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3
Sistema de Ensino Presencial Conectado
CIêNCIAS CONTÁBEIS NOTURNO
Ellen Marques Tavares Bomfim
MARIELlE Ferreira Martins
Paulo Eduardo Gomes Aguiar
ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE 
Rio de Janeiro
2016
Ellen Marques Tavares Bomfim
MARIELlE Ferreira Martins
Paulo Eduardo Gomes Aguiar
ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE 
 
Trabalho de Contabilidade apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Contabilidade e Planejamento Tributário; Perícia e Auditoria; Direito Tributário; 
Controladoria 
; 
Tópicos Especiais em Contabilidade I
.
 
Orientador: 
Lilian Lucy dos Santos; Valdeci da Silva Araujo; Isis Carolina Massi Vicente; Juliane Regina Bettin Santana; Carla Patricia Rodrigues Ramos
. 
Rio de Janeiro
2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
2.1 Formas de Tributação (Lucro Real)	4
2.2 Questão 3 - Analise de Auditoria............................................................................8
2.3 Auditoria...............................................................................................................10
2.4 Pericia...................................................................................................................15
2.5 Direito Tributário...................................................................................................22
2.6 Planejamento Tributário.......................................................................................29
3. CONCLUSÃO ........................................................................................................32
REFERÊNCIAS	33
APÊNDICES	35
APÊNDICE A – Instrumento de pesquisa utilizado na coleta de dados	35
ANEXOS	36
ANEXO A – Título do anexo	36
INTRODUÇÃO
No mundo atual faz-se necessário que a informação contábil possua qualidade e credibilidade. No entanto, a demanda crescente de complexidade das atividades empresariais e determinadas restrições tributárias, nos fazem deparar com críticas fundamentadas quanto à necessidade de seu aprimoramento. Paralela a analise das dificuldades já existentes, é colocada a complexidade de mudanças substanciais na atual normatização contábil. Muitos anseios e preocupações humanas constituem pontos comuns em vários continentes, da América à Europa, desta à Ásia, da Ásia ao continente africano. Há uma prática reiterada de iguais hábitos e iguais padrões de comportamento em diversos locais do planeta. Não se pode deixar de ver no ser humano um único ser, cada vez mais parecido. 
É fundamental que os profissionais da contabilidade sejam proativos procurando sempre alternativas para aperfeiçoamento da capacidade informacional, nunca se afastando do seu grande objetivo de prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física, e de produtividade, com relação à entidade, objeto de contabilização.
Para tanto, o objetivo fundamental deste trabalho é, vislumbrar os caminhos de atuação que o profissional de contabilidade moderno e ‘antenado’ pode atuar, bem como as funcionalidades que ele poderá ter de aprender a utilizar para o melhor desempenho de suas funções.
DESENVOLVIMENTO
FORMAS DE TRIBUTAÇÃO
Não se pode negar que se trate de um assunto de natureza impar, abordaremos neste tópico de forma muito simplificada todos os regimes de tributação, porém, abster-nos-emos no forma de Lucro Real.
A legislação tributária prevê quatro opções para forma de tributação do lucro das pessoas jurídicas (PJ), sendo eles: Lucro Real mensal, trimestral ou anual; Lucro Presumido, Lucro Arbitrado, Lucro Simples.
No tocante ao lucro real, ao presumido e ao simples, desde que não haja impedimentos legais, a opção por uma dessas formas de tributação é de livre escolha de cada contribuinte, entretanto, quando se trata de lucro arbitrado é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizada pela Receita Federal do Brasil, basicamente, quando; (a) a escrituração do contribuinte revelar evidências de indícios de fraudes ou contiver vícios ou deficiências que a torna imprestável para identificar a movimentação financeira, inclusive bancária, a fim de determinar o lucro real; (b) o contribuinte deixar de apresentar a autoridade tributária os livros e os documentos da escrituração comercial e fiscal ou o livro caixa; (c) o contribuinte não mantiver em boa ordem, segundo as normas contábeis, o livro razão para resumir os lançamentos contábeis efetuados no livro diário; (d) o contribuinte não mantiver escrituração, na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações contábeis exigidas pela legislação fiscal.
tributação no lucro real
O Lucro Real é a regra geral para a apuração do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica, no qual o imposto de renda é determinado a partir do lucro contábil, apurado pela Pessoa Jurídica, acrescido de ajustes (positivos e negativos) requeridos pela Lei Fiscal, (arts. 247, 249 e 250 do RIR/99).
No Lucro Real estão automaticamente obrigadas as Pessoas Jurídicas:
• Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
• Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo (gerados) do exterior. Não confundir rendimentos ou ganhos de capital oriundo (gerados) do exterior com receitas de exportação. Também, as exportadoras podem optar pelo Lucro Presumido normalmente, desde que não estejam nas hipóteses de vedação;
• Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;
• Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do artigo 2º da Lei 9.430/1996;
• Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
• Que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio (incluído pelo artigo 22 da Medida Provisória 472/2009);
• Também estão obrigadas ao Lucro Real as empresas imobiliárias, enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado (IN SRF 25/1999). O custo orçado é a modalidade de tratamento contábil dos custos futuros de conclusão de obras.
Além das obrigatoriedades acima, observar o limite de receita bruta anual, para fins de opção obrigatória pelo lucro real (R$ 78 milhões no ano anterior), ou proporcional (R$ 6.500.000,00 vezes o número de meses), quando o período for inferior a 12 meses. A opção pelas regras do Lucro Real poderá ser feita também por empresas que “não” estejam obrigadas a essa forma de tributação. É feita pelo primeiro pagamento de IRPJ, sendo “irretratável” para todo o ano-calendário. No ano seguinte, a opção poderá ser outra, caso não esteja “obrigada” ao lucro real.
I. Adições:
a) custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido e que, de acordo com a legislação do Imposto de Renda, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real; 
b) resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido e que, de acordo com a legislaçãodo Imposto de renda, devam ser computados na determinação do lucro real; 
II. Exclusões:
a) Resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido e que, de acordo com a legislação do Imposto de Renda, não sejam computados no lucro real; 
b) Valores cuja dedução seja autorizada pela legislação do Imposto de Renda e que, pela sua natureza exclusivamente fiscal, não tenham sido computados na apuração do lucro líquido. 
c) Compensação de prejuízos fiscais de períodos-base anteriores, respeitados os limites e demais normas pertinentes. 
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador, é o lucro real correspondente ao período de apuração.
Como regra geral integra a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada, independentemente da natureza, da espécie ou da existência de título ou contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negócio que, pela sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma específica de incidência do imposto.
PERÍODO DE APURAÇÃO
O imposto será determinado com base no lucro real por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.
No caso da apuração com base no lucro real, o contribuinte tem a opção de apurar anualmente o imposto devido, devendo, entretanto, recolher mensalmente o imposto por estimativa.
Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data do evento.
Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento.
ALÍQUOTAS E ADICIONAL
A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, apurado de conformidade com o Regulamento. O disposto neste item aplica-se, inclusive, à pessoa jurídica que explore atividade rural.
ADICIONAL
A parcela do lucro real que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração, se sujeita à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento). O adicional aplica-se, inclusive, nos casos de incorporação, fusão ou cisão e de extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação.
O disposto neste item aplica-se, igualmente, à pessoa jurídica que explore atividade rural. O adicional de que trata este item será pago juntamente com o imposto de renda apurado pela aplicação da alíquota geral de 15%.
LUCROS DISTRIBUÍDOS
Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, não estão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no país ou no exterior.
LALUR - LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL
O Livro de Apuração do Lucro Real, também conhecido como LALUR, é um livro de escrituração de natureza eminentemente fiscal, sendo obrigatório somente para as empresas tributadas pelo Imposto de Renda na modalidade Lucro Real, conforme previsão contida no Regulamento do Imposto de Renda destinado a registrar valores que não devam constar da escrituração comercial.  Este módulo vai além da necessidade legal de atender à legislação. 
Ele possibilita ao profissional contábil ganhar tempo e qualidade na hora de prestar um serviço com qualidade esperada pelo empresário. Este livro tem como premissa principal ajustar os demonstrativos contábeis à declaração do Imposto de Renda com adições e exclusões ao lucro líquido do período-base, apurando-se a base de cálculo do Imposto de Renda devido e controle de valores que devam influenciar a determinação do Lucro Real de períodos-base futuros e que não constem da escrituração comercial.
DISPENSA DO LALUR FÍSICO
As pessoas jurídicas ficam dispensadas, em relação aos fatos ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014, da escrituração do Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur) em meio físico e da entrega da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), tendo em vista a instituição da Escrituração Contábil Fiscal (ECF) pela Instrução Normativa RFB 1.422/2013.
Entretanto, observe-se que continua a exigência da elaboração do LALUR, agora em meio eletrônico, que corresponderá à ECF - Escrituração Contábil Fiscal. 
2.2 - QUESTÃO 3 REFERENTE A ANALISE DE AUDITORIA
	DESCRIÇÃO
	VALORES
	
