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Antonio CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO VEGETAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Programa de Educação a Distância/Centro de Educação Aberta e a Distância - CEAD
Rua Olavo Bilac, nº 1148 - Centro/Norte. CEP: 64001-280. Teresina – PI –Brasil
Site: www.uapi.ufpi.br
	
Aluno : ANTONIO FERREIRA DO NASCIMENTO
CURSO : CIÊNCIAS BIOLOGICAS
 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO VEGETAL
Os vegetais são seres autotróficos, ou seja, sintetizam seu próprio alimento. A partir de matéria inorgânica e na presença de luz essas plantas são capazes de obter energia química e biomoléculas. A partir desses substratos a plantas completa o seu ciclo, que depende basicamente de dois tipos de evolução: crescimento e desenvolvimento.
O crescimento é o aumento de tamanho, é o que vemos diretamente quando olhamos a planta. É um parâmetro quantitativo, pois se dá pelo aumento de volume; e também irreversível, uma vez que é impossível que a planta retroceda em seu crescimento.
O desenvolvimento envolve o crescimento e a diferenciação de tecidos e órgãos. É um
parâmetro qualitativo, e engloba as diferentes fases que a planta apresenta durante seu ciclo de vida.
Quando aplicado às angiospermas (plantas com sementes), relaciona-se com as mudanças graduais e progressivas em tamanho, função e estrutura do zigoto à planta adulta.
O crescimento vegetal é restrito às zonas meristemáticas sendo que a simples divisão
Celular não promove o crescimento; é necessário também haver um aumento do volume celular.
Vale lembrar que o meristema é o tecido composto por células não diferenciadas, capaz de sofrer divisão mitótica dando origem a novas células. São tecidos indeterminados, ou seja, que estão em constante divisão.
Existem 2 tipos de meristemas: primários e secundários. O meristema primário é aquele
formado durante o desenvolvimento do embrião, e é responsável pelo crescimento em extensão. O meristema secundário se origina de células já diferenciadas em outros tecidos que retornam ao estado embrionário, tendo como principais funções expansão lateral e cicatrização. Existe no câmbio vascular, nós e base foliar.
Algumas estruturas vegetais têm crescimento determinado e outras indeterminado. As de crescimento determinado são flores, frutos, e folhas, pois crescem, senes cem e morrem. As de crescimento indeterminado são os meristemas de caules e raízes.
A diferenciação é o processo de especialização celular que ocorre ao nível de células, tecidos e órgãos durante o desenvolvimento.
1.1 - Etapas do Crescimento e Desenvolvimento Celular
1) Divisão celular: a divisão celular pode ser periclinal quando ocorre paralela ao perímetro, e anticlinal quando ocorre perpendicular ao perímetro.
2) Alongamento Celular: aumento de volume. Nos meristemas ocorre em três dimensões, devido à entrada de água no vacúolo. Essa entrada de água se deve ao gradiente de potencial osmótico formado entre o interior do vacúolo e o lado externo da célula. Existe graças à permeabilidade da membrana.
3) Diferenciação celular: depois que a célula atinge seu volume máximo, ela adquire
função específica, ou seja, ela se especializa.
1.2 - Fatores que afetam o crescimento e desenvolvimento
Fatores genéticos: são herdados dos pais.
Fatores ambientais: luz, CO2, O2, nutrientes, água, temperatura, etc.
Fatores intracelulares: Balanço hormonal.
O desenvolvimento se dá em grande parte através de fatores intracelulares, com funções
específicas. Estes fatores são:
a) Morfogênese: É a diferenciação de estruturas específicas no vegetal.
b) Onipotência: Capacidade da célula de retornar ao estado meristemático, formando meristema secundário.
c) Hormônios: são substâncias orgânicas capazes de afetar processos bioquímicos e fisiológicos mesmo estando presentes em baixas concentrações. São produzidos em locais específicos e transloucados.
d) Reguladores de Crescimento: São substâncias que possuem atividade similar aos hormônios, porém são sintéticos.
