Buscar

APG 23 - Sistema Digestório

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

APG 23 - Sistema
Digestório
1. Compreender a anatomia e histologia
do Sistema Digestório
Boca
Palato (Duro e mole)
Mapa Mental:
Irrigação arterial:
• Palato Duro: Artéria palatina maior,
ramo da artéria palatina descendente, que é
ramo da artéria maxilar e artéria palatina
menor, um ramo menor da artéria palatina
descendente.
• Palato Mole: Artéria palatina ascendente,
ramo da artéria facial.
A artéria palatina maior atravessa o
forame palatino maior e segue em
sentido anteromedial, enquanto a ar-
téria palatino menor entra no palato
através do forame palatino menor e
se anastomosa com a artéria palatina
ascendente.
Drenagem Venosa: Veias tributárias do plexo
venoso pterigóideo.
Drenagem linfática:
• Linfonodos submandibulares
• Linfonodos jugulares profundos
• Linfonodos faríngeos laterais
Tecidos: A face superior (nasal) do palato é
coberta por túnica mucosa respiratória, e a
face inferior (oral) é coberta por túnica
mucosa oral, densamente povoada por glân-
dulas.
Inervação:
• Sensitiva: Ramos do nervo maxilar, nervo
palatino maior, nervo nasopalatino e nervo
palatino menor.
• Motora: Com exceção do músculo tensor do
véu palatino suprido pela divisão mandibular
do nervo trigêmeo (NC V3), todos os músculos
do palato mole são supridos através do plexo
faríngeo de nervos.
Língua
Tecidos: recoberta por uma túnica mucosa
rosa e úmida e pode assumir vários formatos
e posições.
Na região da raiz, sua mucosa possui muitas
pequenas massas de tecido linfóide que
recebem o nome de tonsila lingual. Ainda
cobertas por esta mucosa, temos pequenas
glândulas salivares linguais.
A mucosa dorsal é coberta por inúmeras
papilas gustativas.
Irrigação arterial:
• Raiz da língua: Artérias dorsais
da língua, derivadas da artéria lingual,
que se origina da artéria carótida externa.
• Corpo da língua: Artérias profundas da
língua, derivadas da artéria lingual.
• Assoalho da boca: Artéria sublingual,
derivada da artéria lingual.
Drenagem venosa:
• Veias dorsais da língua
• Veias profundas da língua
• Veias sublinguais
Pode haver drenagem de parte dessas veias,
ou de todas elas, para a veia jugular interna,
ou isso pode ser feito indiretamente,
unindo-se primeiro para formar uma veia
lingual que acompanha a parte inicial da
artéria lingual.
Drenagem Linfática:
• Raiz da língua: Linfonodos cervicais
profundos superiores.
• Parte medial do corpo da língua: Linfonodos
cervicais profundos inferiores.
• Partes laterais do corpo da língua:
Linfonodos submandibulares.
• Ápice e frênulo da língua: Linfonodos
submentuais.
Toda a linfa da língua termina sendo
drenada para os linfonodos cervicais
profundos.
Inervação:
• Motora: Todos os músculos da lín-
gua, exceto o palatoglosso que é iner-
vado pelo plexo faríngeo, são inerva-
dos pelo nervo hipoglosso (NC XII).
• Sensibilidade geral:
2/3 anteriores: Nervo trigêmeo (NC V).
1/3 posterior: Nervo glossofaríngeo
(NC IX).
• Sensibilidade gustativa:
2/3 anteriores: Nervo facial (NC VII).
1/3 posterior: Nervo glossofaríngeo (NC IX).
Faringe
Histologia:
Orofaringe: epitélio estratificado pavimentoso
não queratinizado.
Nasofaringe: epitélio pseudoestratificado
ciliado.
Laringofaringe: parcialmente ambos os
anteriores citados.
Esôfago
O esôfago é um tubo muscular de
aproximadamente 25 cm de comprimento com
um diâmetro médio de 2 cm, que conduz o
alimento da faringe para o estômago.
Localiza-se na divisão mediana da caixa
torácica, seguindo a curvatura da coluna
vertebral ao descer através do pescoço e do
mediastino.
O esôfago normalmente tem três constrições,
onde estruturas adjacentes deixam
impressões:
• Constrição cervical (esfíncter superior do
esôfago): em seu início na junção
faringoesofágica, a aproximadamente 15 cm
dos dentes incisivos, causada pela parte
cricofaríngea do músculo constritor inferior
da faringe.
