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Sistema digestório:
Cavidade oral:
A boca ou cavidade oral estende-se desde os lábios e bochechas externamente até os arcos palatoglossos das fauces internamente, onde se continua na parte oral da faringe. A boca pode ser subdividida no vestíbulo, externo aos dentes, e cavidade própria da boca, interna aos dentes. O palato forma o céu-da-boca e separa as cavidades oral e nasal.
O assoalho da boca é formado pelos músculos milo-hióideos e é ocupado principalmente pela língua. As paredes laterais da boca são definidas pelas bochechas e regiões retromolares.
A mucosa da bochecha é firmemente aderida ao bucinador. O ducto parotídeo drena para a bochecha oposta ao segundo molar superior em uma pequena papila do ducto da parótida.
Na região retromolar, uma prega da mucosa contendo a rafe pterigomandibular estende-se desde o processo alveolar superior até o inferior. A entrada para o espaço pterigomandibular (que contém os nervos lingual e alveolar inferior) situa-se lateralmente a esta prega e medialmente à crista produzida pela borda anterior do ramo da mandíbula: é este o local para a injeção de um bloqueio do nervo alveolar inferior.
Vestíbulo da boca:
É um espaço semelhante a uma fenda entre os lábios e bochechas de um lado e os dentes do outro. Quando os dentes se ocluem, o vestíbulo é um espaço fechado que se comunica apenas com a cavidade própria da boca nas regiões retromolares.
O frênulo do lábio superior é normalmente fixado abaixo da crista alveolar. Um grande frênulo com uma inserção próxima ou na crista pode estar associado a um intervalo na linha mediana (diastema) entre os incisivos centrais superiores.
Istmo das fauces:
Situa-se entre o palato mole e o dorso da língua, e é delimitado em ambos os lados pelos arcos palatoglossos. Cada arco palatoglosso corre para baixo, lateral e anteriormente, desde o palato mole até o lado da língua e é constituído pelo músculo palatoglosso.
Cavidade própria da boca:
A cavidade própria da boca situa-se entre as arcadas dentárias, anteriormente, e os arcos palatoglossos, posteriormente.
Teto: formado pelos palatos, duro e mole.
Assoalho: constitui-se da língua e do sulco que a separa das gengivas, o sulco gengival. 
Sulco gengival: neste abrem-se ductos da glândula sublingual numa elevação, a prega sublingual.
Ducto da glândula submandibular: abre-se no assoalho da boca, próximo ao plano mediano, anteriormente, na carúncula sublingual, de cada lado do frênulo da língua (prega da mucosa).
Sustentação: estruturas musculares incluem-se neste assoalho, com destaque para os músculos milo-hiódeos (formação do diafragma da boca)
Assoalho da boca:
É uma região pequena em forma de ferradura situada abaixo da parte móvel da língua e acima do diafragma muscular formado pelos músculos milo-hióideos. Uma prega de tecido, o frênulo da língua, estende-se em direção à superfície inferior da língua a partir das proximidades da base da língua.
Os ductos submandibulares abrem-se para a boca na papila sublingual (carúncula), que é uma grande protuberância centralmente posicionada na base da língua. As pregas sublinguais situam-se em ambos os lados da carúncula sublingual e cobrem os ductos submandibulares subjacentes e glândulas salivares sublinguais.
O principal músculo que forma o assoalho da boca é o milo-hióideo, com o gênio-hióideo situado imediatamente acima dele. O milo-hióideo situa-se superiormente ao ventre anterior do músculo digástrico e, com os seus homólogos contralaterais, forma um assoalho muscular da cavidade oral, este músculo eleva o assoalho da boca durante a primeira fase da deglutição, também pode elevar o osso hioide ou abaixar a mandíbula. 
Palato:
Forma o céu-da-boca e é divisível em duas regiões, o palato duro na frente e o mole atrás.
Palato duro:
É formado pelos processos palatinos das maxilas palatinas e as lâminas horizonatais dos ossos palatinos. Está delimitado anterior e lateralmente pelo arco alveolar da maxila e é contínuo posteriormente com o palato mole. A periferia do palato duro consiste nas gengivas.
Uma crista estreita, a rafe do palato, desprovida de submucosa, corre anteroposteriormente na linha mediana. Uma proeminência oval, a papila incisiva, está na extremidade anterior da rafe do palato, cobre a fossa incisiva na abertura oral do canal incisivo e também marca a posição do canal nasopalatino fetal.
A submucosa na metade posterior do palato duro contém glândulas salivares mucosas.
O palato tem seu suprimento sanguíneo derivado principalmente da artéria palatina maior, um ramo da terceira parte da artéria maxilar.
Os nervos sensitivos do palato duro são os nervos palatino maior e ramo nasopalatino, ramo do nervo maxilar.
Palato mole:
É uma margem móvel suspensa a partir da margem posterior do palato duro, inclinada inferior e posteriormente entre as partes oral e nasal da faringe. O limite entre os palatos duro e mole é facilmente palpável e pode ser distinguido por uma mudança de cor, sendo o palato mole vermelho mais escuro com tonalidade mais amarelada.
Na sua posição relaxada e pendente habitual, a superfície anterior (via oral) do palato mole é côncava e tem uma rafe mediana. A face posterior é convexa e contínua com o assoalho nasal. A margem inferior é livre e suspensa entre a cavidade oral e faringe. Um processo cônico mediano, a úvula, projeta-se para baixo a partir de sua margem posterior. São encontradas papilas gustativas na face oral no palato mole.
O terço anterior do palato mole contém pouco músculo e consiste principalmente na aponeurose palatina. Esta região é menos móvel e mais horizontal do que o restante do palato mole e é a principal área de ação do tensor do véu palatino.
Os músculos que compõe o palato mole são:
Músculo palatoglosso: aproxima os arcos palatoglossos (fecha a cavidade oral).
Músculo palatofaríngeo: aproxima os arcos palatofaríngeos.
Músculo da úvula: eleva a úvula.
Músculo levantador do véu palatino: eleva o palato mole.
Músculo tensor do véu palatino: enrijece o palato mole.
O suprimento arterial do palato mole em geral se origina do ramo palatino ascendente da artéria facial. Às vezes ele é substituído ou complementado por um ramo da artéria faríngea ascendente. As veias do palato mole geralmente drenam para o plexo venoso pterigoideo.
A sensação geral da maior parte do palato mole é transportada pelos ramos do nervo palatino menor (um ramo do nervo maxilar) e a partir da parte posterior do palato pelos ramos faríngeos do nervo glossofaríngeo e do plexo ao redor da tonsila. 
Língua:
É um órgão altamente muscular, que participa na deglutição, paladar e fala. Tem posição parcialmente oral e parcialmente faríngea e é fixada pelos seus músculos ao osso hioide. Divide-se em: ápice, dorso, face inferior e raiz.
As fibras musculares intrínsecas estão dispostas em um padrão de entrelaçamento complexo de fascículos longitudinais, transversais, verticais e horizontais, possibilitando maior mobilidade.
A raiz da língua está fixada ao osso hioide e à mandíbula e, entre eles, está em contato, inferiormente, com os músculos genio-hióideo e milo-hióideo. O dorso é geralmente convexo em todas as direções em repouso, é dividida por um sulco terminal em forma de V em uma parte oral (pré-sulcal), anterior, voltada para cima, e uma parte faríngea (pós-sulcal), posterior, voltada para a região posterior.
Parte oral:
Está localizada no assoalho da cavidade oral. Possui um ápice que toca os dentes incisivos, uma margem em contato com as gengivas e dentes, e uma face superior (dorso) relacionada com os palatos duro e mole. A veia lingual profunda, que é visível, situa-se lateralmente ao frênulo em cada lado. A prega franjada, uma crista de mucosa com margens em direção anteromedial ao ápice da língua, encontra-se lateral à veia.
Parte faríngea:
Constitui a base da língua e situa-se posteriormente aos arcos palatoglossos. É desprovida de papilas e exibe elevações baixas. Existem nódulos linfoides subjacentes que são incorporados na túnica submucosae coletivamente chamados tonsilas linguais.
Músculos da língua:
A língua é dividida por um septo fibroso mediano, ligada ao corpo do osso hioide. Existem músculos extrínsecos e intrínsecos em cada metade, sendo que os extrínsecos estendem-se para fora da língua, movendo-a fisicamente, e os intrínsecos ficam totalmente em seu interior, alterando sua forma. A musculatura extrínseca consiste em quatro pares de músculos: genioglosso, hioglosso, estiloglosso (e condroglosso) e palatoglosso.
Genioglosso: situa-se próximo e paralelo à linha média. Produz tração da língua para a frente, projetando seu ápice a partir da boca. Atuando bilateralmente, os dois músculos abaixam a parte central da língua, tornando-a côncava de um lado ao outro. Atuando unilateralmente, a língua diverge para o lado oposto. É irrigado por artéria sublingual, ramo da artéria lingual e ramo submentual da artéria facial.
