Introdução a Economia: Gary Becker

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1. Introdução
Hoje muito se discute a importância do desenvolvimento econômico do país e o quanto é necessário este assunto, visto as ilimitadas necessidades do ser humano. Assim, várias teorias são discutidas em todo o mundo, como por exemplo, a economia do Capital Humano, que é qualquer atividade que implique um custo no período corrente e que aumente a produtividade no futuro. Um exemplo é um individuo que investe nos estudos para agregar possíveis lucros no futuro. A partir deste conceito discutiremos sobre o ganhador do prêmio Nobel de Economia de 1992 o Professor e Doutor Gary Becker, que destacou a relação entre economia e o comportamento racional. Becker frisou sua teoria dividindo-a em quatro áreas de pesquisa para melhor explicá-la: capital humano, economia doméstica e familiar, crime e castigo e a discriminação na economia. Mostraremos também, a importância deste capital humano na economia do Brasil que está investindo no crescimento profissional do cidadão para o próprio desenvolvimento do país.
2. Prêmio Nobel - Gary Becker
Gary Becker nascido em Pottsville, na Pensilvânia, em 1930, graduado pela Universidade de Princeton e, com um mestrado da Universidade de Chicago, em 1953, e seu doutorado, em 1955, foi professor da Universidade de Columbia, e é professor de economia e sociologia da Universidade de Chicago, foi o ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1992.
Gary Becker é considerado um dos economistas mais criativos de todo o mundo, aplicando os métodos da economia na análise dos mais diferentes fenômenos sociais.
Ele foi ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1992 por ter estendido os domínios da análise microeconômica para comportamento e interação humana. 
Becker estendeu o domínio da teoria econômica para aspectos do comportamento humano que tinham sido previamente tratados por outras disciplinas das ciências sociais como a sociologia, demografia e criminologia.
O programa de pesquisa de Gary Becker baseia-se na ideia de que o comportamento de um indivíduo segue os mesmos princípios fundamentais em um número de diferentes áreas. O mesmo modelo explicativo deve, de acordo com Becker, ser aplicável na análise de diversos aspectos do comportamento humano. Sua abordagem é caracterizada pelo fato de que os agentes individuais - independentemente de se tratar de famílias, empresas ou outras organizações - são assumidos de modo a se comportar de forma racional, e que o seu comportamento pode ser descrito como a maximização da função de um objetivo específico, como utilidade ou riqueza. 
As aplicações de Becker de seu modelo básico para os diferentes tipos de comportamento humano podem ser explicadas pela distinção entre quatro áreas de pesquisa: investimentos em capital humano; o comportamento da família, incluindo a distribuição de trabalho e alocação de tempo na família; crime e castigo; e a discriminação nos mercados de trabalho e de bens.
2.1 Capital Humano 
A contribuição mais notável de Gary Becker é, talvez, encontrada na área de capital humano, ou seja, a competência humana, e as consequências de investimentos na competência humana. A teoria do capital humano é bem mais velha que o trabalho de Becker nesse campo. Sua realização mais importante é ter formulado os fundamentos microeconômicos da teoria. Ao fazer isso, ele desenvolveu a abordagem do capital humano em uma teoria geral para determinar a distribuição da renda do trabalho. As previsões da teoria em relação à estrutura salarial foram formuladas nas chamadas funções de capital humano de ganhos, que especificam a relação entre ganhos e capital humano. E também teve outras aplicações importantes, incluindo a descrição em componentes dos fatores subjacentes ao crescimento econômico, a migração, bem como investimentos e ganhos no setor da saúde. A abordagem do capital humano também ajuda a explicar os padrões de comércio entre os países, na verdade, as diferenças na oferta de capital humano entre os países foram mostrados para ter mais poder explicativo do que diferenças na oferta de capital real.
2.2 Domésticas e familiares
Gary Becker realizou uma extensão ainda mais radical da aplicabilidade da teoria econômica em sua análise das relações entre os indivíduos de fora do sistema de mercado. O exemplo mais notável é a sua análise das funções da família. 
