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ICTERÍCIA NEONATAL INTRODUÇÃO A hiperbilirrubinemia é a patologia mais frequente no período neonatal. A bilirrubina indireta, também denominada não conjugada, aumenta principalmente quando há hemólise de glóbulos vermelhos. Já a bilirrubina direta (ou conjugada), em geral, tem seus níveis aumentados por alterações hepáticas. As manifestações clínicas ocorrem quando os níveis sanguíneos de bilirrubina indireta ultrapassam 5 a 7 mg/dL. Tendo em vista que entre 60 e 70% dos recém-nascidos desenvolvem níveis séricos de BI superiores a 5mg, é muito comum visualizaremos a coloração amarelada da pele nesse grupo. A etiologia é multifatorial e o tratamento dependerá da intensidade e evolução do quadro. Fatores de risco • Grupo sanguíneo (mãe O, com RN A ou B) • Fator Rh (mãe Rh-, com 2º filho Rh+) o Risco de eritroblastose fetal • Retardo do clampeamento do cordão umbilical o O clampeamento do cordão umbilical deve ocorrer de 1 a 3 minutos em condições habituais. Nos casos de retardo, como quando o bebê nasce em casa ou na ambulância, ele apresenta uma quantidade muito grande de glóbulos vermelhos, aumentando a hemólise e evoluindo com icterícia. • Tipo de parto (fórceps, pélvico, cesáreo) • Drogas maternas (diazepam, ocitócicos) o Alteram a metabolização hepática da bilirrubina no recém-nascido Etiologias da hiperbilirrubinemia indireta • Destruição de eritrócitos imaturos recém- formados: considerando que o bebê nasce com uma quantidade maior de eritrócitos, há maior hemólise. • Degradação da hemoglobina na medula óssea • Degradação de heme livre no fígado • Aumento da circulação êntero-hepática • Anemias hemolíticas e polictemias • Destruição ou redução da atividade da enzima glicuroniltransferase (deficiência genética, hipóxia ou infecção) o A enzima glucoroniltransferase é importante para a conversão e excreção da bilirrubina. Nos casos em que há deficiência dessa enzima, toda a fisiologia da bilirrubina será alterada FISIOLOGIA DA BILIRRUBINA A fisiologia da bilirrubina pode ser dividida em cinco passos: (1) transporte; (2) captação e conjugação; (3) excreção; (4) degreadação e (5) progressão anatômica. Resumidamente, distúrbios como o aumento na produção, redução da captação e conjugação e diminuição da excreção, atrapalham a fisiologia da bilirrubina, cursando com níveis aumentados desse produto. Transporte A degradação da hemoglobina na forma lipossolúvel origina a bilirrubina indireta (ou não conjugada), a qual é transportada pela albumina até o fígado do indivíduo. Alguns fatores interferem na formação desse complexo, tais como: • pH Geovana Sanches, TXXIV • Idade gestacional • Substâncias presentes no soro (sulfas, furosemida e cefalosporinas) o As cefalosporinas competem com a bilirrubina indireta pelo sítio da albumina. Por isso, a mãe não pode tomar essa medicação, pois ela é passada para o bebê. Captação e conjugação A bilirrubina indireta é carregada pela albumina até o fígado. A partir disso, ela é captada pelos hepatócitos e se desliga da albumina. No retículo endoplasmático, através da enzima glicoroniltransferase, há transformação (conjugação) da bilirrubina indireta em bilirrubina direta. Excreção A bilirrubina direta (ou conjugada) é mandada para o intestino, sendo excretada pela urina ou pelas fezes na forma de urobilina ou estercobilina, respectivamente. Uma pequena quantidade da BD é hidrolisada novamente em bilirrubina indireta pela enzima beta-glicuronidase, sendo reabsorvida através da circulação êntero- hepática. Algumas mães têm grande quantidade dessa enzima no leite materno, de forma que seus bebês ficarão mais ictéricos. Degradação