Hioglosso: origina-se de toda a extensão do corno maior e da parte anterior do corpo do osso hioide. Passa verticalmente até entrar no lado da língua entre o músculo estiloglosso, lateralmente, e o músculo longitudinal inferior, medialmente. É responsável por abaixar a língua. É suprido pelo ramo sublingual da artéria lingual e pelo ramo submentual da artéria facial.
Condroglosso: responsável por abaixar a língua e, seu suprimento arterial é muito semelhante ao hioglosso.
Estiloglosso: puxa a língua para cima e para trás. É suprido pelo ramo sublingual da artéria lingual.
Os músculos intrínsecos da língua são o longitudinal superior e inferior (bilaterais), o transverso e o vertical.
Longitudinal superior: constitui-se em um fino estrato de fibras oblíquas e longitudinais situadas abaixo da túnica mucosa do dorso da língua.
Longitudinal inferior: é uma faixa estreita de músculo perto da face lingual inferior da língua, entre os músculos genioglosso e hioglosso.
Transverso: Os músculos transversos passam lateralmente a partir do septo fibroso mediano até o tecido fibroso submucoso na margem lingual.
Vertical: estendem-se a partir da face dorsal até a ventral da língua nas bordas anteriores.
Esses músculos são supridos pela artéria lingual, inervados pelo nervo hipoglosso. Eles alteram a forma da língua. Assim, a contração dos músculos longitudinais superior e inferior tende a encurtar a língua, mas os superiores também curvam o ápice para os lados e para cima, tornando o dorso côncavo, enquanto os inferiores puxam o ápice para baixo, tornando o dorso convexo. O músculo transverso estreita e alonga a língua, enquanto o músculo vertical a torna mais achatada e mais larga.
Inervação: Com exceção do músculo palatoglosso, todos os músculos da língua são inervados pelo nervo hipoglosso.
Irrigação: principal fonte é a a. lingual, ramo da carótida externa. A a. lingual emite os ramos dorsais da língua e da a. profunda da língua. 
Drenagem: veias dorsais da língua → veia lingual // veia profunda da língua → veia sublingual. Todas estas veias desembocam direta ou indiretamente na v. jugular interna.
Drenagem linfática: feita principalmente para os linfonodos submentuais, submandibulares e cervicais profundos (incluindo o jugulodigástrico e o júgulo omo-hióideo). Importante devido a difusão precoce do carcinoma da língua.
Na língua, deve-se reconhecer:
Sensibilidade geral
Sensibilidade específica ←→ ligada à sensibilidade gustativa
Na sensibilidade geral da língua, interferem dois nervos:
Nervo lingual: inerva os dois terços posteriores
Nervo glossofaríngeo: inerva o terço anterior
Na sensibilidade gustativa, interferem três nervos:
Nervo facial (n. intermédio): inerva os dois terços anteriores da língua. 
Nervo glossofaríngeo: inerva o terço posterior da língua
Nervo vago: responsável pela sensibilidade gustativa da epiglote através do seu ramo laríngeo interno.
Glândulas:
As glândulas salivares maiores são as glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais. Além disso, existem inúmeras glândulas salivares menores espalhadas por toda a túnica mucosa e submucosa oral.
Parótida:
É a maior glândula salivar. O ducto parotídeo atravessa a bochecha e abre-se no lado oposto ao segundo molar superior. Em grande parte situada abaixo do meato acústico externo entre a mandíbula e o esternocleidomastóideo. A glândula também projeta-se para frente sobre a superfície do masseter.
Existem algumas estruturas no interior da glândula parótida: a artéria carótida externa, veia retromandibular e nervo facial. A artéria carótida externa entra na superfície posteromedial e divide-se em artéria maxilar, que emerge da superfície anteromedial, e na artéria temporal superficial, que dá origem ao ramo facial transverso na glândula e sobe, deixando seu limite superior. A artéria auricular posterior também pode se ramificar a partir da artéria carótida externa dentro da glândula, saindo pela superfície posteromedial. A veia retromandibular, formada pela união do maxilar e veias temporais superficiais é superficial à artéria carótida externa.
A parótida fica no interior de uma cápsula parotídea derivada da camada de revestimento da fáscia cervical profunda.
Ducto parotídeo: emerge da margem anterior da glândula, segue anteriormente sobre o m. masseter, curva-se medialmente para perfurar o corpo adiposo da bochecha e o m. bucinador, abrindo-se no vestíbulo da boca, no nível do segundo dente molar superior; a desembocadura pode ser marcada por uma projeção, a papila do ducto parotídeo.
A glândula parótida recebe o seu suprimento arterial da artéria carótida externa e seus ramos dentro e próximos à glândula. As veias drenam para a veia jugular externa através de suas tributárias locais.
Submandibulares:
É constituída por uma parte superficial maior e uma parte profunda menor, contínuas entre si ao redor da margem posterior do músculo milo-hióideo.
A parte superficial da glândula está situada no triângulo digástrico, estendendo-se à frente do ventre anterior do músculo digástrico. Acima, estende-se medialmente ao corpo da mandíbula. Abaixo, em geral recobre o tendão intermédio do músculo digástrico e a inserção do músculo estilo-hióideo.
A parte profunda da glândula estende-se para frente até a extremidade posterior da glândula sublingual. Situa-se entre o músculo milo-hióideo inferolateralmente, músculos hioglosso e estiloglosso medialmente, nervo lingual superiormente, e nervo hipoglosso e veia profunda da língua inferiormente.
As artérias que irrigam a glândula são ramos das artérias facial e lingual. Os vasos linfáticos drenam para o grupo de linfonodos cervicais profundos.
Ducto submandibular: emerge do processo profundo, é cruzado lateralmente pelo n. lingual e segue à glândula sublingual e ao m. genioglosso desembocando na cavidade bucal, em uma elevação denominada carúncula sublingual (ao lado do frênulo da língua).
Sublingual:
É a menor das principais glândulas salivares. Situa-se na porção anterior do assoalho da boca; lateralmente está em contato com a face medial do corpo da mandíbula no nível da fossa sublingual, e medialmente relaciona-se com os mm. hioglosso e genioglosso.
O suprimento arterial origina-se na artéria sublingual, ramos da artéria lingual e ramo submentual da artéria facial. A drenagem linfática vai para os linfonodos submentuais.
Os ductos sublinguais menores abrem-se, em geral separadamente, a partir da parte posterior da glândula, no ápice da carúncula sublingual (alguns abrem, algumas vezes, no ducto submandibular). Pequenos ramos da parte anterior da glândula por vezes formam um ducto sublingual principal, que se abre com, ou perto do orifício do ducto submandibular.
Obs: A parótida secreta saliva no vestíbulo da boca, enquanto a sublingual e a submandibular secretam na cavidade própria da boca.
Glândulas salivares menores:
Incluem as glândulas labial, bucal, palatoglossal, palatal e lingual. As palatoglossais estão localizadas ao redor do istmo das fauces. As palatais estão presentes nos palatos duroe mole.
Faringe:
É um tubo musculo membranoso longo de 12-14 cm de comprimento moldado como um cone invertido. Estende-se desde a base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea (no nível da sexta vértebra cervical), onde se torna contínua com o esôfago. 
Posteriormente, é separada da parte cervical da coluna vertebral e da lâmina pré-vertebral que cobre o longo do pescoço e longo da cabeça por tecido conjuntivo frouxo no espaço retrofaríngeo, superiormente, e no espaço retrovisceral, inferiormente.
Os músculos da faringe são três constritores circulares e três levantadores longitudinais. Os constritores podem ser considerados como três cones sobrepostos que surgem de estruturas nas regiões laterais da cabeça e pescoço e passam posteriormente, inserindo-se em uma faixa fibrosa mediana, a rafe da faringe.
O suprimento arterial para a faringe é derivado dos ramos da artéria carótida externa, particularmente a artéria faríngea ascendente, mas também dos ramos palatino ascendente e tonsilar da artéria facial, artéria maxilar e ramos dorsais da língua da artéria lingual.
A faringe situa-se posteriormente às cavidades nasal, oral e laríngea, e comunica-se com elas através da nasofaringe, orofaringe e laringofaringe, respectivamente.
Nasofaringe:
Fica superiormente ao palato mole e posteriormente aos cóanos, o que possibilita a passagem respiratória livre entre as cavidades nasais e da nasofaringe. Já inferiormente, a parte nasal da faringe comunica-se com a parte oral da faringe através do istmo faríngeo. 
Istmo faríngeo: limitado pelo palato mole, pelos arcos palatofaríngeos e pela parede posterior da faringe. Fecha-se pela elevação do palato mole e a constrição do esfíncter palatofaríngeo, isolando a parte nasal da parte oral da faringe.