1.3 - Hormônios Vegetais e Reguladores de Crescimento:
Os hormônios vegetais e os reguladores de crescimento podem ser classificados, de acordo com as suas características, em 5 grupos:
1) Auxinas;
2) Citocininas;
3) Giberelinas;
4) Etileno;
5) Acido abscisico e inibidores.
Germinação: Giberelinas, citocininas, etileno, inibidores.
Crescimento radicular: Auxinas e inibidores.
Crescimento do caule: Auxinas, citocininas, e inibidores.
Crescimento de folhas: Auxinas, citocininas, inibidores, giberelinas, e etileno.
Abscisäo foliar: Auxinas, etileno, e inibidores
Eles atuam na divisão em ambos os casos: alongamento e diferenciação celular. 
O crescimento e diferenciação não resultam da ação de um único regulador, mas sim de um balanço entre eles.
Auxinas São substâncias quimicamente relacionadas com o Àcido Indolil Acético (AIA), e afetam o alongamento celular. São sintetizados nos primeiras folhas jovens e sementes em desenvolvimento.
Causam o crescimento pelo alongamento celular. Transloucam-se unidirecional mente (célula a célula), e são derivadas do triptofano.
Citocininas São derivadas da purina adenina e podem ocorrer na forma nucleotídica ligado ao fosfato do açúcar. O principal local de síntese é o ápice radicular, o transporte é via xilema. Promove a divisão celular, e se relacionam com as auxinas.
Giberelinas São substâncias químicas relacionadas com o ácido giberélico (GA3). Sintetizados a partir do ácido mevalônico nos tecidos jovens do caule e sementes em desenvolvimento.O transporte é via xilema e floema, e promovem o crescimento pelo alongamento celular.
Inibidores São substâncias semelhantes em estrutura e propriedades ao ácido abscísico (ABA). São sintetizados em folhas maduras e sementes a partir do ácido mevalônico, e o transporte é feito via floema.
Etileno O etileno é um gás envolvido na senescência foliar e no amadurecimento de frutos. É translocado por difusão, e está relacionado com o stress.
1.4 - Participação dos Hormônios:
Germinação: Giberelinas,citocininas, etileno, inibidores.
Crescimento radicular: Auxinas e inibidores.
Crescimento do caule: Auxinas, citocininas, e inibidores.
Crescimento de folhas: Auxinas, citocininas, inibidores, giberelinas, e etileno.
Abscisäo foliar: Auxinas, etileno, e inibidores.
2 - RELAÇÕES PLANTA – AGUA
A maior parte da água absorvida por uma planta é perdida pela evaporaçäo das folhas,
processo conhecido como transpiração. Calcula-se que 98% da água total que uma planta de milho absorve é perdida por transpiração, em torno de 0,2% é utilizada na fotossíntese, e o resto fica retida nos tecidos. A disponibilidade de água no ambiente exerce um importante efeito da distribuição geográfica das plantas. As espécies são classificadas em 4 grupos, de acordo com a quantidade de água disponível para elas no ambiente em que vivem:
1) Hidrófitas: crescem total ou parcialmente submersas na água. São adaptadas a suportar alta salinidade (halófitas). Não há cutícula bem desenvolvida nos órgãos submersos e nem na face inferior das folhas flutuantes. A superfície superior, ao contrário, é fortemente cutinizada, e as folhas emergentes têm estômatos funcionais que controlam a transpiração. Possuem geralmente pouco desenvolvido e a sustentação depende da água ao seu redor.
2) Higrófitas: plantas terrestres de ambientes úmidos, onde o ar é muito úmido e o solo é saturado de água permanentemente. São adaptadas para fotossintetizar em ambientes pouco iluminados. Exemplos: musgos, samambaias, etc.
3) Mesófitas: plantas que normalmente crescem em solos bem drenados. Têm cutícula impermeável e regulam a perda de água pelo controle da abertura dos estômatos. Possuem sistema radicular extenso e xilema bem desenvolvido.
