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Macroeconomia Aula 00

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Curso Online – Macroeconomia para o BNDES 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – Engenharia 
Teoria e Exercícios 
Prof. César Frade 
Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá pessoal! 
Primeiramente, irei fazer uma breve apresentação. Meu nome é César de 
Oliveira Frade, sou funcionário de carreira do Banco Central do Brasil 
aprovado no concurso de 1997. No início de 2010, retornei ao Banco Central 
após ficar cedido por alguns anos a outro órgão federal e de ter gozado licença 
interesse para dar aulas para concursos públicos. 
De 2005 a 2008 fui Coordenador-Geral de Mercado de Capitais na Secretaria 
de Política Econômica do Ministério da Fazenda, auxiliando em todas as 
mudanças legais e infralegais, principalmente aquelas que tinham ligação 
direta com o Conselho Monetário Nacional – CMN. 
Sou professor de Finanças, Microeconomia, Macroeconomia, Conhecimentos 
Bancários, Sistema Financeiro Nacional, Mercado de Valores Mobiliários, 
Estatística e Econometria. Leciono na área de concursos públicos desde 2001, 
tendo dado aula em mais de uma dezena de cursinhos em várias cidades do 
país, desde presenciais até via satélite. 
No início da carreira pública, trabalhei com a emissão de títulos da dívida 
pública externa no Banco Central do Brasil, assim que tomei posse. 
Sou formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais – 
UFMG. Possuo uma Pós-graduação em Finanças e Mercado de Capitais pelo 
IBMEC, outra em Derivativos para Reguladores na Bolsa de Mercadorias e 
Futuros – BM&F e uma especialização em Derivativos Agrícolas pela Chicago 
Board of Trade – CBOT1. Sou Mestre em Economia2 com ênfase em Finanças na 
Universidade de Brasília e o Doutorado, pela mesma Universidade, está 
faltando apenas a defesa da Tese3, sendo que os créditos já foram concluídos. 
Exatamente pelo fato de a maioria de vocês nunca ter visto a matéria e o 
nosso tempo ser muito curto, tentarei nesse curso mostrar da forma mais clara 
o que está sendo pedido no Edital. É claro que para exaurir toda a matéria, 
 
1 A Chicago Board of Trade - CBOT é a maior bolsa de derivativos agrícolas do mundo. 
2A dissertação “Contágio Cambial no Interbancário Brasileiro: Uma Análise Empírica” defendida em 2003 foi 
publicada na Revista da BM&F, o paper aceito na Estudos Econômicos e em alguns dos mais importantes Congressos 
de Economia da América Latina – LAMES. Versava sobre o risco sistêmico a ser propagado via mercado de câmbio e 
as contribuições da Câmara de Compensação de Câmbio da BM&F para a mitigação desse risco. 
3 Tese de Doutorado é um parto e a gestação já está durando alguns anos. Acho que pode ser que ela não saia. 
 
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Teoria e Exercícios 
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desde a parte básica até a avançada seriam necessárias inúmeras aulas. Mas 
não temos esse tempo. Sejamos práticos. Irei pegar as últimas provas da 
Cesgranrio para não Economistas e também a última do BNDES para seguir a 
linha da Banca neste curso e não colocar nada muito além do necessário. 
Possuo um estilo peculiar de dar aulas. Prefiro tanto em sala quanto em aulas 
escritas que elas transcorram como conversas informais. Entretanto, quando 
tenho que dar aulas de Teoria, gosto de explicar não apenas a matéria, mas 
também a forma como vocês devem raciocinar para acertar a questão. 
Acredito que todos aqui estão muito mais interessados em passar no concurso 
do que aprender tudo de Microeconomia. 
Desta forma, estarei fazendo uma mescla entre um papo informal (papo que 
ocorrerá sempre que for possível) e a teoria formal. Mas nunca deixarei de 
ensinar qual o raciocínio que vocês devem utilizar para acertar as questões. 
Acredito que a matéria sendo exposta de forma informal torna a leitura mais 
tranqüila e isso pode auxiliar no aprendizado de uma forma geral. Exatamente 
por isso, utilizo com freqüência o Português de uma forma coloquial. 
Assim, a “Aula Demonstrativa” mostrará para vocês um pouco do que será 
esse curso. Será uma aula bem menor que as outras, mas é apenas para 
vocês sentirem o gostinho de que essa matéria não é tão complicada como a 
maioria pensa. Não há a necessidade de nenhum conhecimento prévio de 
Economia. 
Serão pelo menos, 200 páginas dissecando o assunto de forma clara e 
objetiva, mostrando a vocês como devem raciocinar para conseguir êxito na 
prova. Além disso, nestas aulas resolveremos mais de 80 questões acerca de 
todos os assuntos. 
As questões serão TODAS de provas anteriores e darei preferência a questões 
da CESGRANRIO, mas terei que utilizar outras bancas como a ESAF e o 
CESPE com o objetivo de cobrir todos os assuntos tanto na teoria quanto nos 
exercícios. 
 
