Buscar

1.1 Sociedades empresariais + Falencia Resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SOCIEDADES EMPRESARIAIS 
 
CONCEITO 
 
Somente algumas espécies de pessoa jurídica que exploram atividade definida pelo direito como de 
natureza empresarial é que podem ser conceituadas como sociedades empresárias. 
 
EMPRESÁRIO, PARA TODOS OS EFEITOS DE DIREITO, É A SOCIEDADE, E NÃO OS SEUS SÓCIOS. 
 
A sociedade empresária é a pessoa jurídica que age como agente econômico na exploração da empresa. 
 
A sociedade empresária constitui seus próprios direitos e obrigações e estes são diferentes dos direitos e 
obrigações dos sócios (integrantes da sociedade). Nesse sentido, oportuno anotar que a sociedade 
empresária é sempre personalizada, entretanto, isso não significa que o sócio sempre responderá 
limitadamente, uma vez que para esta análise deve-se primeiramente analisar o tipo de sociedade. 
 
Sociedade simples – objeto social explorado sem aspecto empresarial 
Sociedade empresária – objeto social explorado de forma empresarial - pessoa jurídica de direito privado 
não-estatal, que explora empresarialmente seu objeto social ou a forma de sociedade por ações. 
 
As sociedades por ações serão sempre empresárias (anônima e comandita por ações) (CC/02, art. 982, 
parágrafo único; LSA, art. 2º, parágrafo 1º). - as cooperativas, de outro lado, nunca serão empresárias. 
 
Assim, salvo nestas hipóteses – sociedade anônima, em comandita por ações ou cooperativas – o 
enquadramento de uma sociedade no regime jurídico empresarial dependerá, exclusivamente, da forma 
com que explora seu objeto. 
 
As sociedades empresárias são sempre personalizadas, ou seja, são pessoas distintas dos sócios, 
titularizam seus próprios direitos e obrigações. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS. 
 
Como já se viu, os sócios não respondem, em regra, pelas obrigações sociais (princípio da autonomia 
patrimonial). 
A responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais é sempre subsidiária (art. 1.024 do CC/02 e art. 
596 do CPC). Isto é, enquanto não exaurido o patrimônio social, não se pode cogitar de comprometimento 
do patrimônio do sócio para a satisfação de dívida da sociedade. 
A solidariedade, no direito societário brasileiro, quando existe, verifica-se entre os sócios, pela formação 
do capital social, e nunca entre sócio e sociedade; quer dizer, se um sócio descumpre sua obrigação, esta 
pode ser exigida dos demais, se solidários. 
 
As sociedades empresárias são classificadas da seguinte forma quanto à responsabilidade: 
 
a) sociedade ilimitada (em que todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais. Há um 
só tipo no direito brasileiro: a sociedade em nome coletivo); 
b) sociedade mista (em que uma parte dos sócios tem responsabilidade ilimitada e outra parte tem 
responsabilidade limitada. São desta categoria as seguintes sociedades: em comandita simples (C/S), e a 
sociedade em comandita por ações; 
c) sociedade limitada (em que todos os sócios respondem de forma limitada pelas obrigações sociais. São 
desta categoria a sociedade limitada (Ltda.) e a anônima (S/A). 
 
Classificação Responsabilidade 
Sociedade empresária em nome coletivo ilimitada 
Sociedade empresária em comandita simples Mista (Limitada e Ilimitada) 
Sociedade empresária em comandita por ações Mista (Limitada e Ilimitada) 
Sociedade anônima Limitada 
Sociedade empresária limitada (Ltda) Limitada 
 
Anote-se que o limite da responsabilidade subsidiária dos sócios pode ser “zero”. Vale dizer, se todo o 
capital social já estiver integralizado, os credores da sociedade não poderão alcançar o patrimônio particular 
de qualquer sócio com responsabilidade limitada. Deverão, em consequência, suportar o prejuízo. 
Classificação quanto ao regime de constituição e dissolução 
 
Um determinado conjunto de tipos societários tem a sua constituição e dissolução disciplinadas pelo Código 
Civil de 2002; outro grupo rege-se, nesse assunto, pelas normas da Lei n. 6.404/76. Tem-se: 
a) sociedades contratuais (COTA) (cujo ato constitutivo e regulamentar é o contrato social). Para a 
dissolução deste tipo de sociedade, não basta a vontade majoritária dos sócios. São sociedades 
contratuais: em nome coletivo, em comandita simples e limitada; 
b) sociedades institucionais (AÇÕES) (cujo ato regulamentar é o estatuto social). Estas sociedades 
podem ser dissolvidas por vontade da maioria societária e há causas dissolutórias que lhes são exclusivas 
como a intervenção e liquidação extrajudicial. São institucionais a sociedade anônima e a sociedade em 
comandita por ações. 
 
Classificação quanto às condições de alienação da participação societária 
 
Há sociedades em que os atributos individuais do sócio interferem com a realização do objeto social e há 
sociedades em que não ocorre esta interferência. Em algumas a circunstancia de ser o sócio competente, 
honesto ou diligente tem relevância para o sucesso ou fracasso da empresa, ao passo que em outras, tais 
características subjetivas decididamente não influem no desenvolvimento do objeto social. 
 
Justamente em função dessa realidade, é que o direito comercial criou um grupo de sociedades em que a 
alienação da participação societária por um dos sócios, a terceiro estranho da sociedade, depende da 
anuência dos demais sócios e um outro grupo em que esse ato jurídico independe da mencionada 
anuência. 
 
A participação societária de uma sociedade contratual é denominada “cota”; a de uma sociedade 
institucional é denominada “ação”. Uma ou outra são bens do patrimônio do sócio (ou acionista), não 
pertencem à sociedade. Desse modo, o seu titular, o sócio, pode dispor da participação societária, 
alienando-a. 
 
Em vista desse quadro, dividem-se as sociedades nas seguintes categorias: 
a) sociedades de pessoas (em que os sócios têm direito de vetar o ingresso de estranho no quadro 
associativo); 
b) sociedades de capital (em relação às quais vige o princípio da livre circulabilidade da participação 
societária). 
 
O que faz uma sociedade ser “de pessoas” ou “de capital” é, na verdade, o direito de o sócio impedir o 
ingresso de terceiro não-sócio no quadro associativo existente nas de perfil personalístico e ausente nas de 
perfil capitalístico. 
Em função disto, justamente, é que as cotas sociais relativas a uma sociedade “de pessoas” são 
impenhoráveis por dívidas particulares do seu titular. 
As sociedades institucionais são sempre “de capital” (ex. sociedade anônima e sociedade em comandita por 
ações), enquanto as contratuais podem ser “de pessoas” ou “de capital”. A sociedade limitada é “de 
pessoas”, a menos que o contrato social lhe confira natureza capitalista. 
 
SOCIEDADE IRREGULAR. 
A sociedade sem registro é chamada, na doutrina, de sociedade irregular ou “de fato”. No Código Civil de 
2002, a sociedade empresária irregular ou “de fato” é disciplina sob a designação de “sociedade em 
comum”. 
 
NACIONALIDADE DA SOCIEDADE. 
No direito brasileiro, uma sociedade se considera nacional se atende a dois requisitos: sede no Brasil e 
organização de acordo com nossa legislação (DL n. 2.627/40). Não é relevante, pois, a nacionalidade dos 
sócios, nem a origem do capital investido na sua constituição. 
 
CONSTITUIÇÃO DAS SOCIEDADES CONTRATUAIS 
 
As sociedades em nome coletivo, em comandita simples e limitada são constituídas por contrato social. 
Do contrato surge um novo sujeito de direito, a sociedade, perante a qual os contratantes também são 
obrigados. 
São cláusulas essenciais: tipo societário (a relação dos tipos apresentada pelo direito é exaustiva); objeto 
social (a atividade explorada economicamente ela sociedade); capital social (bem como o modo e prazo de 
sua integralização e as cotas pertencentes a cada um); responsabilidade dos sócios; qualificação dos 
sócios; nomeação de administrador (cabe ao contrato social estabelecer a representação legal da 
sociedade, nomeando seu administrador ou administradores); nome empresarial; sede eforo; prazo de 
duração. 
A MAORIA SOCIETÁRIA É DEFINIDA NÃO EM FUNÇÃO DA QUANTIDADE DE SÓCIOS, MAS DA 
PARTICIPAÇÃO DE CADA UM DELES NO CAPITAL SOCIAL. O VOTO DE CADA SÓCIO TEM O PESO 
PROPORCIONAL À COTA SOCIAL CORRESPONDENTE. 
 
