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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO FACULDADE ENGENHARIA DA PRODUÇÃO MECÂNICA NOME DO DEPARTAMENTO EMPRESA SCAPS: FABRICANTE DE SUCOS NATURAIS ENGARRAFADOS São Paulo 2017 ALZERINO SOARES DE SANTANA NETO ARTUR SAVICIUS CRISTIAN NELO SILVA DANILO BRACALE FURTADO PEDRO HENRIQUE SILVA EMPRESA SCAPS: FABRICANTE DE SUCOS NATURAIS ENGARRAFADOS Trabalho de conclusão de curso à Universidade Nove de Julho, como requisito obrigatório para conclusão de curso de Engenharia da Produção Mecânica, sob a orientação do Professor Ms. Ivan Luiz Laranjeiras da Silva. São Paulo, 2017 Dedicamos este Trabalho de Conclusão de Curso a todos aqueles que acreditam que a ousadia e o erro são os primeiros passos para grandes realizações. AGRADECIMENTO Agradecemos primeiramente a Deus. Aos nossos familiares por todo o apoio que nos deram ao longo do curso e aos nossos professores, pelos conhecimentos transmitidos, por estarem dispostos a sanar nossas dúvidas, por terem nos ajudado na realização e conclusão deste trabalho e aos pesquisadores e escritores por nos proporcionarem informações confiáveis, pois este foi o pilar de sustentação de toda a pesquisa bibliográfica. RESUMO Empresa distribuidora de sucos naturais, fabricação própria das garrafas de vidro e tampas de polipropileno, armazenagem e distribuição do produto. Temos como objetivo a qualidade e satisfação de nossos clientes também como uma vida saudável e regrada a boas práticas começando com uma boa alimentação e ingestão de produtos naturais. Nossa meta é ser a maior e melhor empresa no ramo de bebidas não alcoólicas e naturais, atendendo assim todas as expectativas do mercado e visando sempre a satisfação de nossos clientes e fornecedores. Palavras chaves: Sucos. Garrafas. Tampas. Vidro. Plásticos. LISTA DE FIGURAS / IMAGENS Figura 1 - Logomarca do Produto 15 Figura 2 - Principais produtores de frutas no mundo 18 Figura 3 - Comércio de suco de mirtilo no Hipermercado Extra 27 Figura 4 - Suco de Maçã 29 Figura 5 – Árvore do Produto 30 Figura 6 - Processo de Desenvolvimento de Produto 31 Figura 7 – Tampa de Polipropileno 36 Figura 8 - Logomarca do produto 37 Figura 9 - Reciclagem 45 Figura 10 - Polipropileno 50 Figura 11 - Fluxograma do processo 53 Figura 12 - Exemplo de um triturador de vidro 54 Figura 13 – Estocagem - Silos 55 Figura 14 – Elevadores de caneca 55 Figura 15 - Misturador de Matéria-Prima 56 Figura 16 - Forno de fusão 57 Figura 17 – Máquina de I,S, 58 Figura 18 - Molde de conformação 59 Figura 19 – Garrafa pronta 59 Figura 20 - Estação de Recozimento 60 Figura 21 - Inspeção 61 Figura 22 - Fluxograma do processo produtivo 61 Figura 23 - Máquina Envasadora 62 Figura 24 - Injetora de plástico 62 Figura 25 - Molde para tampa com lacre 63 Figura 26 - Máquina Rotuladora 63 Figura 27 - Encaixotadora 64 Figura 28 - Máquina Paletizadora 64 Figura 29 - Empilhadeira elétrica 65 Figura 30 - Gerador 65 Figura 31 - Processo de fabricação da garrafa de vidro 92 Figura 32 - Embalagem do produto final 95 Figura 33 - Distribuição das reservas de água no planeta 99 Figura 34 - Reutilização d’água 101 Figura 35 - Estação de Tratamento de Esgoto da empresa em estudos 102 Figura 36 – Dimensionamento de acordo com a NBR 5626 106 Figura 37 - Ciclo de vida de uma garrafa de vidro 111 Figura 38 – Apreciação de riscos 115 Figura 39 - Lead times para cada estratégia de produção 119 Figura 40 - Arvore do Produto (garrafa de suco de fruta) 121 Figura 41 - Esquema dos postos de controle de produção 137 Figura 42 - Os elementos da estrutura dos custos logísticos 146 Figura 43 – Mapa do Centro de Gravidade 151 Figura 44 - Mapa Centro de Gravidade Santana do Parnaíba / São Paulo 152 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Principais frutas produzidas no mundo, 2010 19 Tabela 2 - Principais frutas produzidas no Brasil, 2012 19 Tabela 3 - Tabela das Frutas com maior índice de Nutrientes 22 Tabela 4 - Vitaminas das Frutas descritas na Tabela 3 22 Tabela 5 - Funções das Vitaminas Citadas na Tabela 4 22 Tabela 6 - Prevenção de doenças através das frutas citadas nas Tabelas 2 e 3 23 Tabela 7 - Composição química do mirtilo em 199g de fruto fresco 25 Tabela 8 - Informações nutricionais e composição química do mirtilo 26 Tabela 9 - Principais áreas de produção de maçã no Brasil 28 Tabela 10 - Informação nutricional da maçã 28 Tabela 11 - Tabela com análise da concorrência 34 Tabela 12 - Pesquisa de mercado 35 Tabela 13 - Parâmetros físico-químicos do suco 38 Tabela 14 - Matéria-prima para composição do vidro 43 Tabela 15 - Tabela demonstrativa 52 Tabela 16 - As especificações das máquinas 66 Tabela 17 - Capacidade instalada da máquina trituradora 69 Tabela 18 - Capacidade instalada dos silos 69 Tabela 19 - Capacidade instalada do elevador de caneca 69 Tabela 20 - Capacidade instalada do misturador de matéria prima 69 Tabela 21 - Capacidade instalada do forno de fusão 70 Tabela 22 - Capacidade instalada da Máquina IS conformação 70 Tabela 23 - Capacidade instalada da máquina de recozimento 70 Tabela 24 - Capacidade instalada da máquina de controle de qualidade 70 Tabela 25 - Capacidade instalada da máquina envasadora 70 Tabela 26 - Capacidade instalada da máquina injetora 70 Tabela 27 - Capacidade instalada da máquina rotuladora 71 Tabela 28 - Capacidade instalada da máquina encaixadora 71 Tabela 29 - Capacidade instalada da máquina paletizadora 71 Tabela 30 - Capacidade instalada da empilhadeira 71 Tabela 31 - Capacidade disponível para 1, 2 e 3 turnos 72 Tabela 32 - Capacidade disponível da máquina trituradora 72 Tabela 33 - Capacidade disponível dos silos 72 Tabela 34 - Capacidade disponível do elevador de caneca 72 Tabela 35 - Capacidade disponível do misturador de matéria prima 72 Tabela 36 - Capacidade disponível do forno de fusão 72 Tabela 37 - Capacidade disponível da Máquina IS conformação 73 Tabela 38 - Capacidade disponível da máquina de recozimento 73 Tabela 39 - Capacidade disponível da máquina de controle de qualidade 73 Tabela 40 - Capacidade disponível da máquina envasadora 73 Tabela 41 - Capacidade disponível da máquina injetora 73 Tabela 42 - Capacidade disponível da máquina rotuladora 73 Tabela 43 - Capacidade disponível da máquina encaixadora 74 Tabela 44 - Capacidade disponível da máquina paletizadora 74 Tabela 45 - Capacidade disponível da empilhadeira 74 Tabela 46 - Paradas planejadas da máquina trituradora 74 Tabela 47 - Cálculo da capacidade efetiva da máquina trituradora 75 Tabela 48 - Paradas planejadas para silos 75 Tabela 49 - Cálculo da capacidade efetiva dos silos 75 Tabela 50 - Paradas planejadas do elevador de caneca 75 Tabela 51 - Cálculo da capacidade efetiva do elevador de caneca 75 Tabela 52 - Paradas planejadas do misturador de matéria prima 76 Tabela 53 - Cálculo da capacidade efetiva do misturador de matéria prima 76 Tabela 54 - Paradas planejadas do forno de fusão 76 Tabela 55 - Cálculo da capacidade efetiva do forno de fusão 76 Tabela 56 - Paradas planejadas da Máquina IS conformação 76 Tabela 57 - Cálculo da capacidade efetiva da Máquina IS conformação 77 Tabela 58 - Paradas planejadas da máquina de recozimento 77 Tabela 59 - Cálculo da capacidade efetiva da máquina de recozimento 77 Tabela 60 - Paradas planejadas da máquina de controle de qualidade 77 Tabela 61 - Cálculo da capacidade efetiva da máquina de controle de qualidade 77 Tabela 62 - Paradas planejadas da máquina envasadora 78 Tabela 63 - Cálculo da capacidade efetiva da máquina envasadora 78 Tabela 64 - Paradas planejadas da máquina injetora 78 Tabela 65 - Cálculo da capacidade efetiva da máquina injetora 78 Tabela 66 - Paradas planejadas da máquina rotuladora 78 Tabela 67 - Cálculo dacapacidade efetiva da máquina rotuladora 79 Tabela 68 - Paradas planejadas da máquina encaixadora 79 Tabela 69 - Cálculo da capacidade efetiva da máquina encaixadora 79 Tabela 70 - Paradas planejadas da máquina paletizadora 79 Tabela 71 - Cálculo da capacidade efetiva da máquina paletizadora 79 Tabela 72 - Paradas planejadas da empilhadeira 80 Tabela 73 - Cálculo da capacidade efetiva da empilhadeira 80 Tabela 74 - Capacidade efetiva da máquina trituradora 81 Tabela 75 - Cálculo da capacidade efetiva da máquina trituradora 81 Tabela 76 - Capacidade efetiva para silos 81 Tabela 77 - Capacidade efetiva dos silos 81 Tabela 78 - Capacidade efetiva do elevador de caneca 82 Tabela 79 - Cálculo da capacidade efetiva do elevador de caneca 82 Tabela 80 - Capacidade efetiva do misturador de matéria prima 82 Tabela 81 - Cálculo da capacidade efetiva do misturador de matéria prima 82 Tabela 82 - Capacidade efetiva do forno de fusão 83 Tabela 83 - Cálculo da capacidade efetiva do forno de fusão 83 Tabela 84 - Capacidade efetiva da Máquina IS conformação 83 Tabela 85 - Cálculo da capacidade efetiva da Máquina IS conformação 84 Tabela 86 - Capacidade efetiva da máquina de recozimento 84 Tabela 87 - Cálculo da capacidade efetiva da máquina de recozimento 84 Tabela 88 - Capacidade efetiva da máquina de controle de qualidade 85 Tabela 89 - Cálculo da capacidade efetiva da máquina de controle de qualidade 85 Tabela 90 - Capacidade efetiva da máquina envasadora 85 Tabela 91 - Cálculo da capacidade efetiva da máquina envasadora 85 Tabela 92 - Capacidade efetiva da máquina de injetora 86 Tabela 93 - Cálculo da capacidade efetiva da máquina injetora 86 Tabela 94 - Capacidade efetiva da máquina rotuladora 86 Tabela 95 - Cálculo da capacidade efetiva da máquina rotuladora 87 Tabela 96 - Capacidade efetiva da máquina encaixadora 87 Tabela 97 - Cálculo da capacidade efetiva da máquina encaixadora 87 Tabela 98 - Capacidade efetiva da máquina paletizadora 88 Tabela 99 - Cálculo da capacidade efetiva da máquina paletizadora 88 Tabela 100 - Capacidade efetiva da empilhadeira 88 Tabela 101 - Cálculo da capacidade efetiva da empilhadeira 88 Tabela 102 - Takt Time 90 Tabela 103 - Capacidade do maquinário para fabricação da garrafa. 