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Geologia Histórica Aula 01 semestre 2017-1 04/08/2017 0800051 Área II – Evolução Fanerozoica • • • O Éon Fanerozoico é marcado pela unidade temporal onde há a ocorrência ampla e irrestrita de vida macroscópica no planeta. Inicialmente, quando esta denominação foi proposta, acreditava-se que o início do Fanerozoico (idade mais recente = 541 Ma) realmente marcava o aparecimento da vida no planeta. Atualmente, é consolidado o fato de que a vida (em termos de microorganismos) é bastante antiga na Terra, com os registros mais antigos apontando para idades em torno de até 3,8 Ga (organismos extremófilos e cianobactérias de estromatólitos Eoarqueano!). Sabe-se que o Fanerozoico representa apenas a “explosão” e a irradiação da vida visível (phaneros), em termos de organismos macroscópicos. • O Éon Fanerozoico, por sua vez, divide-se em três grandes eras: Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica. O início do Paleozoico (541-252 Ma) é marcado por uma grande explosão e diversidade no surgimento dos animais multicelulares, e inclui o surgimento de vários grupos animais dominantes, como as primeiras conchas, peixes, anfíbios, répteis, plantas terrestres e grandes árvores primitivas. O seu fim é marcado por um grande evento de extinção em massa, conhecido como a extinção Permo-Triássica, reconhecida como o maior destes eventos na história da Terra (extinção de aprox. 90% das espécies marinhas). O Mesozoico (252-66 Ma) é popularmente reconhecido como a época de domínio e expansão de grandes animais, como os dinossauros, porém também marca o surgimento das primeiras aves e mamíferos, além das plantas com flores. O seu fim é novamente marcado por outro evento de extinção (“extinção dos dinossauros”), provocada provavelmente pelo impacto de um corpo meteorítico na península de Yucatán, há aprox. 65 Ma (limite K-T – camadas ricas em irídio) A última e mais recente unidade do Fanerozoico é a era Cenozoica (< 66 Ma), também conhecida informalmente por idade dos mamíferos, devido à grande expansão deste grupo animal, após a extinção dos dinossauros. • Delimitação atual: 541-485 Ma; Limite antigo – 570 Ma Nomeado devido a Cambria, variante romana para o nome celta utilizado para denominar Wales (País de Gales); Limite Neoproterozoico – Cambriano ainda é enigmático: - transição abrupta com aparecimento de registros fósseis com esqueleto (organismos biomineralizadores), extremamente abundantes, após a fauna de Ediacara; - abundantes icnofósseis em sucessões sedimentares ao redor do globo; AGGLUTINATION OF GONDWANA • Fim do Ediacarano Início do Cambriano: maior expansão do Oceano Iapetus (precursor do Oceano Atlântico, quanto à disposição espacial) • Posterior fechamento, com preservação de sequências ofiolíticas Evolução Biológica: - Organismos biomineralizadores (invertebrados com carapaças), cordados primitivos (conodontes); - Aumento de O² livre na atmosfera; - Explosão da vida multicelular marinha; - Surgem os primeiros organismos com simetria bilateral (medusas, corais e esponjas, com simetria radial); - Grupo dominante: trilobitas – “Cambriano - Idade dos Trilobitas.” - Espongiários Arqueociatídeos: formam os recifes típicos do Cambriano; - Surgimento dos bivalves e gastrópodos, crinóides, peixes cartilaginosos (agnatos) - mais antigos vertebrados!; • • • Fauna Chengjiang Idade: Cambriano Inferior (aprox. 520 Ma); Dominantemente artrópodes. Localização: China - indica a natureza global do fenômeno de diversificação dos organismos multicelulares no Cambriano Inferior; - Mais de 70 espécies: • 30 espécies de artrópodes; • 20 espécies de esponjas; • mais antigos cordados; • alguns grupos de afinidades desconhecidas (inexistência de análogos atuais). Opabinia regalis Anomalocaris Anomalocaris Priapulídeos Lobópodes Haikouella Brachiopodas • Fauna do Folhelho de Burgess Mais diversificada fauna marinha: “explosão cambriana” Principais Ocorrências: Burgess Shale - Canadá; Idade: Cambriano Inferior (505 Ma). Hallucigenia sp. Anomalocaris sp. Opabinia • Burgess Shale Opabinia. Opabinia Hallucigenia Península de Burin New Foundland Canadá Grant Bank Head Section Chapel Island Formation - Base do Cambriano - Indicado possível marca de pouso de trilobita. Icnofósseis abundantes Cambriano na América do Sul e no Brasil: ciclo Brasiliano tardio... Até aproximadamente 500-450 Ma? • No RS: Bacia do Camaquã Final do Neoproterozoico até o Ordoviciano (Fm. Superiores)!
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