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Teoria e Exercícios 
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Conteúdo Programático (1 aula por semana – Quintas-feiras): 
Aula 0 – 24/01/2011 
Balanço de Pagamentos – Parte 1 
Aula 1 –10/02/2011 
Balanço de Pagamentos – Parte 2 
Aula 2 – 17/02/2011 
Contabilidade nacional; produto e renda; Componentes básicos do produto 
nacional – Parte 1 
Aula 3 – 24/02/2011 
Contabilidade nacional; produto e renda; Componentes básicos do produto 
nacional – Parte 2 
Aula 4 – 03/03/2011 
Determinação da renda e Regimes Cambiais. Desenvolvimento econômico. 
Formação econômica do brasil. 
Aula 5 – 10/03/2011 
Sistema Financeiro Nacional – Parte 1 
Aula 6 – 17/03/2011 
Sistema Financeiro Nacional – Parte 2 e Mecanismos de financiamento 
internacional. 
Espero que este curso seja bastante útil a você e que possa, efetivamente, 
auxiliá-lo na preparação para o concurso do BNDES. 
As dúvidas serão sanadas por meio do fórum do curso, a que todos os 
matriculados terão acesso. Caso tenha exercícios da matéria e queira me 
enviar, farei todos os esforços para que eles sejam, à medida do possível, 
incluídos no curso. Envie para meu e-mail abaixo (e-mail do Ponto). 
As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: 
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. 
Finalmente, gostaria de dizer a vocês que muito mais do que saber toda a 
matéria, é importante que você saiba fazer uma prova e esteja tranqüilo neste 
 
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Teoria e Exercícios 
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momento! Portanto, tente aprender a matéria mas certifique-se que você 
entendeu como deve proceder para marcar o “X” no lugar certo. Não interessa 
saber a matéria, interessa marcar o “X” no lugar certo e ver o nome na lista. 
Prof. César Frade 
Janeiro/2011 
 
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1. INTRODUÇÃO AO BALANÇO DE PAGAMENTOS 
Balanço de Pagamentos é o registro contábil das transações existentes entre 
os mais diversos países. Qualquer transação, envolvendo ou não 
pagamento financeiro, entre residentes e não-residentes será registrada no 
balanço de pagamento dos dois países envolvidos. 
Segundo Simonsen & Cysne (Macroeconomia - 2ª Edição – Ed. Atlas) “define-
se usualmente balanço de pagamentos como sendo o registro sistemático das 
transações entre residentese não-residentes de um país durante determinado 
período de tempo”. 
Isso significa que as transações, envolvendo ou não a transferência de 
recursos financeiros, existente entre residentes e não-residentes deve ser 
contabilizada dentro de determinado período de tempo. Em geral, utilizamos o 
ano civil como o período no qual registramos essas transações. Observe que, 
de tempos em tempos há a necessidade de zerar as contas e partir do zero o 
Balanço de Pagamentos. Todas essas transações são contabilizadas usando o 
princípio da “partida dobrada”. Lembre-se de uma coisa, apesar de o nome ser 
Balanço de Pagamentos, essa estrutura não se parece tanto com o Balanço de 
uma empresa, pois esta última dá uma fotografia geral da empresa enquanto 
que a primeira tira uma fotografia de um pedaço da “vida” da empresa. 
O Balanço de Pagamento (BP) trabalha no regime de fluxo e não no regime 
de estoque. Imagine, será que as pessoas desejam saber as transações que os 
residentes no Brasil fizeram com os não-residentes desde o ano de 1.500 ou as 
transações que foram efetuadas naquele ano? 
Concordam que não faz muito sentido somarmos todas as transações que um 
determinado país já fez com o exterior desde seus tempos remotos. Além disso 
ser algo extremamente complexo não nos traria nenhum tipo de informação 
agregadora aos negócios atuais. A única serventia desse tipo de informação 
seria o fato de levar à tona o relacionamento comercial histórico entre aqueles 
países. No entanto, essa informação não iria nem incrementar nem reduzir os 
próximos negócios. 
 
