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Aula 13

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Aula 13
Noções de Direito Administrativo p/ INSS - Técnico do Seguro Social - Com videoaulas -
2016
Professor: Daniel Mesquita
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
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Direito Administrativo p/ INSS- Técnico. 
Teoria e exercícios comentados. 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 13 
 
 
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Aula 13: Improbidade Administrativa 
 
SUMÁRIO 
1) INTRODUÇÃO À AULA 13 2 
2) IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 2 
A. SUJEITOS ATIVOS (QUEM COMETE A IMPROBIDADE) 3 
B. SUJEITOS PASSIVOS (VÍTIMAS DA IMPROBIDADE) 7 
C. . NATUREZA DAS SANÇÕES COMINADAS E CUMULAÇÃO DE INSTÂNCIAS 8 
D. DESCRIÇÃO LEGAL DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 16 
I. ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE IMPORTA EM 
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO 19 
II. ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE CAUSA PREJUÍZO AO 
ERÁRIO 26 
III. ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE ATENTA CONTRA OS 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 31 
E. DECLARAÇÃO DE BENS 37 
F. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E PROCESSO JUDICIAL 39 
I. ÂMBITO ADMINISTRATIVO 39 
II. ÂMBITO JUDICIAL 42 
G. JUÍZO COMPETENTE 47 
H. PRESCRIÇÃO 48 
3) RESUMO 51 
4) QUESTÕES 54 
5) REFERÊNCIAS 66 
 
 
 
 
 
 
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1) Introdução à aula 13 
 
Bem vindos à nossa aula 13 de Direito Administrativo para o INSS. 
Nesta aula abordaremos um ponto muito importante do nosso 
curso: ³Lei nº. 8.429/92 e alterações posteriores (dispõe sobre as 
sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento 
ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função da 
administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras 
providências)..´� 
Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na 
véspera da prova! 
Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a 
prova. Lembre-se: o planejamento é fundamental. 
 
Chega de papo, vamos à luta! 
 
2) IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
 
O fundamento constitucional para a responsabilização pelos atos de 
improbidade administrativa encontra-se no §4º do art. 37 da 
Constituição Federal. Veja: 
 
 
 
 
 Esse dispositivo alcança a administração pública direta e indireta 
de qualquer dos Poderes, em todos os entes da Federação. É uma 
norma constitucional de eficácia limitada. 
Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos 
políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo 
da ação penal cabível. 
 
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 Em 1992, ocorreu sua necessária regulamentação, mediante a 
edição da Lei nº 8.429/92, de caráter nacional, ou seja, de observância 
obrigatória para a União, os estados, o DF e os municípios. 
 
 
1. (CESPE - 2012 - PC-AL - Delegado de Polícia) O responsável 
por cometer ato de improbidade sofrerá a sanção de suspensão dos 
direitos políticos, pena esta aplicável a todas as hipóteses de 
cometimento de ato de improbidade. 
A Constituição Federal nos diz: 
 
 
 
Veremos a seguir que em todas as modalidades está presente a 
suspensão dos direitos políticos. 
Gabarito: Certo. 
 
 Vamos aos principais pontos dos atos de improbidade. 
 
a. Sujeitos ATIVOS (quem comete a improbidade) 
 
 Neste tópico, veremos quem são as pessoas que podem praticar 
atos de improbidade administrativa e, consequentemente, sofrer as 
penalidades. Observe que essas serão as pessoas que terão 
legitimidade para figurar no polo passivo da ação judicial de 
improbidade administrativa. 
Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos 
políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo 
da ação penal cabível. 
 
Questão de 
concurso 
 
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 As normas da Lei nº 8.429/92 são endereçadas precipuamente 
aos agentes públicos, considerado seu sentido bastante amplo, 
abrangendo todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou 
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, 
emprego ou função nas entidades passíveis de ser enquadradas como 
sujeito passivo de atos de improbidade administrativa. ATENÇÃO!!! 
Não é preciso ser servidor público ou ter vínculo empregatício 
para enquadrar-se como sujeito ativo da improbidade 
administrativa. 
 Contudo, uma pessoa que não seja agente público não tem 
como praticar um ato de improbidade administrativa 
isoladamente. Para sua conduta ser enquadrada na Lei nº 8.429/92 e 
sofrer as sanções nela estabelecidas, deve ocorrer uma das seguintes 
hipóteses: 
1. a pessoa induz um agente público a praticar ato de 
improbidade; 
2. a pessoa pratica um ato de improbidade junto com um agente 
público, ou seja, concorre para a prática do ato; 
3. a pessoa se beneficia, de forma direta ou indireta, de um 
ato de improbidade que não praticou. 
 CUIDADO: Está sujeito às sanções de improbidade aquele que 
apenas se beneficia, direta ou indiretamente, de um ato de 
improbidade. 
 
 
 
Questão de 
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2. (CESPE-2015-STJ) Membros do Ministério Público não podem 
sofrer sanções por ato de improbidade administrativa em razão de seu 
enquadramento como agentes políticos e de sua vitaliciedade no cargo. 
 
Pessoal, esse assunto foi um dos mais comentados em 2015, pois o STJ 
decidiu que O STJ decidiu que é possível, no âmbito de ação civil 
pública de improbidade administrativa, a condenação de membro do 
Ministério Público à pena de perda da função pública prevista no art.12 
da Lei 8.429/92. STJ. 1ª Seção. MS 20.335-DF, Rel. Min. Benedito 
Gonçalves, julgado em 22/4/2015 (Info 560). 
Gabarito: Errado 
 
 
 
 
3. (CESPE ± 2015 ± FUB - Assistente em Administração) Julgue o 
item subsecutivo , com base nas disposições da Lei n.º 8.429/1992. 
Organização privada que não possua a maior parte do seu patrimônio 
formadapor capital público poderá ser vítima de improbidade 
administrativa, caracterizando-se como sujeito passivo. 
O parágrafo único do art. 1º da lei 8429/92 traz que: 
Art. 1 Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei 
os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que 
receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão 
público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja 
concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do 
patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a 
sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos 
cofres públicos. 
Gabarito ± Certo. 
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4. (CESPE - 2012 - PRF - Agente Administrativo) Um terceiro que 
pratique, juntamente com um agente público, ato do qual decorra 
prejuízo ao erário não estará sujeito às sanções previstas na Lei de 
Improbidade Administrativa. 
Como acabamos de ver, está sujeito às sanções de improbidade 
aquele que se beneficia, direta ou indiretamente, de um ato de 
improbidade. 
 Gabarito: Errado. 
 