92 Tabela 104 - Capacidade do maquinário para engarrafamento 94 Tabela 105 - Capacidade nominal maquinário de embalagem. 95 Tabela 106 - Orçamento macro dos equipamentos elétricos 97 Tabela 107 - Tabela da NBR 13.714/2000 107 Tabela 115 - Demanda 123 Tabela 116 - Regressão Linear Simples – Suco A e Suco C 123 Tabela 117 - Previsão de demanda – Suco A e Suco C 124 Tabela 118 - Regressão Linear Simples – Suco B e Suco D 125 Tabela 119 - Previsão de demanda – Suco B e D 126 Tabela 111 - Elaboração do PMP – Suco A 126 Tabela 112 - Elaboração do PMP – Suco B 126 Tabela 113 - Elaboração do PMP – Suco C 126 Tabela 114 - Elaboração do PMP – Suco D 127 Tabela 120 - Capacidade de produção 157 Tabela 121 - Investimento inicial 157 Tabela 122 - Equipamentos 158 Tabela 123 - Mão de obra 158 Tabela 124 - Gastos mensais com manutenção, depreciação e seguros 159 Tabela 125 - Fluxo de Caixa 159 Tabela 126 - Matéria Prima 159 Tabela 127 - Valor Presente Líquido (VPL) e TIR 160 LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS ha Hectares t Toneladas R$ Real (Moeda brasileira) US$ Dólar (Moeda Norte-Americana) g Grama (unidade de medida) % Porcentagem mg Miligramas kcal Kilocaloría t/ha Toneladas por hectare PP Prolipopileno SiO2 Sílica CaO Óxido de Cálcio Na2CO3 Carbonato de Sódio Na2O Óxido de sódio Al2O3 Alumina MgO Óxido de Magnésio °C Graus Celsius (unidade de medida) PET Poli(tereftalato de etileno) PEAD/PE Polietileno de alta densidade PVC Policloreto de vinila PEBD/PE Polietileno de baixa densidade PS Poliestireno EVA Copolímero de etileno e acetato de vinila CV Cavalo (potência) Kw/hora Quilowatts por hora A Fator de tolerância TC Tempo de ciclo TN Tempo normal TP Tempo padrão Σ Somatória TD Tempo disponível kg Quilogramas s Segundos kg/s Quilogramas por segundo s/gf Segundos por garrafa Cp Capacidade produtiva Cp1 Capacidade produtiva para um turno Cp2 Capacidade produtiva para dois turnos Cp3 Capacidade produtiva para três turnos L Litros ml Mililitros 1 INTRODUÇÃO O principal objetivo deste trabalho é projetar uma planta fabril para fabricação de sucos naturais engarrafados, com garrafas de vidro utilizando material reciclado, através do processo de reciclagem secundária ou mecânica, que visa à transformação de resíduos de vidro na produção de novas garrafas, assim como o envase de suco de mirtilo na sua forma integral (2.950.000 unidades/ano em garrafas de 1 litro e 0,5 litros) e na mistura de mirtilo com maçã (2.950.000 unidades/ano em garrafas de 1 litro e 0,35 litros). A fábrica deve contar com uma linha de produção contínua para atender uma demanda de 5.900.000 unidades/ano, com uma estimativa de crescimento de demanda de 5% para os anos seguintes, utilizando tecnologia de ponta e alta qualidade, tendo como meta fixar-se no mercado e atingir o crescimento. O investimento inicial do negócio proposto é R$ 5.706.105,00 que inclui o custo inicial de R$ 5.163.380,00 e capital de giro no valor de R$ 542.725,00. Trata-se de recurso próprio dos sócios. Não haverá necessidade de financiamento. Para criação de uma empresa é preciso elaborar um plano negócio que consiste num conjunto de processos e ferramentas de modo a auxiliar o empreendedor na consolidação do seu projeto. Usa-se uma ferramenta de qualidade chamada Benchmarking que permite que as empresas conheçam diferentes maneiras de lidar com situações e problemas semelhantes, contribuindo para aperfeiçoar os seus próprios processos de trabalho. Embora reciclagem apresente muitas vantagens, a decisão de reutilizar um determinado resíduo deve ser precedida de estudos de viabilidade econômica, volume de resíduo disponível para reciclagem e tecnologia de processos para a transformação de resíduos. Outras etapas importantes são: verificação de normas, detalhes de fabricação, pesquisa de mercado com atributos de concorrentes e pesquisa de fornecedores, desenvolvimento técnico do produto e processos são bases fundamentais no início e desenvolvimento da empresa. Temos como foco atuar como fabricante de garrafas de vidro em três tamanhos: 1 litro, 0,5 litros e 0,350 litros, fornecendo ao mercado suco de frutas envasados nas garrafas nas quais fabricamos. Este Plano de Negócio abordará a empresa Scaps! Trata-se de uma empresa situada na Estr. Ana Procópio de Morães, 1000 - Várzea de Souza, Santana de Parnaíba - SP, 06528-551. Tal endereço foi calculado através do método centro de gravidade, no qual é uma técnica matemática usada para encontrar a localização de um centro de distribuição que minimizará os custos de distribuição. O método leva em conta a localização dos mercados, o volume de mercadorias enviadas para esses mercados e os custos de frete para encontrar a melhor localização para um centro de distribuição. (PEINADO e GRAEML (2007) 2 SUCO DE FRUTAS E SEUS BENEFÍCIOS Segundo Lipson et al., (2007) uma alimentação saudável está associada a três princípios: diversidade, moderação e equilíbrio, a ingestão de alimentos não está relacionada apenas a uma necessidade física, mas faz parte do processo onde o organismo adquire nutrientes para suas funções como crescimento, movimento e desenvolvimento, por este motivo a seleção dos alimentos em busca de qualidade e suas propriedades para consumo são tão importantes. O conceito de nutrição ideal inclui o potencial que os alimentos apresentam para a promoção da saúde e do bem-estar. Neste sentido, ao longo de várias décadas, os biomédicos e nutricionistas têm procurado propriedades terapêuticas em plantas comestíveis e nos seus produtos (sucos de fruta, por exemplo). Nesta busca para suprir as necessidadese demandas do organismo, um dos alimentos que contribui com inúmeros benefícios são as frutas, além de serem produtos naturais, elas possuem uma lista ampla de vitaminas e nutrientes, também fornecem energia. O presente estudo está focado em mostrar benefícios de duas frutas em especial, mirtilo, mais conhecido como blueberry e maçã, pois, a empresa trabalha com suco natural dessas frutas. O consumo ideal de frutas e hortaliças corresponde a 400 gramas diários, considerando cinco ou mais dias na semana, mas apenas 24,1% dos brasileiros ingerem esta quantidade, analisando por sexo, as mulheres correspondem a 28,3% e os homens apenas 19,3%, estes dados foram divulgados pela Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde (VIGITEL). (BRASIL, 2014) Embora saibamos a necessidade de ingerir a fruta in natura por causa das propriedades, é o ideal, mas muita das vezes optamos pelo suco, com adição de açúcar e água.[1: Guia alimentar - Como ter uma alimentação saudável. Informações obtidas em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_alimentacao_saudavel.pdf, 15 abril 2017. ] A ingestão de sucos de frutas oferece ao corpo humano grande parte das vitaminas, sais minerais, aminoácidos e enzimas necessárias. Além disso, os líquidos sempre são bem-vindos ao organismo humano. O suco ajuda o corpo a assimilar os valiosos nutrientes encontrados nos alimentos. Nas frutas estão as enzimas: catalisadores orgânicos que aumentam a taxa de absorção dos alimentos pelo corpo. A digestão rápida e fácil desse alimento, possibilitada pelas enzimas, vai lhe dar mais energia e saúde. Independentemente da receita da bebida de fruta, a água está presente na maioria delas. O líquido é essencial para manter as funções vitais do organismo, pois participa de todos os processos metabólicos, levando em consideração as particularidades de cada fruta, a seleção por suas propriedades pode trazer vigor e benefícios para saúde de formas pontuais. O consumo do suco de frutas é apenas uma das medidas de incentivo do governo Brasileiro para melhorar a saúde, levando em consideração um estudo divulgado pela (BRASIL, 2014), o crescimento de pessoas com sobrepeso e obesas no Brasil corresponde a cerca de 52,5% da população. Como medidas preventivas há atualmente incentivos de ordem pública, fornecendo material de referência para melhorar a alimentação da população. (FORMIGA, 2015) O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2011) - através da Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF - aponta que as frutas, verduras e legumes correspondem a apenas 2,3% das calorias totais ingeridas pela nossa população, ou seja, cerca de um terço das recomendações para o consumo diário desses alimentos. (ANDRADE, 2011, p. 9) Para mudar o quadro atual, há necessidade de empenho, dos cidadãos, em serem criteriosos com os produtos de consumo e também das indústrias em atender não apenas o paladar, mas de proporcionar alimentos mais saudáveis. 