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Tal fato nunca nos dará uma idéia se, naquele momento, as exportações 
superam as importações, entre outras importantes informações da atualidade 
que podem ser retiradas do Balanço de Pagamento. E o que nos interesse 
agora é como estão nossas exportações nesse ano, como estão comportando 
as importações, os investimentos brasileiros no exterior e os estrangeiros no 
Brasil. Seria importante responder a uma pergunta sobre o que tem ocorrido 
com os investimentos americanos e de países europeus no Brasil após a crise 
de 2008. Isso só seria possível de ser respondido se mantivermos um controle 
periódico das transações de tal forma que seus saldos sejam reduzidos a zero 
de ano em ano. Portanto, o Balanço de Pagamentos registra todas as 
operações em um período de tempo, em geral o ano-calendário. 
Alguns aspectos importantes devem ser ressaltados. Em primeiro lugar, 
devemos esclarecer que, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, 
nem todas as operações que são contabilizadas no Balanço de Pagamentos 
possuem transferência de recursos financeiros. 
Por exemplo, quando o Governo Brasileiro opta por doar medicamentos para 
países pobres da África, há uma transação entre residentes e não-residentes e, 
portanto, haverá um impacto sobre o Balanço de Pagamentos. É claro que o 
Governo Brasileiro é um agente residente no Brasil e o Governo estrangeiro 
um agente não-residente. 
Imagine a situação em que uma instituição de caridade européia opte por doar 
para o Brasil medicamentos, roupas e alimentos para moradores de uma 
comunidade carente no Rio de Janeiro. Essa doação ensejará uma transação 
entre residentes e não-residentes e, portanto, haverá lançamento no Balanço 
de Pagamentos. 
Imagine que o jogador de futebol Petkovic opte por fazer uma doação de 
roupas para uma comunidade carente do Rio de Janeiro. Para quem não sabe, 
o Petkovic nasceu na Sérvia e vive no Brasil há alguns anos. Quem imagina 
que está havendo uma transação entre residentes e não-residentes, se 
enganou. Essa doação do Petkovic não impactará o Balanço de Pagamentos. 
Veremos mais a frente o motivo. 
 
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Existem vários outros exemplos em que transações entre residentes e não-
residentes, mesmo sem que exista transferência de recursos financeiros, são 
lançadas por partida dobrada no Balanço de Pagamentos de um país. 
Em segundo lugar, é importante compreender que, apesar da definição falar 
que impactam o Balanço de Pagamentos as transações ocorridas entre 
residentes e não-residentes, existem algumas exceções. Quando o Banco 
Central adquire ouro de um cidadão brasileiro, morador de Brasília por 
exemplo, há uma transação entre residentes. 
Ou seja, há transação entre uma pessoa que mora no Brasil e o próprio 
Governo brasileiro, neste caso representado pelo Banco Central, logo, uma 
operação entre dois residentes. No entanto, essa transação ocorrida é 
chamada de monetização do ouro e impacta o Balanço de Pagamentos. 
Essas operações de monetização de ouro (aquisição de ouro pelo Banco 
Central) e também de desmonetização de ouro (venda de ouro efetuada pelo 
Banco Central), mesmo que sejam feitas com pessoas residentes, devem ser 
registradas no Balanço de Pagamentos. Portanto, existem transações entre 
residentes que são registradas no Balanço de Pagamentos, mas representam 
exceções. Sinceramente, nunca vi uma questão sobre esse assunto em prova. 
Temos um terceiro tópico a ser ressaltado, que a definição de residentes e não 
residentes. Na verdade, devemos fazer uma distinção clara entre residentes e 
não-residentes. 
Entende-se como residentes em um país aquelas pessoas que possuem seu 
principal interesse naquele país, seja ela pessoa física ou jurídica, nacional ou 
estrangeira. Imagine um jogador de futebol de nacionalidade Argentina que 
joga em um grande time do Brasil, Montillo4 por exemplo. Este jogador é 
considerado residente no Brasil, pois é aqui que ele exerce a sua profissão 
e, portanto, tem o seu grande interesse, seu “centro de interesse”. 
Imagine uma empresa multinacional instalada em São Paulo. Apesar de sua 
organização societária conter capital externo, essa empresa possui uma fábrica 
no Brasil, emprega pessoas residentes, e contribui com o pagamento de 
 