As paredes laterais da nasofaringe exibem uma série de importantes características superficiais. Em cada uma das duas paredes recebe a abertura do tubo faringotimpânico (tuba auditiva). O óstio faríngeo da tuba auditiva é delimitado superoposteriormente pela elevação tubária, o toro tubário (elevação produzida pela cartilagem da tuba auditiva). Uma prega vertical da mucosa, a prega salpingofaríngea, desce a partir do toro tubário posteriormente à abertura, uma prega salpingopalatina menor estende-se desde o ângulo anterossuperior do toro tubário até o palato mole anterior à abertura,
Uma massa variável pequena de tecido linfoide, a tonsila tubária, situa-se na mucosa imediatamente posterior à abertura da tuba auditiva.
O assoalho da nasofaringe é formado pela superfície nasal superior do palato mole.
Tonsila faríngea: massa de tecido linfoide situada no teto e na parede posterior da nasofaringe. Quando seu tamanho fica muito aumentado, deve-se fazer a retirada da tonsila cirurgicamente.
Tuba auditiva: liga a cavidade timpânica à nasofaringe e possibilita a passagem de ar entre esses espaços, a fim de equalizar a pressão do ar em ambas as faces da membrana timpânica. É formada em parte por cartilagem e tecido fibroso (porção medial), esta permanece fechada exceto durante a deglutição e o bocejo, uma vez que, como sua função é igualar as pressões do ar externo e do que está contido na cavidade timpânica, tais ações abrem a tuba auditiva. 
Geralmente, esta parte cartilaginosa da tuba tem suas paredes colabadas, mas como há fibras musculares que ali se inserem, no momento da deglutição, as fibras se distendem e a tuba abre, permitindo a passagem do ar. O levantador do véu palatino eleva a parte cartilaginosa da tuba auditiva e, portanto, pode possibilitar a abertura passiva, liberando tensão sobre cartilagem.
É formada também por osso (porção lateral): parte petrosa do osso temporal.
A tuba pode estar obliterada por inflamação de sua mucosa, como ocorre em resfriados ou infecções (propagação: faringe ← → orelha média)
À medida que se atinge grande altitude, o ar torna-se menos denso (redução de Patm) e dilata-se dentro da cavidade timpânica, forçando lateralmente a membrana do tímpano que pode se romper.
Viagem para a praia: durante a descida da serra, a pressão do interior da tuba auditiva permanece a mesma do local de origem, já a pressão da orelha externa está aumentada, estirando a membrana timpânica e impedindo que ela vibre (movimento da membrana → movimento dos ossículos {martelo, bigorna e estribo: unidos por articulações sinoviais} → movimento dos componentes da orelha interna → receptores cocleares → interpretação do estímulo mecânico como elétrico, som).
Em dado momento ou com auxílio das técnicas conhecidas, o ar vem da nasofaringe com a mesma pressão que a do meio externo, logo, igualam-se as pressões e podemos voltar a ouvir (estalo).
Obs: Em crianças, devido à conformação da tuba, é comum a ocorrência de otite média. Além disso, também é comum a formação de adenóide, quadro caracterizado pela tonsila faríngea muito grande, gerando refluxo (leite entra pela tuba) e facilitando a passagem de alimentos para a cavidade timpânica, o que causa secreção em excesso.
Orofaringe: estende-se da parte inferior do palato mole até a margem superior da epiglote. Ela abre-se para a cavidade oral através do istmo orofaríngeo, demarcada pelo arco palatoglosso. Sua parede lateral consiste no arco palatofaríngeo e tonsila palatina. Posteriormente, está ao nível dos corpos da segunda e parte superior da terceira vértebras cervicais.
A parede lateral da orofaringe apresenta duas pregas proeminentes, as pregas palatoglosso e palatofaríngea (pilares anterior e posterior das fauces, respectivamente). O arco palatoglosso, a prega anterior, corre a partir do palato mole até a parte lateral da língua e contém o palatoglosso. O arco palatofaríngeo, a prega posterior, projeta-se mais medialmente e passa a partir do palato mole, fundindo-se com a parede lateral da faringe, contém o palatofaríngeo.
Uma fossa tonsilar reside em cada lado da orofaringe entre os arcos divergentes palatofaríngeo e palatoglosso e contém a tonsila palatina.
Tonsilas palatinas: formam parte do anel linfoide circunfaríngeo. Cada tonsila é uma massa ovoide de tecido linfoide situada na parede lateral da orofaringe. O tamanho varia de acordo com a idade, características individuais e estado patológico (tonsilas podem ser hipertrofiadas e/ou inflamadas).
Obs: Nos primeiros 5 ou 6 anos de vida, a tonsila aumenta muito de tamanho, chegando em seu tamanho máximo na puberdade, quando começa uma involução tonsilar (tecido linfoide reativo começa a atrofiar).
Lateralmente, sua cápsula tonsilar (tecido conjuntivo) é responsável por separá-la do m. constritor superior da faringe. 
Irrigação: feita principalmente pelo ramo tonsilar da a. facial, mas também recebe ramos das aa. palatina ascendente e faríngea ascendente.
Anel de Waldeyer: é um anel circunfaríngeo de tecido linfoide associado à mucosa que circunda as aberturas para os tratos digestórios e respiratório. É composto anteroinferiormente pela tonsila lingual, lateralmente pelas tonsilas palatinas e tubária, e posterossuperiormente pela tonsila nasofaríngea e acúmulos menores de tecido linfoide nos intervalos intertonsilares.
Laringofaringe: está situada posteriormente a todo o comprimento da laringe e estende-se a partir da margem superior da epiglote, onde é delineada a partir da orofaringe pelas pregas glossoepiglóticas laterais, até a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde se torna contínua com o esôfago. A abertura da laringe situa-se na parte superior de sua parede anterior incompleta e as superfícies posteriores das cartilagens aritenóidea e cricóidea situam-se abaixo dessa abertura.
Recesso piriforme: situa-se em cada lado da abertura laríngea, delineada medialmente pela prega ariepiglótica e lateralmente pela cartilagem tireóidea e membrana tireo-hióidea. Os ramos do n. laríngeo interno e os vasos laríngeos superiores estão situados sob a mucosa que reveste o recesso.
Músculos da faringe:
A faringe possui dois estratos de musculatura esquelética na sua parede:
Externa: aproximadamente circular (disposiçãotransversal)
Interna: longitudinal
Camada externa: é mais desenvolvida e consiste em três músculos, os quais possuem seus pontos fixos anteriormente, em ossos e cartilagens, enquanto se expandem posteriormente, sobrepondo-se uns aos outros em sentido craniocaudal, para terminarem numa rafe mediana, que se estende da parte basilar do occipital até quase o esôfago. Os músculos são: 
M. constritor superior da faringe
M. constritor médio da faringe
M. constritor inferior da faringe
	MÚSCULO
	ORIGEM
	INSERÇÃO
	CONSTRITOR SUPERIOR
	Linha milo-hióidea da mandíbula, rafe pterigomandibular (1), lâmina medial do processo pterigoide e assoalho da boca
	
Rafe da faringe
	CONSTRITOR MÉDIO
	Parte inferior do ligamento estilo-hióideo e cornos do osso hióide
	Rafe da faringe
	CONSTRITOR INFERIOR
	Arco da cartilagem cricóide e linha oblíqua da cartilagem tireóide
	Rafe da faringe
A parte do constritor inferior que se origina da cartilagem cricóide, parte cricofaríngea, constitui o esfíncter cricofaríngeo, no nível da junção faringoesofágica. O esfíncter está contraído em repouso, mas relaxa-se subitamente na deglutição. Assim, ele é um mecanismo ativo na regulação da passagem de bolo alimentar da faringe para o esôfago. 
A parte do constritor superior que se origina na rafe pterigomandibular (1) é contínua com o m. bucinador.
Camada interna: camada longitudinal, compreende músculos que possuem ponto de fixação na própria parede da faringe, são eles:
M. estilofaríngeo
M. palatofaríngeo
M. salpingofaríngeo
	MÚSCULO
	ORIGEM
	INSERÇÃO
	ESTILOFARÍNGEO
	Face medial do processo estilóide
	Ao lado da faringe e margem posterior da cartilagem tireóide da laringe
	PALATOFARÍNGEO (incluído no arco palatofaríngeo)
	Margem posterior do palato duro e aponeurose palatina
	Parede da faringe
	SALPINGOFARÍNGEO (incluído na prega salpingofaringea)
	Margem posterior da cartilagem da tuba
	Paredes lateral e posterior da faringe
Quase todo o suprimento nervoso para a faringe, seja ele motor ou sensorial, é proveniente do plexo faríngeo, que é formado pelos ramos faríngeos dos nervos vago e glossofaríngeo, com contribuições do gânglio simpático cervical superior.