2.1 Produção de frutas no mundo Segundo Lucena, et all. (2016), o Brasil só fica atrás de China e Índia no que diz respeito a fruticultura no mundo de acordo com Organização das Nações Unidas (ONU). Evidentemente uma parte dessa produção é exportada para outros países, mesmo uma parte permanecendo no território a quantidade destinada ao consumo ainda está longe do ideal. Os principais produtores mundiais de frutas no mundo estão expressados no Gráfico 1, a seguir: Gráfico 1 – Maiores produtores de frutas no mundo Fonte: Elaborado pelos Autores – adaptação através de SEBRAE (2015, p. 1); CNA BRASIL (2017, p. 97) Segundo Pedrosa (2015) as principais frutas produzidas no mundo são as apresentadas na Tabela 1. Tabela 1 - Principais frutas produzidas no mundo, 2010 FRUTAS ÁREA (ha) PRODUÇÃO (t) % PRODUÇÃO Banana 10.421.421 138.415.749 19,0 Melancia 3.467.630 99.161.274 13,6 Maçã 4.696.259 69.511.975 9,5 Laranja 4.074.698 68.332.573 9,4 Uva 7.104.512 67.116.255 9,2 Demais frutas 30.029.369 285.904.525 39,2 TOTAL 59.793.889 728.442.351 100,0 Fonte: PEDROSA (2015, p. 12) 2.2 Produção de frutas no Brasil A fruticultura é uma atividade de extremada importância para origem de renda e o incremento agrícola do Brasil. O segmento produz, perto de 5,6 milhões de posto de emprego, em plantações que resguarda mais de 2 milhões de hectares espalhados por vários polos de cultivo no país. (CNA BRASIL, 2017)[2: O Sistema CNA é composto por três entidades: a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que representa os produtores rurais brasileiros de pequeno, médio e grande portes, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) que atua como um instrumento para Formação Profissional Rural e Promoção Social e qualidade de vida de homens e mulheres do campo e o Instituto CNA que desenvolve estudos e pesquisas na área social e no agronegócio. (CNA BRASIL, 2017)] A produção entre o ano de 2009 até 2016 está apresentada no Gráfico 2. Gráfico 2 - Produção de frutas no Brasil – 2009 a 2016 Fonte: Elaborado pelos Autores – adaptação através de SEBRAE (2015, p. 1); CNA BRASIL (2017, p. 97) O Brasil está entre um dos maiores produtores e exportadores de frutas, em 2013 produziu cerca de 43,6 milhões de toneladas de frutas, das quais uma estimativa de 23,8 milhões foi utilizada pela indústria de processamento segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), (2015). Observando na Tabela 2, as frutas mais produzidas no ano de 2012, no qual a maçã ocupa a quinta posição, fruta secundária selecionada para produção de suco da empresa Scaps !. Tabela 2 - Principais frutas produzidas no Brasil, 2012 FRUTAS ÁREA (ha) PRODUÇÃO (t) VBP (1000) % PROD. % VBP Laranja 808.624 19.032.285 6.331.313 45,07 4 Banana 478.524 6.943.404 3.778.387 16,44 13,6 Uva 80.651 1.455.081 1.965.737 3,45 9,5 Abacaxi 90.833 3.176.593 1.291.617 7,52 9,4 Maçã 38.491 1.338.270 915.976 3,17 9,2 Demais frutas 1.489.035 11.982.518 7.288.403 28,38 39,2 TOTAL 2.986.158 43.928.151 21.571.433 100,00 100,00 Fonte: ANDRADE (2014, p. 12) 2.3 Tipos de sucos Ao selecionar as bebidas, a primeira necessidade é agradar o paladar e as indústrias de sucos para atender a este requisito extrapola ou acrescenta-se ingredientes, opondo-se ao recomendado pelo Ministério da Saúde. Para compreender melhor será analisado os tipos disponíveis no mercado, de acordo com a Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Suco integral: É o suco da fruta puro sem adição de açúcares, na sua concentração natural, vendidos em diversos seguimentos comerciais, com valor médio de R$10,00 a R$18,00 a garrafa de 1L. Polpa congelada: É o suco ou néctar de fruta geralmente vendida em porções individuais, em saquinhos. Para preparo basta bater com água no liquidificador, existem no mercado com e sem açúcar. No processo de congelamento a fruta perde algumas propriedades nutricionais, fica mais suscetível à oxidação Néctar: A palavra significa doce, bebida adoçada e diluída em água, pronta para consumo, de acordo com Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC). O néctar corresponde de 20% a 30% de polpa, o restante é composto por água, açúcar, corantes e conservantes. Refresco: é um pó, para diluição em água. Para cada 100g de produto seco (pó) há só 1g de polpa de fruta, quantidade igual à dos refrigerantes à base de fruta Instituto de Tecnologia de alimentos (ITAL). Orgânico: Feito de frutas cultivadas sem agrotóxicos (item que não recebeu defensivos agrícolas no plantio). E pelo fato de não levarem conservantes, tendem a durar menos que os itens tradicionais e normalmente são mais caros. Suco natural: Segundo a Legislação Brasileira é o esmagamento da fruta, sem adição de água, exceto as frutas com pouca polpa. Comercializados em restaurantes, lanchonetes e vendas clandestinas pelas ruas, comumpróximo a universidades e escritórios; boa opção por ser mais saudável. 2.4 Opções de frutas com alta taxa de nutrientes e vitaminas Toranja - Os Estados Unidos são um dos maiores produtores de toranja do mundo. Entre outros produtores importantes de toranja estão Israel, México, Cuba e África do Sul (FAO, 2006). É uma fruta cítrica amarga e suculenta. Muito rico em Vitamina C e em glúcidos redutores. A toranja contém 5% de cálcio, entre outros sais minerais orgânicos. É rica em flavonoides que são poderosos antioxidantes e é, igualmente, como todos os da sua família, um fruto anticancerígeno. A toranja está tradicionalmente indicada em curas de emagrecimento, é diurética e é um excelente drenante do fígado. Entre as suas indicações terapêuticas estão: arteriosclerose, artrite, alergias, anorexia, afecções hepáticas, afecções respiratórias, gota, indigestões, inflamações diversas, reumatismo, tuberculose, úlceras de estômago. Ajuda a diminuir os níveis de colesterol e fortalece o Sistema Imunitário. Abacaxi - É uma fruta das regiões tropicais e subtropicais, consumido em todo o mundo. O Brasil é o maior produtor mundial de frutas tropicais e, devido à diversidade de solo e de clima, é possível a produção de frutas de clima temperado e subtropical. O abacaxi é fonte de Vitamina A, B, C e possui cálcio, magnésio, zinco, ferro e fósforo. Ele contém betacaroteno, importante aliado na saúde da retina. Além de ser excelente para perder peso, ele contém pouquíssimas calorias, muita água e fibras, estas facilitam a digestão.[3: Abacaxi e suas propriedades. (SAÚDE E MEDICINA, 2008).] Abacate - É de origem americana: Brasil, México, América Central. Os abacates são ricos em antioxidantes, isso inclui nutrientes chamados luteína e zeaxantina, que são incrivelmente importantes para a saúde ocular. Entre os nutrientes que ele tem em abundância estão: vitaminas B5, B6, C, E e K, folato e potássio. Vários estudos mostram que ter uma alimentação rica em potássio está ligada à redução da pressão arterial, um importante fator de risco para ataques cardíacos, derrames e insuficiência renal. Eles também são ricos em fibras, e muito baixos em carboidratos, dois atributos que também ajudam a promover a perda de peso. Os abacates não contêm qualquer colesterol ou sódio, e são baixos em gordura saturada, portanto a gordura que ele possui é uma gordura saudável. (PIMENTEL, 2014) Mirtilo - Fruta típica Norte Americana conhecida popularmente como blueberry, o mirtilo que vem conquistando espaço no Brasil por suas propriedades medicinais. A sua introdução foi realizada no ano de 1983. Possuem em sua composição baixa quantidade de calorias e diversas vitaminas e nutrientes. Dentre elas podemos destacar seu alto índice de antioxidante, vitaminas A, C e K (citados na Tabela 3). Tem função protetora sobre as paredes das células humanas por seu nível elevado de poli fenóis que previnem o câncer. E além disso, o mirtilo reduz o colesterol ruim, melhora a circulação, combate os radicais livres e tem função anti-inflamatória, tudo isso através de um pigmento chamado antocianina.[4: Informação sobre o mirtilo segundo Fachinello (2008). ][5: UNITED STATES DEPARTAMENT OF AGRICULTURAL. National Nutrient Database For Standard Reference. Release 19. Blueberries health. 2006 Informações obtidas em: http:www.blueberry.org/nutrition.htm 29 de maio de 2017. ] Maçã - Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), (2011), a fruta teve origem no oeste da Ásia e foi introduzida no Brasil com os primeiros colonizadores. Em 1969, por meio de incentivos fiscais, surgiram os primeiros pomares comerciais. No Brasil, as melhores condições climáticas para seu o cultivo encontram-se principalmente nos estados do Sul (EBERT et al., 1998). A maçã assim como o mirtilo tem baixo nível de calorias e possui uma fibra do tipo insolúvel que provoca sensação de saciedade, em sua casca há um componente que auxilia a promover o emagrecimento. Estudos comprovam que a maçã previne câncer de cólon e reduz significativamente os níveis do colesterol ruim. Ela ainda pode melhorar a função pulmonar, graças ao antioxidante quercetina, ainda auxilia na limpeza dos dentes. Tabela 3 - Tabela das Frutas com maior índice de nutrientes Disponível no Brasil Calorias (Kcal) Carboidratos (g) Açúcares (g) Fibras (g) Gorduras (g) Proteína (g) Vitaminas (mg) Toranja x 42 11 7,0 1,6 0,1 0,8 47,8 (58%) Abacaxi x 50 13,12 9,85 1,4 0,12 0,54 10 (12%) Abacate x 160 8,53 0,66 6,7 14,66 2 9,7 (12%) Mirtilo x 57 14,49 9,96 2,4 0,33 0,74 4,6 (6%) Maçã x 52 13,81 10,39 2,4 0,17 0,26 - Fonte: GURSCHE (2012, elaborado pelos Autores) Tabela 4 - Vitaminas das Frutas descritas na Tabela 3 Vitaminas A B C D E K Toranja x - x - - - Abacaxi - - x - - - Abacate x - x - x x Mirtilo x - x - - x Maçã x - x - x x Fonte: GURSCHE (2012, editado pelos autores) A Tabela 5 mostra cada uma das vitaminas e sua função no organismo humano, sem as quais fica exposto e vulnerável às doenças. Tabela 5 - Funções das vitaminas citadas na Tabela 4 Vitamina A B C D E K COMO ATUA NO ORGANISMO É importante para os olhos e a visão, para o sistema imunológico e para o crescimento e o desenvolvimento ósseo. O complexo B é formado por oito tipos diferentes de vitaminas, todas elas atuando em importantes funções vitais: B1, B2, B3, B5, B6, B8, B9, B12. É antioxidante, auxilia no combate ao câncer, beneficia ossos, dentes e tendões, previne gripe. Promove a absorção de cálcio, ideal para o desenvolvimento de ossos e dentes. Age no sistema imunológico, coração, cérebro e na secreção de insulina pelo pâncreas. Previne o dano celular, auxilia no combate ao câncer e na prevenção de doenças cardiovasculares. Auxilia na coagulação