Buscar

Trabalho sobre psicologia

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Teoria Psicogenética de Piaget
Psicologia da Educação
FEST – Filemom Escola Superior de Teologia
Introdução
Biografia
Um problema epistemológico
Uma psicologia da inteligência
O método
Uma Concepção de Educação
Assimilação,acomodação e equilibração
A teoria do desenvolvimento cognitivo
Um problema epistemológico
Descobrir como se passa de um estado de menor conhecimento para um estado de maior conhecimento
Alguns conhecimentos só podem ser obtidos por meio do contado direto da pessoa com os dados do mundo empírico (ex:neve)
Conhecimentos a posteriori 
Linha reta é o caminho mais curto entre 2 pontos (juízo a priori)universais
O que é Epistemologia?
 
Epistemologia significa ciência, conhecimento, é o estudo científico que trata dos problemas relacionados com a crença e o conhecimento, sua natureza e limitações. É uma das principais áreas da filosofia, compreende a possibilidade do conhecimento, ou seja, se é possível o ser humano alcançar o conhecimento total e genuíno, e da origem do conhecimento.
O que a epistemologia estuda?
 A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento, e também é conhecida como teoria do conhecimento e relaciona-se com a metafísica, a lógica e a filosofia da ciência. Estuda também o grau de certeza do conhecimento cientifico nas suas diferentes áreas, com o objetivo principal de estimar a sua importância para o espírito humano.
Onde começou a epistemologia?
A epistemologia surgiu com Platão, onde ele se opunha à crença ou opinião ao conhecimento. A crença é um ponto de vista subjetivo e o conhecimento é crença verdadeira e justificada. A teoria de Platão diz que conhecimento é o conjunto de todas as informações que descrevem e explicam o mundo natural e social que nos rodeia.
A epistemologia provoca duas posições, uma empirista que diz que o conhecimento deve ser baseado na experiência, ou seja, no que for apreendido durante a vida, e a posição racionalista, que prega que a fonte do conhecimento se encontra na razão, e não na experiência.
Segundo Japiassu*, as epistemologias vivas e significativas estão centradas sobre as interações do sujeito e do objeto: a fenomenológica (Husserl), a construtivista e estruturalista (Piaget), a histórica (Bachelard), a arqueológica (Foucault), a racionalista crítica (Popper), e a epistemologia crítica, que teria por objetivo interrogar-se sobre a responsabilidade social dos cientistas e dos técnicos, sendo Habermas um de seus representantes.
3
Biografia
Nasceu em Neuchâtel em 1896 e morreu em Genebra em 1980
Biólogo, interessou-se por filosofia (epistemologia)
Local onde são elaboradas e discutidas teorias do conhecimento
Psicólogo e Educador
Sujeito Epistêmico
Uma psicologia da inteligência
Palitinhos/ Cadeira
A psicologia da criança tornou-se o seu campo de estudos
Seu objetivo era compreender as categorias cognitivas desde seus estados iniciais até suas manifestações mais elaboradas, o que o levou a uma teoria sobre o desenvolvimento da inteligência.
Não é difícil perceber que o indivíduo humano transita, ao longo de sua vida, de um estado de menor conhecimento para um estado de maior conhecimento. Pode-se levar uma criança pequena a concluir que 5 + 2 = 7 e que o trajeto mais curto entre dois pontos é uma linha reta, mas para isso será preciso, em um caso, permitir-lhe manipular objetos – palitinhos de fósforos ou grãozinhos de milho – e, em outro caso, andar de uma cadeira a outra experimentando vários trajetos, por exemplo. Anos mais tarde, esse mesmo indivíduo trabalhará mentalmente com esses enunciados, da matemática e da geometria, como se fossem realidades indiscutíveis, sem necessitar dos palitinhos e das cadeiras. O que Piaget percebeu é que poderia responder àquele problema epistemológico se estudasse o progresso das categorias de conhecimento no decorrer da vida da pessoa, da in- 3. Esta afirmação é válida para o universo concebido do ponto de vista da geometria euclidiana, pois outras geometrias, como a elaborada por Riemann no século XIX, apresentam visões alternativas. 3PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO fância à idade adulta. A psicologia da criança tornou-se assim o seu campo de estudos. Suas pesquisas nessa área consistiram em compreender as categorias cognitivas desde os seus estados iniciais até as suas manifestações mais elaboradas, o que o levou a uma teoria sobre o desenvolvimento da inteligência. Dizemos, então, que a Psicologia de Piaget foi elaborada tendo em vista a construção de sua Epistemologia. O termo Genético, que adjetiva tanto sua Psicologia quanto sua Epistemologia, não diz respeito à transmissão de caracteres hereditários, conotação que possui no campo biológico. Genético, aqui, refere-se ao modo de abordagem do objeto de estudo, desde seu estado elementar – sua origem, sua gênese – até seu estágio mais adiantado, acompanhando cada uma das sucessivas etapas desse percurso. Por adotarem esse mesmo enfoque, outros paradigmas também recebem essa adjetivação, sendo a Psicologia de Piaget um deles. Os métodos piagetianos de investigação diferem daqueles que eram – e ainda são – usualmente empregados por outras correntes de pesquisadores. Ao invés de medir a capacidade intelectual das crianças por meio de testes padronizados, muito comuns na Psicologia, Piaget recorreu a um procedimento que ficou conhecido como abordagem clínica; uma entrevista livre em que o pesquisador busca averiguar os fundamentos e processos relativos à capacidade cognitiva de seus sujeitos experimentais. Os métodos tradicionais de mensuração da inteligência, geralmente, trazem questões pré-elaboradas às quais a pessoa deve responder. Dependendo de seu desempenho, definese o seu nível intelectual, comparativamente à população para a qual o teste foi construído. Costuma-se dizer que os testes de inteligência fornecem uma boa fotografia, um retrato instantâneo da capacidade do indivíduo, deixando a desejar no tocante à sua dinâmica.
5
Uma psicologia da inteligência
Em vez de medir a capacidade intelectual das crianças (testes padronizados), ele recorreu a um procedimento que ficou conhecido como abordagem clínica, uma entrevista livre em que o pesquisador busca averiguar os fundamentos e processos relativos à capacidade cognitiva de seus sujeitos experimentais 
O que Piaget pretendia, em última instância, era verificar os recursos – mais ou menos dependentes da experiência – que o indivíduo necessita para elaborar seu pensamento. Os testes padronizados mostraram-se inúteis nesse caso, porque de nada adianta saber o resultado, bom ou ruim, obtido por uma criança em questões, digamos, de cálculo aritmético, se não for possível detectar o que a levou a isso. O método piagetiano de pesquisa não consiste em medir a competência intelectual, mas sim, em compreender como o indivíduo formula suas concepções sobre o mundo que o cerca, como resolve problemas, como explica fenômenos naturais. Esse método prevê a formulação de problemas abertos, chamados provas operatórias, e a solicitação para que a criança os solucione, dando início a diálogos entre pesquisador e pesquisado. Ao lidar com crianças muito pequenas, que não podem ser interrogadas por meio da fala, recorre-se a observações, acompanhadas de meticulosos registros, sobre o modo como elas solucionam problemas não-verbais. Por exemplo, observa-se a atitude do bebê diante do brinquedo que cai de suas mãos e desaparece de seu campo visual e analisa-se o fato como 4PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO se fosse a proposição de um problema. A criança vai procurar o brinquedo ou não? Caso o brinquedo seja escondido por um adulto em diversos lugares sucessivamente, a criança é capaz de localizá-lo corretamente no último local em que viu o objeto desaparecer ou vai procurá-lo no primeiro em que foi ocultado?
6
O método
O método piagetiano de pesquisa não consiste em medir a competência intelectual, mas sim compreender como o indivíduo formula suas concepções sobre o mundo que o cerca, como resolve problemas, como explica fenômenos
naturais.
Provas operatórias
As provas operatórias têm como objetivo principal determinar o grau de aquisição de algumas noções chave do desenvolvimento cognitivo, detectado o nível de pensamento alcançado pela criança, ou seja, o nível de estrutura cognitiva que opera
7
Uma Concepção de Educação
O método piagetiano refere-se a uma abordagem de pesquisa e não a uma estratégia de trabalho pedagógico.
Enquanto o uso de testes psicológicos padronizados está mais de acordo com uma visão tecnicista da aprendizagem, a perspectiva piagetiana vai ao encontro de processos pedagógicos em que os alunos são tratados de acordo com suas particularidades cognitivas.