5. (CESPE ± 2015 ± FUB ± Administrador) No que tange à 
improbidade administrativa e ao processo administrativo federal, julgue 
o seguinte item. 
Em relação ao alcance subjetivo da improbidade administrativa, 
verifica-se que os órgãos da administração direta e indireta dos três 
poderes e de qualquer um dos entes federados configuram-se como 
sujeitos passivos imediatos do ato caracterizado pela improbidade 
administrativa. 
Vejamos como a lei 8.429/92 trata o assunto: 
 Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, 
servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional 
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de 
entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra 
com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão 
punidos na forma desta lei. 
 Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de 
improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba 
subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem 
como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou 
concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita 
anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão 
do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. 
Gabarito ± Certo. 
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b. Sujeitos PASSIVOS (vítimas da improbidade) 
 
 Sob uma perspectiva geral ou mediata, os atos de improbidade 
administrativa vitimam a sociedade brasileira, globalmente considerada. 
Entretanto, um particular pessoa física ou uma empresa privada 
que nenhuma relação específica tenha com o Poder Público, não 
pode ser diretamente alvo de um ato de improbidade 
administrativa. 
 As entidades que podem ser diretamente atingidas por atos de 
improbidade administrativa (vítimas imediatas do ato) são: 
1. a administração pública direta e indireta, de qualquer dos 
Poderes da União, dos estados, do DF e dos municípios; 
2. empresa incorporada ao patrimônio público e entidade para 
cuja criação ou custeio o erário haja concorrido com mais de 
50% do patrimônio ou da receita anual; 
3. entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal 
ou creditício, de órgão público, bem como aquelas para cuja 
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com 
menos de 50% do patrimônio ou da receita anual, 
limitando-se a sanção patrimonial, nesses casos, à 
repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres 
públicos. 
 
 
 
6. (CESPE - 2011 - EBC - Analista) Os empregados públicos, 
regidos pelas normas trabalhistas, não se submetem aos preceitos 
Questão de 
concurso 
 
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contidos na lei de improbidade administrativa, por não serem agentes 
políticos nem constarem expressamente no rol de sujeitos ativos, 
previstos taxativamente na norma de regência. 
Os empregados públicos estão dentro daqueles que se submetem 
DRV�DWRV�GH�LPSURELGDGH��SRLV�D�H[SUHVVmR�³DJHQWHV�S~EOLFRV´�GHYH�VHU�
entendida em sentido amplo. Vimos acima que não é necessário sequer 
ser agente público para praticar ato de improbidade. Por isso, o item 
está errado. 
 
c. . Natureza das sanções cominadas e cumulação de 
instâncias 
 
 O art. 37, §4º, CF, acima transcrito, traz um rol de 
consequências mínimas atribuídas à prática de atos de improbidade 
administrativa, não sendo, portanto, taxativo. Por essa razão, há 
previsão legal de outras sanções. 
 A Lei nº 8.429/92 estabelece sanções de natureza administrativa 
(perda da função pública, proibição de contratar com o Poder Público, 
proibição de receber do Poder Público benefícios fiscais ou creditícios), 
civil (ressarcimento ao erário, perda dos bens e valores acrescidos 
ilicitamente ao patrimônio, multa civil) e política (suspensão dos direitos 
políticos). Grosso modo, pode-se dizer que essa lei só prevê sanções de 
QDWXUH]D�FtYHO��HP�FRQWUDSRVLomR�j�H[SUHVVmR�³VDQomR�SHQDO´�� 
 Veja a redação dos arts. 5º, 6º e 7º da Lei nº 8.429/92: 
 
 
 
 
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Como se vê, se houver lesão ao patrimônio público dar-se-á o 
integral ressarcimento do dano, além de outras sanções previstas 
na lei. No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público 
ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu 
patrimônio, além das demais sanções previstas. Além disso, a 
indisponibilidade dos bens do agente público recairá sobre os bens 
que assegurem o integral ressarcimento do dano ou sobre o 
acréscimo patrimonial. 
E se aquele que lesou o patrimônio púbico falecer, os filhos 
respondem pela improbidade? 
Conforme preceitua o art. 8º do referido diploma legal, o 
sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se 
enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações da lei até o limite 
do valor da herança. 
Como tratamos da indisponibilidade dos bens, saiba que a 
jurisprudência do STJ tem se posicionado no sentido da 
DESNECESSIDADE de prova de periculum in moraconcreto, ou seja, 
de que os réus estariam dilapidando seu patrimônio, ou na iminência 
Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa 
ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do 
dano. 
Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou 
terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. 
Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou 
ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa 
responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a 
indisponibilidade dos bens do indiciado. 
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo 
recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou 
sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. 
 
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de fazê-lo, exigindo-se apenas a demonstração de fumus boni 
iuris. (REsp 1.203.133/MT) 
ATENÇÃO!!! A Lei nº 8.429/92 não estabelece sanções 
penais pela prática de improbidade administrativa. Entretanto, 
as penalidades nela cominadas são aplicáveis 
independentemente de outras sanções, previstas em outras leis. 
 Assim, um mesmo ato enquadrado na Lei nº 8.429/92 pode 
corresponder também a um crime previsto em outra lei (p. ex.: a 
corrupção passiva é crime previsto no Código Penal e pode ser 
caracterizada como ato de improbidade, incorrendo no agente na 
sanção penal e nas previstas na Lei nº 8.429/92). Nesse caso, serão 
instaurados, em regra, processos concomitantes. 
 E se o processo administrativo absolver o agente público, pode o 
processo penal condenar? 
 Sim, meus caros, pois há a independência das instâncias. 
 MUITA ATENÇÃO: A vinculação entre o resultado de uma esfera 
na outra só acontece quando o Poder Judiciário absolve com 
fundamento na inexistência do fato ou na ausência de autoria. 
 Veja que esse tema é muito cobrado em provas: 
 
 
 
7. (CESPE-2015-STJ-Analista Judiciário ± Administrativa) Os 
sucessores da pessoa que causar lesão ao patrimônio público ou 
enriquecer-se ilicitamente poderão sofrer as consequências das 
sanções patrimoniais previstas na Lei de Improbidade 
Administrativa até o limite do valor da herança. 
 