e no aumento da quantidade de plaquetas, combate doenças como trombose e fortalece cabelos, unhas e pele. ONDE ENCONTRAR Fígado, abacate, manteiga, leite, gema de ovo, sardinha, batata doce, abóbora, manga e maçã. Carne, aves, peixes, laticínios, gema de ovo, feijão, arroz e cereais integrais, legumes, verduras, frutas variadas, aveia, nozes, cevada, sementes de girassol. Acerola, laranja, mexerica (conhecida também como tangerina, bergamota ou ponkan, conforme a região do país), morango, legumes e folhas verdes escuras. Queijos, manteiga, margarina, nata, leites, peixes, ostras e cereais. Quando a pele é exposta à radiação solar o organismo pode sistematizar a vitamina. Pode ser encontrada em sementes de girassol, no espinafre, nos pimentões e também nas amêndoas. Repolho, couve-flor, espinafre e em outras folhas verdes; na soja, e nos cereais. As bactérias presentes no intestino também produzem vitamina K. O QUE A FALTA DELA PODE CAUSAR A deficiência mais conhecida é a xeroftalmia (cegueira noturna). B1 – Beribéri. B2 – Lesões nos lábios. B3 – Pelagra, doença caracterizada por dermatite, diarreia e demência. B5 – cãibras, cólicas. B6 – aftas, náuseas. B8 – furúnculo B9 – anemia, fraqueza. B12 – anemia, fadiga. Escorbuto, doença caracterizada por hemorragia, inchaço e pus na gengiva, feridas que não cicatrizam, “dentes moles”, cansaço e dores no corpo. Desordens do metabolismo ósseo, doenças inflamatórias e infecciosas e infecciosas, alteração da função cognitiva e imunológica. Aumentam os riscos de derrame e catarata. Afeta sistema nervoso, olhos e músculos. Sangramento nas mucosas: gengiva, nariz, vagina, etc.; manchas roxas na pele e urina avermelhada. Fonte: GURSCHE (2012, editado pelos autores) Com base nas propriedades e vitaminas estudiosos detectam quais frutas podem retardar ou até mesmo inibir agentes causadores de doenças em nosso organismo. Tabela 6 - Prevenção de doenças através das frutas citadas nas Tabelas 3 e 4 FRUTA Osteoporose Redução depressão arterial Diabetes Cardiovasculares Câncer de mama Câncer de estomago Câncer Saúde mental Digestão Obesidade Colágeno Antioxidante Toranja - - - - - x - - x x - - Abacaxi x x - - - - - - - x - x Abacate - - - - - - - - - - - - Mirtilo x x x x x - x x x x x x Maçã - - x x - - x - - - - - Fonte: GURSCHE (2012, editado pelos autores) 2.5 Escolha das frutas para produção dos sucos As frutas para a produção são: mirtilo e maçã. Apesar do mirtilo ser uma fruta pouco conhecida do brasileiro, ela ainda será muito explorada aqui por conta de todos seus benefícios (apresentados nesse estudo), além disso é uma fruta conhecida mundialmente por seu sabor agradável (muitos comparam com o sabor do morango). Seu suco tem característica mais cítrica e não muito doce. Foi eleito principalmente pela quantidade elevada de vitaminas, nutrientes e importante condição de prevenção de doenças e por sua ação no cérebro que contribui para a memória. Outro fator importante para sua escolha foi o grau de inovação para o mercado, pois, sucos desse sabor já existem, mas boa parte são industrializados. A maçã, diferente do mirtilo, já caiu no gosto do brasileiro, mas no que diz respeito a suco, ela é explorada muito por conta da sua alta taxa de frutose, assim como nesse caso, o suco de maçã é misturado ao de mirtilo formando a segunda opção de suco, mais adocicada. Além da função de deixar o suco mais doce sem acrescentar açúcar refinado, por exemplo, sua escolha foi feita muito em função dos inúmeros benefícios apresentados neste trabalho. Em resumo, a escolha das frutas mirtilo e maçã respectivamente, foram feitas principalmente em função da saúde do ser humano, porque são frutas que trazem consigo vitaminas e nutrientes, prevenindo assim, comorbidades, e ainda com poucas calorias, contribuindo na perda de peso. Mas sem esquecer do sabor, que é inevitavelmente para alavancar as vendas. 2.6 Origem do mirtilo e sua introdução no mercado brasileiro O mirtilo (blueberry) é uma pequena fruta originária da América do Norte, desde o sul dos EUA até o leste do Canadá. O fruto, também conhecido como uva-do-monte, ganhou destaque devido às suas propriedades medicinais. As plantas são arbustos de pequeno porte, quando maduras, adquirem coloração azul arroxeada e sabor doce-ácido. (SILVEIRA, et al. 2007, p. 365) No Brasil sua introdução foi realizada no ano de 1983, através de uma coleção de plantas trazidas pela (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa) Clima Temperado (Pelotas-RS), realizada pelo pesquisador Alverides Machado dos Santos, e a primeira iniciativa comercial no País deu-se a partir de 1990, em Vacaria (Rio Grande do Sul). A área cultivada no Brasil é superior a 150 hectares, onde uma parte produção vai para exportação, e a outra absorvida no mercado interno. O Rio Grande do Sul é o Estado que mais produz mirtilo ocupando uma área de 65 ha produzindo cerca de 150 toneladas, com 45 produtores rurais. O maior mercado consumidor do País é São Paulo, e o local onde se encontra o maior número de atacadistas dessa fruta é o Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP), da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP). (HOFFMANN & ANTUNES, 2014) 2.6.1 Propriedades do mirtilo O mirtilo, conhecido popularmente como fruta da longevidade, é uma das frutas que mais cresce em consumo no mundo, pelas suas características funcionais à saúde. Além de ser uma das frutas mais ricas em antioxidantes, mirtilos contêm um tipo de flavonoides conhecidos como antocianinas, que contribuem para os inúmeros benefícios de saúde. Pesquisas mostraram que as antocianinas inibiram o crescimento celular e induziram as células cancerígenas ao processo de "morte programada”. Podemos destacar em suas propriedades a diminuição do risco de obesidade, diabetes, doenças cardíacas e mortalidade global, aumento da energia e ainda ajuda a promover pele e cabelos saudáveis. Nutrientes como ferro, fósforo, cálcio, magnésio, manganês, zinco e vitamina K presentes da composição do mirtilo ajudam a construir e manter a estrutura óssea. O potássio, cálcio e magnésio também presentes diminuem a pressão arterial naturalmente. Além disso possui vitaminas A, B, C e baixo teor de gordura e sódio.[6: Megan Ware RDN LD. "Blueberries: Health Benefits, Facts, Research." Medical News Today. MediLexicon, Intl., 15 Mar. 2016. Informações obtidas em: http://www.medicalnewstoday.com/articles/287710.php 22 Abril 2017. ] Para uma análise mais precisa o departamento de agricultura Americano desenvolveu uma pesquisa para aferir as propriedades entre as frutas conhecidas como berries, ou frutas vermelhas, de pequenas com uma vasta propriedade nutricional. A Tabela 7, apresenta o teor de cálcio na amostra analisada foi de 12,10 mg/100g de cálcio, valor significativo, superior ao encontrado nas análises da United States Departament of Agriculture (USDA) de 9 mg/100g. Em comparação com as propriedades da jabuticaba, com base na análise de Oliveira et al.,2003, a quantidade de cálcio em 10 tipos de jabuticabas, em média, é de 3 mg/100g. A jabuticaba é semelhante ao mirtilo no tamanho, na cor e no sabor sub ácido. Segundo Santos et al., (2005), a avaliação da amostra de mosto de acerola e quantificaram o teor de cálcio em 8,70 mg de cálcio em 100g de extrato. O alto teor encontrado no mirtilo deve-se, provavelmente, à presença deste elemento na película do fruto e também proveniente dos tratamentos fitossanitários. De acordo com a Tabela 7, os valores encontrados de fósforo foram de 9,2 mg/100g, enquanto que a USDA constatou na análise, 18 mg/100g. Pela escassez de trabalhos voltados às análises de fósforo no mirtilo, os resultados encontrados foram comparados com outras frutas como acerola e jabuticaba. O teor de fósforo na acerola verificado no estudo de Santos et al., (2005), foi de 16,20 mg/100g, portanto, valor superior ao encontrado no mirtilo. Os valores obtidos nas jabuticabas, segundo Oliveira et al., (2003), foram de, em média, 0,2 mg/100g, o que não é significativo. A umidade constatada no mirtilo foi de 87,68 %, semelhante aos valores encontrados pela USDA de 84 %. O jambolão é semelhante ao mirtilo, pois ele é um fruto pequeno e, devido ao alto teor de pigmentos antociânicos, possui a mesma coloração característica, e, da mesma forma, tem despertado interesse pelos seus efeitos nutricionais, terapêuticos e ação antioxidante. O valor da umidade no jambolão foi de 87,75 % de acordo com Bravo (1988). Tabela 7 - Composição química do mirtilo em 199g de fruto fresco Composição química Teor DP CV (%) Umidade (%) 87,68 0,02 0,02 Proteína bruta (%) 0,57 0,04 7,01 Lipídio (%) 0,10 0,01 10,0 Cinzas (%) 0,19 0,01 5,26 Fibra bruta (%) 1,69 0,09 5,32 Carboidratos (%) 9,77 0,06 0,61 Cálcio mg/100g 12,10 0,17 1,40 Fósforo mg/100g 9,20 0,09 9,97 N = 3, DP= Desvio Padrão, CV = Coeficiente de Variação Fonte: SILVEIRA, et all. (2007, p. 367) As frutas contêm certa quantidade de água, a qual é chamada de umidade inicial e pode ser conhecida como uma porcentagem da massa total da fruta. Quando a umidade interna do fruto é maior do que a da atmosfera de armazenamento, a água se movimenta de dentro para fora, na forma de vapor, havendo assim perdas de peso. Como os frutos pequenos possuem uma grande área de superfície exposta ao ambiente, há uma alta taxa de desidratação principalmente durante o armazenamento refrigerado. A porcentagem dessa perda de peso pode variar em função do aumento do período de armazenamento. Isso pode ser observado em uma parcela da amostra de mirtilo que foi mantida congelada por alguns dias. À medida que os frutos permaneceram sob refrigeração, mais desidratados ficavam e, consequentemente, mais murchos e desbotados. (WANG & LIN, 2000) Tabela8 - Informações nutricionais e composição química do mirtilo Fonte: FATSECRET BRASIL (2017, p. 2) 2.6.2 Comércio do suco de mirtilo O suco de mirtilo pode ser encontrado em supermercados como néctares em caixinhas ou integral. Os valores citados são referentes ao mês de março de 2017, consultados nos sites dos respectivos mercados.Figura 1 - Comércio de suco de mirtilo no Hipermercado Extra Fonte: HIPERMERCADO EXTRA (2017) 2.6.3 Cultivo e o mercado da maçã Relatos apontam o Oriente Médio e Leste Asiático como pioneiros no cultivo de maçã, fruta típica de clima temperado, a cultura da maçã é uma das atividades que mais recebe investimento em tecnologia e qualidade no país. Além do amplo consumo fresco, a maçã é útil para diversos tipos de processamento, produzindo produtos como doces, geleias, compotas, bebidas e vinagre. Na indústria processadora, o suco é considerado um dos principais produtos. A produtividade média da maçã no Brasil varia de 15 a 30 t/ha de frutos em pomares adultos e conduzidos dentro das modernas técnicas. Essa variação ocorre em função do espaçamento, cultivar e manejo. A produção de maçã se concentra em duas cultivares, Gala e Fuji, que representam em torno de 90% da área plantada.