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PRINCIPAIS PRAGAS E DOENÇAS DO EUCALIPTO

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INSTITUTO TECNOLÓGICO DO ESTADO DO PARÁ - ITEP
CURSO: TÉCNICO EM FLORESTA
DISCIPLINA: MANUTENÇÃO DE HORTAS, FLORESTAS E RESERVAS BIOLÓGICAS
PRINCIPAIS PRAGAS E DOENÇAS DO EUCALIPTO
Professora: Tatiane Severo Silva
Engª. Agrônoma
Dom Eliseu
2017
ORGANISMOS PRAGA
São organismos que competem direta ou indiretamente com o homem por alimento, matéria prima ou prejudicam a saúde e o bem-estar do homem e animais. 
PERDAS POR PRAGAS
Danos diretos (estruturas que serão comercializadas);
Danos indiretos (atacam partes das plantas que não serão comercializadas).
PRINCIPAIS ORDENS DE INSETOS PRAGAS
Lepidoptera: lagartas
Orthoptera: grilos, gafanhatos
Coleóptera: besouros
Hymenoptera: formigas
Hemiptera: cigarras, cigarrinhas cochonilhas, pulgão
Hemiptera heteroptera: percevejos
Isoptera: cupins
Thysanoptera: tripes
Díptera: moscas
Coleóptera
Hymenoptera
Hemiptera
Lepidoptera
Díptera
Isoptera
Hemiptera
Thysanoptera
Hemiptera
Hemiptera
CONCEITO DE PRAGAS
Convencional: Um organismo é considerado praga, quando é constatada sua presença no agroecossistema.
Do ponto de vista do manejo integrado de pragas (MIP): Um organismo só é considerado praga quando causa danos econômicos.
NÍVEL DE DANO ECONÔMICO ND
Corresponde a densidade populacional do organismo praga na qual ele causa prejuízos de igual valor ao custo de seu controle.
Tipos de pragas 
Praga direta: Ataca diretamente a parte comercializada. (cupins no eucalipto);
 
Praga indireta: Ataca uma parte da planta que afeta indiretamente a parte comercializada. (formigas cortadeiras);
De acordo com sua importância 
Organismos não-praga: São aqueles que sua densidade populacional nunca atinge o nível de controle.
Ponto de equiíbrio (PE) ou Nível de equilíbrio: densidade populacional média do organismo ao longo do tempo). 
ND = Nível de dano 
Organismos não-praga
De acordo com sua importância
Pragas ocasionais ou secundárias: São aquelas que raramente atingem o nível de controle;
Exemplo: ácaros na cultura do café.
Pragas ocasionais ou secundárias
De acordo com sua importância
Pragas chaves: São aqueles organismos que frequentemente ou sempre atingem o nível de controle. 
Esta praga constitui o ponto chave no estabelecimento de sistema de manejo das pragas, as quais são geralmente controladas quando se combate a praga chave. 
Pragas chaves
Pragas frequentes: São organismos que frequentemente atingem o nível de controle.
 Exemplo: cigarrinha verde (Empoasca kraemeri Ross & Moore, 1958) em feijoeiro.
Pragas frequentes
Pragas Chaves
Pragas severas: São organismos cuja parte de equilíbrio é maior que o nível de controle, isto é, Densidade populacional média sempre acima do NDE.
Exemplo: formigas saúvas (Atta spp.) em eucalipto.
Pragas severas
Consequências do ataque de pragas às plantas 
Injúrias;
Lesões;
 Alterações deletérias causadas nos órgãos ou tecidos das plantas 
Prejuízos das pragas 
Queda na produção agrícola e florestal causada por pragas;
Dano das pragas agrícolas: Prejuízos causado por organismos fitófagos com densidade populacional acima do nível de dano econômico.
Fatores favoráveis à ocorrência de pragas 
Descaso pelas medidas de controle; 
Plantio de variedades suscetíveis ao ataque das pragas;
Diminuição da diversidade de plantas nos agroecossistemas (o plantio de monoculturas favorecem as populações das espécies fitófagas e diminui as populações dos inimigos naturais das pragas);
Falta de rotação de culturas.
