos de crise motoras e não motoras (ausências). A fase clônica da crise tônico-clônica tipicamente apresenta um redução regular na frequência dos abalos no decorrer do curso do evento. Durante um crise tônico-clônica, a percepção é alterada antes dos movimentos de contração e dos abalos. Algumas crises tônico-clônicas podem ser precedidas por sentimento inespecífico de uma crise prestes a acontecer ou por um curto período de versão cefálica ou de membros, nenhum dos quais invalida o início generalizado, já que o processo biológico nunca exibe uma sincronia perfeita. O clínico deve julgar se houve ou não um início verdadeiramente focal. Crises clônicas generalizadas começam, progridem e terminam com abalos rítmicos e sustentados de ambos os membros em ambos os lados do corpo e frequentemente na cabeça, pescoço, face e tronco. Crises clônicas generalizadas são menos comuns que as crises tônico-clônicas, e geralmente ocorrem em crianças e devem ser diferenciadas dos eventos não epilépticos de agitação e do tremor. Pode ser difícil diferenciar atividade tônica de postura distônica, definida como contração sustentada de ambos os músculos agonistas e antagonistas produzindo movimentos atetóides ou de torção, que quando prolongados podem produzir posturas anormais. Crises mioclônicas generalizadas podem ocorrer de forma isolada ou em conjunto com atividade tônica e atônica. Mioclonia difere de crise clônica por ser mais breve e irregular. O sintoma mioclonia pode ter etiologia epiléptica ou não epiléptica. Crises generalizadas mioclono-tônico-clônicas iniciam com alguns abalos mioclônicos seguidos de atividade tônico- clônica. Estas crises são frequentemente vistas em pacientes com epilepsia mioclônica juvenil e ocasionalmente associadas a outras epilepsias generalizadas. É discutível se os abalos iniciais seriam mioclônicos ou clônicos, mas eles são raramente suficientemente sustentados para serem considerados clônicos. É uma crise simétrica e costuma ser breve. Uma crise mioclono-atônica envolve breves abalos dos membros e tronco, seguidos por queda. Estas crises, previamente chamadas de crises mioclono- astáticas, são mais frequentemente vistas na síndrome de Doose, mas podem também ser vistas na síndrome de Lennox-Gastaut e outras síndromes. Downloaded by Medfimes T1 (medfimest1@gmail.com) lOMoARcPSD|9654991 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-epilepsia Atônica significa sem tônus. Quando o tônus das pernas é perdido durante uma crise generalizada atônica, o paciente cai ao solo de nádegas ou as vezes cai para frente sobre a face e joelhos. A recuperação ocorre em segundos. Ao contrário, as crises tônico-clônicas ou tônicas geralmente propulsionam o paciente para trás; portanto, o paciente cai de costas. Espasmos epilépticos eram previamente conhecidos como espasmos infantis e esse termo continua adequado para espasmos ocorrendo na lactância. Um espasmo epiléptico apresenta-se como uma flexão, uma extensão ou um movimento misto de flexão-extensão súbitos dos músculos predominantemente proximais e do tronco. Eles usualmente ocorrem em grupos e são mais frequentes durante a infância. Os tipos de crises generalizadas não motoras compreendem alguns tipos de crises de ausência. Crise de ausência eram consideradas atípicas quando eram associadas a mudanças de tônus mais pronunciadas que aquelas observadas nas crises de ausência típicas ou quando o início ou final não eram abruptos. Um EEG pode ser necessário para assegurar a distinção entre ausências típicas e atípicas. As crises de ausência mioclônicas referem-se a crises de ausência com movimentos mioclônicos rítmicos (3 por segundo), causando uma lenta abdução dos membros superiores, levando a elevação progressiva dos braços, associada a descargas de espícula-onda lenta generalizadas de 3 Hz. A duração é tipicamente de 10-60 segundos. O comprometimento da percepção pode não ser óbvia. Crises de ausência mioclônicas ocorrem em uma variedade de condições genéticas e em epilepsias com etiologias desconhecidas. Mioclonias