4 O Montillo é um jogador argentino que joga no Cruzeiro de Belo Horizonte. 
 
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impostos no Brasil. Portanto, essa empresa tem seu interesse econômico 
situado no território brasileiro e, por isso, esse seria um outro exemplo de 
pessoa residente no Brasil. Nesse caso, uma pessoa jurídica, mas que deve ser 
considerada como residente assim como o jogador de futebol. 
Além disso, podemos citar as pessoas físicas e jurídicas nacionais que possuem 
seu interesse em nosso país, como eu, você e o Ponto dos Concursos que está 
veiculando essas aulas. 
Além dessas pessoas expostas acima, funcionários em serviço no exterior ou 
residentes que se encontram temporariamente fora do país são considerados 
residentes. 
Por exemplo, sou funcionário do Banco Central e com freqüência tenho que 
viajar para o exterior a trabalho. Nessas viagens a trabalho, a minha condição 
de residente não é alterada. Portanto, todas as transações que faço quando 
estou nessas viagens deverão impactar a Balança de Pagamentos. Da mesma 
forma, se essas viagens fossem realizadas a lazer, elas também impactariam a 
Balança de Pagamentos do Brasil e do país em que gastei osmeus recursos. 
Entende-se como não-residentes pessoas físicas e jurídicas que possuem seu 
interesse maior em outro País, como por exemplo, empresas brasileiras 
sediadas no exterior, pessoas físicas que trabalham no exterior, entre outras. 
Se um jogador de futebol brasileiro joga em algum time da Europa ele é 
considerado não-residente no Brasil. Teoricamente, todas as vezes que esse 
jogador vier de férias para o Brasil e fizer qualquer tipo de transação com 
algum residente no Brasil, ocorrerá um fato gerador de um lançamento no 
Balanço de Pagamentos. 
Imagine que o Kaká foi passar férias em São Paulo e resolveu sair para jantar 
em um bom restaurante da cidade. Mesmo com o Kaká sendo brasileiro, esse 
jantar, em tese, deverá gerar um lançamento no Balanço de Pagamentos pois 
o Kaká é considerado não-residente no Brasil e o restaurante é uma pessoa 
jurídica residente no Brasil, mesmo que seu proprietário não seja brasileiro. 
No momento em que a Gerdau ou a Vale adquirem uma empresa no exterior 
para ampliar seus negócios ao redor do mundo, apesar de as duas serem 
 
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empresas residentes no Brasil, a pessoa jurídica adquirida será considerada 
não-residente no Brasil. Não entendeu? Explico de novo. 
A Gerdau Brasil foi até o Canadá e comprou uma empresa de aço no Canadá. 
Essa empresa passou a se chamar Gerdau Canadá. Enquanto a Gerdau Brasil é 
uma empresa nacional, de capital nacional, a Gerdau Canadá é uma empresa 
canadense de capital brasileiro. Para o Balanço de Pagamentos, a Gerdau 
Brasil é considerada residente e a Gerdau Canadá é considerada não-residente. 
Logo, quando houver uma remessa de lucros para o Brasil haverá um impacto 
na Balança de Pagamentos. 
Observe a seguinte curiosidade: um jogador começou a jogar no Brasil e em 
algum momento se transferiu para o exterior. Dessa forma, podemos ver que 
uma pessoa pode alterar o seu “status” entre residente e não-residente, 
podendo gerar inclusive, em princípio, um lançamento no Balanço de 
Pagamentos. Veja. Em tese, o jogador embarcou no Brasil como residente em 
nosso país e desembarcou no exterior como não-residente no Brasil. 
É importante frisar que todos os lançamentos no Balanço de Pagamentos 
utilizam a metodologia da partida dobrada, e, dessa forma, para todo débito 
deveremos gerar um crédito correspondente. Sendo assim, qualquer operação 
entre residentes e não-residentes impactará um lançamento duplo no Balanço 
de Pagamentos do Brasil, ou seja, essa transação irá gerar um lançamento a 
débito e outro a crédito no BP. 
Entretanto duas ressalvas devem ser feitas sobre esse assunto, principalmente 
para aquelas pessoas que já dominam a contabilidade. 
Em primeiro lugar, é necessário esclarecer que enquanto na contabilidade 
esses lançamentos acontecem em uma forma horizontal, onde de um lado 
estão as contas ativas e de outro as contas passivas e o patrimônio líquido, no 
Balanço de Pagamentos esse lançamento é na vertical. Ou seja, todas as 
contas a serem impactadas com a operação estão na mesma direção (umas 
embaixo das outras) e isso faz com que tudo que seja somado tenha uma 
subtração equivalente que o anule, sendo no final o saldo igual a zero. Essa é 
uma grande diferença da contabilidade mas não é, ainda, a principal. 
 
