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HISTOLOGIA BEATRIZ DE ARAÚJO FONTES - 2017 CÉREBRO: tem giros e sulcos. Na macroscopia a substância cinzenta é por fora e a substancia branca é interna. Pelo lado de fora do cérebro vejo alguns “fiapos” de tecido conjuntivo e alguns vasos, isso é a meninge. A substância cinzenta é reconhecida pela presença de CORPO de neurônios – a camada mais externa não tem corpo celular, só fibra – na grande camada que tem os corpos celulares não podemos identificar as camadas – tem o aspecto um pouco mais bagunçado porque os núcleos grandes são de corpos de neurônios e os pequenos de células da glia. Na substância branca temos núcleos pequenos, e é composta de axônios, que são dos corpos celulares da substância cinzenta – o aspecto da substância branca é sempre monótono. O axônio não tem núcleo. Os pequenos núcleos presentes na substância branca surgiram das células da glia (estão tanto na substância cinzenta quanto na branca). CARACTERÍSTICA DE UM NEURÔNIO SAUDÁVEL: produz neurotransmissores que são proteínas (apresenta um nucléolo muito grande, que pode ser confundido com um núcleo, já que ele sinaliza a produção de proteínas); no núcleo se tem o DNA e também se tem um gene que codifica uma determinada proteína X, a proteína é produzida no citoplasma – preciso transcrever a receita – o reticulo endoplasmático rugoso tem ribossomos que é uma molécula de RNA, onde se faz a tradução da proteína; o citoplasma será muito ácido, tem uma cromatina clara, com muitos espaços claros, esse citoplasma com áreas claras e escuras, se chama cromatina de aspecto vesiculoso (citoplasma é corado de cor de rosa com manchas roxas – tornando-o arroxeado devido aos CORPÚSCULOS DE NISSL – indicativo do quão saudável o neurônio está). MATRIZ EXTRACELULAR: precisa de colágeno para ser chamada de matriz, e tecido conjuntivo. NEUROPILO: todo espaço entre os corpos celulares que eu sei que consta de dendritos, axônios, prolongamentos citoplasmáticos, mas que não consigo definir. CELULAS DA GLIA: oligodendrócitos, astrócitos e micróglia (SNC) – SNP: células de Schwann ASTRÓCITOS: sustentação espacial, nutrição, formação da barreira hematoencefálica e reciclagem das substâncias (neurotransmissores) MICRÓGLIA: fagocitose – é o macrófago do sistema nervoso OLIGODENDRÓCITO: faz a mielinização axonal. NA REALIDADE: SUBSTÂNCIA CINZENTA NÃO TEM MIELINA, SUBSTÂNCIA BRANCA TEM MIELINA. CEREBELO: ele já não tem os giros e sulcos, tem muito mais dobradiças que o cérebro. Substância cinzenta esta externa e a branca interna. Se consegue ver as 3 camadas da substância cinzenta: 1) camada molecular – mais externa e pouco núcleo; 2) camada granular ou granulosa - camada mais interna, os núcleos parecem linfócitos com núcleos bem pequenos e pretos; 3) intermediaria é chamada de camada de células de Purkinje. CAMADA DE CÉLULAS DE PURKINJE: o citoplasma tem um fundo cor de rosa e manchas roxas, com núcleo volumoso, cromática de aspecto granuloso, e substância de Nissl. SUBSTÂNCIA BRANCA: os axônios descem e vão para dentro do cerebelo, onde se juntam os axônios e mais para dentro do cerebelo se vê apenas substância branca. MEDULA: dentro de uma vértebra (com cartilagem e tecido ósseo esponjoso – tem também tecido muscular esquelético estriado, tecido adiposo) – no centro se encontra a medula. Aparece o CANAL EPENDIMÁRIO – que tem continuidade com os ventrículos, as células ependimárias são parecidas com as células epiteliais com cílios. A disposição da substância branca é externa e substância cinzenta interna. DURA MÁTER: mais colágeno LEPTOMENINGES (ARACNÓIDE E PIA MÁTER): tecido conjuntivo muito frouxo – normalmente caminham juntas. Pia máter entra nos sulcos. A substância cinzenta em volta do canal ependimário forma um H, essa forma varia de medula cervical, medula lombar até a sacral. O que se percebe é que a parte posterior é sensitiva (“braço pontudo”) e a anterior a motora (“braços redondos” – semelhante a uma barriga). CÉREBRO: tem várias camadas, quando se olha, contudo no corte histológico não conseguimos diferencias as camadas, apenas a MOLECULAR que é mais fibrilar e depois vem os corpos de neurônios. O que tem de diferença entre as camadas é a forma dos dendritos e dos axônios. Sabemos que os neurônios são morfologicamente diferentes. NEURÔNIO: constituído de corpo, dendritos e axônios (os últimos não conseguimos visualizar) – como ver se um neurônio está normal – já citado acima. A receita da proteína é um código de aminoácidos, e esse código é o gene. Toda proteína tem um gene que está indicando sua receita. Só que esta proteína será