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Salário mínimo: uma análise sobre a relação entre variáveis macroeconômicas
Yasmin Dheblyn Branquinho
Resumo: O objetivo desse trabalho é analisar a relação entre a variável dependente Salário Mínimo e algumas variáveis independentes (Inflação, PIB Real, Taxa de desemprego, Taxa de paridade do poder de compra, ICMS, Consumo aparente de bens duráveis). Os dados utilizados para a realização esta análise, foram obtidos através da fonte secundária Ipeadata (2016), para o período de janeiro/1995 a março/2016. Para esta análise foram propostas 6 hipóteses, na qual foram testadas por meio da análise quantitativa de Regressão Linear Múltipla, com a ajuda do software Gretl 1.9.90. Após feitas as análises, obtivemos que das 6 hipóteses, apenas uma foi rejeitada, das aceitas, 3 foram provadas relações diretas da variável dependente com as independentes, e as outras 2, uma relação inversa. 
Palavras-chave: Salário Mínimo, Regressão Linear Múltipla, Variáveis Macroeconômicas. 
Introdução 
O salário mínimo é uma instituição do mercado de trabalho utilizada atualmente em parte expressiva dos países capitalistas, sejam eles desenvolvidos ou em desenvolvimento. Seu objetivo principal é estabelecer uma remuneração mínima aos trabalhadores de determinado setor de atividade ou a todos os trabalhadores de uma região ou país (Jungbluth, 2010). O salário-mínimo é, hoje, um seguro contra a pobreza porque o aumento real nos últimos anos representou um ganho grande. Essa é uma forma de redução da desigualdade porque o mercado de trabalho brasileiro é muito desigual, isso reflete na sociedade como um todo, reflete na vida das pessoas, na educação, na saúde, na qualidade da família no Brasil, tirando muitos da linha da pobreza (Marques, 2016). 
O salário mínimo surgiu no Brasil em meados da década de 30. Desde sua criação até os dias de hoje, o salário mínimo vem sofrendo muitas modificações, várias componentes têm influenciado nessas modificações, assim como, ele reflete na mudança de várias componentes. 
Assim, devido à essas várias modificações, procurou-se identificar a relação entre o salário mínimo e algumas variáveis macroeconômicas: Inflação, PIB Real, Taxa de desemprego, Taxa de paridade do poder de compra, ICMS e Consumo aparente de bens duráveis. 
Referencial Teórico 
Salário Mínimo (variável dependente)
No Brasil, o salário mínimo, antiga reivindicação dos trabalhadores desde a greve geral de 1917, foi criado no governo de Vargas, por meio da lei nº 185 de janeiro de 1936 e do Decreto-Lei nº 399 de abril de 1938. O salário mínimo da época tinha 14 valores diferentes cuja variação entre o menor e o maior era de 2,67 vezes que dependia da economia regional. A atribuição desses valores foi feita da seguinte forma: o país foi dividido em 22 regiões (os 20 estados da época mais o Distrito Federal e o território do Acre), que por sua vez foram divididas em 50 sub-regiões. (Ministério da Fazenda, 2000). 
As diversas leis trabalhistas foram consolidadas pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, conhecida pela sigla CLT (de Consolidação das Leis do Trabalho), fortemente inspirada na Carta del Lavoro do governo de Benito Mussolini na Itália. Em seu artigo 76 foi inserida a regra do salário mínimo, que deveria ser suficiente para atender as necessidades primárias do trabalhador, conforme se observa abaixo a transcrição literal:
Art. 76 - Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.