O ramo faríngeo do vago supre todos os músculos da faringe (excluindo estilofaríngeo, que é suprido pelo nervo glossofaríngeo)
Esôfago:
É um tubo muscular, com tipicamente 25 cm de comprimento, o qual conecta a faringe ao estômago. Ele começa no pescoço, no nível da borda inferior da cartilagem cricóidea e da sexta vértebra cervical, e desce amplamente anterior à coluna vertebral pelos mediastinos superior e posterior, passa através do músculo diafragma, ao nível da décima primeira vértebra torácica.
Apresenta duas curvaturas leves. Inicia-se no plano mediano, mas inclina-se para a esquerda até a altura da raiz do pescoço, retorna gradativamente para o plano mediano próximo à quinta vértebra torácica, e ao nível da sétima vértebra torácica, ele desvia novamente para a esquerda, antes de perfurar o diafragma.
Embora o calibre do esôfago seja relativamente uniforme, apresenta-se ligeiramente estreitado em três pontos:
1) Na extremidade superior no pescoço (porção mais inferior do m. constritor da faringe → região funciona como esfíncter)
2) No nível em que é cruzado pela aorta e pelo brônquio principal esquerdo: CONSTRIÇÃO BRONCOAÓRTICA {compressão contra a C.V.} (estreitamento aórtico/estreitamento brônquico)
3) Na extremidade inferior, próximo a sua terminação no estômago: CONSTRIÇÃO DIAFRAGMÁTICA. Continua-se com o estreitamento inferior do esôfago, formado no nível da junção gastroesofágica → esfíncter funcional: controla o fluxo do suco gástrico, uma vez que, a mucosa do esôfago não suporta a acidez do suco gástrico.
Deste modo, um refluxo estomacal pode evoluir para um câncer de esôfago (comum). Quando há perda de controle deste esfíncter, a pessoa fica impossibilitada de engolir.
A região superior do esôfago é suprida pelos ramos do nervo laríngeo recorrente. A região inferior do esôfago é suprida pelo plexo esofágico.
Obs: Linha Z: separa o fim do 1/3 inferior do esôfago e o início do estomago, marca a transição da mucosa esofágica para a mucosa gástrica.
Parte cervical do esôfago: é posterior à traqueia e fixada a ela por tecido conjuntivo frouxo. Os nervos laríngeos recorrentes ascendem a cada lado no sulco traqueoesofágico. Lateralmente, a cada lado, estão as artérias carótidas comuns e a parte posterior da glândula tireoide. O ducto torácico ascende por uma curta distância ao longo de seu lado esquerdo.
A parte cervical do esôfago é suprido pela artéria tireóidea inferior. As veias derivadas da parte cervical do esôfago drenam para a veia esofágica inferior, que em seguida drena para a veia porta.
Parte torácica do esôfago: está situada um pouco para a esquerda no mediastino superior entre a traqueia e a coluna vertebral. Passa por trás e à direita do arco da aorta para descer no mediastino posterior ao longo do lado direito da parte torácica da parte descendente da aorta.
No mediastino superior, a parte terminal do arco da aorta, a artéria subclávia esquerda, o ducto torácico, a pleura esquerda e o nervo laríngeo recorrente são relações laterais esquerdas.
No mediastino posterior, o esôfago está relacionado à parte torácica da parte descendente da aorta e à pleura esquerda. Abaixo das raízes dos pulmões, os nervos vagos descem em contato com o esôfago, o direito principalmente por trás e o esquerdo na frente; os nervos vagos subsequentemente se unem para formar um plexo ao redor do esôfago.
A parte torácica é suprida por ramos bronquiais e esofágicos da parte torácica da aorta. As veias derivadas da parte torácica do esôfago drenam predominantemente para a veia ázigo e, em um grau menor, para as veias hemiázigos, intercostais e bronquiais.
Parte abdominal do esôfago: tem 1-2,5 cm de comprimento. Encontra-se à esquerda da linha mediana e entra no abdome através do hiato esofágico, segue obliquamente para a esquerda e ligeiramente posterior, e termina na junção gastroesofágica (óstio cárdico do estômago).
Se encontra posterior ao lobo esquerdo do fígado. Está efetivamente fixada ao diafragma por tecido conjuntivo: o ligamento frenicoesofagico.
A parte abdominal do esôfago é suprida por ramos esofágicos da artéria gástrica esquerda.
Varizes esofágicas: a cirrose ou a fibrose do fígado afeta a árvore vascular no interior do fígado e resulta em uma diminuição na complacência vascular hepática. A resistência portal aumenta, levando à formação de uma circulação colateral, e existe um aumento concomitante no fluxo sanguíneo sistêmico e esplâncnico. O desvio sistêmico do sangue ocorre entre as veias gástricas curtas e as veias esofágicas.
As varizes na região distal do esôfago são facilmente visíveis à endoscopia, porque elas estão situadas superficialmente na lâmina própria. O sangue derivado das veias superficiais é drenado para um plexo venoso superficial, em seguida para um plexo venoso intrínseco mais profundo e finalmente para as veias periesofágicas através de veias perfurantes.
Questão de integrada: No sulco traqueoesôfágico, está contido o nervo laríngeo recorrente (ramo do nervo vago), como na região cervical, o esôfago está deslocado para a esquerda, o nervo também esta, logo, está mais exposto (importância cirúrgica). Este nervo inerva toda a laringe, sendo responsável pela fonação, sua lesão pode causar rouquidão. 
Nervo laríngeo recorrente ESQUERDO: passa por trás da aorta, segue pelo sulco traqueoesofágico e parte dele fica exposto quando passa pela tireóide.
Nervo laríngeo recorrente DIREITO: passa pelo tronco braqueocefálico.
Estômago:
É a parte mais larga do trato alimentar, se encontra entre o esôfago e o duodeno. Está situado no abdome superior (quadrante superior esquerdo), disposto nas áreas hipocondríaca esquerda, epigástrica e umbilical.
A superfície peritoneal do estômago é interrompida pelas inserções dos omentos maior e menor, as quais definem as curvaturasmaior e menor que separam duas superfícies.
As regiões do estômago são:
Fundo Gástrico: é a parte do estômago situada acima do nível de entrada do esôfago; em radiologia, o arco do fundo gástrico é denominado fórnice gástrico.
Corpo Gástrico: é a parte maior do estômago, situada entre o fundo e a parte pilórica; geralmente a linha que separa o corpo da parte pilórica é uma linha oblíqua que parte da junção dos três quintos superiores com os dois quintos inferiores da curvatura menor e alcança a curvatura maior.
Parte Pilórica: segue-se ao corpo do estômago e estende-se até o piloro; é comum distinguir-se um antro pilórico, parte inicial e mais dilatada, e um canal pilórico, parte final e mais estreitada.
O piloro marca o ponto de transição gastroduodenal. Descreve-se nessa região, um mecanismo muscular de fechamento e abertura capaz de controlar a passagem do conteúdo gástrico para o duodeno, através do óstio pilórico, e, ao mesmo tempo, impedir o refluxo do conteúdo duodenal para o estômago. Esse mecanismo é denominado esfíncter pilórico.
* A veia pré-pilórica, às vezes calibrosa, está frequentemente presente no nível da junção gastroduodenal e constitui ponto de referência para os cirurgiões.
** Úlcera duodenal: quando ocorre esvaziamento muito rápido do estômago por falha no piloro (acidez do estômago gera úlceras no duodeno).
*** Estenose pilórica: bebês nascem com o piloro totalmente fechado; o adulto pode desenvolver por cicatrização de úlceras do duodeno.
Curvaturas gástricas:
Curvatura menor: se estende entre os óstios cárdico e pilórico, e forma a margem medial (posterior e superior) do estômago. Na parte mais pendente, existe tipicamente uma incisura, a incisura angular. O omento menor está inserido na curvatura menor e contém os vasos gástricos direito e esquerdo.
Curvatura maior: começa a partir da incisura cárdica formada entre a margem lateral da parte abdominal do esôfago e o fundo do estômago. Frequentemente, existe um sulco na curvatura, denominado sulco intermédio, próximo à constrição pilórica. Lateralmente, a curvatura maior fornece inserção para o ligamento gastroesplênico e, para além deste, para o omento maior, o qual contém os vasos gastro-omentais.
Orifícios gástricos:
Óstio cárdico e junção gastroesofágica: a abertura do esôfago no estômago é o óstio cárdico, está tipicamente situado à esquerda da linha mediana, posterior à sétima cartilagem costal, no nível da décima primeira vértebra torácica. Internamente, a transição entre o esôfago e o estômago forma uma junção epitelial escamocolunar em “zigue-zague” com o epitélio esofágico acima desta linha em Z.
