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0 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA DISCIPLINA DE FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA SEMESTRE 2017.2 PRÁTICA 10 RESISTORES E OHMÍMETRO ALUNA: SARAH OLIVEIRA LUCAS MATRÍCULA: 406204 CURSO: ENGENHARIA CIVIL TURMA: 01A PROFESSOR: HEITOR FORTALEZA 2017 1 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 2 1. AULA PRÁTICA ....................................................................................................... 3 1.1.Objetivos ................................................................................................................ 3 1.2.Material .................................................................................................................. 3 1.3.Fundamentos .......................................................................................................... 3 1.4.Procedimento ......................................................................................................... 4 1.4.1. Medida de resistências ............................................................................... 4 1.4.2. Associação de resistores ............................................................................ 6 1.4.3. Potenciômetro ............................................................................................ 7 1.5.Questionário .......................................................................................................... 8 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 12 2 Introdução O presente relatório pertencente à disciplina de física experimental irá mostrar as experiências realizadas na décima aula prática, a qual tratou de resistência elétrica, que pode ser entendida como um "obstáculo" encontrado para que haja passagem de corrente elétrica por um condutor submetido a uma determinada tensão. Esse relatório está dividido em algumas partes principais, são elas: objetivos da aula; quais os materiais utilizados para a realização dos procedimentos; os fundamentos que auxiliaram a realização dos procedimentos; os experimentos, que estão subdivididos em três partes, a primeira refere-se à medição de resistência, a segunda de associação de resistores, já a terceira trata do potenciômetro; e um questionário referente aos resultados obtidos nos experimentos. Para a realização da prática foi necessário ter um conhecimento prévio dessa área da física. Sabe-se que ao aplicar-se uma tensão, em um condutor qualquer, se estabelece nele uma corrente elétrica, a qual é formada pelo movimento de elétrons livres dentro do condutor. À medida que essas colisões aumentam, a corrente elétrica encontra dificuldade para atravessar o condutor e, como já citada, essa dificuldade é a resistência elétrica. Para a maior parte dos condutores estas duas grandezas são diretamente proporcionais, ou seja, conforme uma aumenta o mesmo ocorre à outra. É importante ressaltar que há dispositivos conversores de energia elétrica em térmica, que são os resistores. Esses foram os principais objetos de estudo da presente aula prática. Essa conversão de energia é feita através do efeito Joule, que é caracterizado pelo aumento da temperatura, resultante das colisões entre os elétrons. Para a medição da resistência desses resistores é possível utilizar uma tabela e verificar as faixas de cores de cada resistor, ou mesmo fazer uso do equipamento ohmimetro, o qual geralmente vem associado a um amperímetro, que mede corrente elétrica e voltímetro, que mede tensão, esses constituem um multímetro. Para o enriquecimento desse relatório foram feitas pesquisas bibliográficas na internet, enriquecida com a análise do roteiro de aulas práticas de física do professor Nildo Loiola e também a recolha dos dados obtidos durante a aula prática. 