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Em segundo lugar, uma parcela das contas aumenta seu saldo a débito e outra 
parte aumenta seu saldo a crédito. Forma essa, similar à contabilidade. No 
entanto, cabe ressaltar que SEMPRE um lançamento a débito terá sinal 
negativo enquanto que um lançamento a crédito terá sinal positivo, 
independentemente em que parte do Balanço de Pagamentos esteja a conta 
impactada. 
Portanto gravem: 
Lançamentos a Crédito ֜ SINAL POSITIVO 
Lançamentos a Débito ֜ SINAL NEGATIVO 
Tendo em vista o fato de que boa parcela dos leitores deste curso possui um 
conhecimento prévio de contabilidade5, por mais rudimentar que seja, e com o 
objetivo de não trazer confusão alguma nos lançamentos, todas as vezes que 
houver um lançamento será efetuado um raciocínio similar com a Conta Caixa 
da contabilidade, mesmo que não haja transferência de recursos. 
Compreenderam o que irei fazer. Estarei sempre, mesmo que não seja 
verídico, tentando fazer um lançamento de Caixa contra alguma coisa. Como 
sei que a conta CAIXA da contabilidade é sensibilizada a débito a todo instante 
que recebe recursos, fica muito mais simples de definir como será o 
lançamento em questão. 
2. ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 
Antes de começarmos a falar sobre a estrutura do Balanço de Pagamento de 
um País e mais especificamente do Brasil, devemos frisar que em 1993 houve 
 
5 Para compreender o que irei explicar, o raciocínio que irei utilizar, é necessário apenas que se saiba fazer o lançamento 
da conta Caixa de contabilidade. Como alguns leitores podem não ter familiaridade, darei uma breve explicação deste 
raciocínio a ser adotado na utilização desse método. Uma empresa quando recebe um recurso, quando uma grana entra 
na conta caixa da empresa, deverá ter um lançamento a débito daquele valor. Para você compreender isso, imagine que 
ao receber os recursos, a empresa passa a ter um débito para com os seus donos, logo, haverá um lançamento a débito 
na conta Caixa da empresa. Ou seja, a empresa passa a dever a seus proprietários o valor que acabou de receber. Caso a 
empresa efetue um pagamento, o valor correspondente será lançado a crédito. Quando a empresa efetua um pagamento, 
é como se ela estivesse pagando algo que era devido por seus proprietários. Dessa forma, ela passa a ter um crédito para 
com os donos da empresa. 
 