[7: Toneladas por hectare. ][8: Cultivo e o mercado da maçã. Informações disponíveis em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-cultivo-e-o-mercado-da-maca,ea7a9e665b182410VgnVCM100000b272010aRCRD ] De acordo com Benno et al. (2016) durante muito tempo o consumo de maçã no Brasil foi sustentado pelas importações, mas hoje o País está entre os maiores produtores, graças a investimentos em pesquisas, como novas variedades adequadas às condições climáticas e culturais, e aproveitando terras de altitude, frio e variação de temperatura entre o dia e a noite, favoráveis à produção, basicamente na região Sul, responsável por 99% do total. O País já chegou entre os 10 de maior produção (no ciclo 2010/11). Em 2013, último dado mundial, foi registrada a 12ª colocação em volume, 13ª em produtividade (o dobro da média geral) e já a 22ª em exportação. A cadeia produtiva da maçã movimenta R$ 6 bilhões e gera 195 mil empregos. Tabela 9 - Principais áreas de produção de maçã no Brasil PRINCIPAIS ÁREAS DE PRODUÇÃO (EM TONELADA) REGIÕES SAFRA 2013/14 SAFRA 2014/15 São Joaquim (SC) 427.800 411.514 Vacaria (RS) 398.789 435.023 Fraiburgo (SC) e outras 197.200 200.269 Caixas do Sul (RS) e outras 69.266 57.030 Lapa (PR) 23.304 25.978 Palmas (PR) 14.300 15.000 Fonte: BENNO, et al. (2016) 2.6.4 Maçã - propriedades De acordo com Benno, et al. (2016) uma maçã em média possui aproximadamente quatro gramas de fibra. Uma parte disso está na forma de pectina, um tipo de fibra solúvel que tem sido associada a redução dos níveis do colesterol ruim, ainda ajuda higienizar a cavidade oral e previne a infecção de garganta. Ela bloqueia a absorção de colesterol, ajudando o corpo a usá-lo em vez de armazená-lo. A presença de fibras na maçã também faz com que ela deixe você saciado por mais tempo sem que precise consumir muitas calorias (95 em uma fruta média). O nosso corpo demora mais para digerir fibras complexas do que matérias simples como açúcar ou cereais refinados. Qualquer alimento com pelo menos três gramas de fibras é uma boa fonte de nutrientes, já que a maioria das pessoas deve consumir de 25 a 40 gramas por dia. A associação de produtores menciona ainda, com base em pesquisas, que uma maçã por dia auxilia a digestão, modera o apetite, além de atuar contra a diarreia e o reumatismo. A fruta também contribui na prevenção do câncer digestivo, do derrame cerebral, de alergias e irritações físicas. Além disso, evita a formação de cálculos renais, depura o sangue, melhora a respiração e o sono. Enfim, conforme estudos sobre a fruta, seus nutrientes, vitaminas e minerais são essenciais para manter uma vida saudável e inclusive retardar o envelhecimento. Tabela 10 - Informação nutricional da maçã Valor Nutritivo de 100 g de maçã (FUJI e GALA) Macro Componentes Minerais Vitaminas Água 83,93 g Sódio 0 mg A 58 mcg Valor Energético 59 Kcal = 247 kj Cálcio 7 mg B1 0,01 mg Carboidratos 15,25 g Ferro 0,18 mg B2 0,01 mg Proteína 0,19 g Potássio 115 mg B5 0,06 mg Lipídeos 0,36 g B6 0,04 mg Fibra alimentar 2,7 g B9 2,9 mcg C 5,7 mg E 0,32 mg Fonte: BENNO, et al. (2016) 2.6.5 Comércio do suco de maçã O suco de Maçã pode ser encontrado em supermercados como néctares em caixinhas ou integral. Os valores citados são referentes ao mês de março de 2017, consultados nos sites dos supermercados Extra e Pão de Açúcar. Figura 2 - Suco de Maçã Fonte: EXTRA SUPERMERCADO (2017) 3 PROJETO DO PRODUTO A empresa SCAPS! tem como objetivo fabricar sucos naturais engarrafados, com a utilização de vidros reciclados. Um desafio para a criação de novos produtos está na habilidade de converter um conhecimento em produtos e serviços que ofereçam valor superior aos consumidores.Figura 3 - Árvore do Produto Fonte: Elaborado pelos autores (2017) 3.1 Modelo de projeto de desenvolvimento do produto (PDP) A abordagem de Desenvolvimento Integrado de Produto (DIP) foi adotada para o desenvolvimento de garrafas de vidro, seu envasamento até a chegada ao produto final. O DIP, que de acordo com, desenvolveu-se em meados de 1980 e 1990 e possui características a visão que o desenvolvimento é um processo da empresa gerando simultaneidade de informações e de atividades, maior intensidade na comunicação entre os setores e departamentos, condução do projeto através de times multifuncionais e participação de todas as áreas envolvidas, principalmente no início, tornando o andamento mais fluído e sem divergências. (ROZENFELD, 2006) A Figura 7, representa as etapas do desenvolvimento do produto desde a concepção do produto até a desativação. Figura 4 - Processo de Desenvolvimento de Produto Fonte: ROZENFELD (2006, p. 5) Ainda, segundo Rozenfeld (2006), o Processo de Desenvolvimento do Produto (PDP) faz a interface entre a empresa e o mercado, busca identificar as necessidades do mercado e dos clientes em todas as fases do ciclo de vida do produto, tendo algumas características marcantes: Elevado grau de incertezas e riscos das atividades e resultados; Decisões importantes devem ser tomadas no início do processo, quando as incertezas são ainda maiores; Dificuldades de mudar as decisões iniciais; Atividades básicas: Projetar (gerar alternativas) – Construir – Testar – Otimizar; Manipulação e geração de alto volume de informações; Informações e atividades de várias áreas da empresa; Multiplicidade de requisitos a serem atendidos pelo processo. As decisões técnicas iniciais determinam 85% do custo do produto, mas no início, quando temos de tomar as decisões, as incertezas são grandes. O segredo é gerenciar as incertezas. O custo da modificação é maior com o passar do tempo. 3.2 Identificação do mercado consumidor Ao invés de tentar levar para o mercado o que nos é mais fácil de fazer, devemos descobrir muito mais sobre o que o consumidor está disposto a adquirir. Devemos colocar nossa criatividade de uma forma mais inteligente quanto às pessoas e suas necessidades e desejos, do que quanto aos produtos. (KOTLER, 2006, p. 54) O público-alvo potencial são homens e mulheres que fazem compras em supermercados e comércios alimentícios. Nossos clientes são grandes redes varejistas, atacadistas e pequenas e médias empresas que atuam na área de comércio de alimentos ebebidas, tendo como meta estabelecer uma distribuição em todo estado de São Paulo. A classe econômica do nosso público alvo são as classes “A” e “B”, por causa do preço final do produto que é acima da média de preços dos sucos naturais “tradicionais” (laranja, uva, maracujá, etc.) e também por sua embalagem ser em vidro. Este já explorado, porém, novo mercado que surge com novas opções de sabores de suco de frutas, utilizando para isso o mirtilo na forma integral e também na mistura de Mirtilo com Maçã, resultando assim em um produto puro e natural e uma busca da melhoria na qualidade de vida tornando-a muito mais saudável, pois em nossos sucos não há adição de quaisquer açúcares modificados, utilizando o próprio açúcar da fruta. 3.3 Estudo de mercado Segundo Pugh (1996, p. 147), “Atividade sistemática necessária desde a identificação do mercado/necessidades dos usuários, até a venda de produtos capazes de satisfazer estas necessidades – uma atividade que engloba produto, processos, pessoas e organização”. Inicialmente, com intuito de levantar dados do mercado de suco de mirtilo, procuraram-se empresas que trabalham buscando a sustentabilidade e que trabalham com produtos reciclados, porém, com uma grande dificuldade nesta busca devido a este produto possui poucos fabricantes nacionais e uma grande quantidade de produtos importados. Este tipo de suco encontra-se num momento de crescimento, ainda sendo pouco comercializado no Brasil, mas com muitas empresas importadoras do produto. A concorrência em mercado tem como grande força não só os nacionais, mas também produtos importados, com alto custo. Com o objetivo de criar um produto melhor, nacional e com custo que compense o investimento, e assim competir com as grandes distribuidoras, desenvolvemos um diferencial competitivo que enalteça nosso produto que são, além das garrafas de 1 litro, o que é normalmente oferecido pelo mercado, também frascos de 500ml e 350ml. 3.4 Concorrência Podem-se distinguir três formas diferentes de concorrência. A primeira é a concorrência genérica, que vem de outras categorias de produtos que podem satisfazer à mesma necessidade do consumidor. A concorrência genérica está sempre presente, haja ou não concorrentes ativos oferecendo o mesmo produto. A segunda é a concorrência de forma de produto, que se refere a versões específicas do produto, que podem concorrer entre si. A terceira é a concorrência empresarial, que se refere a organizações específicas, que são produtores concorrentes no mesmo produto ou serviço. (KOTLER, 2006, p. 97) A técnica utilizada foi o Benchmark, pois foi realizada uma análise comparativa de produtos e preços da concorrência. É uma abordagem da gestão organizacional que conduz à tão sonhada excelência, que se utiliza de procedimentos de investigação que pretendem reunir e adaptar as respostas encontradas por outras organizações. Longe de se igualar à mera cópia, revela alternativas valiosas de incrementos de níveis de eficácia e eficiência. (ARAÚJO, 2012, p. 196) Desta forma, como “concorrentes empresariais”, temos os importadores de suco de frutas, com vários modelos e tamanhos de embalagens disponíveis no mercado. Estes concorrentes importam diversos modelos do produto dos EUA onde o consumo é maior e outros importam da Europa, mas os mesmos são considerados grandes concorrentes devido à qualidade e foco no público alvo. Também existem concorrentes vindos, principalmente da Região Sul do Brasil. Os concorrentes da empresa em estudo são: Del Valle, Ades, Maguary Life, Da Fruta e Su Fresh. Na Tabela 11, a seguir, é apresentada uma análise da concorrência. 