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PDF de Aula - ECA - 5

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DO ACESSO À JUSTIÇA
• Acesso aos órgãos do sistema de justiça - É garantido o acesso de toda 
criança ou adolescente à DP, ao MP e ao Poder Judiciário (Art. 141 do ECA).
• O Juiz dará curador especial à criança ou adolescente, sempre que os 
interesses destes colidirem com os de seus pais ou responsável, ou quando 
carecer de representação ou assistência legal ainda que eventual.
• Gratuidade do acesso à Justiça - A assistência judiciária gratuita será 
prestada aos que dela necessitarem, através de defensor público ou 
advogado nomeado.
• As ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da Juventude são 
isentas de custas e emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância de má-
fé (§1º e 2º do art. 141 do ECA).
DO ACESSO À JUSTIÇA
• Divulgação de atos judiciais e administrativos (art. 143) - É vedada a 
divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que digam 
respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato 
infracional.
• Qualquer notícia a respeito do fato não poderá identificar a criança 
ou adolescente, vedando-se fotografia, referência a nome, apelido, 
filiação, parentesco, residência e, inclusive, iniciais do nome e 
sobrenome.
• A expedição de cópia ou certidão de atos a que se refere o artigo 
anterior somente será deferida pelo magistrado, se demonstrado o 
interesse e justificada a finalidade (art. 144 do ECA).
SUJEITOS DO PROCESSO 
DO JUIZ
• Autoridade competente – será o Juiz da Infância e da Juventude, ou o juiz 
que exerce essa função, na forma da lei de organização judiciária local (art. 
146 do ECA).
• Delimitação de Competência (art. 147 do ECA)- A competência será 
determinada: 
I - pelo domicílio dos pais ou responsável; 
II - pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou 
responsável.
III - Nos casos de ato infracional, o magistrado do lugar da ação ou omissão 
(aplicação da teoria da atividade), observadas as regras de conexão, 
continência e prevenção.
SUJEITOS DO PROCESSO 
• Atribuições administrativas - Compete ao magistrado disciplinar, 
através de portaria, ou autorizar, mediante alvará:
I - a entrada e permanência de criança ou adolescente, 
desacompanhado dos pais ou responsável, em:
a) estádio, ginásio e campo desportivo;
b) bailes ou promoções dançantes;
c) boate ou congêneres;
d) casa que explore comercialmente diversões eletrônicas;
e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão.
SUJEITOS DO PROCESSO 
II - a participação de criança e adolescente em:
a) espetáculos públicos e seus ensaios;
b) certames de beleza.
Atenção: O STJ entendeu que é necessário alvará judicial para que menores 
participem de programa de televisão, mesmo existindo autorização escrita 
de seus representantes legais (art. 149, II, a, do ECA). Julgou também que o 
fato de serem apresentadas as condições de segurança e habitabilidade das 
dependências de gravação mostra-se sem importância. (REsp 435.045-
RJ. REsp 471.767-SP). 
O STJ assentou que na hipótese do art. 149, I, o alvará só será necessário se 
a criança estiver desacompanhada dos seus pais. No caso inciso II, ele será 
SEMPRE exigido, esteja a criança ou adolescente com seus pais ou sem eles. 
SUJEITOS DO PROCESSO 
• Parâmetros para a concessão do alvará -
a) os princípios do ECA;
b) as peculiaridades locais;
c) a existência de instalações adequadas;
d) o tipo de freqüência habitual ao local;
e) a adequação do ambiente a eventual participação ou freqüência de 
crianças e adolescentes;
f) a natureza do espetáculo.
• A concessão do alvará e portaria deverá ser fundamentado, caso a 
caso, vedadas as determinações de caráter geral (§2º, art. 149).
SUJEITOS DO PROCESSO 
É possível o Poder Judiciário expedir portaria estabelecendo toque 
de recolher para crianças e adolescentes em situação de rua?
• NÃO! A despeito das legítimas preocupações do magistrado, o Poder 
Judiciário não pode expedir portaria de caráter geral e abstrato, a 
vigorar por prazo indeterminado, a respeito de condutas a serem 
observadas por pais, pelos menores, acompanhados ou não, e por 
terceiros. Nos termos do art. 149 do ECA o juiz pode disciplinar, por 
portaria, "a entrada e permanência de criança ou adolescente, 
desacompanhada dos pais ou responsável" nos locais e eventos 
discriminados no inciso I, devendo essas medidas "ser 
fundamentadas, caso a caso, vedadas as determinações de caráter 
geral" (§ 2º). (STJ REsp 1292143 / SP, HC 251225 / MS).
SUJEITOS DO PROCESSO 
• Competência da Justiça da Infância e da Juventude (Art. 148):
I - conhecer de representações promovidas pelo MP, para apuração de ato 
infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis;
• Atenção: Se a criança ou adolescente for VÍTIMA de crime, a Vara da 
Infância e da Juventude não será competente, mesmo que haja Lei 
Estadual que assim estabeleça, pois o ECA disciplina exaustivamente a 
competência das varas especializadas da infância e juventude não 
podendo lei estadual ampliar esse rol. Assim, devem ser anulados os 
atos decisórios do processo, desde o recebimento da denúncia, na 
hipótese em que o réu, maior de 18 anos, tenha sido submetido a 
julgamento perante juízo da infância e da juventude por crime cometido 
contra criança. (STJ RHC 37.603-RS e HC 219.218-RS). 
SUJEITOS DO PROCESSO 
II - conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do 
processo;
III - conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;
IV - conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos 
ou coletivos afetos à criança e ao adolescente;
V - conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de 
atendimento, aplicando as medidas cabíveis;
VI - aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra 
norma de proteção à criança ou adolescente;
VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando 
as medidas cabíveis.
SUJEITOS DO PROCESSO 
• Quando se tratar de criança ou adolescente com seus direitos 
violados ou ameaçados, é também competente a Justiça da Infância e 
da Juventude para o fim de:
a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;
b) conhecer de ações de destituição do poder familiar, perda ou 
modificação da tutela ou guarda;
c) suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento;
d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna, 
em relação ao exercício do poder familiar;
e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os 
pais;
SUJEITOS DO PROCESSO 
f) designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou 
representação, ou de outros procedimentos judiciais ou extrajudiciais 
em que haja interesses de criança ou adolescente;
g) conhecer de ações de alimentos;
h) determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento dos registros 
de nascimento e óbito.
SUJEITOS DO PROCESSO 
(VUNESP / Juiz TJ-RJ / 2014) Assinale a alternativa correta acerca das 
atribuições do juiz da infância e da juventude no Estatuto da Criança e 
do Adolescente.
a) O registro dos programas das entidades de acolhimento será feito 
perante o juiz da infância e da juventude, o qual comunicará a 
existência deles ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do 
Adolescente e ao Conselho Tutelar.
• R: ERRADA. O registro desses programas será realizado no COMDICA, 
o qual fará comunicação ao Conselho Tutelar E à autoridade judiciária 
(art. 90, §1º do ECA).
SUJEITOS DO PROCESSO 
b) O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar será 
realizado sob presidência do juiz da infância e da juventude e 
fiscalização do Ministério Público.
• R: ERRADA. O processo será estabelecidoem lei municipal e realizado 
sob a responsabilidade do COMDICA e a fiscalização do MP (art. 139).
c) O juiz da infância e da juventude competente para conhecimento de 
ato infracional é o do lugar da ação ou omissão, observadas as regras 
de conexão, continência e prevenção.
• R: CORRETA. A competência é fixada pela adoção da teoria da 
atividade, conforme prevê o art. 147 do ECA.