4) Xerófitas: plantas de desertos, em sua maioria do grupo das CAM. Poderiam se desenvolver melhor em ambiente mais úmido, mas perdem a concorrência para as mesófitas. Sua sobrevivência depende de uma séria de fatores:
a) extenso sistema radicular que penetre ampla e profundamente no solo. As célulasdessas raízes possuem potencial hídrico muito baixo, o que torna possível a absorçäo de água em solos muito secos.
b) a água pode ser armazenada em raízes, caules ou folhas suculentas para ser usada nas épocas de seca intensa.
c) em alguns casos o limbo foliar é reduzido, e o principal órgão fotossintetizante é o caule.
d) algumas xerófitas, em geral monocotiledôneas, perdem suas folhas e outras partes aéreas em períodos de seca severa e sobrevivem por meio de bulbos subterrâneos. Recuperam-se quando a água torna-se novamente disponível.
e) a cutícula geralmente é mais fina do que a das mesófitas, mas apresenta em sua
composição maior quantidade de cutina e outras ceras. Muitas apresentam pelos, que ajudam a reduzir a transpiração. Por refletirem a luz, eles ajudam a amenizar o aumento da temperatura.
f) a transpiração também é reduzida pelo número, posição e modo de função dos
estômatos.
Propriedades físicas da água
A água possui um alto ponto de congelamento e fusão, fato este atribuído à associação
entre as moléculas através das pontes de hidrogênio.
Na superfície livre da água, as moléculas se orientam de tal forma que a maior parte das
pontes de hidrogênio fica voltada para dentro, em direção ao centro da massa líquida. Isso resulta numa alta tensão superficial. Essa tensão é responsável pela formação de gotas de água nas folhas depois das chuvas, e evita que a água ocupe os espaços intercelulares.
Existem substâncias que adicionadas à água podem diminuir essa tensão, permitindo assim que a água penetre através da cutícula e, segundo alguns autores, através dos estômatos. Essas substâncias são chamadas surfactantes, e são utilizados geralmente em caldas herbicidas ou fungicidas além de constituírem os sabões. As moléculas surfactantes possuem uma parte polar e uma parte apolar. A parte polar fica em contato com a água, enquanto a parte apolar, no lado oposto, tem a possibilidade de entrar em contato com substâncias apolares, como as gorduras.
Movimento da Agua
O movimento da água pode se dar de várias formas:
1) Fluxo de massa: as substâncias se movem espontaneamente em um sistema físico, e com isso seu conteúdo energético diminui, isto é, a entropia ou desorganização do sistema aumenta. Nesse movimento a água carrega consigo substâncias dissolvidas e partículas suspensas, e a isso se chama "fluxo de massa".
2) Difusão: ao contrário do fluxo de massa, a difusão envolve movimento espontâneo, ao acaso, de partículas individuais. Ocorre quando há uma diferença no conteúdo energético (potencial químico) entre os componentes de ambas as partes do sistema. Uma substância que é mais concentrada em um lado normalmente tem maior potencial químico e se difunde em direção à região onde a concentração é mais baixa. A razão de difusão é calculada pela lei de Fick.
3) Potencial hídrico: o potencial hídrico é a diferença entre o potencial químico e o de água pura à mesma temperatura e pressão. Esse potencial se eleva por pressão mecânica ou por aumento da temperatura. A água se difunde de uma região de maior para outra de menor potencial. Quanto mais negativo o potencial hídrico em um sistema em relação ao lado de fora, maior a tendência da água de se difundir para dentro, de acordo com a lei de Fick.
4) Osmose: embora esse termo seja aplicado em sistemas onde haja movimento diferencial de água, o termo osmose pode ser estritamente aplicado à difusão de qualquer substância através de membrana diferencialmente permeável em resposta a um gradiente de potencial químico.
