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PROEX – CONTABILIDADE GRADUAÇÃO EM CONTABILIDADE DISCIPLINA: TEORIA ECONÔMICA PROF: Jean Carlos Gomes Limeira Esperança -PB FEVEREIRO /2015 I – EMENTA A economia como ciência. As interfaces entre Economia e Administração. Fatores que constituem o sistema econômico. Sistemas de economia de mercado. Introdução à microeconomia (demanda, oferta e equilíbrio de mercado). Elasticidade e custos. Estrutura de mercado. Conceitos básicos de desenvolvimento e crescimento econômico. Desenvolvimento e ciclos econômicos. Teorias recentes do desenvolvimento. Indicadores de desenvolvimento socioeconômicos. II - OBJETIVOS Proporcionar conhecimentos sobre o funcionamento do sistema econômico. Conhecer os conceitos fundamentais da teoria econômica. Interpretar as aplicabilidades da microeconomia, bem como analisar a procura e a oferta.Proporcionar aos alunos uma visão macro da teoria econômica, bem como dos problemas e dilemas socioeconômicos. IV – ESTRATÉGIA DE TRABALHO Aulas expositivas; Exercícios de fixação individuais e em grupo; Análise de estudo de caso; Exibição de vídeos; V – AVALIAÇÃO Trabalhos e exercícios desenvolvidos em classe; Assiduidade e participação. Seminários temáticos. 1 INTRODUÇÃO O Estudo da Economia pode ser dividido em duas partes: microeconomia e macroeconomia Dallagnol (2008). A primeira cuida do comportamento dos consumidores e das empresas em seus mercados, as razões que levam os consumidores a comprar mais, ou menos, de um determinado produto e a pagar mais, ou menos, por este bem. Estuda ainda os motivos que levam empresas a produzir certa quantidade de um produto e de que forma seus preços são estabelecidos. Leva-se em conta os mercados nos quais as empresas e consumidores atuam. Dallagnol (2008) destaca que a macroeconomia preocupa-se com o conjunto de decisões de todos os agentes econômicos, que ira se refletir em maior ou menor produção e nível de emprego. Inflação, taxa de juros, taxa de câmbio, nível de emprego global, crescimento econômico são objetos estudados na análise macroeconômica, além de cuidar das análises sobre as decisões tomadas pelo formulador de política econômica do país. O fenômeno recente da globalização da economia levou os governos a buscarem apoio de outras economias, formando blocos econômicos, para conseguirem melhor sustentação frente à forca das novas tecnologias e da pressão das multinacionais, do aumento da produtividade, do desemprego estrutural que ameaça a estabilidade social mesmo dos países mais desenvolvidos. Isto reforça a necessidade de aprofundar os conhecimentos na área das ciências econômicas. 1.1 A ECONOMIA COMO CIÊNCIA O objetivo principal do estudo da economia é compreender o ambiente econômico no qual as empresas estão competindo, enquanto fator de ameaças e oportunidades para as organizações. Entender os conceitos econômicos pode ajudar na sobrevivência das empresas e dos cidadãos. O estudo sistemático da Economia é relativamente recente, embora a atividade econômica e os problemas dela decorrentes tenham sempre despertado a atenção dos povos. Em todas as épocas da História as nações procuram resolver eficientemente seus problemas de natureza econômica. Mas, só a partir do século XVII, é que a Economia apontou como ciência. (DALLAGNOL (2008). 1.2 Natureza Histórica Possamai (2001) destaque que a expressão economia política apareceu somente no século XVII com a publicação, no ano de 1615, do Traité de I’Économie Politique, do mercantilista francês Antoine de Montchrétien (1575-1621), há autores que a atribuem a Aristóteles (384-322, a.c.). Aristóteles é considerado o primeiro analista econômico embora tratasse do termo com bem menos complexidade que a realidade da ciência de hoje que se ocupa do desenvolvimento, da inflação de preços do desemprego, do nível da renda social, das recessões e da plena utilização dois escassos recursos do sistema econômico. Em sua época Economia era considerada como a ciência da administração da comunidade doméstica. O núcleo central das Ciências Econômicas, seu campo de ação e sua definição derivaria da própria etimologia da palavra economia (do grego oikonomia, de oikos =casa, nomos = lei). Tratavam-se, pois, de um ramo do conhecimento destinado a abranger apenas o campo da atividade econômica, em suas mais simples funções de produção e distribuição. Como a teria definido Aristóteles, a Economia era a “ciência do abastecimento, que se trata da arte da aquisição”. 1.3 A ECONOMIA É, FUNDAMENTALMENTE, O ESTUDO DA ESCASSEZ E DOS PROBLEMAS DELA DECORRENTES Para Pinho e Vasconcellos (1998), após todos esses enfoques a respeito da concepção da economia sua melhor definição foi dada pelo economista americano Paul Samuelson. “No qual a Economia é uma ciência social que estuda a administração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivo, complementada pela visão do ex-ministro da fazenda Antônio Delfim Netto que dia que a Economia é a arte de pensar”. A partir do século XVIII a Economia como ser considerada como Ciência. Ganha grande impulso a partir do XX, com a eclosão das duas grandes guerras (1914/18 e 1939/45) e com a crise econômica que abalou o mundo ocidental na década de 1930 (1929 – Quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque). 