3.5 Tabela com análise da concorrência Tabela 11 - Tabela com análise da concorrência Análise da concorrência Nome do Concorrente Linha de produtos vendidos Site da loja Perfil nas redes sociais (Facebook, etc.) Uso de alguma tecnologia? (Qual) Está fazendo algum tipo de anúncio (tv, jornal, outdoor, internet)? Possui algum sistema de gestão de loja? Utiliza alguma tecnologia/sistema na comunicação com clientes? (Envio de E-mail, SMS, aplicativo de celular) Algum diferencial percebido além desses? (Qual) Anotações Concorrente 1 Coca-Cola Del Valle http://www.delvalle.com.br/pt/home/ https://pt-br.facebook.com/ades.br/ Máquina de refrigerante - Freestyle Trata-se de uma nova máquina que permite que o consumidor crie o seu suco e/ou refrigerante. Cola etiqueta nas frutas sugerindo o produto. Investimento no Youtube; Comerciais em TV. 1. Alcance de meta 2. Produto por atendimento (PA) e ticket médio (TM) 3. taxa de conversão 4. ranking de vendedores 5. Recorrência de clientes 6. quantidade de produtos sem giro 7. Cobertura de estoque Envio de email, SMS, aplicativo de celular Promoção de diversas ações pensando no bem-estar coletivo, por meio de projetos de cunho social, cultural, esportivo e ambiental Lidera o mercado brasileiro com 45,9% Concorrente 2 Coca-Cola Ades www.cocacolabrasil.com.br/bebidas/ades https://www.facebook.com/ades.br/?brand_redir=157175937685488 Máquina de refrigerante - Freestyle Cola etiqueta nas frutas sugerindo o produto. 1. Alcance de meta 2. Produto por atendimento (PA) e ticket médio (TM) 3. taxa de conversão 4. ranking de vendedores 5. Recorrência de clientes 6. quantidade de produtos sem giro 7. Cobertura de estoque Envio de email, SMS, aplicativo de celular Promoção de diversas ações pensando no bem-estar coletivo, por meio de projetos de cunho social, cultural, esportivo e ambiental Terceiro lugar, no Brasil, em liderança de suco a base de soja. Concorrente 3 Grupo Britvic PLC Maguary Life www.maguary.com.br https://www.facebook.com/SucosMaguary Embalagens combiblocMidi e tampa rosca combiSwift Investimento no Youtube Gestão de loja focada em crescimento Envio de email, SMS, aplicativo de celular x Tem 9,7% do mercado brasileiro. Concorrente 4 Grupo Britvic PLC Da Fruta www.maguary.com.br http://abir.org.br/associado/ebba/ Embalagens combiblocMidi e tampa rosca combiSwift Investimento no Youtube Gestão de loja focada em crescimento Envio de email, SMS, aplicativo de celular x Concorrente 5 Wow! Nutritional Su Fresh www.sufresh.com.br/ https://www.facebook.com/SufreshOficial ERP (Enterprise Resource Planning, ou sistema de gestão empresarial) e adota um programa chamado QlikView Investe no Youtube e na Televisão. Gestão de loja focada em crescimento Envio de email, SMS, aplicativo de celular x Segunda colocada em relação a liderança do mercado brasileiro com 12,1%. Entretanto, trata-se de uma Empresa em Intervenção Judicial. ACRESCENTAR OUTROS CONCORRENTES ABAIXO Fonte: Elaborado pelos autores (2017) 3.5 Pesquisas de mercado Com a necessidade de criar um produto que agrade ao consumidor, buscamos produtos similares no qual estão detalhadas as marcas e seus referentes preços finais ao mercado consumidor: Garrafa 1 litro (1000 ml). Local da pesquisa: Importadora de Bebidas Imigrantes em 05/05/2017. (Imigrantes Mercantil Ltda. | CNPJ - 04.517.343/0001-89). Tabela 12 - Pesquisa de mercado Marca/FABRICANTE ORIGEM PREÇO* EM R$ EM US$ Xarope Routin Blueberry França R$ 59,90 (18.84) AECIA Brasil R$ 34,90 (10.97) Japanese Fresh Blueberry Japão R$ 46,90 (14.75) Dynamic Health Blueberry USA R$ 37,74 (11.86) Biotta A. Vogel Blueberry USA R$ 57,90 (18.20) *Dólar R$ 3,18 em 07/05/2017. Fonte: IMPORTADORA DE BEBIDAS IMIGRANTES (2017) 3.6 Fabricação das garrafas As garrafas foram fabricadas utilizando, exclusivamente, vidro reciclado que foram adquiridos através de fornecedores, tais como cooperativas e ONGs que executam este trabalho e são entregues em forma de grãos (vidro britado), que apósanalisados assim que chegam possam manter sua qualidade e desempenho no momento em que é derretido e moldado. O sistema utilizado na modelagem é o soprado-soprado e posteriormente sofre resfriamento para um manuseio mais fácil e máxima qualidade do vidro. Por sua impermeabilidade, o principal motivo que utilizamos garrafas de vidro para o envase do suco de mirtilo, pois o plástico possui poros microscópicos que permitem que gases penetrem em seu recipiente, assim como possui elementos químicos que podem vazar, modificando o sabor natural do suco. As garrafas foram fabricadas em três tamanhos: 350 ml; 500 ml e 1000 ml, conforme anexo. 3.6.1 Envasamento O envasamento do suco de mirtilo na garrafa de vidro foi executado através de uma máquina para dosar/envasar, selar e tampar o recipiente automaticamente, conforme segue catálogo. A escolha da máquina deu-se devido à alta capacidade de produção e dispondo de um equipamento automático, facilitou o trabalho para que a demanda fosse suprida facilmente. 3.6.2 Tampa da garrafa A tampa da garrafa será feita de Polipropileno (PP) ao invés do alumínio foi adotada após um estudo de viabilidade que demonstrou que para a fabricação das tampas utilizando o Alumínio seria necessária a compra de maior quantidade de máquinas, além de ser um material que exige um tratamento maior para um mesmo resultado (lacrar a garrafa). Figura 5 – Tampa de Polipropileno Fonte: BRASKEM (2015) O polipropileno é uma resina termoplástica, pertencente ao grupo das poliolefinas que inclui os polietilenos e polibutenos, com ampla faixa de propriedades e grande facilidade de processamento. Estas características têm permitido o crescimento contínuo no consumo mundial deste material, sendo um dos plásticos de maior venda e que mostra a Química dos Polímeros 44 maior taxa de crescimento anual no mundo, devido às suas excepcionais propriedades e versatilidade de aplicação e uso. (PASSATORE, 2013. p. 43 e 44) O PP é um material (plástico) mais barato, diminuindo o preço final do produto, sendo este o maior motivo para sua utilização. Propriedades: Quimicamente inerte; Alta resistência ao impacto; Excelente propriedade de barreira de gases e odores. As tampas da empresa: . 3.7 Marca Uma “marca é um nome, termo, sinal, símbolo ou desenho, ou uma combinação dos mesmos, que pretende identificar os bens e serviços de um vendedor ou grupo de vendedores e diferenciá-los daqueles dos concorrentes”. (PINHO, 1996, p.14) Técnica criada pelo americano Osborn em 1963 utilizada para auxiliar um grupo de pessoas a criar o máximo de ideias no menor tempo possível. Geralmente traduz-se para o português como tempestade cerebral ou tempestade de ideias. Esta técnica visa ajudar os participantes a vencer as suas limitações em termos de inovação e criatividade e sua prática pode durar desde alguns minutos até várias horas ou até mesmo dias. (GODOY, 2004 p. 15) Desta forma utilizando-se a técnica de brainstorming foram selecionados vários nomes que fizessem relação ao produto e reaproveitamento de materiais. Entre as várias ideias para o nome, a palavra “SCAPS!” foi escolhida por ser um nome que sempre fez parte da vida acadêmica do grupo envolvido no projeto. 3.7.1 Logomarca Figura 6 - Logomarca do produto Fonte: Elaborado pelos Autores (2017) 3.8 Slogan Saúde, sabor e sustentabilidade. 3.9 Especificações do produto 3.9.1 Identificação do produto Nome: Garrafa de Vidro com Tampa. Fabricação: SCAPS! Marca: SCAPS! 3.9.2 Descrição do produto Produto com estrutura desenvolvida em vidro com tampa fabricada em polipropileno (PP) para envase de Suco de Frutas (Produto terceirizado) com Rótulo do fabricante (Terceirizado) nos formatos conforme abaixo e em anexo: Desenho 1: Garrafa de 350 ml (Anexo) Desenho 2: Garrafa de 500 ml (Anexo) Desenho 3: Garrafa de 1000 ml (Anexo) 3.9.3 Composição Garrafa de vidro, tampa de polipropileno (PP), rótulo e contendo suco de frutas natural (Fabricação: SCAPS!). 