De acordo com a lei, nenhum trabalhador poderá receber menos que o salário mínimo, e nem tampouco a redução prevista em convenção ou acordo coletivo pode atingir seu valor. A nova constituição do Brasil de 1988 estabelece no capítulo II (Direitos Sociais) artigo 6 o direito de todo trabalhador a um salário mínimo. A cláusula IV manteve basicamente a definição da antiga CLT e também garante reajustes periódicos a fim de preservar o poder aquisitivo do trabalhador. Baseado nesta premissa, o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulga o salário mínimo necessário para se cumprir o que a constituição estabelece (Ministério da Fazenda, 2000). O Gráfico 1 abaixo apresenta o salário mínimo real nos anos em estudo:
Gráfico1 – Salário Mínimo Real 1994-2016 (anual)
Elaboração própria. Fonte: http://www.salariominimo.net.br/
Variáveis Macroeconômicas
Inflação 
A Inflação é definida como um aumento persistente de preços e que acaba por ocasionar perdas de poder aquisitivo para a população do país onde ocorre. É um fenômeno monetário perigoso, porque a elevação de um preço puxa a de outros, dando o pontapé inicial a uma bola de neve conhecida como hiperinflação. As causas são diversas, mas normalmente resultam ou da emissão sem lastro de moeda (quando o governo precisa de dinheiro para pagar suas dívidas sem que tenha ocorrido um aumento nas atividades econômicas), ou do reajuste no câmbio (quando o governo é obrigado a desvalorizar sua moeda em relação à outra mais forte, em geral o dólar). No Brasil há três índices básicos de inflação: o IPC (medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo, a Fipe), o INPC (do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE) e o IGP (Índice Geral de Preços, calculado pela Fundação Getúlio Vargas) (Dicionário UNB). O índice utilizado aqui é a inflação IGP-DI, obtido no Ipeadata. (Inflação IGP-DI: Indice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). Obs.: Compreende o período entre o primeiro e o último dia do mês de referência. Reflete a evolução dos preços captada pelo Índice de Preços por Atacado (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC-FGV) e Índice Nacional de Preços da Construção Civil (INCC).) O Gráfico 2 mostra a inflação:
Gráfico 2 – Inflação 1994-2016 (anual)
Elaboração própria. Fonte: IPEADATA
PIB Real 
O PIB representa o resultado final da atividade econômica dos residentes num determinado território, num dado período de tempo (tipicamente, um ano ou um trimestre). Esse resultado pode ser medido segundo três óticas:
• Ótica da oferta ou da produção: O PIB é a soma do valor acrescentado bruto (VAB; produção deduzida do consumo intermédio necessário para a obter) a preços de base dos diferentes ramos de atividade, acrescido dos impostos líquidos de subsídios sobre os produtos;
• Ótica da procura ou da despesa: O PIB é a soma das despesas de consumo final das famílias residentes, das instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias (a soma destes dois agregados corresponde à designação numa terminologia mais simples de consumo privado) e das administrações públicas (neste caso também habitualmente chamado consumo público) com o investimento e as exportações líquidas de importações;
• Ótica do rendimento: O PIB é a soma das remunerações do trabalho, dos impostos líquidos de subsídios sobre a produção e importação e do excedente bruto de exploração.
O Gráfico 3 abaixo apresenta o PIB real do Brasil nos anos em análise: 
Gráfico 3 – PIB Real 1994-2016 (mensal)
Elaboração própria. Fonte: Ipeadata
Taxa de desemprego 
A taxa de desemprego, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), refere-se à proporção entre a População Desempregada e a População Economicamente Ativa. A taxa de desemprego também é conhecida como taxa de desocupação. Os dados de desemprego da Pnad Contínua foram os primeiros a serem divulgados segundo a nova metodologia de cálculo da pesquisa, em que os resultados trimestrais são atualizados e apresentados mensalmente. A cada mês, são divulgados números referentes a aquele mês junto com os dois meses imediatamente anteriores (Pnad). O Gráfico 4 abaixo demonstra a taxa de desemprego de 1994 a 2016:
Gráfico 4 - Taxa de desemprego1994 – 2016
Elaboração própria. Fonte: Ipeadata
Taxa de paridade do poder de compra
A teoria da paridade de poder de compra é expressa por duas versões. A versão mais forte (a absoluta) postula que um bem deve ter o mesmo preço em dois países se os preços forem expressos na mesma moeda. A versão relativa da PPC expressa que a razão dos preços de um bem na mesma moeda deve ser constante ao longo do tempo. Assumindo que não existem custos de transação e que os bens são homogêneos, a versão absoluta da paridade de poder de compra postula que, no longo prazo, o valor da moeda de um país é completamente determinado pela razão entre o preço doméstico e o preço externo (Palaia & Holland, 2010). O Gráfico 5 mostra a taxa do poder de compra:
Gráfico 5 – Taxa do poder de compra 1994 – 2010
Elaboração própria. Fonte: Ipeadata
ICMS
O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, ICMS, é o imposto não-cumulativo que incide sobre as operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. De competência dos Estados e do Distrito Federal, conforme previsto no art. 155, II, da Constituição de 1988, apresenta-se como uma das principais fontes de recursos financeiros para a consecução das ações governamentais. As normas gerais do ICMS estão contidas na Lei Complementar n° 87/1996, conhecida como Lei Kandir. Em Minas Gerais, vigoram também a Lei n° 6.763/1975 e o Regulamento do ICMS (RICMS), aprovado pelo Decreto n° 43.080/2002 (Secretaria de Estado de Fazenda). Os convênios de ICMS são regulamentados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) que é dirigido pelos Secretários de Fazenda, Finanças ou Tributação de cada Estado e pelo Ministro de Estado da Fazenda, e tem missão de promover a harmonização tributária entre os Estados da Federação. Gráfico 6 apresenta o ICMS no Brasil nos anos em estudo: 
Gráfico 6 – ICMS Brasil 1995-2016
Elaboração própria. Fonte: Ipeadata
Consumo aparente 
Consumo aparente e real denomina-se consumo aparente de um bem ao total da sua produção adicionada das importações e subtraída das exportações (Heck, 2007). Partindo-se da ideia de equilíbrio entre oferta e demanda, esse número seria uma proxy do comportamento da demanda de bens. Esse indicador reveste-se de grande importância tendo em vista a dificuldade de construir medidas tempestivas da demanda. Em contrapartida, os dados de oferta são abrangentes e diversificados. No caso das exportações e importações, dispõe-se de dados completos, que englobam todos os bens que entraram e saíram do país em cada período. Naturalmente, o CA a cada momento não será sempre uma medida totalmente precisa da demanda, visto que esta pode ser suprida pela variação de estoques, mas ambos tendem a convergir em intervalos suficientemente longos (Carvaho & Ribeiro, 2015). O Gráfico 7 mostra o consumo aparente de bens de consumo duráveis: 
Gráfico 7 – Consumo Aparente de bens de consumo duráveis Brasil 1995-2016
Elaboração própria. Fonte: Ipeadata.