1.3 CONCEITOS BÁSICOS Rosseti (2002) destaca que a palavra economia é de origem Grega oikos = casa e nomos= governo, administração. Xenofontes(455 a 345 a.c.) foi o primeiro a usar o termo Economia no sentido exposto anteriormente, ou seja, abrangendo apenas o governo ou a administração do lar. Economia é uma ciência social, pois estuda a situação econômica da sociedade. A economia se ocupa das questões relativas a satisfação das necessidades dos indivíduos e da sociedade. Necessidade Humana: é a sensação de carência de algo unida ao desejo de satisfazê-la. Tipos de necessidades: Necessidades do individuo - Natural: por exemplo, comer. - Social: decorrente da vida em sociedade; por exemplo, festa de casamento. Necessidades da sociedade. - Coletivas: partem do individuo e passam a ser da Sociedade; por exemplo, o transporte. - Públicas: surgem da mesma sociedade; por exemplo, a ordem pública. Necessidades vitais ou primarias: destas depende a conservação da vida; por exemplo, os alimentos. - Necessidades civilizadas ou secundárias: são as que tendem a aumentar o bem- estar do indivíduo e variam no tempo, segundo o meio cultural, econômicos e sociais em que se desenvolvem os indivíduos; por exemplo, o turismo. A economia estuda a maneira como se administram os recursos escassos, com o objetivo de produzir bens e serviços e distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade. Divisão do Estudo da Economia Microeconomia Economia Descritiva → Teoria Econômica Política Econômica Macroeconomia Economia positiva economia normativa É possível detalhar a divisão do estudo da economia pela visão de Rossetti(2002), conforme segue: - Economia Descritiva: trata da identificação do fato econômico. É a partir dos levantamentos descritivos sobre a conduta dos agentes econômicos que se inicia o complexo de conhecimento sistematizado da realidade no campo da economia positiva. - Teoria Econômica: a teoria econômica é o compartimento central da economia. É Possível ver um ordenamento lógico aos levantamentos sistematizadosfornecidos pela economia descritiva, produzindo generalizações que sejam capazes de ligar aos fatos entre si, desvendar cadeias de ações manifestadas e estabelecer relações que identifiquem os graus de dependência de um fenômeno em relação a outro. Surgiram então em decorrência conjunto de princípios, de teorias, de modelos e de leis fundamentadas nas descrições apresentadas. A teoria econômica adota duas posições distintas na apresentação e análise do fenômeno econômico, estas posições são conhecidas como microeconomia e macroeconomia. - A microeconomia é aquela parte da teoria econômica que estuda o comportamento das unidades, tais como os consumidores, as indústrias e empresas, e suas inter- relações. - A macroeconomia estuda o funcionamento da economia em seu conjunto. Seu propósito É obter uma visão simplificada da economia que, porém, ao mesmo tempo, permita conhecer e atuar sobre o nível da atividade econômica de um determinado país ou de um conjunto de países. Política Econômica: os desenvolvimentos elaborados pela teoria econômica servem a política econômica. Nesse campo de estudo é que serão utilizados os princípios, as teorias, os modelos e as leis. A utilização terá a finalidade de conduzir adequadamente a ação econômica com vistas a objetivos pré-determinados. Quando se emprega a expressão política econômica governamental esta se referindo as ações praticas desenvolvidas pelo governo com a finalidade de condicionar, balizar e conduzir o sistema econômico no sentido de que sejam alcançados um ou mais objetivos politicamente estabelecidos. 2 FATORES QUE CONSTITUEM O SISTEMA ECONÔMICO OS PROBLEMAS ECONOMICOS FUNDAMENTAIS Para Pinho e Vasconcellos (1998), nas bases de qualquer comunidade se encontra sempre a seguinte tríade de problemas econômicos básicos: - O QUE produzir? - Isto significa quais os produtos deverão ser produzidos (carros, cigarros, café, vestuários etc.) e em que quantidades deverão ser colocados à disposição dos consumidores. - COMO produzir? - Isto é, por quem serão os bens e serviços produzidos, com que recursos e de que maneira ou processo técnico. PARA QUEM produzir? - Ou seja, para quem se destinará a produção, fatalmente para os que têm renda. - QUAIS, QUANTO, COMO e PARA QUEM produzir não seriam problemas se os recursos utilizáveis fossem ilimitados. Mas na realidade existem ilimitadas necessidades e limitados recursos disponíveis e técnicas de fabricação. Baseada nessas restrições, a Economia deve optar dentre os bens a serem produzidos e os processos técnicos capazes de transformar os recursos escassos em produção, conforme Pinho e Vasconcellos (1998). Pode-se na tabela a seguir, apresentada por Dallagnol (2008) ter um resumo dos princípios fundamentais da economia. 2.1 Escassez e Necessidades O problema econômico por excelência é a escassez. Surgiu porque as necessidades humanas são virtualmente ilimitadas, e os recursos econômicos, limitados, incluindo também os bens. Esse não é problema tecnológico, e sim de disparidade entre os desejos humanos e os meios disponíveis para satisfazê-los. A escassez é um conceito relativo, pois existe desejo de adquirir uma quantidade de bens e serviços maior que a disponibilidade. Portanto eficiência produtiva e eficácia alocativa são as duas questões básicas com que defrontam todos os agentes econômicos. Eficiência: maximizar o emprego dos recursos. Eficácia: otimizar as escolhas. 