Questão de 
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Conforme preceitua o art. 8º do referido diploma legal, o 
sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se 
enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações da lei até o limite 
do valor da herança. 
Gabarito: Certo. 
 
 
8. (CESPE ± 2015 ± FUB - Conhecimentos básicos) Com base nas 
disposições contidas nas Leis n.º 8.112/1990 e n.º 8.429/1992, 
julgue os itens subsequentes. 
Suponha que determinado servidor público federal tenha permitido, de 
forma culposa, a realização de despesas não autorizadas em lei. Nessa 
hipótese, embora tenha sido cometido ato de improbidade 
administrativa que causou prejuízo ao erário, nos termos da lei, não se 
exige o ressarcimento integral do dano, haja vista a inexistência de dolo 
na conduta do servidor. 
O art. 5º da Lei 8.429/92 dispõe que: ³$UW�� �ƒ� 2correndo lesão ao 
patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente 
ou de terceiro, dar-se-á R�LQWHJUDO�UHVVDUFLPHQWR�GR�GDQR´� 
Gabarito ± Errada. 
 
 
9. (CESPE ± 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária) 
Acerca de improbidade administrativa e controle da 
administração pública, julgue item a seguir. 
 
Embora possa corresponder a crime definido em lei, o ato de 
improbidade administrativa, em si, não constitui crime. 
 
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Tecnicamente é incorreto dizer que o ato de improbidade administrativa 
é crime, pois corresponde a uma espécie de ilícito e não de natureza 
criminal e sim cível. Lembre-se que para uma conduta ser considerada 
crime é preciso que a lei assim o defina. 
 
Gabarito ± Certo. 
 
10. (CESPE ± 2015 ± DPU - Defensor Público Federal de Segunda 
Categoria) O rol de condutas tipificadas como atos de 
improbidade administrativa constante na Lei de Improbidade (Lei 
n.º 8.429/1992) é taxativo. 
 
A lei de improbidade permiti uma interpretação exemplificativa do rol 
que é exigido. 
 
Gabarito ± Errado. 
 
 
11. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) As sanções penais, 
civis e administrativas previstas em lei podem ser aplicadas aos 
responsáveis pelos atos de improbidade, de forma isolada ou 
cumulativa, de acordo com a gravidade do fato. 
Por óbvio o item está correto. 
12. (CESPE ± 2011 ± TJ/ES) Os atos de improbidade administrativa 
estão taxativamente previstos em lei, não sendo possível 
compreender que sua enumeração seja meramente 
exemplificativa. 
O rol previsto na legislação é exemplificativo, portanto podem ser 
enquadrados outros atos que não estejam previstos em lei. 
Gabarito: Errado. 
13. (CESPE - 2012 - ANAC - Analista Administrativo) O agente 
público deverá ressarcir integralmente o dano causado ao 
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patrimônio público somente se restar comprovado que sua ação 
ou omissão foi dolosa. 
Conforme acabamos de ver na lei: 
 
 
Percebeu? Ação poderá ser dolosa ou culposa! 
Gabarito: Errado. 
14. (CESPE - 2012 - ANAC - Analista Administrativo) Caso morra 
um agente público que tenha cometido ato ilícito previsto na 
referida lei, a punição a que ele tiver sido submetido será extinta, 
não acarretando, portanto, nenhum ônus aos seus sucessores. 
Conforme preceitua o art. 8º do referido diploma legal, o sucessor 
daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer 
ilicitamente está sujeito às cominações da lei até o limite do valor da 
herança. 
Gabarito: Errado. 
15. (CESPE ± 2013 ± MI) A liberação de verba pública para 
terceiros sem a devida observância das formalidades legais 
configura ato de improbidade administrativa que enseja 
enriquecimento ilícito do agente público e prejuízo ao erário. 
Não há caso de enriquecimento ilícito, apenas prejuízo ao erário, o 
que configura o erro da questão. 
Gabarito: Errado. 
 
 
16. (CESPE ± 2015 ± DPU - Defensor Público Federal de Segunda 
Categoria) Em relação a improbidade administrativa e responsabilidade 
civil do servidor público federal, julgue o item subsequente.Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa 
ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do 
dano. 
 
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A responsabilidade civil do servidor público pela prática, no 
exercício de suas funções, de ato que acarrete prejuízo ao erário ou a 
terceiros pode decorrer tanto de ato omissivo quanto de ato comissivo, 
doloso ou culposo. 
É indispensável você lembrar-se das seguintes informações na hora 
da prova. 
1- Quando ocorrer o Descumprimento de algum princípio 
administrativo, restará provado o dolo. 
2- Quando ocorrer o Enriquecimento Ilícito, este estará regado de 
dolo. 
3- Já nos casos em que ocorrer Lesão ao Erário, este terá dolo ou 
culpa. 
 A Lei 8.112/93 dispõe em seu art. 112 o seguinte: ³Art. 122. A 
responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou 
culposo, que resulte em prHMXt]R�DR�HUiULR�RX�D�WHUFHLURV´� 
Gabarito ± Certo. 
 
 
17. (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico Científico) De 
acordo com a jurisprudência do STJ, estando presente o fumus 
boni iuris, no que concerne à configuração do ato de improbidade 
e à sua autoria, dispensa-se, para que seja decretada a 
indisponibilidade de bens, a demonstração do risco de dano. 
Como acabamos de ver o STJ tem se posicionado no sentido da 
DESNECESSIDADE de prova de periculum in mora concreto, ou seja, 
de que os réus estariam dilapidando seu patrimônio, ou na iminência 
de fazê-lo, exigindo-se apenas a demonstração de fumus boni 
iuris. 
Gabarito: Certo. 
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18. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista 
Judiciário) O terceiro beneficiado poderá ser responsabilizado nas 
esferas cível e criminal, mas não por improbidade administrativa, 
visto que esta não abrange particulares. 
O terceiro beneficiado também responderá! A Lei nº 8.429/92 
estabelece sanções de natureza administrativa (perda da função 
pública, proibição de contratar com o Poder Público, proibição de 
receber do Poder Público benefícios fiscais ou creditícios), civil 
(ressarcimento ao erário, perda dos bens e valores acrescidos 
ilicitamente ao patrimônio, multa civil) e política (suspensão dos direitos 
políticos). Grosso modo, pode-se dizer que essa lei só prevê sanções de 
QDWXUH]D�FtYHO��HP�FRQWUDSRVLomR�j�H[SUHVVmR�³VDQomR�SHQDO´�� 
Gabarito: Errado. 
 
