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Universidade Federal da Paraíba – UFPB Centro de Tecnologia – CT Departamento de Engenharia Civil e Ambiental – DECA INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS E DE GÁS - APOSTILA - Prof. Gilson Barbosa Athayde Júnior Monitores que participaram da elaboração (digitação e diagramação) Celso Gabriel Barroso Filho Fabiana Lima Onofre Genival Hermano Guedes Guerra Nara Juliana Vieira de Farias João Pessoa 2015 Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 1 Capitulo I – Água Fria O termo “água fria” é usado para se referir à água na temperatura ambiente, diferenciando-se portanto da “água quente”, a qual é aquecida e fornecida numa temperatura superior à temperatura ambiente. A presença da água numa residência é extremamente importante. Ela é utilizada na higienização pessoal e do ambiente, ingestão, preparo de alimentos, limpeza de utensílios culinários e lavagem de roupas dentre outros, além de combate a incêndio. Por ser utilizada para ingestão a água deve ser potável, ou seja, apresentar parâmetros de qualidade em consonância com os padrões de potabilidade, que atualmente no Brasil, são regidos pela Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde. Uma instalação predial de água fria pode ser definida como o conjunto de tubos, conexões, acessórios, reservatórios e peças e aparelhos de utilização que permitem o suprimento, medição, armazenamento, distribuição e utilização da água na edificação. No Brasil, o projeto de instalações prediais de água fria é regido pela NBR 5626 da ABNT, cujo última edição é de 1998. Partes componentes de uma instalação predial de água fria As instalações de água fria se iniciam com o ramal predial, que pode ser definido como o trecho da tubulação compreendido entre a rede pública (ou privada) da concessionária de serviços de água local e o hidrômetro. A ligação entre a rede externa de distribuição de água e o ramal predial é geralmente efetuada por meio de uma peça denominada colar (Fig. 1.1). O ramal predial é dimensionado pela concessionária de água. Após o hidrômetro, a tubulação passa a receber o nome de alimentador predial, tendo esta parte como ponto final a válvula do flutuador do reservatório inferior ou superior, conforme o caso. Há ainda os casos em que não existem o hidrômetro ou os reservatórios. Neste caso, o alimentador estende-se até à primeira derivação, e o ponto onde termina o ramal predial e começa o alimentador predial é definido Fig 1.1: Colar para ligação predial de água fria (Fonte: TIGRE (2008) pela concessionária local. Em algumas localidades, o ramal predial é conhecido como ramal externo e o alimentador predial como ramal interno de alimentação. Os reservatórios são componentes da instalação destinados a reservar água (reservatórios inferior e superior), bem como a conferir pressão à rede predial de distribuição de água (apenas o superior). No caso da existência dos reservatórios inferior e superior, intercalado entre os mesmos, existem o conjunto elevatório e as tubulações de sucção e de recalque. O conjunto elevatório é o conjunto motor- bomba, destinado a elevar a água do reservatório inferior para o superior. A tubulação de sucção é a que antecede o conjunto motor-bomba, e conduz a água do reservatório inferior até à bomba, e a tubulação de recalque é aquela que vem após a bomba, indo até o reservatório superior. Após o reservatório superior, encontra-se o barrilete, que interliga o reservatório às colunas de distribuição. A utilização do barrilete evita que o reservatório superior seja perfurado em vários pontos, em quantidade correspondente ao número de colunas de distribuição existentes na edificação. As colunas de distribuição são os tubos, de disposição predominantemente vertical, que interligam o barrilete aos ramais nos diversos pavimentos da edificação. Subsequentemente às colunas, vem os ramais, que levam a água até os sub-ramais, os quais terminam no ponto de utilização, onde se encontra a peça de utilização. Existem ainda, ligados aos reservatórios superiores, as tubulações de aviso, de extravasão e de limpeza. A tubulação de aviso é aquela destinada a alertar os usuários que o nível da água no interior do reservatório alcançou um nível superior ao máximo previsto, e deve ser dirigida para desaguar em local habitualmente observável. A tubulação de extravasão é a tubulação destinada a escoar o eventual excesso de água de reservatórios onde foi superado o nível de transbordamento. E a tubulação de limpeza se destina ao esvaziamento do reservatório, para permitir sua limpeza e manutenção. A Figura 1.2 mostra esquematicamente as varias partes componentes de uma instalaçõa predial de água fria. Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 2 Figura 1.2: Partes componentes de uma instalação predial de água fria Classificação do sistema quanto ao modo de distribuição a) Distribuição direta É aquela em que a água é distribuída diretamente a partir da rede pública de distribuição, sem a interposição de reservatórios. É adotada quando existe regularidade no fornecimento de água e quando a pressão na rede pública de distribuição é suficiente para fazer a água chegar aos pontos de utilização com vazão e pressão adequadas ao funcionamento das peças. No Brasil, como ocorrem faltas de água com frequência baixa, moderada ou mesmo alta, dependendo da localidade, a distribuição direta é muito pouco utilizada. Além disso, como a pressão na rede pública de distribuição pode ser de até um mínimo de 100 kPa (10 m.c.a.), em edificações com altura superior a 10 m (cerca de 3 pavimentos) esta forma de distribuição não pode ou não deve ser adotada. Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 3 Figura 1.3: Sistema de distribuição direta b) Distribuição indireta É aquela em que a água é distribuída a partir de um reservatório superior. É adotada quando ocorrem faltas d’água ou no caso de edificações de grande altura, onde a pressão na rede de distribuição pública não é suficiente para fazer a água chegar aos pontos mais elevados. Neste último caso se faz necessário um reservatório inferior, além do superior, e um conjunto elevatório. Figura 1.4: Sistema de distribuição indireta, sem bombeamento Figura 1.5: Sistema de distribuição indireta, com bombeamento Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 4 c) Distribuição mista É aquela em que parte do sistemaé alimentado de forma direta e parte é alimentado de forma indireta. No Brasil, ocorre bastante esta forma de distribuição, com predominância da distribuição indireta perante a direta. É o caso em que a torneira do jardim de uma residência é alimentada de forma direta e o restante das peças de forma indireta. Figura 1.6: Sistema de distribuição mista d) Distribuição com sistema hidropneumático É aquela em que se utiliza um equipamento para pressurização da rede predial, sem haver a necessidade do reservatório superior para conferir tal pressão. Caso não ocorram faltas de água, o reservatório inferior também não é necessário. Este sistema ainda é muito pouco utilizado no Brasil. Sua vantagem é que pode-se eliminar os reservatórios. Como desvantagem, apresenta a necessidade de manutenção especializada e gerador para o caso de falta de energia elétrica. Figura 1.7: Sistema de distribuição hidropneumático Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 5 Do ponto de vista da manutenção da qualidade da água, a distribuição direta ou com sistema hidropneumático (sem reservatórios) deve ser preferida, pois os reservatórios consistem em pontos