3 1. Aula prática 1.1. Objetivos • Identificar resistores; • Determinar o valor da resistência pelo código de cores; • Utilizar o ohmímetro digital para medir resistências; • Identificar associação de resistores em série, paralelo e mista; • Determinar o valor da resistência equivalente de uma associação; • Verificar o funcionamento de um potenciômetro; • Comparar os resultados obtidos com os valores tabelados, demonstrando o erro percentual. 1.2. Material Os materiais utilizados durante a prática foram: • Resistores (placa com 7 resistores); • Resistores em base de madeira (3 de 1kΩ e 2 de 3,3kΩ; • Potenciômetro de 10 kΩ; • Lupa, para auxiliar na verificação das cores; • Tabela com código de cores; • Cabos (dois médios e quatro pequenos); • Garras jacaré (duas); • Multímetro digital. 1.3. Fundamentos Sabe-se que os resistores comerciais podem ser identificados utilizando-se um código de cores especial que ao ser corretamente interpretado permite identificar o valor da resistência do componente. Nos Resistores de uso comum esse código é formado por um conjunto de duas ou três faixas coloridas que indicam o valor nominal do componente e uma última faixa que indica a tolerância do mesmo. Caso haja seis faixas, a sexta representa o coeficiente de temperatura, que é a variação da resistência em partes por milhão (ppm) por grau Celsius. A maneira correta da leitura dessas faixas é da extremidade esquerda para a direita. Mas se a primeira faixa for dourada ou prateada, a leitura das cores é invertida, ou seja, será lida da direita para a esquerda. A imagem seguinte mostra as cores e seus respectivos valores: 4 Figura 1- Código de cores Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/ É importante ressaltar que a potência máxima de dissipação dos resistores é algo estabelecido pelos fabricantes, acima da qual pode haver danificação do resistor. Geralmente essas potências apresentam os seguintes valores: 1/8 W, ¼ W, 1 W e 2 W. Caso seja maior que 2 W, é obrigatória a informação no produto. Outra forma de medir a resistência é com a utilização do ohmímetro, equipamento que mede as resistências diretamente. Ao utilizá-lo é necessária a adequação da escala em relação ao valor da resistência a ser medida, pois caso o valor a ser medido seja menor que a escala, o ohmímetro irá retornar a leitura 1. , a qual pode ser vista como um código de erro. Outro cuidado importante durante a utilização desse equipamento é que o usuário não deve tocar nas partes metálicas das pontas de prova, pois a resistência do corpo influenciará na medida. Esses resistores podem associar-se de três maneiras distintas, são elas: série, paralela ou mista. Na associação em série, o terminal de saída de um resistor dever ser ligado ao terminal de entrada de outro resistor, isso sucessivamente até todos os resistores estarem associados. Para saber o valor da resistência equivalente dessa associação, basta somar a resistência de todos os resistores. É um processo bastante simples. Já a associação em paralelo consiste na ligação dos terminais de entrada de todos os resistores a um único ponto, bem como a ligação dos terminais de saída a outro ponto distinto. O cálculo do inverso da resistência equivalente é feito através da soma dos inversos das resistências de cada resistor. Por fim tem a associação mista, que é basicamente a junção da associação em série com a paralela.Para descobrir o valor da resistência equivalente, primeiro acha-se a resistência equivalente dos resistores em paralelo, e com esse resultado, adiciona as outras resistências em paralelo. 1.4. Procedimento 1.4.1. Medida de resistências 5 No procedimento inicial analisamos o multímetro, o qual contém um ohmímetro com as seguintes escalas: 2 MΩ, 200 kΩ, 20 kΩ, e 200 Ω. Essas escalas foram usadas nos procedimentos subsequentes. Após a verificação dessas escalas, partimos para a identificação das cores das faixas de cada resistor, com auxílio de uma lupa. Na tabela abaixo, há a leitura das cores na ordem correta, bem como o valor nominal e a tolerância de cada resistor. Tabela 1.1 – Identificação da resistência pelo código de cores R Cores Rnominal Tolerância 1 Laranja, laranja, vermelho, prata 3300 ± 10% 2 