2.2 AS NECESSIDADES, OS BENS ECONÔMICOS E OS SERVIÇOS O conceito de necessidade humana, isto é, a sensação de carência de algo unida ao desejo de satisfazê-la é algo relativo, pois os desejos dos indivíduos não são fixos. Assim, pois, o fato real que enfrenta economia é que em todas essas sociedades, tanto nas ricas como nas pobres, os desejos dos indivíduos não podem ser completamente satisfeitos. Nesse sentido, bens escassos são aqueles que nunca se tem em quantidade suficiente para satisfazer os desejos dos indivíduos. Os bens econômicos caracterizam-se pela utilidade, pela escassez e por serem transferíveis. Os bens livres – como, por exemplo, o ar - são aqueles cuja quantidade é suficiente para satisfazer a todo o mundo. Para Pinho e Vasconcellos (1998), em Economia tudo se resume a uma restrição quase que física - a lei da escassez, isto é, produzir o máximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade. 2.3 Recursos ou Fatores de Produção Trabalho A população economicamente mobilizável (Trabalho) É representada por um segmento da população total, delimitado pela faixa etária apta para o exercício de atividades de produção, conforme descrito por Possamai (2001). economia, sofrendo ainda a influência de definições institucionais, geralmente expressas através da legislação de cunho social. Nas economias menos desenvolvidas observa-se que a idade de acesso às funções produtivas, sobretudo no meio rural, é acentuadamente mais baixa do que nas economias maduras que ostentam altos padrões de desenvolvimento econômico. Capital Para o exercício de suas atividades de produção, a população ativa mobiliza um variado e complexo conjunto de instrumentos e de elementos infraestruturas que dão suporte às operações produtivas, tornando-as mais produtivas, tornando-as mais eficientes. Este conjunto constitui o estoque de capital da economia. (POSSAMAI, 2001) O desenvolvimento e meios de produção, associado às primeiras manifestações de construções infraestruturas, identifica-se claramente com processo de formação de capital. Desde as mais remotas culturas o homem foi acumulando riquezas destinadas à obtenção de novas riquezas destinadas à obtenção de novas riquezas. Com o passar do tempo com a acumulação e a transmissão de conhecimentos, o acervo de recursos aumentaria em progressão extraordinária. O processo de instrumentação do trabalho humano assumiria crescente complexidade, tornando cada vez mais eficiente o esforço social de produção, mas exigindo, em contrapartida, que uma considerável parcela desse mesmo esforço passasse a ser canalizada sistematicamente para o aperfeiçoamento e produção de novos e mais complexos recursos de capital. Tecnologia Para Possamai (2001) tecnologia pode ser considerada como um fator de produção de natureza qualitativa. Trata-se de um elo entre a população economicamente mobilizável e os recursos de capital. Esta capacidade acumula-se, transforma-se e evolui pela permanente transmissão de conhecimento. De geração a geração evolução dos processos de produção, decorrentes do extraordinário desenvolvimento de recursos de capital cada vez mais avançados e sofisticados, os sistemas econômicos exigem um paralelo desenvolvimento da tecnologia aplicada. A Capacidade Empresarial À semelhança da capacidade tecnológica, a capacidade empresarial é também um fator de natureza qualitativa. Trata-se do espírito empreendedor que movimenta, combina e anima os demais recursos de produção do sistema. Tanto empreendedorismo de caráter privado ou público. Assume-a o Estado, ao mobilizar recursos para atividades econômicas de produção ou de formação da infraestrutura de apoio. Assume-a, dentro das condições institucionais da livre iniciativa, o empresário privado ou os grupos de constituição privada, quando a implantação, ampliação e operação de seus empreendimentos econômicos de produção. E, tanto, num caso como no outro, a capacidade empresarial enquadra-se no domínio dos agentes dinâmicos da vida econômica. Reservas Naturais O elenco de recursos com que contam os sistemas econômicos para o exercício das atividades de produção completa-se com a disponibilidade das reservas naturais. Em seu significado econômico, este recurso é constituído pelo conjunto dos elementos da naturezautilizados no processamento primário da produção. O solo e a parte explorável do subsolo, as terras de pastagem e de cultura, os cursos d’água, os lagos, as florestas e ainda o próprio clima e o índice pluviométrico incluem-se entre os recursos naturais de que toda economia deve dispor, face às necessidades de suprimento manifestadas pela sociedade. (POSSAMAI, 2001) A disponibilidade das reservas naturais não depende apenas das suas quantidades físicas disponíveis, mas ainda de outros fatores que viabilizam o seu efetivo aproveitamento. Para Possamai(2001), o estágio dos conhecimentos tecnológicos, associado à disponibilidade de recursos de capital, tem ligações diretas com o volume das reservas naturais economicamente aproveitáveis. As formas e a extensão da ocupação territorial também influenciam o nível em que as reservas naturais disponíveis serão efetivamente empregadas no processamento básico da produção – quer através da extração de matérias primas, quer aproveitando os potenciais energéticos existentes. Sendo assim, o próprio conhecimento de sua existência e o pré-levantamento de suas potencialidades condicionam as disponibilidades econômicas das reservas. 3 SISTEMA ECONÔMICO Sistema econômico é o conjunto de relações técnicas, básicas e institucionais que caracterizam a organização econômica de uma sociedade. Essas relações condicionam o sentido geral das decisões fundamentais que se tomam em toda a sociedade e os ramos predominantes de sua atividade. Para Dallagnol (2008), um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela qual está organizada a sociedade. É um particular sistema de organização da produção, distribuição, consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar. Os sistemas econômicos podem ser classificados em: - Sistema capitalista ou economia de mercado: É regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção; -Sistema socialista ou economia centralizada ou ainda economia planificada: Nesse sistema as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção, chamados nessas economias de meios de produção, englobando os bens de capital, terra, prédios, bancos, matérias-primas. Os países organizam-se segundo esses dois sistemas, ou de forma intermediária entre elas. Pelo menos até o início do século XX, prevalecia nas economias ocidentais o sistema de concorrência pura, em