de vulnerabilidade da qualidade da água. Esta vulnerabilidade está associada a estagnação da água, com volatilização do cloro residual, bem como com a intrusão de insetos e mesmo pequenos animais no interior do reservatório, caso o mesmo não esteja com tampa bem ajustada ao reservatório. Figura 1.8: Tanque de pressão Estimativa de vazões Para efeito de dimensionamento da tubulação, as vazões encontradas em uma instalação predial de água fria podem ser as seguintes: • vazão média diária; • vazão máxima possível e • vazão máxima provável. a) Vazão média diária O consumo médio diário (CD) é o volume de água que, em média, é utilizado em um intervalo de tempo de 24 horas. O mesmo varia em função da natureza da edificação, ou seja, se a mesma é residencial, comercial ou industrial, dentre outros, e no caso de edificações residenciais, com o poder aquisitivo dos moradores. A tabela 1.1 traz um indicativo do consumo médio diário em algumas edificações, enquanto que a tabela 1.2 taz estes consumos para o setor industrial. Para a estimativa do número de habitantes em edificações residenciais, considera-se 2 pessoas por dormitório social (opicionalmente pode-se considerar 1 possoa por dormitório social se este for menor que 8 m2) e 1 pessoa por dormitório de serviço. Para edificações públicas e comerciais, na falta de outra indicação, pode-se utilizar os valores apresentados na Tabela 1.3. 86400 d MD CQ = Eq. 1 QMD: vazão média diária (l/s) CD: consumo médio diário (l/d) A vazão média diária é usada para dimensionamento do alimentador predial, dos reservatórios e indiretamente para o conjunto motor-bomba e tubulações de sucção e recalque. b) Vazão máxima possível A vazão máxima possível é a vazão instantânea decorrente do uso simultâneo de todos aparelhos existentes na edificação. Nota-se que esta vazão não está diretamente relacionada ao número de habitantes, mas sim à quantidade e tipos de aparelhos existentes. Esta vazão normalmente não ocorre em edifícios residenciais, mas pode ocorrer em situações em que todos os aparelhos possam ser utilizados simultaneamente, como no caso de banheiros coletivos de acesso ao público. Apenas nesta última situação é que é empregada para dimensionamento de tubulação. ∑ = = n i iMPOS QQ 1 Eq. 2 QMPOS : vazão máxima possível (l/s) Qi : vazão específica de cada aparelho (l/s) Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 6 Tabela 1.1: Consumo específico em função da natureza da edificação. Prédio Consumo (litros/dia) Serviço doméstico Alojamentos provisórios de obras 80 per capita Residências unifamiliares populares 120 a 150 per capita Residência unifamiliares de médio valor 150 per capita Residência unifamiliares de luxo 300 a 400 per capita Apartamentos* de médio valor 150 per capita Apartamentos* de médio valor 200 per capita Apartamentos* de luxo 300 a 400 per capita Serviço público Edifícios de escritórios 50 a 80 ocupante efetivo Escolas (internatos) 150 per capita Escolas (externatos) 50 aluno Escolas (semi-internatos) 100 aluno Ambulatórios 25 per capita Hospitais e casas de saúde 250 leito Creches 50 per capita Hotéis com cozinha e lavanderia 250 a 350 hóspede Hotéis sem cozinha e lavanderia 120 hóspede Lavanderias 30 kg de roupa seca Quartéis 150 per capita Restaurantes e similares 25 refeição Mercados 5 m2 Cinemas e teatros 2 lugar Igrejas e templos 2 lugar Serviço industrial Fábricas (uso pessoal) 70 a 80 operário Fábricas com restaurante (uso pessoal) 100 operário Usinas de leite 5 litro de leite Matadouros (grandes animais) 300 cabeça abatida Matadouros (pequenos animais) 150 cabeça abatida * Caso o apartamento seja dotado de medição individualizada de água, adorar os mesmos consumos Fonte: Adaptado de Macintyre (1990) Tabela 1.2: Consumo específico para o setor industrial em função da natureza da indústria. Indústria Unidade de Produção Necessidade hídrica a (m3/unidade de produção) Pães e massas Tonelada 1,1 – 4,2 Suco frutas cítricas Tonelada 2 – 4 Abatedouro Tonelada (animal vivo) 3 – 9 Carne em conserva Tonelada 10 – 20 Manteiga Tonelada 15 – 30 Sabão Tonelada 1,0 – 2,1 Beneficiamento de couro Tonelada de peles 50 – 125 Gasolina 1000 litros 7 – 10 Vidro Tonelada 68 Laminação de aço Tonelada 85 Têxtil Tonelada 1000 Papel Tonelada 250 Usina de açúcar Tonelada 75 Fonte: Adaptado de CIRRA (2004) Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 7 Tabela 1.3:Taxa de ocupação para prédios públicos ou comerciais Local Taxa de ocupação Bancos Uma pessoa por 5,00 m2 de área Escritórios Uma pessoa por 6,00 m2 de área Lojas Uma pessoa por 5,00 m2 de área Museus e bibliotecas Uma pessoa por 5,50 m2 de área Restaurantes Uma pessoa por 1,40 m2 de área Teatros, cinemas e auditórios Uma cadeira para cada 0,70 m2 de área Fonte: Creder (1995) c) Vazão máxima provável A vazão máxima provável é a vazão instantânea que pode ser empregada com o uso normal dos aparelhos. É a vazão que normalmente ocorre em edificações residenciais pelo fato de nem todos os aparelhos serem utilizados simultaneamente. É utilizada para o dimensionamento do barrilete, colunas e ramais em edificações residenciais. Os sub-ramais, por sua vez, por atenderem a uma única peça, são dimensionados com a vazão específica da peça. ∑= pQMPRO 3,0Eq. 3 QMPRO : vazão máxima provável (l/s) p: peso relativo das peças/aparelhos de utilização Os pesos de cada peça/aparelho são estabelecidos empiricamente e são em função da vazão específica e da frequência de utilização da peça/aparelho. A tabela 1.4 mostra as vazões específicas e os pesos relativos das peças/aparelhos mais comuns. Tabela 1.4: Vazão e peso relativo nos pontos de utilização identificados em função do aparelho sanitário e da peça de utilização Aparelho sanitário Peça de utilização Vazão de projeto (l/s) Peso relativo Bacia sanitária Caixa de descarga 0,15 0,3 Bacia sanitária Válvula de descarga 1,70 32 Banheira Misturador (água fria) 0,30 1,0 Bebedouro Registro de pressão 0,10 0,1 Bidê Misturador (água fria) 0,10 0,1 Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,20 0,4 Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10 0,1 Lavadora de pratos Registro de pressão 0,30 1,0 Lavadora de roupas Registro de pressão 0,30 1,0 Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,15 0,3 Mictório cerâmico com sifão integrado Válvula de descarga 0,50 2,8 Mictório cerâmico sem sifão integrado Caixa de descarga, registro de pressão ou válvula de descarga para mictório 0,15 0,3 Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de pressão 0,15 / m de calha 0,3 Pia Torneira ou misturador (água fria) 0,25 0,7 Pia Torneira elétrica 0,10 0,1 Tanque Torneira 0,25 0,7 Torneira de jardim ou lavagem em geral Torneira 0,20 0,4 Fonte: NBR 5626 (ABNT,1998) Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 8 Dimensionamento dos componentes Para o dimensionamento geral das tubulações, utiliza-se como critério a adoção de uma velocidade máxima. A NBR 5626/1998 recomenda que essa velocidade nas tubulações seja no máximo 3m/s. Além disso, a literatura relativa ao assunto recomenda que, quando o ruído produzido pelo escoamento da água nas tubulações puder perturbar o sossego, a velocidade deve ser limitada também em D14 , onde D é o diâmetro do tubo , em m. Dessa forma, essa segunda limitação deve ser considerada em se tratando de edificações residenciais, escolares, hospitalares, dentre outras. Para o material PVC, o mais utilizado em instalações prediais de água fria (com possível exceção para a tubulação de recalque e sucção), a tabela 1.5 mostra as velocidades máximas e respectivas vazões