palpebrais são abalos mioclônicos das pálpebras e desvio dos globos oculares para cima, frequentemente precipitados por fechamento ocular e pela luz. Mioclonias palpebrais podem estar associadas a ausências, mas também podem constituir uma manifestação de crises motoras não associadas a ausência, tornando-difícil sua categorização. Crise de ausência com mioclonias palpebrais, crises ou paroxismos eletroencefalográficos induzidos por fechamento ocular ou fotossensibilidade constituem a tríade da síndrome de Jeavons. ETIOPATOLOGIA ETIOLOGIAS Downloaded by Medfimes T1 (medfimest1@gmail.com) lOMoARcPSD|9654991 Os cinco grupos etiológicos são: estrutural, genético, infeccioso, metabólico e imune, bem como um grupo desconhecido. A epilepsia de um paciente pode ser classificada em mais de uma categoria etiológica. As categorias não são hierárquicas. Etiologia estrutural: refere-se a anormalidades visíveis em estudos de neuroimagem estrutural na qual a avaliação eletroclínica em conjunção com os achados de imagem levam à um grau razoável de inferência de que a anormalidade da imagem é, provavelmente, a causa das crises. Podem ser adquiridas como um AVC, trauma e infecção, ou genéticas como várias malformações do desenvolvimento cortical. Etiologia genética: é o resultado direto de uma mutação genética conhecida na qual as crises epiléticas constituem o sintoma central da doença. A interferência pode ser baseada apenas em uma história familiar de uma doença autossômica dominante. Uma base molecular também pode ter sido identificada, podendo implicar um único gene ou variações no número de cópias com efeito maior. O exemplo mais bem conhecido é a Síndrome de Dravet, na qual mais de 80% dos pacientes têm uma mutação patogênicado gene SCN1A. Etiologia infecciosa: as crises resultam diretamente de uma infecção conhecida na qual as crises epiléticas são os sintomas principais da afecção. É a etiologia mais comum em todo o mundo. Exemplos comuns em regiões específicas do mundo incluem neurocisticercose, tuberculose, HIV, malária cerebral, panencefalite esclerosante subaguda, toxoplasmose cerebral, e infecções congênitas como pelo Zika vírus e citomegalovírus. Etiologia metabólica: epilepsia é o resultado direto de um distúrbio metabólico conhecido ou presumido no qual o sintoma central do distúrbio são as crises epiléticas. Causas metabólicas se referem a distúrbios metabólicos bem delineados com manifestações bioquímicas em todo o corpo como a porfiria, a uremia, as aminoacidopatias ou as crises por dependência de piridoxina. É provável que a grande maioria das epilepsias metabólicas terão uma base genética, mas algumas podem ser adquiridas tais como a deficiência cerebral de folato. Etiologia imune: resulta diretamente de um distúrbio imune no qual as crises são o sintoma central desta afecção. Pode ser conceituada quando há evidência de uma inflamação imuno-mediada no SNC. Exemplos incluem a encefalite anti-receptor NMDA e a encefalite anti-LGI1. Etiologia desconhecida: é a que a causa ainda não é conhecida. SÍNDROMES EPILÉTICAS Síndrome epiléptica é definida como um distúrbio epiléptico caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas que habitualmente ocorrem juntos. Esses sinais e sintomas podem ser clínicos (história clínica, tipos de crises, modos de ocorrência das crises e características neurológicas e psicológicas) ou detectados por exames complementares (eletroencefalograma [EEG], tomografia computadorizada [TC] e ressonância magnética [RM] do encéfalo). Downloaded by Medfimes T1 (medfimest1@gmail.com) lOMoARcPSD|9654991 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-epilepsia Epilepsia do lobo temporal mesial: embora a epilepsia do lobo temporal relacionada à esclerose mesial temporal (esclerose hipocampal) refratária tenha características relativamente estereotipadas que justificariam considerá-la uma “síndrome” – presença de evento precipitante inicial em 50% dos casos, intervalo latente, início de crises focais com comprometimento da consciência na 2a década da vida, intervalo silente e, então, crises refratárias associadas a déficit de memória material específico e transtornos psiquiátricos característicos (o mais comum é depressão) –, há ampla variação de manifestações, e os sinais clássicos da esclerose hipocampal podem ser observados até mesmo em indivíduos assintomáticos ou com amplo espectro de gravidade nas crises epilépticas, nas outras manifestações clínicas e eletrográficas e nos exames complementares. 