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ED 2 (Histologia e Embriologia Geral Veterinária)

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) 
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA (FAVET) 
DISCIPLINA: Histologia e Embriologia Geral Veterinária 
DISCENTE: Leonira Morais da Silva 
ESTUDOO DIRIGIDO 2 
TECIDO MUSCULAR 
1. Sobre o tecido muscular, sabemos que ele está relacionado com a locomoção e outros 
movimentos do corpo, como a contração dos órgãos do tubo digestório, do coração e das 
artérias, em resposta a um estímulo nervoso. Desse modo, qual a origem das células 
musculares e qual característica permite distinguí-las das demais células do organismo? 
As células ou fibras musculares possuem origem mesodérmica e se distinguem das 
demais pela capacidade que elas possuem de contraírem-se quando estimuladas. 
2. Desenhe e caracterize os 3 tipos de tecido muscular quanto: 
 
Liso: 1 
Estriado esquelético: 2 
Estriado cardíaco: 3 
a) As suas características morfológicas (organização das miofibrilas, localização do 
núcleo e sua quantidade na célula e outras características específicas de cada tipo de 
fibra). 
1 - Célula mais curta em formato fusiforme. Não possui estriações transversais. Possui 
um único núcleo central. 
2 - Célula com presença de miofibrilas (filamento fino de actina e filamento grosso de 
miosina, dispostos longitudinalmente e organizados em uma distribuição simétrica e 
paralela). Possui estrias transversais (banda A e banda I com linha Z, constituem o 
sarcômero). É multinucleada e com núcleos periféricos. 
3 – Célula com estrias transversais, ramificação e discos intercalares. Pode ser 
uninucleada ou binucleada centralmente. 
b) Ao seu tipo de contração. 
1- Contração fraca,lenta e involuntária. 
2- Contração forte, rápida, descontínua e voluntária. 
3- Contração forte, rápida, continua e involuntária. 
c) Ao revestimento de tecido conjuntivo propriamente dito que possui. 
1- Não possui membranas de revestimento definidas. 
2- É organizado em grupos de feixes envolvidos pelo epimísio (forma os septos), pelo 
perimísio (engloba um único feixe) e o endomísio (envolve uma fibra). 
3- Possui somente endomísio. 
d) A sua capacidade de regeneração, descrevendo como esta ocorre em cada tipo 
muscular. 
1- É capaz de uma resposta regenerativa mais eficiente. Ocorrendo lesão, as células 
musculares lisas que permanecem viáveis entram em mitose e reparam o tecido destruído. 
Na regeneração do tecido muscular liso da parede dos vasos sanguíneos, há também a 
participação dos pericítos que se multiplicam por mitose e originam novas células 
musculares lisas. 
2- Tem uma pequena capacidade de reconstituição. Admite-se que as células satélites 
sejam responsáveis pela regeneração do músculo esquelético, essas células ficam 
dispostas paralelamente às fibras musculares e são consideradas mioblastos inativos. 
Após uma lesão ou outro estimulo, tornam-se ativas, proliferam por divisão mitótica e se 
fundem umas às outras para formar novas fibras musculares esqueléticas. As células 
satélites também entram em mitose quando o músculo é submetido a exercício intenso. 
Neste caso elas se fundem com as fibras musculares preexistentes, contribuindo para a 
hipertrofia do músculo. 
3- Não se regenera, as partes destruídas são invadidas por fibroblastos que produzem 
fibras colágenas, formando uma cicatriz de tecido conjuntivo denso. 
e) À localização de cada tipo no organismo. 
1- Intestino, útero, vasos sanguíneos. 
2- Língua, esôfago na região cervical e musculatura associada ao esqueleto. 
3- Coração. 
3. Desenhe o sarcômero,identificando as bandas e a linha Z, e descreva sua função. 
 