máximas para os diâmetros comercialmente disponíveis. Tabela 1.5: Velocidades e vazões máximas em encanamentos prediais de PVC Diâmetros (DN) Dint Seção Vmax Qmax 1 Qmax 2 mm m2 m/s L/s L/s 20 17,0 0,000227 1,83 0,414 0,681 25 21,6 0,000336 2,06 0,754 1,099 32 27,8 0,000607 2,33 1,417 1,821 40 35,2 0,000973 2,63 2,556 2,919 50 44,0 0,001521 2,94 4,465 4,562 60 53,4 0,002240 3,00 6,719 6,719 75 66,6 0,003484 3,00 10,451 10,451 85 75,6 0,004489 3,00 13,467 13,467 110 97,8 0,007512 3,00 22,537 22,537 Qmax 1: quando a questão do ruído possa incomodar. Qmax 2: quando a questão do ruído puder ser negligenciada. a) Alimentador predial É dimensionado para a vazão média diária (QMD). O alimentador predial pode ser enterrado, aparente, embutido ou recoberto. A NBR 5626/1998 recomenda que, quando enterrado, o alimentador predial deve distar no mínimo 3 metros de qualquer fonte potencialmente poluidora, tais como fossas, sumidouros e valas de infiltração. A mesma norma preconiza ainda que, quando instalado na mesma vala de tubulações enterradas de esgoto, o alimentador deve apresentar geratriz inferior 30cm, no mínimo, acima da geratriz superior do tubo de esgoto, e ainda que o alimentador predial deve se situar acima do nível do lençol freático. Estas recomendações são no sentido de se preservar a qualidade potável da água. b) Reservatórios A NBR 5626/1998 recomenda que os reservatórios sejam dimensionados para armazenar, no mínimo, o volume equivalente a 1 dia de consumo do edifício, sendo o valor mínimo de 500L. Esta mesma norma preconiza que para o volume máximo deve-se observar a garantia da potabilidade da água. Isso implica em que volumes muito grandes devem ser evitados para que o cloro residual não se volatilize. A literatura relativa ao tema sugere que o volume máximo de reservação não deve ser superior ao equivalente a 3 dias de consumo da edificação. Dessa forma, o volume de reservação deve está compreendido entre os equivalente de 1 e 3 dias de consumo. Em localidades onde ocorre muita falta de água, pode-se adotar o limite de 3 dias, e, em localidades com sistema de abastecimento confiável e regular, o limite de 1 dia pode ser adotado. Quando da existência de reservatórios inferior e superior, o fracionamento do volume de reservação deve ser o seguinte: de 60 a 70 % no reservatório inferior e o restante no superior. Para reservatórios com capacidade superior a 5000L, deve-se perever a sua construção em 2 compartimentos. Os reservatórios devem ser dotados de tubo extravasor, tubulação de aviso e tubulação de limpeza. A NBR 5626/1998 recomenda que, em princípio um reservatório para água potável não deve ser apoiado no solo, ou ser enterrado total ou parcialmente, tendo em vista o risco de contaminação proveniente do solo, face à permeabilidade das paredes do reservatório ou qualquer falha que implique a perda da estanqueidade. Nos casos em que tal exigência seja impossível de ser atendida, o reservatório deve ser executado dentro de compartimento próprio, que permita operações de inspeção e manutenção, devendo haver um afastamento, mínimo, de 60 cm entre as faces externas do reservatório (laterais, Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 9 fundo e cobertura) e as faces internas do compartimento. O compartimento deve ser dotado de drenagem por gravidade, ou bombeamento, sendo que, neste caso, a bomba hidráulica deve ser instalada em poço adequado e dotada de sistema elétrico que adverte em casos de falha no funcionamento na bomba. Ainda se referindo à NBR 5626/1998, o posicionamento relativo entre entrada e saída de água deve evitar o risco de ocorrência de zonas de estagnação dentro do reservatório. Assim, recomenda-se posicionar a entrada e a saída diametralmente opostas. Nos reservatórios em que há reserva de água para outras finalidades, como é o caso de reserva para combate a incêndios, deve haver especial cuidado com esta exigência. Outra recomendação da NBR 5626/1998 e que a extremidade da tomada de água no reservatório deve ser elevada em relação ao fundo deste reservatório para evitar a entrada de resíduos eventualmente existentes na rede predial de distribuição. A altura dessa extremidade, em relação ao fundo do reservatório, deve ser relacionada com o diâmetro da tubulação de tomada e com a forma de limpeza que será adotada ao longo da vida do reservatório. Em reservatório de pequena capacidade (por exemplo: para casas unifamiliares, pequenos edifícios comerciais, etc.) e de fundo plano e liso, recomenda-se uma altura mínima de 2 cm. No caso específico de reservatório de fibrocimento (cimento- amianto), a NBR 5649 dispõe que a tomada de água esteja 3 cm acima da região mais profunda do reservatório. Para facilitar as operações de manutenção do reservatório, que exigem a interrupção da entrada de água no mesmo, a NBR 5626/1998 recomenda-seque seja instalado na tubulação de alimentação, externamente ao reservatório, um registro de fechamento ou outro dispositivo ou componente que cumpra a mesma função. c) Conjunto motor-bomba A potência do conjunto motor-bomba é dada por: η γQHP = Eq. 4 onde: P: potência (W) γ: peso específico da água (N/m3) H: altura manométrica η: rendimento do conjunto motor-bomba. O rendimento do conjunto motor-bomba para instalações prediais de água fria geralmente se situa na faixa de 30–80%. Para efeito de pré-dimensionamento, adota-se 50% e calcula-se a potência do conjunto. De posse da curva de rendimento do conjunto, escolhe-se o disponível mais adequado, se verifica o rendimento e se refaz o cálculo da potência. d) Tubulação de recalque e de sucção É dimensionado de acordo com a fórmula de Forschheimmer: Rr QXD 25,03,1= Eq. 5 Onde, Dr = diâmetro da tubulação (m) X = N° de horas de bombeamento / 24h QR = vazão (m3/s) A vazão de recalque QR é o consumo diário Cd, em m³, dividido pelo tempo de funcionamento da bomba, em segundos. A NBR 5626/1998 recomenda que, para edificações residenciais X seja de no máximo 6/24, ou seja, 6 horas de funcionamento diário para o conjunto motor-bomba. Para a tubulação de sucção, adota-se o diâmetro imediatamente superior ao de recalque. Os tubos em PVC para instalações de água fria possuem pressão de serviço máxima de 75 m.c.a. Dessa forma, para edificações de grande altura faz-se necessário o uso de tubos de outros materiais, como aço galvanizado, CPVC e PPR (polipropileno), sendo estes dois últimos usados em instalações prediais de água quente. As tabelas 1.6, 1.7 e 1.8 mostram os diâmetros para estes materiais. Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 10 Tabela 1.6: Dimensões de tubos de aço galvanizado (NBR 5580/2013) Fonte: ABNT (2013) 1.7: Dimensões e pressão de serviço para tubos em CPVC DN Dint (mm) Pressão de serviço máxima à 20 ºC (m.c.a) Pressão de serviço máxima à 30 ºC (m.c.a) Pressão de serviço máxima à 40 ºC (m.c.a) 15 11,8 240 210 185 22 18,0 28 23,1 35 28,5 42 33,7 54 44,2 73 59,9 89 72,8 114 93,6 Fonte: TIGRE (2015) 1.8: Dimensões e pressão de serviço para tubos em PPR – Linha Azul (para água fria) DN Dint (mm) Pressão de serviço máxima (temp. média 27 ºC), (m.c.a) 32 26,0 100 40 32,6 50 40,8 63 51,4 75 61,2 90 73,6 110 90,0 Fonte: AMANCO (2015) e) Barrilete, colunas e ramais São pré-dimensionados com base na vazão máxima provável do trecho em questão. Após o pré-dimensionamento, deve-se fazer o cálculo da presão no final de cada trecho, não devendo esta pressão ser inferior a 0,5 m.c.a, conforme preconizado pela NBR 5626/1998. Caso ocorram pressões inferiores a este valor, deve-se adotar medidas no sentido de se aumentar esta pressão. Geralmente, tais medidas consistem no aumento do diâmetro do tubo, substituição de joelhos por curvas ou ainda a elevação do fundo do reservatório superior. Quando do aumento do diâmetro de um dado trecho para aumento da pressão residual, considerar a seguinte regra: um trecho de jusante (trecho posterior) não deve ficar com diâmetro superior a outro de montante (trecho anterior). Tamanho Nominal Espessura da Parede Diâmetro Externo Classe Leve Classe Média Classe Pesada Máx. Min. Pol mm mm mm mm mm mm 1/8 6 1,80 2,00 2,65 10,6 9,8 1/4 8 2,00 2,25 3,00 14,0 13,2 3/8 10 2,00 2,25 3,00 17,5 16,7 1/2 15 2,25 2,65 3,00 21,8 21,0 3/4 20 2,25 2,65 3,00 27,3 26,5 1 25 2,65 3,35 3,75 34,2 33,3 1¼ 32 2,65 3,35 3,75 42,9 42,0 1½ 40 3,00 3,35 3,75 48,8 47,9 2 50 3,00 3,75 4,50 60,8 59,7 2½ 65 3,35 3,75 4,50 76,6 75,3 3 80 3,35 4,05 4,50 89,5 88,0 3½ 90 3,75 4,25 5,00 102,1 100,4 4 100 3,75 4,50 5,60 115,0 113,1 5 125 - 5,00 5,60 140,8 138,5 6 150 - 5,30 5,60 166,5 163,9 Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 11 A NBR 5626 recomenda que, para possibilitar a manutenção de qualquer parte da rede predial de distribuição, dentro de um nível de conforto previamente estabelecido e considerados os custos de implantação e operação da instalação predial de água fria, deve ser prevista a instalação de registros de fechamento, ou de outros componentes ou de dispositivos que cumpram a mesma função. Particularmente, re-comenda-se o emprego de registros de fechamento: • no barrilete, posicionado no trecho que alimenta o próprio barrilete (no caso de tipo de abastecimento indireto posicionado em cada trecho que se liga ao reservatório); • na coluna de distribuição, posicionado a montante do primeiro ramal; • no ramal, posicionado a montante do primeiro sub-ramal. f) Sub-ramais São dimensionados considerando-se a vazão específica da peça/aparelho que atendem. Como esta vazão é sempre a mesma, a princípio o diâmetro são os constantes na tabela 1.9. A NBR 5626 recomenda que para o funcionamento adequado das peças/aparelhos sanitários, a água deve ser fornecida com uma presãp mínima no ponto de suprimento de água. Estas pressões são as constantes na tabela 1.10. Tabela 1.9: Diâmetro mínimo (em PVC) dos sub-ramais de agua fria Aparelho sanitário DN Aquecedor de baixa pressão 20 Aquecedor de alta pressão 20 Vaso sanitário com caixa de descarga 20 Vaso sanitário com válvula de descarga 50 Banheira 20 Bebedouro 20 Bidê 20 Chuveiro 20 Filtro de pressão 20 Lavatório 20 Máquina de lavar roupa 20 Máquina de lavar louça 20 Mictório auto-aspirante 25 Mictório de descarga descontínua 20 Pia de despejo 20 Pia de cozinha 20 Tanque de lavar roupa 20 Torneira de jardim 20 Tabela 1.10: Pressão dinâmica mínima nos pontos de em função do aparelho sanitário e da peça de utilização Aparelho sanitário Peça de utilização Pressão dinâmica mínima (kPa) Bacia sanitária Caixa de descarga 5 Bacia sanitária Válvula de descarga 15 Banheira Misturador (água fria) 10 Bebedouro Registro de pressão 10 Bidê Misturador (água fria) 10 Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 10 Chuveiro elétrico Registro de pressão 10 Lavadora de pratos Registro de pressão 10 Lavadora de roupas Registro de pressão 10 Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 10 Mictório cerâmico com sifão integrado Válvula de descarga 10 Mictório cerâmico sem sifão integrado Caixa de descarga, registro de pressão ou válvula de descarga para mictório 10 Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de pressão 10 Pia Torneira ou misturador (água fria) 10 Pia Torneira elétrica 10 Tanque Torneira 10 Torneira de jardim ou lavagem em geral Torneira 10 Fonte: NBR 5626/1998 Instalações hidro-sanitárias e de gás ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 12 Estimativas de pressão e determinação das perdas de carga Como se faz necessário o cálculo das pressões nos vários pontos da rede predial de distribuição de água, deve-se efetuar o cálculo das perdas de carga nos vários trechos. A NBR 5626/1998 recomenda para o cálculo da perda de carga distribuída a utilização da fórmula fórmula universal (Darcy-Weisbach) apresentada na Eq. 6, ou através da formula prática de Fair-Whipple-Hsiao, apresentada nas Eq. 7 (tubos hidraulicamente rugosos: aço carbono galvanizado ou não) e Eq. 8 (tubos hidraulicamente lisos: PVC, cobre, ligas de cobre). gD vfJ 2 2 = Eq. 6 onde, J = perda de carga unitária (m/m) f = coeficiente de atrito v = velocidade de escoamento (m/s) D = diâmetro (m) g = aceleração da gravidade (m/s2) 88,488,15108,19 −= DQxJ Eq. 7 75,475,151069,8 −= DQxJ Eq. 8 com, J = perda de carga unitária (m/m) Q = vazão (L/s) D = diâmetro do tubo (mm) Para estimativa das perdas de carga localizadas, a NBR 5626/1998 recomenda o processo dos comprimentos equivalentes, sugerindo os valores constantes nas tabelas 1.11 e 1.12. Para estimativa da perda de carga em hidrômetros, a NBR 5626/1998 recomenda a Eq. 9. 2 36 =∆ MÁXQ Qh Eq. 9 ∆ h: perda de carga no hidrômetro (kPa) Q: vazão estimada na seção considerada (L/s) QMÁX: vazão máxima especificada para o hidrômetro (m3/h) Os hidrômetros de uso residencial/comercial são fabricados com as seguintes capacidades (vazão máxima): 1,5, 3, 5, 7, 10, 20, 30 m3/h. Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 13 Tabela 1.11: Comprimentos equivalentes a perdas localizadas, em metros de canalização retilínea de PVC rígido Fonte: Adaptado de Macintyre (1990) DN J O E L H O 9 0 ° J O E L H O 4 5 ° C U R V A 9 0 ° C U R V A 4 5 ° T Ê P A S S A G E M D I R E T A T E 9 0 ° S A I D A D E L A D O T E 9 0 ° S A I D A B I L A T E R A L E N T R A D A N O R M A L E N T R A D A D E B O R D A S A I D A D E C A N A L I Z . V Á L V U L A D E P É E C R I V O V A L V . D E R E T E N Ç A O T I P O L E V E V A L V . D E R E T E N Ç A O T I P O P E S A D O R E G I S T R O G L O B O A B E R T O R E G I S T R O G A V E T A A B E R T O R E G I S T R O A N G U L O A B E R T O 15 1,1 0,4 0,4 0,2 0,7 2,3 2,3 0,3 0,9 0,8 8,1 2,5 3,6 11,1 0,1 5,9 20 1,2 0,5 0,5 0,3 0,8 2,4 2,4 0,4 1,0 0,9 9,5 2,7 4,1 11,4 0,2 6,1 25 1,5 0,7 0,6 0,4 0,9 3,1 3,1 0,5 1,2 1,3 13,3 3,8 5,8 15,0 0,3 8,4 32 2,0 1,0 0,7 0,5 1,5 4,6 4,6 0,6 1,8 1,4 15,5 4,9 7,4 22,0 0,4 10,5 40 3,2 1,3 1,2 0,6 2,2 7,3 7,3 1,0 2,3 3,2 18,3 6,8 9,1 35,8 0,7 17,0 50 3,4 1,5 1,3 0,7 2,3 7,6 7,6 1,5 2,8 3,3 23,7 7,1 10,8 37,9 0,8 18,5 60 3,7 1,7 1,4 0,8 2,4 7,8 7,8 1,6 3,3 3,5 25,0 8,2 12,5 38,0 0,9 19,0 75 3,9 1,8 1,5 0,9 2,5 8,0 8,0 2,0 3,7 3,7 26,8 9,3 14,2 40,0 0,9 20,0 85 4,1 1,8 1,5 0,9 2,5 8,1 8,1 2,1 3,8 3,8 27,5 9,8 15,0 41,0 0,9 21,0 110 4,3 1,9 1,6 1,0 2,6 8,3 8,3 2,2 4,0 3,9 28,6 10,4 16,0 42,3 1,0 22,1 Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 14 Tabela 1.12: Comprimentos equivalentes a perdas localizadas, em metros de canalização retilínea de aço galvanizado Fonte: Adaptado de Macintyre (1990) Diâmetro Nominal D C O T O V E L O 9 0 ° R A I O C O T O V E L O 9 0 ° R A I O C O T O V E L O 9 0 ° R A I O C O T O V E L O 4 5 ° C U R V A 9 0 ° R / D - 1 1 / 2 C U R V A 9 0 ° R / D - 1 C U R V A 4 5 ° E N T R A D A N O R M A L E N T R A D A D E B O R D A R E G I S T R O D E G A V E T A R E G I S T R O D E G L O B O R E G I S T R O D E A N G U L O T E P A S S A G E N M T E S A Í D A D E L A D O T E S A I D A B I L A T E R A L V Á L V U L A D E P É E C R I V O S A I D A D A C A N A L I Z . V Á L V . D E R E T E N Ç A O T I P O V A L V . D E R E T E N Ç A O T I P O P E S A D O mm (ref) pol 15 1/2 0,3 0,4 0,5 0,2 0,2 0,3 0,2 0,2 0,4 0,1 4,9 2,6 0,3 1,0 1,0 3,6 0,4 1,1 1,6 20 3/4 0,4 0,6 0,7 0,3 0,3 0,4 0,2 0,2 