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uma alteração no Manual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário 
Internacional – FMI com a publicação da quinta edição. 
Neste documento, visando modernizar e padronizar o Balanço de Pagamentos 
de todos os países, várias mudanças foram propostas, adequando desde 
nomenclaturas até criando itens de lançamentos que vinham se tornando 
importantes. 
Entretanto, tal medida não foi impositiva e os países não eram e não são 
obrigados a implementá-la, o documento é apenas uma recomendação. 
Dessa forma, o Brasil veio a implementar essas mudanças apenas no ano de 
2001 e podemos citar que as mais importantes alterações introduzidas pelo 
Banco Central do Brasil na nova apresentação do balanço de pagamentos 
foram: 
a) introdução, na conta corrente, de clara distinção entre bens, serviços, renda 
e transferências correntes, com ênfase no maior detalhamento na classificação 
dos serviços; 
b) introdução da “conta capital”, que registra as transações relativas às 
transferências unilaterais de patrimônio de migrantes e a aquisição/alienação 
de bens não financeiros não produzidos (cessão de marcas e patentes); 
c) introdução da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de capitais, 
para registrar as transações relativas à formação de ativos e passivos 
externos, como investimento direto, investimento em carteira, derivativos e 
outros investimentos. A conta financeirafoi, portanto, estruturada de forma a 
evidenciar as transações ativas e passivas, as classes dos instrumentos 
financeiros de mercado e os prazos das transações; 
d) inclusão, no item investimentos diretos, dos empréstimos intercompanhia 
(empréstimos praticados entre empresas integrantes de mesmo grupo 
econômico), de qualquer prazo, nas modalidades de empréstimos diretos e 
colocação de títulos; 
e) reclassificação de todos os instrumentos de portfolio, inclusive bônus, notes 
e commercial papers, para a conta de investimentos em carteira; 
 
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f) introdução de grupo específico para registro das operações com derivativos 
financeiros, anteriormente alocados na conta serviços e nos capitais a curto 
prazo; e 
g) estruturação da “conta de rendas” de forma a evidenciar as receitas e 
despesas geradas por cada uma das modalidades de ativos e passivos externos 
contidas na conta financeira. 
Isso foi muito importante, e os examinadores de concursos públicos, após essa 
mudança (veja que ela ocorreu em 2001) passaram a utilizar exercícios tanto 
com a metodologia antiga quanto com a metodologia nova do Balanço de 
Pagamentos. 
Observe que o fato de as mudanças não terem sido impositivas, fez com que 
vários países continuassem a utilizar a metodologia antiga e com o passar do 
tempo algumas nações foram migrando para a nova. Tanto é verdade que a 
migração no caso brasileiro ocorreu apenas 8 anos depois da confecção do 
Manual. Portanto, caso seja mencionada que a questão fala sobre a 
metodologia atualmente utilizada no Brasil, os examinadores estariam se 
referindo à nova. Mas caso a base da questão seja um país hipotético ou se 
nada for mencionado, a questão poderá tratar tanto da metodologia nova 
quanto da antiga. 
Sendo assim, será necessário aprendermos o Balanço de Pagamentos duas 
vezes, ou seja, a metodologia antiga e as mudanças que ocorreram para que 
possamos determinar a metodologia nova. E vai ser dessa forma que vamos 
trabalhar nesse capítulo. 
Vocês verão que com o passar dos anos, as questões vem cobrando cada vez 
mais a metodologia nova, mas ainda podemos encontrar questões recentes 
sobre o assunto que solicitam que sejam explicitadas as mudanças ocorridas 
ou que se utilize metodologia antiga. 
Vamos à estrutura? Então vamos começar a pegar mais pesado. 
 
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O Balanço de Pagamentos é subdividido em oito grandes sub-grupos e dentro 
de cada um desses existe uma infinidade de contas. Os oito sub-grupos6 são: 
Balança Comercial, Balança de Serviços e Rendas, Transferências Unilaterais 
Correntes, Saldo em Transações Correntes7, Conta Capital e Financeira, Erros 
e Omissões, Saldo Total do Balanço de Pagamentos e Reservas. 
Iremos começar dando uma breve explicação a respeito da última conta, ou 
seja, a conta Reservas. 
Em primeiro lugar devemos lembrar que, normalmente, quando há uma 
transação que impacte o Balanço de Pagamentos, na maioria das vezes, 
haverá envolvimento financeiro e, portanto, transferência de recursos. 
Dessa forma, precisamos definir quais são as possibilidades existentes em se 
efetuar um pagamento de uma transação. A primeira e principal delas é a 
transferência de Reservas que consiste, principalmente, em recursos 
pertencentes ao País e que estão aplicados no exterior, podendo ser sacados a 
qualquer momento. 
A nomenclatura na metodologia antiga da conta Reservas era Haveres 
de Curto Prazo no Exterior. No entanto, a conta Haveres era apenas uma 
das rubricas existentes para se efetuar o pagamento das transações efetuadas. 
Quer saber como você deve raciocinar para não cometer erros? Imagine que 
essa conta Reservas é um fundo de investimento ou uma poupança mantida no 
exterior, uma vez que está em dólares, euros, libras etc., e que será utilizada 
para efetuar o pagamento das despesas efetuadas dentro de um país. 
Essa talvez seja a conta mais importante de ser compreendida dentro desse 
estudo e funciona nos mesmos moldes da Conta Caixa em contabilidade. 
Ou seja, se houver um ingresso de recursos para o País essa conta deverá ser 
debitada e, apesar do sinal do débito ser negativo, ela terá seu saldo 
majorado. Caso haja uma saída de recursos/pagamento essa conta deverá 
ser lançada a crédito, ocorrendo uma redução em seu saldo. Podemos concluir 
que ela funciona de forma idêntica à conta caixa, e é dessa forma que você 
deve pensar. 
 