O sarcômero é um dos componentes básicos do músculo estriado,constituído por um 
complexo de proteínas, entre as quais actina e miosina, alinhados em série para formar 
uma estrutura cilíndrica designada miofibrila no interior das células musculares. Tem 
como função permitir a contração muscular. 
4. Quais são as proteínas que participam da contração muscular? Descreva como ocorre 
este processo. 
As miofibrilas do músculo estriado contêm quatro proteínas principais: miosina, actina, 
tropomiosina e troponina. A contração se inicia com um estímulo nervoso que alcança a 
fibra muscular. Uma vez a célula muscular tendo sido excitada, um potencial de ação é 
desencadeado, tornando as membranas do retículo sarcoplasmático permeáveis a saída 
dos íons cálcio. Os íons entram nos sarcômeros e colocam-se em contato com as 
moléculas de troponina, mudando sua configuração espacial. A troponina, após se ligar 
ao cálcio, empurra a molécula de tropomiosina para perto da de actina. Assim, tornam-se 
expostos os locais de ligação da actina com a miosina, possibilitando a interação das 
cabeças da miosina com a actina. Em seguida, a miosina adquire atividade catalítica e 
começa a degradar moléculas de ATP, convertendo-as em ADP. Com a energia liberada 
pela hidrólise do ATP, as moléculas de miosina deslizam-se sobre as de actina, 
encurtando os sarcômeros. Com o encurtamento dos sarcômeros, as miofibrilas como um 
todo encurtam, diminundo o comprimento da célula inteira 
 
6. Qual a constituição dos discos intercalares e qual a sua função? 
É constituído de zônulas de aderência, desmossomos e de junções comunicantes (GAP). 
Essas junções intercelulares complexas são responsáveis tanto pela adesão como pela 
comunicação, possibilitando o funcionamento coordenado do tecido (contração em 
sincronia). 
7. Discorra a seguir sobre as patologias que afetam o tecido muscular: 
a) Mialgia - é uma dor muscular, localizada ou não. Pode ser sintoma de muitas doenças 
e desordens musculares ou pode ser causada por uso excessivo ou excesso de 
alongamento de um músculo ou grupo de músculos. 
b) Miastenia grave - é uma doença autoimune caracterizada por fraqueza muscular 
progressiva, deve -se à redução da quantidade e, sobretudo, da eficiência dos receptores 
para acetilcolina localizados no sarcoplasma das junções mioneurais (placas motoras). A 
ineficiência dos receptores para acetilcolina é causada por anticorpos circulantes no 
sangue que se ligam a esses receptores, impossibilitando a comunicação entre o nervo e 
a fibra muscular. As fibras musculares tentam corrigir o defeito, fagocitando e digerindo 
nos lisossomos os receptores bloqueados pelo anticorpo e produzindo novos receptores 
para substituir os inatívados, porém os novos receptores logo são inativados também pelo 
anticorpo contido no sangue. Por isso, a doença, embora tenha evolução lenta, geralmente 
é progressiva. 
8. Defina hipertrofia e hiperplasia e dê exemplos na fisiologia. 
Hipertrofia - é uma resposta tanto fisiológica quanto patológica caracterizada pelo 
aumento do volume dos músculos decorrentes de estímulos proporcionados sobre aquelas 
células. 
Hiperplasia - é uma resposta tanto fisiológica quanto patológica caracterizada pelo 
aumento no número de células em um órgão ou tecido. 
TECIDO NERVOSO 
1. Quais são as funções desempenhadas pelo tecido nervoso? 
Detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações geradas pelos estímulos sensoriais 
representados por calor, luz, energia mecânica e modificações químicas do ambiente 
externo e interno; organizar e coordenar, direta ou indiretamente, o funcionamento de 
quase todas as funções do organismo, entre as quais as funções motoras, viscerais, 
endócrinas e psíquicas
2. Como o tecido nervoso é dividido anatomicamente e quais são os componentes deste 
tecido? 
É dividido em sistema nervoso central e em sistema nervoso periférico. O SNC 
compreende o encéfalo e a medula espinal, a qual contém grande parte dos corpos 
celulares dos neurônios e células da glia. Já o SNP compreende a maioria dos axônios 
que partem dos corpos celulares dos neurônios do SNC. Também possui células de 
Schwann e da glia. 
3. Desenhe e classifique os neurônios de acordo com sua morfologia e sua função. 
Quanto à Morfologia: Neurônios unipolares - possuem um corpo celular e um axônio 
Neurôniosmultipolares- possuem um corpo celular, vários dendritos e um axônio. 
Neurônios bipolares - possuem um dendrito, um corpo celular e um axônio. Neurônios 
pseudounipolares - possuem um corpo celular e somente um prolongamento, que se 
comporta como dendrito em uma de suas porções e como axônio na outra porção. 
 