0,5 0,1 6,7 3,6 0,4 1,4 1,4 5,6 0,5 1,6 2,4 25 1 0,5 0,7 0,8 0,4 0,3 0,5 0,2 0,3 0,7 0,2 8,2 4,6 0,5 1,7 1,7 7,3 0,7 2,1 3,2 32 1 1/4 0,7 0,9 1,1 0,5 0,4 0,6 0,3 0,4 0,9 0,2 11,3 5,6 0,7 2,3 2,3 10 0,9 2,7 4,0 40 1 1/2 0,9 1,1 1,3 0,6 0,5 0,7 0,3 0,5 1,0 0,3 13,4 6,7 0,9 2,8 2,8 11 1,0 3,2 4,8 50 2 1,1 1,4 1,7 0,8 0,6 0,9 0,4 0,7 1,5 0,4 17,4 8,5 1,1 3,5 3,5 14 1,5 4,2 6,4 65 2 1/2 1,3 1,7 2,0 0,9 0,8 1,0 0,5 0,9 1,9 0,4 21 10 1,3 4,3 4,3 17 1,9 5,2 8,1 80 3 1,6 2,1 2,5 1,2 1,0 1,3 0,6 1,1 2,2 0,5 26 13 1,6 5,2 5,2 20 2,2 6,3 9,7 90 3 1/2 1,8 2,4 2,9 1,31,1 1,4 0,6 1,3 2,7 0,6 30 15 1,8 5,9 5,9 21 2,7 7,3 11,4 100 4 2,1 2,8 3,4 1,5 1,3 1,6 0,7 1,6 3,2 0,7 34 17 2,1 6,7 6,7 23 3,2 8,4 12,9 125 5 2,7 3,7 4,2 1,9 1,6 2,1 0,9 2,0 4,0 0,9 43 21 2,7 8,4 8,4 30 4,0 10,4 16,1 150 6 3,4 4,3 4,9 2,3 1,9 2,5 1,1 2,5 5,0 1,1 51 26 3,4 10,0 10,0 39 5,0 12,5 19,3 200 8 4,3 5,5 6,4 3,0 2,4 3,3 1,5 3,5 6,0 1,4 67 34 4,3 13,0 13,0 52 6,0 16 25 250 10 5,5 6,7 7,9 3,8 3,0 4,1 1,8 4,5 7,5 1,7 85 43 5,5 16,0 16,0 65 7,5 20 32 300 12 6,1 7,9 9,5 4,6 3,6 4,8 2,2 5,5 9,0 2,1 102 51 6,1 19,0 19,0 78 9,0 24 38 350 14 7,3 9,5 10,5 5,3 4,4 5,4 2,5 6,2 11,0 2,4 120 60 7,3 22,0 22,0 90 11 28 45 Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 15 O caso de edificações altas A pressão estática máxima admissivel na rede predial de água fria é de 40 m.c.a., conforme recomenda a NBR 5626/1998. Sendo assim, em edificações nas quais o desnivel geométrico entre o nível máximo de água no reservatório superior e o mais baixo ponto de suprimento de água superar 40 m, deve-se tomar medidas no sentido de se reduzir a pressão nos pontos tem a pressão superior ao valor citado. Atualmente são bastante utilizadas as válvulas redutoras de pressão, sendo as mais modernas bastante compactas (Figura 1.8), podendo ser instaladas na própria coluna de distribuição em shafts. Outro modelo é mostrado na figura 1.9. Tais dispositivos possuem mecanismo de regulação da pressão de saída. Figura 1.8: Válvula redutora de pressão Figura 1.9. Válvula Redutora de Pressão (VALLOY) Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 16 Medição individualizada de água em apartamentos È crescente no Brasil a adoção de medição individualizada de água em apartamentos, sendo as principais vantagens apontadas em relação ao sistema de medição coletivo as seguintes (COELHO E MYNARD, 1999): • Os consumidores pagam apenas pelo que consomem, e não pelo que os outros venham também a consumir, resultando em uma conta mais justa; • Redução do consumo de água, pelo uso mais racional do recurso (ver Figura 1.11); • Maior possibilidade de detecção de vazamentos; • Redução da inadinplencia e aumento no faturamento para às concessionarias de água; Os hidrômetros podem ser colocados junto a cada unidade consumidora (apartamento), ou centralizados em local de fácil acesso para o leiturista, geralmente no pavimento térreo. Do ponto de vista de projeto, a primeira opção é mais vantajosa, pois evita que a água percorra um longo caminho entre o reservatório superior e as unidades consumidora, passando pelo medidores localizados no térreo. São de aplicação bastante util, neste caso, a utilização de hidrômetros que possibilitem a medição remota, seja por cabo ou por sinal de rádio (Figura 1.10). Figura 1.10: Hidrômetro unijato magnético com saida de sinal - LAO Souza (2012) comparou o cosumo per capita de água em edifícios com (176 L/hab.dia) e sem (236 L/hab.dia) medição individualizada de água. A diferença foi de 25% para menos nos efifícios com medição individualizada de água. Figura 1.11: Média do consumo per capita dos edifícios com medição individualizada e coletiva de água (Fonte: Souza, 2012) As concesionárias de água geralmente possuem regulamentos específicos para a medição individualizada de água em apartamentos. No caso da Paraíba, ver a Instrução Normativa 17/2005 da CAGEPA (em anexo). Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 17 Roteiro de cálculo Como sugestão para roteiro de cálculo, apresenta-se a tabela 1.13. Coluna 1: demominação dos trechos Coluna 2: somatório dos pesos das peças/aparelhos atendidos pos aquele trecho (tabela 1.4) Coluna 3: vazão do trecho (Eq. 3 para barrilete, colunas e ramais e tabela 1.4 para sub-ramais) Coluna 4: DN da tubulação do trecho (tabela 1.5) Coluna 5: diâmetro interno da tubulação do trecho (tabela 1.5) Coluna 6: velocidade média da agua no tracho (calculada pela equação da continuidade Q = A.v) Coluna 7: perda de caga no trecho (calculada por uma das Eqs. 6, 7 ou 8) Coluna 8: comprimento real da trecho (leitura direta na planta) Coluna 9: comprimento equivalente das singularidades (tabelas 1.11 e 1.12) Coluna 10: comprimento total (soma das células correspondentes da coluna 8 com a 9) Coluna 11: perda de carga (multiplicação das células correspondentes das colunas 7 e 10) Coluna 12: pressão disponível à montante do trecho (nula para o barrilete e igual a pressão final do trecho precedente Coluna 13: diferença de cotas de montante e jusante do trecho (leitura direta em esquema vertical) Coluna 14: pressão disponível residual no final do trecho (pressão de inicio de trecho mais a diferença de cota e menos a perda de carga) Coluna 15: pressão requerida no ponto (para efeito de comparação com a coluna 14) Tabela 1.13: roteiro de cálculo para dimensionamento do barrilete, colunas, ramais e sub-ramais de agua fria. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Trecho Σp Vazao Diâmetro D interno Velocidade Perda Comprimento Comprimento Comprimento Perda Pressao Diferenca Presao Pressao de carga real equivalente total de carga disponível de cota disponivel requerida unitaria singularidades montante m-j residual (acumulados) (l/s) (mm) (mm) (m/s) (m/m) (m) (m) (m) (mca) (mca) (m) (mca) (mca) Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 18 Exercício resolvido: Dimensionar o sistema água fria do edifício hipotético apresentado em anexo. Figura 1.11: planta baixa do pavimento tipo Informações adicionais: • 10 pavimentos-tipo mais pilotis (distância piso-à-piso de 3,00m) • Tubulação em PVC • 150L/hab.dia (padrão médio) Consumo diário diaLCd /120001504210 =×××= a) Alimentador predial sLQMD /139,086400 12000 == Entrando-se com esta vazão naTabela 1.5 (para Q1MAX) tem-se que o diâmetro de 20 mm atende à situação. DN 20 b) Reservatórios 2, 00 4. 00 4,50 Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ GilsonB Athayde Jr 19 Para fins de resolução deste exercício, adotar reservação de 2 dias VT = 2 x 12000 = 24000L VRI = (0,6 x 24000) = 14400 L (2 compartimentos) VRs = (0,4 x 24000 + 9600) = 19200 L (2 compartimentos) A parcela de 9600 L alocada no reservatório superior, se refere à reserva técnica de incêndia (RTI) que será abordada no capítulo II Considerando ambos os reservatórios inferior e superior de seção horizontal retangular de 2x4m, locado conforme a Figura 1.12. Figura 1.12: locação dos reservatório inferior e superior Assim, para o reservatório inferior, temos uma altura molhada h1 de: mh 39,2 55,37,1 4,14 1 = × = E para o reservatório superior, temos h2 de: mh 18,3 55,37,1 2,19 2 = × = Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 20 Figura 1.13: Esquema do reservatório inferior Figura 1.14: Esquema do reservatório superior 2, 39 0, 31 3, 00 3, 18 0, 32 3, 80 Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 21 c) Diâmetro de recalque È encontrado pela fórmula de Forschheimmer RR QXD 25,03,1= Onde, DR = diâmetro da tubulação (m) h hX adotado 24 6 = de funcionamento QR = vazão (m3/s) smQhmQhLQQ RRRR /1056,5/2/20006 12000 343 −×=⇒=⇒=⇒= = = == mmDN mmDN mmmD S R R 32 25 7,210217,0 DNrecalque = 25 DNsucção = 32 (adotado como o imediatamente superior ao de recalque) 4) Potência do conjunto elevatório η γ HQ Pot R ×× = Adotar η = 50% (geralmente varia de 30 a 80%) HrHgrHsHgsH smQ mN R ∆++∆+= ×= =×= − /1056,5 /979081,9998 34 3γ Para as altura geométricas de sucção e recalque, ver figura 1.15. As perdas de carga unitárias foram calculadas através da fórmula de Fair-Whipple-Hsiao. η é o rendimento do conjunto motor-bomba Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 22 Figura 1.15: Esquema vertical das tubulações de recalque e sucção 3, 00 3, 80 2, 75 Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 23 Na sucção, além do comprimento real, de 3 m, foram considerados os comprimentos equivalentes das seguintes singularidades (Tabela 1.11 para DN 32): 1 Válvula de pé com crivo = 15,5 m 1 Cotovelo = 2,0 m 2 Registros de fechamento tipo gaveta (2 x 0,4) = 0,8 m 1 T de passagem direta = 1,5 m mHsHs hshfHs SS 01,1)5,18,025,1575,3()8,27( )1056,5(1069,8 75,4 75,115 =∆⇒++++××××=∆ +=∆ − No recalque, além do comprimento real de 40,8 m foram considerados os comprimentos equivalentes das seguintes singularidades (Tabela 1.11 para DN 25): 2 Registros de fechamento tipo gaveta (2 x 0,3) = 0,6 m 2 Joelhos de 45º (2 x 0,7)= 1,4 m 1 Válvula de retensão do tipo pesado = 5,8 m 2 cotovelos (2 x 1,5) = 3,0 m 1 Tê de saída lateral = 3,1 m 1 saída de canalização = 1,3 m [ ] mHrHr hsrhfrHr 10,83,11,30,38,54,16,06,41)6,21( )1056,5(1069,8 75,4 75,115 =∆⇒++++++××××=∆ +=∆ − mHH 66,5210,88,4001,175,2 =⇒+++= WxPot 28,573 5,0 66,521056,59790 4 = ×× = − Pot = 0,780CV = 1 CV Assim, existindo no mercado um conjunto motor-bomba de 1 de CV e que apresente rendimento maior ou igual a 50% para a vazão e altura manométrica em questão, este atenderá à situação. Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 24 4) Barrilete Para o dimensionamento de barrilete, vamos considerar a situação mais desfavorável em termos de pressão. Vamos considerar que um dos registros de fechamento nos dois ramos do barrilete esteja fechado (por exemplo, o da direita) e o outro aberto (o da esquerda). Como temos 4 saídas para este barrilete, vamos considerar a mais afastada do ponto A, ou seja, a localizada em B. Assim, dimensionaremos o trecho AB com a vazão máxima provável para a totalidade das peças/aparelhos do prédio. Para 1 apartamento: • 2 WC (chuveiro elétrico, bacia sanit com cx acoplada, ducha, lavatório) = 2 x 1,1 = 2,2 • 1 WCserv (bacia sanit com cx acoplada, ducha, lavatório) = 1,0 • 1 Tanque de lavar roupas = 0,7 • 1 Pia de cozinha = 0,7 Total APTO. = 4,6 Para o prédio, 4,6 x 20 = 92 ou seja, 92=∑ p Assim, sLpQ MPRO /88,23,0 == ∑ Pela Tabela 1.5 (para Q1MAX), temos que DN = 50 Cálculo da pressão residual no final do barrilete hHPP AB −∆+= ∆H = desnível (diferença entre a cota do inicio e a cota do final do trecho, em m) h = perda de carga (m.c.a.) cálculo da perda de carga unitária Figura 1.16: Esquema do barrilete 75,475,151069,8 −×××= DQJ Unidades: J é a perda de carga unitária em m/m Q é a vazão em L/s D é o diâmetro em mm J = 0,0864 m/m mL L 14,18 9,64,38,08,2224,2 = +++++= Foram consideradas as seguintes singularidades (Tabela 1.9 para DN 50): • 1 entrada de borda = 2,8 m • 1 registro de fechamento tipo gaveta = 0,8 m • 1 joelho = 3,4 m • 3 T de passagem direta (3 x 2,3) = 6,9 m (o T localizado no ponto B será computado quando do dimensionamento da coluna) mhh 57,114,180868,0 =⇒×= PB = 0+ 1,70 – 1,57 = 0,13 m.c.a. Esta pressão é menor que 0,5 m.c.a. requerida. Dessa forma, vamos aumentar o diâmetro do barrilete para o imediatamente seguinte (DN 60) e refazer o cálculo da pressão em B. Para DN 60 J = 0,0344 m/m h = 0,67 m.c.a acmPP BB ..57,167,024,2 =⇒−= Como esta pressão é maior que a requerida (0,5 m.c.a.), o DN 60 para o barrilete atende à situação. A B 3, 18 0, 32 1, 59 Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 25 5) Colunas Coluna 1 Atende ao conjunto de 10 banheiros das suítes e 10 banheiros sociais (WC sociale suíte) Cálculo do somatório dos pesos: Para 1 apartamento 2 WCs (chuveiro elétrico, bacia sanit com cx acoplada, ducha, lavatório) Σp = 2 x 1,1 = 2,2 Para a coluna Σp = 10 x 2,2 = 22 Assim, o trecho AB da coluna 1 tem somatório de pesos igual a 22. Para os trechos subseqüentes, diminui-se o somatório do trecho anterior de 2,2. Serão consideradas as seguintes singularidades: Trecho AB: 1 T de saída lateral, 1 registro de fechamento tipo gaveta, 2 joelhos Demais trechos: T de passagem direta O joelho do ponto K será computado quando do dimensionamento do respectivo ramal O dimensionamento encontra-se na tabela 1.14 Figura 1.17: Esquema da coluna C1, que atente ao conjunto de banheiros da suíte e social de um dos lados do predio 4m 3,5m A RG ΣP = 22,0 S P = 2 ,2 1m b) 3m B K J I H F G D E C ΣP = 2,2 ΣP = 2,2 ΣP = 2,2 ΣP = 2,2 ΣP = 2,2 ΣP = 2,2 ΣP = 2,2 ΣP = 2,2 ΣP = 2,2 ΣP = 17,6 ΣP = 13,2 ΣP = 15,4 ΣP = 2,2 ΣP = 6,6 ΣP = 8,8 ΣP = 4,4 ΣP = 11,0 ΣP = 19,8 3m 3m 3m 3m 3m 3m 3m 3m S P = 2,2 0,5m a) Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 26 Tabela 1.14: dimensionamento da coluna C1 (e C2) que atendem ao conjunto de banheiros da suíte e social de um dos lados do predio Identificação:colunas c1 e c2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Trecho Σp Vazao Diâmetro D interno Velocidade Perda Comprimento Comprimento Comprimento Perda Pressao Diferenca Presao Pressao de carga real equivalente virtual de carga disponível de cota disponivel requerida unitaria singularidades (total) montante m-j residual (acumulados) (l/s) (mm) (mm) (m/s) (m/m) (m) (m) (m) (mca) (mca) (m) (mca) (mca) ab 22,0 1,407 32 27,8 2,32 0,2185 8,5 9 17,5 3,823 1,57 4,5 2,25 0,5 bc 19,8 1,335 32 27,8 2,20 0,1992 3 1,5 4,5 0,897 2,25 3,0 4,35 0,5 cd 17,6 1,259 32 27,8 2,07 0,1797 3 1,5 4,5 0,809 4,35 3,0 6,54 0,5 de 15,4 1,177 32 27,8 1,94 0,1599 3 1,5 4,5 0,720 6,54 3,0 8,82 0,5 ef 13,2 1,090 32 27,8 1,80 0,1397 3 1,5 4,5 0,629 8,82 3,0 11,19 0,5 fg 11,0 0,995 32 27,8 1,64 0,1191 3 1,5 4,5 0,536 11,19 3,0 13,66 0,5 gh 8,8 0,890 32 27,8 1,47 0,0980 3 1,5 4,5 0,441 13,66 3,0 16,22 0,5 hi 6,6 0,771 32 27,8 1,27 0,0762 3 1,5 4,5 0,343 16,22 3,0 18,87 0,5 ij 4,4 0,629 25 21,6 1,72 0,1772 3 0,9 3,9 0,691 18,87 3,0 21,18 0,5 jk 2,2 0,445 25 21,6 1,21 0,0966 3 0,9 3,9 0,377 21,18 3,0 23,80 0,5 Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 27 Coluna 3 Atende ao conjunto de 10 banheiros da área de serviço, 10 tanques de lavar roupas e 10 pias de cozinha Cálculo do somatório dos pesos: Para 1 apartamento 1 WC (bacia sanit com cx acoplada, ducha, lavatório): Σp = 1,0 1 tanque de lavar roupa: p = 0,7 1 pia de cozinha: p = 0,7 Σp = 2,4 Para a coluna Σp = 10 x 2,4 = 24 Assim, o trecho AB da coluna 3 tem somatório de pesos igual a 24. Para os trechos subseqüentes, diminui-se o somatório do trecho anterior de 2,4. Serão consideradas as seguintes singularidades: Trecho AB: 1 T de saída lateral, 1 registro de fechamento tipo gaveta Demais trechos: T de passagem direta O joelho do ponto K será computado quando do dimensionamento do respectivo ramal O dimensionamento encontra-se na tabela 1.15 Figura 1.18: Esquema da coluna C3, que atente ao conjunto de 10 banheiros da área de serviço, 10 tanques de lavar roupas e 10 pias de cozinha de um dos lados do predio Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 28 Tabela 1.15: dimensionamento da coluna C3 (e C4) que atendem ao conjunto de cozinhas, area d serviço e banheiros da área de serviço da suíte e social de um dos lados do prédio Identificação:coluna