Verde, azul, marrom, dourado 560 ± 5% 3 Marrom, preto, vermelho, prata 1000 ± 10% 4 Vermelho, violeta, preto, preto, marrom 270 ± 1% 5 Amarelo, violeta, vermelho, dourado 4700 ± 5% 6 Cinza, vermelho, preto, dourado 82 ± 5% 7 Marrom, preto, preto, vermelho, dourado 10000 ± 5% Analisando os resistores 3 e 7 que começavam com as cores prata e dourado, respectivamente, foi preciso inverter a leitura dos mesmos. Na tabela, a leitura desses resistores está na forma invertida. Observando a tabela 1.1 e com o auxílio do ohmímetro digital, medimos a resistência de cada um dos resistores. Durante essa medição, foi necessário ajustar o equipamento para a escala mais adequada. Tendo a disposição a resistência nominal e a medida, calculamos o erro percentual para cada resistor. Todos os valores obtidos estão descritos na tabela 1.2. Tabela 1.2 Valores medidos de resistência e determinação do erro R Rnominal Rmedido Escala Erro (%) 1 3300 = 3,3 kΩ 3,31 kΩ 20 kΩ 0,303 % 2 560 = 0,56 kΩ 0,56 kΩ 2 kΩ 0 % 3 1000 = 1 kΩ 0,99 kΩ 2 kΩ 1% 4 270 = 0,27 kΩ 0,269 kΩ 2 kΩ 0,37 % 5 4700 = 4,7 kΩ 4,6 kΩ 20 kΩ 2,13 % 6 82 Ω 82,9 Ω 200 Ω 1,10 % 7 10000 = 10 kΩ 9,97 kΩ 20 kΩ 0,3 % 6 Observando os erros obtidos, pudemos perceber que os valores medidos são aceitáveis, uma vez que os erros não ultrapassaram 10%. 1.4.2. Associação de resistores Após trabalharmos com as medidas das resistências, partimos para a associação de resistores. Como visto nos fundamentos, os resistores podem associar-se de duas formas, em série, paralela ou mista. Como havia cinco resistores à nossa disposição, identificamos cada um pelo valor nominal e com o ohmímetro medimos as resistências correspondentes. Os valores obtidos estão na tabela 1.3. Tabela 1.3- Identificação dos resistores fornecidos. Rnominal Rmedido 1 kΩ 1,002 kΩ 1 kΩ 0,997 kΩ 1 kΩ 1,000 kΩ 3,3 kΩ 3,28 kΩ 3,3 kΩ 3,24 kΩ Para saber se as resistências medidas são aceitáveis, calculamos os erros para cada um dos resistores, são eles: 0,2%, 0,3%, 0%, 0,606%, 1,82%. Esses erros estão respectivamente de acordo com cada linha da tabela. Como nenhum ultrapassou 10%, então afirmamos que os valores obtidos são aceitáveis. Possuindo os valores das resistências, realizamos uma série de associações: - Associamos dois resistores de 1 kΩ em série, obtendo a seguinte resistência equivalente: R eq = 1,002 kΩ + 0,997 kΩ = 1,999 kΩ - Associamos dois resistores de 1 kΩ em paralelo, obtendo a seguinte resistência equivalente: 1/R eq = 1/1,002 kΩ + 1/0,997 kΩ => R eq = 0,50 kΩ - Associamos três resistores de 1 kΩ em série, obtendo a seguinte resistência equivalente: 7 R eq = 1,002 kΩ + 0,997 kΩ + 1,000 kΩ = 2,999 kΩ - Associamos três resistores de 1 kΩ em paralelo, obtendo a seguinte resistência equivalente: 1/R eq = 1/1,002 kΩ + 1/0,997 kΩ + 1/1,000 kΩ => R eq = 0,333 kΩ - Associamos três resistores de 1 kΩ em uma associação mista, obtendo a seguinte resistência equivalente: 1/R eq = 1/1,002 kΩ + 1/0,997 kΩ => Req = 0,50 kΩ (associação de dois resistores em paralelo) Somamos o valor da resistência equivalente em paralelo, à outro resistor, formando uma associação em paralelo: R eq = 0,50 kΩ + 1,000 kΩ = 1,50 kΩ ( essa resistência equivalente corresponde à associação mista). - Associamos dois resistores de 3,3 kΩ em série, obtendo a seguinte resistência equivalente: R eq = 3,28 kΩ + 3,24 kΩ = 6,52 kΩ - Associamos dois resistores de 3,3 kΩ em paralelo, obtendo a seguinte resistência equivalente: 1/R eq = 1/3,28 kΩ + 1/3,24 kΩ => R eq = 1,63 kΩ - Associamos um resistor de 1 kΩ a um de 3,3 kΩ em série, obtendo a seguinte resistência equivalente: R eq = 1,002 kΩ + 3,28 kΩ = 4,28 kΩ - Associamos um resistor de 1 kΩ a um de 3,3 kΩ em paralelo, obtendo a seguinte resistência equivalente: 1/R eq = 1/0,997 kΩ + 1/3,24 kΩ => R eq = 0,762 kΩ 1.4.3. Potenciômetro Após associar resistores das três formas possíveis, fomos para o último procedimento, no qual trabalhamos com um potenciômetro, que consiste basicamente de uma película de 8 carbono, ou um fio que percorrido por um cursor