No que toca às obrigações do sócio, destacam-se: participar da formação do capital social e das 
perdas, até o limite da correspondente responsabilidade subsidiária, de acordo com o tipo societário e 
demais circunstâncias juridicamente relevantes. 
No campo dos direitos, podem ser citados os seguintes: a) participação nos resultados sociais – os lucros 
gerados pela sociedade poderão ter uma das seguintes destinações: capitalização, constituição de reserva 
ou distribuição entre os sócios; b) administração da sociedade – o sócio tem o direito de intervir na 
administração da sociedade; c) fiscalização da administração – fiscalizar o andamento dos negócios, 
examinar livros, documentos etc.; direito de retirada – o sócio pode retirar-se da sociedade, dissolvendo-a 
parcialmente. 
Os lucros sociais pertencem à sociedade até o exato momento em que a maioria societária opta por 
distribuí-los, total ou parcialmente, entre os sócios. A partir desta deliberação, os sócios são credores da 
sociedade pelos dividendos correspondentes e poderão cobrá-los, inclusive judicialmente, salvo em caso de 
falência da sociedade. Os lucros sociais destinados à capitalização ou constituição de reservas continuarão 
no patrimônio da sociedade. 
O pagamento dos sócios, a título de participação nos lucros sociais, não se confunde com o pro labore (este 
remunera o trabalho despendido pelo sócio). 
 
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO. 
 
Somente PESSOAS FÍSICAS podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os 
sócios, SOLIDÁRIA e ILIMITADAMENTE, pelas obrigações sociais. 
 
Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime 
convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um. 
A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas específicas expostas neste tópico, e pelas normas das 
sociedades em geral. 
 
Somente o nome civil de sócio de responsabilidade ilimitada poderá fazer parte da firma. 
 
FIRMA SOCIAL: O contrato deve mencionar, além das indicações obrigatórias, a firma social. 
 
ADMINISTRAÇÃO: A administração da sociedade compete exclusivamente a sócios, sendo o uso da firma, 
nos limites do contrato, privativo dos que tenham os necessários poderes. 
 
RESTRIÇÃO À LIQUIDAÇÃO DA QUOTA DO DEVEDOR: O credor particular de sócio não pode, antes de 
dissolver-se a sociedade, pretender a liquidação da quota do devedor. 
Entretanto, o credor poderá fazê-lo quando: 
I - a sociedade houver sido prorrogada tacitamente; 
II - tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente oposição do credor, levantada no prazo 
de noventa dias, contado da publicação do ato dilatório. 
 
HIPÓTESES DE DISSOLUÇÃO: A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das causas 
estabelecidas para as sociedades em geral e, se empresária, também pela declaração da falência. 
 
SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES. 
 
Na sociedade em comandita simples tomam parte, sócios de duas categorias: 
1. Comanditados, PESSOAS FÍSICAS, responsáveis SOLIDÁRIA e ILIMITADAMENTE pelas obrigações 
sociais; 
2. Comanditários, obrigados SOMENTE pelo valor de sua quota. 
 
O contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários. 
 
Somente os sócios comanditados podem ser administradores, e o nome empresarial da sociedade só 
poderá valer-se de seus nomes civis 
 
NORMAS SUBSIDIÁRIAS: Aplicam-se à sociedade em comandita simples as normas da Sociedade em 
Nome Coletivo, no que forem compatíveis com as expostas neste tópico. 
Aos comanditados cabem os mesmos direitos e obrigações dos sócios da sociedade em nome coletivo. 
 
RESTRIÇÕES AO SÓCIO COMANDITÁRIO: Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da 
sociedade e de lhe fiscalizar as operações, não pode o comanditário praticar qualquer ato de gestão, nem 
ter o nome na firma social, sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado. 
 
COMANDITÁRIO PROCURADOR: Pode o comanditário ser constituído procurador da sociedade, para 
negócio determinado e com poderes especiais. 
 
REDUÇÃO DO CAPITAL SOCIAL – EFEITOS: Somente após averbada a modificação do contrato, produz 
efeito, quanto a terceiros, a diminuição da quota do comanditário, em consequência de ter sido reduzido o 
capital social, sempre sem prejuízo dos credores preexistentes. 
 
REPOSIÇÃO DE LUCROS: O sócio comanditário não é obrigado à reposição de lucros recebidos de boa-fé 
e de acordo com o balanço. Diminuído o capital social por perdas supervenientes, não pode o comanditário 
receber quaisquer lucros, antes de reintegrado aquele. 
 
MORTE DE SÓCIO COMANDITÁRIO: No caso de morte de sócio comanditário, a sociedade, salvo 
disposição do contrato, continuará com os seus sucessores, que designarão quem os represente. 
HIPÓTESES DE DISSOLUÇÃO: Dissolve-se de pleno direito a sociedade: 
I - por qualquer das causas estabelecidas para as sociedades em geral e também pela declaração da 
falência Veja tópico Sociedade - Dissolução; 
II - quando por mais de cento e oitenta dias perdurar a falta de uma das categorias de sócio. 
 
COMANDITADO – LACUNA: Na falta de sócio comanditado, os comanditários nomearão administrador 
provisório para praticar, durante o período de 180 dias e sem assumir a condição de sócio, os atos de 
administração. 
 
SOCIEDADE LIMITADA. 
 
Na sociedade empresária limitada, a responsabilidade de cada sócio é RESTRITA AO VALOR DE SUAS 
COTAS, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. 
 
O contrato mencionará, no que couber, as indicações obrigatórias, e, se for o caso, a firma social. 
Pode ser de pessoas ou de capital, sendo definido pelo contrato social. 
 
DIVISÃO DO CAPITAL – QUOTAS: O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma 
ou diversas a cada sócio. 
Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os sócios, até o 
prazo de cinco anos da data do registro da sociedade. 
É vedada contribuição que consista em prestação de serviços. 
A quota é indivisível em relação à sociedade, salvo para efeito de transferência, caso em que se observará 
o disposto no artigo seguinte. 
 
CESSÃO DE QUOTAS: Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a 
quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de 
titulares de mais de um quarto do capital social. 
A cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros, a partir da averbação do respectivo instrumento, 
subscrito pelos sócios anuentes. 
 
SÓCIO REMISSO: Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem tomá-la para si ou 
transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os juros 
da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as despesas. 
 
LUCROS – REPOSIÇÃO: Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias retiradas, a 
qualquer título, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se distribuírem com 
prejuízo do capital. 
 
ADMINISTRAÇÃO: A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato 
social ou em ato separado. 
A administração atribuída no contrato a todos os sócios não se estende de pleno direito aos que 
posteriormente adquiram essa qualidade. 
A designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios, 
enquanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3 (dois terços), no mínimo, após a integralização. 
O administrador designado em ato separado investir-se-á no cargo mediante termo de posse no livro de 
atas da administração.Se o termo não for assinado nos trinta dias seguintes à designação, esta se tornará sem efeito. 
Nos dez dias seguintes ao da investidura, deve o administrador requerer seja averbada sua nomeação no 
registro competente, mencionando o seu nome, nacionalidade, estado civil, residência, com exibição de 
documento de identidade, o ato e a data da nomeação e o prazo de gestão. 
O exercício do cargo de administrador cessa pela destituição, em qualquer tempo, do titular, ou pelo término 
do prazo se, fixado no contrato ou em ato separado, não houver recondução. 
Tratando-se de sócio nomeado administrador no contrato, sua destituição somente se opera pela aprovação 
de titulares de quotas correspondentes, no mínimo, a dois terços do capital social, salvo disposição 
contratual diversa. 
A cessação do exercício do cargo de administrador deve ser averbada no registro competente, mediante 
requerimento apresentado nos dez dias seguintes ao da ocorrência. 
A renúncia de administrador torna-se eficaz, em relação à sociedade, desde o momento em que esta toma 
conhecimento da comunicação escrita do renunciante; e, em relação a terceiros, após a averbação e 
publicação. 
 
FIRMA OU DENOMINAÇÃO SOCIAL: O uso da firma ou denominação social é privativo dos 
administradores que tenham os necessários poderes. 
 
BALANÇO: Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à elaboração do inventário, do balanço 
patrimonial e do balanço de resultado econômico. 
 
Responsabilidade dos sócios. O limite da responsabilidade dos sócios, na sociedade limitada, é o total 
do capital social subscrito e não integralizado. Capital subscrito é o montante de recursos que os sócios 
se comprometem a entregar para a formação da sociedade; integralizado é a parte do capital social que 
eles efetivamente entregam. Assim, ao firmarem o contrato social, os sócios podem estipular que o capital 
social será de R$ 100, dividido em 100 quotas no valor de R$ 1 cada. Se Antonio subscreve 70 quotas e 
Benedito, 30, eles se comprometeram a entregar respectivamente R$ 70 e R$ 30 para a formação da 
sociedade. 
Podem fazê-lo à vista, no ato da constituição, hipótese em que o capital integralizado será igual ao subscrito 
desde o início da sociedade. Aqui, o limite da responsabilidade dos sócios é zero; quer dizer, os credores 
não podem cobrar dos sócios nenhuma obrigação social. 
Mas, podem fazê-lo a prazo. Imagine que Antônio integraliza R$ 50, e assume o restante de integralizar o 
restante de suas quotas em 2 anos, enquanto Benedito integraliza os R$ 30 correspondentes às suas 
quotas no ato da constituição da limitada. Aqui, o limite da responsabilidade dos sócios é R$ 20, já que o 
capital social subscrito é R$ 100, e o integralizado, R$ 80 (R$ 50 por Antônio e R$ 30 por Benedito). 
Os sócios, na limitada, têm responsabilidade solidária pela integralização do capital social. Em 
decorrência, no exemplo em foco, os credores poderão cobrar o que falta à integralização do capital social 
tanto de Antonio como de Benedito. Claro que sendo este último responsabilizado pelos R$ 20 devidos por 
Antonio, terá ele direito de regresso contra o sócio titular das quotas não integralizadas. 
Entre os sócios da sociedade limitada, pode-se constatar, há solidariedade pela integralização do capital 
social. Essa é, a propósito, a diferença, em termos de repercussões econômicas, do limite da 
responsabilidade dos sócios na sociedade anônima e na limitada. Enquanto na anônima cada acionista 
responde no limite da parte do capital social, por ele subscrita e não integralizada, na limitada, os sócios são 
responsáveis pelo total do capital social subscrito e não integralizado. 
Em suma, se o contrato social estabelece que o capital está totalmente integralizado, os sócios não têm 
nenhuma responsabilidade pelas obrigações sociais. Falindo a sociedade, e sendo insuficiente o patrimônio 
social para liquidação do passivo, a perda será suportada pelos credores. 
 
DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE CONTRATUAL 
A dissolução opera o desfazimento do ato constitutivo da sociedade empresarial. Difere-se, portanto, da 
invalidação e da ineficácia do referido ato. 
 
Causas de Dissolução Total. A dissolução total de todos os vínculos que deram origem a uma sociedade 
contratual pode ser causada pelos seguintes fatores: a) vontade dos sócios, desde que por unanimidade, se 
for por prazo determinado; b) decurso do prazo determinado de duração; d) inexeqüibilidade do objeto 
social); e) unipessoalidade por mais de 180 dias, lembrando-se que esta cláusula aplica-se somente nos 
casos em que a sociedade seja constituída, apenas, por dois sócios; f) causas outras contratuais. 
Causas de dissolução parcial. A dissolução parcial da sociedade (isto é, a “resolução da sociedade em 
relação a um sócio”) pode ser provocada por: a) vontade dos sócios; b) morte de sócio (tem o herdeiro 
direito à apuração dos haveres, mas pode pretender ingressar na sociedade); c) retirada de sócio (é ato 
unilateral, devendo ser registrado na Junta Comercial para valer contra terceiros); d) exclusão de sócio. 
 
Liquidação e Apuração de Averes. À dissolução total seguem-se a liquidação e a partilha, enquanto à 
dissolução parcial segue-se a apuração de haveres e o reembolso. Entre uma e outra forma de dissolução 
não há, nem pode haver, qualquer diferença de conteúdo econômico. 
 
SOCIEDADE ANÔNIMA. 
 
É sociedade institucional, assim como a sociedade em comandita por ações. 
 
A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou 
acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. 
 
O estatuto social definirá o objeto de suas atividades de modo preciso e completo. 
 
A sociedade será designada por denominação acompanhada das expressões "companhia" ou "sociedade 
anônima", expressas por extenso ou abreviadamente mas vedada a utilização da primeira ao final. 
 
Conceito e características da sociedade anônima. A sociedade anônima, também referida pela 
expressão “companhia”, é a sociedade empresária com capital social dividido em ações, espécie de valor 
mobiliário, no qual os sócios, chamados acionistas, respondem pelas obrigações sociais até o limite do 
preço de emissão das ações que possuem. 
 
É uma sociedade de capital. Os títulos representativos da participação societária (ação) são livremente 
negociáveis. Nenhum dos acionistas pode impedir, por conseguinte, o ingresso de quem quer que seja no 
quadro associativo. Por outro lado, será sempre possível a penhora da ação em execução promovida contra 
o acionista. 
Finalmente, falecendo o titular de uma ação, não poderá ser impedido o ingresso de seus sucessores no 
quadro associativo. 
O capital social deste tipo societário é dividido em unidades representadas por ações, sendo que os sócios, 
também chamados acionistas, respondem pelas obrigações sociais até o limite do que falta para a 
integralização das ações de que sejam titulares. 
A sociedade anônima é sempre empresária, mesmo que seu objeto seja atividade econômica civil. 
Classificação. As sociedades anônimas se classificam em abertas ou fechadas, conforme tenham, ou 
não, admitidos à negociação, na Bolsa ou no mercado de balcão, os valores mobiliários. É um critério 
meramente formal de classificação. 
 
Constituição. O tema da constituição das companhias encontra-se fracionado em três níveis distintos: a) 
requisitos preliminares; b) modalidades de constituição; c) providências complementares. Não se trata, 
rigorosamente, de etapas da constituição, posto se intercruzarem as medidas disciplinadas em cada uma 
destas seções. 
A subscrição é ato irrevogável e unilateral. Opera-se no mercado primário de ações, sempre. 
Requisitos preliminares, tem-se: a) subscrição de todo o capital social por, pelo menos, duas pessoas; b) 
realização, como entrada de, no mínimo, 10% do preço de emissão das ações subscritasem dinheiro. Em 
se tratando de instituição financeira, a porcentagem sobe para 50%; c) deposito das entradas em dinheiro 
no Banco do Brasil ou estabelecimento bancário autorizado pela CVM. 
Modalidades de constituição, tem-se: a) constituição por subscrição pública, em que os fundadores 
buscam recursos para a constituição da sociedade junto aos investidores; b) constituição por subscrição 
particular, em que inexiste esta preocupação por parte dos fundadores. 
Providências complementares, fixa a lei a necessidade de registro e publicação dos atos constitutivos 
da companhia. Somente após estas providencias, é que a companhia poderá dar início à exploração de 
suas atividades comerciais, de forma regular. 
 
A sociedade anônima, necessitando obter os recursos reclamados pelo desenvolvimento da atividade 
econômica circunscrita ao seu objeto social, tem duas possibilidades a examinar: de um lado, contrair 
empréstimo bancário, de outro, apresentar-se aos investidores, no mercado de capitais ou privadamente, 
como uma opção de investimento. Esta última hipótese viabiliza-se pela emissão de valores mobiliários. 
 
Valores mobiliários. São títulos de investimento que a sociedade anônima emite para obtenção dos 
recursos de que necessita. Além da ação, valor mobiliário representativo de unidade do capital social, que 
será objeto de estudo no próximo item, a companhia poderá emitir os seguintes principais valores 
mobiliários: a) debêntures; b) partes beneficiárias; c) bônus de subscrição; d) nota promissória. 
 
Capital social. O capital social de uma sociedade anônima, como ocorre em relação às demais sociedades 
comerciais, pode ser integralizado pelo acionista em dinheiro (hipótese mais comum), bens ou créditos. 
 
O CS poderá ser aumentado ou reduzido 
 
Órgãos sociais. Quatro são os principais órgãos da companhia: a assembléia geral, o conselho de 
administração, a diretoria e o conselho fiscal. Além destes, o estatuto poderá prever, livremente, a 
existência de órgãos técnicos de assessoramento ou de execução. 
 
Dissolução e Liquidação. A sociedade anônima se extingue pelo encerramento da liquidação, que se 
segue à dissolução, ou pela incorporação, fusão e cisão com versão de todo patrimônio em outras 
sociedades. 
A dissolução pode dar-se de: pleno direito (ex. término do prazo de duração, os casos previstos no 
estatuto, a deliberação da assembléia geral e, finalmente, pela extinção da autorização para funcionar); por 
decisão judicial (por exemplo, a anulação da constituição da companhia, proposta por qualquer acionista, 
a irrealizabilidade do objeto social e, por fim, a falência); ou por decisão de autoridade administrativa 
competente. 
A dissolução por vontade dos acionistas não depende de unanimidade, podendo ser decidida por quem 
represente metade, pelo menos, do capital votante (art. 136, VII, da LSA). 
À dissolução segue-se a liquidação, que será judicial sempre que aquela o for e mais nas hipóteses de 
pedido de qualquer acionista, ou do representante do Ministério Público, quando a liquidação amigável não 
for processada a contento. 
 
Tranformação, Incorporação, Fusão e Cisão. Os procedimentos de reorganização das empresas que 
envolverem pelo menos uma sociedade anônima devem atender à disciplina da LSA. São quatro 
operações, pelas quais as sociedades mudam de tipo, aglutinam-se ou dividem-se, procurando os seus 
sócios e acionistas dotá-las do perfil mais adequado à realização dos negócios sociais ou, mesmo, ao 
cumprimento das obrigações tributárias. 
A tranformação é a operação de mudança de tipo societário: a sociedade limitada torna-se anônima, ou 
vice-versa. Não extingue a pessoa jurídica da sociedade, nem cria outra nova. É o mesmo sujeito de direito 
coletivo anterior à transformação que permanece. 
A incorporação é a operação pela qual uma sociedade absorve outra ou outras, as quais deixam de existir; 
a fusão consiste na união de duas ou mais sociedades, para dar nascimento a uma nova; e a cisão é a 
transferência de parcelas do patrimônio social para uma ou mais sociedades, já existentes ou constituídas 
na oportunidade. Estas três operações submetem-se a regras comuns de procedimento, cabendo a 
deliberação ao órgão societário competente para alteração do ato constitutivo. 
Os direitos dos credores, nessas operações, estão claramente definidos. Na transformação eles continuam 
titularizando as mesmas garantias dadas pelo tipo societário anterior. Na incorporação e na fusão, o credor 
prejudicado pela nova situação da sociedade devedora poderá pleitear em juízo a anulação da operação. 
Finalmente, na cisão, define a lei a solidariedade entre as sociedades resultantes da operação por todas as 
obrigações da cindida. 
 