A degradação ocorre no TGI, sobre ação da betaglicuronidase (aumento da circulação êntero- hepática) e por ação das bactérias, com formação do urobilinogênio. Progressão A progressão da icterícia é definida pelas zonas de Kramer, a qual segue o princípio de que a distribuição da gordura no bebê é céfalo-caudal (eles apresentam mais gordura na região da cabeça, de forma que o rosto é o primeiro a se mostrar amarelo). • Zona de Kramer 1: estende-se até o pescoço • Zona de Kramer 2: estende-se até o umbigo • Zona de Kramer 3: estende-se até a raiz das coxas • Zona de Kramer 4: estende-se por todo o corpo, com exceção da palma das mãos e planta dos pés • Zona de Kramer 5: estende-se por todo o corpo, inclusive na palma das mãos e na planta dos pés Há uma relação direta entre a zona de Kramer e os níveis de bilirrubina séricas no paciente. Podemos considerar que a cada zonam há um aumento de aproximadamente 5mg de bilirrubina: zona 1 (5mg); zona 2 (10mg); zona 3 (15mg); zona 4 (20mg); zona 5 (25mg). Tabela 1: Estimativa do valor sérico de bilirrubina, de acordo com as regiões cutâneas acometidas Tabela 2: Níveis de bilirrubina sérica, de acordo com as zonas de Kramer CLASSIFICAÇÃO DA HIPERBILIRRUBINEMIA É a partir dessa classificação que se iniciam as suspeitas diagnósticas acerca de uma icterícia fisiológica ou patológica. Início • Precoce: ocorre antes das primeiras 24h de vida • Tardio: ocorre com mais de 24h de vida Progressão • Rápida • Gradual ICTERÍCIA FISIOLÓGICA A icterícia fisiológica é muito frequente nos prematuros, mas também pode ocorrer nos recém-nascidos a termo. Caracteriza-se por início tardio, ou seja, sempre após as primeiras 24h de vida, tornando-se visível clinicamente no 2º ou 3º dia de ida, com pico entre o 5º e o 7º dia e diminuição posterior. Ela desaparece em torno do 10º dia de vida. Além disso, há aumento gradual da bilirrubina indireta, com taxas inferiores a 5 mg/dL em 24 horas. Ela raramente atinge valores de BI superiores a 10 ou 12 mg/dL. Geovana Sanches, TXXIV Em geral, não se faz necessária uma intervenção, bastando o acompanhamento. Podemos orientar o aleitamento materno e um banho de sol para o bebê. Causas • Aumento do volume de eritrócitos e menor tempo de sobrevida (média de 60 dias) • Maior eritropoiese ineficaz e maior turnover • Aumento da circulação êntero-hepática, devido as grandes quantidades de beta- glicuronidase no leite materno • Menor captação de bilirrubina pelo fígado • Menor conjugação de BI • Menor excreção hepática Método para mensuração da bilirrubina: Bilicheck® O Bilicheck é um aparelho que, ao ser colocado no local em que o bebê está mais amarelo (em geral, no tórax ou na testa), nos trás o valor da bilirrubina total em menos de 1 minuto. Ele só pode ser usado nos bebês que não estão em fototerapia/banho de luz, pois caso contrário o valor não é fidedigno. ICTERÍCIA ASSOCIADA À AMAMENTAÇÃO A icterícia associada a amamentação pode ocorrer tanto pelo aleitamento materno, quanto pelo leite materno, sendo ambas fisiológicas. Precoce: aleitamento materno O recém-nascido em amamentação exclusiva é fisiologicamente mais ictérico, especialmente na primeira semana de vida. Há associação com sinais de dificuldade alimentar, tendo em vista que isso ocorre pois o bebê ainda não sabe mamar direito, ficando desidratado e com evacuação inadequada. Sendo assim, há diminuição da eliminação do mecônio e aumento da circulação êntero- hepática, deixando a criança mais ictérica. Tardia: leite materno A icterícia por leite materno está associada ao aumento progressivo dos níveis de bilirrubina, até 10 a 30 mg/dL. Ocorre entre a segunda e a terceira semanas de