c3 e c4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Trecho Σp Vazao Diâmetro D interno Velocidade Perda Comprimento Comprimento Comprimento Perda Pressao Diferenca Presao Pressao de carga real equivalente virtual de carga disponível de cota disponivel requerida unitaria singularidades (total) montante m-j residual (acumulados) (l/s) (mm) (mm) (m/s) (m/m) (m) (m) (m) (mca) (mca) (m) (mca) (mca) ab 24,0 1,470 40 35,2 1,51 0,0768 4,5 8 12,5 0,961 1,57 4,5 5,11 0,5 bc 21,6 1,394 32 27,8 2,30 0,2150 3 1,5 4,5 0,967 5,11 3 7,14 0,5 cd 19,2 1,315 32 27,8 2,17 0,1939 3 1,5 4,5 0,873 7,14 3 9,27 0,5 de 16,8 1,230 32 27,8 2,03 0,1725 3 1,5 4,5 0,776 9,27 3 11,49 0,5 ef 14,4 1,138 32 27,8 1,88 0,1508 3 1,5 4,5 0,678 11,49 3 13,82 0,5 fg 12,0 1,039 32 27,8 1,71 0,1285 3 1,5 4,5 0,578 13,82 3 16,24 0,5 gh 9,6 0,930 32 27,8 1,53 0,1057 3 1,5 4,5 0,476 16,24 3 18,76 0,5 hi 7,2 0,805 32 27,8 1,33 0,0822 3 1,5 4,5 0,370 18,76 3 21,39 0,5 ij 4,8 0,657 25 21,6 1,79 0,1912 3 0,9 3,9 0,746 21,39 3 23,65 0,5 jk 2,4 0,465 25 21,6 1,27 0,1042 3 0,9 3,9 0,407 23,65 3 26,24 0,5 Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 29 6) Ramais e subramais Ramal 1 (WC da suíte e WC social) 0 ,25 0 ,70 0, 40 0, 80 CO LU N A CO LU N A 0 ,30 0 ,70 0 ,25 0, 80 1, 00 1, 00 R.G. R.P.R.P. A B C D E F G H I C' E' G' I' 0,10 Figura 1.19: Esquema isométrico do ramal 1 A: derivação da coluna 1 (ou 2) B: inicio dos subramais dos chuveiros C: chuveiro do banheiro social C´: chuveiro do banheiro da suíte D: inicio dos subramais das duchas higiênicas E: bacia sanitária do banheiro social E´: bacia sanitária do banheiro da suíte F: inicio dos subramais das bacias sanitárias G: ducha higiênica do banheiro social G´: ducha higiênica do banheiro da suíte H: início dos subramais dos lavatórios I: lavatório do banheiro social I´: lavatório do banheiro social Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 30 Tabela 1.16: dimensionamento do ramal 1 do 10º pavimento, queatende a 1 banheiro social e 1 banheiro da suíte Para efeito do cálculo das perdas de carga, foram consideradas as seguintes singularidades: Trecho AB: 1Tlat, 1 registro de fechamento tipo gaveta, 2 joelhos Trecho BC: 1 Tlat, 1 registro de funcionamento tipo globo, 1 joelho Trecho BC´: 1 Tdir, 1 Tlat, 1 registro de funcionamento tipo globo, 2 joelhos Trecho BD: 2 Tdir Trecho DE: 1 Tlat, 1 joelho Trecho DE´: 1 Tdir, 1 Tlat, 2 joelhos Trecho DF: 2 Tdir Trecho FG: 1 Tlat, 1 joelho Trecho FG´: 1 Tdir, 1 Tlat, 2 joelhos Trecho FH: 2 Tdir Trecho HI: 1 Tlat, 1 joelho Trecho HI´: 1 Tdir, 3 joelhos Identificação:ramal 1 do 10° pavimento (primeira tentativa) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Trecho Σp Vazao Diâmetro D interno Velocidade Perda Comprimento Comprimento Comprimento Perda Pressao Diferenca Presao Pressao de carga real equivalente virtual de carga disponível de cota disponivel requerida unitaria singularidades (total) montante m-j residual (acumulados) (l/s) (mm) (mm) (m/s) (m/m) (m) (m) (m) (mca) (mca) (m) (mca) (mca) ab 2,2 0,445 25 21,6 1,21 0,0966 1,5 6,4 7,9 0,763 2,27 1 2,50 0,50 bc - 0,100 20 17,0 0,44 0,0221 1,0 15,0 16,0 0,354 2,50 -1 1,15 1,00 bc' - 0,100 20 17,0 0,44 0,0221 1,1 17,0 18,1 0,400 2,50 -1 1,10 1,00 bd 2,0 0,424 25 21,6 1,16 0,0889 0,7 1,8 2,5 0,222 2,50 0 2,28 0,50 de - 0,150 20 17,0 0,66 0,0449 0,8 3,6 4,4 0,198 2,28 0,8 2,88 0,50 de' - 0,150 20 17,0 0,66 0,0449 0,9 5,6 6,5 0,292 2,28 0,8 2,79 0,50 df 1,4 0,355 20 17,0 1,56 0,2029 0,3 1,6 1,9 0,385 2,28 0 1,89 0,50 fg - 0,200 20 17,0 0,88 0,0743 0,8 3,6 4,4 0,327 1,89 0,8 2,36 1,00 fg' - 0,200 20 17,0 0,88 0,0743 0,9 5,6 6,5 0,483 1,89 0,8 2,21 1,00 fh 0,6 0,232 20 17,0 1,02 0,0967 0,7 1,6 2,3 0,222 1,89 0 1,67 0,50 hi - 0,150 20 17,0 0,66 0,0449 0,4 3,6 4,0 0,180 1,67 0,4 1,89 1,00 hi' - 0,150 20 17,0 0,66 0,0449 0,5 4,4 4,9 0,220 1,67 0,4 1,85 1,00 Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 31 Ramal 2 (Àrea de serviço e cozinha) 0 ,25 0 ,25 1, 00 0, 80 1,00 0 ,25 1 ,50 0, 40 1,000,10 0, 80 0, 80 0, 20 CO LU N A CO LU N A A I B C D E F G H (BS) (DU) LV (PIA) R.G. R.G. (TQ)0 ,50 0 ,30 0 ,20 0 ,85 Figura 1.20: Esquema isométrico do ramal 2 A: derivação da coluna 3 (ou 4) B: inicio do subramal do lavatório C: lavatório D: inicio do subramal do tanque de lavar roupas E: início do subramal da bacia sanitária F: bacia sanitária G: ducha higiênica H: tanque de lavar roupas I: pia de cozinha Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 32 Tabela 1.16: dimensionamento do ramal 2 do 10º pavimento, que atende a 1 área de serviço e 1 cozinha Para efeito do cálculo das perdas de carga, foram consideradas as seguintes singularidades: Trecho AB: 1Tlat, 1 registro de fechamento tipo gaveta, 2 joelhos Trecho BC: 1 Tlat, 1 joelho Trecho BD: 1 Tdir, 1 joelho Trecho DE: 1 Tlat Trecho EF: 1 Tdir, 1 joelho Trecho EG: 1 Tdir, 2 joelho Trecho DH: 1 Tdir, 3 joelhos Trecho AI: 1 Tlat, 1 registro de fechamento tipo gaveta, 4 joelhos Como a pressão calculada para cada ponto foi maior que a correspondente requerida, o dimensionamento pode ser aceito. Este dimensionamento se aplica ao ramal 2 dos demais pavimentos, pois o ganho de pressão devido à diferença de cota é muito maior que a perda de carga de 3 m de tubulação adicionais. Identificação: ramal 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Trecho Σp Vazao Diâmetro D interno Velocidade Perda Comprimento Comprimento Comprimento Perda Pressao Diferenca Presao Pressao de carga real equivalente virtual de carga disponível de cota disponivel requerida unitaria singularidades (total) montante m-j residual (acumulados) (l/s) (mm) (mm) (m/s) (m/m) (m) (m) (m) (mca) (mca) (m) (mca) (mca) ab 1,7 0,391 20 17 1,72 0,2404 1,5 5,0 6,5 1,563 4,59 1,0 4,026 0,5 bc - 0,150 20 17 0,66 0,0449 0,4 3,6 4,0 0,180 4,03 0,4 4,246 1,0 bd 1,4 0,355 20 17 1,56 0,2029 2,5 2,0 4,5 0,913 4,03 0,0 3,113 0,5 de 0,7 0,251 20 17 1,11 0,1106 0,3 2,4 2,7 0,299 3,11 0,0 2,815 0,5 ef - 0,300 20 17 1,32 0,1511 0,8 3,6 4,4 0,665 2,81 0,8 2,950 0,5 eg - 0,200 20 17 0,88 0,0743 1,0 3,2 4,2 0,312 2,81 0,8 3,302 1,0 dh - 0,250 20 17 1,10 0,1098 0,8 4,4 5,2 0,571 3,11 -0,2 2,342 1,0 ai - 0,250 20 17 1,10 0,1098 3,3 7,4 10,7 1,175 4,59 0,8 4,214 1,0 Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 33 Referências bibliográficas ABNT. NBR 5626. Intalação predial de água fria. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro-RJ. 1998. BRASIL. Portaria Ministério da Saúde 2914/2011. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Brasília-DF. 2011. COELHO, A.C.; MAYNARD, J.C.B. Medição individualizada de água em apartamentos. Recife. 1999. MACINTYRE, A.J. Manual de instalações hidráulicas e Sanitárias. Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. 1990. SOUZA, C. Estimativa de consumo e racionalização de água em edifícios residenciais na cidade de Joinville. Trabalho de conclusão de curso (Engenharia Civil). Universidade do Estado de Santa Catarina. 2012. TIGRE. Ligação Predial. Disponível em: < http://www.tigre.com.br/pt/produtos_ linha.php?p=1&rcr_id=5&cpr_id=7&cpr_id_pai=4&lnh_id=5&ver=1. Visitado em 14/05/2012. VALLOY. Disponível em: <http://www.valloy.com.br/.>. Visitado em: 14/05/2012. VIANNA, M.R. Instalações Hidráulicas Prediais. Imprimatur Artes LTDA. 3ª edição. Belo Hoizonte-MG. 2003. Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 34 Capítulo II – Instalações hidráulicas de combate a incêndio A água é a substância mais utilizada para combate a incêndio. Alguns motivos para tal são: a) elevado calor específico: um elevado calor específico significa que a água consegue trocar (neste caso, absorver) grande quantidade de calor por unidade de massa e variação de temperatura. b) bastante acessível: pode ser obtida em grandes quantidades devido aos sistemas urbanos de abastecimento de água, através dos hidrantes. c) é de baixo custo: se assim não fosse, não serviria para tal propósito. d) funciona como isolante: cria uma camada que isola o combustível (oxigênio existente no ar) do comburente. Os sistemas hidráulicos de combate e prevenção contra incêndio podem ser divididos em: 1) Sistemas de hidrantes e mangotinhos; 2) Sistemas de chuveiros automáticos.Sistemas de hidrantes e mangotinhos A NBR 13714/2000 da ABNT rege as instalações hidráulicas de combate a incêndio por hidrantes ou mangotinhos. Esta norma recomenda que edificações com área construída superior a 750m2 e/ou altura superior a 12m, devem ser protegidas por sistemas de mangotinhos ou de hidrantes, conforme o quadro abaixo. As vazões e outras características dos tipos de sistemas referidos na tabela 2.1 são descritas na tabela 2.2. Tabela 2.1 – Classificação dos edifícios e aplicabilidade dos sistemas Grupo Ocupação/uso Sistema Divisão Descrição Exemplos A Residencial 11) A-1 Habitações multifamiliares Edifícios de apartamentos em geral B Serviços de hospedagem 12) B-1 Hotéis e assemelhados Hóteis, moteis, pensões, hospedarias, albergues, casas de cômodos B-2 Hotéis residenciais Hóteis e assemelhados, com cozinha própria nas apartamentos (incluem-se apart-hotéis, hotéis residenciais) C Comercial varejista 2 C-1 Comércio em geral, de pequeno, médio e grande portes Armarinhos, tabacarias, mercearias, fruteiras, butiques e outros Edifícios de lojas de departamentos, magazinesn galerias comerciais, supermercados em geral, mercados e outros C-2 Centros comerciais Centros de compras em geral (shopping centers) D Serviçoes profissionais, pessoais e técnicos 12) - Locais para prestação de serviços Escritórios administrativos ou técnicos, consultórios, instituições financeiras, agências bancarias, lavanderias, reparação e manutenção de aparelhos eletrodomésticos, pintura de letreiros, repartições públicas, cabelereiros, laboratório de análises clínicas sem internação, centros profissionais e outros E Educacional e cultura física 1 2) - Escolas em geral Escolas em geral, locais de ensino, inclusive de artes marciais e ginásica, esportes coletivos, saunas, casas de fisioterapias, escola para excepcionais, creches, escolas maternais, jardins de infância e outros F Locais de reunião de público 12) F-1 Locais onde há objetos de valor inestimável Museus, galerias de arte F-2 Templos e auditórios Igrejas, sinagogas, templos e auditórios Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 35 em geral F-3 Centros esportivos Estádios, ginásios e piscinas cobertas com arquibancadas, arenas em geral F-4 Clubes sociais Boates e clubes noturnos em geral, salões de baile, restaurantes dançantes, clubes sociais e assemelhados F-5 Locais para refeições Restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios, cantinas e outros 23) F-6 Estações e terminais de passageiros Estações rodoferroviárias, aeroportos, estações de transbordo e outros F-7 Locais para produção e apresentação de artes ciências Teatros em geral, cinemas, óperas, auditórios de estúdios de rádio e televisão e outros F-8 Locais para pesquisa e consulta Arquivos, bibliotecas e assemelhados G Serviços automotivos 2 - Garagens com ou sem o acesso de público, abastecimento de combustível, serviços de manutenção e reparo Garagens automáticas, coletivas, oficinas, borracharias, postos de combustíbeis, rodoviárias, etc. H Serviços de saúde e institucionais 12) - Hospitais em geral Hospitais, clínicas e consultórios veterinários e assemelhados (inclui-se alojamento com ou sem adestramento), asilos, orfanatos, abrigos geriátricos, reformatórios sem celas, hospitais, casas de saúde, prontos-socorros, clínicas com internação, ambulatórios e postos de atendimento de urgência, postos de saúde e puericultura, quartéis, centrais policiais, hospitais psiquiátricos, reformatórios, prisões em geral e assemelhados I Industrial, atacadista e depósitos 2 I-1 Baixo risco Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados e/ou depositados apresentam baixo potencial de incêndio Atividades que manipulam e/ou depositam os materiais classificados como de baixo risco de incêndio,tais como fábricas em geral, onde os materiais utilizados não são combustíveis e os processos não envolvem a utilização intensiva de materiais combustíveis I-2 Médio risco Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados e/ou depositados apresentam médio potencial de incêndio. Depósitos sem conteúdo específico Atividades que manipulam e/ou depositam os materiais classificados como de médio risco de incêndio, tais como marcenarias, fábricas de caixas, de colchões, subestações, lavanderias a seco, estúdios de Tv, impressoras, fábrica de doces, heliportos, oficinas de conserto de veículos e outros 3 I-3 Alto risco Locais onde há alto risco de incêndio pela existência de quantidade suficiente de materiais perigosos Fábricas e depósitos de explosivos, gases e líquidos inflamáveis, materiais oxidantes e outros definidos pelas normas brasileiras, tais como destilarias, refinarias (exceto petróleo, terminais e bases de distribuiçaõ de derivados e petroquímicos) e elevadores de grãos, tintas, borrachas e outros 1)Ver D.2 2)Ver D.3 3)Ver D.4 Fonte: NRB 13714 (ABNT 2000) Instalações hidro-sanitárias e de gás _______________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ Gilson B Athayde Jr 36 Tabela 2.2 – Tipos de sistemas Tipo Esquincho Mangueira Sáidas Vazão L/min Diâmetro mm Comprime nto máximo m 1 Regulável 25 ou 32 30 1 801) ou 1002) 2 Jato compacto mm16φ ou regulável 40 30 2 300 3 Jato compacto mm25φ ou regulável 65 30 2 900 1)Ver D.2 2)Ver D.3 NOTAS 1 Os diâmetros dos esquinchos e das mangueiras são nominais 2 As vazões correspondem a cada saída Fonte: NBR 13714 (ABNT 2000) Partes componentes e critérios de projeto O sistema hidráulico de combate a incêndio por mangotinhos ou hidrantes é constituído da reserva técnica de incêndio, da tubulação e acessórios, de bombas (opcional) dos mangotinhos ou hidrantes, do abrigo para hidrante e do hidrante de passeio (ou hidrante de recalque). A reserva técnica de incêndio (RTI) consiste no volume de água necessário para combate do incêndio por um certo período inicial, após o que o Corpo de Bombeiros local deverá atuar na atividade, utilizando o sistema público de abastecimento de água, caminhões tanque ou fontes naturais de água. De acordo com a NBR 13714/2000, o tempo para o cálculo da RTI é de 60 minutos para sistemas do tipo 1 e 2, e de 30 minutos para sistema do tipo 3, ambos para o funcionamento de 2 saídas. A tubulação deve ser de material resistente ao calor, sendo o material mais utilizado atualmente o aço galvanizado. Segundo a NBR 13714/2000, o diâmetro mínimo a ser utilizado é o DN 65 (2½”). Esta mesma norma faz uma ressalva de que o DN 50 pode ser utilizado desde que comprovado tecnicamente o desempenho hidráulico dos componentes e do sistema e que seja aprovado pelo orgão competente (geralmente o Corpo de Bombeiros local). A velocidade máxima da água na tubulação é de 5m/s. Este valor serve como critério de dimensionamento da tubulação, através da equação da continuidade.Para tubos de aço galvanizado, os mais emnpregados atualmente para tubulação de combate a incêndio, ver tabela 2.3. Tabela 2.3: Dimensões de tubos de aço galvanizado
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