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Casos clínicos com bioquímicos – Profª Márcia O metabolismo da bilirrubina vcs viram comigo no 5° termo, mas agora nós vamos acrescentar algumas coisas nesse metabolismo pq a gente vai abordar a neonatologia. Conceito: Icterícia é a coloração amarela da pele e das mucosas. Essa pigmentação é em decorrência do acumulo de bilirrubinas. A gente já viu que as bilirrubinas acabam aumentando no sangue dando essa coloração amarela. A icterícia ocorre em cerca de 60-70% dos RN a termo em sua primeira semana de vida e 80-90% dos RN pré termo. Desafio do PEDIATRA para caracterizar em: • Fisiológica • Patológica E na caracterização (se é fisiológica ou patológica) ele tem que fazer um procedimento, então a intervenção clinica é muito importante. O laboratório contribui com dosagens: • Bilirrubina Direta ou Conjugada • Bilirrubina Indireta ou Não Conjugada • Bilirrubina Total Na prática clínica vcs podem escrever ao laboratório assim: Bilirrubina total e frações. Se vcs tiverem trabalhando em um hospital como a Santa Casa de Campo Grande vão encontrar um aparelho chamado BILIRRUBINÔMETRO. É um aparelho que vai encostar na testa da criança e vai medir a bilirrubina total por fotoluminosidade. A vantagem desse aparelho é que não vai precisar furar a criança pra colher sangue. Isso seria uma 1ª análise pq se o aparelho identificar um valor muito alto (acima de 5mg/dl) de bilirrubina total vai ter que solicitar ao laboratório as dosagens para ver as frações. METABOLISMO DA BILIRRUBINA Um dos locais que vc tem que observar a icterícia é na esclera pq as proteínas dessa região, principalmente a elastina, tem uma afinidade pela bilirrubina. Estrutura linear da Bilirrubina: ➢ Composta por 4 anéis pirrólicos. Essa estrutura pirrólica vem do HEME. O HEME é esses 4 anéis agrupados. A bilirrubina é a abertura desse HEME que sofre várias reações químicas. ➢ Produto de degradação dos grupamentos Hemínicos: hemoglobina (75%), outras proteínas como: mioglobina, citocromos, catalases e peroxidases (25%). A gente tem que lembrar que a bilirrubina não vem só da hemoglobina, mas tbm de outras proteínas hemínicas. Por ela ter essa característica de dupla ligação, ela tem uma MAIOR solubilidade em lipídeos e é MENOS solúvel no meio aquoso. Como o plasma é rico em água, normalmente a bilirrubina no sangue está ligada a uma proteína transportadora chamada ALBUMINA. A albumina está presente em 50-60% do sangue e tem uma função importante de transporte. Uma forma de solubilizar a bilirrubina em meio aquoso é transportá-la através da ligação com a albumina. A hemoglobina se quebra em heme e globina. A globina vai para o pool de aminoácidos. O ferro do heme vai ser transportado pela transferrina e vai para os depósitos (ferritina). O heme vai ser transformado em biliverdina e posteriormente em bilirrubina INDIRETA, que vai se ligar a albumina para ser transportada. 1g de hemoglobina sendo quebrada vai gerar 34mg de bilirrubina. O valor de referencia da bilirrubina no sangue é muito pequena, cerca de 0,4 a 0,8 mg/dl de bilirrubina indireta. Só vai aumentar se tiver um aumento da degradação do HEME. ICTERÍCIA PATOLÓGICA: Aumento da bilirrubina indireta logo ao nascimento que está associada a processos hemolíticos. O RN já nasce ictérico e com níveis de bilirrubina indireta bem altos pq estava sofrendo hemólise. Durante a vida intra-uterina a bilirrubina passa pela placenta e vai no fígado materno para ser transformada, mas como a hemólise é muito grande, a qtd de bilirrubina indireta no sangue vai ser grande e o RN já vai se encontrar ictérico. Percebam uma diferença