Óstio pilórico: é a abertura do estômago no duodeno. O esfíncter pilórico é um anel muscular formado por um notável espessamento da musculatura circular gástrica, entrelaçada com algumas fibras longitudinais.
O estômago apresenta variações anatômicas quanto a sua forma:
1) Estômago Hipertônico: é mais comum em brevilíneos (forma de chifre de novilho).
2) Estômago Ortotônico: maior no sentido longitudinal. É o mais comum, forma de J, podendo alcançar a região umbilical.
3) Estômago Hipotônico: é mais comum em longilíneos (geralmente em forma de J alongado: pode chegar até a borda sup. da sínfise púbica).
O estômago vazio apresenta uma mucosa com dobras, as pregas gástricas, mais evidentes ao longo da curvatura menor (canal gástrico), que tendem a dirigir os líquidos ingeridos ao longo dessa curvatura, impedindo que o alimento se espalhe por todo o corpo do estômago.
*Por isso, a ingestão de material corrosivo afeta, em particular, a curvatura menor.
Suprimento arterial:
O suprimento arterial para o estômago advém predominantemente do tronco celíaco, embora existam anastomoses intramurais (menor risco hemorrágico) com vasos de outras origens nas extremidades do estômago.
A artéria gástrica esquerda é o menor ramo do tronco celíaco. Tem primeiro um trajeto ascendente e para a esquerda, alcança o estômago no nível do cárdia e aí origina alguns ramos para o esôfago e para a região do cárdia. Curva-se inferiormente e acompanha a curvatura menor do estômago, para se anastomosar com a artéria gástrica direita. No seu trajeto na curvatura menor emite numerosos ramos para a face anterior e posterior do estômago. A artéria gástrica esquerda raramente se origina a partir da artéria hepática comum ou de seus ramos.
As artérias gástricas curtas suprem o fundo do estômago acima do nível da artéria esplênica e se originam à esquerda da curvatura maior do estômago a partir da artéria esplênica ou de suas divisões, ou da artéria gastro-omental esquerda proximal. Passam entre as camadas do ligamento gastroesplênico para suprir o óstio cárdico e o fundo gástrico.
A artéria gastro-omental esquerda é o maior ramo da artéria esplênica. Origina-se próximo ao hilo esplênico e segue, anteroinferiormente entre as camadas do ligamento gastroesplênico. Produz ramos gástricos para o fundo do estômago por meio do omento gastrocólico.
A artéria gástrica posterior pode estar presente. Se origina a partir da artéria esplênica posterior ao corpo do estômago. Ascende posterior ao peritônio da bolsa omental em direção ao fundo e atinge a superfície posterior do estômago na prega gastrofrênica.
A artéria gástrica direita é ramo da a. hepática comum (do tronco celíaco), mas pode originar-se também da hepática própria (principal fonte de sangue arterial para o fígado . Corre inferiormente em direção à curvatura menor do estômago, acompanhando-a e por fim, se anastomosa com a a. gástrica esquerda. Assim como a gástrica esquerda, também emite ramos para as faces anterior e posterior do estômago.
Obs: a hepática comum também emite a gastroduodenal, que por sua vez, emite a gastromental direita.
A artéria gastroduodenal se origina a partir da artéria hepática comum, posterior e superiormente à primeira parte do duodeno. Nela, originam-se as artérias gastro-omental direita e pancreaticoduodenal.
A artéria gastro-omental direita se origina a partir da artéria gastroduodenal (ramo terminal) posterior à primeira parte do duodeno, anteriormente à cabeça do pâncreas. Acompanha a curvatura maior do estômago, anastomosa-se com a a. gastromental esquerda, e fornece ramos para a face anterior e posterior do estômago e para o omento maior.
Drenagem venosa:
Veias gástricas curtas: drenam o fundo gástrico e a parte superior da curvatura maior para a veia esplênica ou uma de suas grandes tributárias.
Veia gastro-omental esquerda: drena as superfícies anterior e posterior do corpo do estômago e o omento maior adjacente por múltiplas tributárias. Drena para a veia esplênica dentro do ligamento gastroesplênico.
Veia gastro-omental direita: drena o omento maior, a parte distal do corpo e o antro do estômago.
Veia gástrica esquerda: drena a parte superior do corpo e o fundo do estômago. Drena para a veia porta.
Veia gástrica direita: drena diretamente para a veia porta no nível da primeira parte do duodeno. Recebe a veia pré-pilórica.
Veias gástricas posteriores: quando presentes, acompanham a artéria gástrica posterior, drenam para a veia esplênica.
Intestino delgado:
Se estende a partir da extremidade distal do canal pilórico até o óstio ileal (valva ileocecal), com uma extensão geral de 5 metros.
Três partes compõe o intestino delgado: o duodeno (quase todo retroperitoneal, portanto imóvel, na sua maior parte); o jejuno e o íleo. As duas últimas partes são longas, convolutas e peritonizadas, estando presas a parede posterior do abdome por uma prega peritoneal, o mesentério.
Parte superior (primeira parte):
Inicia-se no piloro e tem direção posterior e para a direita, terminando por curvar-se abruptamente (flexura superior do duodeno), com direção inferior para continuar-se na parte descendente. A porção inicial dessa primeira parte é conhecida como parte livre do duodeno, pois é peritonizada e móvel. A esta parte móvel do duodeno está fixado o ligamento hepatoduodenal do omento menor. As relações mais importantesdesta primeira parte são as posteriores, com o pâncreas, o colédoco, artéria gastroduodenal e a veia porta. A junção entre a primeira e a segunda parte do duodeno se encontra posteriormente ao colo da vesícula biliar.
Parte descendente (segunda parte):
Se inicia na flexura duodenal superior. Relaciona-se com o rim direito: desce anteriormente aos vasos renais direitos e numa extensão variável do rim direito. Esta parte é toda retroperitoneal e, portanto, está coberta anteriormente pelo peritônio. Fígado, vesícula biliar, colo transverso e alças intestinais, estão situados anteriormente. O ducto pancreático, o ducto pancreático acessório e o ducto colédoco abrem-se nela. O colédoco e o ducto pancreático desembocam por uma abertura comum, denominada papila maior do duodeno (fibras musculares circunjacentes esfíncter que controla fluxo de bile e suco pancreático. Abre-se somente na presença de estímulo: alimento). Elas podem se unir em ducto único, antes da desembocadura no duodeno, constituindo a ampola hepatopancreática, ou podem estar lado a lado na ampola desembocando separadamente. O ducto pancreático acessório desemboca na papila duodenal menor, situada superiormente à papila duodenal menor.
*Um dispositivo esfinctérico muscular circunda, seja a ampola, sejam os ductos colédoco e pancreático, com as denominações respectivas de esfíncter da ampola, esfíncter do colédoco e esfíncter do ducto pancreático.
** No caso em que o ducto colédoco e o ducto pancreático se unem formando a ampola hepatopancreática, se uma “pedra” atingir a ampola, há a interrupção da chegada do suco pancreático e também da bile, podendo gerar um quadro de pancreatite aguda.
*** A relação com o rim direito permite que um abcesso do rim seja drenado para o intestino delgado na parte descendente. 
**** relação com a cabeça do pâncreas: tumor na cabeça do pâncreas pode comprimir o duodeno e em caso de câncer mais invasivo, passar para o duodeno e obstruir o canal intestinal.
Obs: um abcesso no rim pode ser drenado para o duodeno.
Parte horizontal (terceira parte):
Começa na flexura duodenal inferior, corre para a esquerda a partir da flexura duodenal inferior e cruza anteriormente a veia cava inferior e a artéria aorta. Os vasos mesentéricos superiores cruzam anteriormente essa região.
Parte ascendente (quarta parte):
Ascende-se sobre o m. psoas maior esquerdo e curva-se anteriormente para continuar-se no jejuno. O ponto de curvatura é a flexura duodenojejunal.
Irrigação e drenagem do duodeno:
As principais fontes de irrigação do duodeno são as aa. pancreáticoduodenais e a a. gastroduodenal. Esta última emite ramos terminais: aa. pancreáticoduodenais superiores, anterior e posterior para a primeira parte do duodeno e a cabeça do pâncreas. As outras partes são irrigadas pelas aa. pancreáticoduodenais inferiores, anterior e posterior. As artérias atingem o duodeno pela sua concavidade. Por esta razão, uma incisão ao lado da margem direita da segunda parte do duodeno mobiliza-o sem lesar sua irrigação.
As veias tendem a seguir as artérias, embora sejam mais variáveis. A v. pré-pilórica é de interesse particular porque se situa anteriormente ao piloro e, por esta razão, é um ponto de referência para a localização da junção gastroduodenal.
Jejuno e íleo:
Constituem um tubo longo e notavelmente convoluto formando as alças intestinais. É praticamente impossível distinguir o jejuno do íleo no ponto de transição, embora possam ser apontadas diferenças características entre eles.