A ideia básica na análise de Becker é que uma casa pode ser considerado como uma "pequena fábrica" que produz o que ele chama de bens básicos, usando o tempo e a entrada de bens de mercado normais, "semi-transformados". Este tipo de análise tem dois componentes. O primeiro é composto pelos custos diretos de aquisição de bens intermediários no mercado. O segundo é o gasto de tempo para a produção e consumo do bem em questão para um bem específico, este gasto de tempo é equivalente ao salário multiplicado pelo tempo gasto por unidade do bem produzido na casa. Isto implica que um aumento no salário de um membro da família dá origem não só a incentivos alterados para o trabalho no mercado, mas também a uma mudança do produto em tempo intensivo sobre e consumo de bens produzidos pelo agregado familiar, ou seja, os bens básicos. 
Becker foi ainda mais longe. Ele formulou uma teoria geral para o comportamento da família - incluindo não só a distribuição do trabalho e a alocação de tempo na família, mas também decisões sobre casamento, divórcio e filhos. Como os salários reais aumentam, junto com as possibilidades de substituição de capital por trabalho em trabalho doméstico , o trabalho é liberado no ambiente doméstico, para que se torne cada vez mais antieconômico deixar um membro da família se especializar totalmente na produção de casa, como por exemplo, cuidar das crianças. Como resultado, algumas das funções sociais e econômicas anteriores da família são transferidos para outras instituições, como empresas , escolas e outros órgãos públicos. Becker argumentou que esses processos explicam não só o aumento da participação das mulheres casadas no trabalho fora de casa, mas também a tendência crescente para o divórcio.
Juntamente com a análise da distribuição do trabalho e alocação de tempo na casa, sua contribuição mais influente no contexto da família é, provavelmente, os seus estudos sobre a fertilidade. Os pais são assumidos ter preferências sobre o número e o nível de escolaridade dos seus filhos, onde o nível educacional é afetado pela quantidade de tempo e outros recursos que os pais gastam em seus filhos. Investimentos em capital humano das crianças pode, então, ser derivados em função do rendimento e dos preços . Como os salários sobem, os pais aumentam seus investimentos em capital humano, combinado com uma diminuição do número de filhos. Becker usa essa teoria para explicar a queda histórica da fecundidade nos países industrializados, bem como as variações de fertilidade entre os diferentes países e entre áreas urbanas e rurais.
2.3 Crime e Castigo
A terceira área, onde Gary Becker aplicou a teoria do comportamento racional e capital humano é "crime e castigo". Um criminoso, com a exceção de um número limitado de psicopatas, reagem a diferentes estímulos de uma forma previsível ("racional") , tanto no que diz respeito aos retornos e custos, como por exemplo , na forma de punição. Em vez de considerar a atividade criminosa como um comportamento irracional associado com o estado psicológico e social específico de um criminoso, a criminalidade é analisada como um comportamento racional em situações de incerteza.
Estudos empíricos relacionados a essa abordagem indicam que o tipo de crime cometido por um determinado grupo de indivíduos pode, em grande medida, ser explicado pelo capital de um indivíduo humano, e portanto, a educação. Estes estudos empíricos mostraram também que a probabilidade de ser pego tem um efeito mais dissuasor sobre a criminalidade do que o prazo da punição.
2.4 Discriminação Econômica
É  outro exemplo de aplicação não convencional de Becker da teoria do racional,otimizando o comportamento é a sua análise da discriminação com base na raça, sexo, etc. A discriminação é definida como uma situação em que um agente econômico está preparado para suportar um custo, a fim de abster-se de uma transação econômica, ou de entrar em um contrato econômico , com alguém que se caracteriza por outras características no que diz respeito à raça ou sexo . Becker salientou que, se um empregador se recusa a contratar um trabalhador produtivo, simplesmente por causa da cor da sua pele, ele perde uma oportunidade valiosa. Resumindo, a discriminação custa caro para quem discrimina.
