Buscar

cap 1 Gestão da Qualidade

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Gestão da Qualidade
Curso : Engenharia de Produção
Professora: Érica Suélen do Nascimento
DECAC - Departamento de Ciências Administrativas e Contábeis
Universidade Federal de São João del Rei - MG
Introdução
Abertura do mercado brasileiro em 1990.
Entrada de produtos estrangeiros
Relação qualidade – preço
Exportação de produtos brasileiros
“Só se manteve no mercado quem conseguiu se adequar à nova realidade. E essa nova realidade impunha que se produzisse mais e melhor — ou seja, com qualidade e, ao mesmo tempo, com redução de custos, para garantir a competitividade.” ( Mello, 2011)
Conceito de Qualidade
Concepção popular - qualidade é o que associamos a aquilo que é bom.
Concepção organizacional - Refere-se à qualidade total, filosofia de gestão organizacional criada após a Segunda Guerra Mundial e colocada em prática, com bastante sucesso, especialmente por empresas japonesas. No mundo pós-guerra, os nipônicos precisavam crescer e posicionar-se rapidamente em um mercado internacional bastante competitivo. Em boa parte graças à filosofia da qualidade total, eles obtiveram indiscutível sucesso — os produtos japoneses são hoje mundialmente reconhecidos pela qualidade.
Impacto ambiental e Responsabilidade Social
O consumidor começa a se preocupar com o impacto ambiental da produção dos bens que costuma adquirir e, portanto, a considerar esse fator quando pensa no benefício de um produto. Da mesma maneira, os fatores relacionados à responsabilidade social — as relações que a empresa mantém com seus trabalhadores e com a comunidade a seu redor, por exemplo — também são levados em conta.
Qualidade X Custos
A qualidade não gera custos, ao contrário, ela os diminui. Por reduzir drasticamente a quantidade de erros nos processos, a qualidade total faz as empresas gastarem menos e produzirem mais. Isso porque trabalhar com qualidade:
evita o desperdício de recursos;
reduz o tempo de produção;
gera menos estresse e mais satisfação ao trabalhador, esteja ele na instância em que estiver da empresa.
Quando iniciar a qualidade de um produto
O planejamento de um produto deve envolver, necessariamente, a preocupação com a qualidade, pois, se isso não ocorrer, não será no processo de produção que os defeitos intrínsecos do produto, ou do próprio processo, serão corrigidos. É por isso que os teóricos da qualidade concordam que controles e inspeções não aumentam a qualidade, pois atuam unicamente sobre o produto já acabado e não evitam o erro, apenas o apontam.
Premissas da Qualidade
Gestão da Qualidade
A gerência de qualidade é um meio sistemático de garantir que as atividades organizadas aconteçam segundo o planejado. É uma disciplina da gerência que diz respeito à prevenção de problemas, criando as atitudes e controles que possibilitam a prevenção.
A gestão da qualidade diz respeito a todas as pessoas envolvidas em um processo. Um gerente de qualidade não pode, sozinho, garantir que um determinado produto saia da fábrica sem erros, mas, se o gerente de produção for envolvido, as probabilidades de sucesso da tarefa aumentam consideravelmente. Se o gerente de planejamento daquele produto também for envolvido, as chances de sucesso crescem mais ainda. E, se todos os funcionários envolvidos no planejamento e na produção forem envolvidos, então o sucesso da tarefa estará praticamente garantido.
Evolução Histórica da Gestão da Qualidade
Inspeção de produtos: os teóricos da qualidade são unânimes quanto ao fato de que controles e inspeções não aumentam a qualidade. Se a inspeção é realizada no produto acabado, ela nada pode fazer pela qualidade desse produto, apenas pode descartá-lo, dar-lhe outro fim ou, na melhor das hipóteses, corrigi-lo até que fique bom. Ou seja, gera desperdício.
Controle estatístico de qualidade : com o advento da produção em massa, os sistemas de produção se mostravam eficazes do ponto de vista quantitativo, mais difícil se tornava inspecionar todos os produtos. No final da década de 1930, nascia o controle estatístico de qualidade (CEQ) e, com ele, setores específicos, dentro das empresas, dedicados à qualidade. Permanecia-se, no entanto, no âmbito da inspeção de produtos prontos, apontando e quantificando os defeitos, sem investigar suas causas. Além disso, o surgimento dos setores especializados em controle de qualidade teve um efeito colateral — a qualidade passou a ser responsabilidade apenas de um setor, isolando-se dos demais agentes do processo produtivo.