* Jejuno x íleo: jejuno possui maior calibre que o íleo (começa com diâmetro maior e vai reduzindo); o jejuno é mais vascularizado (avermelhado) e o íleo é menos vascularizado (pálido); o jejuno tem poucas aa. arcadas e longas aa. retas e o íleo possui muitas aa. arcadas e curtas aa. retas; o jejuno apresenta paredes mais espessas e com mais pregas; o jejuno é mais curto que o íleo; porção inicial do jejuno é menos móvel que o íleo. 
- Os dois quintos proximais constituem o jejuno ao passo que o íleo corresponde aos três quintos distais. 
- O jejuno inicia-se na flexura duodenojejunal e o íleo termina na junção íleocólica. 
- Ambos são fixados à parede posterior do abdome pelo mesentério. Esta prega peritoneal tem duas bordas: uma está fixada à parede posterior do abdome e constitui a raiz do mesentério; a outra prende-se ao jejuno e ao íleo. A raiz do mesentério estende-se obliquamente da flexura duodenojejunal, à esquerda, à articulação sacroilícaca. O mesentério, a partir de sua raiz, abre-se em leque, alcança o jejuno e o íleo e os envolve completamente. Por essa razão, as alças intestinais possuem extrema mobilidade. 
* Vôlvulo: torção das alças intestinais devido à motricidade. 
** Invaginações da parede do íleo podem ser causadas pelo seu menor calibre e pela diferença de mobilidade do íleo e do jejuno.
Irrigação do jejuno e íleo:
A a. mesentérica superior é a principal fonte de irrigação para o jejuno-íleo, embora também irrigue as porções distais do duodeno e parte do intestino grosso. O tronco principal da a. passa anteriormente à parte horizontal do duodeno para entrar na base do mesentério, correndo entre as lâminas que consistem essa prega peritoneal. As aa. jejunais, originam-se da concavidade da a. mesentérica superior e não vão diretamente para o intestino, formando primeiramente uma série de arcadas mesentéricas. Essas arcadas emitem as aa. retas, que alcançam a víscera para irriga-la. 
Jejuno: mais vascularizado que o íleo, ramos jejunais da a. mesentérica superior se ramificam e se anastomosam, por meio das a. arcadas. No jejuno, as aa. retas são mais longos, pois tem poucas aa. arcadas.
Íleo: o aumento do número de a. arqueadas faz com que as aa. retas sejam mais curtas. As aa. retas se ramificam na parede do intestino, agindo como aa. terminais funcionais, 
*A obstrução de uma arcada não é grave, mas as obstruções que afetam várias arcadas ou as aa. retas podem interferir seriamente na circulação.
Drenagem do jejuno e íleo:
As veias acompanham as artérias e, em última análise, unem-se para formar a v. mesentérica superior, uma tributária da veia porta.	 
Intestino grosso:
Está constituído pelas seguintes partes: ceco e apêndice vermiforme, colo ascendente e flexura direita do colo, colo transverso e flexura esquerda do colo, colo descendente, colo sigmoide, reto e canal anal.
A musculatura longitudinal da parede do intestino grosso apresenta-se condensada em três faixas: as tênias do colo: mesocólica, omental e livre. Estas iniciam-se no ceco, no ponto de implante do apêndice vermiforme, e correm ao longo de todo o colo até a porção proximal do reto onde deixam de existir. As tensões provocadas pelas tênias produzem a saculações do colo → deslocamento do bolo fecal. 
Outra característica do intestino grosso é a presença dos apêndices adiposos do colo (apêndices hepiplóicos), pequenas massas de tecido adiposo envolvidas pelo peritônio e que se salientam na superfície do colo.
Funções: formação transporte e evacuação do bolo fecal. Os movimentos do colo tendem a levar o conteúdo até o colo sigmoide, onde o conteúdo será mantido até que se inicie a defecação. Para cumprir suas funções, é necessário se ter: mobilidade, capacidade de absorção de água e secreção de muco.
Vôlvolo: mais comum no ID, mas pode aparecer no colo transverso e sigmoide (móveis). Este entorce cessa a circulação, causa dor abdominal aguda e é um caso de emergência.
Ceco:
É a primeira parte do intestino grosso e está situado abaixo do nível da desembocadura do íleo. Pode apresentar um mesoceco, que lhe confere mobilidade, mas não raro está fixado a parede posterior do abdome por duas pregas verticais, que se prendem de cada lado do seu contorno posterior e formam um recesso retrocecal.
O ceco não apresenta apêndices adiposos, mas as tênias convergem para um ponto que, originalmente, representaria a sua ponta e do qual se projeta o apêndice vermiforme.
O íleo abre-se no ceco, em geral póstero medialmente. Acima da porçãoterminal do íleo está presente uma prega que se estende ao ceco na qual corre um ramo arterial: é denominada prega cecal vascular. Posteriormente a ela forma-se uma pequena fossa, o recesso ileocecal superior. Uma segunda prega ileocecal estende-se da borda antimesentérica da parte terminal do íleo ao ceco e base do apêndice. Entre essa prega e o mesoapendice forma-se o recesso íleo cecal inferior. 
* Como a prega íleo cecal é avascular, são feitas ai as incisões cirúrgicas.
O íleo forma uma projeção papilar para o interior do ceco que se denomina papila ileal. O óstio ileal ocupa o ápice da papila. A papila ileal é ladeada pelos frênulos do óstio ileal, que apresenta dois lábios, ileocólico e ileocecal.
Apêndice Vermiforme:
Se abre na parede póstero-medial do ceco, inferiormente à desembocadura do íleo. 
Possui um mesoapêndice que se estende entre o apêndice e o ceco e é bastante curto, de modo que o apêndice se apresenta pregueado ou enrolado sobre si mesmo. A artéria apendicular corre no mesoapendice. Em virtude da presença desse mesoapendice, o apêndice é móvel e por isso pode ocupar uma posição muito variável, sendo comum a retrocecal. 
A mucosa do apêndice é infiltrada com tecido linfoide.
A melhor forma de localizá-lo é acompanhar uma das tênias uma vez que ele está implantado no ceco no ponto de convergência das tênias.
* Na apendicite, há uma inflamação do apêndice vermiforme, sendo necessária a sua retirada cirúrgica. O ponto de incisão no quadrante inferior direito do abdome é referido como ponto de McBurney: é localizado entre a porção lateral e intermédia da linha que vai do umbigo até a crista ilíaca direita. Entre o terço mais próximo da espinha ilíaca e o terço médio está o apêndice.
Colo Ascendente:
O ceco é continuado pelo colo ascendente que se estende até a flexura direita do colo, anteriormente ao rim direito e em contato com o lobo direito do fígado. 
Uma prega peritoneal, o lligamento frenocólico, estende-se da flexura direita do colo ao diafragma, mas a flexura desce com o fígado durante a inspiração. 
O peritônio reveste o colo ascendente nos contornos anterior, lateral e medial, mas não no posterior, isto é, geralmente não há uma mesocolo ascendente, o que faz com que a mobilidade dessa parte do intestino grosso seja praticamente nula ou extremamente reduzida. 
Entre o contorno lateral do colo ascendente e a parede abdominal situa-se o sulco paracólico. 
Colo Transverso:
Arqueia-se através do abdome, da flexura direita do colo à flexura esquerda do colo. Esta última é superior e mais aguda que a flexura direita e um ligamento frenocólico pode fixá-la ao diafragma. 
A parte direita do colo transverso relaciona-se posteriormente com o duodeno e o pâncreas.
Uma larga prega peritoneal, o mesocolo transverso confere ao colo transverso extrema mobilidade. Sua parte superior está aderida ou fundida com o omento maior e os vasos sanguíneos, nervos e linfáticos do colo transverso estão contidos entre as lâminas do mesocolo.
Colo Descendente:
É vertical e estende-se da flexura esquerda do colo até as proximidades da abertura superior da pelve, onde se inicia o colo sigmoide. 
O peritônio reveste seus contornos anterior, medial e lateral, mas não o posterior, que está em contato com a parede posterior do abdome. Deste modo, o colo descendente é desprovido de meso, é fixo. Mobilidade quase ausente.
O sulco paracólico situa-se entre o seu contorno lateral e a parede do abdome. 
Colo Sigmóide:
Continua o colo descendente, mas é bastante móvel em virtude da presença de um mesocolo sigmoide. 
O colo sigmoide descreve uma curva em S e sua porção varia com o estado de repleção: quando vazio está contido na pelve; quando cheio, sua maior parte está fora da pelve, usualmente posterior às alças terminais do íleo.
Reto:
Está localizado posteriormente na cavidade pélvica e segue a curvatura do sacro e do cóccix. Resulta-se assim, uma curvatura antero-posterior do próprio reto, a flexura sacral. Outra flexura denominada anorretal situa-se na junção do reto de do canal anal. 
