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Universidade Federal Rural do Semi-Árido Campus Pau dos Ferros Bacharelado em Ciências e Tecnologia Velocidade do Som Adriano de Araújo Aires Antônio Decelmo de Almeida Junior Isaac Ravanelle Lima Augusto Lincoln Nunes de Queiroz Ramon Dalison de Alencar Fernandes Pau dos Ferros/RN Abril/2015 Universidade Federal Rural do Semi-Árido Campus Pau dos Ferros Bacharelado em Ciências e Tecnologia Velocidade do Som Adriano de Araújo Aires Antônio Decelmo de Almeida Junior Isaac Ravanelle Lima Augusto Lincoln Nunes de Queiroz Ramon Dalison de Alencar Fernandes Relatório Apresentado à Disciplina Laboratório de Ondas e Termodinâmica ministrada pelo Prof. José Wagner, para a obtenção de parte da Nota da Unidade II. Pau dos Ferros/RN Abril/2015 Sumário Sumário ......................................................................................................................................... 3 1. Introdução ............................................................................................................................. 4 2. Objetivos ............................................................................................................................... 5 3. Fundamentação Teórica ........................................................................................................ 6 3.1 A velocidade do Som .......................................................................................................... 6 3.2 Ressonância ........................................................................................................................ 7 3.3 Fontes de sons Musicais ................................................................................................ 8 4. Materiais e Métodos ............................................................................................................. 9 4.1 Materiais .............................................................................................................................. 9 4.2 Métodos ............................................................................................................................... 9 5. Resultado e Discussões ....................................................................................................... 10 6. Conclusão ............................................................................................................................ 15 7. Referências Bibliográficas ................................................................................................... 16 1. Introdução Onda é uma perturbação oscilante de alguma grandeza física no espaço e periódica no tempo. A oscilação espacial é caracterizada pelo comprimento de onda e o tempo decorrido para uma oscilação é medido pelo período da onda, que é o inverso da sua frequência. O tipo de onda que será discutida nesse trabalho é a onda sonora, que é uma onda mecânica longitudinal que necessita de um meio para se propagar. Sua produz variação de pressão no meio em que se propaga produzindo um deslocamento no fluido. Veremos como podemos identificar a velocidade do som por meio da aplicação da ressonância, que é o fato que acontece quando duas ondas se superpõem, aumentando a amplitude da onda. O som é definido como a propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda longitudinal, se propagando tridimensionalmente pelo espaço e apenas em meios materiais, como o ar ou a água. Para que esta propagação ocorra, é necessário que aconteçam compressões e rarefações em propagação do meio. Estas ondas se propagam de forma longitudinal. Quando passa, a onda sonora não arrasta as partículas de ar, por exemplo, apenas faz com que estas vibrem em torno de sua posição de equilíbrio. (VIRTUOUS, 2010). 2. Objetivos O procedimento experimental teve como objetivo determinar a velocidade de propagação som experimentalmente, fazendo uso dos conceitos estatísticos, juntamente com os conhecimentos obtidos nas aulas de laboratório de Ondas e Termodinâmica, com intuito de aplicar os conhecimento adquiridos na disciplina teórica de Ondas de Termodinâmica. 3. Fundamentação Teórica Onda sonora é definida geometricamente como qualquer onda longitudinal. Os submarinos, por exemplo, usam ondas sonoras para emboscar outros submarinos ouvindo os ruídos produzidos pelo sistema de propulsão. (HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; Walker, J., 2009). 