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Educação Inclusiva Aula 04

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06/05/2016
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Aula 4
Mestre em Educação
Especialista em Educação Especial
Especialista em Psicologia clínica
Variedade de condições não sensoriais que afetam
o indivíduo em termos de mobilidade, de
coordenação motora geral ou da fala, como
decorrência de lesões neurológicas,
neuromusculares e ortopédicas, ou, ainda, de
malformações congênitas ou adquiridas (BRASIL,
1998, p. 25).
Para possibilitar o acesso de pessoas com
deficiência física ou mobilidade reduzida, toda
escola deve eliminar suas barreiras arquitetônicas
e de comunicação, tendo ou não alunos com
deficiência, nela matriculados no momento (Leis
7.853/89, 10.048 e 10.098/00, CF).
Classificação 
Disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou
mais membros: superiores, inferiores ou ambos
Grau do comprometimento ou tipo de acometimento:
paralisia (perda da capacidade de contração muscular
voluntária)
paresia (quando o movimento está apenas limitado ou
fraco)
Classificação das deficiências motoras 
Paraplegia: Perda de todas as funções motoras dos 
membros inferiores.
Monoplegia: Perda parcial das funções motoras de um só 
membro (podendo ser superior ou inferior).
Tetraplegia: Perda total das funções motoras dos 
membros superiores e inferiores.
Triplegia: Perda total das funções motoras em três 
membros.
Hemiplegia: Perda total das funções motoras de um 
hemisfério do corpo (direito ou esquerdo).
Fonte: Instituto Benjamin Constant (2013).
Causas da deficiência motora:
Neurológica: destruição das células nervosas que
afetam o sistema nervoso central (Poliomielite,
espinha bífida, hidrocefalia, esclerose múltipla,
meningocele);
Muscular (Distrofia Muscular de Duchenne);
Osseo-articular (nanismo);
Amputações (malformações congênitas, infecção, 
trauma, neoplasias, problemas vasculares).
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Bailarina Melina Reis com perna
amputada, volta a dançar balé após
prótese inédita – março 2016.
Fonte: 
http://www.deficienteciente.com.br/2016/03/baila
rina-com-perna-amputada-volta-dancar-bale-
apos-protese-inedita.html
Poucos dias após o fim dos testes, Melina já se 
misturou a outras bailarinas, com o mesmo porte e 
dedicação, virou referência de superação para as 
demais alunas.
Fonte:
www.deficienteciente.com.br/2016/03/bailarina-com-perna-
amputada-volta-dancar-bale-apos-protese-inedita.html
Inclusão | O que as escolas precisam mudar?
Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=ieasHdgWDJA
Paralisia Cerebral:
Consiste em uma lesão de alguma(s) parte(s) do cérebro
provocada, muitas vezes, pela falta de oxigenação das células
cerebrais: os neurônios. Acontece durante a gestação, durante
o parto ou após o nascimento, ainda no processo de
amadurecimento do cérebro da criança, até cerca de 2 anos.
Esta lesão na área motora vai provocar deficiência ou perda de
funções das áreas responsáveis pela coordenação de
movimentos e postura (RIBEIRO; RODRIGUES, 2003).
Paralisia Cerebral:
As desordens motoras são frequentemente acompanhadas
por alterações da sensação, cognição, comunicação,
percepção, do comportamento, por crises convulsivas
(Rosenbaum et al., 2005).
Sintomas de Paralisia cerebral
Rigidez muscular e reflexos exagerados
Tremores ou movimentos involuntários
Movimentos lentos e contorcidos
Dificuldade para caminhar
Babar ou ter problemas com a deglutição
Atrasos no desenvolvimento da fala ou dificuldade em 
falar
Dificuldade com movimentos precisos
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Terapias - visam aprimorar as habilidades 
funcionais
Fisioterapia
Cintas ou talas podem ajudar a prevenir contraturas 
musculares
Terapia ocupacional: equipamentos de adaptação -
andadores, bengalas quadrúpedes, sistemas de assentos 
ou cadeiras de rodas elétricas
Terapia recreativa, como passeios a cavalo, para ajudar a 
melhorar as habilidades motoras, de fala e bem-estar 
emocional.
Fonoaudiologia
Comunicação alternativa/aumentativa -
recursos e estratégias que trazem alternativas para a fala de
difícil compreensão ou inexistente (pranchas de
comunicação e vocalizadores portáteis).
existem recursos de baixa ou alta tecnologia que
promovem acesso ao conteúdo pedagógico (livros digitais,
softwares para leitura, livros com caracteres ampliados) e
facilitadores de escrita, com engrossadores de lápis, órteses
para digitação, computadores com programas específicos e
periféricos (mouse, teclado, acionadores especiais).
Prancha de comunicação - PCS (Pictures 
Comunication Symbol)
Faz uso de desenhos bidimensionais;
Inclui alfabeto, números, foto;
Ordena as palavras de maneira a determinar frases 
inteligíveis;
Fonte: https://www.google.com.br/search
Programa Especial - Carlos, Clara e o app Livox
https://www.youtube.com/watch?v=dbsmLUKUoUI
Inclusão no ensino regular
Devem prover recursos e técnicas adequadas a cada
tipo e grau de paralisia cerebral para o desempenho
das atividades escolares. O objetivo é que o aluno
tenha um AEE capaz de melhorar a sua comunicação,
mobilidade, conforto e segurança.
Alunos com graves dificuldades motoras - cuidados na
alimentação, locomoção e uso de aparelhos médicos,
é necessária a presença de um acompanhante no
período em que frequenta a turma do ensino regular.
Inclusão no ensino regular
Professor deve:
Procurar entender as características individuais de
cada um e descobrir como se relacionar com eles.
Potencializar seu aluno, não subestimar as
possibilidades, evitar superproteção, estimular a
independência, esclarecer suas dúvidas sobre as
limitações.
Dirigir-se sempre que possível ao seu aluno e,
apenas quando necessário, pedir informações às
pessoas que o acompanham.
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Formem duplas e escrevam o nome completo do 
seu colega com a mão que você não está 
acostumado a escrever. Por exemplo: se você é 
destro, escreverá com sua mão esquerda. 
Discutam a experiência entre vocês.
Definição do CID 10
“grupo de transtornos caracterizados por alterações
qualitativas das: interações sociais recíprocas,
modalidades de comunicação e por um repertório de
interesses e atividades restrito, estereotipado e
repetitivo. Essas anomalias qualitativas constituem
uma característica global do funcionamento do
sujeito, em todas as ocasiões”.
O termo “autismo” foi introduzido na psiquiatria
por Plouller, em 1906, como item descritivo do
sinal clínico de isolamento frequente em alguns
casos. AUTISMO vem do grego “autós” que significa
“de si mesmo”.
Em 1943, Leo Kanner reformulou o termo como
distúrbio autístico do contato afetivo, descrevendo
uma síndrome com o mesmo sinal clínico de
isolamento, então observado num grupo de
crianças com idades variando entre 2 anos a 11
anos.
O conceito do Autismo Infantil se modificou
desde sua descrição inicial, passando a ser
denominado de Transtornos Globais do
Desenvolvimento (TGD).
Mais recentemente, denominaram-se os
Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) para
se referir a uma parte dos TGD:
Autismo; 
Síndrome de Asperger; 
Transtorno Global do Desenvolvimento sem Outra 
Especificação.
Transtorno do Espectro do Autismo recebe o
nome de espectro, porque envolve uma gama
de situações e apresentações muito
diferentes umas das outras, numa gradação
que vai da mais leve à mais grave. Todas,
porém, estão relacionadas, com as
dificuldades de comunicação e
relacionamento social.
Vídeo: Crianças contam como é conviver com 
amigo autista na escola
https://www.youtube.com/watch?v=-
TaTkas0wxI&nohtml5=False
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Clínico: médico especialista (psiquiatra e/ou 
neurologista) e equipe interdisciplinar (psicólogo e 
fonoaudiólogo)
Anamnese
Avaliação direta
Exames complementares 
Instrumentos
Avaliação neuropsicológica
Questionários (ASQ, ABC, CARS, ADOS)
M-CHAT, Vineland
Varredura visual
Varredura visual
controle 13 anos
paciente com autismo com 13 anos
Movimentos estereotipados: flapping de mãos; “espremer-
se”; correr de um lado para o outro; 
Ações repetitivas: alinhar/empilhar, obsessão por 
determinados objetos em movimento, ventiladores, 
máquinas de lavar roupas;
dificuldade de se aninhar no colo dos cuidadores;
maior movimentação dos membros de um lado do corpo; 
hábito de cheirar e/ou lamber objetos;
sensibilidade exagerada a determinados sons reagindo de 
forma exagerada a eles; 
insistência visual em objetos que têm luzes que piscam 
e/ou emitem barulhos;
insistência tátil: muito tempo passando a mão sobre uma 
determinada textura.
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tendência a rotinas ritualizadas e rígidas;
dificuldade importante na modificação da alimentação. 
Qualquer mudança de rotina pode desencadear 
acentuadas crises de choro, grito.
repetem palavras que acabaram de ouvir; pela repetição da 
fala do outro, não operam a modificação no uso de 
pronomes;
podem apresentar características peculiares na entonação e 
no volume da voz;
perda gradual ou súbita de habilidades previamente 
adquiridas. Ex: deixam de falar
expressividade emocional menos frequente e mais 
limitada;
dificuldade de encontrar formas de expressar as 
diferentes preferências e vontades, e de responder 
às tentativas dos adultos em compreendê-las 
Série “Autismo” no Fantástico
https://www.youtube.com/watch?v=OvFNiFQuGPA
Características da Síndrome de Asperger (OUROFINO, 2007)
Não apresentam comprometimento do desenvolvimento
cognitivo.
Inabilidade e falta de interesse em interagir com seus pares;
Desatenção com relação a pistas sociais, uso limitado de gestos;
Expressão facial limitada;
Fala em tom monótono e repetitivo;
Dificuldade em expressar emoções;
Dificuldade em entender a perspectiva do outro;
Baixa tolerância a mudanças. 
Após o diagnóstico e a comunicação à família, inicia-
se imediatamente a fase do tratamento e da
habilitação/reabilitação.
Lei nº 12.764 "Política Nacional de Proteção dos
Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro
Autista". Os autistas passam a ser considerados
oficialmente pessoas com deficiência, tendo direito a
todas as políticas de inclusão do país - entre elas, as
de Educação. As instituições escolares não podem
negar a matrícula desses alunos nem exigir
qualquer tipo de laudo médico.
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Método TEACCH (Treatment and Education of Autistic and
Related Communication Handicapped Children) é uma
técnica que combina diferentes estímulos visuais e
auditivos com o objetivo de aperfeiçoar a linguagem,
melhorar o aprendizado e reduzir comportamentos
inapropriados.
São utilizados para instruir as crianças sobre suas 
atividades diárias.
Vídeo METODO TEACCH - TRABALHANDO CORES
https://www.youtube.com/watch?v=VsjbbTEdeSI (do 
começo até 1'10“) 
A avaliação do processo deve ser pautada pela melhora das
capacidades funcionais do indivíduo em vários níveis e ao longo
do tempo, por exemplo:
• na participação e no desempenho em atividades sociais
cotidianas;
• na capacidade de autocuidado e de trabalho;
• na ampliação do uso de recursos pessoais e sociais;
• na qualidade de vida e na comunicação.
• na autonomia para mobilidade;
O cuidado da pessoa com TEA exige da família extensos e
permanentes períodos de dedicação, provocando, em muitos
casos, a diminuição das atividades de trabalho, lazer e até de
negligência aos cuidados da saúde de membros da família.
Precisa-se ofertar também aos pais e cuidadores, espaços
de escuta e acolhimento; de orientação e até de cuidados
terapêuticos específicos.
Atenção da Rede SUS.

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