móvel, altera o valor da resistência entre seus terminais. O potenciômetro que trabalhamos possuía um valor nominal de R = 10,3 Ω. Ajustamos a resistência do potenciômetro variando a posição do cursor de modo a obter os valores indicados na tabela 1.4. Medimos a resistência complementar em cada caso e efetuamos a soma para obter a resistência total. Tabela 1.4- Medidas das resistências nos terminais de um potenciômetro Resistência entre os terminais A e B, RAB (Ω) Resistência entre os terminais B e C, RBC (Ω) Soma das resistências RAB + RBC (Ω) 1 k 9,66 k 10,66 k 6,66 k 4 k 10,66 k 5 k 5,49 k 10,49 k 2,42 k 8 k 10,42 k Comparando o valor nominal do potenciômetro e o valor obtido na medição, calculamos os seguintes erros: 3,50%, 3,50%, 1,84%, 1,16%. Esses erros estão respectivamente com cada linha da tabela. Como nenhum ultrapassa 10%, então consideramos aceitáveis os valores obtidos. 1.5. Questionário 1. Um resistor R1 apresenta as seguintes faixas: branca, verde, laranja, vermelha e vermelha. Um resistor, R2, apresenta as seguintes faixas: azul, cinza, marrom, laranja e marrom. Quais os valores nominais das resistências? E quais as tolerâncias? R1: branca, verde, laranja, vermelha e vermelha. Rnominal = 953 * 10 2 ± 2% = 95,3 kΩ ± 2% R2: azul, cinza, marrom, laranja e marrom. Rnominal = 681 * 10 3 ± 1% = 681 kΩ ± 1% 2. Quais as cores das faixas indicativas do valor nominal de um resistor de 2,74 kΩ e 1% de tolerância. Rnominal = 2740 Ω. Vermelha, violeta, amarela, marrom e marrom. 3. Que é tolerância de um resistor? 9 É a variação máxima que pode ocorrer acima ou abaixo do valor do resistor, isto é, o nível de capacidade que ele tem de resistir a uma corrente elétrica. 4. Um resistor de 820 kΩ tem uma tolerância de 5%. Qual o valor mínimo esperado para o valor da resistência do mesmo? E qual o valor máximo? Para esse resistor, as faixas indicativas do valor nominal são: cinza, vermelha, preta, laranja, dourada. O valor mínimo esperado é 779 kΩ , já o máximo esperado é 861 kΩ. Esses valores são calculados com base na tolerância. 5. Dois resistores têm valores 1000 Ohms e 2000 Ohms respectivamente com tolerâncias de 5%. Quais as tolerâncias de suas montagens em série e em paralelo? R1 = 1 kΩ ± 5% Vmínimo = 0,95 kΩ e Vmaximo = 1,05 kΩ R2 = 2 kΩ ± 5% Vmínimo = 1,90 kΩ e Vmaximo = 2,10 kΩ Associação em série: R eq = 0,95 kΩ + 1,9 kΩ = 2,85 kΩ ( para valores mínimos) R eq = 1,05 kΩ + 2,1 kΩ = 3,15 kΩ ( para valores máximos) (2,85 kΩ + 3,15 kΩ)/2 = 3,0 kΩ Para que 3,0 kΩ assuma ambos osextremos, que são os valores que temos na operação anterior de soma, teremos que ter uma tolerância de 0,15/3,0 = ± 5%. Associação em paralelo: 1/R eq = 1/0,95 kΩ + 1/1,9 kΩ => R eq = 0,63 kΩ ( para valores mínimos) 1/R eq = 1/1,05 kΩ + 1/2,1 kΩ => R eq = 0,70 kΩ ( para valores máximos) (0,63 kΩ + 0,70 kΩ)/2 = 0,665 kΩ Para que 0,665kΩ assuma ambos os extremos, que são os valores que temos na operação anterior de soma, teremos que ter uma tolerância de 0,035/0,665 = ± 5,26%. 6. Determine teoricamente qual a resistência equivalente à associação em série de n resistores iguais de resistência R e compare a previsão teórica, para os casos em que n=2; n=3 e R=1000Ω com os resultados experimentais desta prática. Comente os resultados. Em uma associação em série, a resistência é obtida pela soma da resistência de cada resistor associado, temos a seguinte relação: Req = R1 + R2 + ... + Rn. Se as resistências forem iguais, teremos Req = R*n. Sendo R = 1 kΩ e n= 2 e n= 3, teremos as seguintes resistências equivalentes: 10 Req = 1 kΩ *2 = 2 kΩ e Req = 1 kΩ *3 = 3 kΩ Analisando o procedimento que tratava de associação de resistores, podemos tomar como exemplo as seguintes associações: R eq = 1,002 kΩ + 0,997 kΩ = 1,999 kΩ (dois resistores) R eq = 1,002 kΩ + 0,997 kΩ + 1,000 kΩ = 2,999 kΩ (três resistores) Podemos comparar a previsão teórica com o valor obtido no experimento, calculando o erro: Para dois resistores em série, o erro foi de 0,05%. Já para três resistores, 0,033%. Observa-se que os erros são muito pequenos, quase desprezíveis. Então se pode afirmar que os experimentos obedecem à teoria. 