Fatores favoráveis à ocorrência de pragas 
Adubação desequilibrada (as plantas mal nutridas são mais susceptíveis ao ataque de pragas);
 Uso inadequado de praguicidas (uso de dosagem, produto, época de aplicação e metodologia inadequados). 
 Danos
Devoram completamente o limbo foliar
Redução do crescimento
Menor produção de biomassa
Morte
 Monitoramento de lepidópteros desfolhadores
Armadilhas luminosas, a cada 15 dias
Média > 100 adultos/armadilha (situação de risco)
Média > 3000 adultos/armadilha (surto)
LAGARTAS-DESFOLHADORAS-DO-EUCALIPTO
 Controles
Mecânico: catação manual, destruição de posturas;
Físico: armadilhas luminosas;
Biológico: 
Deopalpus sp., Patelloa sp. e Euphorocera sp. Dipteros parasitam ovos.
Podsus sp. - Predadores
Dipel – Bacillus Thuringiensis
Químico
Decis 25 CE – deltametrina
LAGARTAS-DESFOLHADORAS-DO-EUCALIPTO
LAGARTAS-DESFOLHADORAS-DO-EUCALIPTO
LAGARTAS-DESFOLHADORAS-DO-EUCALIPTO
LAGARTAS-DESFOLHADORAS-DO-EUCALIPTO
Danificam plantios jovens, devido à migração dos adultos das plantas nativas.
As larvas desenvolvem-se no solo 
Os adultos são besouros de coloração parda-amarelada-brilhante, pequenos, com
medida em torno de 5-6 mm de comprimento, alimentam-se das folhas de eucalipto.
BESOURO AMARELO - Costalimaita ferruginea vulgata (Coleoptera: Crysomelidae)
BESOURO AMARELO - Costalimaita ferruginea vulgata (Coleoptera: Crysomelidae)
 Danos
Os adultos alimentam-se das folhas, deixando-as perfuradas;
Os ataques são mais severos em áreas próximas a canaviais, em razão das larvas se desenvolverem em raízes de gramíneas.
Controle químico
Descrição: Os adultos apresentam coloração geral castanho escura, tegumento brilhante com granulação grossa e densa. 
As larvas apresentam no abdome três faixas verdes escuras e têm o comprimento médio de 9,2 a 11,3 mm. 
Gorgulho-do-Eucalipto – Gonipterus scutellatus (Coleoptera: Curculionidae)
 Dano: 
causa desfolha durante os estágios larval e adulto;
Ao alimentar-se do broto principal provoca malformações do fuste redução da altura da planta em torno de 30% de crescimento bianual. 
Gorgulho-do-Eucalipto – Gonipterus scutellatus (Coleoptera: Curculionidae)
Originário da Austrália e atualmente encontra-se na Europa, África e América do sul;
se cria em troncos ou em árvores mortas ou muito estressadas por doenças e, principalmente, por longos períodos de estiagem
ataca árvores novas, especialmente em épocas de seca.
Broca-do-Eucalipto – Phorocantha semipunctata (Coleoptera: Cerambycidae)
Danos
Larvas constroem galerias, debilitando o funcionamento fisiológico da planta, diminuindo seu crescimento, reduzindo a qualidade da madeira;
Controle
Eliminar árvores mortas e atacadas
Controle biológico:
 introdução de fungos B. bassiana;
Parasitóides de pupas e larvas Helcostizus rufiscutum
Parasitóides de ovos Aventianella longoi
Parasitóides de larvas.
Broca-do-Eucalipto – Phorocantha semipunctata (Coleoptera: Cerambycidae)
Psilídeo-de-concha – Glycaspis brimblecombei (Hemiptera: Psyllidae)
Originário da Austrália
No Brasil, primeira ocorrência em 2003, em São Paulo, infestandohíbridos de E. grandis x E. urophylla (E. urograndis).
Psilídeo-de-concha – Glycaspis brimblecombei (Hemiptera: Psyllidae)
Danos
Plantios com até 2 anos de idade e nos períodos secos e frios;
Deformação das folhas, reduzindo a área foliar e a atividade fotossintética;
Em altas populações causam desfolhamento.