90% fenômeno sensorial consciente (aura); reação de parada e fixação do olhar; automatismo simples, geralmente, tipo alimentares e motoras contralaterais; automatismos complexos. Tratamento: carbamazepina ou cirurgia. Crise febril: são relacionadas à idade e manifestam-se como crises convulsivas generalizadas associadas a doenças febris agudas. A maioria das crises febris é breve e não complicada (crises febris simples), mas algumas podem ser mais prolongadas e dimidiadas (crises febris complexas) e ser seguidas de sequelas neurológicas transitórias ou permanentes, como a síndrome de HHE. Há tendência para recorrência das crises febris em cerca de 1/3 dos afetados. As controvérsias relacionadas ao risco de desenvolvimento de epilepsia parecem ter sido resolvidas por algumas séries recentes com grande número de casos, que parecem estimar o risco em até 4%. A indicação para tratamento profilático prolongado com fármacos antiepilépticos (FAE) versus a recorrência de crises febris na maioria dos casos não se faz necessária. Essencialmente, essa condição é um distúrbio relativamente benigno da infância precoce. O termo epilepsia generalizada com crises febris plus (generalized epilepsy with febrile seizures plus – GEFS+) define crises febris que, diferentemente das crises febris típicas, se iniciam mais cedo, antes dos 6 meses de idade, são múltiplas e se apresentam além da idade de 5 anos, remitindo ao redor de 11 anos. As crianças afetadas também têm crises não febris, Downloaded by Medfimes T1 (medfimest1@gmail.com) lOMoARcPSD|9654991 geralmente generalizadas, crises tônico-clônicas generalizadas (TCG), ausências, mioclonias, crises atô- nicas ou mioclonoatônicas, além de crises parciais, as últimas presentes em menor número de pacientes. Epilepsia de ausência infantil: incluída no grupo de epilepsias generalizadas idiopáticas idade-relacionadas, ocorrendo em crianças normais na idade escolar (pico entre 5 e 6anos) e apresenta forte predisposição genética. Mais frequente em meninas, é caracterizada por ausências muito frequentes (picnolepsia). O EEG mostra complexos de espícula-onda de projeção difusa, bilateral, síncrona e relativamente simétrica, em geral ritmados a 3 Hz, e atividade de base normal. Na adolescência, podem surgir crises TCG. Caso contrário, as ausências podem remitir, ou ainda, mais raramente, persistir como único tipo de crise. Tratamento: Ácido Valpróico. Tratamento pode ser suspenso ao chegar na adolescência. OBS.: Epilepsia de ausência infantil x Epilepsia de ausência juvenil (tratamento para a vida toda). Epilepsia mioclonica juvenil (Síndrome de Janz): a epilepsia mioclônica juvenil inicia-se ao redor da puberdade e é caracterizada por abalos mioclônicos bilaterais, únicos ou repetitivos, arrítmicos, irregulares, predominando nos membros superiores. Os abalos podem ocasionar quedas súbitas e não cursam com perda de consciência. O distúrbio pode ser herdado e a distribuição entre os sexos é igual. Frequentemente, há crises TCG e, com menor frequência, crises de ausência. As crises costumam ocorrer logo após o despertar e ser precipitadas por privação de sono. No EEG interictal e ictal, há descargas de espícula-onda e polispícula-onda rápidas, generalizadas e irregulares; não há estreita associação de fase entre as espículas no EEG e os abalos mioclônicos. Frequentemente, há fotossensibilidade. A resposta a FAE apropriados é satisfatória. Tratamento de escolha: Ácido Valpróico. Tratamento deve durar a vida toda. FISIOPATOLOGIA Os mecanismos celulares da hiperexcitabilidade neuronal resultam de uma interação complexa entre os