Segundo Piaget:  “Educar seria estimular a estruturação de formas de ação (motora, verbal e mental) cada vez mais móveis, mais amplas e mais estáveis, com a finalidade de extensão progressiva do organismo. [...] a meta da educação é a “abertura para todos os possíveis”, isto é, a construção de um homem cujo comportamento é probabilístico. 
[2]A educação deve possibilitar à criança um desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período sensório-motor até o operatório abstrato. Para construir esse conhecimento, as concepções infantis combinam-se às informações advindas do meio, na medida em que, o conhecimento não é concebido apenas como sendo descoberto espontâneamente pela criança, nem transmitido de forma mecânica pelo meio exterior ou pelos adultos, mas, como resultado de uma interação na qual o sujeito é sempre um elemento ativo, que procura ativamente compreender o mundo que o cerca, e que busca resolver as interrogações que esse mundo provoca. É aquele que aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo, e que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo em que organiza seu mundo. Não é um sujeito que espera que alguém que possui um conhecimento o transmita a ele por um ato de bondade.
Quando se fala em sujeito ativo, não estamos falando de alguém que faz muitas coisas, nem ao menos de alguém que tem uma atividade observável. O sujeito ativo, para Piaget, é aquele que compara, exclui, ordena, categoriza, classifica, reformula, comprova, formula hipóteses, em uma ação interiorizada (pensamento) ou em ação efetiva (segundo seu grau de desenvolvimento), alguém que esteja realizando algo materialmente, porém seguindo um modelo dado por outro, para ser copiado, não é habitualmente um sujeito intelectualmente ativo. 
Principais objetivos da educação: formação de homens "criativos, inventivos e descobridores", de pessoas críticas e ativas, e na busca constante da construção da autonomia. Para Piaget a educação tem importância fundamental no desenvolvimento humano e a forma de educar, ou de transmitir conhecimentos por suas imensas variáveis, torna-se o ponto chave para a construção ou para a desconstrução de um ser humano.
[3]A base do desenvolvimento mental é a socialização, pois a relação humana é, fundamentalmente conflitual (síntese de singularidade): chegar ao acordo (democracia) é a majorância máxima. Daí, a privação da participação (integral) ser o máximo de usurpação, na medida em que suprime um processo básico de desenvolvimento individual. A democracia é o próprio processo sociogenético, donde se deduzir que Ortega y Gasset tem razão quando diz que “a pedagogia é a arte de modificar a sociedade.”
8
Uma Concepção de Educação
Seus conceitos epistemológicos fundamentam-se em concepções da esfera filosófica que consistem em considerar que o conhecimento só é possível quando o Sujeito, aquele que irá conhecer, e o Objeto, aquilo que será conhecido, relacionam-se de uma determinada maneira: o Sujeito age sobre o Objeto.
Quando falamos em método piagetiano, estamos nos referindo a uma abordagem de pesquisa e não a uma estratégia de trabalho pedagógico, como acabamos de ver. Se quisermos buscar alguma analogia nesse terreno, entretanto, não será difícil perceber que os procedimentos da pesquisa piagetiana inspiram atitudes em sala de aula bastante diferentes daquelas que seriam aprovadas por uma pedagogia tecnicista, voltada para a mensuração de resultados. Ao passo que o uso de testes psicológicos padronizados está mais de acordo com uma visão tecnicista da aprendizagem, a perspectiva piagetiana vai ao encontro de processos pedagógicos em que os alunos são tratados de acordo com suas particularidades cognitivas. O que está em causa não é o binômio acerto-erro nas atividades escolares, mas sim, o potencial dessas mesmas atividades para promover o progresso intelectual de cada um dos educandos. Mas é realmente no âmbito das teorias do conhecimento que se encontra a maior afinidade das idéias de Piaget com a educação escolar, mais precisamente com uma certa pedagogia. Seus conceitos epistemológicos fundamentam-se em concepções da esfera filosófica, originadas antes mesmo de sua época, que consistem em considerar o conhecimento como possível somente quando o Sujeito, aquele que irá conhecer, e o Objeto, aquilo que será conhecido, relacionam-se de uma determinada maneira: o Sujeito age sobre o Objeto. Nessa perspectiva, temos, primeiramente, a existência de algo que impulsiona o Sujeito Epistêmico em direção ao Objeto. Estando em níveis diferentes, como se houvesse um desequilíbrio entre eles, o Sujeito é naturalmente atraído pelo Objeto, como que para superar o desnível em que se encontram. O Objeto exerce pressão perturbadora sobre o Sujeito, contribuindo para fornecer-lhe motivação interna e criar seu envolvimento pessoal com o Objeto, do que resulta o impulso para a ação. Em segundo lugar, temos a atividade do Sujeito, que se traduz propriamente em atitudes de busca, desvendamento, pesquisa, enfim, ação sobre o Objeto a ser conhecido.