que não havia a intervenção do Estado na atividade econômica. Era a filosofia do Liberalismo. Em economia de mercado, a maioria dos preços dos bens, serviços e salários são determinados predominantemente pelo mecanismo de preços, que atua por meio da oferta e da demanda dos fatores de produção. Nas economias centralizadas, essas questões são decididas por um órgão central de planejamento, a partir de um levantamento dos recursos de produção disponíveis e das necessidades do país. Ou seja, grande parte dos preços dos bens e serviços, salários, quotas de produção e de recursos é calculada nos computadores desse órgão, e não pela oferta e demanda no mercado. Possamai (2001) apresenta ainda outra classificação clássica das economias: Economia Fechada Economia típica de um país isolado. Não há importação nem exportação de produtos. O intercâmbio de mercadorias não se realiza além dos limites territoriais determinados pelos agentes econômicos locais: produtores, intermediários e consumidores. Esse tipo de economia praticamente não existe no mundo atual. Mas é útil como modelo para se analisar de que forma o total das despesas de consumo, gastos governamentais, investimentos e tributos interagem para determinar os níveis do emprego e renda nacional. Então, constitui-se num modelo em que não a interveniência do setor externo (importação e exportação). Exemplos atuais praticamente inexistentes, sendo o mais próximo: Cuba. Economia Aberta Economia baseada na livre ação dos agentes econômicos, objetivando a concorrência, ao investimento, ao comercio e ao consumo. Corresponde aos princípios do liberalismo econômico, pelo qual a única função do Estado seria garantir a livre concorrência entre as empresas. Constitui-se num modelo em que há a interveniência do setor externo (importação e exportação). Exemplo: Brasil. 3.1 Fluxo Real e Monetário Para entender o funcionamento do sistema econômico, imagina-se uma economia de mercado que não tenha interferência do governo e não tenha transações com o exterior (econômica fechada). Os agentes econômicos são as famílias (unidades familiares) e as empresa (unidades produtoras). As famílias são proprietárias dos fatores de produção e os fornecedores às unidades de produção (empresas) no mercado dos fatores de produção. As empresas, pela combinação dos fatores de produção, produzem bens e serviços e os fornecem às famílias no mercado de bens e serviços. A esse fluxo de fatores de produção, bens e serviços denominam fluxo real da Economia. Fonte: Dallagnol (2008, p. 35). Como pode ser observadas na figura acima, família e empresa exercem um duplo papel. No mercado de bens e serviços, as famílias demandam bens e serviços, enquanto as empresa os oferecem; no mercado de fatores de produção, as famílias oferecem os serviços dos fatores de produção (que são de sua propriedade), enquanto as empresas os demandam. No entanto, o fluxo real da economia só se torna possível com a presença da moeda, que é utilizada para remunerar os fatores de produção e para o pagamento dos bens e serviços. Desse modo, paralelamente ao fluxo real, temos um fluxo monetário da economia. Fonte: Dallagnol (2008, p.36). 4 INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA 4.1 DEMANDA A Demanda é diretamente ligada aos consumidores e pode ser definida como: “(...) a quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo”. Essa procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor, são elas: o preço do bem ou serviço, o preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Para se estudar a influência isolada dessas variáveis utiliza-se a hipótese do coeteris paribus, ou seja, considera-se cada uma dessas variáveis afetando separadamente as decisões do consumidor. Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem, coeteris paribus. É a chamada lei geral da demanda. Essa relação quantidade procurada/preço do bem pode ser representada por urna escala de procura (...), curva de procura ou função demanda.” (VASCONCELLOS, 2004, p.38). A lei da demanda parte do principio de que quanto maior for o preço do produto, menos unidades serão compradas. Por duas razões importantes: porque isso aumenta o custo do consumo e seu custo de oportunidade, ou seja, aquilo que o indivíduo deixa de comprar para poder pagar esse aumento pode levá-lo a não ter renda suficiente para comprar o produto mais caro, levando-o até a compra de bens substitutos. Em suma a quantidade demandada de certo bem ou serviço varia inversamente a seu preço, permanecendo constante a renda disponível do consumidor e o preço dos demais bens (coeteris paribus). Assim, toda vez que o preço do bem sobe, a quantidade demandada cai, e vice-versa. A demanda depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor. As seguintes variáveis são consideradas as mais relevantes e gerais, pois costumam ser observadas na maioria dos mercados de bens e serviços: eço do bem i/t Sendo a função da demanda dependente destas variáveis: qdi = f (pi, ps, pc, R, G) Ondeqdi = quantidade procurada (demandada) do bem i/t (t significa num dado período). Preço: quando tudo o mais mantido constante, quando o preço de um bem aumenta, a quantidade demandada cai. Renda: uma renda menor significa que você tem menos dinheiro para seus gastos totais, de modo que você teria que gastar menos com alguns bens. Se a demanda por um bem cai, quando a renda cai, chamamos esse bem de bem normal. Nem todos os bens são normais. Se a demanda por um bem aumenta quando a renda cai, diz-se que o bem é inferior. Um exemplo de bem inferior são as viagens de ônibus. Preço dos bens substitutos ou concorrentes: são aqueles que, quando um preço de um bem sobe, as pessoas substituem por outro, aumentando a demanda deste. Como por exemplo, quando sobe o preço dos hambúrgueres, as pessoas passam a comer cachorros-quentes aumentando as vendas deste produto. Similarmente ocorre com suéteres de lã versus casacos de moletom, ingressos para cinema versus locações de vídeo. Preço dos bens complementares: são aqueles que têm seu consumo em conjunto. A característica destes produtos é quando o preço de um deles sobe a demanda do outro cai. Quando aumenta o preço da gasolina cai a procura por automóveis. Analogamente computadores e softwares, patins e ingressos para pistas de patinação. Gostos, hábitos e preferências do consumidor: o mais óbvio determinante para a sua demanda são seus gostos. Se você gosta de sorvete, você compra mais. Curva da demanda A lei da demanda nos informa que as quantidades demandadas de um bem ou serviço aumentam quando seus preços caem (e vice-versa). O gráfico mostra a relação existente entre o preço do produto e a quantidade demandada. Figura 1 - Curva da Demanda. Fonte: DENISE (2007). Vários fatores podem causar o deslocamento da curva de demanda para cima ou para baixo, alguns deles se encontram listados na tabela abaixo: Fatores que causam aumento da demanda e deslocamento da curva para cima (direita) Fatores que causam queda na demanda e deslocamento da curva para baixo (esquerda) . substitutos. preço dos bens substitutos. Complementares. Complementares. consumidor. Consumidor. Tabela 1 – Fatores que provocam o deslocamento da curva de demanda. Fonte: MELLO (2010). 4.2 OFERTA Oferta pode ser conceituada como a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período, ou seja, a quantidade de bens ou serviços que os vendedores estão dispostos e podem vender aos interessados em adquiri-los. Ademais, de maneira oposta a demanda, a oferta trata dos produtores ou dos vendedores. Assim como a demanda, a oferta depende de vários fatores: Preço do bem ou serviço: a quantidade ofertada aumenta à medida que o preço cresce e cai quando o preço se reduz. Desta forma, pode-se dizer que a quantidade ofertada varia positivamente conforme o preço. A relação entre preço e a quantidade ofertada é chamada lei da oferta: tudo o mais mantido constante (coeteris paribus), quando o preço de um bem aumenta, a quantidade oferecida do bem também; já quando há quedas no preço, a quantidade ofertada também diminui. Preço dos insumos: a quantidade oferecida se relaciona negativamente com o preço dos insumos utilizados na sua fabricação. Isto significa que quando o preço de um ou mais insumos aumenta, diminui-se a quantidade ofertada. Tecnologia: a tecnologia para transformar insumos (matéria-prima) em produto final tende a reduzir a quantidade necessária para fabricá-los. Assim, os avanços tecnológicos aumentam a quantidade de bens oferecidos. Expectativas: as expectativas do produtor ou vendedor em relação ao bem ofertado interferem na quantidade ofertada. Como exemplo, podemos citar que se o produtor espera que o preço do produto aumente no futuro, ele tende a oferecer menos hoje para ter um lucro maior no futuro. Considerando todas as variantes da oferta, podemos matematicamente dizer que a oferta é expressa pela função: qoi= f (pi, Bm, pn, Tecn, E) Onde: -de-obra, matérias- primas etc.); mesmos insumos e fatores de produção); do comportamento do mercado de insumos e de bens finais). Curva da Oferta Graficamente temos a representação da curva de oferta de mercado: Portanto, a curva de oferta é positivamente inclinada, pois quando o preço do bem aumenta a quantidade ofertada também aumenta. Ela expressa qual o nível de oferta da empresa, dado o preço. OBS: a oferta de mercado é a soma de todas as ofertas individuais, ou seja, das ofertas de todas as empresas da economia. Como no caso da demanda, também há a necessidade de distinguir entre alterações na quantidade ofertada do bem e alterações na oferta (na curva). O primeiro caso ocorre quando o preço do bem em questão sobe ou desce. Já no segundo caso, é a mudança nos parâmetros preços dos demais bens, preços nos fatores de produção e tecnologia que provoca o deslocamento da curva de oferta, para cima ou para baixo. Vários fatores podem causar o deslocamento da curva da oferta para cima ou para baixo, alguns deles se encontram listados na tabela abaixo: Fatores que causam aumento da oferta e deslocamento da curva para a direita Fatores que causam queda na oferta e deslocamento da curva para a esquerda Substitutos. Substitutos. Complementares. Complementares. fatores de Produção. de Produção. desfavoráveis. Tabela 2 – Fatores que provocam o deslocamento da curva de oferta. Fonte: MELLO (2010). 4.3 EQUILÍBRIO DE MERCADO O equilíbrio de mercado ocorre quando a quantidade de bens ou serviços que os consumidores desejam comprar é igual à quantidade que as empresas desejam ofertar. No equilíbrio de mercado, há coincidência de desejos, ou seja, não há excesso de oferta e nem excesso de demanda. Assim, no ponto a oferta é igual à demanda (onde as curvas se cruzam), determinamos o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em determinado mercado. A ação dos compradores e vendedores conduz naturalmente o mercado em direção ao equilíbrio. Desta forma, existirá um equilíbrio estável em um mercado de concorrência perfeita quando o preço corrente de mercado tende a ser mantido, se as condições de demanda e oferta permanecerem inalteradas. Graficamente, o equilíbrio de mercado é representado da seguinte forma: 4.4 Elasticidade Na teoria econômica, o termo elasticidade significa sensibilidade. Assim, em economia, quando se afirma que a demanda do bem x é elástica em relação ao preço, o que se pretende dizer é que os consumidores do bem x são sensíveis a alterações de seu preço; caso este aumente, por exemplo, os consumidores diminuirão de forma significativa a quantidade procurada do bem x. Ao contrário, quando