	
	Receita Bruta de Revenda de Mercadorias
	R$ 800.000,00
	Receita Bruta de Prestação de Serviços
	R$ 250.000,00
	
	
	RECEITA OPERACIONAL BRUTA
	R$ 1.050.000,00
	
	
	(-) Vendas canceladas e descontos incondicionais
	-R$ 10.000,00
	(-) ICMS
	-R$ 25.000,00
	(-) ISS
	-R$ 12.550,00
	(-) PIS/PASEP sobre o faturamento
	-R$ 19.635,00
	(-) COFINS sobre o faturamento
	-R$ 90.440,00
	
	
	RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
	R$ 892.375,00
	
	
	(-) Custo das mercadorias revendidas
	-R$ 320.000,00
	(-) Custo dos serviços vendidos
	-R$ 50.000,00
	
	
	LUCRO BRUTO
	R$ 522.375,00
	
	
	Despesas com vendas
	-R$ 39.920,00
	
	
	(-) Comissões sobre vendas
	-R$ 24.000,00
	(-) Propaganda e Promoção
	-R$ 5.420,00
	(-) Brindes
	-R$ 3.200,00
	(-) Estimativa de perdas com duplicatas de vendas a prazo
	-R$ 7.300,00
	
	
	Despesas administrativas
	-R$ 149.986,00
	
	
	(-) Remuneração a Dirigentes
	-R$ 42.000,00
	(-) Salários, Ordenados e Outras Remunerações a Empregados
	-R$ 56.000,00
	(-) Encargos sociais
	-R$ 29.141,00
	(-) Transporte de Empregados 
	-R$ 1.521,00
	(-) Despesas com alimentação dos sócios
	-R$ 1.176,00
	(-) Provisão para Férias
	-R$ 4.942,00
	(-) Serviços profissionais pagos à pessoas jurídicas
	-R$ 7.000,00
	(-) Aluguéis pagos em favor dos diretores
	-R$ 1.200,00
	(-) Conservação e Manutenção do Imobilizado
	-R$ 2.454,00
	(-) Multas de trânsito
	-R$ 187,00
	(-) Depreciação
	-R$ 4.105,00
	(-) Bens de pequeno valor deduzido como despesa
	-R$ 260,00
	
	
	Despesas/Receitas Financeiras
	R$ 1.150,00
	
	
	Receitas financeiras
	R$ 2.400,00
	(-) Despesas financeiras
	-R$ 1.250,00
	
	
	LUCRO OPERACIONAL
	R$ 333.619,00
	
	
	Outras Receitas (Receitas não operacionais)
	R$ 1.100,00
	(-) Outras Despesas (Despesas não operacionais)
	-R$ 760,00
	
	
	LUCRO LÍQUIDO ANTES DA CSLL E IRPJ
	R$ 333.959,00
	
	
	(-) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
	PARTE "A" REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
	
	
	DATA
	HISTÓRICO
	ADIÇÕES
	EXCLUSÕES
	
	
	
	
	31/03/2016
	 Despesas com alimentação dos sócios
	R$ 1.176,00
	
	31/03/2016
	 Multas de trânsito
	 R$ 187,00
	
	
	
	
	
	
	SOMA
	R$ 1.363,00
	
	
	
	
	
	DEMONSTRAÇÃO DO LUCRO REAL
	
	
	
	
	NATUREZA DOS AJUSTES
	
	
	1 - LUCRO (PREJUIZO) DO TRIMESTRE ANTES DO IRPJ
	
	R$ 333.959,00
	2 - MAIS: ADIÇÕES
	
	R$ 1.363,00
	3 - MENOS: EXCLUSÕES
	
	R$ 0,00
	4 - Lucro Real antes da Compensação de Prejuízos Fiscais 
	
	R$ 335.322,00
	5 - MENOS: COMPENSAÇÕES 
	
	R$ 0,00
	5.1 - Prejuízo Fiscal
	
	R$ 0,00
	6 - LUCRO REAL
	
	R$ 335.322,00
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	DEMONSTRATIVO DO CÁLCULO
	
	Alíquota 
	Base Cálculo
	 Imposto
	IRRJ
	15%
	R$ 335.322,00
	R$ 50.298,30
	ADICIONAL
	10%
	R$ 275.322,00
	R$ 27.532,20
	
	
	
	
	CSLL
	9%
	R$ 335.322,00
	R$ 30.178,98
	
AUDITORIA CONTÁBIL
 Entende-se por Auditoria Contábil o conjunto deatividades técnicas e procedimentos, exercidas de forma sistematizada numa entidade, consolida-se em avaliação e exame dos procedimentos e das operações praticadas, com vistas a apurar a exatidão dos registros contábeis e a realidade das operações, e sobre estes emitir uma opinião. 
 De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade,  especificamente, a NBC T11, aprovada pela Resolução CFC nº 820, de 17 de dezembro de 1.997, é que trata da auditoria independente das demonstrações contábeis. "Auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante aos Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente a legislação específica".
 Objetivo fundamental consiste em verificar se as demonstrações contábeis refletem adequadamente a situação patrimonial, financeira e econômica das empresas, contudo, para atingir tal objetivo há que se verificar no trabalho do auditor um efetivo e conciso planejamento que deve invariavelmente, considerar o escopo da auditoria a ser realizada, ou seja, sua abrangência, com estabelecimento de metas para tornar o trabalho o mais eficiente possível. 
 Pressupõe o adequado nível de conhecimento sobre a natureza das operações, dos negócios, da forma de organização da empresa e legislação aplicável, assim como a identificação prévia de problemas a serem analisados.
 O planejamento dos trabalhos de auditoria é extremamente importante e deve, invariavelmente, considerar o escopo da auditoria a ser realizada, ou seja, sua abrangência, com estabelecimento de metas para tornar o trabalho o mais eficiente possível. Pressupõe o adequado nível de conhecimento sobre a natureza das operações, dos negócios, da forma de organização da empresa e legislação aplicável, assim como a identificação prévia de problemas a serem analisados.
 Vale ressaltar que, dentro desse trabalho o estudo e a avaliação dos controles internos devem ser realizados com o maior rigor, pois a dimensão do trabalho está intrinsecamente ligada ao grau de confiabilidade desses controles.
 A metodologia contábil bem manipulada por componentes profissionais, mediante análises dos fatos econômico-financeiros, permite à administração conhecer o que: Aconteceu – Deveria ter acontecido – Acontecerá – Deveria Acontecer – Poderá Acontecer, portanto, o planejamento deve observar como se encontram os controles da empresa. Quanto melhor o controle, mais segurança para o trabalho. Quanto menor o controle, mais cuidado será exigido na execução das tarefas.
 O controle interno de uma empresa é definido como um plano de organização e o conjunto de métodos e medidas adotados pela empresa para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e o grau de confiança de seus dados contábeis, bem como promover a eficiência operacional. A grande relevância do controle interno é que precisa possuir qualidade, já que uma de suas funções é a de prevenção contra erros e fraudes. 
 Por controles internos entendemos todos os instrumentos da organização destinados à vigilância, fiscalização e verificação administrativa, que permitam prever, observar, dirigir ou governar os acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que produzam reflexos em seu patrimônio. (FRANCO, 2001, MARRA, 2001, p. 267). 
 A avaliação dos controles internos está normalizada na Resolução CFC nº 820/97, sendo importante destacar que apesar de ser responsabilidade da administração da empresa, compete ao auditor sugerir melhorias caso considere necessário, já que é a continuidade da entidade que está em jogo.
 Ainda segundo a Resolução CFC nº820/97, o auditor deve efetuar o estudo e avaliação do sistema contábil e de controles internos da entidade, com base para determinar a natureza, oportunidade e extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria, considerando: a) O tamanho e a complexidade das atividades da entidade. b) Os sistemas de informação contábil para efeitos tanto internos quanto externos. c) As áreas de risco de auditoria. d) A natureza da documentação, em face dos sistemas de informação adotados pela entidade. e) O grau de envolvimento da auditoria interna, se existente.
 Alguns pesquisadores sugerem que ao avaliarem controles internos, os auditores utilizem questionários que poderão servir de roteiro para a realização dessa tarefa. Os principais pontos a serem observados pela auditoria referem-se à avaliação do ambiente de controle existente e á avaliação dos procedimentos de controle adotadas, devendo o auditor levantar respostas para questões como: as relacionadas com a integridade e competência da administração; sua estrutura organizacional; existência de segregação de funções e política de pessoal; existência de transações anormais; a forma de execução das tarefas dentro da entidade, incluindo aí a elaboração das demonstrações contábeis, revisões e conciliações de contas, inspeções físicas, arquivo de documentos e a segurança do sistema de informação computadorizado adotado entre outras. Nos itens relacionados acima, observa-se que todas passam por questões extremamente importantes: qualidade do pessoal e planejamento e controle da execução de atividades.
 A par da questão de planejar e controlar, a empresa deve tomar cuidado com a segregação de função, às vezes, o funcionário é antigo de inteira confiança que faz desnecessário ou excesso de zelo tal medida. É de vital importância separar as funções de autorizar transação, executá-las, registrá-las e contabilizar seus resultados.
 Não segregar as funções pode oferecer oportunidades para fraudes e erros, a que nem sempre as pessoas conseguem resistir, principalmente aquelas que não possuem formação ética, e àquelas que executam suas atividades com o mínimo de atenção. As empresas preocupadas com implantação e manutenção de programas de educação continuada, cargos e salários dos seus funcionários, constante conscientização da importância das tarefas que eles desenvolvem dentro da instituição terão funcionários mais motivados, proativos, éticos e colaboradores do processo de gestão, assegurando, desta maneira, a eficiência e eficácia dos controles internos. 
DETECÇÃO DE FRAUDE E ERRO EM AUDITORIA
 A finalidade da auditoria, portanto, não é a detecção da fraude, mas sim o de emitir uma opinião quanto à veracidade das demonstrações contábeis; no entanto, na execução do trabalho poderão ser detectados erros ou fraudes, cabendo ao auditor o dever de comunicar á administração da empresa, bem como seus reflexos nas demonstrações contábeis, bem como propostas de ações corretivas. 
A NBC T11 define fraude e erro: 
Fraude: o ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de demonstrações contábeis; 
Erro: o ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis.
Ao verificar indícios de fraude ou erro, cabe ao auditor averiguar as diligências da situação, realizando todos os procedimentos cabíveis, a fim de obter as evidências necessárias sobre o assunto. 
	Sá (1998, p.51) afirma que o auditor localiza, relata a correção dos erros, mas não é sua responsabilidade a execução da correção. Os erros intencionais ou fraudes podem ser cometidos para: subtrair mercadorias, matérias-primas, produtos e resíduos; subtrair dinheiro, subtrair títulos, iludir o fisco, evitando o pagamento de impostos, dissimularem atos sujeitos a penalidades, encobrir falta de terceiros, alterar resultados para usufruir maiores percentagens em lucros, simular ocorrências, iludir a opinião de acionistas e autoridades monetárias, etc. 
	Como se observam vários são os objetivos para cometerem fraudes nas empresas, por isso se exige do auditor muita competência,astúcia e ceticismo, para que, ao deparar com possíveis sinais de fraudes, tenha a capacidade de desmascará-las. Diante disso, pode-se afirmar que alguns setores ou atividades dentro das empresas são particularmente passíveis de fraudes e erros merecem especial atenção do auditor no que se refere à verificação dos controles internos e a possíveis indícios de esquemas, a saber:
Setor financeiro: compreendem o caixa efetivamente, bancos, contas a pagar e a receber, merece a averiguação minuciosa quanto a repetitivos endossos de cheques, reclamações de clientes que afirmam estarem sendo cobrados indevidamente, pagamentos de fornecedores em duplicidade, saldos de contas contábeis antigos e sem movimentação, documentos suspeitos e que pareçam ser forjados ou ter sofrido adulterações, etc.;
Almoxarifado: especial atenção em relação a ajustes em demasia e diferenças em contagens de estoques, itens de inventário que pareçam não estar sendo movimentados há algum tempo, interesses particulares de funcionários nas contagens dos estoques, etc.;
Compras: relacionamento com fornecedores são extremamente difíceis de controlar, pois o esquema de fraude pode efetuar-se mediante repasse de recursos para contas bancárias do fraudador, ou até mesmo em dinheiro, como também pode ocorrer por meio de privilégios e presentes desconhecidos pela empresa, etc.; 
Vendas: podem ocorrer situações de descontos e prazos não usuais, concessão de créditos indevidos, etc.; 
	Os setores e atividades descritos acima normalmente são cenários de fraudes que beneficiam funcionários das empresas. No entanto também podem, e o auditor deve ficar bastante alerta para isso também, ocorrer situações de esquemas montados para o beneficiamento da empresa, nos quais normalmente o prejudicado é o fisco. 
Nesse caso, a auditoria precisa ser muito cuidadosa, possuir conhecimento profundo do negócio do cliente e da legislação, para se certificar de que os procedimentos contábeis utilizados estão em conformidade com os princípios fundamentais de contabilidade e a legislação pertinente. 
	Um ponto a ser considerado no sentido de se aprimorar o trabalho do auditor na detecção de fraudes pode ser o da utilização de outros conhecimentos.
Tal posicionamento gera opiniões divergentes, uma vez que a fraude não é o objeto precípuo da auditoria, mas por outro lado, no momento atual, na tentativa de manutenção e expansão de mercados, esse trabalho pode vir a agregar valor à auditoria, merecendo, dessa maneira, estudos mais aprofundados. 
	A detecção de fraudes não é tarefa simples de se realizar, até porque pessoas que esquematizam fraudes normalmente são pessoas muito inteligentes e que tentam preservar-se de quaisquer suspeita, utilizando-se, para tal fim, de vários meios, inclusive as facilidades que a tecnologia trás. Em contrapartida a detecção do erro, é mais simples, porque o erro vem sempre seguido de falhas, ficando evidente que houve o erro devido à ignorância por parte de quem efetuou ou desenvolveu.
O PARECER DE AUDITORIA 
O parecer dos auditores Independentes é o documento mediante o qual o auditor expressa sua opinião de forma clara e objetiva, sobre as demonstrações contábeis quanto ao adequado atendimento, ou não, a todos os aspectos relevantes. 
Elementos básicos do parecer dos auditores independentes: 
O parecer emitido pelo auditor independente compõe-se basicamente, de três parágrafos, como se segue:
a) Parágrafo referente à identificação das demonstrações contábeis e à definição das responsabilidades da administração e dos auditores;
b) Parágrafo referente à extensão dos trabalhos;
c) Parágrafo referente à opinião sobre as demonstrações contábeis. 
Parecer – Expressão da opinião do auditor.
O parecer deve expressar, claramente, a opinião do auditor sobre se as demonstrações contábeis da entidade representam, em todos os aspectos relevantes:
a) Sua posição patrimonial e financeira;
b) O resultado de suas operações para o período a que correspondem;
c) As mutações de seu patrimônio líquido para o período a que correspondem;
d) As origens e aplicações de recursos para o período a que correspondem.
O auditor deve ter como base e fazer referência aos Princípios Fundamentais de Contabilidade como definidos e aceitos em nosso país.  
TIPOS DE PARECER 
O parecer sem ressalva é emitido quando o auditor está convencido sobre todos os aspectos relevantes dos assuntos tratados no âmbito de auditoria, O parecer do auditor independente deve expressar essa convicção de forma clara e objetiva. 
O parecer com ressalva é emitido quando o auditor conclui que o efeito de qualquer discordância ou restrição na extensão de um trabalho não é de tal magnitude que requeira parecer adverso ou abstenção de opinião. 
O auditor dever emitir parecer adverso quando verificar que as demonstrações contábeis estão incorretas ou incompletas, em tal magnitude que impossibilite a emissão do parecer com ressalva. 
O parecer com abstenção de opinião é emitido quando houver limitação significativa na extensão de seus exames que impossibilitem o auditor expressar opinião sobre as demonstrações contábeis por não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá-la.
2.4 PERICIA CONTABIL
A perícia contábil é uma área de atuação da contabilidade e tem por competência exclusiva a atuação do contador em situação regular perante o Conselho Regional de Contabilidade de sua jurisdição. 
Competência profissional pressupõe ao perito demonstrar capacidade para pesquisar, examinar, analisar, sintetizar e fundamentar a prova no laudo pericial e no parecer pericial contábil.
O contador, na função de perito, deve manter adequado nível de competência profissional, atualizado sobre as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), além das técnicas contábeis, especialmente as aplicáveis à perícia. 
A perícia judicial é exercida sob a tutela do Poder Judiciário. A perícia extrajudicial é exercida no âmbito arbitral, estatal ou voluntária. A perícia arbitral é exercida sob o controle da lei de arbitragem. Perícias oficiais e estatais são executadas sob o controle de órgãos de Estado. Perícia voluntária é contratada, espontaneamente, pelo interessado ou de comum acordo entre as partes. 
Os procedimentos de perícia contábil visam fundamentar as conclusões que serão levadas ao laudo pericial contábil ou parecer contábil, e abrangem, total ou parcialmente, segundo a natureza e a complexidade da matéria, exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, avaliação e certificação.
A perícia desenvolve-se como um campo de atuação bastante importante para os contadores, na medida em que há uma grande responsabilidade no trabalho, pois suas conclusões podem levar ao deslinde da questão, constituindo-se prova no processo judicial. Durante o processo da perícia, três profissionais podem atuar concomitantemente, pois o autor e o réu podem indicar assistentes técnicos para acompanharem o perito indicado pelo juiz. O perito do juiz faz o laudo e submete aos assistentes. Caso um deles discorde, faz um laudo em separado.
NBC T 13 – DA PERÍCIA CONTÁBIL
13.1 – CONCEITUAÇÕES E OBJETIVOS
13.1.1 – A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e científicos destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar à justa solução do litígio, mediante laudo pericial contábil, e ou parecer pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for pertinente.
13.1.1.1 – O laudo pericial contábil e ou parecer pericial contábil têm por limite os próprios objetivos da perícia deferida ou contratada.
13.1.2 – A perícia contábil, tanto a judicial, como a extrajudicial e a arbitral, é de competência exclusiva de Contador registrado em Conselho Regional de Contabilidade.
13.1.3 – Nos casos em que a legislação admite a perícia interprofissional, aplica-se o item anterior exclusivamente às questões contábeis, segundo as definições contidas na Resolução CFC n.º 560/83.
13.1.4 – A presenteNorma aplica-se ao perito-contador nomeado em Juízo, ao contratado pelas partes para a perícia extrajudicial ou ao escolhido na arbitragem; e, ainda, ao perito-contador assistente indicado ou contratado pelas partes.
13.2 – PLANEJAMENTOS (Revogado, a partir de 22.04.2005, pela Resolução CFC 1.021/2005)
Assim dispunha o conteúdo revogado:
13.2.1 Disposições Gerais
13.2.1.1 – O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento específico do objeto da perícia contábil deferida ou contratada.
13.2.1.2 – A perícia deve ser planejada cuidadosamente, com vista ao cumprimento do prazo, inclusive o da legislação relativa ao laudo ou parecer.
13.2.1.2.1 – Na impossibilidade do cumprimento do prazo, deve o Contador, antes de vencido aquele, requerer prazo suplementar, sempre por escrito.
13.2.1.3 – O planejamento deve considerar, ainda, os seguintes fatores relevantes na execução dos trabalhos:
a) o conhecimento detalhado dos fatos concernentes à demanda;
b) as diligências a serem realizadas;
c) os livros e documentos a serem compulsados;
d) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de perícia a serem aplicados;
e) a equipe técnica necessária para a execução do trabalho;
f) os serviços especializados, necessários para a execução do trabalho;
g) os quesitos, quando formulados; e
h) o tempo necessário para elaboração do trabalho.
13.2.1.4 – O planejamento deve ser revisado e atualizado sempre que novos fatores o exigirem ou recomendarem.
13.2.1.5 – Quando do planejamento dos trabalhos deve ser realizada a estimativa dos honorários de forma fundamentada, considerando os custos e a justa remuneração do contador.
13.2.2 – Na Perícia Judicial
13.2.2.1 – Nos casos em que não houver publicação oficial da concessão do prazo suplementar, deve o perito-contador comunicá-la aos peritos-contadores assistentes.
13.2.3 – Na Perícia Extrajudicial e na Perícia Arbitral
13.2.3.1 – O contrato de honorários deve ser elaborado com base no planejamento realizado.
13.3 – A EXECUÇÃO
13.3.1 – O perito-contador assistente pode, tão logo tenha conhecimento da perícia, manter contato com o perito-contador, pondo-se à disposição para o planejamento e a execução conjunta da perícia. Uma vez aceita a participação, o perito-contador deve permitir o seu acesso aos trabalhos.
13.3.2 – O perito-contador e o perito-contador assistente, enquanto estiverem de posse do processo ou de documentos, devem zelar pela sua guarda e segurança.
13.3.3 – Para a execução da perícia contábil, o perito-contador e o perito-contador assistente devem ater-se ao objeto do trabalho a ser realizado.
13.3.4 – Nas diligências, o perito-contador e o perito-contador assistente devem relacionar os livros, os documentos e os dados de que necessitem, solicitando-os, por escrito, em termo de diligência.
13.3.5 – A eventual recusa no atendimento de diligências solicitadas, ou qualquer dificuldade na execução do trabalho pericial devem ser comunicadas, com a devida comprovação ou justificativa, ao Juízo, em se tratando de perícia judicial ou à parte contratante, no caso de perícia extrajudicial ou arbitral.
13.3.6 – O perito-contador e o perito-contador assistente utilizar-se-ão dos meios que lhes são facultados pela legislação e das normas concernentes ao exercício de sua função, com vista a instruírem o laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil com as peças que julgarem necessárias.
13.3.7 – O perito-contador e o perito-contador assistente manterão registros dos locais e datas das diligências, nomes das pessoas que os atenderem, livros e documentos examinados ou arrecadados, dados e particularidades de interesse da perícia, rubricando a documentação examinada, quando julgarem necessário.
13.3.8 – A execução da perícia quando incluir a utilização de equipe técnica, deve ser realizada sob a orientação e supervisão do perito-contador e ou do perito contador assistente que assumiram a responsabilidade pelos trabalhos, devendo assegurar-se que as pessoas contratadas estejam profissionalmente capacitadas à execução.
13.3.9 – O perito-contador e o perito-contador assistente devem documentar, mediante papéis de trabalho, os elementos relevantes que serviram de suporte à conclusão formalizada no laudo pericial contábil e no parecer pericial contábil.
13.3.10 – O perito-contador assistente que assessorar o contratante na elaboração das estratégias a serem adotadas na proposição de solução por acordo ou demanda cumprirá, no que couberem, os requisitos desta Norma.
13.4 – PROCEDIMENTOS
13.4.1 – Os procedimentos de perícia contábil visam fundamentar as conclusões que serão levadas ao laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil, e abrangem, total ou parcialmente, segundo a natureza e a complexidade da matéria, exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e certificação.
13.4.1.1 – O exame é a análise de livros, registros das transações e documentos.
13.4.1.2 – A vistoria é a diligência que objetiva a verificação e a constatação de situação, coisa ou fato, de forma circunstancial.
13.4.1.3 – A indagação é a busca de informações mediante entrevista com conhecedores do objeto da perícia.
13.4.1.4 – A investigação é a pesquisa que busca trazer ao laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil o que está oculto por quaisquer circunstâncias.
13.4.1.5 – O arbitramento é a determinação de valores ou a solução de controvérsia por critério técnico.
13.4.1.6 – A mensuração é o ato de quantificação física de coisas, bens, direitos e obrigações.
13.4.1.7 – A avaliação é o ato de estabelecer o valor de coisas, bens, direitos, obrigações, despesas e receitas.
13.4.1.8 – A certificação é o ato de atestar a informação trazida ao laudo pericial contábil pelo perito-contador conferindo-lhe caráter de autenticidade pela fé pública atribuída a este profissional.
13.4.2 – Concluídas as diligências, o perito-contador apresentará laudo pericial contábil, e os perito-contador assistente, seus pareceres periciais contábeis, obedecendo aos respectivos prazos.
13.4.2.1 – Ocorrendo diligências em conjunto com o perito-contador assistente, o perito-contador o informará por escrito quando do término do laudo pericial contábil, comunicando-lhe a data da entrega do documento.
13.4.2.2 – O perito-contador assistente não pode firmar em laudo ou emitir parecer sobre este, quando o documento tiver sido elaborado por leigo ou profissional de outra área, devendo, nesse caso, apresentar um parecer contábil da perícia.
13.4.2.3 – O perito-contador assistente, ao apor a assinatura, em conjunto com o perito-contador, em laudo pericial contábil, não deve emitir parecer pericial contábil contrário a esse laudo.
13.5 – LAUDOS PERICIAIS CONTÁBEIS (revogado a partir de 22.09.2005 pela Resolução CFC 1041/2005)
Assim dispunha o conteúdo revogado:
13.5.1 – O laudo pericial contábil é a peça escrita na qual o perito-contador expressa, de forma circunstanciada, clara e objetiva, as sínteses do objeto da perícia, os estudos e as observações que realizou, as diligências realizadas, os critérios adotados e os resultados fundamentados, e as suas conclusões.
13.5.1.1 – Havendo quesitos, estes são transcritos e respondidos, primeiro os oficiais e na seqüência os das partes, na ordem em que forem juntados aos autos.
13.5.1.2 – As respostas aos quesitos serão circunstanciadas, não sendo aceitas aquelas como "sim" ou "não", ressalvando-se os que contemplam especificamente este tipo de resposta.
13.5.1.3 – Não havendo quesitos, a perícia será orientada pelo objeto da matéria, se assim decidir quem a determinou.
13.5.1.4 – Sendo necessária a juntada de documentos, quadros demonstrativos e outros anexos, estes devem ser identificados e numerados, bem como mencionada a sua existência no corpo do laudo pericial contábil.
13.5.2 – A preparação e a redação do laudo pericial contábil são de exclusiva responsabilidade do perito-contador.
13.5.3 – O laudo pericial contábil será datado, rubricado e assinado pelo perito contador,que nele fará constar a sua categoria profissional de Contador e o seu número de registro em Conselho Regional de Contabilidade.
13.5.4 – O laudo pericial contábil deve sempre ser encaminhado por petição protocolada, quando judicial ou arbitral. Quando extrajudicial, por qualquer meio que comprove sua entrega.
13.6 – PARECER PERICIAL CONTÁBIL (revogado a partir de 01.01.2004 pela Resolução CFC 985/2003)
Assim dispunha o conteúdo revogado:
13.6.1 – O parecer pericial contábil é a peça escrita na qual o perito-contador assistente expressa, de forma circunstanciada, clara e objetiva, os estudos, as observações e as diligências que realizou e as conclusões fundamentadas dos trabalhos.
13.6.1.1 – O parecer pericial contábil, na esfera judicial, serve para subsidiar o Juízo e as partes, bem como para analisar de forma técnica e científica o laudo pericial contábil.
13.6.1.2 – O parecer pericial contábil, na esfera extrajudicial, serve para subsidiar as partes nas suas tomadas de decisão.
13.6.1.3 – O parecer pericial contábil na esfera arbitral, serve para subsidiar o árbitro e as partes nas suas tomadas de decisão.
13.6.2 – A preparação e a redação do parecer pericial contábil são de exclusiva responsabilidade do perito-contador assistente.
13.6.3 – Havendo concordância com o laudo pericial contábil, ela deve ser expressa no parecer pericial contábil.
13.6.4 – Havendo divergências do laudo pericial contábil, o perito-contador assistente transcreverá o quesito objeto de discordância, a resposta do laudo, seus comentários e, finalmente sua resposta devidamente fundamentada.
13.5.5 – havendo quesitos não respondidos pelo perito-contador, o perito-contador assistente a eles responderá de forma circunstanciada, não sendo aceitas respostas como "sim" ou "não", ressalvando-se os que contemplam especificamente este tipo de resposta.
13.6.6 – Havendo quesitos, o parecer será orientado pelo conteúdo do laudo pericial contábil.
13.6.7 – Sendo necessária a juntada de documentos, quadros demonstrativos e outros anexos, estes devem ser identificados e numerados, bem como mencionada sua existência no corpo do parecer pericial contábil.
13.6.8 – O parecer pericial contábil será datado, rubricado e assinado pelo perito-contador assistente, que nele fará constar a sua categoria profissional de Contador e o seu número de registro em Conselho Regional de Contabilidade.
13.6.9 – O parecer pericial contábil dever sempre ser encaminhado por petição protocolada, quando judicial e arbitral, e por qualquer meio que comprove sua entrega, quando extrajudicial.
2.5 DIREITO TRIBUTÁRIO
O direito tributário é o segmento do direito financeiro que define como serão cobrados dos cidadãos os tributos e outras obrigações a ele relacionadas[1] , para gerar receita para o Estado. 
Hugo de Brito Machado define direito tributário como: (...) o ramo do Direito que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas às imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse poder. 
Para atingir sua finalidade de promover o bem comum, o Estado exerce funções para cujo custeio é preciso de recursos financeiros ou receitas. As receitas do Estado provêm de atividades econômico-privadas dos entes públicos, de monopólios, de empréstimos, e principalmente da imposição tributária (fiscal, parafiscal e extrafiscal).
O direito de tributar do Estado decorre do seu poder de império pelo qual pode fazer "derivar" para seus cofres uma parcela do patrimônio das pessoas sujeitas à sua jurisdição e que são chamadas "receitas derivadas" ou tributos, divididos em impostos, taxas e contribuições.
Tanto o Estado, ao "exigir", como a pessoa sob sua jurisdição, ao "contribuir", deve obedecer a determinadas normas, cujo conjunto constitui o direito tributário. "É preferível o apelativo Direito Tributário porque indica com mais precisão a disciplina (Direito) e seu conteúdo (tributos) - nomina sunt consequentia rerum (Dante Alighieri, Vita nuova)".
O direito tributário cria e disciplina assim relações jurídicas entre o Estado na sua qualidade de fisco e as pessoas que juridicamente estão a ele sujeitas e se denominam contribuintes ou responsáveis. Se para obter esses meios o fisco efetuasse arrecadações arbitrárias junto às pessoas, escolhidas ao acaso, não se poderia falar de um direito tributário.
A característica de uma imposição sob os princípios do Estado de Direito está exatamente na disciplina da relação tributária por meio da norma jurídica. A leioutorga ao Estado a pretensão ou direito de exigir de quem está submetido à norma, uma prestação pecuniária que chamamos de tributo, que é resultante do poder de tributar. O direito tributário é assim um direito de levantamento pecuniário entre os jurisdicionados, porém disciplinado sobre a base dos princípios doEstado de Direito.
STN – SISTEMA TRIBUTARIO NACIONAL
Segundo Musgrave (1976), o conceito de Sistema Tributário é entendido como sendo o complexo de regras jurídicas formado pelos tributos instituídos em um país ou região autônoma e os princípios e normas que os regem. Desta forma, podemos concluir que o Sistema Tributário instituído no Brasil é composto dos tributos, dos princípios e normas que regulam tais tributos. 
No Brasil o principio adotado é o da estruturalidade orgânica do tributo, o qual determina a espécie tributária pelo seu fato gerador, com base na doutrina majoritária, pode-se afirmar que são cinco as espécies tributárias que compõem o sistema tributário brasileiro: impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições especiais e empréstimos compulsórios.
NATUREZA DOS TRIBUTOS
Os tributos podem também ser classificados segundo a sua função, sendo distinguido por sua função fiscal, extrafiscal ou parafiscal.
No primeiro caso, o que existe é uma predominância de determinada finalidade, possuindo o tributo tranquilamente mais de uma função. Por exemplo, a função predominante das contribuições especiais corporativas (art. 149, CF) é a parafiscalidade, mas é relevante negar que não há função fiscal relevante, já que serve para dar recursos aos conselhos de fiscalização profissional (CREA, OAB, CRM, entre outros). 
O caráter fiscal dos tributos é arrecadatório, ou seja, é quando o Estado-Fisco não tem outro pensamento senão arrecadar, desvinculando-se de qualquer outra atenção. Procura tão somente adquirir poder aquisitivo para custear suas atividades e a própria vivencia.
Considerando a natureza extrafiscal, é uma finalidade da tributação moderna firme em se aplicar o tributo como mecanismo de interposição na economia, para incentivar ou desestimular atividades, e para estimular regiões (incentivos fiscais, isenção, remissão, anistia, entre outros). Segundo Machado (2009, p.96), “o tributo é extrafiscal quando seu objetivo principal é a interferência no domínio econômico, para buscar um efeito diverso da simples arrecadação de recursos financeiros”. Então, o uso extrafiscal dos tributos tem como objetivo disciplinar, favorecer ou desestimular os contribuintes a realizar determinadas ações, por considerá-las convenientes ou nocivas ao interesse público.
Os tributos parafiscais se designam a manter atividades que, a priori, não seriam do Estado, mas que o mesmo desenvolve por meio de entidades específicas. Machado (2009, p. 96) ressalta que é “parafiscal, quando o sua meta é a arrecadação de meios para o custeio de atividades que, em princípio, não compõem funções próprias do Estado, mas estes criam através de entidades específicas”. O dinheiro recolhido vai para entidades outras que não o Estado, daí o nome “para”, ou seja, à margem, como INSS, OAB, CREA, entre outros.
Os tributos que integram o STN, segundo a CF/88 rezam que além de assegurar o custeio das despesas do Estado Social, a arrecadação e administração das finanças públicas servem de instrumento da economia, e de ajuste de desenvolvimento econômico e social que existem entre os entes da federação.
ISENÇÃO E IMUNIDADE TRIBUTÁRIAExistem distintos institutos tributários, contudo, não se há de confundir imunidade com isenção. Apesar de ambas produzam o mesmo efeito, ou seja, resultarem no não pagamento do tributo, a isenção é instituída pela Lei, a imunidade pela Constituição. A isenção e a imunidade são benefícios fiscais, pois são concedidos por lei pelo legislador, excluindo fatos que normalmente seriam tributados pela legislação.
A não-incidência não está prevista na legislação: está fora do campo de incidência tributária descrito pela norma. A norma excludente de tributação deve ser interpretada literalmente. Ao intérprete não cabe acrescentar palavras ou expressões ao mandamento legal.
Imunidade
Imunidade é uma limitação constitucional que restringe a competência tributária da pessoa política a quem caberia tributar o fato. É uma não-incidência qualificada por disposição expressa na Constituição. Representa, ainda, uma barreira constitucional que impede a tributação pelo legislador ordinário. Só a Constituição pode instituir imunidade.
Segundo Borba (2005, p. 95), “na imunidade constitucional, a incidência nem deve ser cogitada pelo legislador, portanto, nem sequer ser expressa em lei. Qualquer pretensão em fazer incidir tributo sobre pessoas ou bens neste campo é nula de pleno direito”.
A imunidade tributária é sem restrições ou meios termos, não comportando fracionamentos. A própria CF impede o nascimento da obrigação tributária.
Carvalho (1991, pp. 117 e 118) define imunidade como sendo: “a classe finita e imediatamente determinável de normas jurídicas, contidas no texto da Constituição Federal, e que estabelecem, de modo expresso, a incompetência das pessoas políticas de direito constitucional interno para expedir regras instituidoras de tributos que alcancem situações específicas e suficientemente caracterizadas”.
No que diz respeito à imunidade, a CF desautoriza a pessoa política a tributar determinados fatos ou pessoas, de modo que a lei que instituir tributo sobre fato ou pessoa que recebeu imunidade é inconstitucional.
Espécies de imunidades
a) Imunidades recíprocas (artigo 150, VI, “a”, da CF): Os entes tributantes não poderão cobrar impostos uns dos outros. Visa a assegurar o equilíbrio federativo do País.
Exemplo: O Estado não pode cobrar IPVA de um veículo de propriedade da Prefeitura de Porto Alegre.
b) Imunidades condicionais: São condicionadas aos requisitos da lei.
Exemplo: Aqueles que aplicarem seus recursos integralmente no País, que não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio, etc.
c) Imunidade para templos (artigo 150 VI, “b”, da CF): Visa a preservar a liberdade religiosa no País. Essa imunidade estende-se a templos, terrenos, veículos, rendas e serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades religiosas;
d) Imunidade condicional para os partidos políticos, os sindicatos de trabalhadores, as instituições de educação e de assistência social (artigo 150, VI, “c”, da CF): Essa imunidade estende-se a patrimônio, renda e serviços relacionados com as finalidades das entidades.
d) Imunidade sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão (artigo 150, VI, “d”, da CF): Visa à difusão de cultura, à livre manifestação do pensamento e ao acesso à informação.
A presente imunidade alcança os filmes e os papéis fotográficos necessários à publicação de jornais, manuais técnicos na forma de apostila, para implemento da educação e da cultura.
Exemplos de imunidades em relação ao ICMS:
- Saídas de mercadorias e serviços para o exterior, inclusive de produtos primários;
- As operações interestaduais com petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados e energia elétrica, quando destinados à industrialização ou à comercialização;
- Nas prestações de serviços de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.
Não-incidência
Não-incidência é a ausência de tipicidade entre o fato praticado pelo sujeito passivo e o tipo tributário. Podemos dizer que a não-incidência deriva da falta de fato gerador ou da impossibilidade jurídica de tributar-se certos fatos em face de a regra-matriz constitucional de tributos a eles não se ajustar. A lei não alcança o fato ou não o reconhece como estando dentro da hipótese de incidência tributária.
Ocorre quando a situação tributária fica fora do campo de tributação, quando inexiste a ocorrência do fato gerador, ou seja, o fato ou ato praticado não se enquadra na lei tributária.
Na não-incidência, a lei não pretende tributar determinados fatos, por isso omite-se, deixando-os fora da tributação.
Em relação ao ICMS, as situações de não-incidência estão previstas no artigo 155, X, alíneas “a” a “d”, da CF; no artigo 3° da LC n° 87/96 e no artigo 11 do RICMS.
Exemplos:
- Venda de bens do ativo imobilizado;
- Comodato de bens (empréstimo de máquinas e de aparelhos);
- Transporte internacional. (Não existe previsão de tributação pelo ICMS.);
- A transferência de bens móveis salvados para as companhias seguradoras. (A operação de venda dos salvados pela seguradora é tributada.).
Isenção
Isenção é uma desoneração tributária decorrente do exercício da competência tributária do ente político por meio de lei específica. Dispensa legal do pagamento do tributo. Nasce a obrigação tributária, mas surge uma lei excluindo o crédito tributário. O fato gerador ocorre; porém a lei isenta o contribuinte do seu pagamento.
É concedida de forma geral ou específica, mediante lei, afastando a tributação que seria exigida do sujeito passivo. A norma é criada visando fatos futuros. O efeito principal da isenção é impedir o nascimento da obrigação tributária.
De acordo com o artigo 150, § 6°, da CF, a concessão de isenção tem que obedecer aos seguintes critérios:
- Deve ser concedida por lei específica da pessoa jurídica competente para instituir o tributo ou a contribuição;
- A lei só pode tratar de isenção ou outra matéria relativa ao mesmo tributo ou à mesma contribuição;
- O artigo 155, § 2°, XII, “g”, da CF, referindo-se à LC n° 24/75, admite como única exceção as isenções do ICMS que serão concedidas por convênios.
Tipos de isenção
a)   Por tempo determinado: A lei fixa o prazo de sua vigência.
b)   Por tempo indeterminado: Não há fixação de prazo para sua vigência.
Ainda pode ser:
a)   Condicional: quando é vinculada ao atendimento de determinados requisitos ou condições para sua fruição.
b)   Incondicional: São fruíveis independentemente do atendimento de qualquer condição.
A concessão da isenção pode ser:
a)  Em caráter individual: quando a lei que a concede traz requisitos que deverão ser cumpridos pelo sujeito passivo. Exemplo: A isenção em relação ao IPVA deve ser pedida (depende da lei e de despacho da autoridade).
b)  Em caráter geral: Sua concessão só depende da lei, já que a mesma não traz requisitos a serem cumpridos pelo sujeito passivo. Exemplo: venda de verduras e frutas (em relação ao ICMS).
c)  Isenções Heterônomas: quando concedidas por lei complementar e por pessoa diversa daquela que tem a competência para constituir o tributo. Essas isenções foram convertidas em não-incidência (CF, artigo 155, § 2º, X, “a”). Exemplo: saídas de produtos primários para o exterior, serviços e comunicações.
Revogação ou extinção de isenções
A extinção de isenção por tempo certo e sob condições gera direito adquirido, sendo, portanto, irrevogável (Súmula 544-STF).
As isenções não condicionadas ou sem prazo definido podem ser revogadas a qualquer tempo por lei. Uma vez revogada a isenção, o tributo volta a ser imediatamente exigível, sendo impertinente a invocação do princípio da anterioridade (RE 204.062, rel. Min. Carlos Velloso, 27-09-96).
O STF entende que, revogada a isenção, o ICMS torna-se imediatamente exigível (Súmula 615). Não há que se observar o princípio da anterioridade, dado que o tributo já existe, ou seja, não foi instituído ou majorado pela lei que revogou a isenção; portanto a lei revogadora de isenção do ICMSé aplicável no próprio exercício de sua edição.
Conforme dispõe o artigo 178 do CTN, a isenção não gera direitos adquiridos e pode ser revogada de ofício ou modificada por outra lei, a qualquer tempo, sempre observando o disposto no inciso III do artigo 104 do CTN:
“Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:
[...]
“III – que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178.”
Exemplos de isenções do ICMS: verduras, frutas, mercadorias remetidas para exposições e feiras, rações, adubos, sementes certificadas, etc.
2.5 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
No tocante a tributos, muito se fala na alta carga tributária Brasileira, alguns especialista, inclusive já apontaram esta como sendo conseqüência de falência de muitas empresas, contudo, para manter sua sobrevivência em meio a este cenário deve se ter em mente o Planejamento Tributário.
Existem no Brasil quase 100 diferentes taxas, impostos e contribuições e estes refletem direta ou indiretamente na população que atua no papel de contribuinte; Isto é por sua vez evidenciado nas transações financeiras em que os produtos comercializados agregam em seus valores finais impostos embutidos.
Na condição de contribuintes existem duas formas de minimizar os encargos tributários. A maneira legal chama-se elisão fiscal (mais conhecida como planejamento tributário) e a forma ilegal denomina-se sonegação fiscal. 
O planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que visam diminuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos. Se a forma celebrada é jurídica e lícita, a fazenda pública deve respeitá-la.
 DIFERENÇAS ENTRE SONEGAÇÃO FISCAL E ELISÃO FISCAL (PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO)
A fraude ou sonegação fiscal consiste em utilizar procedimentos que violem diretamente a lei fiscal ou o regulamento fiscal. É uma fraude dificilmente perdoável porque ela é flagrante e também porque o contribuinte se opõe conscientemente à lei. Os juristas a consideram como repreensível.
Já no planejamento tributário, sem ter relação com a fraude propriamente dita, se admite que os contribuintes têm o direito de recorrer aos seus procedimentos preferidos, autorizados ou não proibidos pela lei, mesmo quando este comportamento prejudica o Tesouro. 
FINALIDADES DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
A finalidade do planejamento tributário é econômica, ou seja, reduzir no âmbito legal a quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo. Os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas, senão a maior. Com a globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário. 
Da somatória dos custos e despesas, mais da metade do valor é representada pelos tributos. Assim, imprescindível a adoção de um sistema de economia legal.
Três são as finalidades do planejamento tributário:
1) Evitar a incidência do fato gerador do tributo.
Exemplo: Substituir a maior parte do valor do pró-labore dos sócios de uma empresa, por distribuição de lucros, pois a partir de janeiro/1996 eles não sofrem incidência do IR nem na fonte nem na declaração. Dessa forma, evita-se a incidência do INSS (20%) e do IR na Fonte (27,5%) sobre o valor retirado como lucros em substituição do pró-labore.
2) Reduzir o montante do tributo, sua alíquota ou reduzir a base de cálculo do tributo.
Exemplo: ao preencher sua Declaração de Renda, você pode optar por deduzir até 20% da renda tributável como desconto padrão (com limite anual fixado) ou efetuar as deduções de dependentes, despesas médicas, plano de previdência privada, etc. Você certamente escolherá o maior valor, que lhe permitirá uma maior dedução da base de cálculo, para gerar um menor Imposto de Renda a pagar (ou um maior valor a restituir). 
3) Retardar o pagamento do tributo, postergando (adiando) o seu pagamento, sem a ocorrência da multa.
Exemplo: transferir o faturamento da empresa do dia 30 (ou 31) para o 1º dia do mês subseqüente. Com isto, se ganha 30 dias adicionais para pagamento do PIS, COFINS, SIMPLES, ICMS, ISS, IRPJ e CSLL (Lucro Real por estimativa), se for final de trimestre até 90 dias do IRPJ e CSLL (Lucro Presumido ou Lucro Real trimestral) e 10 a 30 dias se a empresa pagar IPI. 
CONCLUSÃO
Neste trabalho foram apresentados estudos e conceitos de pesquisas realizadas sobre as áreas de atuação da contabilidade, e a importância dela perante esses órgãos, mostrando a forma de tributação pelo Lucro Real, e suas respectivas alíquotas. Enfatizando sempre a importância da Auditoria e da Perícia Contábil, dentro da empresa, ou dos órgãos públicos, para que assim sejam tomadas as devidas decisões. Mostrando os principais procedimentos periciais, como também a importância da contabilidade. Pois a atuação da contabilidade nas empresas sejam elas de pequeno ou grande porte, como também nas entidades sem fins lucrativos de um modo em geral é de suma importância, pois a cada dia que se passa o contador vai se aperfeiçoando e assim conquistando mais espaço nesse mercado tão competitivo, seja na área pública ou privada 
	
REFERÊNCIAS
Cláudio José Sá Leitão - Sócio da Sá Leitão Auditores e Consultores
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Márcia Regina Pereira Xavier
Acadêmica do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Câmpus de Três Lagoas
e-mail: marcixavier@yahoo.com.br
Mauriza Batista Pinto de Oliveira
Acadêmica do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Câmpus de Três Lagoas
e-mail: maurizab@hotmail.com
Esliane Carecho Borges da Silva
Professora e Orientadora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Câmpus de Três Lagoas e das Faculdades Integradas de Mato Grosso do Sul (AEMS).
e-mail: eslianecarecho@gmail.com
Júlio César Zanluca – Manual de Pericias Contabeis
Hugo de Brito Machado
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PEREIRA, José Matias. “Tributação e Cidadania”. Correio Brasiliense 01/03/2004.
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Hugo de Brito Machado Segundo – Disponível em: Acessado em 10/05/206
Segundo Borba (2005, p. 95)
APÊNDICES
APÊNDICE A – Instrumento de pesquisa utilizado na coleta de dados
ANEXOS
ANEXO A – Título do anexo

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