3. Notícia
Brasil prioriza capital humano visando competitividade
02/04/2014
Cidade do Panamá – Panamá (2 de abril) – Em painel hoje, do Fórum Econômico Mundial da América Latina, com o tema ‘capital humano’, o secretário de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Humberto Ribeiro, destacou as iniciativas brasileiras para ganhos de produtividade e competitividade nas cadeias produtivas.
"O Brasil foca no crescimento profissional de cada cidadão do país e, com seus mais de 50 milhões de alunos cursando ensino básico e técnico e mais de 8 milhões de alunos em ensino superior, aposta também na maior produtividade empresarial por meio da qualificação profissional. Nosso maior ativo é o talento de nossos empreendedores e trabalhadores", disse.
Ribeiro citou as ações de ensino técnico, inclusive o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que capacitam três milhões de trabalhadores ao ano para atender às demandas do mercado. “O Pronatec, que deverá alcançar a marca de oito milhões de formados até o final deste ano, é desenvolvido em parceria com o setor privado e o Sistema "S" e está sendo muito exitoso. Prova disto é que muitos trabalhadores estão sendo contratados antes mesmo de concluírem seus cursos”, comentou.
Reforçando as parcerias com o Ministério da Educação e com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, ele relatou ainda sobre o programa Ciência Sem Fronteiras, que atualmente concede bolsas para  estudantes brasileiros em universidades de cerca de quarenta países. “Além da formação nas áreas tecnológicas nos melhores centros de excelência, este programa permite aos nossos alunos o conhecimento de outras culturas e o estabelecimento de relações com colegas e pesquisadores de todo o planeta, o que estimula parcerias importantes neste momento em que o Brasil amplia sua relevância global”, avaliou.
O secretário mencionou também a desoneração da folha de pagamento, estabelecida pelo Plano Brasil Maior, que reduziu os custos para a contratação profissional em 46 segmentos empresariais. “Houve uma evolução fundamental ao orientar o foco da tributação, substituindo a base de cálculo da folha de pagamento para a receita. Desta forma, com o alívio tributário, estimulou-se a geração de empregos nos setores intensivos em mão-de-obra”, explicou.
4. Paralelo entre a teoria de Gary Becker e a atualidade
Gary Becker, entre suas ideias que trouxeram o Prêmio Nobel de Economia em 1992, fala sobre Capital Humano. Na notícia publicada no dia 02 de abril de 2014, podemos perceber que hoje, em nosso país, estão investindo neste capital a fim de competir com outros países e gerar um capital real. Segundo Becker, a abordagem do capital humano também ajuda a explicar os padrões de comércio entre os países, então com um capital humano mais elevado, isso influencia no comércio do país, podendo se igualar, superar ou conseguir apoio dos demais países. Assim o investimento em capital humano poderá mudar ocenário da economia do país atráves de novos profissionais em busca de uma renda maior, assim podendo demandar por produtos e as empresas porprofissionais qualificados para o aumento da produtividade e obtenção de lucro.
5. Conclusão
Portanto, neste trabalho referente ao Professor e Doutor Gary Becker, ressaltamos algumas de suas principais ideias em relação ao comportamento humano, fazendo distinção de quatro áreas importantes para a economia, são elas, capital humano, distribuição de trabalho e alocação de tempo na família, crime e castigo e discriminação no mercado de trabalho e bens. Segundo ele, o indivíduo toma sua decisão comparando racionalmente os custos e os benefícios, tendo em mente a maximização de sua satisfação. E é exatamente isso que ocorreu com a notícia apresentada no trabalho, o governo tem custos no presente para a qualificação da população, que futuramente, trará lucros ao país, proporcionando a satisfação.
6. Bibliografia
http://www.mundoeducacao.com/curiosidades/premio-nobel.htm 
http://www.50ideias.com/crime-economico/
http://elanalistaeconomicofinanciero.blogspot.com.br/2012/05/gary-becker-premio-nobel-de-economia.html
http://ordemlivre.org/posts/biografia-gary-s-becker
http://home.uchicago.edu/~gbecker/Nobel/nobel.html
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=4&noticia=13079