• Constrição broncoaórtica (torácica): uma
constrição combinada, no local onde ocorre
primeiro o cruzamento do arco da aorta, a
22,5 cm dos dentes incisivos,
e depois o cruzamento pelo brônquio principal
esquerdo, a 27,5 cm dos dentes
incisivos.
• Constrição diafragmática: no local onde
atravessa o hiato esofágico do diafragma, a
aproximadamente 40 cm dos dentes incisivos.
O tecido muscular do esôfago se mostra
organizado em lâminas musculares circulares
internas e longitudinais externas, possuindo
fibras de dois tipos diferentes em cada uma
de suas três porções: em seu terço superior
(porção cervical) a lâmina externa consiste em
músculo estriado esquelético voluntário;
seguindo para o terço médio (porção torácica)
a musculatura sofre uma transição para
músculo liso, de modo que essa região se
apresenta mista, com os dois tipos de fibras
musculares; já o terço inferior (porção
abdominal) é formado predominantemente por
músculo liso.
Histologia:
Histologicamente, o esôfago é dividido em
quatro camadas:
1- túnica mucosa: consistindo em epitélio,
glândulas esofágicas, lâmina própria e lâmina
muscular da mucosa;
2- Tela submucosa: apresentando tecido
conjuntivo e maior aporte vascu-
lar;
3- túnica muscular: apresentando duas
camadas, circular e longitudinal, variando seu
tipo de fibra conforme supracitado;
4- túnica adventícia.
Estômago
O estômago é a parte expandida do sistema
digestório entre o esôfago e o intestino
delgado.
Está separado do esôfago pela "linha Z" ou
junção gastroesofágica e do duodeno pelo
piloro.
É especializado no acúmulo e preparo química
e mecanicamente do alimento ingerido para a
digestão e a passagem para o duodeno.
O estômago mistura os alimentos e atua como
reservatório; sua principal função é a
digestão enzimática.
O suco gástrico converte gradualmente a
massa de alimento em uma mistura semilíquida
– o quimo – que passa rapidamente para o
duodeno.
O estômago vazio tem calibre apenas
ligeiramente maior que o do intestino grosso;
entretanto, é capaz de se expandir muito e
pode conter de 2 a 3 litros de alimento.
Anatomicamente o estômago apresenta
quatro divisões:
• Cárdia: a parte que circunda o óstio cárdico,
a abertura superior do estômago. Em decúbito
dorsal, o óstio cárdico geralmente está
situado posteriormente à 6a cartilagem costal
esquerda, a 2 a 4 cm do plano mediano, no
nível da vértebra T11.
• Fundo gástrico: a parte superior dilatada
que está relacionada com a cúpula esquerda
do diafragma, limitada inferiormente pelo
plano horizontal do óstio cárdico. A incisura
cárdica está situada entre o esôfago e o
fundo gástrico. O fundo gástrico pode ser
dilatado por gás, líquido, alimento ou pela
combinação destes. Em decúbito dorsal, o
fundo gástrico geralmente está situado
posteriormente à costela VI esquerda, no
plano da linha medioclavicular (LMC).
• Corpo gástrico: a parte principal e maior do
estômago, entre o fundo gástrico e o antro
pilórico. É onde temos a maior produção de
suco gástrico e onde encontramos a pequena
e a grande curvatura.
• Parte pilórica: região afunilada de saída do
estômago, sua parte mais larga, o antro
pilórico, leva ao canal pilórico, sua parte mais
estreita. O piloro é a região esfincteriana
distal da parte pilórica. É um espessamento
acentuado da camada circular de músculo liso
que controla a saída do conteúdo gástrico
através do óstio pilórico (abertura inferior do
estômago) para o duodeno. Há esvaziamento
intermitente do estômago quando a pressão
intragástrica supera a resistência do piloro.
Normalmente, o piloro encontra-se em estado
de contração tônica, de modo que o óstio
pilórico é reduzido, exceto quando dá
passagem ao quimo (massa semilíquida). A
intervalos irregulares, a peristalse gástrica
faz o quimo atravessar o canal e o óstio
pilórico até o intestino delgado, onde continua
a mistura, a digestão e absorção.