19. (CESPE - 2013 - MC - Atividade Técnica de Suporte - Direito) As 
penas aplicadas ao agente público que cometer improbidade 
administrativa não poderão ser cumuladas. 
Como vimos, se um ato é repreensível tanto na esfera 
administrativa quanto civil e/ou penal, as sanções podem ser 
acumuladas. 
Resposta: Errado. 
 
20. (CESPE - 2013 - MC - Atividade Técnica de Suporte - Direito) 
Se um agente público, que tiver enriquecido ilicitamente, vier a 
falecer no decorrer de um processo administrativo relativo a ato 
de improbidade contra a administração pública, os sucessores 
desse agente passarão a responder pela atitude praticada por 
ele, mas a responsabilidade será limitada ao quinhão no valor da 
herança. 
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Conforme nos vimos, meus caros, a cobrança vai até os limites das 
forças da herança deixada aos sucessores. Os sucessores 
respondem, mas devem ter esse limite respeitado. 
Resposta: Certo. 
 
d. Descrição legal dos atos de improbidade administrativa 
 
 Os atos de improbidade administrativa são classificados em 3 
grandes grupos pela Lei nº 8.429/92, em ordem decrescente de 
gravidade das condutas e sanções: que importam em enriquecimento 
ilícito, que causam prejuízo ao erário e que atentam contra os princípios 
da administração pública. 
ATENÇÃO!!! Para que se configure a prática de ato de improbidade 
administrativa, seja ele descrito no art. 9º (enriquecimento ilícito), 10 
(prejuízo ao erário) ou 11 (violação aos princípios da administração) da 
Lei nº 8.429/92, deve estar caracterizado o dolo do agente na prática 
desses atos (EREsp 875.163). Somente no caso do ato de improbidade 
previsto no art. 10 da Lei nº 8.429/92 é que o STJ admite a culpa 
grave. Veja o seguinte trecho do julgamento da AIA 30 pelo STJ: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Não se pode confundir improbidade com simples ilegalidade. A 
improbidade é ilegalidade tipificada e qualificada pelo elemento subjetivo 
da conduta do agente. Por isso mesmo, a jurisprudência do STJ 
considera indispensável, para a caracterização de improbidade, que a 
conduta do agente seja dolosa, para a tipificação das condutas descritas 
nos artigos 9º e 11 da Lei 8.429/92, ou pelo menos eivada de culpa 
grave, nas do artigo 10. (AIA . 30/AM, Rel. Ministro TEORI ALBINO 
ZAVASCKI, CORTE ESPECIAL, julgado em 21/09/2011, DJe 28/09/2011) 
 
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21. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Analista ± Processual) Retardar ou 
deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício configura ato de 
improbidade administrativa cuja configuração prescinde da 
presença de elemento doloso. 
Como acabamos de ver: Para que se configure a prática de ato de 
improbidade administrativa, seja ele descrito no art. 9º (enriquecimento 
ilícito), 10 (prejuízo ao erário) ou 11 (violação aos princípios da 
administração) da Lei nº 8.429/92, deve estar caracterizado o dolo do 
agente na prática desses atos (EREsp 875.163). 
A questão está errada tão somente pela palavra prescinde, que 
significa despensa. 
Gabarito: Errado. 
22. (CESPE - 2013 - CNJ - Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Constituem improbidade administrativa não apenas os atos que 
geram enriquecimento ilícito, mas também os que atentam 
contra os princípios da administração pública. 
Gabarito: Correto 
A Lei 8429, além dos casos de enriquecimento ilício e prejuízo ao 
erário, traz, na Seção III, casos de improbidade administrativa que 
atentam contra os princípios da Administração Pública. 
"Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta 
contra os princípios da administração pública qualquer ação ou 
omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, 
legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente >���@´� 
 
Questão de 
concurso 
 
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23. (CESPE - 2012 - ANAC - Técnico Administrativo) De acordo 
com a legislação, para que determinado ato seja caracterizado 
como ato de improbidade administrativa, é necessário ter havido 
lesão ao erário, em virtude de ação ou omissão, desde que na 
modalidade culposa. 
Para que se configure a prática de ato de improbidade 
administrativa deve estar caracterizado o dolo do agente na prática 
desses atos (EREsp 875.163). Somente no caso do ato de improbidade 
de lesão ao erário é que o STJ admite a culpa grave. 
Gabarito: Errado. 
24. (CESPE - 2013 - CNJ - Analista Judiciário) Segundo 
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o 
reconhecimento de ato de improbidade administrativa, nos 
moldes previstos pela Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.º 
8.429/1992), requer o exercício de função específica 
(administrativa), não se admitindo sua extensão à atividade 
judicante. 
Pessoal, essa questão refere-se ao julgado: REsp 1249531 / RN de 
05/12/2012. Nesse julgado aplicou-se a lei de improbidade a um juiz 
que não atuou em sua atividade com imparcialidade e aplicou-se a lei 
de improbidade, mesmo sendo a atividade judicante, ou seja, a 
atividade finalística do Poder Judiciário. 
Gabarito: Errado. 
 
Vamos, sem demora, ao primeiro grupo: 
 
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i. Ato de improbidade administrativa que importa em 
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO 
 Segundo o art. 9º da Lei nº 8.429/92, o ato de improbidade que 
importa em enriquecimento ilícito é aquele que visa auferir qualquer 
tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de 
cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades 
passíveis de ser enquadradas como sujeito passivo de atos de 
improbidade administrativa. 
 Rol EXEMPLIFICATIVO de condutas: 
1. receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou 
imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou 
indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou 
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que 
possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão 
decorrente das atribuições do agente público; 
2. perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para 
facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou 
imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades passíveis 
de serem vítimas de atos de improbidade administrativa por 
preço superior ao valor de mercado; 
3. perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para 
facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o 
fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao 
valor de mercado; 
4. utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, 
equipamentos ou material de qualquer natureza, de 
propriedade ou à disposição de qualquer das entidades 
passíveis de serem vítimas de atos de improbidade 
administrativa, bem como o trabalho de servidores públicos, 
empregados ou terceiros contratados por essas entidades; 
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5. receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou 
indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de 
azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura 
ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de 
tal vantagem; 
6. receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou 
indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou 
avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou 
sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica 
de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer dessas 
entidades; 
7. adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, 
cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza 
cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à 
renda do agente público; 
8. aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de 
consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica 
que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado 
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente 
público, durante a atividade; 
9. perceber vantagem econômica para intermediar a liberação 
ou aplicação de verba pública de qualquer natureza; 
10. receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta 
ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou 
declaração a que esteja obrigado; 
11. incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, 
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial 
das entidades passíveis de serem vítimas de atos de 
improbidade administrativa; 
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12. usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores 
integrantes do acervo patrimonial dessas entidades. 
 No caso de enriquecimento ilícito, independentemente das 
sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação 
específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às 
seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato (art. 12, I, da 
Lei nº 8.429/92): 
1. perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio; 
2. ressarcimento integral do dano, quando houver; 
3. perda da função pública; 
4. suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos; 
5. pagamento de multa civil de até três vezes o valor do 
acréscimo patrimonial; 
6. proibição de contratar com o Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da 
qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 10 anos. 
 
 
 
25. (CESPE ± 2015 ± MEC - Conhecimentos Básicos para os Postos 
9, 10, 11 e 16) Com base nas Leis n.º 8.112/1990 e n.º 8.429/1992, 
julgue o item a seguir. O agente público que, no exercício de suas 
funções, enriquece ilicitamente deve perder os bens acrescidos 
irregularmente ao seu patrimônio. 
Questão de 
concurso 
 
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2� DUW�� �ƒ� GD� OHL� ��������� GHWHUPLQD� TXH�� ³$UW�� �ƒ� 1R� FDVR�
de enriquecimentoilícito, perderá o agente público ou terceiro 
EHQHILFLiULR�RV�EHQV�RX�YDORUHV�DFUHVFLGRV�DR�VHX�SDWULP{QLR´� 
Gabarito ± Certo. 
26. (CESPE ± 2015 ± FUB - Conhecimentos básicos) Maria, 
servidora pública federal estável, integrante de comissão de 
licitação de determinado órgão público do Poder Executivo 
federal, recebeu diretamente, no exercício do cargo, vantagem 
econômica indevida para que favorecesse determinada empresa 
em um procedimento licitatório. Após o curso regular do processo 
administrativo disciplinar, confirmada a responsabilidade de Maria 
na prática delituosa, foi aplicada a pena de demissão. 
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens a seguir, com 
base na legislação aplicável ao caso. 
 
A infração praticada por Maria caracteriza-se como ato de improbidade 
administrativa que importa enriquecimento ilícito. 
 
A Lei de improbidade Administrativa 8.429 estabelece da seguinte 
forma: 
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando 
enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida 
em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas 
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: 
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou 
qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, 
percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou 
indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente 
das atribuições do agente público. 
 
Gabarito ± Certo. 
 
27. (CESPE ± 2011- MMA) Considere que um servidor público 
requisite, seguidamente, para proveito pessoal, os serviços de 
funcionários de uma empresa terceirizada de serviços de limpeza, 
contratada pelo órgão em que o servidor exerce função de chefia. 
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Nessa situação, esse fato é caracterizado como ato de 
improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito. 
Tal conduta caracteriza enriquecimento ilícito, conforme expresso 
no art. 9º da Lei 8429/92: 
Utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, 
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à 
disposição de qualquer das entidades passíveis de serem vítimas de 
atos de improbidade administrativa, bem como o trabalho de 
servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas 
entidades; 
 
Gabarito: Certo. 
 
28. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista) Os atos de improbidade que 
importam enriquecimento ilícito sujeitam seus autores, entre 
outras sanções, à perda da função pública, à suspensão dos 
direitos políticos de oito a dez anos e à perda dos bens ou valores 
acrescidos ilicitamente ao patrimônio. 
Veja o art. 12, da lei de improbidade: 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: certo. 
Art. 12. I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos 
ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, 
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, 
pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial 
e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por 
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 
dez anos; 
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29. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento ± Direito) 
Considerando que um servidor público federal utilize, em obra ou 
serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material 
de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição da 
autarquia federal, ele estará sujeito, entre outras sanções, à 
perda da função pública e à suspensão dos direitos políticos de 
oito a dez anos. 
O Item é correto. 
Como vimos no rol exemplificativo de condutas que importam 
enriquecimento ilícito: 
4. utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, 
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade 
ou à disposição de qualquer das entidades passíveis de serem 
vítimas de atos de improbidade administrativa, bem como o 
trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros 
contratados por essas entidades; 
Entre as sanções aplicadas no caso de enriquecimento ilícito está 
a suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos; 
Segue o art. da lei: 
 
LEI 8429/92 
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando 
enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem 
patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, 
função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 
1° desta lei, e notadamente: 
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, 
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade 
ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° 
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desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, 
empregados ou terceiros contratados por essas entidades. 
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e 
administrativas previstas na legislação específica, está o 
responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes 
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, 
de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 
12.120, de 2009). 
 I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores 
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do 
dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos 
direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de 
até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de 
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos 
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por 
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo 
prazo de dez anos. 
 
30. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento ± Direito) A 
Constituição Federal indica que as sanções aplicáveis aos atos de 
improbidade são a suspensão dos direitos políticos, a perda da 
função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao 
erário. Trata-se de elenco taxativo, que não permite, pela 
legislação infraconstitucional, a ampliação das penalidades. 
 
Gabarito: Incorreto! 
 
Art. 37 § 4º CF - Os atos de improbidade administrativa 
importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da 
função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento 
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ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo 
da ação penal cabível. 
A enumeração do art. acima transcrito da CF não é taxativa e 
sim um rol de consequências mínimas atribuídas à pratica de 
atos de improbidade. 
Deve-se notar que as penalidades cominadas na lei 8429/92 
são aplicáveis independente de outras sanções previstas em 
outras leis. 
ii. Ato de improbidade administrativa que CAUSA 
PREJUÍZO AO ERÁRIO 
 De acordo com o art. 10 da Lei nº 8.429/92, consiste em 
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda 
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou 
dilapidação dos bens ou haveres das entidades passíveis de ser 
enquadradas como sujeito passivo de atos de improbidade 
administrativa. 
 Rol EXEMPLIFICATIVO de condutas: 
1. facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação 
ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, 
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial 
das entidades passíveis de serem vítimas de atos de 
improbidade administrativa; 
2. permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica 
privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do 
acervo patrimonial dessas entidades, sem a observância das 
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
3. doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente 
despersonalizado, ainda que de fins educativos ou 
assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio 
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de qualquer dessas entidades, sem observância das 
formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; 
4. permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem 
integrante do patrimônio de qualquer dessas entidades, ou 
ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço 
inferior ao de mercado; 
5. permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem 
ou serviço por preço superior ao de mercado; 
6. realizar operação financeira sem observância das normas 
legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou 
inidônea; 
7. conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância 
das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à 
espécie; 
8. frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo 
indevidamente; 
9. ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas 
em lei ou regulamento; 
10. agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, 
bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio 
público; 
11. liberar verba pública sem a estrita observância das normas 
pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação 
irregular; 
12. permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se 
enriqueça ilicitamente; 
13. permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, 
veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer 
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natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das 
entidades passíveis de serem vítimas de atos administrativos, 
bem como o trabalho de servidor público, empregados ou 
terceiros contratados por essas entidades; 
14. celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto 
a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada 
sem observar as formalidades previstas na lei; 
15. celebrar contrato de rateio de consórcio público sem 
suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as 
formalidades previstas na lei. 
 No caso de prejuízo ao erário, independentemente das sanções 
penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o 
responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, 
que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo 
com a gravidade do fato (art. 12, II, da Lei nº 8.429/92): 
1. ressarcimento integral do dano; 
2. perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio, se concorrer esta circunstância; 
3. perda da função pública; 
4. suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos; 
5. pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do 
dano; 
6. proibição de contratar com o Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da 
qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 5 anos. 
 
 
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31. (CESPE ± 2015 ± FUB - Conhecimentos Básicos - Nível 
Intermediário) À luz do disposto na Constituição Federal de 1988 
acerca da administração pública, julgue o item a seguir. 
A pretensão de se aplicar sanção ao agente por ato de improbidade 
administrativa é imprescritível. 
 Os atos imprescritíveis são aqueles que causarem prejuízo ao 
erário. Conforme estabelece o art. 37 § 5º da CF. 
 Já o art. 142 da lei 8.112/90 dispõe que: Art. 142. ³$� DomR�
disciplinar prescreverá: I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações 
puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e 
destituição de cargo em comissão;II - em 2 (dois) anos, quanto à 
suspensão; III - em 180 (cento e oitenta) GLDV��TXDQWR�j�DGYHUWrQFLD´ 
Gabarito ± Errado. 
 
 
32. (CESPE ± 2015 ± FUB - Assistente em Administração) Julgue o 
item subsecutivo , com base nas disposições da Lei n.º 
8.429/1992. 
Servidor público que possibilita o uso de patrimônio público sem as 
formalidades necessárias, ainda que, com esse ato, não tenha obtido 
ganho pessoal nem causado dano ao erário, não comete improbidade 
administrativa. 
O art. 10, inc. II da lei 8429/92 preconiza que: 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário 
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, 
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das 
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente 
[...] 
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize 
bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das 
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das 
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie. 
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Gabarito ± Errado. 
 
33. (CESPE ± 2015 ± FUB - Assistente em Administração) Julgue o 
item subsecutivo, com base nas disposições da Lei n.º 
8.429/1992. 
O pagamento de despesa sem prévio empenho caracteriza ato de 
improbidade administrativa, da mesma forma que o pagamento de 
despesa antes da sua liquidação. 
A Lei nº 8429/92, em seu art. 10, inc. VI e IX o seguinte: 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao 
erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda 
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou 
haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente 
[...] 
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e 
regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea 
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou 
regulamento. 
Gabarito ± Certo. 
 
34. (CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios) A dispensa 
indevida de processo licitatório por agente público, além de 
causar prejuízo ao erário, constitui ato de improbidade 
administrativa que importa no enriquecimento ilícito daquele que 
o pratica. 
Pertence ao rol exemplificativo de prejuízo ao erário frustrar a 
licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente. Portanto 
item errado. 
 
35. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados ± Analista) Em caso 
de ato de improbidade, o ressarcimento do poder público só será 
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cabível se o ato causar prejuízo ao erário ou ao patrimônio 
público. 
Questão simples! Por que o poder público iria ressarcir se não 
houve prejuízo ao erário ou ao patrimônio publico? Não haveria motivo! 
Para haver ressarcimento é necessário o prejuízo. 
Gabarito: certo. 
 
iii. Ato de improbidade administrativa que ATENTA 
CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
 Com base no art. 11 da Lei nº 8.429/92, abrange qualquer ação 
ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, 
legalidade, e lealdade às instituições. 
 Além disso, o art. 4º do referido diploma legal determina que os 
agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar 
pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. 
 Rol EXEMPLIFICATIVO de condutas: 
1. praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou 
diverso daquele previsto, na regra de competência; 
2. retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; 
3. revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das 
atribuições e que deva permanecer em segredo; 
4. negar publicidade aos atos oficiais; 
5. frustrar a licitude de concurso público; 
6. deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; 
7. revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, 
antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política 
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ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou 
serviço. 
 No caso de violação aos princípios da administração pública, 
independentemente das sanções penais, civis e administrativas 
previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de 
improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas 
isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato 
(art. 12, III, da Lei nº 8.429/92): 
1. ressarcimento integral do dano, se houver; 
2. perda da função pública; 
3. suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos; 
4. pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da 
remuneração percebida pelo agente; 
5. proibição de contratar com o Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da 
qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 3 anos. 
 IMPORTANTE observar, quanto às sanções previstas para as três 
modalidades de improbidade (prejuízo ao erário, enriquecimento ilícito e 
violação a princípios), o art. 21 da Lei nº 8.429/92 assim prevê: 
 
 
 
 
 Perceba: só é necessária a comprovação da existência de dano 
ao patrimônio público para aplicar a sanção de ressarcimento, as 
demais sanções independem de dano. 
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: 
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de 
ressarcimento; 
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo 
Tribunal ou Conselho de Contas. 
 