3.1 A velocidade do Som Segundo HALLIDAY, D.; RESNICK, R. e Walker, J. (2009, pág. 150) a velocidade de qualquer onda mecânica, transversal ou longitudinal, depende tanto das propriedades inerciais do meio (para armazenar energia cinética) como das propriedades elásticas (para armazenar energia potencial). Quando uma onda sonora se propaga no ar a energia potencial está associada à compressão e à expansão de pequenos elementos de volume do ar. A propriedade que determina o quanto um elemento de um meio muda de volume quando é submetido a uma pressão é o módulo de elasticidade volumétrico. (HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; Walker, J., 2009). Podemos encontrar uma relação entre velocidade, frequência e comprimento de onda a partir da equação de onda que é: 0),( 1 ),( 222 2 txy tv txy x (1) Uma solução possível para a equação acima citada é: t)-(kxsen y),( m txy (2) t)-cos(kxk y),( m txy x t)-sen(kxky),( 2m2 2 txy x t)-cos(kx y),( m tx t y t)-sen(kx y),( 2m2 2 tx t y 0)()( 1 )( 2 2 2 wtkxseny v tkxsenky mm 0 2 2 2 v w k kv (3) Sabemos que f 2 e 2 k , então 2 2 f v fv , (4) onde v é a velocidade do som, λ o comprimento de onda e f a frequência. 3.2 Ressonância É o fenômeno que acontece quando um sistema físico recebe energia por meio de excitações de frequência igual a uma de suas frequências naturais de vibração. Assim, o sistema físico passa a vibrar com amplitudes cada vez maiores. Cada sistema físico capaz de vibrar possui uma ou mais frequências naturais, isto é, que são características do sistema, mais precisamente da maneira como este é construído. Como por exemplo, um pêndulo ao ser afastado do ponto de equilíbrio, cordas de um violão ou uma ponte para a passagem de pedestres sobre uma rodovia movimentada. Todos estes sistemas possuem sua frequência natural, que lhes é característica. Quando ocorrem excitações periódicas sobre o sistema, como quando o vento sopra com frequência constante sobre uma ponte durante uma tempestade, acontece um fenômeno de superposição de ondas que alteram a energia do sistema, modificando sua amplitude (VIRTUOUS, 2011). 3.3 Fontes de sons Musicais A figura 1 , mostra ondas sonoras que estacionarias que podem ser produzidas em um tubo com apenas uma das extremidades aberta. Nesse caso existe um antinó na extremidade aberta e um nó na extremidade fechada o modo mais simples é aquele no qual L4 . No segundo modo mais simples 3 4L , e assim por diante. No caso geralas frequências de ressonância de um tubo de comprimento L com uma extremidade aberta e a outra fechada correspondem a comprimentos de ondas dados por n L4 , para n=1, 3, 5, 7, ..., (5) onde o número de harmônico n é um número ímpar. As frequências de ressonância são dadas por: L nvv f 4 , para n=1, 3, 5, ... (6) Observe que apenas os harmônicos ímpares podem existir em um tubo com uma das extremidades abertas. Figura 1- Relação das ondas em um tubo com uma extremidade aberta 4. Materiais e Métodos 4.1 Materiais Coluna de vidro, com fita centímetrada Aplicativo em celular que usar um gerador de frequência; Torneira; Água. O aparato experimental foi confeccionado em vidro, e possui uma torneira para esvaziamento do liquido adicionado. Com isso usamos a água como êmbolo assim usou a torneira para mover esse êmbolo para baixo esvaziando o tudo até o local onde ocorre a ressonância. A coluna de água tem dimensões de 8 cm de lados por 1 m de altura. Tem uma capacidade máxima de aproximadamente 6,4 litros d’água. 4.2 Métodos Inicialmente o aplicativo do celular foi acionado com o gerador de frequência atuando em 700 Hz foi colocado na parte superior da coluna de água. Em seguida, na parte inferior da coluna de água ia-se, por meio de uma torneira esvaziando-a mesma, verificando a distância na fita métrica onde a ressonância era alcançada; O procedimento foi realizado quatro vezes e, as respectivas distâncias onde as ressonâncias foram alcançadas anotadas para análise posterior. 