7. Determine teoricamente qual a resistência equivalente à associação em paralelo de n resistores iguais de resistência R e compare a previsão teórica para os casos em que n=3 e R=1000 Ω; com os resultados experimentais desta prática. Comente os resultados. Em uma associação em paralelo, o inverso da resistência equivalente é obtida pela soma do inverso da resistência de cada resistor associado, temos a seguinte relação: 1/Req = 1/R1 + 1/R2 + ... + 1/Rn. Se as resistências forem iguais, teremos 1/Req = 1/R*n. Sendo R = 1 kΩ e n= 2 e n= 3, teremos as seguintes resistências equivalentes: 1/Req = 1/1 kΩ *2 => Req = 0,5 kΩ e 1/Req = 1/1 kΩ *3 => Req = 0,33 kΩ Analisando o procedimento que tratava de associação de resistores, podemos tomar como exemplo as seguintes associações: 1/R eq = 1/1,002 kΩ + 1/0,997 kΩ => R eq = 0,50 kΩ (dois resistores) 1/R eq = 1/1,002 kΩ + 1/0,997 kΩ + 1/1,000 kΩ => R eq = 0,33 kΩ (três resistores) Podemos comparar a previsão teórica com o valor obtido no experimento, calculando o erro: Para dois e três resistores em paralelo, o erro foi de 0,0%. Observa-se que não há erros. Então se pode afirmar que os experimentos obedecem à teoria. 11 Conclusão Essa prática nos possibilitou determinar experimentalmente a resistência de alguns resistores de duas formas distintas. A primeira foi através da visualização de cores, apresentando também um percentual de tolerância e a segunda forma foi através da utilização do ohmímetro, o qual realiza a medição mais imediata. Ao compararmos a utilização dessas duas técnicas, podemos considerar a do ohmímetro mais precisa, uma vez que é o equipamento que faz a leitura da resistência. Já na análise da faixa de cores, o observador pode confundir as cores, indicando assim um valor nominal distinto do correto. Vale ressaltar que também pode haver falha durante a medição com o equipamento, podendo haver escolha da escala errada, mau contato entre as pontas de prova e os terminais do resistor, e até mesmo a interferência da resistência do corpo humano. Vimos também as diferentes formas de associação de resistores e como a resistência equivalente para cada associação é calculada. Ao compararmos os valores das resistências equivalentes obtidos durante a aula com os valores teóricos, verificamos erros percentuais desprezíveis, afirmando assim a obediência da prática à teoria. Um exemplo simples de associação de resistores é o “pisca-pisca”, característica do período natalino, que pode estar associado em série ou em paralelo. Além da visualização da associação de resistores, examinamos o funcionamento do potenciômetro de resistência definida de 10,3 Ω, que altera o valor da resistência entre seus terminais, e ao completarmos a tabela 1.4 e calcular os erros percentuais, verificamos a extrema proximidade dos valores obtidos com o definido. Relacionando os assuntos da aula com a Engenharia Civil, podemos tomar como exemplo o sistema de aterramento por estruturas de concreto armado. Nesse consideramos a influência da composição do concreto em seu comportamento elétrico. Pois a corrente de descarga elétrica primeiro atinge a estrutura, passando pelo concreto, esse atua como um meio condutor, para depois se dissipar pelo solo. Por isso é imprescindível o conhecimento das características dessa corrente de descarga nas condições reais de uma construção usual, para que possa nos fornecer uma informação importante sobre a segurança da instalação e a integridade do concreto. 12 Referências Bibliográficas DIAS, Nildo Loiola. “Roteiros de aulas práticas de física”. Fortaleza. UFC, 2017 MENDES, Mariane. “O que é resistência elétrica”. Disponível em: www.brasilescola.uol.com.br. Acesso em: 20/10/2017 NEWTON, HELOU, GLAUTER. Tópico de física: termologia e ondulatória. VICENTE, Osni. “Estudo sobre o comportamento elétrico do concreto utilizado em sistemas de aterramento estrutural”. Londrina. UEL, 2010.