importante: O TEMPO. Normalmente as icterícias patológicas já são visíveis ao nascer ou nas primeiras 24 horas. ICTERÍCIA FISIOLÓGICA: Se manifesta depois de 24 horas. Aumento da bilirrubina indireta. O tempo de adaptação é em torno de 2 semanas (para a icterícia desparecer). O tratamento é o banho de luz (fototerapia) para degradar a bilirrubina. A gente tem essa diferença pq o HEME sofre a degradação por 2 enzimas: heme oxigenase e biliverdina redutase. É uma reação de óxido-redução que ocorre no sistema retículo endotelial da medula, do fígado, do baço. Como a bilirrubina indireta é lipossolúvel tende a ficar nos tecidos. Para ela não se acumular nos tecidos o fígado tem que captar e conjugar a bilirrubina. O processo de conjugação que ocorre no fígado é para transformar essa bilirrubina indireta em direta (solúvel) que vai ser excretada na bile. Para ter esse processo precisa de uma enzima: UDP Glucuroniltransferase. CAUSAS DA ICTERÍCIA FISIOLÓGICA: ✓ O fígado não está maduro para fazer a captação e a conjugação, a qtd de UDP glucuroniltransferase (responsável pela conjugação) está em pequena concentração; ✓ Hemólise durante o parto, pela compressão do cérvix vaginal (a compressão faz com que ocorra hemólise nos pequenos capilares da pele do bebe) e a dificuldade de tirar o bebê no parto cesária. ✓ O RN nasce com maior número de hemácias e consequentemente sofre mais hemólise. QUAL BEBÊ VAI PARA O BANHO DE LUZ NO HOSPITAL? R: depende da dosagem de bilirrubina, quem tiver bilirrubina total e indireta maior é que vai para o banho de luz. Obs. Professor Abel disse que para a prova só é dosado bilirrubinas nos RNs em zona 4 e 5 de Kramer e só estes é que vão para o banho de luz no hospital, os demais (1, 2 e 3) fazem banho de luz em casa e não é dosado as bilirrubinas. CAUSAS DE ICTERÍCIA PATOLÓGICA: ✓ Crigler Najjar: Defeito no gene que sintetiza a UDP glucuroniltransferase. É uma síndrome rara. A fototerapia não resolve a icterícia, vai ter que entrar com drogas, umas delas é o fenobarbital (indutor enzimático) que resolve se for uma síndrome parcial. ✓ Gilbert: não tem a modulação adequada da enzima UDP glucuroniltransferase. O estresse faz a enzima trabalhar menos. Está presente em 5% da população, sendo mais comum e intensa no sexo masculino. Fototerapia ajuda neste caso. Falou sobre as Zonas de Kramer (leu o slide ao lado). Acima de 15mg/dl o laboratório tem obrigação de alertar o pediatra pq é um nível muito alto e com risco de intoxicação neurológica. Quando tiver muita bilirrubina direta sendo oxidada pelas bactérias intestinais pode ter aumento do urobilinogenio da urina, deixando-a com um amarelo mais intenso. Para ter formação do urobilinogenio e estercobilinogenio precisa ter flora intestinal. O RN não tem flora intestinal rica como o adulto, ele vai adquirindo a partir do momento que é alimentado. Por não ter uma flora intestinal típica, existe no RN uma enzima chamada Beta glicuronidase ou glucuronidase nas vilosidades intestinais que vão fazer com que haja a retransformação da bilirrubina direta em indireta. A explicação para isso é que descobriu recentemente que a bilirrubina tem função biológica no RN, ela é um antioxidante. Antigamente a gente falava que a bilirrubina era um produto de excreção que não tem função biológica, mas hoje a gente sabe que ela tem ação antioxidante no RN e é por isso que essa enzima existe (a explicação ficou vaga, mas entendi que a ciência ainda está tentando entender esses processos). Além do intestino do RN, a beta glicuronidase tbm está presente no leite materno, então pode ter aumento da bilirrubina indireta no RN pela amamentação. KERNICTERUS