canais iônicos controlados por voltagem, que determinam a excitabilidade das membranas neuronais, e os neurotransmissores que administram a transmissão sináptica excitatória e inibitória através dos canais iônicos controlados por ligantes ou receptores metabotrópicos mediados pela proteína G. Os principais canais iônicos implicados na epilepsia incluem os canais de sódio, de potássio e de cálcio; cada um desses canais é alvo das terapias farmacológicas, sendo que as mutações em cada um deles influenciam as síndromes epiléticas. O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório, cuja ação é mediada através dos receptores ionotrópicos: ácido a-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazol propiônico (AMPA), cainato e N-metil-D-aspartato (NMDA) – e através dos receptores do glutamato metabotrópico (mGluRs). Outros neurotransmissores que têm alguma implicação na epilepsia incluem a acetilcolina e a adenosina. ABORDAGEM DIAGNÓSTICA ANAMNESE Inicialmente deve-se detalhar os eventos, caracterizando os sintomas iniciais e a sequência em que ocorrem. O paciente deve descrever os fenômenos conscientes da crise, enquanto acompanhantes que tenham presenciado o evento devem descrever os fenômenos ocorridos durante o período de arresponsividade. A anamnese cuidadosa geralmente permite diferenciaçãoentre crises focais e primariamente generalizadas na maioria dos casos. Nas crises focais, os sintomas iniciais indicam a região cortical inicialmente acometida pelas descargas e são fundamentais a para localização das áreas de início. Muitos pacientes não consideram estes sintomas como crises (referindo-os como auras ou “ameaços”) e tendem a não os valorizar pela pouca magnitude quando comparados a crises focais com perda de consciência ou crises TCG. Deve questionar-se ativamente a sensação visceral ascendente, descrita como sensação de opressão iniciada em abdome que ascende até o tórax e por vezes até o pescoço, muito características de crises originadas na porção mesial Downloaded by Medfimes T1 (medfimest1@gmail.com) lOMoARcPSD|9654991 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-epilepsia do lobo temporal. Taquicardia, sensação de medo e sintomas experienciais ou dismnésicos (déjà vu, jamais vu, despersonalização ou desrealização) são também comuns neste tipo de crise. Podem ocorrer alterações sensitivas como parestesias, alterações visuais, olfatórias, auditivas e gustatórias. Pacientes com crises focais associadas à perda de consciência descrevem inicialmente suas crises como “ausências” pelo fato não se lembrarem delas. Quando questionado, o acompanhante pode descrever olhar vago, automatismos manuais e mastigatórios. Nas crises focais motoras, pode ocorrer um fenômeno conhecido como marcha jacksoniana em que os movimentos clônicos iniciam- se na mão e, de forma progressiva, acometem o antebraço, o braço e a face, podendo evoluir com generalização secundária. Alterações motoras como abalos musculares repetitivos (clonias), posturas distônicas e tônicas assimétricas também devem ser caracterizados. O desencadeamento de crises pela hiperpneia e pelo estímulo luminoso é característico de crises de ausência e mioclonias, respectivamente. Crises TCG que ocorrem após o despertar, frequentemente associadas a mioclonias e desencadeadas por privação de sono e uso de álcool sugerem epilepsias generalizadas de início na adolescência, de etiologia genética ou provavelmente genéticas. Ocorrência de crises TCG durante o sono sugere crises de início focal. A duração das crises, especialmente as generalizadas é superestimado, pois os acompanhantes incluem também a duração do período pós-ictal. Dados como idade de início, estado cognitivo, antecedentes pré, peri e pós-natais, fatores desencadeantes, antecedentes neurológicos, clínicos e psiquiátricos, história familiar de epilepsia (incluindo tipo de crises) e resposta prévia a medicamentos (quando houver) são importantes para o diagnóstico do tipo de crise e etiológico da epilepsia. EXAME FÍSICO, NEUROLÓGICO E DO ESTADO MENTAL O