Tal como os demais órgãos e porções do
sistema digestório, o estômago é amplamente
constituído por uma estrutura muscular, a
qual é responsável pela realização dos
movimentos peristálticos e está disposta em
três camadas, sendo elas organizadas em
longitudinal na parte mais externa, circular na
porção intermediária e oblíqua na parte mais
interna.Assim como no esôfago e nas demais
estruturas do sistema digestório, essa
disposição das fibras musculares do estômago
está relacionada com o seu peristaltismo,
digerindo e conduzindo o alimento na direção
do intestino delgado, próximo órgão na
sequência da digestão.
Histologia:
Histologicamente, o estômago também
apresenta as quatro camadas apresentadas
no esôfago, sendo: túnica mucosa, submucosa,
muscular e serosa.
A mucosa apresenta glândulas e células
produtoras tanto de muco quanto de
substâncias que formam o suco gástrico,
responsável pela digestão no estômago.
No interior do estômago a superfície lisa da
mucosa gástrica é castanho-avermelhada no
indivíduo vivo, exceto na parte pilórica, onde é
rósea.
Em vida, é coberta por uma camada de muco
contínua que protege sua superfície contra o
ácido gástrico secretado pelas glândulas
gástricas.
Quando contraída, a mucosa gástrica forma
estrias longitudinais denominadas pregas
gástricas; estas são mais acentuadas em
direção à parte pilórica e ao longo da
curvatura maior.
Duodeno
O duodeno, a primeira e mais curta (25cm)
parte do intestino delgado, também é a mais
larga e mais fixa.
Sua função é receber os alimentos
parcialmente digeridos no estômago e
continuar o processo digestivo, utilizando-se
de enzimas próprias, enzimas hepáticas e
pancreáticas.
O duodeno segue um trajeto em formato de C
ao redor da cabeça do pâncreas; começa no
piloro no lado direito e termina na flexura
(junção) duodenojejunal no lado esquerdo.
Essa junção ocorre aproximadamente no nível
da vértebra L II, 2 a 3 cm à esquerda da linha
mediana.
A junção geralmente assume a forma de um
ângulo agudo, a flexura duodenojejunal.
A maior parte do duodeno está fixada pelo
peritônio a estruturas na parede posterior do
retroperitoneal.
Anatomicamente o duodeno apresenta as
seguintes relações anatômicas e é dividido em
quatro partes:
• Superior: primeira parte do duodeno.
Ascende a partir do piloro e é superposta
pelo fígado e pela vesícula biliar.
O peritônio cobre sua face anterior, mas não
há peritônio posteriormente, com exceção da
ampola.
A parte proximal tem o ligamento
hepatoduodenal (parte do omento menor)
fixado superiormente e o omento maior fixado
inferiormente.
• Descendente: segunda porção duodenal.
Segue inferiormente, curvando-se ao
redor da cabeça do pâncreas.
Inicialmente, situa-se à direita da VCI e
paralela a ela.
Os ductos colédoco e pancreático principal
entram em sua parede posteromedial.
Esses ductos geralmente se unem para formar
a ampola hepatopancreática, que se abre em
uma eminência, chamada papila maior do
duodeno, localizada posteromedialmente na
parte descendente do duodeno.
A parte descendente do duodeno é
totalmente retroperitoneal. A face anterior de
seus terços proximal e distal é coberta por
peritônio.
Entretanto, o peritônio é refletido de seu
terço médio para formar o mesentério duplo
do colo transverso, o mesocolo transverso.
• Inferior (horizontal): terceira porção
duodenal.
Segue transversalmente para a esquerda,
passando sobre a VCI, a aorta e a vértebra
L3.
É cruzada pela artéria e veias mesentéricas
superiores e pela raiz do mesentério do
jejuno e do íleo.
Superiormente a ela está a cabeça do
pâncreas e seu processo uncinado.
A face anterior da parte horizontal é coberta
por peritônio, exceto na parte em que é
cruzada pelos vasos mesentéricos superiores
e pela raiz do mesentério.
Posteriormente, é separada da coluna
vertebral pelo músculo psoas maior direito,
VCI, aorta e vasos testiculares ou ováricos
direitos.
• Ascendente: quarta e última porção
duodenal.
Segue superiormente e ao longo do lado
esquerdo da aorta para alcançar a margem
inferior do corpo do pâncreas.