se afirma que a demanda do bem x é inelástica, quer-se dizer que os consumidores do bem x mudarão muito pouco a sua quantidade procurada mesmo que o preço se eleve substancialmente. Elasticidade – Preço da Demanda Suponha-se o seguinte comportamento da demanda de dois bens A e B: DEMANDA DE A DEMANDA DE B P-A QDA P-B QDB 1º momento 10 100 20 80 2º momento 12 60 24 76 Observa-se: Ambos os bens tiveram seu preços majorados em 20%, já que P- A passou de 10 para 12 (o aumento de 2 representa 20% do preço real) e P-B passou de 20 para 24 (20% do valor real). Entretanto, o comportamento da quantidade demandada dos dois bens foi radicalmente diferente. Enquanto QDA diminuiu40% (passou de 100 para 60), a QDB diminuiu apenas 5% (passou de 80 para 76). Portanto, pode-se afirmar que a demanda de A é elástica, ou seja, sensível a variações dos preços enquanto a demanda de B é inelástica ou pouco sensível à citada variação. Coeficiente de Elasticidade – Preço da Demanda (Epd) O coeficiente de elasticidade-preço da demanda (denominado Epd) é uma medida numérica da sensibilidade da demanda em relação ao preço. É definido pela seguinte razão: Epd = variação porcentual da quantidade de demanda variação percentual do preço Assim, no caso do bem A citado anteriormente: Epd-A = 40% : 20% = 2 e, no caso do bem B: Epd-B = 5% : 20% = 0,25 Se o valor absoluto de Epd for: a) maior que 1: a demando do bem é considerada elástica em relação a seu preço; b) menor que 1: a demanda do bem é considerada inelástica em relação a seu preço; c) igual a 1: a demanda do bem apresenta elasticidade unitária em relação ao preço. Fatores que influenciam EPD Algumas regras práticas atribuídas a Marshall que permitem uma avaliação a priori do valor de Epd: 1) quanto maior o grau de utilidade do produto para o consumidor, menos elástica será a sua demanda: de fato, se o bem x é um produto essencial para o consumidor, aumentos em seu preço reduzirão muito pouco a sua quantidade adquirida e, ao contrário, diminuições no seu preço aumentarão muito pouco o seu consumo. Desse modo, produtos de primeira necessidade, tais como gêneros alimentícios, roupas tendem a ter demanda inelástica e produtos de consumo supérfluo, apresentam geralmente demanda elástica em relação a seu preço. 2) quanto menos substitutos tiver o bem, menos elástica será sua demanda: se o preço do bem x aumentar e houver substitutos para o seu consumo, consumidor poderá reagir adquirindo maiores quantidades dos bens substitutos e menores quantidades do bem x. 3) quanto menor o preço do bem x e, portanto, seu peso no orçamento do consumidor, menos elástica será sua demanda: uma caixa de fósforo, por exemplo, custa R$ 0,30, se seu preço dobrar (aumentar 100%), é pouco provável que seu consumo diminua significativamente já que continua a ser um produto muito barato. 4.5 Custos de Produção Fatores de produção variáveis: são aqueles cujas quantidades utilizadas variam quando o volume de produção varia. Por exemplo: quando aumenta a produção, são necessários mais trabalhadores e maior quantidade de matérias- primas. Fatores de produção fixos: são aqueles cujas quantidades não variam quando o produto varia. Por exemplo: as instalações da empresa e a tecnologia, que são fatores que só são alterados em longo prazo. Produto total: é a quantidade do produto que se obtém da utilização do fator variável, mantendo-se fixa a quantidade dos demais fatores. Produtividade média do fator: é o resultado do quociente da quantidade total produzida pela quantidade utilizada desse fator. Produtividade marginal do fator: é a relação entre as variações do produto total e as variações da quantidade utilizada do fator. Ou seja, é a variação do produto total quando ocorre uma variação no fator de produção. Custos fixos totais (CFT): correspondem à parcela dos custos totais que independem da produção. São decorrentes dos gastos com os fatores fixos de produção. Por exemplo: aluguéis, iluminação, etc. Custos variáveis totais (CVT): parcela dos custos totais que depende da produção e por isso muda com a variação do volume de produção. Representam as despesas realizadas com os fatores variáveis de produção. Por exemplo: folha de pagamentos, gastos com matérias-primas. Custo total médio (CTMe): é obtido por meio do quociente entre o custo total e a quantidade produzida. Ou seja, é o custo por unidade produzida, ou custo unitário. Custo variável médio (CVMe): é o quociente entre o custo variável total e a quantidade produzida. Custo fixo médio (CFMe): é o quociente entre o custo fixo total e a quantidade produzida. Custo marginal (CMg): é dado pela variação do custo total em resposta a uma variação da quantidade produzida, ao qual o custo marginal é determinado apenas pela variação do custo variável total. 5 ESTRUTURA DE MERCADO 5.1 PRINCIPAIS ESTRUTURAS DE MERCADO Para analisar como as estruturas se comportam, estas são classificadas em modelos que podem ser assim apresentados: Concorrência perfeita Monopólio Oligopólio Concorrência monopolística 5.1.1 TEORIA DA EMPRESA Concorrência perfeita A estrutura de mercado caracterizada por concorrência perfeita é uma concepção ideal, porque os mercados altamente concorrenciais existentes, na realidade, são apenas aproximações desse modelo, posto que, em condições normais, sempre parece existir algum grau de imperfeição que distorce o seu funcionamento, de acordo com Pinho e Vasconcellos (1998). O seu conhecimento é importante não só como estrutura ideal, que é empregada em muitos estudos que procuram descrever o funcionamento econômico de uma realidade complexa, como, também, pelas inúmeras consequências derivadas de suas hipóteses que condicionam o comportamento dos agentes econômicos em diferentes mercados. Uma estrutura de mercado descrita como de