Um dos mm. componentes do m. levantador do ânus, forma uma alça em torno da flexura anorretal, e pode agir como mecanismo esfinctérico.
A parte dilatada do reto, ampola do reto é imediatamente superior ao diafragma pélvico.
Em relação ao peritônio: terço superior tem suas paredes anteriores e laterais revestidas. A parte mais inferior não possui revestimento.
Utilizado para administração de drogas: fácil absorção. Parte superior do reto: v. retal superior → fígado.
Obs: se houver uma obstrução da veia cava inferior, o sangue do reto não será drenado pelas veias retais média e inferior para cair na veia ilíaca interna. O sangue será drenado via veia retal superior, esta desembocará na veia mesentérica inferior, que por sua vez, irá desembocar na veia esplênica e então, irá cair na veia porta.
Canal Anal:
É definido como a parte do intestino grosso que se estende da face superior do diafragma pélvico (anel anorretal) até o ânus.
A parte superior do interior do canal anal é revestida de mucosa, ao passo que a parte inferior é revestida de epitélio estratificado (queratinizado + atrito), semelhante à pele na região perianal. Na junção desses dois tipos de revestimento, observa-se a base de pregas verticais da mucosa, as colunas anais. As extremidades inferiores das colunas anais reúnem-se por pregas da mucosa, em forma de crescente, as válvulas anais. Entre as bases das colunas anais, unidas pelas válvulas, estão pequenas bolsas de fundo cego, os seios anais. 
O contorno do canal anal, seguindo-se as bases das colunas anais e das válvulas anais que unem as colunas adjacentes, é uma linha sinuosa, a linha pectinada. Sob o ponto de vista clínico, a linha pectinada é uma demarcação importante: acima dela a drenagem venosa é feita pelas veias retais superiores, tributárias do sistema porta; abaixo dela, esta drenagem é feita pelas veias retais médias e inferiores, tributárias do sistema cava inferior; como existem amplas anastomoses entre as veias retais superiores, médias e inferiores, esta região é um local importante de anastomose porto-cava.
v. retal superior > v. mesentérica inferior > veia porta > veia cava inferior
vv. retais média e inferior > v. ilíaca interna > v. ilíaca comum > v. cava inferior
Estas veias (tributárias da v. retal superior, média e inferior constituem o PLEXO HEMORROIDAL. Um individuo que possui cirrose hepática, facilmente desenvolverá hemorroida no canal anal, uma vez que, se o sangue não consegue passar pelo fígado, ele fica acumulado das tributárias da v. porta, como a v. esplênica,a v. mesentérica superior e a v. retal. 
As vv. retais superior e média, são tributarias da ilíaca interna, uma obstrução na veia cava pode gerar um fluxo reverso. 
Esfíncter anal externo (musculatura estriada esquelética) e esfíncter anal interno (musculatura lisa).
Irrigação do intestino grosso: 
As artérias mesentéricas superior e inferior irrigam o intestino grosso. A a. mesentérica superior irriga a parte terminal do íleo, e todo o intestino grosso até a flexura esquerda do colo, além de fornecer ramos para o duodeno, pâncreas e ID. Ela nasce inferiormente ao tronco celíaco, posterior ao pâncreas e corre, com trajeto descendente, anteriormente a v. renal esquerda, ao processo uncinado do pâncreas e à terceira parte do duodeno, para entrar na raiz do mesentério que percorre até a fossa ilíaca direita. Seus ramos para o intestino grosso são os seguintes:
Artéria ileocólica: é o mais inferior de seus ramos e irriga a parte terminal do íleo, o ceco e o apêndice vermiforme (a. apendicular).
Artéria cólica direita: irriga o colo ascendente.
Artéria cólica média: divide-se em ramos direito e esquedo; o direito dirige-se para a flexura direita do colo e o esquerdo para a flexura esquerda do colo, ou seja, a a. cólica média é a fonte de irrigação do colo transverso.
A a. mesentérica inferior origina-se da aorta acima da sua bifurcação e tem trajeto descendente e para aesquerda. 
Artéria cólica esquerda: irriga o colo descendente.
Artérias sigmóideas: nascem em nível inferior à margem da cólica esquerda, e correm no mesocolo sigmóide para irrigar o colo sigmóide. 
Artéria retal superior: irriga o reto.
*As artérias que irrigam o intestino grosso se anastomosam criando assim um canal vascular contínuo, formando por uma série de arcadas que se estendem por toda a extensão da porção abdominal do colo. Esta série de anastomoses é referida como arco justacólico e constitui eficiente circulação colateral no caso de obstrução de qualquer dos ramos cólicos das aa. mesentéricas.
Drenagem do intestino grosso: 
As veias que drenam o IG acompanham as artérias e, em última análise, são tributárias da veia porta, através das veias mesentéricas superior e inferior.
Fígado: 
Ocupa o hipocôndrio direito, sua secreção exócrina cai até o duodeno por meio das vias biliares. No entanto também possui secreção endócrina. 
Apresenta duas faces: uma convexa, lisa, em relação com o diafragma, denominada face diafragmática; e outra, inferior e posterior, a face visceral, está em contato com outras vísceras abdominais. Ambas as faces se encontram numa borda inferior, interrompida pela incisura do ligamento redondo. A face diafragmática se prende ao diafragma pelos ligamentos: coronário, triangular direito e esquerdo. 
A área entre as lâminas anterior e posterior do ligamento coronário não é recoberta por peritônio, recebendo o nome de área nua do fígado. 
Anteriormente o fígado se liga a parede do abdome pelo ligamento falciforme, na borda livre do qual corre o ligamento redondo. 
A face visceral é achatada e possui um grupo de fissuras e sulcos, que se dispõem em forma de H:
 
 
Segmentação hepática:
A) Tradicionalmente, divide-se o fígado em lobo direito (maior) e lobo esquerdo (menor). Na face diafragmática, essa divisão é marcada pelo ligamento falciforme e na face visceral, pelas fissuras do ligamento redondo e venoso. Nessa divisão os lobos quadrado e caudado fazem parte do lobo direito do fígado. 
B) O fígado também pode ser dividido levando em conta sua arquitetura funcional, de acordo com seu território de irrigação, drenagem e ductos. Pode ser dividido em partes hepáticas direita e esquerda, de volumes quase iguais, cada qual recebendo um ramo da artéria hepática própria e da veia porta, e drenando para um ducto hepático. Sua divisão funcional é feita por um plano de separação que tem como plano de partida a fissura portal principal, que vai, na face visceral, da fossa da vesícula biliar, até o meio do sulco da veia cava inferior, e na face diafragmática, vai do fundo da vesícula até a veia cava inferior. 
 * É possível doar um segmento do fígado, uma vez que cada segmento possui vasos e ductos biliares para promover a irrigação e drenagem desta região. Se um segmento do fígado for retirado, a vascularização e ductos biliares de outros segmentos não serão lesados. 
Irrigação:
A irrigação do fígado é feita pela artéria hepática própria (ramo da divisão da hepática comum, que vem do tronco celíaco), que ascende na borda livre do omento menor, e se divide em ramos direito e esquerdo. O ramo direito cruza anteriormente a veia porta, emite a artéria ciótica que vai para a vesícula, para então entrar no fígado, e emitir a artérias para o lobo caudado, segmentar posterior e anterior. O ramo esquerdo penetra no fígado e emite as artérias do lobo caudado, segmentar lateral e medial. 
Vesícula biliar e vias biliares:
A vesícula biliar situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado, apresenta um fundo, ao qual segue o corpo. O colo situa-se entre o corpo e o ducto cístico.
Quando a vesícula esta relaxada distende-se para acomodar a bile, no entanto, a pressão na bile não se eleva acima das pressões nos ductos biliares, sendo que a pressão na vesícula é mantida sob controle, uma vez que a sua mucosa absorve continuamente o liquido da bile, deixando-a com menor volume, mas mais concentrada. Existe um mecanismo de esfíncter hepatopancreático que controla a liberação de bile. A vesícula contrai, aumenta a pressão, relaxa o esfíncter e a bile é liberada no duodeno. 
As vias biliares podem ser intra ou extra-hepáticas: As vias intra-hepáticas constituem os ductos e canalículos biliares. As vias extra-hepáticas são os ductos hepáticos direito e esquerdo que, ao se juntarem, formam o ducto hepático comum, este corre trajeto descendente na borda livre do omento menor e recebe o ducto cístico, proveniente da vesícula, para formar o ducto colédoco, que desce em direção ao intestino delgado, e abre-se na papila maior do duodeno, na sua segunda porção. 