3.9.4 Parâmetros físico-químicos do suco No Brasil, os parâmetros físico-químicos para o suco de maçã são estabelecidos pela Instrução Normativa nº 1, para o néctar convencional pela Portaria nº. 371 e para o néctar de baixa caloria pela Instrução Normativa SDA nº. 30. Tabela 14 - Parâmetros físico-químicos do suco Fonte: IHA et al., (2006, p. 29) 3.10 Normas da vigilância sanitária e ANVISA da rotulagem (normas para produtos alimentícios, rotulagem nutricional) Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), (2005), o rótulo do alimento é uma forma de comunicação entre os produtos e os consumidores. Vejam algumas informações que sempre devem estar presentes nos rótulos e são importantes que você as identifique: Lista de Ingredientes Informa os ingredientes que compõem o produto. A leitura dessa informação é importante porque o consumidor pode identificar a presença de termos, como açúcar, sacarose, glicose, ou outros tipos de açúcar, como a dextrose. Obs. 1: Alimentos de ingredientes únicos como açúcar, café, farinha de mandioca, leite, vinagre não precisam apresentar lista de ingredientes. Obs. 2: A lista de ingredientes deve estar em ordem decrescente, isto é, o primeiro ingrediente é aquele que está em maior quantidade no produto e o último, em menor quantidade. 3.10.1 Origem Informação que permite que o consumidor saiba quem é o fabricante do produto e onde ele foi fabricado. São informações importantes para o consumidor saber qual a procedência do produto e entrar em contato com o fabricante se for necessário. 3.10.2 Prazo de validade Os produtos devem apresentar pelo menos o dia e o mês quando o prazo de validade for inferior a três meses; o mês e o ano para produtos que tenham prazo de validade superior a três meses. Se o mês de vencimento for dezembro, basta indicar o ano, com a expressão “fim de......” (ano). 3.10.3 Conteúdo líquido Indica a quantidade total de produto contido na embalagem. O valor deve ser expresso em unidade de massa (quilo) ou volume (litro). 3.10.4 Lote É um número que faz parte do controle na produção. Caso haja algum problema, o produto pode ser recolhido ou analisado pelo lote ao qual pertence. Informação Nutricional Obrigatória É a tabela nutricional. Sua leitura é importante porque a partir das informações nutricionais você pode fazer escolhas mais saudáveis para você e sua família. 3.10.5 Tabela de informação nutricional nos rótulos 3.10.5.1 Valor energético É a energia produzida pelo nosso corpo proveniente dos carboidratos, proteínas e gorduras totais. Na rotulagem nutricional o valor energético é expresso em forma de quilocalorias (kcal) e quilo joules (kJ). Obs.: Quilo joules (kJ) é outra forma de medir o valor energético dos alimentos, sendo que 1 kcal equivale a 4,2 kJ. 3.10.5.2 Carboidratos São os componentes dos alimentos cuja principal função é fornecer a energia para as células do corpo, principalmente do cérebro. São encontrados em maior quantidade em massas, arroz, açúcar, mel, pães, farinhas, tubérculos (como batata, mandioca e inhame) e doces em geral. 3.10.5.3 Proteínas São componentes dos alimentos necessários para construção e manutenção dos nossos órgãos, tecidos e células. Encontramos nas carnes, ovos, leites e derivados, e nas leguminosas (feijões, soja e ervilha) 3.10.5.4 Gorduras totais As gorduras são as principais fontes de energia do corpo e ajudam na absorção das vitaminas A, D, E e K. As gorduras totais referem-se à soma de todos os tipos de gorduras encontradas em um alimento, tanto de origem animal quanto de origem vegetal. 3.10.5.5 Gorduras saturadas Tipo de gordura presente em alimentos de origem animal. São exemplos: carnes, toucinho, pele de frango, queijos, leite integral, manteiga, requeijão, iogurte. O consumo desse tipo de gordura deve ser moderado porque, quando consumido em grandes quantidades, pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças do coração. Alto %VD significa que o alimento apresentagrande quantidade de gordura saturada em relação à necessidade diária de uma dieta de 2000 Kcal. 3.10.5.6 Gorduras trans ou ácidos graxos trans Tipo de gordura encontrada em grandes quantidades em alimentos industrializados como as margarinas, cremes vegetais, biscoitos, sorvetes, snacks (salgadinhos prontos), produtos de panificação, alimentos fritos e lanches salgados que utilizam as gorduras vegetais hidrogenadas na sua preparação. O consumo desse tipo de gordura deve ser muito reduzido, considerando que o nosso organismo não necessita desse tipo de gordura e ainda porque, quando consumido em grandes quantidades, pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças do coração. Não se deve consumir mais que 2 gramas de gordura trans por dia. Obs.: O nome trans é devido ao tipo de ligações químicas que esse tipo de gordura apresenta. 3.10.5.7 Fibra alimentar Está presente em diversos tipos de alimentos de origem vegetal, como frutas, hortaliças, feijões e alimentos integrais. A ingestão de fibras auxilia no funcionamento do intestino. Procure consumir alimentos com alto %VD de fibras alimentares. 3.10.5.8 Sódio Está presente no sal de cozinha e alimentos industrializados (salgadinhos de pacote, molhos prontos, embutidos, produtos enlatados com salmoura) devendo ser consumido com moderação uma vez que o seu consumo excessivo pode levar ao aumento da pressão arterial. 4 MATÉRIA-PRIMA: VIDRO Segundo Westphal (2016) não existem informações precisas a respeito da origem do vidro, ou de sua fabricação. Cinzas descobertas com a fusão do cobre ou de taças de barro eram usadas para vitrificar a cerâmica desde tempos remotos. Estudos indicam a existência de artefatos desse tipo na Mesopotâmia desde o Século 5° a.C., ou no Egito desde o século 4° a.C. Contas de vidro esverdeado foram encontradas na tumba de faraós egípcios datadas de 3.500 a.C., marcando o início da fabricação intencional de vidro. A partir de meados do século 2° a.C., começam a surgir anéis e pequenas imagens de vidro moldadas em tigela. (WESTPHAL, 2016, p. 14) Os antigos egípcios eram proeminentes fabricantes de vidro, fazendo uso de metais e óxidos metálicos para colorir o vidro. Eles fabricaram vidro usando um método conhecido como formação de núcleo, que era extremamente intensivo em mão-de-obra e consumia muito tempo. (BRISTOL BLUE GLASS, 2017) Ainda citando Bristol Blue Glass (2017), foram os fenícios que revolucionaram a forma como fabricamos vidro. Eles descobriram que se poderia tomar uma gota de vidro derretido no final de um tubo de ferro oco e "soprar" o vidro. Essas novas habilidades foram aprendidas pelos romanos que, por sua vez, introduziram o sopro de vidro em todo seu importante império. O registro mais antigo sobre o processo de fabricação do vidro, aparece em tabuletas de argila na grande biblioteca do rei assírio Ashurbanipal, (668-626 a.C.), que descreviam: “60 partes de areia, 180 partes de cinzas de algas marinhas, 5 partes de giz, (carbonato de cálcio) – e você terá vidro”. (WESTPHAL, 2016) Naquela época, o processo de fabricação consistia em fixar uma mistura de areia e argila numa haste metálica que mergulhada em vidro fundido, girava em torno do seu próprio eixo, criava um grande núcleo sólido, envolto por uma massa de vidro amolecido. Na sequência, essa massa era enrolada numa forma adequada sobre uma superfície plana e o núcleo era removido após o resfriamento. Esse processo permitiu a produção de pequenos copos, vasos e outros. (WESTPHAL, 2016) Em 1880, iniciou-se a fabricação de garrafas de vidros para transportar leite, devido à necessidade de se ter um transporte higiênico deste alimento. Muitas máquinas foram desenvolvidas para a produção de vidro e abastecer o mercado de diversos alimentos, tornando-o um material de uso em larga escala na indústria alimentícia e de utensílios domésticos. Em 1900 teve início à produção de vidro plano contínuo, através do estiramento da folha na vertical. Somente a partir do início do século XX que a indústria do vidro se desenvolveu com a introdução de fornos contínuos e máquinas semi ou totalmente automáticas. (JORGE, 2013) A década de 1990 foi marcante para a indústria de embalagens de vidro, pois foi introduzida no Brasil a tecnologia de vidros leves, causando uma redução de 20% no peso da embalagem e permitindo que o vidro se tornasse mais resistente. O vidro também possui outras aplicações, além de embalagens para alimentos, como as fibras óticas que substituem com vantagens os tradicionais cabos de cobre e alumínio utilizados em comunicações, lâmpadas, isoladores, etc. (JORGE, 2013) Conforme Fogaça (2017), atualmente o vidro é fabricado praticamente a partir da mesma matéria-prima, ou seja, a areia, de onde é retirada a sílica e adiciona-se também a barrilha, de onde vem o sódio, o calcário, de onde é retirado o cálcio, dolomita, feldspato, sulfato de sódio e caco de vidro. Na Tabela 14 é apresentado todos os componentes necessários para o vidro. Tabela 15 - Matéria-prima para composição do vidro Componente Função Branco (Perfumaria) % Âmbar (Farmacêutico) % KG % KG Areia (Sílica) Vitrificante 47,46 35.000,00 18,17 13.500,00 Calcário (Óxido de Cálcio) Estabilizante 12,61 9.300,00 5,72 4.250,00 Barrilha Fundente 14,24 10.500,00 4,71 3.500,00 Alumina (Feldspato) Estabilizante 1,56 1,150,00 3,50 2.600,00 Sulfato de Sódio Afinante 0,31 230,00 0,35 260,00 Selênio ou Óxido Cobalto Descolorante 0,0012 0,90 0,00 0 Carbonato de Lítio Descolor./Brilho 0,10 72,00 0,00 0 Carvão Mineral Colorante 0,00 0 0,12 90,00 Hematita Colorante 0,00 0 0,14 105,00 Caco Reciclar 23,73 17.500,00 67,29 50.000,00 Fonte: ARAÚJO (2008, p. 70) 4.1 Matérias-primas utilizadas na fabricação do vidro Para Jorge (2013), as matérias-primas utilizadas na fabricação do vidro podem ser classificadas em grupos conforme a função que exercem: Vitrificantes: São aquelas que possuem a passividade de se transformarem em vidro. A principal é a Sílica (SiO2) fornecida pela areia que é praticamente 70% de toda a matéria prima utilizada na fabricação do vidro. Fundentes: Esses materiais se fundem a temperaturas inferiores às da Sílica facilitando o processo. O principal fundente é conhecido como Barrilha, que é um carbonato de sódio produzido a partir da salmoura. Estabilizantes: Servem para evitar que o vidro se dissolva em contato com a água. O principal é o óxido de cálcio fornecido pelo calcário. Outros estabilizantes podem também ser utilizados em conjunto com o cálcio. Os mais importantes são o óxido de magnésio, que provem a dolomita, e o óxido de alumínio ou alumina, vinda do feldspato. Afinantes: Serve para retirar as bolhas da massa. Para “afinar”. Para isso é acrescentado à massa, pequenas quantidades de sulfato de sódio. A sucata de vidro, limpa e selecionada, é usada para auxiliar a fusão. 