SOCIEDADE COMANDITA POR AÇÕES. 
 
É a sociedade em comandita por ações, à qual se aplicam todas as normas relativas à sociedade anônima. 
O acionista diretor (gerente) tem responsabilidade ilimitada pelas obrigações sociais. Assim, somente o 
acionista poderá fazer parte da diretoria. A sociedade pode adotar firma ou denominação, sendo que, no 
primeiro caso, não poderá compor seu nome empresarial aproveitando o nome civil de acionista que não 
seja diretor. 
 
ADMINISTRADOR: Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, 
responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade. 
Os diretores serão nomeados no ato constitutivo da sociedade, sem limitação de tempo, e somente poderão 
ser destituídos por deliberação de acionistas que representem no mínimo dois terços do capital social. 
O diretor destituído ou exonerado continua, durante dois anos, responsável pelas obrigações sociais 
contraídas sob sua administração. 
 
SOLIDARIEDADE: Se houver mais de um diretor, serão solidariamente responsáveis, depois de esgotados 
os bens sociais. 
 
ASSEMBLEIA GERAL - CONSENTIMENTO DOS DIRETORES: A assembleia geral não pode, sem o 
consentimento dos diretores, mudar o objeto essencial da sociedade, prorrogar-lhe o prazo de duração, 
aumentar ou diminuir o capital social, criar debêntures, ou partes beneficiárias. 
 
 
SOCIEDADE COOPERATIVA. 
 
Cooperativa é uma associação de pessoas com interesses comuns, economicamente organizada de forma 
democrática, isto é, contando com a participação livre de todos e respeitando direitos e deveres de cada um 
de seus cooperados, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos. 
Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada. 
É limitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde somente pelo valor de suas quotas e 
pelo prejuízo verificado nas operações sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas 
operações. 
É ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde solidária e ilimitadamente pelas 
obrigações sociais. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) A limitação da responsabilidade de um sócio, em uma sociedade limitada, por regra, é 
A. capital social total prometido pela sociedade e ainda não integralizado de forma solidária entre os sócios. 
B. capital social individualmente prometido por casa sócio e ainda não integralizado de forma subsidiária 
para os demais sócios. 
C. o capital social prometido, independentemente de estar integralizado ou não, sendo obrigação dos sócios 
integralizar novamente, caso a sociedade não tenha patrimônio em caso de falência. 
D. o capital real que a sociedade tiver, não sendo relevante o capital integralizado ou não. Os sócios jamais 
são obrigados a completar o capital social, salvo existência de crime falimentar. 
 
2 ) A respeito da sociedade empresarial cujo contrato social não tenha ainda sido inscrito no órgão 
próprio, assinale a opção correta conforme a legislação pertinente. 
A. Bens particulares do sócio que não tiver contratado em nome da sociedade só poderão ser executados 
por dívidas da sociedade depois de executados os benssociais. 
B. À situação em apreço é aplicável a teoria da desconsideração da personalidade jurídica, razão por que 
os patrimônios pessoais dos sócios poderão ser alcançados por dívidas da sociedade. 
C. Os bens e as dívidas sociais não constituem patrimônio especial, pois não há de se cogitar de patrimônio 
em comum dos sócios. 
D. Devido ao fato de ainda não estar inscrito no órgão próprio, o referido contrato não será considerado 
válido como prova de existência da sociedade. 
 
3) Analise os seguintes enunciados em relação à atividade empresarial: 
 
I. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
II. Considera-se empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, 
ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento 
de empresa. 
III. É facultativa a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, 
antes do início de sua atividade. 
IV. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não sejam casados 
sob o regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
A. II, III e IV. 
B. I, III e IV. 
C. II e III. 
D. I e IV. 
E. I e II. 
 
4) Com a finalidade de reduzir o montante de impostos devidos, o administrador de determinada 
sociedade anônima simulou a ocorrência de prejuízos à companhia. Após alguns anos de êxito, sua 
conduta foi descoberta e, devido ao recolhimento a menor, foi necessário complementar os 
impostos pagos, tendo incidido multa e havido outras despesas decorrentes de honorários de 
advogados, contadores e outros profissionais requeridos para a correção do equívoco. Ao final, os 
valores pagos para corrigir a falha superaram em muito o valor que deveria ter sido pago 
inicialmente, conforme a lei. 
Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta. 
A. O administrador não poderá ser responsabilizado pessoalmente por eventuais prejuízos causados a 
terceiros, pois agiu em nome da sociedade. 
B. Os acionistas individualmente prejudicados não poderão propor ação contra o administrador, devendo-se 
subordinar à deliberação da assembleia geral. 
C. É necessária a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica da empresa para que 
se obtenha a responsabilização pessoal do administrador. 
D. Se a referida simulação decorrer de exercício abusivo do poder de controle, o controlador poderá ser 
responsabilizado pelos prejuízos, desde que comprovado dolo na atuação. 
E. Caberá à assembleia geral da companhia deliberar pelo ajuizamento, ou não, da ação de 
responsabilidade civil contra o administrador pelos prejuízos causados. 
 
5) Assinale a opção correta a respeito das sociedades dependentes de autorização governamental 
para funcionamento. 
A. A sociedade terá o prazo de doze meses para obter ratificação da autoridade governamental em caso de 
alteração dos fins sociais, sob pena de cassação. 
B. Ao contrário das sociedades de leasing, as administradoras de consórcio não necessitam de autorização 
governamental para funcionarem. 
C. A origem do capital investido na sociedade pouco importa para que esta seja considerada de 
nacionalidade brasileira. 
D. A competência para autorizar o funcionamento de sociedade anônima será do ente federativo onde 
estiver situada a sede da empresa. 
E. Não havendo prazo no ato governamental que expeça a autorização, esta não caducará se a sociedade 
não entrar em funcionamento. 
 
6) São sociedades personificadas: 
A. sociedade em conta de participação e sociedade li- mitada. 
B. sociedade anônima e sociedade em comum. 
C. sociedade em comandita simples e sociedade em nome coletivo. 
D. sociedade em conta de participação e sociedade em comandita simples. 
E. sociedade em nome coletivo e sociedade em comum. 
 
7) Assinale a alternativa correta. 
A. Na sociedade simples, a administração é feita conjuntamente pelos sócios e a responsabilidade deles é 
limitada ao montante do capital social. 
B. Nas sociedades limitadas, a administração obrigatoriamente tem de ser feita por administradores sócios e 
a responsabilidade dos sócios é limitada ao montante do capital social. 
C. A chamada sociedade de propósito específico não é um tipo societário definido no Código Civil, assim 
ela pode tomar qualquer das formas das sociedades regulares ali previstas. 
D. Na sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples e comandita por ações, e na 
sociedade por ações a responsabilidade dos sócios é limitada ao montante do capital social. 
 
8) Na sociedade limitada, será tomada pelos votos correspondentes, no mínimo, a três quartos do 
capital social, a deliberação dos sócios referente à 
A. dissolução da sociedade. 
B. aprovação das contas da administração. 
C. destituição dos administradores. 
D. nomeação dos liquidantes. 
E. destituição dos liquidantes. 
 
9) Julgue os itens a seguir, a respeito das sociedades empresárias e do exercício da atividade 
empresarial. 
A sociedade limitada rege-se pelo Código Civil vigente, porém, na omissão deste, devem ser 
aplicadas as normas da sociedade simples, salvo se o contrato social previr a regência supletiva da 
sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima. 
C. Certo 
E. Errado 
 
10) Julgue os itens a seguir, a respeito das sociedades empresárias e do exercício da atividade 
empresarial. 
Nas sociedades limitadas, cujo capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, há 
possibilidade de a contribuição de um sócio ser feita mediante a prestação de serviços. 
C. Certo 
E. Errado 
 
11) Acerca do direito empresarial, julgue os próximos itens. 
Se Noé for sócio fundador de determinada sociedade anônima que atua no ramo de fabricação de 
embarcações, então o nome Noé poderá constar na denominação da sociedade, que deve ser 
integrada pelas expressões sociedade anônima ou companhia. 
C. Certo 
E. Errado 
 
 
 
12) Com relação às sociedades empresárias, pode-se afirmar que: 
I – nas sociedades anônimas e na sociedade limitada, os sócios respondem de forma limitada pelas 
obrigações sociais; 
II – as sociedades em nome coletivo, em comandita simples e limitada são constituídas por contrato social; 
III – a sociedade limitada é disciplinada em capítulo próprio do Código Civil em vigor, podendo ser a ela 
aplicadas outras disposições e outros diplomas legais a este tipo societário; 
 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões) 
A. I, apenas. 
B. III, apenas. 
C. I e III, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. I, II e III. 
 
13) A sociedade empresária, como pessoa jurídica, é sujeito de direito personalizado. Posta a 
premissa, é FALSA a consequência seguinte: 
A. a responsabilização patrimonial, solidária e direta dos sócios, em relação aos credores, pelo eventual 
prejuízo causado pela sociedade. 
B. sua titularidade negocial, ou seja, é ela quem assume um dos pólos na relação negocial. 
C. sua titularidade processual, isto é, pode demandar e ser demandada em juízo. 
D. sua responsabilidade patrimonial, ou seja, tem patrimônio próprio, inconfundível e incomunicável com o 
patrimônio individual de seus sócios. 
E. extingue-se por um processo próprio, que compreende as fases de dissolução, liquidação e partilha de 
seu acervo. 
 