Metodologia 
O método utilizado neste estudo foi a análise quantitativa. Essa análise tem como finalidade a identificação entre as variáveis e caracteriza-se pela objetividade das informações, através da utilização de técnicas estatísticas para o tratamento dos dados afim da generalização dos resultados buscados (VERGARA, 2005). De acordo com o objetivo do estudo foram formuladas 6 hipóteses que são apresentadas a seguir: 
H1: A inflação está diretamente relacionada com o salário mínimo. 
H2: O PIB real está diretamente relacionado com o salário mínimo. 
H3: A taxa de desemprego está inversamente relacionada com o salário mínimo. 
H4: A taxa de paridade do poder de compra está diretamente relacionada com o salário mínimo. 
H5: O ICMS está inversamente relacionado com o salário mínimo. 
H6: O consumo aparente está diretamente relacionado com o salário mínimo. 
	Os dados utilizados neste trabalho foram obtidos a partir do Ipeadata (2016), no período compreendido entre janeiro/1995 e março/2016. Foram corrigidos pela inflação IGP-DI. 
	Então para a análise das variáveis em estudo foi utilizada a técnica de regressão linear múltipla (RLM). A análise de regressão múltipla é uma técnica estatística que pode ser usada para analisar a relação entre uma única variável dependente e múltiplas variáveis independentes (Hair et al, 2009). Com a regressão é possível estimar o grau de associação entre uma variável dependente e um conjunto de variáveis independentes, podendo dizer se a relação é direta (positiva) ou inversa (negativa) e a magnitude dela (forte ou fraca), e, é possível também identificar a contribuição de cada variável independente sobre a capacidade preditiva do modelo como um todo. Conforme o modelo e as variáveis em estudo, formou-se o modelo específico para este trabalho apresentado na Equação 1 a seguir: 
Salmint = β0 + β1Inflt + β2Pibt + β3Txdesempt + β4Txpodert + β5Icmst + β6Consapt + 𝛆t (Equação 1)
Onde:
Salmint: salário mínimo em real do Brasil após deflacionamento pela inflação IGP-DI; Inflt: Inflação índice geral dos preços, IGP-DI; Pibt: crescimento da produção industrial e da atividade econômica após o deflacionamento pelo IGP-DI; Txdesempt: taxa de desemprego no Brasil; Txpodert: taxa de paridade do poder de compra dos brasileiros; Icmst: Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação; Consapt: consumo aparente de bens de consumo duráveis - índice encadeado; 𝜀𝑡: termo de erro, sendo 𝜀𝑡 distribuído de modo independente e idêntico como a normal com média zero.
	O trabalho foi realizado com apoio do software econométrico Gretl, versão 1.9.90. A técnica de regressão foi realizada em série temporal, esta recomendada pela natureza dos dados deste estudo. 
Resultados e Discussões 
Através do método de regressão linear múltipla, constatou-se, analisando o coeficiente de determinação (R²) obtido, que as variáveis independentes explicam, em média, 94,44% das mudanças ocorridas na variável dependente, sendo significativo pelo teste F. Ao analisar a Tabela 1 a seguir nota-se que todas as variáveis independentes estudadas apresentam valores inferiores a 10%, ou seja, são significativas para o modelo. 