exame deve incluir avaliação clínica completa, avaliação cardiovascular, seguido do exame neurológico completo. O retardo mental é um dos achados mais frequentes. Deve ser classificado em leve, moderado, grave ou profundo. Devem ser investigados sinais focais. Estigmas cutâneos podem sugerir doenças neurocutâneas. Dimorfismos podem indicar cromossomopatias. Hemissomatoatrofia pode sugerir doença hemisférica. Pacientes com epilepsia apresentam frequentemente queixas na esfera cognitiva (especialmente memória, linguagem, atenção e concentração). Comorbidades psiquiátricas (depressão, distúrbios ansiosos, transtornos psicóticos etc.) são mais frequentes em epilépticos que na população geral. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Downloaded by Medfimes T1 (medfimest1@gmail.com) lOMoARcPSD|9654991 SÍNCOPE Os ataques de síncope são imitações comuns de convulsões epiléticas, os quais se manifestam particularmente em pacientes mais idosos. Em indivíduos hipertensos, fatores como doença arterial coronariana (DAC), dor torácica e histórico familiar de morte súbita devem ser avaliados para verificar a possibilidade de doença cardíaca e o risco de morte súbita. A perda súbita de fluxo sanguíneo e de oxigênio para o cérebro é o mecanismo causativo da perda de tônus postural e chega a provocar “desmaios”. Normalmente, as pessoas recebem um alerta de sensação de desfalecimento ou de obscurecimento auditivo ou visual, e permanecem desligadas durante alguns segundos, com recuperação rápida se tiverem condições de deitar e permitir a perfusão no cérebro. Esses indivíduos poderão apresentar diaforese ou uma aparência pálida antes do ocorrido. Os eventos ocorridos após um tempo prolongado na posição de pé ou sentado, depois de exercícios físicos ou em ambientes muito quentes, depois de tossir ou no quadro de dor nociva que se assemelha a um estímulo favorecem fortemente o diagnóstico de síncope, ao passo que, se forem seguidos de mordida na língua, incontinência urinária, cianose, giro da cabeça ou déjà-vu, favorecem o diagnóstico de convulsão epilética. Com frequência, os eventos relacionados à síncope são acompanhados de movimentos “convulsivos” ou mioclônicos conhecidos por síncope “convulsiva”, ainda que não tenham origem epilética. Nos casos de síncope recorrente, os exames completos devem incluir ECG, monitoramento de Holter, radiografia do tórax, ecocardiografia e encaminhamento para um cardiologista. Os eventos de síncope capturados no EEG têm a aparência clássica com a cessação do exame, apresentando, em seguida, uma lentificação delta de alta voltagem seguida de supressão generalizada. TRATAMENTO CONDUTA INICIAL NA CRISE EPILÉPTICA ÚNICA No atendimento de emergência, é fundamental que a conduta médica seja guiada por um processo diagnóstico estruturado, visando à intervenção terapêutica eficaz. A conduta farmacológica com medicação antiepiléptica é reservada para casos selecionados, uma vez que a maioria das crises são autolimitadas. A conduta inicial para pacientes epilépticos é: 1. Estabilização clínica; Downloaded by Medfimes T1 (medfimest1@gmail.com) lOMoARcPSD|9654991 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-epilepsia 2. Exame clínico geral, incluindo parâmetros hemodinâmicos, temperatura, glicemia capilar e saturação de O2. 3. Exame neurológico com pesquisa de sinais meníngeos, exame de fundo de olho e pesquisa de achados neurológicos focais; 4. Realização de exames laboratoriais para afastar os principais distúrbios hidroeletrolíticos relacionados a crises agudas sintomáticas: glicemia, ureia, creatinina, sódio, cálcio, fósforo e magnésios séricos, hemograma e gasometria arterial. Em pacientes previamente epiléticos, pode ser útil a dosagem dos níveis séricos das drogas antiepiléticas; 5. Eletrocardiograma e enzimas cardíacas; 6. Averiguar efeitos de drogas e abstinência; 7. Obter dados de história sobre lesão neurológica prévia ou epilepsia; 8. Em pacientes epilépticos, obter dados sobre as medicações de que faz uso e eventual não adesão ao tratamento; 9. Exame