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GABARITO AP1 PortuguêsI

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CEDERJ – Português I 
 
GABARITO da AP1 
 
1ª questão: 2,0 (0,4 cada item) 
1) Nessa primeira questão, era para escrever apenas o REFERENTE dos pronomes, 
e não para classificar e/ou explicar o tipo de coesão. 
a) “Desse montante”: refere-se aos 500 milhões de exemplares; 
b) “onde”: refere-se à América latina. 
c) “cuja”: refere-se à obra DO padre Marcelo Rossi. (Quem escreveu apenas o 
nome do autor – padre Marcelo Rossi – errou a questão; da mesma forma, quem 
escreveu apenas a palavra “obra”). 
d) “Ele”: refere-se a Paulo Coelho. 
e) “aquele”: refere-se a prazer. 
 
2ª questão: 2,0 (0,4 cada item) 
2) 
 
(I) Acréscimo ( V ) A alta taxa de crescimento do setor editorial 
brasileiro, porém, é um fator de esperança. 
 
(II) Inclusão ( IV ) .. e desde 2010 Paulo Coelho não publica 
um título novo. 
 
(III) Conformidade ( I ) A reportagem revela também que é brasileiro 
um dos autores de maior sucesso do mundo,... 
 
(IV) Tempo (III) Como lembra a reportagem, com certeza não 
será o único. 
 
(V) Contraexpectativa ( II ) A média de leitura no Brasil é de 1,8 livro per 
capita por ano, ainda uma das mais baixas do 
mundo e até da América Latina,... 
 
3ª questão: 2,0 (mais de uma desambiguação) 
3) Desambiguações possíveis: 
 
 “Se aprender e pensar, o leitor assíduo....” 
 “À medida que aprende e pensa, o leitor assíduo...” 
 “Quando aprende e pensa, o leitor assíduo...” 
 Porque (como) aprende e pensa, o leitor assíduo...” 
 
Observe que as mudanças implicam alteração de sentido. 
 
4ª questão: 1,5 
 
4) Metáfora 
 
5ª questão: 2,0 
 
5) Os méritos literários de um livro podem ser discutidos, mas ele é sempre a porta 
de entrada para outro livro (argumento mais forte). 
 
OBS: Não está correta a resposta em que o “mas” não introduz a oração “é sempre 
a porta de entrada”, pois se o “mas” introduz a outra oração (O livro é sempre a porta 
de entrada, mas seus méritos literários são discutíveis), há mudança de foco”, 
estando, consequentemente, ERRADA a resposta. 
 
Valor da prova : 10,0 (PESO: 80%) 
 +0,5 (se não houver erros de português; se houver, descontar 0,5) 
 
Consideram-se erros de português, em ordem decrescente de importância: 
 
 Concordância verbal e nominal; regência verbal e nominal; crase 
 Ortografia, seleção lexical 
 
OBS.: Pontuar uma única vez o mesmo erro. 
 
 
ATENÇÃO: 
 
Sobre o MAS e o EMBORA 
 
Caros alunos, corrigindo as Avaliações Presenciais, pudemos perceber a 
dificuldade de perceberem a diferença de emprego entre “mas” e “embora”, que está 
explicitada na aula 7, páginas 117, 118 e 120. 
Vamos tentar, agora, sanar as suas dúvidas. 
 
Quando usamos “embora”, já se saberá, com antecedência, que o argumento não 
será mantido: 
Ex. Embora você seja inteligente (o interlocutor já pode perceber que não será 
atendido, ou que não obterá o que deseja), foi mal na prova. 
Daí se falar em estratégia de antecipação, no emprego das concessivas. 
 
Com o “mas”, o enunciado fica em suspenso, podendo evoluir de duas formas 
diferentes (negativamente, ou positivamente): 
Você é inteligente, mas foi mal na prova. (ou Você é inteligente, portanto, tirou 
boa nota na prova). 
Observa-se, assim, nas orações com “mas”, que a primeira parte do enunciado - 
Você é inteligente – nada antecipa sobre a segunda, que pode evoluir, como dissemos, 
para um enunciado negativo, em que se contraria uma expectativa (contraexpectativa: “se 
você é inteligente, seria de se esperar que fosse bem na prova, mas foi mal) ou positivo 
(“portanto tirou boa nota”). Daí, com o “mas” se fala em estratégia de suspense. 
 
O problema principal, no entanto, que detectamos na correção das avaliações foi 
na substituição de “apesar de” (= “embora”) por “mas”, feita de forma aleatória, por muitos 
alunos, que não prestaram atenção para a mudança de foco que ocorre quando essa 
substituição é mal feita. Alertamos os alunos para isso na aula 7. 
Vamos explicar melhor. Imagine a seguinte situação: 
 
Uma filha vai pedir opinião à mãe sobre se deve (ou não) namorar determinado 
rapaz. A mãe pode dar as seguintes respostas: 
(1)Ele bebe, mas é bom rapaz. 
(2)Ele é bom rapaz, mas bebe. 
Você pode observar claramente a orientação argumentativa diferente, nas duas 
respostas da mãe, ao dar sua opinião. 
Preste atenção: em qual das duas respostas, você acha que a mãe é a favor do 
namoro? 
É claro que você deve ter respondido que em (1). 
Em (2), ela é contra. E porque se chega a essa constatação? Exatamente por 
causa da força argumentativa do “mas”. A oração do “mas” é a que introduz o argumento 
mais forte. De modo que temos de ter muito cuidado, ao substituirmos o “mas” por 
“embora” e vice-versa, sob pena de alterarmos o foco, a perspectiva do que queremos 
dizer. 
Vamos ver como isso funciona, fazendo as substituições: 
(1) Ele bebe, mas é bom rapaz. 
(1a) Embora beba, é bom rapaz. 
 
(2)Ele é bom rapaz, mas bebe. 
(2a) Embora seja bom rapaz, bebe. 
 
Para que o foco seja mantido, e eu diga exatamente o que tenho a intenção de 
dizer, não posso ir substituindo de qualquer maneira. Perceba que a oração que encerra o 
argumento mais forte (a iniciada com o “mas”), se redigida com “embora”, fica sem 
conectivo. Por quê? Porque o “embora” concede razão (concessiva), estando, então, fora 
do argumento mais forte. 
Se eu usar (1a) para (2), ou (2a) para (1), não estarei dizendo o que pretendo, 
estarei mudando o foco do argumento mais forte. 
Esperamos que tenham entendido!

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