14) Nas sociedades limitadas, quando a maioria dos sócios, representativa de mais da metade do 
capital social, entender que um ou mais sócios estão pondo em risco a continuidade da empresa, 
por atos de gravidade inegável, 
A. poderá excluí-los da sociedade, mediante alteração do contrato social, desde que prevista neste a 
exclusão por justa causa. 
B. deverá promover a dissolução total da sociedade, independentemente de ação judicial, paraexclusão 
dos sócios. 
C. terá de propor, necessariamente, ação de dissolução parcial da sociedade, sob pena de responder 
solidariamente pelos prejuízos sofridos por terceiros. 
D. deverá excluí-los da sociedade, independentemente de previsão contratual, pagando ao excluído o valor 
nominal de suas cotas. 
E. poderá depositar judicialmente os créditos dos sócios faltosos, afastando-os da administração da 
sociedade, mas não poderá excluí-los do quadro societário, por ferir o direito de propriedade. 
 
15) Podem os cônjuges celebrar sociedade entre si, desde que o regime de bens do casamento não 
seja 
A. o da comunhão universal ou da participação final nos aquestos. 
B. o da comunhão parcial ou da comunhão universal. 
C. o da separação facultativa ou da participação final nos aquestos. 
D. o da comunhão universal ou da separação obrigatória. 
E. estabelecido em pacto antenupcial, com expressa vedação da sociedade entre os nubentes, qualquer 
que seja o regime escolhido. 
 
16) Assinale a opção correta, em relação ao direito societário e ao direito falimentar. 
A. Falência é processo de liquidação judicial a que se sujeitam as sociedades empresárias, as sociedades 
simples e as pessoas naturais. 
B. A recuperação judicial pode ser concedida a pessoa física não empresária. 
C. A incorporação é ato societário que se caracteriza pela absorção de uma sociedade por outra e implica a 
sucessão daquela que absorve em todos os direitos e obrigações da que é absorvida. 
D. Na fusão, as sociedades que se unem continuam a existir de maneira distinta, permanecendo cada qual 
com seus ativos e passivos. 
E. Ao empresário individual, assim caracterizado aquele que explora em nome próprio atividade empresária, 
é vedada a inscrição no registro público de empresas mercantis. 
 
 
 
 
 
 
 
17) Quanto às sociedades em espécie, julgue os itens seguintes. 
Considere que Mário, sócio de determinada sociedade limitada, diante da omissão do contrato 
quanto à cessão de quotas, cedeu parte de sua quota a Ricardo, também sócio, sem, contudo, 
proceder à audiência dos demais sócios. Nessa situação, o ato é inválido, já que na sociedade 
limitada, a cessão de quotas, mesmo na hipótese de omissão do contrato, depende da audiência 
prévia dos demais sócios. 
C. Certo 
E. Errado 
 
18) A respeito da sociedade limitada, é correto afirmar que 
A. qualquer dos sócios, por si ou na condição de mandatário, pode votar, na assembléia dos sócios, matéria 
que lhe diga respeito diretamente. 
B. a aprovação das contas da administração não depende da deliberação dos sócios. 
C. a administração atribuída no contrato a todos os sócios se estende de pleno direito aos que 
posteriormente adquiriram essa qualidade. 
D. é assegurado aos sócios minoritários, que representem pelo menos um quinto do capital social, o direito 
de eleger, separadamente, um dos membros do conselho fiscal e o respectivo suplente. 
E. compete ao conselho fiscal fixar, anualmente, a remuneração de seus membros. 
 
19) Com base na legislação societária e, em particular, na Lei n.º 6.404/1976 e suas alterações, julgue 
os itens seguintes. 
Na sociedade limitada, todos os sócios são solidariamente responsáveis pela integralização do 
capital social, que é dividido em quotas iguais. Sócio nomeado administrador só pode ser destituído 
por titulares de quotas que representem, no mínimo, três quintos do capital social. 
C. Certo 
E. Errado 
 
20) Acerca das sociedades empresárias, assinale a opção correta. 
A. Nas sociedades em comum, os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito 
podem provar a existência da sociedade. Contudo, os terceiros não sócios podem provar a existência da 
sociedade por qualquer modo admitido em direito. 
B. Nas sociedades em nome coletivo, todos os sócios, sejam pessoas físicas ou jurídicas, respondem 
solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. 
C. Nas sociedades limitadas, a lei define o valor do capital social como limite de responsabilidade entre os 
sócios. Assim, ainda que o capital social se encontre totalmente integralizado, os sócios poderão ser 
responsabilizados até o limite do valor do capital social descrito no ato constitutivo. 
D. A Lei n.º 6.404/1976 exige que apenas acionistas façam parte da diretoria nas sociedades anônimas, 
vigendo, nesse órgão societário, o princípio da auto-organicidade. 
 
21) Acerca das regras que regulamentam as sociedades limitadas, assinale a opção correta. 
A. Ocorrendo deliberação, por maioria dos sócios, que seja contrária à lei ou que infrinja o contrato social, 
todos os sócios responderão solidária e ilimitadamente pelo ato irregular. 
B. Tratando-se de sociedade limitada, somente haverá necessidade de deliberação em assembleia se tal 
determinação vier expressa em seu contrato social. Essa é uma característica de sociedade anônima 
limitada não prevista em lei. 
C. A administração de sociedade limitada pode competir a terceiros estranhos ao quadro social, desde que 
o contrato social expressamente o admita. 
D. Na formação do capital social, os sócios podem contribuir com bens móveis ou imóveis, dinheiro ou 
prestação de serviços, e, no caso de a contribuição perfazer-se em bens, caso não haja acordo entre os 
sócios quanto ao valor destes, a avaliação será judicial. 
 
22) Quanto ao direito societário, assinale a opção correta. 
A. Independentemente de seu objeto, considera-se simples a sociedade cooperativa. 
B. Nas sociedades de capitais, a responsabilidade e a atuação dos sócios constituem fator preponderante 
na vida empresarial da sociedade. 
C. A sociedade anônima e a limitada constituem sociedades despersonificadas. 
D. A administração das sociedades simples compete a pessoas físicas ou jurídicas. 
E. É lícita a estipulação, no contrato social de sociedade limitada, de cláusula que exclua sócio de participar 
das perdas da sociedade. 
 
 
 
 
 
23) Um empresário adquiriu o imóvel onde funcionou um posto de combustíveis cujas atividades 
foram encerradas há mais de um ano; o imóvel estava sendo explorado por um locatário que foi 
retirado por meio de ação de despejo. Como o local já havia funcionado como posto de 
combustíveis, o empresário montou no local um novo posto, ainda maior, com outra bandeira, 
adquiriu novos equipamentos, tanques, bombas de combustível, contratou empregados e, com isso, 
efetivamente, criou uma nova infraestrutura no local. O antigo posto, pertencente ao inquilino, que 
funcionava no mesmo local, deixou um passivo trabalhista e os credores exigem a responsabilidade 
da nova empresa. 
Tendo como referência a situação hipotética apresentada, assinale a opção correta. 
A. Não há qualquer responsabilidade da nova empresa, pois a sucessão empresarial só estaria configurada 
caso se tratasse da mesma pessoa jurídica. 
B. A exploração do mesmo ramo de atividade no local não é suficiente para caracterizar a sucessão; o fato 
de o inquilino ter sido retirado por meio de ação de despejo e deixado passivo trabalhista não é suficiente 
para impor ao novo proprietário as responsabilidades decorrentes da sucessão empresarial. 
C. A sucessão empresarial não se presume, ela resulta da lei ou da vontade das partes. Dessa forma, não 
há que se falar em responsabilidade da nova empresa em relação a débito trabalhista de empresa anterior. 
D. A situação referida configura sucessão empresarial, pois, nesses casos, se adota um critério objetivo. 
Assim, qualquer indício é sinônimo de sucessão empresarial. 
 
24) Ana e Bento constituíram uma sociedade limitada, com capital social de R$ 400.000,00, 
subscrevendo, cada sócio, uma cota de R$ 200.000,00. Ana integralizou sua parte, mas Bento 
integralizou apenas R$ 120.000,00. 
Considerando a situação hipotética apresentada e as normas relativas às sociedades limitadas, 
assinale a opção correta. 
A. Ana não possui qualquer responsabilidade pela integralização das quotassubscritas por Bento. 
B. Ana e Bento não possuem qualquer responsabilidade pela integralização das quotas subscritas por este 
último. 
C. Apenas Bento deve responder pela integralização das quotas subscritas. 
D. Ana e Bento respondem solidariamente pela integralização do capital social. 
E. Apenas Ana deve responder pela integralização das quotas subscritas por Bento. 
 
25) Assinale a opção correta, acerca das sociedades anônimas. 
A. O capital social poderá ser expresso em moeda nacional ou estrangeira. 
B. As sociedades anônimas sempre admitem a negociação de seus valores mobiliários na bolsa de valores. 
C. Uma sociedade anônima pode ter por objeto participar de outras sociedades. 
D. Apenas pode ocupar o cargo de diretor aquele que seja acionista da companhia. 
E. O conselho fiscal é órgão de existência facultativa nas sociedades anônimas. 
 