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 Perceba: mesmo que as contas do agente público tenham sido 
APROVADAS pelo TCU, ele pode ser condenado por ato de improbidade 
e se sujeitar às sanções da Lei nº 8.429/92. 
 Além disso, para a fixação das penas a serem concretamente 
aplicadas, o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim 
como o proveito patrimonial obtido pelo agente (art. 12, parágrafo 
único, da Lei nº 8.429/92). 
Foi inserido como ato de improbidade administrativa que atenta 
FRQWUD�RV�SULQFtSLRV�GD�$GPLQLVWUDomR�³deixar de cumprir a exigência de 
requisitos de acessibilidade previstos na legislação´. 
Ou seja, o gestor não pode deixar de fazer as obras de 
acessibilidade, necessárias para que os portadores de necessidades 
especiais tenham garantido o seu direito de ir e vir! Se ele se esquecer 
dessas obras, estará cometendo ato de improbidade que atenta contra 
os princípios da Administração. 
Veja a redação nova da lei: 
 
Seção III 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os 
Princípios da Administração Pública 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta 
contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão 
que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e 
lealdade às instituições, e notadamente: 
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade 
previstos na legislação. 
 
 
 
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36. (CESPE - 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária) 
Acerca de improbidade administrativa e controle da 
administração pública, julgue item a seguir. 
A sanção de perda da função pública decorrente de sentença em ação 
de improbidadeadministrativa não tem natureza de sanção 
administrativa. 
 
Vamos aqui fazer um paralelo para não confundir a perda da função 
pública com demissão! São duas coisas similares, mas existe diferença. 
 
Demissão ± é uma sanção administrativa, ou seja, expulsão do servidor 
do cargo que antes ocupava. Produz efeitos para o órgão do qual o 
funcionário fazia parte. 
 
Já a da função pública é uma sanção civil, ou seja, a perda da 
capacidade do individuo de agir como agente público. Lembrando que 
se estende a toda a administração e não somente ao órgão onde 
atuava. 
 
Gabarito ± Certo. 
 
37. (CESPE/STF/Técnico/2008) Os atos de improbidade 
administrativa devem ter por pressuposto a ocorrência de dano 
ao erário público. 
 
38. (CESPE/TJ-CE/Analista/2008) A aprovação das contas do 
agente público por Tribunal de Contas afasta a possibilidade de 
incidência em ato ímprobo pelo servidor que o praticou. 
 Esses dois itens cobram os incisos do art. 21 da Lei nº 8.429/92, 
acima transcrito. O primeiro item está errado, pois as sanções de 
improbidade podem ser aplicadas independentemente do dano. O 
segundo item também está errado, pois as sanções da lei podem ser 
aplicadas quando o tribunal de contas aprova as contas do agente 
público. 
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39. (CESPE ± 2013 ± MI) Atos que atentem contra os princípios da 
administração pública constituem atos de improbidade 
administrativa, independentemente de implicarem malversação 
de recursos públicos. 
A assertiva está correta, a malversação de recursos públicos não é 
requisito para a configuração de atos de improbidade administrativa. 
Gabarito: Certo. 
 
40. (CESPE ± 2013 ± ANTT) A aplicação das sanções por 
improbidade administrativa independe da aprovação ou rejeição 
das contas pelo órgão de controle interno ou pelo tribunal ou 
conselho de contas. 
A assertiva está correta, seguindo o preceituado no artigo 21, 
inciso II, da Lei 8429/92. 
Gabarito: Certo. 
 
41. (CESPE - 2012 - ANCINE - Técnico Administrativo) Frustrar a 
licitude de concurso público configura ato de improbidade 
administrativa que atenta contra os princípios da administração 
pública. 
Vimos com base no art. 11 da Lei nº 8.429/92, abrange qualquer 
ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, 
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, um rol 
exemplificativo de condutas que atentam contra esses princípios e 
frustrar a licitude de concursos públicos está entre essas condutas. 
Gabarito: Certo. 
 
42. (CESPE - 2012 - AGU ± Advogado) É necessária a comprovação 
de enriquecimento ilícito ou da efetiva ocorrência de dano ao 
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patrimônio público para a tipificação de ato de improbidade 
administrativa que atente contra os princípios da administração 
pública. 
Como acabamos de ver: 
 
 
 
 
Gabarito: Errado. 
 
43. (CESPE - 2012 - ANAC - Técnico Administrativo) Se condenado 
por improbidade administrativa, o servidor público que, para 
beneficiar um amigo, tiver deixado de praticar, indevidamente, 
ato de ofício deverá realizar o ressarcimento integral do dano 
causado e perderá sua função pública, sendo vedada a suspensão 
de seus direitos políticos. 
Vamos lá! Deixar de praticar ato de ofício é violação aos princípios 
da administração pública, de acordo com a gravidade do fato, o servidor 
poderá ser condenado a: 
1. ressarcimento integral do dano, se houver; 
2. perda da função pública; 
3. suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos!!! 
4. pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da 
remuneração percebida pelo agente; 
5. proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios 
ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que 
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: 
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena 
de ressarcimento; 
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou 
pelo Tribunal ou Conselho de Contas. 
 
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por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo 
prazo de 3 anos. 
A questão está errada por desconsiderar a suspensão dos direitos 
políticos. 
Gabarito: Errado. 
44. (CESPE ± 2013- Analista/ MPU) A perda da função pública é 
sanção aplicável àqueles que pratiquem atos de improbidade 
administrativa que importem enriquecimento ilícito ou que gerem 
lesão ao erário, mas não aos que pratiquem atos de improbidade 
que atentem contra os princípios da administração pública. 
Conforme visto anteriormente, segundo o art. 11 da Lei 8429/92, 
qualquer ato que atente contra os princípios da administração pública 
constituem improbidade administrativa, logo está incorreta. 
Gabarito: Errado. 
45. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento ± Direito) A 
aplicação das sanções da Lei de Improbidade independe da 
efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo em 
relação à pena de ressarcimento. 
Questão correta. Como vimos nos art. 21 da lei: 
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: 
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo 
quanto à pena de ressarcimento; 
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle 
interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas. 
e. Declaração de bens 
 
 A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à 
apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu 
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patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal 
competente. 
 São excluídos da declaração apenas os objetos e utensílios 
de uso doméstico. 
 A declaração de bens será anualmente atualizada e na data 
em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, 
emprego ou função. 
 E qual é a sanção para aquele que não declara? 
 Observe a redação legal, meus amigos: 
 
 
 
 
 Você viu bem: DEMISSÃO SERÁ A SANÇÃO APLICADA! 
 O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração 
anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na 
conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de 
qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a 
referida exigência.46. (CESPE/TCEES/Procurador/2009) Servidor público estadual que, 
notificado para apresentar a declaração anual de bens, recusar-se 
a apresentá-la, dentro do prazo especificado, será punido com a 
pena de demissão, conforme previsto na lei de regência. 
 Com base no que acabamos de estudar, fica fácil concluir que a 
questão está certa. 
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem 
prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a 
prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar 
falsa. 
 
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47. (CESPE - 2013 - ANTT - Especialista em Regulação de Serviços 
de Transportes Terrestres - Direito) A aplicação das sanções por 
improbidade administrativa independe da aprovação ou rejeição 
das contas pelo órgão de controle interno ou pelo tribunal ou 
conselho de contas. 
 Essa frase, um pouco sem contexto fica difícil de julgar 
isoladamente, mas as questões que trazem letra fria da lei algumas 
vezes são assim. Graças ao conhecimento que você tem do artigo 21, II 
da Lei 8429/92, você poderia acertar. Ela está em acordo com essa 
disposição. 
Traduzindo um pouco, esse inciso quer dizer que a aplicação de 
sanção por improbidade independe de real dano ao patrimônio público. 
As contas adequadas e corretas muitas vezes mascaram irregularidades 
que são repreensíveis. Até por que a lei não repreende apenas condutas 
que envolvam lesão ao erário. 
Resposta: Certo. 
 
f. Procedimento administrativo e processo judicial 
i. Âmbito administrativo 
 Qualquer pessoa poderá representar à autoridade 
administrativa competente para que seja instaurada investigação 
destinada a apurar a prática de ato de improbidade. 
 Entretanto, constitui crime a representação contra agente 
público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe 
inocente, cuja pena é a de detenção, de 6 a 10 meses, e multa (art. 19 
da Lei nº 8.429/92). OBS: além da sanção penal, o denunciante 
está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, 
morais ou à imagem que houver provocado. 
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 Atendidos os requisitos da representação, a autoridade 
determinará a imediata apuração dos fatos, mediante a instauração de 
um processo administrativo disciplinar. 
 A comissão encarregada da instrução do processo administrativo 
deve dar conhecimento da existência dele ao Ministério Público e ao 
tribunal de contas competente, os quais poderão designar 
representante para acompanhar o procedimento administrativo. 
 Veja a redação do art. 15 da Lei nº 8.429/92: 
 
 
 
 
 
Isso não quer dizer que o Ministério Público pode interferir 
na realização do processo administrativo a cargo da 
Administração Pública. Se o MP achar que as coisas não estão 
indo bem, ele pode adotar as providências de sua alçada, como 
instaurar inquérito civil ou criminal, mas não pode ter qualquer 
participação no processo administrativo em si. 
 
 
48. (CESPE/MP-RN/2009) É crime a representação por ato de 
improbidade administrativa contra agente público ou terceiro 
beneficiário, quando o autor da denúncia tem conhecimento de 
que este é inocente. 
 O item trata da representação irresponsável por ato de 
improbidade (art. 19 da Lei nº 8.429/92), por isso está correto. 
Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e 
ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento 
administrativo para apurar a prática de ato de improbidade. 
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas 
poderá, a requerimento, designar representante para acompanhar o 
procedimento administrativo. 
 
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49. (CESPE - 2012 - Polícia Federal - Agente da Polícia Federal) Se 
o suposto autor do ato alegar que não tinha conhecimento prévio 
da ilicitude, o ato de improbidade restará afastado, por ser o 
desconhecimento da norma motivo para afastá-lo. 
Veja o que diz a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro 
(Decreto Lei 4.567/42): 
 
 
 
Jamais esqueça isso! Pois em qualquer matéria o CESPE pode 
cobrá-lo! 
Gabarito: Errado. 
 
50. (CESPE - 2012 - PC-AL - Delegado de Polícia) Apenas o 
Ministério Público (MP) poderá representar à autoridade 
administrativa competente para que seja instaurada investigação 
devida para apurar a prática de ato de improbidade. 
Como vimos: Qualquer pessoa poderá representar à autoridade 
administrativa competente para que seja instaurada investigação 
destinada a apurar a prática de ato de improbidade. 
Gabarito: Errado. 
51. (CESPE ± 2011 ± PC/ES) Qualquer pessoa poderá representar à 
autoridade administrativa competente para que seja instaurada 
investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade, 
sem prejuízo de representar também ao Ministério Público. 
Você já sabe que qualquer pessoa poderá representar à 
autoridade administrativa competente para que seja instaurada 
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
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investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. 
Gabarito: Certo. 
52. (CESPE ± 2006- DPE/DF) O juiz responsável pela tramitação de 
ação de improbidade administrativa deve, expressamente, decidir 
se recebe ou não a inicial apresentada, sendo esse 
ato imprescindível para a regularização da marcha processual nas 
ações de improbidade administrativa. 
A questão encontra respaldo legal, conforme art. 17, § 8o, da Lei 
8.429/99: 
³5HFHELGD� D� PDQLIHVWDomR�� R� MXL]�� QR� SUD]R� GH� WULQWD� GLDV�� HP� GHFLVmR�
fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de 
improbidade, da improcedência da ação RX�GD�LQDGHTXDomR�GD�YLD�HOHLWD´� 
 
 
Portanto, está correta. 
Gabarito: Certo. 
ii. Âmbito judicial 
 Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão 
representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão 
para que requeira ao juízo competente, em sede de ação cautelar, a 
decretação do sequestro (incide sobre bens específicos, quantos sejam 
necessários para assegurar o êxito da execução) dos bens do agente ou 
terceiro que tenha enriquecido ilicitamente

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