vida, em decorrência da presença de beta-glicorunidase no leite materno (aumento da circulação êntero-hepática). Caso a amamentação fosse interrompida, os níveis séricos de bilirrubina retornariam ao normal. Entretanto, não se deve suspender o aleitamento materno, apenas orientar a mãe na observação de seu filho; caso necessário, faz-se a fototerapia. ICTERÍCIA PATOLÓGICA A icterícia patológica tem início nasprimeiras 24 horas de vida, sendo que alguns bebês já nascem ictéricos. Elas são persistentes, presentes por períodos superiores a 14 dias. Em geral, a bilirrubina sérica aumenta mais que 5 mg/dL em 24 horas ou 0,5 mg/dL/hora – rápida progressão. A bilirrubina direta se encontra em níveis superiores a 2 mg/dL em qualquer momento (VR: < 1 mg/dL). Pode estar acompanhada de sintomas como vômito, letargia, perda de peso, apneia e dirtermia (incapacidade no controle da temperatura). Além disso, relaciona-se com maior risco de encefalopatia bilirrubínica (a BI pode ultrapassar a barreira hematoencefálica e lesar o parênquima cerebral do recém-nascido). Alterações • Sonolência • Dificuldade para se alimentar • Pode cursar com Perda auditiva e lesão ocular Kernicterus O kernicterus se refere a deposição de bilirrubina indireta nos glânglios da base e no tronco cerebral, principalmente no Putamen e Caudado – responsáveis pelo controle do sistema extra-piramidal. Ele é ocasionado pelo aumento nos níveis de bilirrubina indireta, em geral superiores a 25 mg/dL, de forma que ela ultrapassa a barreira hematoencefálica e aumenta a suscetibilidade do neurônio à lesão. Geovana Sanches, TXXIV Fatores de risco • Rotura da BHE (asfixia) • Prematuridade • Níveis de BI > 25 mg/dL (zona V de Kramer) o Acima de 20 mg/dL já pode se iniciar essa deposição Apresentação clínica A evolução clínica do Kernicterus é muito rápida, sendo que caso o tratamento não seja precoce, o paciente pode evoluir para fase 4 em cerca de 24h. • Fase 1: hipotonia, letargia, má sucção, choro agudo; • Fase 2: hipertonia, com tendência a espasticidade, febre e epistótomo (decúbito dorsal biarqueado) • Fase 3: aparente melhora • Fase 4: sinais de paralisia cerebral, perda da audição, distúrbios extrapiramidais e diminuição do QI ICTERÍCIA FISIOLÓGICA X ICTERÍCIA PATOLÓGICA Fisiológica Patológica Início da instalação Normalmente a partir do 2º dia de vida Primeiras 24h de vida Velocidade de aumento de BI < 5 mg/dL em 24h > 5 mg/dL em 24h Duração De 7 a 10 dias Mais de 14 dias INVESTIGAÇÃO Icterícia patológica • Aparece nas primeiras 24h de vida • Taxa de aumento de BI > 5 mg/dL em 24h • BT > 12 em RN a termo • BT > 10 a 14 em RNPT • Icterícia após 2 semanas de vida • BD > 2 mg/dL o Não é uma condição obrigatória Início de instalação x Diagnósticos relacionados Primeiras 24h de vida • Geralmente causas hemolíticas • Eritroblastose fetal (incompatibilidade ABO ou Rh), algum quadro de hemorragia, sepse ou infecção intrauterina • Deficiência de G6PD (essa enzima faz com que o glóbulo vermelho fique mais elástico; sem elasticidade, há hemólise e aumento no número de reticulócitos) • Fatores que favorecem essas condições: presença de anemia, palidez intensa, reticulocitose, hepatoesplenomegalia e história familiar positiva 2º ou 3º dia de vida • Frequentemente fisiológica Após 1 semana de vida • Icterícia do leite materno • Sepse • Atresia de vias biliares ou ductopenia (síndrome de Alagile) • Hepatite, galactosemia, hipotireoidismo, fibrose cística • Anemia hemolítica congênita com esferocitose ou outras anemias hemolíticas Hiperbilirrubinemia direta Nos casos de hiperbilirrubinemia direta, sempre pensaremos em alterações hepáticas. Algumas possíveis causas