26) Assinale a alternativa INCORRETA. 
A. A cisão, a incorporação e a fusão ou transformação de sociedade, nos termos da legislação vigente, 
constituem meios legais (legítimos) de recuperação judicial. 
B. Substancialmente, a diferença entre a incorporação e a fusão está no fato de que a incorporação é a 
absorção de uma sociedade por outra e a fusão significa a união de sociedades. 
C. No seguinte exemplo: a sociedade X e a sociedade Y deixam de existir para que seus respectivos 
patrimônios formem a sociedade Z, estamos diante do caso de uma incorporação, e a nova sociedade não 
precisa ser inscrita no registro de pessoas jurídicas. 
D. Se o grupo compreende três ou mais sociedades, sua estrutura pode ter a disposição em cadeia, quando 
a sociedade de comando controla outra sociedade que, por sua vez, é controladora de uma terceira, ou em 
pirâmide, quando a sociedade de comando controla duas ou mais sociedades que, por sua vez, são 
controladoras de outras. 
 
27) Fernando, Daniel, Davi e Marcos, chefes de cozinha renomados, instituíram uma sociedade 
limitada para explorar o ramo de confeitaria. O capital social foi estipulado em R$ 240 mil, divididos 
em quatro cotas de R$ 60 mil. Cada um já contribuiu para o capital inicial com a quantia de R$ 30 mil. 
Restou estipulado no contrato social que aplicariam subsidiariamente à sociedade instituída, as 
normas da sociedade simples. 
Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
A. Sendo omisso o contrato social quanto à matéria, se Fernando e Daniel concordarem, Marcos poderá 
ceder a sua quota a terceiro. 
B. Não haveria óbice quanto à participação na sociedade, caso Davi fosse menor relativamente incapaz, se 
assistido pelos pais. 
C. Poderá Daniel contribuir para o capital social com imóvel particular seu, desde que haja prévia avaliação 
do bem. 
D. Caso Fernando não integralize a sua quota na forma estabelecida no contrato poderá ser excluído da 
sociedade pelos demais sócios pela via extrajudicial. 
E. Não será válida penhora recaída sobre os bens dos sócios por dívida contraída pela sociedade, caso os 
bens sociais sejam insuficientes para responder pela obrigação. 
 
28) A respeito da sociedade anônima aberta e das regras que lhe são aplicáveis, assinale a opção 
correta. 
A. A venda de ações para aumento de capital exige que o capital social esteja integralizado. 
B. Em regra, não há responsabilidade solidária entre os administradores. 
C. O estatuto não pode eliminar o direito de preferência para subscrição de ações. 
D. Se o representante age nos limites da lei e do contrato social, terá responsabilidade limitada. 
E. A subscrição do capital social é, em regra, retratável. 
 
29) A empresa Companhia do Calçado foi constituída sob a forma de sociedade anônima aberta, com 
ações no mercado ao custo unitário de R$ 5,00. Ricardo, que detém mais da metade das ações com 
direito a voto, acumula a função de presidente da empresa. 
Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta 
A. Na sociedade em questão, o estatuto pode assegurar a uma ou mais classes de ações preferenciais o 
direito de eleger, em votação em separado, um ou mais membros dos órgãos de administração. 
B. A constituição da sociedade depende de aprovação da CVM. Após tal aprovação, a subscrição das 
ações poderá ser efetuada diretamente com a companhia. 
C. A sociedade terá como órgãos obrigatórios a assembleia geral e a diretoria e, como órgãos facultativos, o 
conselho fiscal e o conselho de administração. 
D. Ricardo poderá ser presidente e diretor único da empresa 
E. Caso Ricardo renuncie ao cargo de diretor, poderá pertencer ao conselho fiscal da empresa, desde que 
eleito pela assembleia e ainda que não resida no país, pois a exigência de domicílio no Brasil só é aplicável 
aos diretores e aos membros do conselho de administração. 
 
30) Julgue os itens a seguir no que se refere a direito societário, propriedade industrial e contratos 
no direito empresarial. 
I A sociedade empresária somente adquire personalidade jurídica após o registro de seus atos constitutivos 
no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 
II Segundo o Código Civil, em caso de abuso da personalidade jurídica, pode o juiz decidir, de ofício, que os 
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos 
administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
III Denomina-se modelo de utilidade o objeto de uso prático, suscetível de aplicação industrial, que 
apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo que resulte em melhoria funcional no seu uso 
ou em sua fabricação. 
IV É dever dos administradores das sociedades empresárias manter, no exercício de suas funções, o 
cuidado e a diligência a que toda pessoa ativa e proba costuma empregar na administração de seus 
próprios negócios. 
V Na sociedade em comandita simples, tomam parte sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas 
físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados 
somente pelo valor de sua quota. O contrato social deve discriminar os comanditados e os comanditários. 
 
Estão certos apenas os itens 
A. I, II e III. 
B. I, II e V. 
C. I, IV e V. 
D. II, III e IV. 
E. III, IV e V. 
 
 
31) No que se refere ao contrato de sociedade, de acordo com o Código Civil, pode-se afirmar que 
celebram contrato de sociedade as pessoas que 
A. desejam abrir uma empresa. 
B. desejam constituir uma pessoa jurídica sem fins lucrativos. 
C. reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e 
a partilha, entre si, dos resultados. 
D. constituem uma firma. 
E. registram empresas, para compatibilizar o atual regime à sistemática da inscrição pelo novo Código Civil 
de 2002. 
 
 
 
 
 
32) O credor de uma sociedade empresária 
A. só pode cobrar seus créditos diretamente da pessoa jurídica, pois esta não se confunde com seus 
sócios. 
B. pode cobrar seus créditos tanto da pessoa jurídica como dos sócios, diretamente e como regra, já que 
solidária a responsabilidade. 
C. somente em caso de extinção da pessoa jurídica poderá cobrar seus créditos dos sócios, já que nesse 
caso desaparece o patrimônio da sociedade. 
D. deverá cobrar seus créditos da pessoa jurídica e, subsidiariamente, poderá pedir a desconsideração de 
sua personalidade jurídica nos casos previstos em lei, para requerer a responsabilidade pessoal dos sócios. 
E. apenas quando se tratar de sociedade em nome coletivo poderá cobrar seus créditos diretamente dos 
sócios, solidariamente com a sociedade. 
 
33) Com relação à disciplina jurídica das sociedades empresárias, julgue os itens a seguir. 
É possível que o contrato social de uma sociedade empresária exclua determinado sócio da 
participação das perdas ou dos lucros auferidos pela sociedade. 
C. Certo 
E. Errado 
 
34) Com relação à disciplina jurídica das sociedades empresárias, julgue os itens a seguir. 
Na sociedade empresária do tipo limitada, ossócios não respondem pelos prejuízos sociais além do 
valor integralizado, salvo a hipótese de desconsideração da personalidade jurídica. 
C. Certo 
E. Errado 
 
35) Com relação à disciplina jurídica das sociedades empresárias, julgue os itens a seguir. 
As regras atinentes às sociedades simples aplicam-se subsidiariamente às sociedades limitadas 
ainda que empresárias. 
C. Certo 
E. Errado 
 
36) No que se refere aos diversos tipos societários e às formas de responsabilização de seus sócios, 
julgue os próximos itens. 
Na sociedade anônima, em regra, os acionistas têm, em relação às dívidas da empresa, 
responsabilidade solidária e ilimitada. 
C. Certo 
E. Errado 
 
37) No que se refere aos diversos tipos societários e às formas de responsabilização de seus sócios, 
julgue os próximos itens. 
A sociedade em comum é tipo societário não personificado. 
C. Certo 
E. Errado 
 
38) Julgue os itens seguintes, que se referem à sociedade empresária. 
É lícito que um menor incapaz seja acionista de sociedade anônima, desde que suas ações estejam 
totalmente integralizadas e ele não exerça cargo de administração na referida sociedade. 
C. Certo 
E. Errado 
 
39) Com relação à disciplina do empresário, das sociedades comerciais (empresárias), da empresa e 
do estabelecimento empresarial, conforme disposto no Código Civil de 2002, julgue os itens 
seguintes. 
A autonomia patrimonial é característica tanto da sociedade limitada quanto da sociedade anônima, 
o que vale dizer que a sociedade responde pelas suas obrigações, de regra, com seus próprios 
bens, restringindo-se a responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais ao limite da 
integralização ou da subscrição do capital social. 
C. Certo 
E. Errado 
 
 
 
 
 
40) Carlos é servidor público federal em exercício no Ministério da Defesa e sócio comanditado de 
certa sociedade em comandita simples. No exercício da atividade empresarial, Carlos lançou mão de 
meios ruinosos para realizar pagamentos, emitindo várias duplicatas simuladas. 
Com base na situação hipotética apresentada e nas normas de direito de empresa, julgue os itens 
seguintes. 
A lei veda o exercício das atribuições de sócio comanditado de sociedade empresária por servidor público 
federal. 
C. Certo 
E. Errado 
 