Movimento Estomático
Os estômatos nada mais são do que pequenos poros na cutícula. É através desses poros que se processam as trocas gasosas. Os estômatos se formam antes que a folha complete a maior parte de sua expansão e assim o número de estômatos, por folha, não muda muito durante a expansão foliar, sendo praticamente o mesmo em folha jovem e em folha adulta. O número de estômatos por unidade de área foliar é maior em condições secas do que quando as plantas crescem sob condições muito úmidas. Isso é atribuído principalmente a uma redução na expansão das folhas de plantas que se encontram sob condições secas.
A abertura do estômato é controlada pelas células-guarda e pelas células subsidiárias. Quando as células-guarda se tornam mais túrgidas suas formas se modificam; elas se distinguem por terem a capacidade de aumentar muito seu volume quando se tornam túrgidas. As células subsidiárias, ao contrário, provocam o fechamento do estômato ao aumentarem de volume.
Fatores que afetam a abertura estomática
Se supridos de forma adequada com água, os estômatos se abrem rapidamente depois do
nascer do sol e permanecem abertos durante a maior parte do dia. Em algumas xerófitas da família das crassuláceas os estômatos se abrem somente à noite (plantas CAM).
Os principais fatores que interferem na abertura estomática são:
1) Resposta ao CO2: Quando as plantas são expostas ao ar livre de CO2 os estômatos tendem a se abrir mesmo no escuro. Inversamente uma concentração de CO2 no ambiente acima de 0,03% causa seu fechamento mesmo durante o dia.
2) Resposta à temperatura: Dentro de uma faixa de 5 a 25C, a temperatura tem mais influência sobre a velocidade da abertura e fechamento do que sobre o tamanho das fendas.
3) Resposta à falta de água: Se uma planta está perdendo mais água na transpiração do que é capaz de absorver pelas raízes, desenvolve-se um déficit de água que geralmente causa o fechamento dos estômatos, independentemente da luz, [CO2], ou temperatura.
É provável que o ABA produzido naturalmente esteja envolvido nas reações estomáticas rápidas provocadas por falta de água.
2.1 – TRANSPIRAÇÄO
Efeitos de fatores ambientais sobre a transpiração
Luz : a transpiração é baixa à noite, começando a aumentar ao nascer do sol e atingindo um máximo nas últimas horas da manhã ou nas primeiras horas da tarde. A luz tem efeito maior sobre a transpiração do que sobre a evaporação. Este fato é atribuível a uma redução nas superfícies efetivamente evaporantes de folhas no escuro, quando os estômatos estão fechados.
Umidade do ar : a transpiração ocorre mais rapidamente quando o ar ao redor da planta é seco, porque o potencial hídrico é maior.
Temperatura : quando a temperatura da folha é mais elevada que a do ar, o gradiente de potencial hídrico é maior do que quando as temperaturas são as mesmas.
Vento : o movimento do ar sobre a superfície da folha tende a remover o vapor da água e desse modo aumentar o gradiente de potencial hídrico, provocando assim a transpiração.
Disponibilidade de água : se o suprimento de água de uma planta é reduzido pela seca ou por baixa temperatura, a absorção é menos intensa que a evaporação e a planta fica sob estresse hídrico. Isso faz com que as paredes celulares da folha se desidratem e isso reduz a transpiração.
Efeitos da estrutura da planta sobre a transpiração
Toda espécie vegetal apresenta particularidades na transpiração, estas dependendo da área superficial, forma e disposição das folhas, e sua estrutura interna.
Plantas com folhas maiores tendem a desenvolver maiores déficits hídricos, o que reduza a transpiração. As plantas frequentemente perdem as folhas quando a falta de água chega a situações extremas sendo a redução de área foliar uma característica das xerófitas. Outro fator que influencia a transpiração é a composição da cutícula; o número, distribuição e estrutura dos estômatos; ao arranjo interno das células e espaços intercelulares, e à localização dos tecidos vasculares.
A presença de pelos e escamas na superfície de folhas tende mais a reduzir a transpiração porque retêm o ar úmido na superfície foliar. Um outro efeito é tornar a superfície da folha mais refletora.