Controle de Processo : surgiu após a Segunda Guerra Mundial, e substituía pouco a pouco a inspeção dos produtos. Ao focar o processo, englobava-se todo o ciclo produtivo, do projeto ao acabamento. A qualidade estava, naquele momento, completamente voltada para a indústria, para os processos fabris.
Gestão da qualidade total : também conhecida como TQM (do inglês total quality management) precisa ser entendida como uma nova maneira de pensar, mais do que de agir ou produzir. Incorporou e reinterpretou teorias e ferramentas dos outros períodos. Assim, a questão da qualidade passou a ser vista não mais como uma simples forma de prevenir defeitos e diminuir perdas, mas como uma maneira de agregar valor aos produtos, diferenciando-se da concorrência e tomando a dianteira no mercado. Na década de 1980 surgiram as normas ISO 9000, que se tornaram um símbolo de reconhecimento de qualidade.
Só a qualidade garante a competitividade
International Organization for Standardization
(ISO)
Surgiu na década de 1980, como reflexo do amadurecimento da preocupação com a qualidade e da crescente globalização dos mercados, surgiu a necessidade de se criar um padrão internacional de qualidade. No Brasil, a organização é representada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que, entre outras coisas, traduz e distribui as normas ISO. O conceito de qualidade preconizado pela ISO 9000 está relacionado com a satisfação de requisitos pelas características inerentes do produto ou serviço.
A ISO 9000 preconiza oito princípios, que são os pilares sobre os quais deve se sustentar uma gestão que se pretenda da qualidade. Nos parágrafos que seguem, apresentamos e comentamos brevemente cada um deles.
1. Foco no cliente: o cliente deve ser a preocupação central das empresas. Desse modo, é importante a atenção constante às suas expectativas presentes e futuras, com vistas a atendê-las e superá-las.
2. Liderança: depende dos líderes a criação de ambientes internos de cooperação para que os objetivos da organização sejam atingidos. Os líderes devem criar condições para que os funcionários se sintam parte da empresa e se disponham a trabalhar para a consecução dos objetivos organizacionais.
3. Envolvimento de pessoas: as pessoas são a força motriz dos processos; suas habilidades são a maior contribuição que elas podem dar a uma organização. Por isso, propiciar seu desenvolvimento só traz benefícios à empresa.
4. Abordagem de processo: cada atividade da empresa, mesmo a mais aparentemente inócua, é um processo que pode ter impacto no resultado final. 
5. Abordagem sistêmica para a gestão: uma empresa funciona como um organismo. Cada um de seus processos está relacionado com todos os outros e, portanto, não se pode gerir nenhum deles isoladamente.
6. Melhoria contínua: gerir pela qualidade significa incorporar a qualidade como elemento norteador. A melhoria contínua é natural e decorrente dessa incorporação.
7. Abordagem factual para a tomada de decisões: as análises de dados e informações devem ser subsídios para a tomada de decisões. 
8. Benefício mútuo nas relações com fornecedores: pautar as negociações com fornecedores pelo princípio do ganha-ganha é uma excelente estratégia. Estreitar os laços de confiança e respeito mútuo também.
Bibliografias
BROCKA, B. E BROCKA, M. S. Gerenciamento da Qualidade. São Paulo: Makron Books, 1995.
CAMPOS, V. F. TQC - Controle de Qualidade Total (no estilo Japonês). Belo Horizonte: PCO, 1992.
GARVIN, D. A. Gerenciando a qualidade. São Paulo: Quality Mark. 1992.
FAESARELLA, I.; SACOMANO, J. B. E CARPINETTI, L. C. R. Gestão da Qualidade: Conceitos e Ferramentas, Gráfica EESC-USP; 1996.
MELLO, Carlos Henrique Pereira. Gestão da Qualidade. São Paulo: Pearson, 2011.
ISO 9000:2000 - Vocabulário em gestão de qualidade.
ISO 9001:2000 - Sistema de gestão de qualidade – requisitos.
ISO 9004-2000 - Diretrizes para melhoria de desempenho.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando

Outros materiais