ou Encefalopatia bilirrubínica Vcs tem que lembrar que a bilirrubina indireta é transportada pela albumina, 1g de albumina transporta 8,5mg de bilirrubina. A bilirrubina indiretaliga-se a albumina e na vida intra-uterina vai passar pela placenta e o fígado materno vai ser responsável por essa degradação. A criança nasceu, agora depende do fígado dela, depende da circulação enterro-hepática para que tenha a transformação da bilirrubina indireta em direta e ser excretada. Mas depende tbm da capacidade de saturação da albumina, se for uma criança subnutrida e que os níveis de albumina não são satisfatórios, o que pode acontecer? Uma parte da bilirrubina indireta pode ficar livre >>> atravessar a barreira hematoencefálica e ficar no SNC. O risco disso é o Kernicterus ou encefalopatia bilirrubínica. Então temos que considerar tbm o peso da criança, se tiver desnutrida a qtd de albumina pode ser insuficiente para o transporte e ai acumula essa fração livre no SNC. A criança pode convulsionar, ter hipotermia, perda de reflexos, tem dificuldade para mamar... A icterícia é tão intensa que a criança fica com tom de amarelo esverdeado. DOSAGENS LABORATORAIS Amostra: faz a dosagem do sangue total e vai extrair o SORO. A gente usa esses dois tubos (tampa vermelha e amarela). A tampa amarela é com gel e separa a parte das hemácias do soro. Diferença entre os dois: o amarelo homogeniza umas 4 ou 5 vezes, o vermelho não precisa. Tamanho do tubo: coletar o menor volume possível, a final de contas é um RN. Tubo protegido da LUZ (embrulha-se em papel de alumínio), pq como é um volume de sangue muito pequeno, se ficar na bancada exposto a luz vai degradar a bilirrubina e vai dar um resultado errado. Não pode dosar bilirrubina no tubo do hemograma (tampa roxa) pq ele tem um anticoagulante que interfere na dosagem. Método Automatizado de alguns laboratórios – Bilirrubina Total e Frações vão vir no laudo: BI + BMG + BDG. BI=bilirrubina indireta, BMG= bilirrubina monoglicoronídeo, BDG= bilirrubina diglicoronídeo. Lembrar que BMG + BDG é a bilirrubina direta. Os métodos automatizados estão fracionando a bilirrubina direta. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ICTERÍCIA FISIOLÓGICA: o Acontece após 24 horas de vida. o Aumento da BILIRRUBINA INDIRETA OU NÃO CONJUGADA o Valores NÃO ULTRAPASSAM 5 mg/dL ao dia. o É Fotossensível. Se der banho de Luz as complicações acabam não acontecendo. Se resolve em até 2 semanas no máximo. o Por que ocorre? ➢ Imaturidade do sistema de conjugação intra hepática (falta da UDP glucuroniltransferase) ➢ Um grau maior de hemólise, com maior destruição de hemácias ➢ Ação maior da betaglicuronidase no intestino (Aleitamento materno) o RN a termo, clinicamente bem o Icterícia só em face e tronco o Apareceu com mais de 24 horas de vida o Aleitamento materno o Diminui progressivamente em menos que 2 semanas. o BILIRRUBINA INDIRETA E TOTAL AUMENTADAS < 15 mg/dL Pediatra precisa do Laboratório nessa situação de icterícia fisiológica? Não precisa, pois não vai aumentar mais que 15mg/dl. Só vai dosar as bilirrubinas se a icterícia for muito intensa. ICTERÍCIA PATOLÓGICA: o É evidente já nas primeiras horas de vida. o Aumento da BILIRRUBINA INDIRETA OU NÃO CONJUGADA o Valores nas primeiras 24 horas ULTRAPASSAM 5 mg/dL ao dia. o No segundo dia, níveis podem dobrar, acima de 10 mg/dL o Nos dias seguintes, mais que 13 mg/dL – 15 mg/dL o Laboratório deve ALERTAR AO PEDIATRA quando valores atingem 15-17 mg/dL. o Por que ocorre? ➢ Deficiência ou Inibição do sistema de conjugação intra hepática (Crigler Najjar, Gilbert) ➢ Doenças hemolíticas: hereditárias ou adquiridas ➢ Ação maior da betaglicuronidase no intestino (Aleitamento materno) – mais raro Normalmente a icterícia patológica está vinculada as 2 primeiras causas. Fatores de risco: RN de baixo peso, filho(a) de mãe diabética, mãe que teve anemia muito forte durante a gestação, mãe Rh negativo (eritroblastose fetal). Pediatra precisa do Laboratório? Sim, precisa. Dosar BT e frações para classificar se é um Crigler Najjar, Gilbert... EXAMES PARA INVESTIGAR DOENÇA HEMOLÍTICA: • HEMOGRAMA (Ver hematócrito, Hb, Microscopia) para observar se o paciente está tendo anemia hemolítica – características: normocítica, normocrômica, VCM, HCM, CHCM normais, Ht e Hb baixos. MICROSCOPIA: Esferocitose hereditária (esferócitos), Anemia ferropriva (eliptócitos) Às vezes não é anemia, é o oposto, por isso tem que estar atento ao hematócrito (Ht) e a hemoglobina (Hb). Se vier um Ht muito aumentado, Hb elevada nessa criança tem um quadro de POLICITEMIA (aumento do nº de glóbulos vermelhos). A policitemia tbm tem uma causa hereditária no caso da Policitemia Vera. Como o nº de hemácias circulantes é muito grande o baço tende a fazer maior grau de hemólise. • CONTAGEM DE RETICULÓCITOS (células precursoras das hemácias) – eles estão aumentados em sangramentos ou hemólise. • TIPAGEM SANGUINEA (Sistema ABO Rh) – importante para detectar a eritroblastose fetal (anemia hemolítica tbm). A mãe é Rh negativo e o bebê é Rh positivo. A mãe sendo Rh negativo, durante os 9 meses é hipersensibilizada e produz anticorpos contra a proteina que está na hemácia do RN. Esse anticorpo lisa a hemácia (hemólise). • COOMBS DIRETO (pedir para o RN) – para saber se desenvolveu eritroblastose fetal. Coombs direto => trabalha com HEMÁCIAS, então vê a reação do anticorpo do coelho anti-soro humano nas hemácias. Essa reação gera aglutinação se for positiva. PEDIR PARA O RN para saber se ele sofreu a ação dos anticorpos e desenvolveu eritroblastose fetal. Coombs indireto => trabalha com o SORO do paciente. Pesquisa anticorpos das mães antes do nascimento pelo coombs indireto. Então quando vc quer saber se a mãe está sensibilizada contra o Rh positivo vc PEDE NO SORO DA MÃE durante o pré natal o coombs indireto. No Coombs indireto o resultado é por TÍTULOS (unidade de diluição), ex: 1:2, 1:4, 1:32. O título é a diluição do soro da mãe mostrando a qtd de anticorpos que vc tem. Quanto maior o título >>> maior é a qtd de anticorpo. Se não vier o título é pq não tem nenhuma diluição, nenhum anticorpo. Coombs direto (figura ao lado): Na hemácia do RN tem a proteína (Rh +), desenvolveu um anticorpo materno contra aquela proteína, então tem um anticorpo ligado na hemácia, quando coloca o Reagente de Coombs (é o anti- anticorpo) e vai aglutinar as hemácias e o resultado = Coombs direto positivo. Se não agregar as hemácias é coombs direto negativo. No soro é que está o anticorpo. O anticorpo materno está agregado a hemácia do RN, por isso faz o Coombs direto no RN. No Coombs indireto vc tem os anticorpos livres no sangue materno, põe hemácias de outro paciente Rh + no soro da mãe e vai aglutinar. No Coombs indireto está pesquisando anticorpo no soro (livre) e no Coombs direto está pesquisando o anticorpo já ligado na hemácia do RN. EXAMES PARA INVESTIGAR O AUMENTO DE BILIRRUBINA DIRETA (COLESTASE?): • URINA TIPO I (cor âmbar e bilirrubina + = Colestase, AUMENTO PREDOMINANTE DA BD) – se o laboratório mandou um resultado com aumento da bilirrubina DIRETA tem que pensar que ela vai sair na urina (cor de coca-cola/ âmbar). É uma icterícia patológica que está associada ao aumento de bilirrubina direta. Confirmar na urina tipo 1. • Marcadores de colestase biliar (exame de sangue): Fosfatase alcalina e gama GT. Pedir para confirmar a obstrução do ducto biliar. Colestase/obstrução do ducto biliar: é comprovada por aumento da bilirrubina direta, aumento da gama GT e da fosfatase alcalina. CASOS CLÍNICOS 1) RN a termo de mãe primípara, sem intercorrências durante o pré natal e no parto. Está tendo dificuldade com a amamentação. 