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Direito Processual penal 1

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Processo penal
Introdução: Diversas deposições relacionadas ao direito penal e ao processo penal acabam sendo regulamentadas na legislação especial, no ordenamento jurídico temos muita legislação especial que chamamos de extravagante, que tem o sinônimo especial. Diversas deposições e regramentos estão em legislação especial, como por exemplo, a lei de drogas, a lei do desarmamento. Elas trazem tipos penais, disposições processuais penais, algumas dessas leis são mistas, outras só tratam de tipos. Porque a mutação social é tamanha e rápida que o código não acompanha. Hoje no código penal não temos suficientemente regulamentados os crimes contra a saúde pública que um dia esteve no código penal no Art. 282. Porque temos uma disposição especial relacionada a essa situação. 
A se pensar no código ou na legislação especial, temos que buscar as raízes na constituição federal. Observando o Art. 5° da CF, que trata das denominadas liberdades públicas, direitos fundamentais, tem no seu Capt a seguinte disposição:
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes. Sendo assim, o Art. 5° ao enumerar os direitos que a constituição diz que são assegurados, ela coloca no Capt, seguindo essas sequências.
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XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Estes incisos citas acimas, são garantias a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a propriedade.
Nos incisos do Art. 5° nos temos a especificação que diz sobre as garantias fundamentais, ou liberdades públicas. São disposições que garante o cidadão contra o estado. 
Ao fazer essa enumeração, a maioria deles trata de assuntos relacionados ao processo penal. 
Pergunta feita na aula: 
O que a lei penal tem como objetivo? 
 Por que tem determinadas condutas que são consideradas criminosas? Porque não devem ser praticas.
Exemplo: No código penal está escrito: Matar alguém ART. 121, pena de seis a vinte anos. A lei diz se matar alguém, ocorrer, quem matou o alguém vai responder com uma pena. Com isso, garante-se a vida, punido, assim, quem ofendeu esse bem jurídico tutelado.
Existem determinadas condutas criminosas que são dispostas na lei penal, essas condutas quando praticadas vão permitir a retirada da liberdade desde logo, ou não. 
No processo penal privilegia-se um direito menor, com a finalidade de aplicar uma sanção penal, e tirar a liberdade de alguém. Ao pensar na codificação ou na legislação extravagante, todo o esse estudo é baseado a partir da Constituição Federal, e a partir do que a Constituição trata tem que se pensar na cód. processual penal. Temos hoje um estado democrático de Direito, com disposições constitucionais, onde temos que enxergar o código debaixo da CF. Se a norma processual penal estiver confrontando uma disposição constitucional, a mesma não irá prevalecer. 
As garantias expressas no Constituição no seu Art. 5° trazem como objetivo a liberdade pública para impedir uma ação descriminada do estado. 
Como se faz para privilegiar um direito menor em detrimento de um maior?
Ora, direito penal prevê quais condutas poderão ensejar disposição de sanção penal. 
( pode ser pena ou medida de segurança). A pena privativa de liberdade só será imposta ao que for considerado culpado e desde que seja imputável. 
Para que o estado possa aplicar seja a pena ou a medida de segurança, ele precisa se valer de um processo.
Conceito de processo penal: Instrumento utilizado pelo Estado para no exercício da jurisdição penal, privilegiar a segurança em detrimento da liberdade com a imposição do sansão penal adequada. 
Obs: A colocação sanção penal adequada, porque temos hoje alguns tipos de infração penal a que não mais se comina pena privativa de liberdade, como por exemplo a sanção que está prevista para os delitos que estão enumerados no Art 28 da lei de drogas, que é trazer consigo drogas para uso pessoal. Essa disposição ainda prevê uma sanção, porém não é mais privativa de liberdade. Ela prevê uma sanção como prestação de serviços, ou penas alternativas. Mais isso não significa que a infração deixa de ser delituosa, só significa que a pena não é mais privativa de liberdade. 
Lembrando que também existe como pena, a multa. 
Lide penal: Seja qual for a pena, se for necessário impor uma sanção penal, só pode ser feita através do processo, não há como impor uma sanção penal se não for dessa forma. 
Nas infrações penais de menor potencial ofensivo ( pena máxima até dois anos) é possível que aquele que cometeu uma infração tem direito, possa de fato ter uma sanção penal branda, para se vê livre do processo. ( Transação penal ou transação do processo). Mais a CF só abriu essa exceção para as infrações de menor potencial ofensivo, todas as outras só pode haver no processo. 
Se o estado não permite que as pessoas façam justiça com as próprias mãos, porque o estado chamou para si essa obrigação, para que não haja impunidade e justiça com as próprias mãos. Mais na medida emque o estado chamou para si essa obrigação, de apurar e impor sanção, ele não pode deixar de investigar, e punir. Porque o estado e só ele pode punir, quando se fala em punição, fala-se em Jus puniendi ou direito de punir, é o direito que corresponde ao estado de criar e aplicar o Direito Penal objetivo. 
O direito processual penal trata-se do Estado harmônico de princípios e normas que regem a sistematização e aplicação de jurisdição penal para regularizar o desenvolvimento da persecução penal em todas as suas fases. Que são Extrajudicial e Judicial.

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