Importância da transpiração
A transpiração é a consequência inevitável do fato de que a planta precisa manter exposta ao ar uma grande área de paredes celulares úmidas a fim de facilitar a absorção de CO2 pelas folhas.
Se as plantas tivessemdesenvolvido uma cutícula que permitisse a livre passagem de CO2 oxigênio, mas não de água, elas presumivelmente não transpirariam.
Que a transpiração é um mal necessário, está indicado pelo fato de que ela é reduzida tanto quanto possível quando a fotossíntese para, e na falta de água a transpiração cessa mesmo às expensas de fotossíntese reduzida e de diminuição do crescimento.
É possível que, em alguns casos, uma planta possa esgotar o solo de nutrientes inorgânicos nas vizinhanças, de seu sistema radicular de tal modo que o crescimento seja afetado. Uma alta velocidade de movimento de água no solo para o interior da planta ajuda a impedir isso, trazendo substâncias dissolvidas das regiões mais distantes.
Folhas expostas à radiação solar tendem a sobreaquecer. Devido ao calor latente de
evaporação, a transpiração tem um poderoso efeito resfriador e embora isso possa não ser de grande significância nas regiões temperadas, é extremamente importante nas regiões desérticas.
2.2 - MOVIMENTO DE ÁGUA NAS PLANTAS
A água é transportada de uma parte para outra dentro da planta, ao longo de um gradiente de potencial hídrico provocado, por exemplo, pela transpiração e acúmulo local de solutos. As plantas perdem por transpiração mais água do que conseguem absorver durante o dia, e compensam isso durante a noite.
O movimento da água das raízes até as folhas ocorre na sua maioria através do xilema, e é chamado de fluxo transpiratório. Esse transporte através do xilema é um transporte passivo. O suprimento de água a órgãos que não transpiram tão rapidamente, como frutos, tubérculos, etc., é feito através do floema.
A razão do movimento de água em cada parte da planta depende do gradiente de potencial hídrico e da resistência daquela área.
Absorção de água pelas raízes
O movimento de água através do córtex até a endoderme de uma raiz ocorre principalmente por via apo plástica. Uma menor quantidade de água se move através do simplista, o qual apresenta uma maior resistência ao fluxo de água. Devido a essa resistência uma pequena quantidade de água se move através do córtex de vacúolo para vacúolo em resposta a um gradiente de potencial hídrico.
Quando a água alcança a parte mais jovem da raiz o caminho apo plástico é bloqueado
pelas estrias de Campari e o movimento, através dessas estrias, se dá obrigatoriamente por via simplástica. O endoderma se comporta como uma membrana que separa a seiva do xilema do meio circundante, e assim que a seiva o atravessa toma novamente o caminho por via apo plástica.
FONTE: As Plantas e a Agua.
James Sutcliffe.
3 - FUNÇÖES DOS ELEMENTOS MINERAIS ESSENCIAIS GERAIS
Os elementos essenciais, em geral, funcionam:
1) como constituintes de compostos, 2) na ativação de enzimas, 3) contribuindo para o potencial osmótico de células vegetais.
ESPECÍFICAS
Nitrogênio: Constituinte de aminoácidos, amidas, proteínas, ácidos nucleicos, nucleotídeos, coenzimas, hexosaminas, etc.
Fósforo: Componente de açúcares fosfatados, ácidos nucleicos, nucleotídeos, coenzimas, fosfolipídios, ácido fático, etc. Tem uma função chave nas reações em que o ATP está envolvido.
Potássio: Necessário como cofator para 40 ou mais enzimas. Tem uma função no movimento dos estômatos. Mantêm eletro neutralidade nas células vegetais.
Enxofre: Componente da cisterna, cistina, metionina e, desta maneira, proteínas. Constituinte do ácido lipídico, coenzima A, tiamina piro fosfato, glutamina, biotina, adenosina-5-fosfosulfato e 3-fosfoadenosina.