de neuroimagem craniano; 10. Exame do líquido cefalorraquidiano, fundamental nos casos suspeitos de meningite ou encefalite e em casos que a etiologia não foi elucidada; 11. Investigação de foco infeccioso suspeito. CONDUTA FARMACOLÓGICA NA CRISE EPILÉPTICA ÚNICA O objetivo do uso de drogas antiepilépticas é cessar uma crise prolongada e prevenir recorrência de outras. Crises sintomáticas agudas: Drogas antiepilépticas são, em geral, pouco eficazes no controle de crises epilépticas agudas sintomáticas decorrentes de distúrbios metabólicos. Nestes casos, o melhor tratamento é a correção da causa da crise. Geralmente, não se inicia um tratamento com drogas antiepilépticas nessa situação. Não se deve administrar benzodiazepínicos se a crise já tiver cessado e o paciente estiver no período pós-ictal. Neste contexto, o emprego de benzodiazepínicosnão tem indicação e pode acentuar a depressão do SNC, prolongando o período de recuperação do nível de consciência ou acentuando o quadro confusional. Além disso, os benzodiazepínicos têm duração de efeito curto, não sendo drogas eficazes para a prevenção de recorrência de crises. Essas drogas devem ser reservadas para casos em que se caracterize estado de mal epiléptico, em crises com duração superior a 5 minutos. No caso de crises agudas sintomáticas secundárias a lesões neurológicas agudas, habitualmente se empregam drogas antiepilépticas na prevenção de recorrência. A droga mais empregada é a fenitoína, por não ser sedativa e ser passível de administração endovenosa em dose de ataque, permitindo rápido início de ação. Recomenda-se a manutenção da medicação antiepiléptica durante toda a fase aguda e habitualmente procede-se a retirada a partir da 12ª semana. Outras opções de drogas de ataque endovenoso incluem o valproato de sódio, o levetiracetam e a lacosamida. Crise única (excluída crise aguda sintomática): A maior parte dos pacientes com crise única na emergência não apresentará recorrência. Logo, a introdução de drogas antiepilépticas não está indicada na maioria dos casos. A utilização em paciente com crise isolada está restrita àqueles casos em que há alto risco de recorrência. Para uma conduta adequada, portanto, deve ser feita uma estratificação do risco de recorrências. Para isso são necessários os resultados de dois exames: Neuroimagem (RM de crânio – preferível, quando disponível – ou tomografia computadorizada de crânio) e EEG (nem sempre disponível no setor de emergência). Caso ambos os exames estejam normais, o risco de recorrência é de aproximadamente 30%, elevado nos primeiros meses após a crise e declinando progressivamente. Quando ambos os exames estão anormais o risco de recorrência chega a 70%. Downloaded by Medfimes T1 (medfimest1@gmail.com) lOMoARcPSD|9654991 A decisão de se iniciar tratamento crônico com medicação antiepiléptica deve ser discutida com o paciente, ponderando o risco de recorrência e o impacto de uma nova crise. Assim, mesmo com um risco baixo de recorrência pode-se iniciar profilaxia com droga antiepiléptica em paciente cujo impacto de uma nova crise seja muito grande. Pacientes com crise única de etiologia não esclarecida idealmente não devem receber alta hospitalar até que se tenha dados completos de investigação que forneçam subsídios para decidir sobre a introdução ou não de medicação antiepiléptica. Em caso de alta, o paciente deve ser encaminhado para investigação ambulatorial o mais brevemente possível, uma vez que a maioria das recorrências ocorre precocemente. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DAS EPILEPSIAS De modo geral, está indicado o tratamento crônico com drogas antiepilépticas após a ocorrência de uma segunda crise não epiléptica espontânea. O tratamento medicamentoso baseia-se na escolha de droga eficaz para o tratamento do(s) tipo(s) de crise apresentado pelo paciente. O tratamento inicial deve ser feito com uma única droga antiepiléptica (monoterapia) em doses eficazes. A escolha da droga inicial deve levar em conta a eficácia da droga para o(s) tipo(s) de crise apresentado e fatores relacionados ao paciente (tolerabilidade, comodidade posológica, potencial interação medicamentosa com outras drogas, como anticoncepcionais orais, desejo de engravidar, facilidade em adquirir o medicamento). A medicação deve ser iniciada em doses baixas e deve ser ajustada até que se obtenha controle completo das crises ou até que sobrevenham efeitos colaterais (dose máxima tolerada). Epilepsias focais: A seleção da droga de escolha deve ser individualizada, levando-se em conta não apenas a eficácia da droga contra crises focais, mas também características individuais do paciente e tolerabilidade. As drogas mais comumente empregadas em monoterapia são a carbamazepina, a fenitoína, a oxcarbazepina, a lamotrigina e o levetiracetam. O fenobarbital tem sido menos empregado devido aos efeitos colaterais na esfera cognitiva. Nas epilepsias focais de origem genética (ou provavelmente genética), nem sempre é necessário o tratamento medicamentoso, pois em muitos casos as crises são raras e ocorrem apenas de modo esporádico. Quando necessário, pode ser introduzida droga eficaz para a crises focais. Ocasionalmente, pode ocorrer piora clínica e eletrográfica das epilepsias focais genéticas com o uso de carbamazepina ou oxcarbazepina. Epilepsias generalizadas: Nas epilepsias generalizadas genéticas (ou provavelmente genéticas) da infância e da adolescência e epilepsias generalizadas de causa estrutural-metabólica ou de causa desconhecida, o valproato (ou divalproato) de sódio é a droga de escolha pela eficácia em múltiplos tipos de crise, embora efeitos colaterais e potencial teratogênico limitem o uso, especialmente em mulheres em idade fértil. Nas epilepsias que se manifestam apenas por crises de ausência, pode-se empregar a etossuximida, ou, alternativamente, a lamotrigina (menor eficácia). Nas epilepsias com crises TCG, podem ser empregados a lamotrigina, o topiramato, o levetiracetam ou a zonisamida (não disponível no Brasil). Os benzodiazepínicos podem ser empregados como drogas auxiliares, em terapêutica de associação. Downloaded by Medfimes T1 (medfimest1@gmail.com) lOMoARcPSD|9654991 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-epilepsia As epilepsias generalizadas de origem genética (ou provavelmente genética) podem ser agravadas pelo uso de carbamazepina, oxcarbazepina, gabapentina, vigabatrina, pregabalina e, em menor grau, de fenitoína. Estas drogas são contraindicadas ou devem ser usadas com extrema cautela neste grupo de epilepsias. As epilepsias generalizadas sintomáticas têm alto índice de refratariedade ao tratamento clínico, geralmente sendo necessário associação de drogas. OBS.: A cirurgia de epilepsia pode ser uma opção de tratamento quando a epilepsia é considerada refratária. Downloaded by Medfimes T1 (medfimest1@gmail.com) lOMoARcPSD|9654991 TRATAMENTO DO ESTADO DE MAL EPILÉTICO Estado de mal epilético (EME) é o evento clínico caracterizado por crises epilépticas prolongadas (30 minutos ou mais) ou repetitivas sem recuperação da consciência entre as crises, determinando uma condição epiléptica fixa e duradoura. É uma intercorrência clínica, associada à agressão ao SNC, aguda e grave, de alta mortalidade (10 a 15%). Qualquer tipo de crise epilética pode ocorrer na forma de EME. O atendimento deve ser rápido e eficiente. OBS.: Paciente de 60 kg Hidantal: 50mg/ml (250ml/5ml) 1200 mg ————— x 250 mg ————— 1 X = 4,8 = 4 ampolas + 4 ml REFERÊNCIAS 1. Martins, Mílton de Arruda; et al. Clínica Médica. Volume 6: Doenças dos Olhos, Doenças dos Ouvidos, Nariz e Garganta, Neurologia e Transtornos Mentais. 2ª Edição. Manole. 2016. Downloaded by Medfimes T1 (medfimest1@gmail.com) lOMoARcPSD|9654991 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-epilepsia Capítulo 8: Epilepsia. 2. Manual de Instrução para a Classificação das Crises da ILAE. 2017. 3. Dwortzky, Barbara; Lee, Jong Woo. Epilepsia e Transtornos Relacionados. MedicinaNET. 2016. Downloaded by Medfimes T1 (medfimest1@gmail.com) lOMoARcPSD|9654991
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