Pâncreas:
O pâncreas estende-se do duodeno ao baço, colado na parede abdominal posterior. Possui uma forma prismática onde é possível identificar três faces: antero-superior, antero-inferior e posterior. E três margens: anterior, superior e inferior. 
Possui três partes: cabeça, corpo e cauda, sendo que a junção da cabeça com o corpo é dita como colo do pâcreas. A cabeça é envolvida pelo duodeno e ínfero-medialmente origina-se o processo uncinado, um prolongamento da parte inferior e esquerda da cabeça do pâncreas. Nele se forma a incisura pancreática, um entalhe para a veia mesentérica superior. A cabeça e o corpo são retroperitoneais, já a cauda não é pois esta inclusa no ligamento esplenorrenal. O mesocolo transverso fixa-se horizontalmente a margem anterior do pâncreas.
O ducto pancreático inicia-se na cauda do pâncreas e corre em direção à cabeça, recebendo ao longo de seu trajeto os ductos interlobulares. Ao nível da cabeça, ele curva-se inferiormente e para a direita, para unir-se com o ducto colédoco formando a ampola hepatopancreática. 
Vascularização:
O pâncreas é irrigado pelas artérias pancreaticaduodenais superiores (ramo da gastroduodenal) e inferiores (ramo da mesentérica superior); e por ramos da artéria esplênica: artéria pancreática dorsal, inferior magna e artéria da cauda. As veias acompanham as artérias.
Peritônio:
É uma membrana serosa transparente, continua, brilhante e escorregadia. 
Possui duas laminas (são mesotélio – epitélio pavimentoso simples):
- peritônio parietal: reveste a face interna da parede abdominopelvica. 
- peritônio visceral: reveste vísceras como o estomago e intestino. 
O peritônio parietal possui a mesma rede vascular e linfática e a mesma inervação somática que a região da parede abdominal que reveste. A mesma é sensível a pressão, dor, calor e ao frio, laceração. A dor no peritônio parietal geralmente é BEM LOCALIZADA, exceto na face inferior da parte central do diafragma que é inervada pelo nervo frênico. 
O peritônio visceral e os órgãos que cobre possuem as mesmas vascularizações sanguíneas e linfáticas e inervação visceral. É insensível ao toque, calor, frio e laceração. É estimulado basicamente por distensão e irritação química. A dor produzida é mal localizada, sendo referida nos dermatonos dos gânglios vertebrais. Consequentemente, a dor oriunda do intestino anterior geralmente é sentida no epigástrio; do intestino médio na região umbilical; e intestino posterior na região púbica. 
Relação das vísceras com o peritônio: 
- órgãos intraperitoneais: são órgãos invaginados pelo saco fechado (estomago, baço). 
- órgãos extraperitoneias, retroperitoneias e subperitoniais estão fora da cavidade peritoneal, externamente, posteriormente ou inferior ao peritônio parietal – geralmente são cobertos apenas por uma superfície do peritônio. 
Cavidade peritoneal: está situada dentro da cavidade abdominal e continua inferiormente até a pélvica. É um espaço virtual com espessura capilar, situado entre as laminas parietal e visceral do peritonio. Não contem órgãos, mas contem uma fina película de liquido peritoneal,que é composto de agua, eletrólitos e outras substancia. Esta disposição permite que o intestino e outras vísceras tenha liberdade de movimento necessária para alimentação, aderências formadas em virtude de infecção ou aderências/ lesão interferem com essa função. 
Formações peritoneais: 
Mesentério: é uma lamina dupla de peritoneo formada pela invaginação do peritoneo por um órgão, e é a continuidade dos peritoneos viscerais e parietal. Proporciona um meio para comunicação neurovascular entre o órgão e a parede do corpo. Conecta um órgão intraperitoneal a parede do corpo (geralmente a parede posterior do abdome). 
obs: o mesentério do intestino delgado geralmente é denominado simplesmente ‘’ o mesentério’’, entretanto os mesentérios relacionados a outras partes especificas do trato alimentar recebem denominações de acordo ex: mesocolos transverso e sigmoide, mesoesofago, mesogástrio, mesoapendice. 
2- Omento: é uma extensão dupla ou prega de peritoneo que passa do estomago e da parte proximal do duedono para órgãos adjacentes na cavidade abdominal. 
 omento maior: é uma prega peritoneal proeminente que pende como um avental da curvatura maior do estomago e da parte proximal do duedeno. Após descer, este se dobra de volta e se fixa a superfície anterior do colo transverso e seu mesentério. 
Omento menor: conecta a curvatura menor do estomago e a parte proximal do duodeno ao fígado. Também conecta o estomago a uma tríade de estruturas que segue entre o duodeno e o fígado na margem livre do omento menor. 
LIGAMENTO PERITONEAL consiste em uma dupla camada de peritônio que une um órgão a outro órgão ou a parede abdominal. 
O FIGADO está conectado:
- a parede anterior do abdome pelo LIGAMENTO FALCIFORME.
- ao estomago pelo LIGAMENTO HEPATOGÁSTRICO, a porcao membranácea do omento menor. 
- ao duedeno pelo LIGAMENTO HEPATODUEDENAL, a margem livre espessa do omento menor, que dá passagem a tríade portal: veia porta, artéria hepática e ducto colédoco. 
Obs: os ligamentos hepatogastrico e hepatoduedenal são partes continuas do omento menor. 
O ESTOMAGO está conectado:
- a superfície inferior do diafragma pelo LIGAMENTO GASTROFRENICO. 
- ao baço pelo LIGAMENTO GASTROESPLENICO (gastrolienal), que reflete para o hilo do baço. 
- ao colo transverso pelo LIGAMENTO GASTROCÓLICO, a parte do omento maior semelhante a um avental, que desce da curvatura maior, volta-se por baixo e depois ascende até o colo transverso. 
Obs: essas estruturas todas possuem uma fixação continua ao longo da curvatura maior, e todas fazem parte do omento maior. 
- ÁREAS NUAS: é uma área do órgão que não é coberta por peritônio visceral para permitir a entrada ou saída de estruturas neurovasculares. 
- PREGA PERITONEAL: é uma reflexão de peritonio elevada da parede do corpo por vasos sanguíneos, ductos ou vasos fetais obliterados subjacentes ( ex: pregas umbilicais). 
- RECESSO (OU FOSSA) PERITONEAL: é uma bolsa de peritônio formada por uma prega peritoneal (ex: recesso inferior da bolsa omental entre as laminas do omento maior e as fossas supravesical e umbilical entre as pregas umbilicais). 
SUBDIVISÕES DA CAVIDADE PERITONEAL: 
Mesocolo transverso: divide a cavidade abdominal em um compartimento SUPRACÓLICO, contendo o estomago, fígado e baço, e um compartimento INFRACÓLICO, contendo o intestino delgado e os colos ascendente e descendente. O compartimento infracólico situa-se posteirormente ao omento maior e é dividido em espaços infracólico direito e esquerdo pelo mesentério do intestino delgado. Há comunicação livre entre os compartimentos supracólicos e infracólicos através dos SULCOS PARACÓLICOS, os sulcos entre as faces laterais dos colos ascendente e descendente e a parede psterolateral do abdome. 
Bolsa omental: é uma cavidade extensa semelhante a um saco, situada posteriormente ao estomago, ao omento menor e a estruturas adjacentes. A bolsa omental possui um RECESSO SUPERIOR, limitado superiormente pelo diafragma e pelas camadas posteriores do ligamento coronário do fígado, e um RECESSO INFERIOR entre as partes superiores das camadas do omento maior. A bolsa omental permite o livre movimento do estomago sobre as estruturas posteriores e inferiores a ela porque as paredes anterior e posterior da bolsa deslizam suavemente uma sobre a outra. A maior parte do recesso inferior da bolsa é separada da parte principal posterior ao estomago após aderência das laminas anterior e posterior do omento maior. 
Forame omental: comunicação da bolsa omental com o saco peritoneal maior (forame epiplóico), uma abertura situada posteriormente a margem livre do omento menor ( ligamento hepatoduodenal). O forame omental pode estar licalizado passando-se um dedo ao longo da vesícula biliar até a margem livre do omento menor. 
Os limites do forame omental:
- anteriormente: ligamento hepatoduedenal (margem livre do omento menor), contendo a veia porta, a artéria hepática e o ducto colédoco. 
- posteriormente: a VCI e o pilar direito do diafragma, cobertos anteriormente pelo peritonio parietal (são retroperitoneiais). 
- superiormente: o fígado, coberto por peritonio visceral.
- inferiormente: a parte superior ou primeira parte do duedeno. 
OBS: liquido na bolsa omental a perfuração da parede posterior do estomago resulta na passagem do seu conteúdo liquido para a bolsa omental. A inflamação ou lesão do pâncreas tbm pode permitir a passagem de liquido pancreático para a bolsa, formando um psudocisto pancreático.

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