Cálcio: Constituinte da lamela média das paredes celulares. Necessário como cofator para algumas enzimas envolvidas na hidrólise do ATP e fosfolipídios. Atua como segundo mensageiro na regulação metabólica.
Magnésio: Constituinte da molécula de clorofila. Necessidade não específica de um grande número de enzimas envolvidas na transferência de fosfato.
Ferro: Constituinte de cito cromos e proteínas ferro não heme envolvidas na fotossíntese, fixação de N2 e respiração.
Manganês: Necessário para a atividade de algumas desidrogenasses, descarboxilases, cineses, oxidases e peroxidasses e não especificamente necessário para outras enzimas ativadas por cátion. Necessário para evolução fotossintética do O2.
Boro: Evidência indireta de participação no transporte de carboidratos. Borato forma complexos com certos carboidratos. Complexos naturais de borato em plantas não foram identificados.
Cobre: Componente essencial da ácido ascórbico oxidase, tirosinase, monômio oxidase, úricas ecitocromo oxidase. Componente da plastocianina em espinafre.
Zinco: Constituinte essencial da álcool desidrogenasse, anidras carbônica e outras enzimas.
Molibdênio: Constituinte da nitrato refutasse. Essencial para a fixação do N2.
Cloro: Necessário para as reações fotossintéticas envolvidas na evolução do O2.
3.1 - SINTOMAS DE DEFICIÊNCIAS DOS ELEMENTOS ESSENCIAIS
Considerações Gerais:
Sintomas de deficiência nutritiva numa planta são a expressão de desorganizações metabólicas resultantes do fornecimento insuficiente de um elemento essencial. Por sua vez, estes desarranjos estão relacionados aos papéis desempenhados pelos elementos essenciais no metabolismo e fisiologia normais da planta.
Também é importante considerar o grau de reciclagem (mobilidade) de um elemento desde as folhas mais jovens para as mais velhas. Alguns elementos, tais como N, P e K, são mobilizados com muita facilidade de folha para folha, enquanto outros como B, Fe e Ca, são relativamente imóveis. Desta maneira, o sintoma de deficiência de um elemento móvel ocorrerá primeiramente nas folhas mais velhas. Por sua vez, a deficiência de um elemento essencial imóvel será primeiramente evidenciado nas folhas mais jovens.
Sintomas específicos da Falta de:
Nitrogênio: Como o N está associado com muitos componentes da célula vegetal, tais como aminoácidos e ácidos nucleicos, um sintoma característico de sua deficiência é a interrupção do crescimento. Além disso, plantas com deficiência de N têm caules finos e frequentemente lenhosos, possivelmente devido a um excesso de carboidratos porque eles não são usados na síntese de compostos nitrogenados. As estruturas dos carboidratos não sendo usadas no metabolismo do N, podem ser usadas na síntese de antocianina, a qual se acumula. Esta acumulação é evidenciada como uma coloração púrpura em folhas, pecíolos e caules de algumas plantas tais como tomate e certas variedades de milho. Em muitas plantas, o primeiro sintoma da deficiência de Nitrogênio é a CLOROSE, especialmente nas folhas mais velhas mais próximas da base da planta. Sob deficiência severa, estas folhas tornam-se completamente amarelas (ou castanho-amareladas) e caem. Folhas jovens podem não apresentas estes sintomas inicialmente porque o N pode ser mobilizado desde folhas mais velhas. Desta maneira, uma planta deficiente de N pode ter folhas superiores verde-claras e folhas inferiores amarelas ou castanho-amareladas.
Fósforo: Os sintomas característicos da deficiência do P incluem paralização do crescimento em plantas jovens e coloração verde escuro das folhas, as quais podem ser mal formadas e conterem pontos necróticos (pequenos pontos de tecido morto). também pode haver formação de antocianinas em excesso, dando uma coloração púrpura às folhas a qual, entretanto, não está associada com cloros. Pode ocorrer uma coloração púrpura esverdeada escura. Outros sintomas podem ser produção de caules finos (mas não lenhosos) e morte de folhas mais velhas.
