Buscar

Sintese 6

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Adriano Cunha - Síntese 6	
 Sabe-se que a dinâmica de formação dos supercontinentes ainda não possui consenso, mas alguns modelos foram criados e são utilizados com certa frequência. Assim, em muitos modelos existe a repetição de um determinado processo: superplumas e super-downwellings. Li et al (2019), postula dois processos de formação para supercontinentes: o primeiro, extroversão e o segundo, introversão. No processo de extroversão, como no supercontinente 320-170 Ma Pangea, um enorme manto é criado através de um processo de superresurgência. Um superoceano sofre subducção e toda a massa de terra se junta dando forma ao supercontinente. Já no processo de introversão que originou o supercontinente 900–700 Ma Rodinia, o qual foi um supercontinente que abrangia grande parte da porção continental da Terra e possibilitou que suas margens continentais fossem o berço dos animais mais antigos, a formação dos supercontinentes é mais branda. Ao redor do continente que está separado, existe um oceano onde ocorrem fenômenos de subducção. Com isso, o oceano se extingue e as massas de terra se unem gerando um supercontinente cercado por águas. Sendo assim, um ponto que diferencia o processo de extroversão do processo de introversão é a subducção do oceano no primeiro e subducção da placa oceânica no segundo. Fala-se sobre esses dois continentes para explicitar como a dinâmica terrestre é cíclica, e através de seus longos e inúmeros processos têm modificado nossa crosta terrestre, mais especificamente o que hoje conhecemos como continentes. Alexandre de Oliveira Chaves propõe uma nova configuração para Columbia 1.75 Ga, supercontinente anterior à Pangeia. Para tal, ele tratou Columbia como um quebra-cabeça, e a partir de demais áreas de conhecimento, realocou as peças. Por exemplo, utilizou dados como idade geológica dos diques máficos, que são rochas formadas a partir do manto da Terra, e o estudo paleomagnético, que se baseia nas latitudes dessas peças em relação ao passado. Desta forma, seguindo esse critério sobre qual posição cada peça ocupava, ele realocou todas e, assim, montou o Columbia, o mais antigo supercontinente conhecido. Soa como algo corriqueiro e muito simples, mas todo o trabalho teve início há pelo menos 20 anos atrás, e representa um conhecimento de grande utilidade para geologia econômica, por exemplo. Porque facilitará a compreensão de possíveis prospecção de jazidas de minérios em determinadas áreas, especialmente em cadeias de montanhas. Retomando o conceito do processo de formação dos oceanos, no caso do Columbia, tem-se processo de extroversão. Desencadeia-se, neste processo, “a atividade de grandes províncias ígneas (LIP) e, eventualmente, iniciando a dissolução do supercontinente (Zhang et al., 2018)”. Comparou-se os supercontinentes Pangeia e Rodínia para perceber que que existe semelhança no registro de LIP continental associado à atividade da pluma do manto. Assim, “foi gradualmente reconhecido que houve eventos cíclicos de montagem e desmembramento do supercontinente (Nance et al., 2014).” Assim, com correlação de dados e compreensão dos processos cíclicos da Terra, Columbia recebe melhores resultados para sua interpretação e reconstrução. Sendo assim, um supercontinente, anterior ao famoso Pangeia, de extrema importância para a história da Terra.

Continue navegando