feita no citoplasma no reticulo endoplasmático rugoso (reticulo endoplasmático liso com ribossomos “pendurados” nele – o ribossomo é uma molécula de RNA). Quando abro as hélices para o RNA entrar eu abro a cromatina, então é devido a sua alta capacidade de transcrição gênica que ele tem sua formação granulosa. O nucléolo é muito grande, e isso sinaliza a grande produção de proteínas. O citoplasma do neurônio é cor de rosa, ou acidófila, mas vai ter muito RNA (que é ácido – cora de azul) – esses grânulos azulados são chamados de Corpúsculo de Nissl. COLORAÇÃO: acidófila com grânulos basófilos ou com grânulos de Nissl. Se ocorre uma isquemia a primeira coisa que desaparece é a substância de Nissl, ou seja, o citoplasma fica muito cor de rosa. FORMAS DO NEURÔNIO: podem ser multipolares, bipolares ou pseudounipolares (tem um dendrito longo e esse dendrito longo ramifica – por isso dá a impressão que o corpo celular está no meio de um axônio). Esquematicamente ele é motor, sensorial ou associativo, mas só é especificado pela localização. NEURÓGLIA: astrócitos, oligodendrócitos, micróglia, células ependimárias. ASTRÓCITO: núcleo redondo e prolongamentos em volta – GFPA (proteína – marcador histológico). Cobre quase toda a lamina, por isso tem função de sustentação espacial. Nutrição. Pé sugador – proteção por meio da barreira hematoencefálica. OLIGODENDRÓCITO MICRÓGLIA: núcleo achatado e prolongamentos laterais – CD68 – relacionada com a função da fagocitose (marcador histológico). Prolongamentos curtos e tem pouca quantidade de micróglia por ser um tecido saudável e não ter o que fagocitar, ou seja, só aparece em grande número se houver uma área patológica Quem dá a forma da célula são as proteínas estruturais no citoesqueleto. A necrose é um efeito dominó, uma célula morre e vai matando as demais ao redor dela, por esse motivo a micróglia deve agir rapidamente. CASOS O material de estudo do cérebro não é só necropsia, existe biopsia de cérebro e peças cirúrgicas (quando abre o crânio e retira toda uma lesão) – mas a maioria do material é proveniente de necropsia. O HE não vai corar a mielina, ele vai dissolver a mielina. Quando se faz a lamina e no próprio processamento do tecido se passa por álcool e xilol e toda gordura se dissolve. 1º CASO: mulher de 65 anos. Inicialmente lá pelos seus 50 anos começou a apresentar pequenas falhas de memória e depois ela começou a ter pequenos distúrbios de comportamento, mais rabugenta, briga com o filho por qualquer coisa, começa também a ter um certo desleixo pela aparência e relaxada com os hábitos de higiene – muito lentamente e progressivamente. Agora com 65 anos, já estava com uma disfunção intelectual completa em um estado de demência. Então ela morre por uma pneumonia. Ao retirar o cérebro encontramos: o cérebro pesou cerca de 850g (aparenta estar murcho, os sulcos estão mais escavados e largos). O que confunde a pessoa mais desavisada, os giros aparentam estar mais proeminentes.Quando faço o corte do cérebro os Ventrículos parecerem estar grandes (seria hidrocefalia?). No corte histológico da região cortical se vê muitos espaços vazios na substância cinzenta – não se vê corpos de neurônios, apenas astrócitos. O que aconteceu com os neurônios? Quando se tem uma agressão crônica, lenta, progressiva e sub-letal o neurônio não morre, mas vai sofrendo aos poucos e literalmente vai murchando, diminuindo de tamanho até ser fagocitado e desaparecer isso se chama ATROFIA (diminuição do tamanho ou volume do órgão as custas de diminuição do número de células) – com a diminuição da massa tecidual os giros diminuem e os sulcos alargam e o mesmo aconteceu com o ventrículo (ele tem o tamanho normal mas como diminuiu a massa tecidual ele aparenta estar grande) chama-se PSEUDO HIDROCEFALIA ou seja o cérebro está atrofiando e por isso ela entrou em demência, pela diminuição da quantidade de neurônios. Inicialmente os neurônios morrem e os neurônios em volta fazem novas conexões e por isso a sintomatologia é tão lenta e disfarçável. Atrofia também pode ser causada por isquemia e hipóxia. Então eu tenho um vaso, este vaso irriga uma determinada área do cérebro, se faz deposito de lipídeo na parede dos vasos, e ela vai espessando e o sangue que irriga essa região diminui e chega menos sangue no cérebro e então os neurônios vão morrendo progressivamente. As vezes cristais de lipídeos lesionam a parede do vaso e então começa a acontecer o processo de coágulo (chegam hemácias e plaquetas), esse coágulo é chamado de TROMBO – TROMBOSE, diminuindo ainda mais a quantidade de sangue vinda para o cérebro. Se o trombo descola ele obstrui vasos menores totalmente, quando faz essa obstrução abrupta a irrigação dessa área PARA. Se essa área não recebe mais sangue os neurônios irão morrer em POUCO TEMPO, ou seja, morre um grupo de neurônios (NECROSE), rompe a membrana citoplasmática, as enzimas digestivas caem no tecido, e começam a digerir o tecido que está em volta. Começa a esburacar esse cérebro. Neurônio Atrofiado Micróglia passa a se proliferar e ficar visível – dentro está acontecendo fagocitose e por fora está ocorrendo uma proliferação de astrócitos e ele está circundando a lesão para a necrose não continuar. HISTOLOGICAMENTE: neurônios não se apresentam saudáveis, ou seja, apresenta um cadáver de neurônios 1 tipo de necrose no cérebro: NECROSE DE LIQUEFAÇÃO – vira uma pasta e posteriormente vira liquido. AVC ISQUEMICO: houve morte de neurônios, ou seja, tem mais sequelas. ATROFIA EM PESSOAS MUITO JOVENS É CHAMADA DEGENERAÇÃO! Exemplo: Alzheimer (atrofia cerebral com o paciente muito jovem), envelhecimento (começa a ficar um pouco demente com seus 80 anos), degeneração (atrofia em pessoas mais jovens), Parkinson (tipo de degeneração da substância Nigra). O que ocorre após a fagocitose? Proliferam-se os astrócitos, eles aumentam de tamanho e volume e ficam mais visíveis, os prolongamentos ficam mais espessos. Temos uma hiperplasia e hipertrofia dos astrócitos – temos uma GLIOSE – processo de reparo do tecido nervoso. GLIOSE difere FIBROSE: a fibrose não tem o funcionamento da estrutura original. A gliose delimita a área, mas não preenche total a área necrosada e por isso fica um buraco. 4º CASO: uma senhora de 50 anos, ela começou a fazer o que estava acostumada a fazer mal e depois voltava a fazer bem, essas crises ocorriam em surtos. Ela não fazia as coisas como antigamente. Eram perturbações motoras e sensitivas progressivas. Cérebro apresenta perda de mielina na substância branca e por isso apresenta áreas cinzentas. Isso ocorre porque a mielina serve para “encapar” os axônios. Só é motor e não cognitivo porque o corpo no neurônio está normal o que está anormal é a transmissão. Exemplo: esclerose múltipla (doença degenerativa), leucodistrofias (desde criança apresenta- se convulsões). OLHO Infecções de globo ocular pode atingir o cérebro rapidamente porque tem uma conexão intima, sai o nervo óptico do globo ocular e vau direto para o cérebro. Temos o CRISTALINO – lente – que fica perpendicular e presa pelos músculos ciliares o que faz com que essa lente se movimente e se tem a midríase quando ela abre muito e miose quando feche muito. Esses músculos estão ligados ao SNA. CÂMARA ANTERIOR – humor aquoso (renovado) – tem a córnea (tecido conjuntivo hipovascularizado e revestido internamente por um epitélio simples pavimentoso e um epitélio simples estratificado não queratinizado) e o cristalino. CÂMARA POSTERIOR – humor vítreo (se perdido o olho murcha e perde a visão) – revestindo internamente toda essa câmara posterior temos a retina, que é um tecido nervoso e é constituída de neurônios. Juntando todos os axônios forma-se o nervo óptico no fundo de olho. Temos também o disco óptico (não é fóvea – estreitamento da retina), visto principalmente no exame de fundo de olho (importância: as artérias refletem morfologicamente o que está acontecendo nas artérias em geral do olho. Se faz diagnóstico de diabetes – a qual faz alterações das artérias grandes e tem a micro angiopatia que é uma doença dos capilares, eles ficam muito permeáveis, sai pelos capilares líquidos e proteínas de alto peso molecular e então forma pequenas placas brancas) Histologia: retina é um tecido listrado. A retina é um tecido nervoso: a primeira camada da retina é uma camada única de células, elas são cúbicas, mas apresentam vilosidades do citoplasma e elas tem pigmento de melanina (servem para os cones e bastonetes ancorarem – são neurônios e o citoplasma deles tem duas partes o segmento externo que é só mecânico, ou seja, ficar preso na célula pigmentar. O segmento interno é onde ocorre a transformação do estimulo luminoso em químico). Camada de neurônios bipolares (estimulo químico por meio de axônios de cones e bastonetes). Camada de células ganglionares que são neurônios multipolares (recebe estimulo químico através de sinapse axodendrítica). Axônios das células ganglionares se encontram e formam o nervo óptico que levam o estimulo químico para a região occipital. Panículo adiposo, esclera e coroide (bem preta) são tecidos de sustentação do globo ocular. Na camada 6: sinapse entre cones e bastonetes e bipolares – camada plexiforme externa.
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