4.2 Características físicas do vidro Segundo Carone, et al., (2011), o vidro é uma substância amorfa e fisicamente homogênea, é obtida por resfriamento de uma massa em fusão que endurece pelo aumento contínuo de viscosidade atingindo a condição de rigidez necessária ao tipo de vidro utilizado, mas sem sofrer cristalização. Para Carnio (2011), são características do vidro: transparente, duro, impermeável, isolante térmico, baixo nível de condutividade térmica, recurso abundante na natureza e totalmente reciclável. Divide-se em quatro grandes grupos Vidro plano: Janelas, portas, divisões, automotivos. Vidros finos: Lâmpadas, aparelhos eletrônicos, tubos de televisores. Vidro curvos: usado sobretudo na Indústria automobilística e de construção civil. Vidro oco: Para garrafas, Frascos, entre outros, este será o tipo de vidro usado em nossa fábrica, que atende as necessidades para o tipo de produto que iremos fornecer. Pequenas variações na composição são responsáveis pela grande variedadede modelos de vidros, cada qual produzido para atender finalidades específicas: Diferentes índices de refração; Diferentes cores; Diferentes níveis de resistência (choque físico e choque térmico); Controle térmico; Controle acústico; Controle da luminosidade e raio solares. 4.3 Características químicas do vidro Conforme Valt (2004), do ponto de vista químico, o vidro é uma mistura de Óxidos inorgânicos não voláteis que são o resultado da decomposição e da fusão, principalmente de compostos alcalinos, alcalino-terrosos e da areia, que formam o produto final com estrutura atômica desorganizada. Substâncias utilizada na composição química do vidro: Sílica ou óxido de silicone (SiO2), Óxido de cálcio (CaO), Carbonato de sódio (Na2CO3) ou Óxido de Sódio (Na2O), Alumina ou Óxido de Alumínio (Al2O3) e por fim o Óxido de Magnésio (MgO). A junção química destes componentes manipuladas em uma temperatura de aproximadamente (1700 ºC) dará início ao processo de fabricação do vidro. Esses materiais serão fundidos dentro da temperatura acima mencionada e após a fundição eles serão derretidos, postos dentro de um molde onde ganhará seu contorno inicial, em seguida este será submetido há um equipamento que injetará uma quantidade de ar para que o processo seja finalizado e obtendo assim a estrutura de vidro desejada. 4.4 Reciclagem do vidro De acordo com o site Sobiologia (2017), é estritamente importante a destinação que se dará a qualquer matéria prima utilizada nas indústrias e fábricas em geral, o comprometimento com o meio ambiente leva a certificações nacionais e internacionais que deixam as organizações em evidência no mundo e também pela importância que gera ao meio ambiente o descarte consciente, fazendo com que este material não vá para aterros sanitários ou de volta a própria natureza (rios, lagos, solo, mata), sem esquecer que a reciclagem tem um cunho social muito grande, gerando renda para famílias e milhares de pessoas. O vidro é um dos produtos mais utilizados em tarefas do dia a dia, por isso é muito importante saber descarta-lo, o vidro ao ser descartado por pessoa e empresas, pode passar por um processo de reciclagem que garante o seu reuso ecologicamente correto e garantindo também o seu reuso em vidro reciclado. O vidro reciclado tem praticamente todas as propriedades do vidro comum, e o mais interessante é que ele pode ser reciclado inúmeras vezes sem que sejam perdidas suas características e qualidade que é o mais importante.Figura 7 - Reciclagem Fonte: SITE SOBIOLOGIA(2017) 4.4.1 Coleta seletiva Uma das etapas mais importantes no processo de reciclagem de vidro é a separação e coleta seletiva do vidro. Nas empresas, condomínios e outros locais existem espaços destinados ao descarte de vidro. Uma das primeiras etapas no processo de reciclagem do vidro é sua separação por cores (âmbar, verde, translúcido e azul) e tipos (lisos, ondulados, vidros de janelas, de copos, etc.). Esta separação é de extrema importância para a fabricação de novos objetos de vidro, pois garante suas características e qualidades. 4.4.2 Tipos de vidros recicláveis Garrafas de sucos, refrigerantes, cervejas e outros tipos de bebidas; Potes de alimentos Cacos de vidros Frascos de remédios Frascos de perfumes Vidros planos e lisos Para-brisas Vidros de janelas Pratos, tigelas e copos (desde que não sejam de acrílico, cerâmica ou porcelana) 4.5 Plástico Para Piatti e Rodrigues (2005), os plásticos não trazem apenas benefícios à humanidade. Em função de seu uso tão difundido, grande parte do lixo que produzimos diariamente é composta deste material. Eles se decompõem muito lentamente (alguns tipos necessitam de séculos para se degradar) e vêm acarretando sérios problemas ambientais. Têm sido necessários aterros sanitários cada vez maiores, e, portanto, mais distantes dos centros urbanos, para acolher o impressionante volume de lixo que produzimos diariamente, embora, nos últimos anos, várias iniciativas tanto técnicas quanto educativas (coleta seletiva, reciclagem etc.) têm sido propostas visando minimizar o problema. A palavra plástico vem do grego plastikos. Ela é empregada em várias áreas do conhecimento humano, apresentando um espectro de significados, mas em geral se refere a algo moldável. Assim, quando falamos de cirurgião plástico ou artista plástico estamos nos referindo a profissionais que tentam dar novas formas, moldar, reconstituir, modelar. (GUAMÁ, et al., 2008) Piatti e Rodrigues (2005), apresentam algumas definições encontradas nos dicionários para a palavra plástico, e para a expressão matéria plástica: Plástico: [Do grego plastikos, ‘relativo às dobras de argila’, pelo latim plastiku, ‘que modela’] Adjetivo.1. Relativo à plástica 2. Que tem propriedade de adquirir determinadas formas sensíveis, por efeito de uma ação exterior: O barro é um material plástico 3. Artes Plásticas. Diz-se do relacionamento expressivo (numa obra de arte) dos elementos cores, formas, linhas, volumes etc.) 4. Diz-se de artista que se dedica às artes plásticas. 5. Por extensão que tem características de beleza e harmonia: os aspectos plásticos da paisagem carioca 6. Medicina. Relativo à cirurgia plástica. Matéria Plástica: Matéria sintética de constituição macromolecular, dotada de grande maleabilidade, facilmente transformada mediante o emprego de calor e pressão e que serve de matéria-prima para a fabricação dos mais variados objetos: vasos, toalhas, cortinas, bijuterias, carrocerias, roupas, sapatos etc. Na linguagem da Química, Piatti e Rodrigues (2005), definem a palavra plástico como: Plástico: material cujo constituinte fundamental é um polímero, principalmente orgânico e sintético, sólido em sua condição final (como produto acabado) e que em alguma fase de sua produção foi transformado em fluido, adequado à moldagem por ação de calor e/ou pressão. (PIATTI & RODRIGUES, 2005, p. 12) 4.5.1 Matéria prima para obtenção dos plásticos Para Piatti e Rodrigues (2005), as substâncias utilizadas como matéria-prima na preparação de plásticos são obtidas principalmente a partir do petróleo e são denominados monômeros. Ainda, segundo os mesmos autores, o petróleo é constituído por uma mistura de compostos orgânicos, principalmente hidrocarbonetos. Através do processo de destilação fracionada do óleo cru, que ocorre nas refinarias, são obtidas várias frações: o gás liquefeito, a nafta, a gasolina, o querosene, o óleo diesel, as graxas parafínicas, os óleos lubrificantes, o piche. (PIATTI & RODRIGUES, 2005) A fração da qual são obtidos os monômeros é a nafta, que submetida a um processo de craqueamento térmico (aquecimento na presença de catalisadores), dá origem a várias substâncias, entre elas, etileno, propileno, butadieno, buteno, isobutileno, denominados petroquímicos básicos. Estes, por sua vez, são transformados nos chamados petroquímicos finos, tais como polietileno, polipropileno, policloreto de vinila etc. Na etapa subsequente, os petroquímicos finos são modificados quimicamente ou transformados em produtos de consumo. (JORGE, 2013) 4.5.2 Polímeros De acordo com Kawa (2014), o plástico nada mais é que um polímero sintético, parecidas com as resinas encontradas em árvores e outras plantas, a origem da palavra polímero é grega “Poli significa muitas e mero significa parte ou unidade”. O termo polímero é aplicado quando há pelo menos 50 monômeros unidos por uma ligação covalente, o monômero nada mais é que a unidade química básica para formação dos polímeros. Existem também o polímero orgânico, que são compostos por estruturas complexas que se unem em cadeias moleculares que podem ser moldadas, extrudadas, e modeladas em vários formatos e tamanhos, transformadas em filmes ou filamentos para serem usadas como fibras têxteis. Inicialmente eram conhecidos apenas os polímeros naturais, encontrados na natureza, como a celulose, o algodão e as resinas de origem
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