Tabela 1: Resultado da Regressão Linear Múltipla corrigida a heterocedasticidade
	Com análise individual das variáveis temos que um aumento de 100% na inflação causa uma diminuição em 97,92% do salário mínimo, rejeitando a H1, que afirma uma relação direta. A análise de salário mínimo e inflação, deve ser vista da seguinte forma, uma mudança no salário mínimo causa uma mudança na inflação, pois um aumento no salário mínimo, mostra de certa forma um poder de compra maior dos trabalhadores, causando aumento geral dos preços, por consequência, um aumento na inflação, assim que foi proposta H1. Fazendo a análise contraria, uma mudança na inflação causa uma mudança no salário mínimo, obtemos que essa relação é negativa, isto pode ser explicado, pois uma inflação positiva permite às empresas obter cortes de salário real quando necessário (Alvarenga, 2011).
	Para a variável PIB Real, um amento de 100% causa um aumento de 0,10% nos salários. O aumento na variável dependente salário mínimo é bem pequena, porém é direta, confirmando a H2. A hipótese H3 também é aceita, um aumento de 100% na taxa de desemprego causa uma queda de 17,36% no salário mínimo. Relacionando desemprego e salários, obtêm-se a relação de que quanto maior a taxa de desemprego, menor é o salário (Blanchard, 2009). 
	A relação entre poder de compra e salário mínimo é direta, afirmando a H4. Segundo a regressão esta relação tem um coeficiente muito alto, um aumento de 100% na taxa de paridade do poder de compra causa um aumento de mais de 100% nos salários mínimos. JáH5 afirma que o ICMS está inversamente relacionado com o salário mínimo, confirmamos com o coeficiente está relação, um aumento em 100% no ICMS, causa uma queda de menos de 0,1% no salário mínimo, mas é uma queda. Com aumento nos impostos, o salário mínimo passa a ser menor, mesmo com um ajuste positivo de salário, com mais impostos para o trabalhador pagar, o salário mínimo real diminui (Santi, 2009). 
	Por fim, um aumento no consumo aparente de 100% causa um aumento de 5,16% no salário mínimo, sendo coerente assim com a relação direta entre a variável dependente salário mínimo e a variável independente consumo aparente proposta na H6. 
A aplicação do modelo linear de regressão em séries temporais apresenta alguns pressupostos. Logo, no decorrer deste trabalho foram efetuados testes a fim de se testar a aderência e aplicabilidade do Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) aos dados analisados. Foram feitos os testes de Heterocedasticidade, Colinearidade, Normalidade dos Resíduos e Auto correlação. Ao se aplicar o teste de Heterocedasticidade, o p-valor foi menor que o aceitável, sendo assim, a regressão aqui realizada e estudada foi uma regressão corrigida pela Heterocedasticidade, deixando a regressão aceitável com dados Homocedásticos. 
Considerações finais
O objetivo do trabalho era analisar a relação entre o salário mínimo e algumas variáveis macroeconômicas, no período de 1995 e 2016. Os resultados encontrados foram condizentes com o objetivo, já que a variável dependente está fortemente relacionada com as varáveis independentes propostas no modelo. Apenas a hipótese 1 foi rejeitada, da variável independente Inflação, mas a variável foi mantida, devido sua importância teórica para a variável dependente Salário mínimo. 
Com exceção de H1, as outras hipóteses foram todas aceitas. As variáveis PIB Real, Taxa de paridade do poder de compra e Consumo aparente com relação direta com a variável Salário mínimo, sendo todos significativas comprovadas pelo valor p. As variáveis Taxa de desemprego e ICMS, inversamente relacionadas com a variável dependente, sendo também, todas significativas, comprovadas pelo valor p. 
Referencial Bibliográfico 
ALVARENGA, Darlan. Sociedade demanda inflação baixa, 2011
BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2009.
CARVALHO, F. C. et al. Economia Monetária e Financeira: Teoria e Política. São Paulo: Campus, 2007.
CARVALHO, L. M., RIBEIRO, F. J. S. P. Indicadores de consumo aparente de bens industriais: metodologia e resultados. Ipea, Rio de Janeiro, 2015. 
DORNBUSCH, R; FISCHER, S. Macroeconomia. São Paulo: Pearson Makron Books. 2006.
HECK, N. C. Metalurgia Extrativa dos Metais Não-Ferrosos. UFRGS, 2007.
JUNGBLUTH, A. A importância do salário mínimo para a valorização do rendimento do trabalho e para a distribuição de renda. UNICAMP, 2010. 
Ministério do Trabalho: < www.fazenda.gov.br/ >
Ribeiro, V.M. A inflação e seus efeitos na renda da população, 2012. 
Site específico do salário mínimo: < http://www.salariominimo.net.br/ >
Universidade de Brasília: < http://unb2.unb.br/servicos/dicionarios_e_tradutores >

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