são: hepatite; desordens congênitas dos ductos biliares (atresia de vias biliares); colestase; erros inatos do metabolismo; fibrose cística; e sepse. DIAGNÓSTICO • Bilirrubina total e frações (BD e BI) • Hemograma o Nos casos de hemólise, o bebê apresentará anemia • Contagem de reticulócitos o Nos casos de hemólise, a contagem de reticulócitos estará aumentada • Tipagem sanguínea (mãe e bebê) • Teste de Coombs o Nos casos positivos, solicitar eluato (determina o anticorpo) • Dosagem de G6PD (quando reticulócitos aumentados) • Esfregaço de sangue periférico o Para identificar o formato dos glóbulos vermelhos TRATAMENTO O tratamento base é a fototerapia. Nos casos em que não há melhora satisfatória e o bebê apresenta sinais de encefalopatia, prossegue-se com exsanguineotransfusão. Fototerapia A fototerapia tem como objetivo evitar que a bilirrubina indireta elevada chegue em níveis Geovana Sanches, TXXIV neurotóxicos. Ela deve reduzir a BI em 1 a 2 mg/dL em 4 a 6 horas, colhendo-se um controle após 6 a 12 horas do início da fototerapia. • Bilirrubina na pele à absorção da luz à fotoisomerização à bilirrubina não conjugada o Há transformação da bilirrubina indireta (forma lipossolúvel) em produto hidrossolúvel, facilitando a eliminação pela pele e urina. • Isômero capaz de ser excretado na bile sem conjugação • Controle a cada 4 a 8 horas • Complicações: diarreia, rash macular eritematoso, desidratação etc. Tipos de fototerapia • Banho de luz: em geral é utilizada luz azul • Fototerapia Bilispot® • Fototerapia BiliBlanket®: é uma manta de fototerapia Indicações A partir da coleta dos níveis séricos de bilirrubina, o valor encontrado deve ser colocado na curva de Buthani. Em geral, indica-se fototerapia em crianças com níveis de bilirrubina acima do percentil 95. Todavia, caso a criança tenha fatores de agravo (incompatibilidades sanguíneas, presença de hematoma ou equimose, icterícia precoce, aumentos maiores que 5mg em 24h ou 0,5mg em 1 hora), podemos iniciá-la a partir do percentil 75. • Zona de baixo risco: alta hospitalar • Zona de risco intermediário baixo: não é necessário entrar na fototerapia ainda. Pode ser dada alta, solicitando que o bebê retorne em 48h para nova avaliação. • Zona de risco intermediário alto: o bebê deve ficar em observação no hospital • Zona de alto risco: atenção máxima ao bebê e indicação de fototerapia Exsanguineotransfusão A exsanguineotransfusão consiste na troca do sangue do bebê que está repleto de bilirrubina (geralmente com níveis superiores a 25 mg/dL), por um sangue normal. Está indicada quando há falha da fototerapia intensa, se há alto risco de encefalopatia bilirrubínica e/ou se houver sinais da doença. O sangue do bebê é retirado via cateter umbilical, com administração pela mesma região; faz-se a troca equivalente a 2 volemias (média de 160 mL/kg). INCOMPATIBILIDADE SANGUÍNEA E TESTE DE COOMBS Existem três tipos de incompatibilidade sanguínea: • Grupo Rh • Grupo ABO • Grupos menores o anti Khell, anti MN, anti Cc, anti Ee o São anticorpos irregulares, sendo incomum sua tipagem Incompatibilidade Rh Para que a incompatibilidade Rh ocorra, é necessário que a mãe seja Rh negativa. Além disso, é necessária uma sensibilização prévia, tendo em vista que no momento do primeiro contato é produzido IgM, a qual é uma molécula grande, incapaz de ultrapassar a barreira placentária. Passado esse período agudo, o organismo materno produz IgG, imunoglobulina que pode ultrapassar a barreira, produzindo complexos Ag- Ac e desencadeando uma doença hemolítica. Geovana Sanches, TXXIV O mais comum que é essa sensibilização prévia seja ocasionada por uma gravidez anterior, de forma que a incompatibilidade só ocorrerá a partir da 2ª gestação. Todavia, pode ocorrer por outros meios de contato sanguíneos (transfusão, uso de drogas injetáveis etc.). Nesses casos, é possível que o bebê desenvolva eritroblastose fetal, doença na qual o anti Rh da mãe destrói as hemácias Rh+ do bebê, cursando com anemia importante. Vale ressaltar que o grupo Rh é altamente hemolizante, de forma que nos casos de incompatibilidade, a chance de desenvolver um quadro clínico é muito alta. Incompatibilidade ABO Para que a incompatibilidade ABO ocorra, é necessário que a mãe seja grupo O, e o bebê grupo A ou B. Isso pois, a mãe sabiamente apresenta anticorpos anti-A e anti-B – a sensibilização dos indivíduos com grupo sanguíneo O ocorre em geral até os3 meses de vida por mecanismos não sanguíneos, como por bactérias, ingestão de carne etc. A incompatibilidade ABO, entretanto, nem sempre causa hemólise, pois não é tão reatogênico quanto o grupo Rh. Para identificarmos se esse fenômeno está ou não ocorrendo, devemos verificar a contagem de reticulócitos, a qual indica hemólise quando aumentada. Teste de Coombs Direto (CD) O teste de Coombs direto é feito no recém- nascido. Ele é capaz de identificar o anticorpo ligado às hemácias do bebê. Cerca de 30% das incompatibilidades ABO apresentam CD+, sendo o restante, em geral, falso-negativo. Teste de Coombs Indireto (CI) O teste de Coombs indireto é feito na mãe, verificando a presença de anticorpos no plasma materno. Esse teste é realizado apenas para o sistema Rh e grupos menores, tendo em vista que quando a mãe é do grupo O, sabidamente há anti- A e anti-B no seu plasma. Os anticorpos maternos da classe IgG são capazes de ultrapassar a barreira placentária, criando um complexo antígeno-anticorpo e podendo ocasionar doença hemolítica no recém- nascido. Sendo assim, temos uma preocupação quando o Coombs indireto da mãe é positivo. DOENÇA HEMOLÍTICA NO RECÉM-NASCIDO A doença hemolítica no recém-nascido pode ser ocasionada por incompatibilidade ABO, incompatibilidade Rh (94% dos casos) ou por incompatibilidade de grupos menores. A incompatibilidade ABO pode trazer problemas ainda na primeira gestação, tendo em vista que a partir da alimentação com carnes, nós entramos em contato com o sistema ABO, produzindo anticorpos não relacionados à gravidez. Já para a incompatibilidade de Rh (ou anti-D), é necessária uma gravidez prévia, pois antes disso não há produção de anticorpos. Nos casos em que há incompatibilidade em ambos os sistemas, uma exerce efeito de bloqueio sobre a outra, de forma que o bebê acaba tendo uma clínica mais leve. Clínica • Hepatoesplenomegalia • Anemia grave • Cardiomegalia • Colapso circulatório • Icterícia no primeiro dia de vida (patológica) Diagnóstico • Incompatibilidade ABO • Coombs direto positivo sempre o Avalia a presença do anticorpo ligado diretamente às hemácias • Hiperbilirrubinemia (BI sempre está aumentada) Tratamento • Fototerapia • Exsanguíneotransfusão ICTERÍCIA COLESTATITA A icterícia colestatica está relacionada a redução na formação de bile. É ocasionada por hiperbilirrubinemia direta, com BD > 1 mg/dL ou BD > 20% da bilirrubina total. Etiologia A principal causa é a atresia das vias biliares, mas também pode ser ocasionada por sepse, toxoplasmose e citomegalovírus. Manifestações • Colúria Geovana Sanches, TXXIV • Acolia • Aumento do volume abdominal • Coloração amarela esverdeada (diferente da coloração amarelo ouro intensa que vemos na hiperbilirrubinemia indireta) Tratamento Esse tipo de icterícia não é responsivo à fototerapia. Tendo em vista que a alteração em geral é hepática, o objetivo do tratamento é restituir esse órgão.