9
Uma Concepção de Educação
Para haver conhecimento, devemos conceber que o Sujeito atue para superar o desequilíbrio existente entre ele e o Objeto, isto é, para colocar-se entre o nível que ainda não esta.
Assimilação,acomodação e equilibração
O processo de conhecer tem início com o desequilíbrio estabelecido entre Sujeito e Objeto.
Assimilação: é quando o sujeito age sobre o Objeto na tentativa de conhecê-lo por meio dos referenciais cognitivos que já possui.O Sujeito procura desvendar o Objeto trazendo-o para dentro desses referenciais, chamados esquemas cognitivos, ainda que estes sejam insuficientes para dominar toda a complexidade do Objeto. 
 Assimilação: implica significações. Dar significado aos objetos é algo próprio do sujeito: ninguém pode fazer isso para o aprendiz. O ato de conhecer comporta sempre um fator de assimilação que confere uma significação. O sujeito transforma o objeto em algo compatível com suas estruturas, isto é, transforma o objeto em conhecimento.
– Acomodação: é o mecanismo pelo qual o sujeito se modifica para compreender o objeto estudado. Em outras palavras, é o processo em que os esquemas mentais se modificam para aprender algo novo. Os esquemas assimiladores de que dispõem os professores são inadequados para receber informação nova. É preciso concluir que os esquemas assimiladores são inadequados para enfrentar a tarefa de substituí-los. (Emília Ferreiro)
– Equilibração: o processo de regulação entre a assimilação e a acomodação. É a fonte da reversibilidade mental. Aprender implica desestruturação radical de esquemas vigentes de pensamento, face a novas realidades que já não cabem em tais esquemas. (Pedro Demo)
11
Acomodação
São as modificações sofridas pelo Sujeito em função do exercício assimilador desencadeado.
O Sujeito tem seus esquemas cognitivos alterados por causa da relação que mantém com o Objeto, o que representa um esforço adaptativo para superar o desnível existente entre um e outro→EQUILÍBRIO.
Acomodação ocorre quando a estrutura mental existente de uma pessoa, chamada de esquema, deve ser alterada para se adaptar às novas informações. Dentro da psicologia, a acomodação é um componente do processo de adaptação e desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget.
Acomodação na maioria das vezes
ocorre em crianças, no entanto, os adultos também podem sofrer alterações cognitivas semelhantes, especialmente se um grande evento muda suas percepções em grande escala. Por exemplo, uma criança desenvolve um esquema sobre quem é “mamãe”. Se a mãe da criança cozinha cada refeição em casa, a criança pode pensar que todas as mulheres que servem comida são “mamãe”. Isso fica evidente se ela chamar outra mulher de “mãe” quando determinado alimento é servido por essa pessoa. Quando a criança for corrigida para chamar a mulher de outro nome, ela tem que passar por um processo de acomodação para se adaptar à mudança em seu esquema.
12
Equilíbrio
O equilíbrio a que o indivíduo chega com os objetos que o cercam nunca é definitivo, uma vez que o mundo está sempre em mudança.
O equilíbrio, ainda que provisório, representa conhecimento, mas é logo seguido por novas situações em que a pessoa é novamente desafiada, o que dá início a sucessivas assimilações e acomodações.
Piaget, em suas pesquisas científicas procurou demonstrar a construção dos processos mentais. Considerou que se estudasse a maneira de como as crianças constroem as noções fundamentais do conhecimento poderia compreender a gênese e a evolução do conhecimento humano, por isso, partiu de uma concepção de desenvolvimento envolvendo um processo contínuo de trocas entre os organismos vivos e o meio ambiente. 
13
A teoria do desenvolvimento cognitivo
Período sensório-motor (0-24meses)
Período pré-operacional (2-7anos)
Período das operações concretas (7-11,12 anos)
Período das operações formais (12 anos em diante)
Seria difícil superestimar a importância do psicólogo suíço Jean Piaget (1896 – 1980) para a pesquisa do desenvolvimento. A teoria do desenvolvimento cognitivo geralmente considerada como a mais compreensiva é a dele. Embora certos aspectos da teoria de Piaget tenham sido questionados e, em alguns casos, refutados, sua influência é imensa. Na verdade, a contribuição de sua teoria, como a de outros, é mostrada mais pela sua influência em teorias e em pesquisas posteriores do que por sua exatidão máxima.