Potássio: O primeiro sintoma da deficiência de K é cloros marginal ou salpicada a qual, a seguir, desenvolve-se em necrose que ocorre principalmente nas margens e pontas das folhas e entre nervuras. Em muitas monocotiledôneas, estas lesões necróticas podem inicialmente formarem-se nas pontas e margens das folhas e a seguir, estenderem-se basipetamente. Estes sintomas surgem inicialmente nas folhas mais velhas, mais maduras, na base da planta. Também podem ocorrer enrolamento e encrespamento das folhas. Oscaules de plantas deficientes em K podem ser finos e fracos, com regiões intermídias anormalmente curtas. Em milho deficiente de K as raízes podem ser muito susceptíveis aos fungos decompositores da raiz presentes no solo, e isso, juntamente com os efeitos sobre o caule, resulta numa maior tendência da planta de ser facilmente encurvada em direção ao solo.
Enxofre: O S determina muitos sintomas semelhantes aos da deficiência do N, inclusive cloros, paralização do crescimento e acumulação de antocianina. Isto não surpreende, porque estes dois elementos são componentes de proteínas. Entretanto, a cloros causada por deficiência de S ocorre inicialmente nas folhas jovens, ao contrário no N, que ocorre nas folhas mais maduras. Isto ocorre porque o S não é facilmente remobilizado para as folhas mais jovens na maioria das plantas, apesar de que, em algumas espécies, possa ocorrer cloros em seguida em todas as folhas ou mesmo nas folhas mais velhas no início.
Cálcio: Além de ser usado na síntese de novas paredes celulares, particularmente na lamela média que separa células recém divididas, o Ca também é usado no fuso mitótico durante a divisão celular.
O Ca é necessário para o funcionamento normal das membranas vegetais e tem sido envolvido como um segundo mensageiro para várias respostas vegetais tanto para sinais ambientais como hormonais. Nesta função de segundo mensageiro, o Ca se liga ao CALMODULIN, uma proteína encontrada nas células vegetais. O complexo Ca calmodulin pode ser envolvido na regulação de muitos processos metabólicos. Sintomas característicos de deficiência de Ca incluem necrose das pontas e margens das folhas jovens, seguida por necrose das gemas terminais. Estes sintomas ocorrem nas regiões meristemáticas jovens da planta, onde ocorrem divisões celulares e formação de novas paredes. estes sintomas são frequentemente precedidos por uma cloros geral e encurvamento descendente acentuado das folhas jovens. Estas também podem apresentar aparência deformada. Se o sistema radicular de uma planta deficiente de Ca for examinado, ele pode manifestar-se acastanhado, curto e altamente ramificado. Interrupção severa do crescimento pode manifestar-se acastanhado, curto e altamente ramificado. Interrupção severa do crescimento pode ocorrer quando as regiões meristemáticas da planta morrem prematuramente.
Magnésio: Um sintoma característico da deficiência do Mg é uma cloros Inter nerval que ocorre primeiro nas folhas mais velhas devido a sua alta mobilidade. Este tipo de cloros ocorre porque a clorofila nos feixes vasculares permanece inalterada por períodos mais longos do que nas células entre os feixes e o Mg faz parte do componente porfirina da clorofila. Se a deficiência é grande, as folhas podem tornar-se amarelas ou brancas. Um sintoma adicional de deficiência de Mg pode ser abscisão foliar prematura.
Ferro: Os sintomas característicos da deficiência de ferro são clorosas Inter nervais. Entretanto, como o Fe não é facilmente remobilizado a partir das folhas mais velhas, estes sintomas ocorrem inicialmente nas folhas mais jovens. Sob condições de deficiência prolongada ou excessiva, as nervuras podem tornar-se cloróticas de tal modo que a folha inteira toma uma cor branca. Cloros das folhas ocorre porque o Fe é necessário para a síntese da clorofila. Entretanto, a função exata nesta síntese ainda é objeto de pesquisa. A baixa mobilidade do Fe é provavelmente devida à sua precipitação nas folhas mais velhas como óxidos ou fosfatos insolúveis ou à formação de complexos como fitoferritina, uma proteína ligada ao Fe encontrada na folha. A precipitação do ferro reduz a mobilização posterior do metal para o floema para translocação a longa distância.
Cobre: O sintoma inicial de deficiência de Cu é a produção de folhas verde-escuro, que podem conter pontos necróticos. Estes aparecem primeiro nas folhas jovens e, destas, estendem-se para baixo ao longo de suas margens. As folhas também podem ser torcidas ou mal formadas. Sob deficiência extrema de Cu, pode ocorrer perda prematura de folhas (abscisão foliar).
Boro: Embora não se conheça a função exata do boro no metabolismo da planta, existem evidências de que tenha papel na síntese de ácido nucleico, respostas hormonais e funcionamento de membranas. Plantas deficientes de B apresentam uma ampla variedade de sintomas, dependendo da espécie e da idade. Um sintoma característico é necrose escura das folhas jovens e gemas terminais.
A necrose das folhas jovens ocorre principalmente na base da lâmina. Também pode ocorrer perda da dominância apical, de modo que a planta torna-se muito ramificada; entretanto, os ápices terminais dos ramos logo tornam-se necróticos devido à inibição da divisão celular. Estruturas tais como frutos, raízes frescas e tubérculos podem apresentar necroses ou anormalidades relacionadas ao colapso de tecidos internos.
Zinco: Muitas enzimas precisam de íons Zinco (Zn2+) para sua atividade, e o mesmo pode ser necessário para a biossíntese de clorofila em algumas plantas. A deficiência de Zn é caracterizada pela redução do crescimento intermodal ele em consequência, a planta mostra um hábito roseta de crescimento em que as folhas formam um ajuntamento de formato circular sobre ou próximo ao solo. As folhas também podem ser pequenas ou deformadas, com suas margens de aparência enrugada. Estes sintomas podem ser resultado da perda da capacidade de produção de quantidades suficientes de ácido indolilacético (auxina). Em algumas espécies (milho, sorgo, feijão) as folhas mais velhas podem apresentar cloros Inter nerval e, após, pontos necróticos brancos. Esta cloros pode ser a expressão da necessidade do Zn para a biossíntese da clorofila.
Manganês: O principal sintoma da deficiência de Mn é cloros Inter nerval associada com o desenvolvimento de pequenos pontos necróticos. Esta cloros pode ocorrer sobre folhas mais jovens ou mais velhas, dependendo da espécie da planta em questão.
Molibdênio: A primeira demonstração da deficiência de Mó é Molibdênio: A primeira demonstração da deficiência de Mó é cloros e necrose Inter nerval geral das folhas mais velhas. Em algumas plantas, tais como couve-flor e brócolis, as folhas podem não se tornarem necróticas mas, em vez disso, se torcem e posteriormente morrem. A formação de flores pode ser impedida, ou as flores podem cair prematuramente. Uma vez que o Mó é um componente do sistema da refutasse do nitrato, uma deficiência pode ocasionar uma deficiência de N se a fonte deste elemento for principalmente nitrato.
Cloro: Plantas deficientes de Cl desenvolvem murchamente das pontas das folhas seguido por cloros e necrose geral. As folhas também podem mostrar redução de crescimento. Eventualmente, as folhas podem tomar uma cor semelhante a bronze (bronzeamento). Raízes de plantas deficientes de Cl mostram-se com crescimento paralisado e engrossadas nas proximidades de suas pontas. Uma vez que o Cl, como cloreto, é muito solúvel e geralmente disponível no solo, sua deficiência é desconhecida em plantas que crescem em seus ambientes naturais. A maioria das plantas geralmente absorvem Cl em concentrações muito maiores do que aquelas necessárias para seu funcionamento normal.
FONTE: Tais, L & Geiger, E.
Planta Physiology.

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