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Qual o alcance dessa exigência?
De acordo com uma 1ª corrente, a exigência de regularidade se dá em relação aos
tributos federais, estaduais e municipais.
Para uma 2ª corrente, a exigência estaria restrita ao ente que promove a licitação.
Assim, por exemplo, se o Estado do RJ é quem está fazendo uma licitação, somente
haveria a necessidade de comprovação de regularidade dos tributos estaduais.
Por m, uma 3ª corrente, entende que a exigência de regularidade scal se dá ape-
nas em relação aos tributos que incidem sobre a atividade do licitante e sobre o obje-
to da licitação, com os argumentos de que: (I) a qualicação econômica, de acordo
com CF, abrange apenas os requisitos “indispensáveis à garantia do cumprimento
das obrigações” e de que (ii) tal exigência não deve servir como forma de cobrança
indireta de tributos não pertinentes à contratação.
O simples fato da empresa estar inscrita no CADIN implica irregularidade scal para ns
de habilitação em licitações?
Não, uma vez que, embora haja a obrigatoriedade de consulta prévia ao referido
cadastro pela Administração contratante (art. 6.º, III, da Lei 10.522/2002) não há
impedimento para a contratação de um licitante lá inscrito.
Observação: Se o licitante for ME ou EPP haverá mais um benefício concedido pela
LC123: ele pode participar da licitação mesmo que não tenha a certidão de re-
gularidade scal. Tal certidão poderá ser apresentada ao nal do procedimento,
caso ele saia vencedor, em um prazo de 2 dias úteis (prorrogáveis por mais 2).
Regularidade trabalhista (art. 29, IV da L8666).
A regularidade trabalhista dos licitantes (inciso IV), se dá a partir da prova de inexis-
tência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho, mediante a apresen-
tação da CNDT (Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas).
Qualicação técnica (art. 30 da L8666).
Habilitação nanceira (art. 31 da L8666).
Demonstração de que não explora o trabalho infantil (art. 27, V da L8666).