Aí, ela se curva anteriormente para se unir ao
jejuno na flexura duodenojejunal, sustentada
pela fixação de um músculo suspensor do
duodeno (ligamento de Treitz).
Esse músculo é formado por uma alça de
músculo esquelético do diafragma e uma faixa
fibromuscular de músculo liso da terceira e da
quarta partes do duodeno.
A contração desse músculo alarga o ângulo da
flexura duodenojejunal, facilitando o movimento
do conteúdo intestinal.
O músculo suspensor do duodeno passa
posteriormente ao pâncreas e à veia esplênica
e anteriormente à veia renal esquerda.
Jejuno e Íleo
A segunda parte do intestino delgado, o
jejuno, começa na flexura duodenojejuna, onde
o sistema digestório volta a ser
intraperitonial.
A terceira parte do intestino delgado, o íleo,
termina na junção ileocecal, a união da parte
terminal do íleo e o ceco.
Juntos, o jejuno e o íleo têm 6 a 7 m de
comprimento, o jejuno representa cerca de
dois quintos e o íleo cerca de três quintos da
parte intraperitoneal do intestino delgado.
A maior parte do jejuno está situada no
quadrante superior esquerdo (QSE) do
compartimento infracólico, enquanto a maior
parte do íleo está no quadrante inferior
direito (QID). A parte terminal do íleo
geralmente está na pelve, de onde ascende,
terminando na face medial do ceco. Embora
não haja uma linha de demarcação nítida
entre o jejuno e o íleo, eles têm
características distintas:
O mesentério é uma prega de peritônio em
forma de leque que fixa o jejuno e o íleo à
parede posterior do abdome.
A origem ou raiz do mesentério (com
aproximadamente 15 cm de comprimento) tem
direção oblíqua, inferior e para a direita.
Estende-se da flexura duodenojejunal no lado
esquerdo da vértebra L II até a junção
ileocólica e a articulação sacroilíaca direita.
O comprimento médio do mesentério, desde a
raiz até a margem do intestino, é de 20 cm.
A raiz do mesentério cruza (sucessivamente)
as partes ascendente e horizontal do
duodeno, parte abdominal da aorta, VCI,
ureter direito, músculo psoas maior direito e
vasos testiculares ou ováricos direitos.
Entre as duas camadas do mesentério estão
os vasos mesentéricos superiores, linfonodos,
uma quantidade variável de gordura e nervos
autônomos.
Intestino Grosso
O intestino grosso é o local de absorção da
água dos resíduos indigeríveis do quimo
líquido, convertendo-o em fezes semissólidas,
que são temporariamente armazenadas e
acumuladas até que haja defecação.
O intestino grosso é formado pelo ceco;
apêndice vermiforme; partes ascendente,
transversa, descendente e sigmoide do colo;
reto e canal anal.
O intestino grosso pode ser distinguido do
intestino delgado por:
•Apêndices omentais do colo: projeções
pequenas, adiposas, semelhantes ao omento.
•Tênias do colo: três faixas longitudinais
distintas: (1) tênia mesocólica, à qual se fixam
os mesocolos transverso e sigmoide; (2) tênia
omental, à qual se fixam os apêndices
omentais; e (3) tênia livre, à qual não estão
fixados mesocolos nem apêndices omentais.
•Saculações: dilatações da parede do colo
entre as pregas semilunares.
•Calibre (diâmetro interno) muito maior.
As tênias do colo (faixas espessas de músculo
liso que representam a maior parte da camada
longitudinal) começam na base do apêndice
vermiforme como a camada longitudinal
espessa do apêndice vermiforme que se divide
para formar três faixas.
As tênias do colo seguem por todo o
comprimento do intestino grosso.
Ceco e Apêndice Vermiforme
O ceco é a primeira parte do intestino grosso;
é contínuo com o colo ascendente.
É uma bolsa intestinal cega, que mede
aproximadamente 7,5 cm de comprimento e
largura.
Situa-se na fossa ilíaca do quadrante inferior
direito do abdome, inferiormente à sua junção
com a parte terminal do íleo.
Se for distendido por fezes ou gases, o ceco
pode ser palpável através da parede
anterolateral do abdome.
É quase todo revestido por peritônio, mas
não tem mesentério.
Ligado à parede lateral do abdome por uma
ou mais pregas cecais de peritônio.
O apêndice vermiforme é um divertículo
intestinal cego (6 a 10 cm de comprimento)
que contém massas de tecido linfóide.