Jean Piaget aprendeu muito sobre como as crianças pensam, observando várias delas e prestando muita atenção ao que parecia ser erro no raciocínio das mesmas.Piaget ingressou, pela primeira vez, no campo do desenvolvimento cognitivo quando, enquanto trabalhava como estudante já graduado no laboratório psicométrico de Alfred Binet, ficou intrigado com as respostas erradas das crianças aos itens do teste de inteligência. Para entender a inteligência, raciocinava Piaget, a investigação deve ser dupla: (1) observar o desempenho de uma pessoa e (2) considerar também por que esta pessoa assim desempenhava, incluindo os tipos de pensamento subjacentes às ações da mesma. O raciocínio de Piaget seguia o de seu mentor Binet na primeira cláusula, mas não na segunda. Particularmente, Piaget raciocinava que os pesquisadores podiam aprender tanto sobre o desenvolvimento intelectual das crianças, a partir do exame de suas respostas incorretas aos itens dos testes, quanto sobre o exame de suas respostas corretas.
O Estágio Sensório-Motor
O primeiro estágio de desenvolvimento, o estágio sensório-motor, envolve aumentos no número e na complexidade de capacidades sensoriais (input) e motoras (output) durante a infância – aproximadamente do nascimento a cerca de 18-24 meses de idade -. Segundo Piaget, as primeiras adaptações do bebê são reflexivas. Gradualmente, os bebês obtêm controle consciente e intencional sobre suas ações motoras. A princípio, eles agem assim para manter ou repetir sensações interessantes. Mais tarde, entretanto, exploram ativamente seu mundo físico e buscam com afinco novas e interessantes sensações.
O Estágio Pré-Operatório
No estágio pré-operatório, da idade aproximada de 1 1/2 ou 2 anos a cerca de 6 ou 7 anos, a criança começa a desenvolver ativamente as representações mentais internas, que se iniciaram no fim do estágio sensório-motor. Segundo Piaget, o aparecimento do pensamento representativo, durante o estágio pré-operatório, abre o caminho para o desenvolvimento subsequente do pensamento lógico, durante o estágio de operações concretas. Com o pensamento representativo, chega a comunicação verbal. Entretanto a comunicação é amplamente egocêntrica. Uma conversação pode parecer sem qualquer coerência. A criança diz o está em sua mente, sem considerar muito o que outra pessoa disse. À medida que as crianças se desenvolvem, no entanto, levam cada vez mais em consideração o que os outros disseram, quando criam seus próprios comentários e respostas.
O Estágio Operatório Concreto
No estágio de operações concretas, aproximadamente dos 7 ou 8 anos ate os 11 ou 12 anos de idade, as crianças tornam-se capazes de manipular mentalmente as representações internas que formaram, durante o período pré-operatório. Em outras palavras, eles agora não só têm ideias e memórias dos objetos, mas também podem realizar operações mentais com essas ideias e memórias. Entretanto, podem agir assim apenas quanto a objetos concretos (por exemplo, ideias e memórias de carros, alimentos, brinquedos, e outras coisas tangíveis) – daí a denominação de “operações concretas”.
Estágio Operatório Formal
O estágio operatório formal, aproximadamente dos 11 ou 12 anos de idade em diante, envolve operações mentais sobre abstrações e símbolos que podem não ter formas concretas ou físicas. Além do mais, as crianças começam a compreender algumas coisas que elas mesmas não tinham experimentado diretamente. Durante o estágio de operações concretas, elas começam a ser capazes de ver a perspectiva dos outros, se a perspectiva alternativa pode ser manipulada concretamente. Por exemplo, elas podem imaginar como outra criança pode ver uma cena (por exemplo, a pintura de uma cidade) quando sentam em lados opostos de uma mesa onde a cena é exibida. Durante as operações formais, entretanto, finalmente elas são completamente capazes de adotar outras perspectivas além das suas próprias, mesmo quando não estão trabalhando com objetos concretos. Além disso, no estágio de operações formais, as pessoas procuram intencionalmente criar uma representação mental sistemática das situações com as quais se deparam.
14

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando