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DESAFIO PROFISSIONAL SURD INSTRUMENTO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÃNCIA (CEAD)
SANTA ROSA RS
DESAFIO PROFISSIONAL
 
LICENCIATURAS (LETRAS, PEDAGOGIA, GEOGRAFIA, HISTÓRIA E MATEMÁTICA) 2ª SÉRIE
DISCIPLINAS NORTEADORAS: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM; REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO; LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS; RESPONSABILIDADE SOCIAL E MEIO AMBIENTE; DIDÁTICA.
NOME DO ACADÊMICO: SOLANGE ADRIANE SCREMIN
RA 4005331566
DESAFIO PROFISSIONAL
INSTRUMENTO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
TUTORA (EAD): Raquel Espindola
Santa Rosa
19/11/2016
O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa.
QUADROS, RONICE MÜLLER DE: O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf
O intérprete educacional.
Solange Adriane Scremin
 
Atualmente dentro da realidade educacional brasileira, o intérprete educacional é um profissional de extrema necessidade, porém esse profissional educador não recebe incentivo para atuar no setor da educação. As escolas brasileiras não estão preparadas para receber estes profissionais tanto no espaço físico quanto no financeiro; de um lado a conversa é que o educando surdo tem direito ao acompanhamento e aprendizagem do educador com formação específica para atendê-lo, entanto não é isso que é relatado pelas equipes pedagógicas e direção das instituições do nosso país, causando resignação e frustação de ambos os lados; equipes diretivas de instituições, educadores, familiares e principalmente do educando portador de necessidade especial. 
É fato que países como os Estados Unidos trata com muita ênfase e dedicação o educando portador de surdez, já que em 1989 era estimado que 2200 profissionais com formação para atuar como intérpretes de língua de sinais estavam prestando serviços na área da educação, nos níveis da educação elementar e no ensino secundário, em data mais recente, constata-se que mais de um terço dos graduados nos cursos de formação de intérpretes lecionam em escolas públicas. (Stewart, D. et alli, 1998).
De acordo com a matéria divulgada no site último segundo, produzida por Tamar Lewin, do New York Times 11/12/2010, a linguagem de libras é a quarta mais popular nos Estados Unidos, a Linguagem Americana dos Sinais aumentou mais de 16%, segundo relatório da Associação Moderna de Linguagem, isso devido à grande aceitação no mercado e na sociedade Americana.[1: Fonte Site Último Segundo - http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/faculdades-dos-eua-observam-aumento-no-estudo-da-lingua-de-sinais/n1237862107539.html]
Pode certificar-se que no Brasil ao mesmo tempo que o educando portador de surdez tem direito a educação de qualidade o próprio órgão responsável se contradiz em suas metas, esbarrando primeiramente na falta de investimento, de profissionais especializados, instituições formadoras de profissionais na área, outro fator principalmente na sociedade brasileira é os baixos salários a falta de estrutura física que desestimula a formação de profissionais para o setor, que é de extrema importância datada o percentual da população que necessita deste atendimento.
É indiscutível o fato da falta de estrutura e de investimento num setor tão importante como a educação, sendo o portador de surdez não ter um tratamento adequado desde a sua primeira fase escolar, que é a fase mais importante para a formação da criança, e falando em educação, se há falta de investimento em todos os níveis da educação pública é desestimulante pensar em tão pouca atenção que é dada a essa área.
No entanto adotar o nome Escola Bilíngue requer critérios a serem avaliados, pois não é somente colocar no papel, na mídia ou nos meios de comunicação ou formular uma lei que está longe de ser cumprida, sendo por falta de estrutura ou de profissionais para atuar na área, é necessário estudos e empenho de nossos governantes para que estas crianças em especial tenham um ensino que nossa sociedade anseia e necessita.
Ainda o aluno surdo é desestimulado por todos estes fatores citados, pois os alunos que não são portadores de necessidades especiais, não possuem conhecimento sobre o assunto ou preparo para aceitar e tratar com igualdade essas crianças especiais com surdez, já que o assunto não é tratado com nossas crianças dentro do âmbito familiar e escolar. Quanto à educação bilíngue Quadros (2004), pontua que se faz necessário à presença do tradutor/intérprete de LIBRAS na sala de aula regular, com o objetivo de favorecer uma política linguística em que duas línguas passarão a coexistir no espaço escolar.
Não basta colocar no papel ou fazer leis, mas sim colocar em prática levando em conta a necessidade particular de cada educando, desde o seu comportamento e assim poder trabalhar formas que chame a atenção do educando portador de surdez.
O foco escolar na sociedade é que as crianças devem ser tratadas com igualdade, respeito, nossas crianças a cada tempo que passa tem opiniões concretas e não aceitam serem contrariadas, sendo assim o educador deve ser um profissional muito bem preparado, para que saiba dialogar e chegar ao bom senso comum, assimilando cada opinião e assim poder interagir com seus alunos de forma espontânea onde todas as ideias possam ser aceitas.
Não basta colocar no papel que o aluno especial necessita de tal tratamento, aprender isso ou aquilo, mas sim o ensino a criança especial deve ser feito com assuntos, matérias focadas a necessidade do mesmo sem que seja imposta de forma que não chame a atenção da criança surda, pois assim surgirá uma barreira entre educador e educando.
Ao receber um aluno com necessidade especial seu educador deve ter total e amplo entendimento, conhecimento, principalmente formação para tratar com o educando surdo, se já é difícil trabalhar com uma turma que não há criança com necessidades especiais, imagina-se uma turma onde o educador necessita dar atenção a um aluno surdo e com problemas de comportamento, por esse motivo o aluno deve se sentir bem, ser bem atendido e ser respeitado em suas necessidades, assim cria-se um elo de afinidade entre educando e educador, onde o aluno tenha interesse nos assuntos tratados, pois a afinidade com o educador, as matérias, a sala de aula lhe dará confiança e autoestima.
A educação é algo essencial na formação educacional e profissional da criança, assim os pais ou responsáveis devem acompanhar o que é proposto no meio escolar, por este motivo a escola quando recebe um aluno surdo deve ter conhecimento sobre sua personalidade, suas atitudes para poder elaborar um plano de ensino que seja produtivo a ambas as partes.
Além do preparo do profissional os colegas de turma devem ter conhecimento do assunto, principalmente nas séries iniciais que é quando a criança aceita melhor as diferenças, quando as famílias tem uma crianças com essa necessidade especial, muitas vezes se deparam com o desamparo educacional, já que é um assunto que pouco é tratado no meio escolar, e que muitas vezes as crianças nunca ouviram falar, ou tendo pouco conhecimento do assunto.
Com a inclusão dos alunos surdos em salas regulares de ensino os professores têm encontrado dificuldades na comunicação e problemas que exigem conhecimento nas formas de introduzir as matérias para poder trabalhar os conteúdos com seus educandos, muitos educadores não tem conhecimento, estratégias metodológicas e técnicas eficazes para passar as informações que os alunos necessitam, pois como trabalhar algo que você não tem total domínio, o aluno não pode ser uma cobaia, ele deve se sentir confiante e o profissional ter pleno conhecimento do que está ensinando.
Desta forma qual é a melhor maneira para se trabalhar com a diferença entre alunos surdos e ouvintes nos dias atuais em nossa sociedade? Assim o profissional deve ter o domínio de libras, conhecimento do que está ensinando para ser valorizado e reconhecido pelos seus alunos.
O instrumento de coleta de dados cujo foco temático foi a educaçãobilíngue e o ensino de português para surdos e alunos ouvintes exige conhecimento; pois ensinar um aluno surdo em que as experiências de ensino de português como segunda língua para surdos com bases teórico-metodológicas, necessitam de compreensão, os processos de construção da escrita para esses alunos devem seguir linhas de elementos semióticos de natureza totalmente visual, com destaque à mediação da língua de sinais, nesse percurso. Ao passar conhecimento deve ser levado em conta que o aluno ouvinte, além de ouvir o som das letras certamente o próprio som auxilia para a memorização, já que cada letra possui um som. Para a criança surda tudo está ligado aos movimentos, a visualização assim o educador faz jus ao seu completo conhecimento do assunto, pois se não dominar o assunto não poderá repassar com qualidade o conhecimento necessário, pois cada aluno ouvinte ou não ouvinte tem suas necessidades.
Para dominar a leitura e a escrita e necessário ter conhecimento do código escrito, assim o aluno de libras precisa de um educador que domine o conteúdo e tenha conhecimento do que está ensinando; para a criança surda não é possível escutar o som ela aprende utilizando o movimento das mãos, os movimentos visuais do rosto em relação a isso o professor deverá repensar algumas das práticas exigidas ao aluno, atenção ao texto escrito e ao sinalizador ao mesmo tempo.