concorrência perfeita deve preencher todas as seguintes condições: ordem que nenhum deles possui condições para influenciar o mercado. A expressão de cada um é insignificante. bem o serviço, no mercado de produtos, o fator de produção, no mercado de fatores, é perfeitamente homogêneo. Nenhuma empresa pode diferenciar o produto. O produto vindo de qualquer produtor é um substituto perfeito do que é a ofertados por quaisquer outros produtos. os demais. A mobilidade é livre e não há quaisquer acordos entre os que participam do / no mercado. agentes que atuam ou querem atuar no mercado. Barreiras técnicas, financeiras, legais, emocionais ou de qualquer outra ordem não existem. daquele que está estabelecido no mercado, resultante da livre atuação das forças de oferta e da procura. Em contrapartida, nenhum comprador pode impor um preço abaixo dos de equilíbrio, o preço limite é dada pelo mercado. fundamentadas em mecanismos extrapreço. A oferta de quaisquer vantagens adicionais, associáveis o produto ou fator, não faz qualquer sentido. Essa característica é subproduto da homogeneidade. Transparência: por fim, o mercado é absolutamente transparente. Não há qualquer agente que tenha informações privilegiadas ou diferentes daquelas que todos detêm. As informações que possam influenciar o mercado são perfeitamente acessíveis a todos. 5.1.2 Monopólio O monopólio situa-se em outro extremo. Essa estrutura se situa no extremo oposto do da concorrência perfeita. As condições que caracterizam são: monopólio, os conceitos de empresa e de atividade sobrepõem-se. A indústria monopolista é constituída por uma única firma ou empresa. Insubstitutibilidade: o produto da empresa monopolista não tem substituto. A necessidade que ela atende não tem como ser igualmente satisfeita por qualquer similar ou sucedâneo. no mercado monopolista é, no limite, impossível. As barreiras de entrada são rigorosamente impedidas. Podem decorrer de disposições legais, de direitos de exploração outorgado pelo poder público a uma única empresa, do domínio de tecnologias de produção e de condições operacionais exigidas pela própria atividade. situação privilegiada em que se encontram com monopolista, quanto as duas importantes variáveis do mercado preço e quantidades. Extra preço: devido a seu pleno domínio sobre o mercado, os monopólios dificilmente recorrem às formas convencionais de mecanismos extra preço, para estimular ou desestimular comportamentosde compradores. o, opacos. O acesso a informações sobre fontes supridoras, processos de produção, níveis de oferta e resultados alcançados dificilmente são abertos e transparentes. A empresa monopolista e caracteriza-se por ser impenetrável. 5.1.3 Oligopólios As estruturas oligopolistas não se caracterizam por fatores determinantes puros e extremados. Os tipos possíveis, de fato, observadas na realidade são de alta variabilidade. Em todas as características desta estrutura de mercado, os conceitos são mais flexíveis, comparativamente aos casos extremados de concorrência perfeita e de monopólio. O número de concorrentes: geralmente, é pequeno. Palavras como limitados, poucos, alguns, vários, são empregadas para indicar o número de concorrentes nas estruturas oligopolistas. Diferenciação: outra característica de alta variabilidade se refere a fatores como homogeneidade, substitutibilidade e padronização dos produtos. Isto por que tanto podem ocorrer oligopólios de produtos diferenciados, como de produtos não diferenciáveis. oligopólio são fortes rivais entre si. Há casos até de civilizações que transparecem campanhas publicitárias e em práticas comerciais desviadas de padrões de ética e a lealdade. Mas, no outro extremo, encontra-se também situações de oligopólio em que os concorrentes se unem em acordos setoriais, todos respeitando rigorosamente as regras negociadas e definidas. 5.1.4 Concorrência Monopolística Esta estrutura contém características que se encontram nas definições usuais de mercados perfeitamente competitivos e monopolizados. Na concorrência monopolística, o número de concorrentes é grande. O consumidor encontra facilmente substituto, não ocorrendo dessa forma à caracterização essencial do monopólio puro. As características principais desta estrutura de mercado são: Competitividade: é elevado o numero de concorrentes, com capacidade de competição relativamente próxima. nta particularidades capazes de distingui-lo dos demais e de criar um mercado próprio para ele. Substitutibilidade: embora cada concorrente tenha um produto diferenciado os produtos de todos os concorrentes substituem-se entre si. Obviamente, a substituição não é perfeita, mas é possível, conhecida e de fácil acesso. Preço-prêmio: a capacidade de cada concorrente controlar o preço depende do grau de diferenciação percebido pelo comprador. A diferenciação quando percebida e aceita, pode dar origem a um preço-prêmio, gerando resultados favoráveis e estimuladores. competitivos tendem a ser baixas. Há relativa facilidade para ingresso de novas empresas no mercado. 