SUJEITOS DO PROCESSO 
d) A participação de criança em programa televisivo na companhia dos 
pais ou responsável requer obrigatoriamente alvará judicial, salvo 
quando houver prévia portaria do juiz da infância e da juventude 
regulando previamente a atividade.
• R: ERRADA. Apesar de competir ao magistrado disciplinar, através de 
portaria, ou autorizar, mediante alvará a participação de criança e 
adolescente em espetáculos públicos e seus ensaios e certames de 
beleza, é vedada a adoção de medidas de caráter geral, devendo ser 
fundamentadas caso a caso (§2º, art. 149 do ECA. Vide também REsp 
435.045-RJ. REsp 471.767-SP). 
SUJEITOS DO PROCESSO 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
• A competência do MP está regulamentada no art. 201 do ECA: 
I - conceder a remissão como forma de exclusão do processo;
II - promover e acompanhar os procedimentos relativos às infrações 
atribuídas a adolescentes;
III - promover e acompanhar as ações de alimentos e os procedimentos 
de suspensão e destituição do poder familiar, nomeação e remoção 
de tutores, curadores e guardiães, bem como oficiar em todos os 
demais procedimentos da competência da Justiça da Infância e da 
Juventude;
SUJEITOS DO PROCESSO 
IV - promover, de ofício ou por solicitação dos interessados, a 
especialização e a inscrição de hipoteca legal e a prestação de contas 
dos tutores, curadores e quaisquer administradores de bens de 
crianças e adolescentes nas hipóteses do art. 98;
V - promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos 
interesses individuais, difusos ou coletivos relativos à infância e à 
adolescência, inclusive os definidos no art. 220, § 3º inciso II, da 
Constituição Federal;
VI - instaurar procedimentos administrativos e, para instruí-los:
a) expedir notificações para colher depoimentos ou esclarecimentos 
e, em caso de não comparecimento injustificado, requisitar condução 
coercitiva, inclusive pela polícia civil ou militar;
SUJEITOS DO PROCESSO 
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de 
autoridades municipais, estaduais e federais, da administração direta 
ou indireta, bem como promover inspeções e diligências 
investigatórias;
c) requisitar informações e documentos a particulares e instituições 
privadas;
VII - instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e 
determinar a instauração de inquérito policial, para apuração de 
ilícitos ou infrações às normas de proteção à infância e à juventude;
VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais 
assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as medidas 
judiciais e extrajudiciais cabíveis;
SUJEITOS DO PROCESSO 
IX - impetrar mandado de segurança, de injunção e habeas corpus, em 
qualquer juízo, instância ou tribunal, na defesa dos interesses sociais 
e individuais indisponíveis afetos à criança e ao adolescente;
X - representar ao juízo visando à aplicação de penalidade por infrações 
cometidas contra as normas de proteção à infância e à juventude, 
sem prejuízo da promoção da responsabilidade civil e penal do 
infrator, quando cabível;
XI - inspecionar as entidades públicas e particulares de atendimento e 
os programas de que trata esta Lei, adotando de pronto as medidas 
administrativas ou judiciais necessárias à remoção de irregularidades 
porventura verificadas;
SUJEITOS DO PROCESSO 
XII - requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços 
médicos, hospitalares, educacionais e de assistência social, públicos 
ou privados, para o desempenho de suas atribuições.
• Livre acesso - O MP, no exercício de suas funções, terá livre acesso a 
todo local onde se encontre criança ou adolescente (§ 3º, art. 201). 
• Atuação como custos legis - Nos processos e procedimentos em que 
não for parte, atuará obrigatoriamente o MP na defesa dos direitos e 
interesses de que cuida esta Lei, hipótese em que terá vista dos autos 
depois das partes, podendo juntar documentos e requerer 
diligências, usando os recursos cabíveis (Art. 202).
SUJEITOS DO PROCESSO 
• Intimação do MP - em qualquer caso, será feita pessoalmente (Art. 
203).
• Falta de intervenção do MP - acarreta a nulidade do feito, que será 
declarada de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer 
interessado (Art. 204).
• O MP somente terá vistas dos autos DEPOIS das partes quando atuar 
como custos legis no processo, ou seja, quando NÃO for parte (art. 
202 do ECA). 
SUJEITOS DO PROCESSO 
(MPE-SP /Promotor de Justiça/2015) Nos termos da Lei nº 8.069/90 (ECA), 
entre outras funções, compete ao Ministério Público:
I- Instaurar procedimentos administrativos.
• R: CORRETA. Previsão art. 201, VI, do ECA.
II- Instaurar sindicâncias.
• R: CORRETA. Previsão art. 201, VII do ECA. 
III- Determinar a instauração de inquérito policial.
• R: CORRETA. Previsão art. 201, VII, do ECA. 
IV- Impetrar habeas corpus.
• R: CORRETA. Previsão art. 201, IX, do ECA. 
V- Impetrar mandado de injunção.
• R: CORRETA. Previsão art. 201, IX, do ECA. 
SUJEITOS DO PROCESSO 
Está correto apenas o contido em:
a) I, II, III e IV.
b) II, III, IV e V.
c) III e IV.
d) II e III.
e) Todos os itens estão corretos.
SUJEITOS DO PROCESSO 
(FCC / Promotor de Justiça PE / 2014) Segundo o Estatuto da Criança e do 
Adolescente, compete ao Ministério Público:
a) nos processos e procedimentos em que for parte, ter vista dos autos 
posteriormente às demais partes, na defesa dos direitos e interesses 
previstos no Estatuto.
• R: ERRADA. O MP somente terá vistas dos autos DEPOIS das partes quando 
atuar como custos legis no processo, ou seja, quando NÃO for parte (art. 
202 do ECA). 
b) homologar a remissão para exclusão do processo de apuração de ato 
infracional.
• R: ERRADA. Compete ao MP conceder a remissão administrativa, e caberá 
ao Juiz homologar a remissão, caso entenda pertinente (art. 201, I, do ECA). 
SUJEITOS DO PROCESSO 
c) representar ao juízo visando a aplicação de penalidades por infrações 
cometidas contra as normas de proteção à infância e à juventude.
• R: CORRETA. Conforme art. 201, X, do ECA. 
d) promover, desde que por solicitação do interessado, a inscrição de 
hipoteca legal de bens de crianças e adolescentes em caso de falta 
dos pais ou responsável.
• R: ERRADA. O MP poderá promover a inscrição de hipoteca também 
por ofício, sem provocação do interessado, conforme art. 201, IV, do 
ECA. 
SUJEITOS DO PROCESSO 
e) requerer à autoridade judiciária medidas que interrompam as 
irregularidades constatadas na fiscalização de entidades de 
atendimento, haja vista que não pode adotar de pronto medidas 
administrativas para saná-las.
• R: ERRADA. O MP pode adotar de imediato medidas administrativas 
ou judiciais para interromper as irregularidades de entidades de 
atendimento, nos termos do art. 201, XI, do ECA. 
PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES INDIVIDUAIS, DIFUSOS E COLETIVOS
O descumprimento dos direitos das crianças e os adolescentes pode 
gerar algum tipo de sanção ao responsável pela ação ou omissão. 
Para defesa dos direitos, são admissíveis todas as espécies de ações 
pertinentes (Ação Civil Pública, Mandado de Segurança etc).
O ECA, em seu art. 208, trouxe rol exemplificativo da 
responsabilização em caso de descumprimento dos direitos: 
I - do ensino obrigatório;
II - de atendimento educacional especializado aos portadores de 
deficiência;
III - de atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 06 anosde idade;
PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES INDIVIDUAIS, DIFUSOS E COLETIVOS
IV - de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
V - de programas suplementares de oferta de material didático-escolar, 
transporte e assistência à saúde do educando do ensino fundamental;
VI - de serviço de assistência social visando à proteção à família, à 
maternidade, à infância e à adolescência, bem como ao amparo às 
crianças e adolescentes que dele necessitem;
VII - de acesso às ações e serviços de saúde;
VIII - de escolarização e profissionalização dos adolescentes privados de 
liberdade.
PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES INDIVIDUAIS, DIFUSOS E COLETIVOS
IX - de ações, serviços e programas de orientação, apoio e promoção 
social de famílias e destinados ao pleno exercício do direito à 
convivência familiar por crianças e adolescentes.
X - de programas de atendimento para a execução das medidas 
socioeducativas e aplicação de medidas de proteção.
• Desaparecimento de crianças ou adolescentes - A investigação será 
realizada imediatamente após notificação aos órgãos competentes, 
que deverão comunicar o fato aos portos, aeroportos, Polícia 
Rodoviária e companhias de transporte interestaduais e 
internacionais, fornecendo-lhes todos os dados necessários à 
identificação do desaparecido.
PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES INDIVIDUAIS, DIFUSOS E COLETIVOS
• Competência para processamento (art. 209) - foro do local onde 
ocorreu ou deva ocorrer a ação ou omissão, ressalvadas a 
competência da Justiça Federal e a competência originária dos 
tribunais superiores.
• Legitimados ativos (Art. 210): 
I - o MP;
II - a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal e os Territórios;
III - as associações legalmente constituídas há pelo menos 01 ano e que 
incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e 
direitos protegidos por esta Lei, dispensada a autorização da 
assembleia, se houver prévia autorização estatutária.
PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES INDIVIDUAIS, DIFUSOS E COLETIVOS
O MP tem legitimidade para propor ação civil pública visando a 
garantir atendimento em creche? 
• Sim. O artigo 127 da CF atribui ao MP a incumbência de defender 
interesses individuais indisponíveis. O Direito à creche trata-se de 
direito indisponível (art. 54, IV, do ECA). O ECA tb atribui ao MP 
competência para promover, mediante ação civil pública, a tutela dos 
interesses nele previstos, inclusive em se tratando de interesses 
individuais (art. 201, V). (STJ EREsp 466861 / SP).
PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES INDIVIDUAIS, DIFUSOS E COLETIVOS
• Quem pode provocar o início de uma Ação civil Pública? 
Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a 
iniciativa do MP, prestando-lhe informações sobre fatos que constituam 
objeto de ação civil, e indicando-lhe os elementos de convicção (Art. 
220). 
• Há custas nessas causas? 
Não. Não há adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais 
ou quaisquer despesas (Art. 219). 
PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES INDIVIDUAIS, DIFUSOS E COLETIVOS
MP tem legitimidade para ajuizamento de ação em defesa de direito 
de menor para tratamento ortodôntico?
• Sim. O MP tem legitimidade para ingressar com ação civil pública, 
como também de quaisquer medidas judiciais e extrajudiciais para 
garantir o respeito aos direitos assegurados a crianças e adolescentes, 
promovendo todas as espécies de ações pertinentes (art. 212 e 201, 
V e VIII, do ECA). (STJ REsp 856192 / RS). 
• Litisconsórcio facultativo (§1º, art. 210)– é admissível entre o MPF e 
o MPE na defesa dos interesses e direitos de que cuida o ECA.
PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES INDIVIDUAIS, DIFUSOS E COLETIVOS
• Desistência ou abandono da ação por associação legitimada (§2º, 
art. 210)- o MP ou outro legitimado poderá assumir a titularidade 
ativa .
• Decorridos 60 dias do trânsito em julgado da sentença condenatória 
sem que a associação autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo 
o MP, facultada igual iniciativa aos demais legitimados.
• Litigância de má-fé pela a associação (art. 218) – a associação e os 
diretores serão solidariamente condenados ao décuplo das custas, 
sem prejuízo de responsabilidade por perdas e danos.
O juiz condenará a associação autora a pagar ao réu os honorários 
advocatícios.

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