Planejamento, conhecimento, atender a criança com aulas e atitudes que chamem a atenção da criança surda, é importante para que a criança surda não abandone a escola inclusiva.
Para que o professor tenha resultados satisfatórios com o aluno, o próprio aluno deve ter consciência de suas necessidades, isso deve ser tratado com a criança não só no meio escolar mas no meio familiar, que é o alicerce para a aprendizagem.
O profissional da educação deve planejar a sua aula para o atendimento especial, de acordo com os conhecimentos adquiridos em sua fase acadêmica, no período prático e nos cursos especiais de conhecimento.
No contexto escolar o profissional apto a prestar trabalho na área pedagógica em Libras, tem que estabelecer a forma de ministrar suas aulas, de acordo com o currículo repassado pela escola, mesmo podendo ter liberdade para a forma de repassar o conhecimento ele deve ser de qualidade, responsabilidade e conhecer profundamente a Língua de sinais. É dever a educação de qualidade e a escola é a responsável para que o conhecimento ocorra.
A criança deve aprender desde casa, nos primeiros anos de vida, caso contrário será difícil o educador conseguir ministrar o conhecimento principalmente se for em uma sala mista, é um desafio integrar o ouvinte e o surdo em um mesmo espaço.
Uma forma é passar o mesmo conteúdo ao aluno ouvinte e ao surdo, independente do grau de dificuldade, é necessário que o educador elabore a forma de como vai fazer isso, os alunos ouvintes terrão que entender e respeitar o tempo que o professor terá que disponibilizar ao aluno surdo, pois em casos especiais os surdos necessitam de mais tempo com o educador, as escolas não estão preparadas para a educação de pessoas com surdez.
Ter um bom relacionamento com o aluno surdo, formar um vínculo de respeito, organizar aulas com temas que chame a atenção do aluno surdo é essencial para que as aulas tenham andamento satisfatório. No modelo atual é essencial que o profissional tenha um intérprete em sala de aula mesmo que ele tenha domínio de libras, pois cada aluno ouvinte ou surdo tem suas necessidades, e isso exige bastante do profissional.
Ao concluir o assunto o processo inclusivo é necessário para a educação, é difícil alfabetizar um aluno surdo em meio a alunos ouvintes, mas o processo mesmo sendo lento deve ser levado em consideração, pois está amparado na lei, o processo inclusivo deve ser estimulado mas ser aceito pelas famílias, para isso as matérias passadas aos alunos surdos devem ser de qualidade. 
 A proposta é incluir esses alunos surdos em escolas regulares, porém é necessário que as escolas se adaptem a eles, não somente colocar no papel, é necessário que a criança aprenda e que o conhecimento seja passado com qualidade, que a família acompanhe e note o progresso da criança surda.
A criança para aprender precisa de estimulo de qualidade, a base para o ensino da criança surda é libras, e a qualidade deste ensino depende da qualificação dos profissionais nesta área tão importante para o surdo.
Não basta apenas colocar no papel leis, se na prática muitas escolas ainda não conseguem passar o ensino adequado as crianças surdas mesmo que o professor se empenhe com o assunto e com as crianças, cada sala precisa de intérprete de libras, ter conhecimento de libras entre os colegas, pois disso depende a aceitação da criança surda.
A escola é um local onde a criança estabelece entendimento com o mundo, e é neste ambiente que ela precisa receber atividades e estímulos que sejam importantes e que chamem a atenção desta criança, se isso não ocorrer pais que acompanham seus filhos acabam sendo da mesma forma desestimulados a levar seu filho num ambiente que não corresponde as suas necessidades, e acabam abandonando o educandário.
Mesmo com todas essas dificuldades em nossa sociedade muitas escolas correspondem a expectativa, com profissionais que se entregam em sua profissão, trabalhando com zelo, com dedicação, recebendo elogios, pois mesmo perante as dificuldades faz jus a sua profissão, independente do grau de dificuldade que assume quando resolve se especializar na magia que é a educação infantil.
O professor de libras é uma profissão necessária em uma sociedade onde muitas famílias tem criança com surdez, e precisam da escola de qualidade para deixar seus filhos.

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