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Obrigações de DAR, DAR COISA INCERTA, FAZER, NÃO FAZER A ALTERNATIVAS

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Resumo de Obrigações: DAR, DAR COISA INCERTA, FAZER, NÃO FAZER E ALTERNATIVAS
Laís de Oliveira Coutinho Mendes
Obrigação de DAR
Perda Fatal = Perecimento
Perda Parcial = Deterioração
Obrigação de ENTREGAR: 
Perecimento (antes da tradição ou pendente condição suspensiva)
SEM CULPA - art. 234, CC - se “a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes” - ou seja, extingui-se a obrigação para ambas as partes que voltam à situação primitiva (statu quo ante). Se o vendedor já recebeu o preço da coisa deve devolvê-lo, mas não está obrigado a pagar perdas e danos.
COM CULPA - art. 234, CC - “se a perda resultar da culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos” - equivalente = em dinheiro
Deterioração
SEM CULPA - art. 235, CC
COM CULPA - art. 236, CC
Obrigação de RESTITUIR - coisa alheia em poder do devedor com necessidade de devolução ao dono.
Perecimento
SEM CULPA - art. 238, CC
COM CULPA - art. 239, CC
Deterioração
SEM CULPA - art. 249, CC
COM CULPA - art. 239, CC
Obrigações pecuniárias (obrigação de entregar dinheiro, ou seja, solver dívida em dinheiro) - as dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento em moeda corrente e pelo valor nominal - salvo exceções que prevêem possibilidade de correção monetária.
art. 315, CC
Cláusula de escala móvel é um critério de atualização monetária no qual o valor da prestação varia de acordo com os índices de custo de vida. Contudo, não se admite reajuste ou correção monetária de periodicidade inferior a um ano. São nulos contratos convencionados em ouro ou moeda estrangeira, excetuados os casos previstos em legislação especial (art. 318).
Definição básica importante
Quando se fala em PERDAS E DANOS, leia-se:
- Lucros Cessantes = aquilo que se deixa de ganhar.
- Dano Emergente = aquilo que efetivamente se perde.
- Danos Morais
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA
art. 243, CC
a coisa incerta será indicada, ao menos pelo gênero e pela quantidade” - ou seja, a incerteza é tomada pela qualidade do objeto. Caso a indeterminação seja absoluta, a avença com tal objeto não gerará obrigação.
Escolha e concentração -  a determinação de qualidade se faz pela escolha. O ato unilateral de escolha denomina-se concentração.
Quem compete a escolha - art. 244 CC - a escolha da qualidade pertence sempre ao devedor, mas ele não poderá dar coisa pior ou ser obrigado a prestar a melhor. Guarda-se o meio termo. Pior = abaixo da média. Só compete ao credor se assim dispuser o contrato. As partes também podem convencionar que a escolha compete a um terceiro, estranho a relação obrigacional. Escolha do devedor = citado para entregá-lo individualizado. Escolha do credor = indicado da petição inicial. Qualquer umas das partes poderá, em 48h, impugnar a escolha feita pela outra. Neste caso, o juiz decidirá de plano, ou, se necessário, ouvindo perito de sua nomeação.
Efeitos das obrigações - antes da escolha, poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito, porque o gênero nunca perece, o que pode perecer é a coisa determinada. Portanto, mesmo que o devedor perca todas as sacas de café, não se eximirá da obrigação, podendo obtê-las no mercado, etc. Muito menos se exonera do devedor que perdeu as cédulas que separou para solver uma dívida. 
OBRIGAÇÃO DE FAZER
Consiste em ato ou serviços a serem executados pelo devedor que podem ser:
(1) Trabalho físico ou intelectual (serviços), determinado pelo tempo, gênero ou qualidade.
(2) Trabalho determinado pelo produto, ou seja, pelo resultado.
(3) Num fato determinado simplesmente pela vantagem que trás ao credor.
Devedor se vincula a determinado comportamento. 
Consiste em prejudicar um ato ou realizar uma tarefa que decorre uma vantagem para o credor 
Prestação: fato ou serviço ≠ de obrigação de dar
ESPÉCIES
Infungível/ Personalíssima/ Imaterial
Intuito personae - havendo cláusula expressa, o devedor só se exonerará se ele próprio cumprir a prestação e é incogitável a substituição por outra pessoa, preposto ou representante. O erro sobre a qualidade essencial da pessoa, nessas obrigações, constitui um vício de consentimento (art. 139, II, CC).
Fungível/ Impessoal/ Material - o ato ou serviço não depende da qualidade pessoal do devedor e poderão ser realizadas por terceiro, porém o credor deve desejar, não sendo obrigado a aceitar de outrem a prestação. 
Consiste em emitir declaração de vontade (Pacto de Contrahendo)
INADIMPLEMENTO
(1) Inexistência de culpa do devedor - não havendo culpa do devedor, tanto na hipótese da prestação ter se tornado impossível como na recusa de cumprimento, fica afastada a responsabilidade do obrigado.Nos casos de infungibilidade, a impossibilidade deve ser absoluta e atingir a todos, indistintamente e não apenas ao credor e o devedor precisa se desincumbir satisfatoriamente do ônus.
(2) Impossibilidade do cumprimento por culpa do devedor - se a obrigação for fungível o credor pode requerer que ela seja executada por terceiro as custas do devedor. Se for infungível pode-se fixar multa diária que incide enquanto durar o atraso no cumprimento. Para ambas cabe perdas e danos.
(3) Recusa do devedor em cumprir a prestação - A recusa voluntária induz a culpa. Nas obrigações infungíveis o contratado responde pelos prejuízos acarretados pela falta na prestação. No caso de obrigações fungíveis o credor pode mandá-la executar as custas do devedor mediante autorização judicial, exceto em caso de urgência. 
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
é aquela em que o devedor assume o compromisso de se abster de um fato, que poderia praticar se não fosse o vínculo que o prende. -  são ilícitas as convenções em que exija sacrifício excessivo da liberdade do devedor ou que atentem contra os direitos fundamentais da pessoa humana.
PRESTAÇÃO NEGATIVA
do inadimplemento das obrigações de não fazer art. 250/251, CC 
se o devedor pratica o ato cuja a abstenção se obrigara, o credor pode exigir que dele se desfaça à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos - e em caso de urgência o credor pode desfazer-se sem autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. Caso seja impossível desfazer a obrigação será convertida em perdas e danos.
OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS
Pluralidade de prestações
Cumulativa (E)
Alternativa (OU)
Facultativa
ALTERNATIVA (ou disjuntiva)
art. 252, CC e parágrafos
Impossibilidade de prestação
Escolha do devedor (art. 256 e 254, CC)
Escolha do credor (art. 253, CC)
FACULTATIVAS
“Obrigação simples em que é devida uma única prestação, ficando, porém, facultativa ao devedor e só a ele, exonerar-se mediante cumprimento de prestação diversa e predeterminada.”
(1) O credor só pode exigir a coisa principal.
(2) Se nas obrigações alternativas uma das coisas prestadas consistir em ato ilícito, coisa fora do comércio ou inexistente, a obrigação se projeta sobre a outra prestação devida, na facultativa ela se torna nula, por se transformar em obrigação sem objeto.
(3) Perecendo a coisa devida, fica o devedor totalmente exonerado, a obrigação  fica sem objeto.

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