Quanto a função: Motores - controlam órgãos efetores, como glândulas 
exócrinas/endócrinas e fibras musculares. Sensitivos - recebem estímulos sensoriais do 
ambiente e do próprio organismo. Interneurônios - estabelecem conexões entre outros 
neurônios formando circuitos complexos. 
4. Caracterize as substâncias branca e cinzenta. 
Branca - axônios mielinizados e células da glia cinzenta - corpos celulares de neurônios 
e células da glia 
5. Como ocorre a transmissão do impulso nervoso? Diferencie a condução nas fibras 
nervosas mielinizadas e nas amielinizadas. 
Os impulsos nervosos são caracterizados por uma alteração na diferença do potencial 
elétrico através da membrana plasmática do neurônio. Essa alteração ocorre graças à 
capacidade da membrana de selecionar os íons que entram e saem da célula. Quando um 
neurônio se encontra no estado de repouso, a face interna da membrana dessa célula 
apresenta carga negativa quando comparada ao meio externo, o que significa que há muito 
K+ e pouco Na+ dentro da membrana. Quando um neurônio é estimulado, seja por um 
estímulo químico, elétrico ou mecânico, ocorrem alterações na conformidade das 
proteínas localizadas na membrana. Assim, abrem-se os canais iônicos e ocorre grande 
influxo de Na+ extracelular, permitindo uma rápida entrada desse íon para o interior da 
célula. Isso faz com que ocorra uma mudança de potencial da membrana 
(despolarização),o que gera o potencial de ação/impulso nervoso. Após um momento, 
esses canais fecham-se e abrem-se os de potássio, ocasionando uma rápida saída de K+ 
para o meio extracelular, retornando o potencial de repouso da membrana e finalizando o 
potencial de ação. As alterações de potencial ocorrem localmente e vão estimulando as 
regiões adjacentes, fazendo com que o potencial de ação passe rapidamente ao longo de 
todo neurônio. Ao chegar à extremidade do neurônio, esse impulso provoca a liberação 
de neurotransmissores na sinapse, fazendo com que outra célula seja estimulada ou 
inibida. Vale frisar que a propagação do impulso ocorre naturalmente apenas em um único 
sentido. Nos axônios mielinizados o impulso é saltatório entre as porções mielizinadas 
(nódulos de Ranvier),sendo conduzido mais rapidamente. Já nos axônios amielinizados, 
o impulso é menos veloz e demanda maior gasto de energia. 
 
6. Desenhe e cite as respectivas funções das células da glia. 
Células de Schwan - produzem a bainha de mielina dos axônios do SNP. 
Oligodendrócitos - produzem a bainha de mielina dos axônios do SNC. Micróglia – é 
constituída por células que agem como macrófagos, participando, portanto, da defesa do 
tecido nervoso. Células ependimárias - são células epiteliais colunares que revestem os 
ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinal. 
Astrócitos - ligam os neurônios aos capilares sanguíneos e à pia-máter. Tem função de 
sustentação e participam do controle da composição iônica e molecular do ambiente 
extracelular dos neurônios. Alguns astrócitos apresentam prolongamentos. Admite-se que 
esses prolongamentos transferem moléculas e íons do sangue para os neurônios. Podem 
influenciar a atividade e a sobrevivência dos neurônios, graças à sua capacidade de 
controlar os constituintes do meio extracelular, absorver excessos localizados de 
neurotransmissores e sintetizar moléculas neuroativas. 
 
7. Discorra a seguir sobre as patologias que afetam o tecido nervoso: 
a) Alzheimer. 
É caracterizada por uma série de alterações neuropatológicas que incluem: atrofia 
cerebral, placas cerebrais senis que contêm depósitos extracelulares de peptídeo β-
amiloide, emaranhados neurofibrilares intracelulares que contêm proteína tau 
hiperfosforilada e perda de células neurais. Estas alterações resultam em perda de 
memória, confusão, alteração do julgamento, desorientação e problemas na expressão. 
b) Esclerose Múltipla. 
Doença autoimune, mediada por uma resposta inflamatória contra antígenos das proteínas 
componentes da bainha de mielina do SNC. É considerada uma doença desmielinizante, 
e a lesão da mielina ao comprometer a condução dos impulsos nervosos, pode afetar 
diversas funções como a visão, a sensibilidade, o equilíbrio e os movimentos do corpo 
Ou seja, além do componente inflamatório, há a existência de um processo 
neurodegenerativo ao longo do curso da doença que é responsável pela progressão da 
incapacidade neurológica. 
8. O Sistema Nervoso Autônomo é dividido em duas partes, quais são elas? Qual a sua 
relação com o músculo cardíaco? 
O SNA é responsável pela homeostase. É composto pelo SNA simpático e o SNA 
parassimpático. 
Simpático - núcleos nervosos ficam na porção torácica e lombar da medula espinal 
formam a cadeia vertebral e plexos situados próximo às vísceras. O mediador químico 
das fibras pós-ganglionares do simpático é a norepinefrina. 
Parassimpático - núcleos nervosos situam-se no encéfalo e na porção sacral da medula 
espinal. As fibras desses neurônios saem por quatro nervos cranianos (III, VII, IX e X) e 
pelo segundo, terceiro e quarto nervos espinais sacrais. O segundo neurônio do 
parassimpático localiza-se em gânglios menores do que os do simpático e sempre perto 
dos órgãos efetores. Frequentemente, esses neurônios se localizam no interior dos órgãos, 
como, por exemplo, na parede do estômago e do intestino. O mediador químico liberado 
é a acetilcolina. 
Relação com o músculo estriado cardíaco - No coração, as células marca-passo são alvos 
do SNA autônomo. O simpático, pela sua característica geral, tem a finalidade de 
estimular, tornar os processos fisiológicos mais rápidos. Em uma situação de exercício 
físico, estresse, etc., o SNA simpático, através da noradrenalina, torna a membrana da 
célula marca-passo mais permeável ao potássio. Com uma saída mais rápida de potássio, 
a célula retorna ao seu potencial de repouso mais rapidamente tornando-a apta a 
desencadear um novo potencial de ação. Este processo acelera os batimentos cardíacos. 
Por outro lado, o SNA parassimpático vai se utilizar de outro neurotransmissor, a 
acetilcolina, que por sua vez vai reduzir ainda mais a permeabilidade da membrana da 
célula marca-passo ao potássio, fazendo com que leve mais tempo para que a célula 
retorne ao seu potencial de repouso e consequentemente demore mais tempo a 
desencadear um novo potencial, o que reduz a frequência cardíaca. 
9. O Sistema Nervoso Central é protegido por membranas de tecido conjuntivo. Quais 
são elas e quais suas características? 
Dura-máter - Tecido conjuntivo denso, contínua ao periósteo. A dura-máter, que envolvea 
medula espinal, é separada do periósteo das vértebras, formando-se entre os dois o espaço 
peridural. Este espaço contém veias de parede muito delgada, tecido conjuntivo frouxo e 
tecido adiposo. A parte da dura-máter em contato com a aracnóide constitui um local de 
fácil clivagem, onde muitas vezes, em situações patológicas, pode acumular-se sangue 
externamente à aracnoide, no chamado espaço subdural. Este espaço não existe em 
condições normais. 
Aracnóide - apresenta duas partes, uma em contato com a dura-máter e sob a forma de 
membrana, e outra constituída por traves que ligam a aracnoide com a pia-máter. As 
cavidades entre as traves conjuntivas formam o espaço subaracnóideo, que contém LCR, 
comunica-se com os ventrículos cerebraís, mas não tem comunicação com o espaço 
subdural. O espaço subaracnóideo, cheio de líquido, constitui um colchão hidráulico que 
protege o sistema nervoso central contra traumatismos. A aracnóide é formada por tecido 
conjuntivo sem vasos sanguíneos e suas superfícies são todasrevestidas pelo mesmo tipo 
de epitélio simples pavimentoso, que reveste a dura-máter. A aracnóide forma, em certos 
locaís, expansões que perfuram a dura-máter e provocam saliências em seios venosos, 
onde terminam como dilatações fechadas: as vilosidades da aracnoide. A função dessas 
vilosidades é transferir LCR para o sangue. O líquido atravessa a parede da vilosidade e 
a do seio venoso até chegar ao sangue. 
Pia-máter – formada por tecido conjuntivo frouxo. Muito vascularizada e aderente ao 
tecido nervoso, embora não fique em contato direto com células ou fibras nervosas. Entre 
a pia-máter e os elementos nervosos situam-se prolongamentos dos astrócitos, que, 
formando uma camada muito delgada, unem-se firmemente à face interna da pia-máter. 
Os vasos sanguíneos penetram o tecido nervoso por meio de túneis revestidos por pia-
máter, os espaços perivasculares. A pia-máter desaparece antes que os vasos se 
transformem em capilares. Os capilares do sistema nervoso central são totalmente 
envolvidos pelos prolongamentos dos astrócitos. Os plexos coroides (produzem líquido 
cefalorraquidiano: importante para o metabolismo do sistema nervoso central e o protege 
contra tramnatismos) são dobras da pia-máter ricas em capilares fenestrados e dilatados, 
que provocam saliência para o interior dos ventrículos. 
CÉLULAS SANGUÍNEAS (TECIDO HEMATOPOIÉTICO) 
1. Cite e desenhe as células sanguíneas, caracterizando-as quanto a sua morfologia e sua 
função 
 
Hemácias (eritrócitos): células anucleadas com formato bicôncavo, que facilita a troca de 
gases, não possuem organelas e são compostas apenas por uma membrana plasmática, 
citoesqueleto, hemoglobina e enzimas glicolíticas. Sua principal função é o transporte de 
O2 e CO2, possível graças à grande quantidade de hemoglobina e pelo seu formato 
bicôncavo. 
 
Leucócitos granulócitos: núcleo de forma irregular e mostram no citoplasma grânulos 
específicos que, de acordo com a afinidade tintorial desses grânulos, distinguem três tipos 
de granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. 
• Neutrófilos: são os leucócitos polimorfonucleares, células arredondadas com 
núcleos formados por 2 a 5 lóbulos ligados entre si. O neutrófilo jovem não possui núcleo 
segmentado, sendo chamado de bastonete. Seus grânulos são azurófilos. Sua função é 
proteger o organismo contra bactérias atuando na resposta inflamatória, produzindo 
H2O2; 
• Eosinófilos: núcleo bilobulado com grânulos acidófilos (corados por eosina). Sua 
função é agir como primeira linha de defesa contra parasitas; 
• Basófilo: núcleo volumoso com forma retorcida e irregular, seus grânulos são 
metacromáticos e são maiores do que os das outras células, podendo até esconder o 
núcleo. Eles têm um papel nas reações alérgicas tardias. 
 
Leucócitos agranulócitos: tem forma mais regular e o citoplasma não tem granulações 
especificas, podendo apresentar grânulos azurófilos, inespecíficos, presentes também em 
outros tipos celulares. Há dois tipos de agranulócitos: os linfócitos e os monócitos. 
• Linfócitos: tem núcleo esférico, às vezes com uma chanfradura. Sua cromatina 
se dispõe em grumos grosseiros. de modo que o núcleo aparece escuro nos preparados 
usuais, característica que favorece a identificação do linfócito. O nucléolo não é visível. 
O citoplasma é muito escasso, aparecendo nos esfregaços como um anel delgado em volta 
do núcleo. Apresenta basofilia discreta, corando-se em azul claro. são responsáveis pela 
defesa imunológica do organismo. Essas células reconhecem moléculas estranhas 
existentes em diferentes agentes infecciosos. combatendo-as por meio de resposta 
humoral (linfócito B, produção de imunoglobulinas) e resposta citotóxica mediada por 
células (linfócito T). 
• Monócitos: têm o núcleo ovoide, em forma de rim ou de ferradura, geralmente 
excêntrico. O núcleo contém dois ou três nucléolos e é mais claro que o do linfócito. O 
monócito faz parte do sistema mononuclear fagocitário, sendo o precursor do macrófago. 
 
Células NK (natural killers): representam um subconjunto dos linfócitos. As células NK 
foram primeiramente descritas como umas células que tinham a capacidade de matar 
células tumorais sem requererem uma ativação. Além disto, as células NK secretam 
citocinas que constituem um importante mecanismo de defesa durante a reação 
imunológica. 
2. Quais são os componentes do sangue e qual a sua constituição? 
O sangue é formado pelos glóbulos sanguíneos e pelo plasma, parte líquida, na qual os 
primeiros estão suspensos. Os glóbulos sanguíneos são os eritrócitos ou hemácias, as 
plaquetas (fragmentos do citoplasma dos megacariócitos da medula óssea) e diversos 
tipos de leucócitos ou glóbulos brancos. Uma amostra de sangue é composta por plasma 
(55%), uma camada leucoplaquetária, de leucócitos e plaquetas, (1%) e hemácias (42% a 
47%). 
 
3. O que são as plaquetas e qual função elas desempenham? 
Plaquetas são fragmentos citoplasmáticos derivados dos megacariócitos. Elas são 
corpúsculos anucleados, com a forma de disco. Promovem a coagulação do sangue e 
auxiliam a reparação da parede dos vasos sanguíneos, evitando perda de sangue. 
 
4. Como ocorre o processo de hematopoiese e qual célula é precursora deste processo? 
A hematopoiese resulta da proliferação e diferenciação simultâneas de hemocitoblastos 
ou células-tronco hematopoiéticas que, à medida que se diferenciam, vão reduzindo sua 
potencialidade. As células-tronco mielóides originam hemácias, granulócitos, monócitos 
e megacariócitos, aparecendo todos esses tipos celulares na mesma colônia. As células-
tronco linfóides originam apenas linfócitos. Conforme o tipo de glóbulo formado, o 
processo recebe os seguintes nomes: 
• Eritropoese: de acordo com o grau de maturação, as células eritrocíticas são 
chamas de: proeritroblastos, eritroblastos basófilos, eritroblastos policromáticos, 
eritroblastos ortocromáticos (ou acidófilos), reticulócitos e hemácias; 
• Granulocitopoese: o mieloblasto é a célula mais imatura já determinada para 
formar exclusivamente os três tipos de granulócitos. Quando surge nela granulações 
citoplasmáticas específicas, ela passa a receber o nome de promielócito neutrófilo, 
eosinófilo ou basófilo, de acordo com o tipo de granulação presente. Os estágios seguintes 
de maturação são o mileócito, o metamielócito, o granulócito com núcleo em bastão e o 
granulócito maduro (neutrófilo, eosinófilo e basófilo); 
• Linfocitopoese: processo de formação dos linfócitos. A célula mais jovem da 
linhagem é o linfoblasto, que forma o prolinfócito, formando este, por sua vez o linfócito 
maduro. O linfócito B sai maduro da medula óssea, enquanto que os linfócitos T migram 
para o timo para completarem o processo de maturação; 
• Monocitopoese: a célula mais jovem da linhagem é o promonócito. Os 
promonócitos dividem-sé dua5 vezes e sê trãrísformam ém Ihónócitós que passam para o 
sangue, no qual permanecem cerca de 8 h. Depois, migram para o tecido conjuntivo, 
atravessando a parede das vênulas e capilares, e se diferenciam em macrófagos; 
• Megacariocitopoese: as plaquetas se originam na medula óssea vermelha pela 
fragmentação do citoplasma dos megacariócitos, os quais, por sua vez, formam-se pela 
diferenciação dos megacarioblasto 
 
5. Discorra a seguir sobre as patologias que afetam o tecido sanguíneo: 
a) Anemia. 
As anemias são caracterizadas pela baixa concentração de hemoglobina no sangue, ou 
pela presença de hemoglobina não funcional, o que resulta em oxigenação reduzida para 
os tecidos. Muitas vezes, a anemia é consequência de uma diminuição no número de 
eritrócitos. No entanto, o número de eritrócitos pode ser normal, mas cada um deles conter 
pouca hemoglobina. Nesse caso, os eritrócitos se coram mal, e, por isso, este tipo de 
anemia é denominado hipocrômica. As anemias podem ser causadas por: (1) hemorragia; 
(2) produção insuficiente de eritrócitospela medula óssea; (3) produção de eritrócitos 
com pouca hemoglobina; (4) destruição acelerada dos eritrócitos. Cada uma dessas 
condições pode ter causas variadas, e, por esse motivo, muitas vezes as anemias são 
manifestações de outras doenças subjacentes. 
b) Leucemia. 
A proliferação neoplásica de células precursoras dos leucócitos constitui as leucemias. 
As leucemias mais comuns, de acordo com sua origem, podem ser linfocíticas, quando 
originadas da linhagem linfoide; granulociticas, originadas da linhagem dos leucócitos 
granulócitos; e monociticas, originadas dos precursores dos monócitos. Nas leucemias, 
geralmente há produção excessiva de células funcional e morfologicamente defeituosas, 
originadas de um único tipo de célula precursora. podendo haver redução na formação 
das outras células sanguíneas. Frequentemente os pacientes têm anemia e pouca 
resistência às infecções, além de muitos outros sintomas.

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