Origina-se na face posteromedial do ceco,
inferiormente à junção ileocecal.
O apêndice vermiforme tem um mesentério
triangular curto, o mesoapêndice, originado da
face posterior do mesentério da parte
terminal do íleo.
O mesoapêndice fixa-seao ceco e à parte
proximal do apêndice vermiforme. A posição
do apêndice vermiforme é variável, mas
geralmente é retrocecal.
A irrigação arterial do ceco é realizada pela:
artéria ileocólica, o ramo terminal da AMS.
A artéria apendicular, um ramo da artéria
ileocólica, irriga o apêndice vermiforme.
A drenagem venosa do ceco e do apêndice
vermiforme: segue por uma tributária da VMS,
a veia ileocólica.
A drenagem linfática do ceco e do apêndice
vermiforme: segue até os linfonodos no
mesoapêndice e até os linfonodos ileocólicos
situados ao longo da artéria ileocólica.
Os vasos linfáticos eferentes seguem até os
linfonodos mesentéricos superiores.
A inervação do ceco e do apêndice
vermiforme: provém dos nervos simpáticos e
parassimpáticos do plexo mesentérico
superior.
As fibras nervosas simpáticas originam-se na
parte torácica inferior da medula espinal, e as
fibras nervosas parassimpáticas provêm dos
nervos vagos.
As fibras nervosas aferentes do apêndice
vermiforme acompanham os nervos simpáticos
até o segmento T10 da medula espinal.
Colo
O colo é dividido em quatro partes –
ascendente, transversa, descendente e
sigmoide – que sucedem uma à outra
formando um arco.
Colo Ascendente
O colo ascendente é a segunda parte do
intestino grosso.
Segue para cima na margem direita da
cavidade abdominal, do ceco até o lobo
hepático direito, onde vira para a esquerda na
flexura direita do colo (flexura hepática).
Essa flexura situa-se profundamente às
costelas IX e X e é superposta pela parte
inferior do fígado.
O colo circunda o intestino delgado, o colo
ascendente à direita do intestino delgado, o
colo transverso superior e/ou anteriormente
a ele, o colo descendente à esquerda e, por
fim, o colo sigmoide inferiormente a ele.
O colo ascendente é mais estreito do que o
ceco e é secundariamente retroperitoneal ao
longo da face direita da parede posterior do
abdome.
O colo ascendente é coberto por peritônio
anteriormente e nas suas laterais; entretanto,
tem um mesentério curto em aproximadamente
25% das pessoas.
O colo ascendente é separado da parede
anterolateral do abdome pelo omento maior.
Um sulco vertical profundo revestido por
peritônio parietal, o sulco paracólico direito,
situa-se entre a face lateral do colo
ascendente e a parede adjacente do abdome.
Colo Transverso
O colo transverso é a terceira parte do
intestino grosso, a mais longa e a mais móvel.
Atravessa o abdome da flexura direita do colo
até a flexura esquerda do colo, onde se curva
para baixo e dá origem ao colo descendente.
A flexura esquerda do colo (flexura esplênica)
geralmente é superior, mais aguda e menos
móvel do que a flexura direita do colo.
Situa-se anteriormente à parte inferior do
rim esquerdo e fixa-se ao diafragma através
do ligamento frenocólico.
O colo transverso e seu mesentério, o
mesocolo transverso, frequentemente descem
até o nível das cristas ilíacas.
O mesentério adere à parede posterior da
bolsa omental ou se funde com ela.
A raiz do mesocolo transverso situa-se ao
longo da margem inferior do pâncreas e é
contínua com o peritônio parietal
posteriormente.
Sendo livremente móvel, a posição do colo
transverso é variável, geralmente pendendo
até o nível do umbigo (nível da vértebra L III).
No entanto, em pessoas magras e altas, o colo
transverso pode estender-se até a pelve.
Colo Descendente
O colo descendente ocupa posição
secundariamente retroperitoneal entre a
flexura esquerda do colo e a fossa ilíaca
esquerda, onde é contínua com o colo
sigmoide.
Assim, o peritônio cobre o colo anterior e
lateralmente e o liga à parede posterior do
abdome. Embora retroperitoneal, o colo
descendente, sobretudo na fossa ilíaca, tem
um mesentério curto em aproximadamente
33% das pessoas; entretanto, em geral, ele
não é longo o suficiente para causar vólvulo
(torção) do colo.
Ao descer, o colo passa anteriormente à
margem lateral do rim esquerdo.
Como o colo ascendente, o colo descendente
tem um sulco paracólico (o esquerdo) em sua
face lateral.
Colo Sigmoide
O colo sigmoide, caracterizado por sua alça
em forma de S com comprimento variável, une
o colo descendente ao reto.
O colo sigmoide estende-se da fossa ilíaca até
a terceira vértebra sacral (S III), onde se une
ao reto.
O fim das tênias do colo, a aproximadamente
15 cm do ânus, indica a junção retossigmoide.
O colo sigmoide geralmente tem mesentério
longo – o mesocolo sigmoide – e, portanto,
tem grande liberdade de movimento,
principalmente sua parte média.
A raiz do mesocolo sigmoide tem inserção em
formato de V invertido, que se estende
primeiro medial e superiormente ao longo dos
vasos ilíacos externos e, depois, medial e
inferiormente a partir da bifurcação dos
vasos ilíacos comuns até a face anterior do
sacro.
O ureter esquerdo e a divisão da artéria
ilíaca comum esquerda situam-se no
retroperitônio, posteriormente ao ápice da
raiz do mesocolo sigmoide.
Os apêndices omentais do colo sigmoide são
longos; eles desaparecem quando o mesocolo
sigmoide termina.
As tênias do colo também desaparecem
quando o músculo longitudinal na parede do
colo se alarga para formar uma camada
completa no reto.
Reto e Canal Anal
O reto é a parte terminal fixa (basicamente
retroperitoneal e subperitoneal) do intestino
grosso.
2. Compreender a anatomia da parede
anterolateral do abdome e Peritônio
A parede é musculoaponeurótica, exceto a
parede posterior, que inclui a região lombar
da coluna vertebral.
A junção ocorre na extremidade inferior do
mesentério do colo sigmoide.
O reto é contínuo inferiormente com o canal
anal.
É contínuo com o colo sigmoide no nível da
vértebra S III.
O limite superior da parede anterolateral do
abdome é formado pelas cartilagens das
costelas VII a X e o processo xifoide do
esterno; o limite inferior é o ligamento inguinal
e as margens superiores das faces
anterolaterais do cíngulo do membro inferior
(cristas ilíacas, cristas púbicas e sínfise
púbica).
A parede anterolateral do abdome é formada
por pele e tela subcutânea, composta
principalmente por gordura, músculos, suas
aponeuroses e fáscia muscular, gordura
extraperitoneal e peritônio parietal.
Fáscia da parede anterolateral do abdome
A tela subcutânea da maior parte da parede
contém quantidade variável de gordura. É um
depósito de gordura importante.
Os homens são mais suscetíveis ao acúmulo
subcutâneo de gordura na parede
anteroinferior do abdome.
Na obesidade mórbida, a camada de gordura
tem muitos centímetros de espessura e, em
geral, forma uma ou mais dobras flácidas
(abdome em avental).
A pele está frouxamente fixada à tela
subcutânea, exceto no umbigo, onde está
firmemente aderida.
A maior parte da parede anterolateral tem
três camadas musculotendíneas; as fibras de
cada camada seguem em direções diferentes.
Essa estrutura tripla é semelhante à
estrutura dos espaços intercostais no tórax.
A parede do abdome, embora contínua, é
subdividida em paredes anterior, laterais
direita e esquerda e posterior para fins
descritivos.
Músculos
A parede anterolateral do abdome tem cinco
(pares bilaterais de) músculos: três planos e
dois verticais.
Funções
Os músculos da parede anterolateral do
abdome:
•Formam uma sustentação forte e expansível
para a parede anterolateral do abdome
•Sustentam e protegem as vísceras abdominais
contra lesões
Inervação
A pele e os músculos da parede anterolateral
do abdome são supridos principalmente pelos
seguintes nervos:
•Nervos toracoabdominais: são formados pelas
partes abdominais, distais dos ramos
anteriores dos seis nervos espinais torácicos
inferiores (T7 a T11); correspondem aos nervos
intercostais inferiores distais à margem costal
•Ramos cutâneos laterais (torácicos): dos
nervos espinais torácicos T7 a T9 ou T10
•Nervo subcostal: o grande ramo anterior do
nervo espinal T12
•Comprimem o conteúdo abdominal para
manter ou aumentar a pressão
intra-abdominal e, assim, fazem oposição ao
diafragma (o aumento da pressão
intra-abdominal facilita a expulsão)
•Movem o tronco e ajudam a manter a
postura.
•Nervos ílio-hipogástrico e ilioinguinal:
ramificaçõesterminais do ramo anterior do
nervo espinal L1.
•T7 a T9 inervam a pele superior ao umbigo
•T10 inerva a pele ao redor do umbigo
•T11, mais os ramos cutâneos dos nervos
subcostal (T12), ílio-hipogástrico e ilioinguinal
(L1), suprem a pele inferior ao umbigo.
Durante seu trajeto através da parede
anterolateral do abdome, os nervos
toracoabdominal, subcostal e ílio-hipogástrico
se comunicam uns com os outros.
Irrigação arterial, Drenagem linfática e
Drenagem venosa
Os vasos sanguíneos primários (artérias e
veias) da parede anterolateral do abdome são:
•Vasos epigástricos superiores e ramos dos
vasos musculofrênicos dos vasos torácicos
internos
• Vasos epigástricos inferiores e circunflexos
ilíacos profundos dos vasos ilíacos externos
•Vasos circunflexos ilíacos superficiais e
epigástricos superficiais da artéria femoral e
veia safena magna, respectivamente
•Vasos intercostais posteriores do 11o espaço
intercostal e os ramos anteriores dos vasos
subcostais.
A distribuição dos vasos sanguíneos
abdominais profundos reflete a disposição dos
músculos: os vasos da parede anterolateral do
abdome têm um padrão circunferencial,
oblíquo (semelhante aos vasos intercostais),
enquanto os vasos da parede anterior central
do abdome têm orientação mais vertical.
A artéria epigástrica superior é a
continuação direta da artéria torácica interna.
Ela penetra na bainha do músculo reto do
abdome superiormente, através de sua
camada posterior, supre a parte superior do
músculo reto do abdome e anastomosa-se
com a artéria epigástrica inferior
aproximadamente na região umbilical.
A artéria epigástrica inferior origina-se da
artéria ilíaca externa imediatamente superior
ao ligamento inguinal.
Segue em sentido superior na fáscia
transversal para entrar na bainha do músculo
reto do abdome abaixo da linha arqueada.
Penetra na parte inferior do músculo reto do
abdome e anastomosa-se com a artéria
epigástrica superior.
A drenagem linfática da parede anterolateral
do abdome segue os seguintes padrões:
•Vasos linfáticos superficiais acompanham as
veias subcutâneas; os vasos superiores ao
plano transumbilical drenam principalmente
para os linfonodos axilares; entretanto, alguns
drenam para os linfonodos paraesternais.
Os vasos linfáticos superficiais inferiores ao
plano transumbilical drenam para os linfonodos
inguinais superficiais
• Vasos linfáticos profundos acompanham as
veias profundas da parede do abdome e
drenam para os linfonodos ilíacos externos,
ilíacos comuns e lombares direitos e
esquerdos (cavais e aórticos).
Peritônio
O peritônio é uma membrana serosa
transparente e contínua que reveste a
cavidade abdominopélvica e recobre as
vísceras abdominais.
Consiste em duas porções, uma delas, a
parietal, reveste a parte interna da parede
abdominal, enquanto a outra, a visceral,
reveste órgãos como o estômago e o
intestino.
Peritônio Parietal: Como está aderido à
parede abdominopélvica, possui a mesma
vascularização e inervação que a região que
a fixa.
Assim como a parede adjacente, o peritônio é
capaz de fazer a sensibilidade geral, de dor,
temperatura e pressão.
O peritônio parietal delimita a cavidade
peritoneal, diferente da cavidade abdominal.
Peritônio Visceral: Assim como o parietal, é
vascularizado e inervado pelos mesmos
componentes dos órgãos revestidos.
No entanto, é insensível à dor, temperatura e
pressão, sendo estimulado principalmente por
distensão e irritação química.
Os órgãos intraperitoneais estão dentro da
cavidade peritoneal, mas recebem esse nome
por estarem quase que totalmente revestidos
pelo peritônio visceral.
Já os órgãos extraperitoneais,
retroperitoneais e subperitoneais estão
situados fora da cavidade peritoneal, entre o
peritônio e a parede abdominal ou pélvica.
Sendo assim, possuem pouca parte de sua
estrutura revestida por peritônio.
O rim, por exemplo, é retroperitoneal, mas sua
face anterior é aderida ao peritônio parietal.
Cavidade peritoneal: A cavidade peritoneal,
formada pelo peritônio parietal, está contida
nas cavidades abdominal e pélvica.
É um espaço virtual, entre as lâminas parietal
e visceral, e contém um líquido peritoneal,
responsável por lubrificar as superfícies e
diminuir o atrito aos movimentos, por
armazenar tecido adiposo e também por
combater infecções, uma vez que
nesse líquido há também leucócitos e
anticorpos.
Nos homens, essa cavidade é fechada. Porém,
nas mulheres há uma comunicação com o
exterior, através das tubas uterinas, cavidade
uterina e vagina, uma possível via de infecção
externa.
Apesar da cavidade peritoneal ser apenas uma
fração do volume corporal, o peritônio em si
deve conter muitas dobras para revestir
adequadamente os órgãos, de forma que sua
superfície total é até mesmo maior que a da
pele.
Por serem quase totalmente revestidos pelo
peritônio, os órgãos intraperitoniais têm uma
porção nua, por onde entram estruturas
neurovasculares.
Após a rotação e surgimento da curvatura
maior do estômago, a cavidade peritoneal foi
dividida em uma porção maior e outra menor.
O mesocolo transverso divide a cavidade
abdominal em uma porção supra (contém o
estômago, fígado e baço) e outra infracólica
(intestino delgado, colo ascendente e
descendente).
Há diferentes denominações para o peritônio:
•Mesentério: Reflexão do peritônio parietal e
visceral responsável por envolver um órgão e
o fixar à parede abdominal.
Pode ser chamado apenas de mesentério, no
caso do intestino delgado, por exemplo, ou
ainda ter outras denominações, como
mesocolos transverso e sigmoide,
mesoesôfago, mesogástrio ou
mesoapêndice.
•Omento: Reflexão do peritônio entre dois
órgãos. O omento maior é uma prega
peritoneal de quatro camadas que forma um
avental, desde a curvatura maior do estômago
e da parte proximal do duodeno até se fixar à
superfície anterior do colo transverso (tênia
omental).
Já o omento menor, possui apenas duas
camadas e une a curvatura menor do
estômago e o duodeno ao fígado.
•Ligamento: Reflexão do peritônio responsável
por estruturar dois órgãos ou por fixar um
órgão à parede abdominal.
O fígado, por exemplo, está unido à parede
pelo ligamento falciforme, ao estômago pelo
ligamento hepatogástrico (porção
membranácea do omento menor) e ao duodeno
pelo ligamento hepatoduodenal (parte livre e
espessa do omento menor, que dá passagem à
tríade portal – veia porta, artéria hepática e
ducto colédoco).
O estômago está unido à superfície inferior
do diafragma pelo ligamento gastrofrênico e
pelo ligamento frêno-esofágico, ao baço pelo
ligamento gastroesplênico e ao colo
transverso pelo ligamento gastrocólico.
Todas essas porções estão fixadas
continuamente na curvatura maior do
estômago e fazem parte do omento maior.
A bolsa omental é uma cavidade posterior ao
estômago e ao omento menor.
Possui dois recessos, uma prega peritoneal,
um superior e outro inferior.
O superior é delimitado pelo ligamento
coronário do fígado e pelo diafragma,
enquanto o inferior fica entre as partes
superiores do omento maior.
Há comunicação da bolsa omental com a
cavidade peritoneal pelo forame omental (de
Winslow).
Os limites desse forame são:
•Anteriormente: ligamento hepatoduodenal,
contendo a tríade portal.
•Posteriomente: veia cava inferior e pilar
direito do diafragma (retroperitoneais e
recobertos por peritônio parietal).
•Superiormente: fígado (recoberto por
peritônio visceral).
•Inferiormente: parte superior do duodeno.
Referências:
Moore, KL, Dalley, AF e Agur, AMR (2022).
Anatomia Orientada para Clínica (8ª ed.).
Junqueira, LCU, & Carneiro, J. (2017).
Histologia Básica - Texto e Atlas (13ª ed.).
Netter, FH (2018). Netter: Atlas de Anatomia
Humana (7ª ed.).

Continue navegando