Psilídeo-de-concha – Glycaspis brimblecombei (Hemiptera: Psyllidae)
Controle biológico
Parasitóide Psyllaephagus bliteus (Hymenoptera: Encyrtidae
Controle químico
Em teste
Formigas cortadeiras
Acromyrmex
Atta
Em reflorestamento os prejuízos são de grande importância, pois um formigueiro necessita de mil quilos de folhas verdes por ano para sua manutenção.
Em Florestas de Eucaliptos, essa quantidade corresponde a 86 árvores adultas. 
Controle: 
Pó seco (K-Otrine 10 g/m2) 
Gás (Bromex 4-5 ml/m2) 
Formigas cortadeiras
Termunebulização (Sumifog, Atamig, Decisfog e K-Otrine 4 ml/m2) 
Iscas Granuladas Lakree, Formilin, Mirex-S Blitz, Atta Mex, Atta Plus 10 g/m2)
Formigas cortadeiras
Cupins
Os cupins são insetos sociais polimórficos;
Que constroem seus ninhos, chamados cupinzeiros ou termiteiros;
Para proteção da colônia, armazenamento de alimento e a manutenção de condições ótimas para o desenvolvimento dos indivíduos;
Todas as espécies de cupins vivem em colônias mais ou menos populosas (permanentes).
As colônias são formadas por castas de indivíduos ápteros e alados. 
Cupins
Cupins
Cupins afetam mudas no campo, as mudas que sobrevivem, crescem com danos no sistema radicular;
Principal estratégia de manejo: Uso de inseticidas/cupinicidas;
Estimativa de Plantio +/- 600.000 ha/ano em 2/3 desta área é utilizado cupinicidas.
Cupins
Percevejo Bronzeado
Thaumastocoris peregrinus é um inseto sugador;
Causa desfolhamento na maioria das espécies e clones de eucalipto;
Principais medidas de manejo: Controle biológico com parasitóides de ovos (em desenvolvimento;
2010: ocorrência em 132.000 ha e controle de 16 % desta área com controle biológico e inseticidas (PROTEF, 2010).
Percevejo Bronzeado
PRINCIPAIS DOENÇAS
introdução
O eucalipto pode ser atacado por vários patógenos;
 Principalmente fungos;
 Desde mudas até árvores adultas;
 As doenças causam significativos impactos econômicos, de acordo com a espécie atacada e da época do ano.
Principais doenças
Tombamento
Mofo cinzento
Podridão de estacas
Cancro
Ferrugem
Oídio
Murcha de Ralstonia
Mancha de Micosferela
Mancha de Coniella
Mancha Rhizoctonia
Mancha de Bactérias
Tombamento de mudas
O tombamento de mudas é uma doença que provoca a morte das plântulas na fase de germinação;
 Os prejuízos se refletem na redução do número de mudas;
 Afeta o programa de plantio;
Requerendo maior área de canteiros, para atender às necessidades de plantio.
Tombamento de mudas
Com o emprego de técnicas de formação de mudas que desfavorecem a sua ocorrência, como a semeadura direta em tubetes suspensos, o tombamento de mudas passou a ser uma doença de importância secundária.
Tombamento de mudas
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS
Os fungos causadores de tombamento são habitantes do solo, onde podem viver saprofiticamente ou sobreviver na forma de estruturas de repouso.
Os propágulos dos fungos são disseminados através:
Água de chuva ou irrigação,
Vento
Partículas de solo, aderidas aos implementos agrícolas.
TOMBAMENTO DE MUDAS 
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS
Os fungos causadores de tombamento;
Podem sobreviver em recipientes, substratos ou nas instalações dos viveiros.
A presença de substratos muito úmidos e alta umidade relativa do ar são condições que favorecem o ataque destes patógenos.
TOMBAMENTO DE MUDAS
CAUSAS:
Agentes patogênicos:
Cylindrocladium candelabrum,
Fusarium sp.,
Phytophthora sp.,
Pythium sp. ,
Rhizoctonia solani,
Botrytis cinerea.
Ataque de fungos na fase de germinação;
Uso de substratos contaminados por fungos de solo;
Condições de alta umidade no viveiro.
TOMBAMENTO DE MUDAS
SINTOMAS:
O tombamento afeta as plantas nas fases de germinação (pré-emergência), destruindo-as e de plântulas (pós-emergência);
Atacando os tecidos da radícula e do caulículo;
TOMBAMENTO DE MUDAS
SINTOMAS:
O sintoma típico da doença se caracteriza pela ocorrência de uma lesão na região do colo da plântula,
Apresenta, inicialmente, um aspecto encharcado, causando uma depressão na área e depois adquirindo coloração escura, resultante da necrose dos tecidos.
A destruição dos tecidos acaba provocando o tombamento da plântula e a sua morte.
TOMBAMENTO DE MUDAS
SINTOMAS:
Sintomas secundários da doença tais como:
murcha,
enrolamento e
secamento dos cotilédones e das primeiras folhas verdadeiras;
Podem ser observados, dependendo da idade e do tamanho das mudas.
TOMBAMENTO DE MUDAS
Sintomas e sinais de tombamento de mudas causado por Cylindrocladium ssp. E colônia do fungo em cultura.
TOMBAMENTO DE MUDAS
Sintomas e sinais de tombamento de mudas causado por Botrytis cinerea. E colônia do fungo em cultura.
TOMBAMENTO DE MUDAS
CONTROLE:
Cultural:
Uso de sementes, substrato e água de irrigação livres dos patógenos;
Uso de substratos com boa drenagem;
Uso de semeadura direta em tubetes suspensos;
Evitar o sombreamento excessivo das mudas;
TOMBAMENTO DE MUDAS
Químico:
• Fumigação do substrato com produtos de amplo espectro;
• Aplicação de fungicidas.
– Não há fungicidas registrados para a cultura do eucalipto.
Mofo cinzento – Botritis cinerea
CAUSAS:
Os ataques mais severos ocorrem em canteiros com:
• alta densidade de mudas
• sob condições de alta umidade
• temperaturas amenas
Mofo cinzento – Botritis cinerea
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS:
É um patógeno facultativo, que vive saprofiticamente no solo e sobrevive na forma de estruturas de resistência;
Sua disseminação se dá, principalmente, pelo transporte dos conídios pelo vento ou pelo uso de substrato contaminado.
Mofo cinzento – Botritis cinerea
SINTOMAS:
– A doença afeta os tecidos mais jovens da parte aérea das plantas, especialmente de mudas jovens, causando a morte do ápice ou até mesmo, de toda a muda;
– Os sintomas iniciam-se pelo enrolamento das folhas, seguido de seca e queda das mesmas;
– Comumente, observa-se um crescimento de um mofo acinzentado sobre as partes afetadas;
Mofo cinzento – Botritis cinerea
Sintomas e sinais do mofo
cinzento em mudas causado por Botrytis cinerea. E colônia do fungo em cultura.
ferrugem
Esta doença apresenta ampla distribuição no Brasil, afetando diversas espécies de mirtáceas nativas e cultivadas.
 
A doença ocorre em mudas em viveiros e também afeta
plantações, até os dois primeiros anos de idade.
ferrugem
CAUSAS:
– Ataque do fungo Puccinia psidii.
• Crescimento e multiplicação requerem tecidos vivo do hospedeiro;
• Ausência de crescimento in vitro
ferrugem
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS
– Os ataques mais severos ocorrem em mudas e plantios jovens, entre 3 e 12 meses de idade.
– A ocorrência de temperaturas moderadas e de elevados índices de umidade relativa do ar, são os fatores críticos e condicionantes.
ferrugem
SINTOMAS
– Pontuações cloróticas em folhas
jovens e caule em formação;
– Formação de pústulas de coloração amarelo-vivo sobre lesões (esporos do fungo);
– Seca e morte de tecidos afetados,
com aspecto de queima.
ferrugem
HOSPEDEIROS
FAMÍLIA MIRTACEAE:
• Eucalyptus spp., 
Syzigium jambos (jambeiro), 
Eugenia uniflora (pitangueira), 
Myrcia jaboticaba (jabuticabeira), Psidium guajava (goiabeira)...
ferrugem
HOSPEDEIROS
FAMÍLIA MIRTACEAE:
ferrugem
CONTROLE
– Uso de controle químico em viveiros;
– Uso de espécies e procedências resistentes.

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