5. Resultado e Discussões A partir da prática realizada, obtivemos os seguintes dados amostrais para comprimento de ressonância e número de harmônio em uma temperatura de 22,5° C. TABELA 1 Comprimento L (m) Número de Harmônico n 0,09 1 0,27 3 0,58 5 0,81 7 Tabela 1 - Dados amostrais Para podermos afirma a existência de correlação linear, devemos calcular o coeficiente de correlação linear r, utilizamos a seguinte equação: , )²(²)²(² ))(( 1 1 11 111 n i n i n i ii n i ii n i i n i i n i ii yynxxn yxyx r (7) onde x e y são o par de dados (sendo que x representa a variável independente) e n é o tamanho da amostra obtida: 0,978673r Conhecendo o r, é necessário que se faça um teste de hipótese usando a distribuição T de Student, para saber se a amostra de dados emparelhados possui realmente alguma relação linear. Para isso, temos que definir uma hipótese e aplicarmos um teste para rejeitar ou deixar de rejeita-la. Essa hipótese é chamada de Hipótese nula ( 0H ). O valor r é apenas uma estimativa a partir de uma amostra do real valor do coeficiente populacional . Portanto, a hipótese nula para o nosso caso será definida como: 0H : 0 , ou seja não há correlação entre as variáveis. O que significa que queremos testar a afirmativa de que não há correlação linear. Temos, ainda, que definir uma hipótese alternativa ( 1H ) que, para o nosso caso, é definida como: 1H : 0 . Que é uma afirmativa de que há correlação linear. Depois de definir as hipóteses, aplica-se a estatística de teste definida como: , 2 1 2 n r r tcal (8) 737366782,6calt após isso se verifica na tabela t de Student o valor de tabeladot para n-2 graus de liberdade e significância ( ) definida. Para tabeladot com 2 graus de liberdade para um nível de 95% de confiança: 303,4tabeladot Caso: ;tabeladocalculado tt rejeita-se 0H e admite 1H , considerando assim que há correlação linear. Caso: ;tabeladocalculado tt deixa-se de rejeitar 0H e considera que não há correlação linear. Como o t calculado foi maior consideramos que há correlação linear. A importância de descobrir se existe correlação entre tais grandezas, é poder encontrar a equação da reta que explica a relação entre as variáveis medidas, e desse modo será possível realizar previsões. Sendo assim, para traçar uma reta precisamos do valor do coeficiente angular b, que nos informa a inclinação da reta em relação ao eixo horizontal, e o coeficiente linear que nos indica o ponto em que a reta intercepta o eixo vertical. ^^ Lban (9) 0,490a -1m 8,023b Desvio padrão do Coeficiente Angular: 2)1( x e b Sn S S (10) -1m 0,546bS Desvio padrão do coeficiente linear: 2)1( ²1 x ea Sn x n SS (11) 0,283aS Coeficientes populacionais: )1,2180,490( A 1)2,3518,023( mB Reta de regressão: ^^ 8,0230,490 Ln , Para determinar a velocidade do som, vamos comparar a equação (6) com a equação da reta, assim temos: v f b 4 , (12) explicitando v tem-se: b f v 4 . (13) Substituindo os valores encontramos s m 349,008v . A incerteza de v, é calculada pela derivada parcial da equação (8), pois é uma incerteza propagada, como estamos considerando f como isento de erros a derivada será ordinária. 2 2 * bv S db dv S ; s m 23,770vS . Assim, para um nível de 95% de confiança temos a velocidade do som como: s m 102,283) 349,008( v . Para fazermos uma comparação, utilizaremos a velocidade do som de 343,00 a 23° C e calcularemos o erro relativo. Assim temos: %75.1%100*% exato Exatotalexeperimen Valor ValorValor Erro Vale salientar, que para o cálculo da aproximação da velocidade do som, ignoramos algumas incertezas, como por exemplo o erro relativo a visualização do comprimento L e na determinação do momento de ressonância. O gráfico de dispersão e da reta de ajuste dos dados não foi mostrado pois fisicamente não tem sentido algum devido a variável depende “n” (número de harmônicos) só receber valores inteiros, assim não faria sentido um reta de regressão, já que não poderia ser previsto valores para número de harmônicos fracionários. 6. Conclusão Pode-se concluir com a realização da experimentação feita em laboratório, que através do uso dos métodos estatísticos é possível determinar a velocidade do som experimentalmente. O experimento foi de grande valor em vários aspectos; como melhor nosso conhecimento do processo físico da ressonância e ondas estacionárias, pois aprimorou nossos conhecimentos teóricos. Dessa forma com uma temperatura de 22.5ºC, conseguimos chegar a um valor experimenta para a velocidade do som de s m 102,283) 349,008( v . 7. Referências Bibliográficas HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; Walker, J. Gravitação, Ondas e Termodinâmica. 8. Ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2009. VIRTUOUS, Grupo. Som e suapropagação. 2010. Disponível em: <http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Acustica/som.php>. Acesso em: 24 de Abr. 2016. VIRTUOUS, Grupo. Ressonância. 2011. Disponível em: < http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Ondas/ressonancia.php>. Acesso em: 24 de Abr. 2016.