41) Quanto aos empresários e às sociedades empresárias, julgue os itens que se seguem. 
Na sociedade em conta de participação, o contrato social produz efeitos somente entre os sócios; 
além disso, a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade 
jurídica à sociedade. 
C. Certo 
E. Errado 
 
42) Considerando que a Compacta Utilidades S.A. seja uma sociedade anônima que admita a 
negociação de suas ações no mercado de valores mobiliários, julgue os itens subseqüentes, acerca 
da disciplina jurídica das sociedades anônimas. O quadro de sócios da Compacta Utilidades S.A. 
deve ser composto de, pelo menos, três acionistas, em razão da obrigatoriedade de o conselho de 
administração ser formado por, no mínimo, três pessoas físicas acionistas. 
C. Certo 
E. Errado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: 
1 – A 
2 – A 
3 – D 
4 – E 
5 – C 
6 – C 
7 – C 
8 – A 
9 – Certo 
10 – Errado 
11 – Certo 
12 – E 
13 – A 
14 – A 
15 – D 
16 – C 
17 – Errado 
18 – D 
19 – Errado 
20 – A 
21 – C 
22 – A 
23 – B 
24 – D 
25 – C 
26 – C 
27 – D 
28 – B 
29 – A 
30 – E 
31 – C 
32 – D 
33 – Errado 
34 – Certo 
35 – Certo 
36 – Errado 
37 – Certo 
38 – Certo 
39 – Certo 
40 – Certo 
41 – Certo 
42 - Certo 
 
 
 
 
 
FALÊNCIA 
 
Falência NÃO se aplica a: 
I – empresa pública e sociedade de economia mista; (AP Indireta) 
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência 
complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de 
capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. 
 
O direito empresarial falimentar preocupa-se, primordialmente, com a preservação da empresa fornecendo-
lhe ferramentas para a sua recuperação judicial ou extrajudicial, visando, portanto, a manutenção da 
dinâmica empresarial. Ou seja, a preservação da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos 
interesses dos credores. Em suma, procura-se atender à função social da propriedade e do incentivo a 
atividade econômica. 
 
Como visto anteriormente, EMPRESÁRIO é o exercente de atividade econômica organizada para a 
produção ou circulação de bens ou serviços. - Enquadram-se nessa definição tanto a pessoa física 
quanto a pessoa jurídica. 
 
Sabe-se que a garantia dos credores é o patrimônio do devedor. Isto quer dizer que, em ocorrendo o 
inadimplemento de qualquer obrigação por parte de determinada pessoa, o credor desta poderá promover, 
perante o Poder Judiciário, a execução de tantos bens quantos bastem à integral satisfação do seu crédito. 
 
Quando, porém, o devedor tem, em seu patrimônio, bens de valor inferior a totalidade de suas dívidas, 
quando ele deve mais do que possui, a regra da individualidade da execução torna-se injusta. Para se evitar 
essa injustiça, conferindo as mesmas chances de realização do crédito a todos os credores de uma mesma 
categoria, o direito afasta a regra da individualidade da execução e prevê, na hipótese, a obrigatoriedade da 
execução concursal, isto é, do concurso de credores (antigamente denominada “execução coletiva”). 
 
A falência é a execução concursal do devedor empresário. O direito falimentar refere-se ao conjunto de 
regras jurídicas pertinentes à execução concursal do devedor empresário, as quais não são as mesmas que 
se aplicam ao devedor civil. 
 
Falência é o nome da organização legal e processual destinada à defesa daqueles impossibilitados de 
receber seus créditos. Trata-se de um processo de execução coletiva dos bens do devedor, decretado 
judicialmente, ao qual concorrem todos os credores, que buscam no patrimônio disponível, saldar o passivo 
em rateio, observadas as preferências legais. 
 
A falência importa, a rigor, em um tratamento mais benéfico do devedor exercente de atividade econômica 
sob a forma de empresa em relação ao tratamento que o direito concede às demais pessoas. 
a) concordata – favor legal, consistente na dilação dos vencimentos das obrigações ou na remissão parcial 
de seu valor, a que tem direito o empresário que preenche determinados requisitos formais. 
b) extinção das obrigações – o devedor empresário, em regime de execução concursal, tem as suas 
obrigações julgadas extintas, com o rateio de mais de 40% após a realização de todo o ativo. 
 
Para que se instaure o processo de execução concursal denominado falência, é NECESSÁRIA a 
concorrência de três pressupostos: 
a) DEVEDOR EMPRESÁRIO – estará sujeito à falência todo e qualquer exercente de atividade empresarial. 
b) INSOLVÊNCIA (jurídica) – O estado patrimonial em que se encontra o devedor que possui o ativo inferior 
ao passivo é denominado insolvência. Caracteriza-se a insolvência, pois, pela ocorrência de um dos fatos 
previstos em lei. Ou seja, se o comerciante for injustificadamente impontual no cumprimento de obrigação 
líquida, ou se praticar um ato de falência. Se restar demonstrada a impontualidade injustificada ou o ato 
de falência, mesmo que o comerciante tenha o seu ativo superior ao passivo, ser-lhe-á decretada a 
falência. A insolvência que a lei considera como pressuposto da execução por falência é, meramente, 
presumida. Os comportamentos discriminados pelos artigos 1 e 2 da LF são, geralmente, praticados por 
quem se encontra em insolvência, e esta é presunção legal que orienta a matéria. 
Impontualidade injustificada - possibilidade de requerer-se a falência daquele que, sem relevante razão 
de direito, não paga, quando de seu vencimento, obrigação líquida materializada em títulos executivosprotestados, com valor superior ou equivalente a quarenta salários-mínimos. 
c) SENTENÇA DECLARATÓRIA DE FALÊNCIA. 
 
Quando o devedor já tiver sido executado judicialmente e não PAGAR, não DEPOSITAR e não NOMEAR 
BENS A PENHORA, fica sujeito a ação de declaração de falência. Podendo 
 
Embora o pedido de falência com base na impontualidade injustificada seja o mais comum na prática, as 
condutas que tentem enganar, fugir ou disfarçar uma ação simulando liquidação do patrimônio em nome 
do devedor, simular prejuízos, simular negócio, transfere estabelecimento a terceiro, dar garantia por dívida 
anterior sem ficar com os bens livres e desembaraçados, ou mesmo abandono do estabelecimento, 
constituem-se como causas determinantes da insolvência jurídica. 
 
O não cumprimento, no prazo determinado, de quaisquer das obrigações assumidas com o plano de 
recuperação judicial, resulta na convolação da recuperação em falência, neste caso chamada de falência 
incidental. 
 
Quando o devedor é empresário, com as devidas ressalvas, e insolvente, está sujeito ao regime falimentar 
da Lei 11.101/05 para a execução de suas obrigações. No entanto, para que isto ocorra, é necessário 
primeiro que seja expedida a sentença declaratória da falência, respeitando-se o devido processo legal, 
com contraditório e ampla defesa, nos termos previstos na Constituição Federal de 1988. 
 
As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a 
concessão de parcelamento nos termos da legislação, mas os atos de constrição e alienação devem ser 
submetidos ao juízo da recuperação judicial. 
 
Classificação de prioridade dos créditos segundo a Lei 11.101/05. 
1º) créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinquenta) salários-mínimos por 
credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho; 
2º) créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado; 
3º) créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas 
tributárias; 
4º) créditos com privilégio especial (na forma do inciso IV, art. 83); 5º) créditos com privilégio geral (na forma 
do inciso V, art. 83); 
6º) créditos quirografários (na forma do inciso VI, art. 83); 
7º) as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as 
multas tributárias; 
8º) créditos subordinados (na forma do inciso VIII, art. 83). 
 
 
RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
 
A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do 
devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos 
interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o 
estímulo à atividade econômica. 
 
Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas 
atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: 
 
a) não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as 
responsabilidades daí decorrentes; 
b) não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; 
c) não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial 
aplicável às Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte; 
d) não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por 
crime falimentar. 
 
A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, 
inventariante ou sócio remanescente. 
 
Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros: 
a) concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas; 
b) cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária integral, ou cessão 
de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente; 
c) alteração do controle societário; 
d) substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus órgãos 
administrativos; 
e) concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de poder de veto em 
relação às matérias que o plano especificar; 
f) aumento de capital social; 
g) trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios 
empregados; 
h) redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva; 
i) dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de garantia própria ou 
de terceiro; 
j) constituição de sociedade de credores; 
k) venda parcial dos bens; 
l) equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como termo inicial a 
data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos contratos de crédito rural, 
sem prejuízo do disposto em legislação específica; 
m) usufruto da empresa; 
n) administração compartilhada; 
o) emissão de valores mobiliários; 
p) constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos 
do devedor. 
 
Em todos os atos, contratos e documentos firmados pelo devedor sujeito ao procedimento de recuperação 
judicial deverá ser acrescida, após o nome empresarial, a expressão "em Recuperação Judicial". 
 
O juiz determinará ao Registro Público de Empresas a anotação da recuperação judicial no registro 
correspondente. 
 
Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não 
vencidos. 
 