24 horas após o nascimento, RN apresenta-se ictérico em face, parte superior do tronco e região do abdômen próximoao umbigo. O diagnóstico provável e a conduta são: A) Icterícia patológica solicitar sistema ABO Rh e Coombs Direto TESTE DE COOMBS • Em 1945, Coombs e outros pesquisadores injetaram soro humano em coelhos e desenvolveram anticorpos séricos anti humano nos coelhos (Reagente de Coombs). • A prova é utilizada para detectar anticorpos incompletos, que não provocam aglutinação visível. Por isso emprega-se um antisoro de coelho imunizado com globulina humana. Este antisoro, ao entrar em contato com o antígeno recoberto de anticorpos incompletos (globulinas), provoca aglutinação visível. Tem a prova direta e a indireta: • Prova direta (demonstra a presença de auto anticorpos em anemias hemolíticas adquiridas e na eritroblastose fetal, hemácias do RN recobertas com anticorpo anti-Rh produzidos pela mãe). • Prova Indireta: demonstra a presença de Ac incompletos no soro, pesquisa no soro da mãe antes do nascimento. Também positiva em algumas anemias hemolíticas adquiridas. B) Icterícia fisiológica, orientar banhos de sol em casa e dar alta C) Icterícia fisiológica, dosagem de BT e frações para orientação do grau de icterícia do RN e avaliar conduta de fototerapia D) Icterícia por déficit de ingestão láctea, solicitar suplementação de leite humano R: letra C. Justificativa: é uma icterícia fisiológica, pedir BT e frações pq a extensão da icterícia está acima do que é esperado (até zona 2), neste caso está na zona 3. Mas o dr. Abel disse que a letra C e B estão corretas e que na prática médica, neste caso de zona 3 de Kramer, a conduta B é até a mais utilizada. 2) RN com 6 horas de vida, nascido a termo de mãe primípara, sem intercorrências durante o pré natal e no parto. Está tendo dificuldade com a amamentação. Criança não urinou e não evacuou, apresenta-se ictérico em face, parte superior do tronco e região do abdômen próximo ao umbigo. O diagnóstico provável e a conduta são: A) Icterícia patológica solicitar sistema ABO Rh e Coombs Direto B) Icterícia fisiológica, orientar banhos de sol em casa e dar alta C) Icterícia fisiológica, dosagem de BT e frações para orientação do grau de icterícia do RN e avaliar conduta de fototerapia D) Icterícia por déficit de ingestão láctea, solicitar suplementação de leite humano R: letra A. Justificativa: é uma icterícia patológica, pedir a dosagem de bilirrubinas, sistema ABO Rh e Coombs direto. 3) Recém nascido com icterícia que surgiu com 12 horas de vida, bilirrubina total 10 mg/dL (até 1,2 mg/dL), bilirrubina indireta 9,6 mg/dL (até 0,8 mg/dL) e bilirrubina direta 0,4 mg/dL (até 0,4 mg/dL). Solicitado sistema ABO (O Rh negativo), Coombs fortemente positivo. Solicitado exames da mãe (A Rh positivo) e Coombs indireto positivo título de diluição 1/32. Determine o diagnóstico: A) Doença hemolítica do sistema ABO Rh B) Esferocitose hereditária C) Sífilis congênita D) Doença hemolítica por subgrupos sanguíneos R: letra D. Justificativa: Só é doença hemolítica do sistema ABO Rh se a mãe for Rh negativo e o bebê Rh positivo. Aqui é o contrário. O Coombs está positivo pq existem outros subgrupos sanguíneos e um deles foi incompatível.
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