6 As nomenclaturas listadas tomam como base a nova metodologia do Balanço de Pagamentos. 
7 Também denominado Saldo em Conta-Corrente. 
 
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Se você entendeu o que acabei de passar a você, parabéns, pois acertará 
todas as questões sobre Balanço de Pagamentos na Prova. TODAS. 
Passemos agora, a estudar o Balanço de Pagamentos na sua ordem normal de 
exposição e sempre que formos efetuar os lançamentos tomaremos a conta 
Reservas como base para descobrir se debitamos ou creditamos cada uma das 
contas envolvidas, mesmo que não haja envolvimento financeiro na transação. 
Acredito que a melhor forma seja explicando cada uma das contas 
individualmente. 
O primeiro grande grupo do Balanço de Pagamentos é a Balança Comercial. 
Ela possui duas contas básicas: Exportação e Importação. 
⎪⎩
⎪⎨
⎧
Importação 
Exportação 
ComercialBalança 
Enquanto em toda a estrutura do Balanço todas as contas podem ser lançadas 
tanto a débito quanto a crédito, na Balança Comercial isso não ocorre, ou 
seja, cada uma das contas será impactada apenas a débito ou a 
crédito. 
Imagine uma empresa brasileira, portanto, residente, esteja efetuando uma 
exportação para uma empresa não-residente no valor de US$ 10 milhões. 
Dado que houve uma transação entre residentes e não-residentes, a 
negociação em questão irá impactar o Balanço de Pagamentos. Toda vez que 
há uma exportação, o residente deverá receber recursos como pagamento do 
produto enviado para o exterior. Dessa forma, esses recursos impactarão a 
conta Reservas a débito8 e, portanto, haverá um lançamento de igual valor a 
crédito na conta Exportações. Sendo assim, deverá ser efetuado o seguinte 
lançamento no Balanço de Pagamentos: 
10Milhões US$ 
ExportaçãoC
ReservasD
−
−
 
 
8 Lembre-se que uma entrada de recursos na conta Caixa provoca um lançamento contábil a débito na conta. 
 
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De forma análoga, imaginemos uma empresa brasileira que utiliza um insumo 
importado em seu processo produtivo. Ela deverá, com freqüência, fazer 
importações e em todo momento que isso ocorrer produzirá efeitos no Balanço 
de Pagamentos. 
Imagine que esta empresa efetuou uma importação no valor de US$ 1 Milhão. 
Como ela fez uma importação deverá fazer um pagamento em moeda 
estrangeira. Ao fazer esse pagamento, sairão recursos do País e, portanto, 
haveráuma redução na conta Reservas. Dessa forma, dado que haverá saída 
de recursos, a conta Reservas será impactada a crédito e a contrapartida 
ocorrerá a débito na conta Importações. Sendo assim, deverá ser efetuado o 
seguinte lançamento no Balanço de Pagamentos: 
1Milhão US$ 
ReservasC
sImportaçõeD
−
−
 