O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 
(sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob pena 
de convolação em falência. Contendo: 
 
1 – discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregados 
2 – demonstração de sua viabilidade econômica 
3 – laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor, subscrito por profissional 
legalmente habilitado ou empresa especializada. 
 
O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 1 (um) ano para pagamento dos 
créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a 
data do pedido de recuperação judicial. 
 
O plano não poderá, ainda, prever prazo superior a 30 (trinta) dias para o pagamento, até o limite de 5 
(cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) 
meses anteriores ao pedido de recuperação judicial. 
 
Qualquer credor poderá manifestar ao juiz sua objeção ao plano de recuperação judicial no prazo de 30 
(trinta) dias contado da publicação da relação de credores. 
 
Se na data da publicação da relação dos credores habilitados para a manifestação em relação ao plano de 
recuperação judicial, não tenha sido publicado o aviso aos mesmos sobre o plano apresentado pelo 
devedor, contar-se-á da publicação deste o prazo para as objeções. 
 
Rejeitado o plano de recuperação pela assembleia geral de credores, o juiz decretará a falência do devedor. 
 
Proferida a decisão pelo juiz, o devedor permanecerá em recuperação judicial até que se cumpram todas as 
obrigações previstas no plano que se vencerem até 2 (dois) anos depois da concessão da recuperação 
judicial. 
 
Durante o período de 2 (dois) anos, o descumprimento de qualquer obrigação prevista no plano acarretará a 
convolação da recuperação em falência. 
 
 
 
 
 
 
SUJEITO PASSIVO NA AÇÃO FALIMENTAR 
 
Ficam sujeitos à falência tanto os empresários civis quanto o comercial, desde que exerçam atividades 
econômicas caracterizadas como empresariais,mediante a verificação de que esta atividade está sujeita ao 
regime falimentar. 
Nos termos do art. 983, considera-se sociedade empresárias aquelas regulamentadas pelos artigos 1039 a 
1092 do CC/02, isto é, a em nome coletivo, comanditada simples, limitada, comandita por ações e a 
anônima. 
 
Falência dos Sócios Solidários – solidários os sócios de responsabilidade ilimitada, que são: 
Todos os que integram a sociedade em nome coletivo. 
Sócio comanditado, na sociedade em comandita simples. 
Acionista-diretor, na sociedade em comandita por ações 
 
Não falamos aqui de responsabilidade subsidiária, na qual os bens privadas dos sócios só podem ser 
executados por dívidas da sociedade depois de adimplidos os bens sociais, segundo entendimento dos arts. 
1.024 do CC e 596 do CPC. Não existe beneficio de ordem na sociedade solidária. 
 
Em suma, no caso de falência da sociedade, os sócios de responsabilidade ilimitada também falirão e, 
consequentemente, também terão os seus bens pessoais angariados para a massa falida. 
 
Falência do Sócio Retirante – o sócio solidário retirante, aquele que saiu voluntariamente, ou o eliminado 
da sociedade falida, em um período inferior a dois anos, juntamente como os sócios atuais estarão sujeitos 
à falência. 
A responsabilidade do sócio retirante vai até o limite das dívidas existentes quando da data de 
arquivamento da mudança contratual perante o Registro das Empresas, à cargo nos Estados da Junta 
Comercial. 
 
Falência e o Sócio de Responsabilidade Limitada – O administrador, o sócio de responsabilidade 
limitada, o acionista controlador, de inicio, não são alcançados pela falência da sociedade da qual 
participam. 
No entanto, eventual responsabilidade pela pratica de atos ilícitos (desvio de bens, gestão fraudulenta, 
simulação) será verificada na ação de responsabilização, diante do próprio juízo da falência. 
 
O juiz poderá, ex officio, ou a requerimento de interessados - quando da existência de fortes indícios de 
dano -, ordenar através da medida cautelar a indisponibilidade dos bens dos sócios. A ação de 
responsabilização prescreve em dois anos, computados do trânsito em julgado da sentença declaratória da 
falência. 
 
A responsabilização dos administradores, acionistas controladores, sócios comanditários ocorrerá no caso 
em que estes agirem com excesso de mandato, praticar atos com violação à lei ou ao contrato social. 
 
Na sociedade em comum, todos os sócios são solidários e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações 
sociais, segundo dispõe o art. 990 do Código Civil(15). Assim sendo, aplicam-se as mesmas regras do art. 
81 da Lei Falimentar. 
 
Legitimidade Ativa na Ação Falimentar – São legítimos para o pedido de falência: o credor de dívida 
líquida constante de título judicial ou extrajudicial, o cônjuge sobrevivente, os herdeiros do devedor, o 
inventariante, o sócio ou acionista da sociedade devedora e até mesmo o devedor (autofalência). 
 
ASSERTIVAS VÁLIDAS TIRADAS DE EXERCÍCIOS 
 
 Em se tratando de recuperação judicial, extrajudicial e falência do empresário e da sociedade 
empresária, aplicam-se as normas do Código de Processo Penal, inexistindo fase de investigação 
judicial. 
 
 Para o recebimento de denúncia por crime falimentar é exigida a prolação de sentença que decreta 
a falência, concede a recuperação judicial ou concede a recuperação extrajudicial. 
 
 A recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento das execuções nem 
induz suspensão ou extinção de ações ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou 
coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória. 
 
 Não pode requerer recuperação judicial o devedor que exerça suas atividades há menos de 2 (dois) 
anos. 
 
 Na falência, na recuperação judicial e na recuperação extrajudicial de sociedades, os seus sócios, 
diretores, gerentes, administradores e conselheiros, de fato ou de direito, bem como o 
administrador judicial, equiparam-se ao devedor ou falido para todos os efeitos penais decorrentes 
desta Lei, na medida da sua culpabilidade. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) Quanto às sociedades em espécie, julgue os itens seguintes. 
Na falência, na recuperação judicial e na recuperação extrajudicial de sociedades, os seus sócios, 
diretores, gerentes, administradores e conselheiros, de fato ou de direito, bem como o administrador 
judicial, equiparam-se ao devedor ou falido para todos os efeitos penais decorrentes da lei de 
falências, na medida da respectiva culpabilidade. 
C. Certo 
E. Errado 
 
2) No procedimento de recuperação judicial, a Lei reserva determinadas atribuições à Assembleia de 
Credores, entre as quais: 
I. eleger o gestor judicial, quando do afastamento do devedor. 
II. aprovar, rejeitar e revisar o plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor. 
III. aprovar a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição. 
IV. destituir o administrador judicial e eleger seu substituto. 
 
Está correto o que consta APENAS em 
A. I, II e III. 
B. I e III. 
C. II e III. 
D. II e IV. 
E. III e IV. 
 
3) Um dos principais efeitos da decretação da falência em relação aos credores do falido consiste na 
suspensão das execuções individuais em curso. Cuida-se da consequência da edição da sentença 
declaratória da falência, que inicia o processo de execução concursal. Constitui, contudo, exceção à 
tal regra, ou seja, não são suspensas com a decretação da falência, as execuções 
A. fiscais, eis que o crédito tributário não participa do concurso de credores. 
B. por quantia certa, pois somente as ilíquidas participam do concurso de credores. 
C. relativas a prestação alimentícia, que possuem precedência em relação aos créditos quirografários. 
D. com hasta pública já designada, excluindo-se o respectivo crédito da habilitação na falência. 
E. individuais passíveis de prescrição, que não é interrompida por força da falência. 
 
4) Mirante da Serra Águas Minerais Ltda. EPP requereu a falência de Urupá Distribuidora de Bebidas 
Ltda. com base em crédito fundado em duplicata vincenda, sacada pela primeira sociedade no valor 
de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) em face da segunda. 
Na petição inicial, a credora narra que a sociedade é composta por apenas dois sócios, ambos 
administradores, que estão ausentes do estabelecimento e não deixaram representante habilitado 
com recursos para pagar aos credores. O único estabelecimento encontra-se fechado há dois 
meses. 
Com base no relato acima e nas disposições da Lei nº 11.101/05, assinale a afirmativa correta. 
A. O credor poderá requerer a falência nas condições apresentadas, devendo especificar na petição os 
fatos que a caracterizam, juntando-se as provas que houver e especificando-se as que serão produzidas. 
B. Não poderá ser requerida a falência da sociedade em razão de o crédito ser vincendo; caberia apenas a 
ação de falência se se verificasse a impontualidade sem relevante razão de direito. 
C. A falência não poderá ser requerida, porque não houve a comprovação de ajuizamento de ação de 
execução por quantia certa prévia na qual o devedor, citado, tenha se mantido inerte. 
D. O credor somente poderia requerer a falência da sociedade empresária se o crédito ultrapassasse o 
valor de 40 (quarenta) salários mínimos, mesmo que a obrigação não esteja vencida. 
E. O credor poderá requerer a falência nas condições apresentadas, porém deverá anexar à petição a 
certidão do protesto da duplicata para fins falimentares. 
 
 
 
5) Aplica-se a lei de falência a: 
A. Instituições financeiras. 
B. Sociedades operadoras de planos de saúde. 
C. Sociedades seguradoras. 
D. Empresário Individual de Responsabilidade Limitada. 
 
6) Quanto a Lei de Falências, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. Os administradores e conselheiros de fato e de direito, bem como o administrador judicial,

Continue navegando