Com a explicação acima e sabendo que toda vez que houver uma Exportação 
haverá um ingresso de recursos financeiros e que quando existir uma 
Importação deverá haver uma saída de recursos, concluímos que sempre a 
rubrica Exportação será lançada a crédito e a Importação a débito. O 
somatório das duas contas (Exportação e Importação) resultará no saldo da 
Balança Comercial. Como em qualquer conta um lançamento a crédito terá 
sinal positivo e um lançamento a débito terá sinal negativo, falamos que a 
Balança Comercial será superavitária (ou positiva) quando o montante 
exportado superar o importado. Por outro lado, ela será deficitária quando o 
montante importado superar o exportado. 
Questão 1 
(ESAF – BACEN – 2002) – A partir de 2001, o Banco Central do Brasil 
introduziu algumas importantes alterações no balanço de pagamentos. Entre 
estas alterações, destaca-se: 
a) a exclusão da conta “reinvestimentos” dos movimentos de capitais 
autônomos; 
b) a inclusão do item “amortizações” na conta de serviços fatores; 
 
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c) a retirada do item investimentos diretos dos empréstimos intercopanhias; 
d) a inclusão das transferências unilaterais na conta de investimentos diretos; 
e) a introdução da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de 
capitais, para registrar as transações relativas à formação de ativos e passivos 
externos. 
 
 
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QUESTÕES RESOLVIDAS
Questão 1 
(ESAF – BACEN – 2002) – A partir de 2001, o Banco Central do Brasil 
introduziu algumas importantes alterações no balanço de pagamentos. Entre 
estas alterações, destaca-se: 
a) a exclusão da conta “reinvestimentos” dos movimentos de capitais 
autônomos; 
b) a inclusão do item “amortizações” na conta de serviços fatores; 
c) a retirada do item investimentos diretos dos empréstimos intercopanhias; 
d) a inclusão das transferências unilaterais na conta de investimentos diretos; 
e) a introdução da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de 
capitais, para registrar as transações relativas à formação de ativos e passivos 
externos. 
Resolução: 
Em geral, esse tipo de pergunta é retirado de um documento do Banco Central 
do Brasil que resume as mudanças nos seguintes itens (que, inclusive foram 
colocados ao longo da aula teórica): 
a) introdução, na conta corrente, de clara distinção entre bens, serviços, renda 
e transferências correntes, com ênfase no maior detalhamento na classificação 
dos serviços; 
b) introdução da “conta capital”, que registra as transações relativas às 
transferências unilaterais de patrimônio de migrantes e a aquisição/alienação 
de bens não financeiros não produzidos (cessão de marcas e patentes); 
c) introdução da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de 
capitais, para registrar as transações relativas à formação de ativos e 
passivos externos, como investimento direto, investimento em carteira, 
derivativos e outros investimentos. A conta financeira foi, portanto, 
estruturada de forma a evidenciar as transações ativas e passivas, as classes 
dos instrumentos financeiros de mercado e os prazos das transações; - grifo 
meu 
 
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d) inclusão, no item investimentos diretos, dos empréstimos intercompanhia 
(empréstimos praticados entre empresas integrantes de mesmo grupo 
econômico), de qualquer prazo, nas modalidades de empréstimos diretos e 
colocação de títulos; 
e) reclassificação de todos os instrumentos de portfolio, inclusive bônus, notes 
e commercial papers, para a conta de investimentos em carteira; 
f) introdução de grupo específico para registro das operações com derivativos 
financeiros, anteriormente alocados na conta serviços e nos capitais a curto 
prazo; e 
g) estruturação da “conta de rendas” de forma a evidenciar as receitas e 
despesas geradas por cada uma das modalidades de ativos e passivos externos 
contidas na conta financeira. 
Observe que foi extraído dos itens acima, um fragmento do texto que foi 
colocado na questão correta. Portanto, uma dica: DECOREM essas mudanças. 
E DECOREM mesmo para que não haja nenhuma “pegadinha” que possa te 
derrubar. Essas questões são fáceis mas são as mais prováveis de equívoco 
nessa matéria. 
Sendo assim, o gabarito é a letra E. 
Gabarito: E 
 
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Galera, 
Terminamos aqui a nossa “Aula Demosntrativa”. Tentei passar para vocês 
nesta aula um pouco de como vai ser o curso, lembrando sempre que irei 
mantê-lo com uma linguagem simples e direta com o intuito de facilitar a 
compreensão. Pois o que estamos interessados não é em aprender Economia, 
mas sim em acertar as questões da prova, não é mesmo? 
A idéia é que com esse curso você tenha condição de fazer as questões da 
prova sem medo de errar. 
Abraços, 
César Frade

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