6 CONCEITOS BÁSICOS DE DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO ECONÔMICO Ao longo da história do capitalismo contemporâneo, intelectuais de várias áreas têm discutido o conceito de desenvolvimento econômico. Entre estes não há uma definição universalmente aceita do conceito de desenvolvimento, mas, para a maioria deles trata-se da relação direta entre desenvolvimento e produção. Adam Smith em seu livro “A Riqueza das Nações”, publicado em 1776, comenta que a riqueza de uma nação constitui-se a partir do trabalho produtivo, com aumento dos investimentos em capitais produtivos, a especialização da mão-de-obra e a divisão do trabalho. O interesse coletivo é resultado das ações individuais privadas, e os indivíduos buscam atender ao seu interesse próprio, e, ao fazerem isso de forma indireta, acabam por atender aos interesses da coletividade (mão invisível do mercado) (VIEIRA; SANTOS, 2012). A principal obra de David Ricardo “Princípios de Economia Política e Tributação”, publicada em 1817, tem como preocupação central o crescimento econômico, e não o desenvolvimento. Ricardo defende a concentração de renda em favor dos capitalistas urbanos industriais, por serem responsáveis pela acumulação que determina o crescimento econômico, gerando mais emprego e desenvolvimento. O termo desenvolvimento econômico é encontrado também na teoria marxista. Marx não se limitou a estudar e entender a realidade histórica, mas criou seu próprio método de trabalho: o materialismo histórico (teoria científica) e o materialismo dialético (filosofia). No campo da economia, destaca-se a contribuição de Lewis (1960), que considera importante o crescimento econômico para se alcançar o desenvolvimento, pois permite maior liberdade de escolha de como melhor aproveitar o tempo. Para o autor, graças ao crescimento, é possível escolher entre ter mais tempo para o lazer ou mais bens e serviços. Para Simonsen (1973), o desenvolvimento econômico somente seria alcançado com uma participação mais efetiva do Estado na atividade econômica. Simonsen defendia o protecionismo econômico, a existência de crédito barato e a substituição de importações. De acordo com (VIEIRA; SANTOS, 2012), o autor era um economista da linha do desenvolvimentismo do setor privado que representava a política dita de “desenvolvimento econômico” defendida pelo setor empresarial nacional e associado a um planejamento global feito pelo Estado. Para Furtado (1967), o aumento do fluxo de renda por unidade d trabalho utilizada é o melhor indicador de desenvolvimento, tal como os clássicos. O desenvolvimento para o autor está ligado ao aumento da produtividade (renda per capita) determinado pelo crescimento econômico com modificações estruturais. O aumento da produtividade do trabalho só é possível com melhor utilização dos recursos, o que implica acumulação de capital, inovação tecnológica e realocação dos recursos que acompanham o aumento do fluxo de renda condicionado pela composição da procura, que é a expressão de valores da sociedade (VIEIRA; SANTOS, 2012). De maneira geral, Furtado condiciona o processo de desenvolvimento econômico ao aumento da produção e da produtividade acompanhado pela melhora da distribuição da renda, que é importante para aumentar a demanda. Se existem desemprego e capacidade ociosa, pode-se aumentar o produto nacional através de políticas econômicas que estimulem a atividade produtiva. Mas, feito isso, há um limite à quantidade que se pode produzir com os recursos disponíveis. Aumentar o produto além desse limite exigirá: a) Ou um aumento nos recursos disponíveis; b) Ou um avanço tecnológico (ou seja, melhoria tecnológica, novas maneiras de organizar a produção, qualificação de mão-de-obra). Quando falamos em crescimento econômico, estamos pensando no crescimento da renda nacional per capita, ou seja, em colocar à disposição da coletividade uma quantidade de mercadorias e serviços que supere o crescimento populacional. A renda per capita é considerada um razoável indicador – o mais operacional – para se aferir a melhoria do padrão de vida da população, embora apresentem falhas (os países árabes têm as melhores rendas per capita, mas não o melhor padrão de vida do mundo). Durante os anos 60 e 70, começaram a surgir dúvidas em relação à importância do crescimento como meta principal da política econômica. Nos países desenvolvidos tem-se considerado a questão da piora do meio ambiente (poluição, degradação etc.). Nos países em desenvolvimento (ou economias emergentes), como o Brasil, o rápido crescimento dos anos do chamado “milagre econômico” coincidiu com uma redistribuição de renda a favor dos segmentos mais ricos da população. 7 DESENVOLVIMENTO E CICLOS ECONÔMICOS Ciclos econômicos (business cycles) referem-se a oscilações na atividade económica durante vários meses ou anos. Definição de Burns e Mitchell(1946): "Ciclos económicos são um tipo de flutuação encontrado na atividade económica agregada de nações que organizam o seu trabalho principalmente em empresas. Um ciclo consiste em expansões que ocorrem aproximadamente ao mesmo tempo em muitas atividades económicas, seguidas porrecessões, também de âmbito generalizado, contrações, e retomas que se fundem na fase de expansão do ciclo seguinte; esta sequência de oscilações é recorrente mas não periódica; em termos de duração, os ciclos podem variar de mais do que um ano até dez ou doze anos". 7.1 Tipos de Ciclos Ciclo económico- tempo desde a aquisição dos produtos até o ato da venda. Ciclo financeiro – prazo médio dos estoques + prazo médio de recebimento – prazo médio de pagamentos. Ciclo operacional – prazo médio de rotação de estoques + prazo médio de recebimentos. 7.1.1 Tipos de flutuações dos ciclos económicos Tendências seculares – longa duração acontece devido ao crescimento populacional, eficiência económica ou por um crescimento gradual da riqueza. Flutuações cíclicas – fases frequentes repetitivas na contração e expansão, repetidas num tempo fixo. Flutuações sazonais – período sazonal afetam de forma significativa na atividade económica, vendas baixas em locais com grande mobilização de capital e dos agentes económicos. Flutuações esporádicas – regularidade, derivam de furações, guerras, eleições, etc. 7.2 As fases de um ciclo econômico são: Depressão – aumento dos preços, bens e dos impostos, subida das taxas de juros, queda dos salários dos trabalhadores. Retoma – uma recuperação econômica do país, preços começam a subir, aumento da compra de imobiliários e automóveis. Prosperidade – capacidade de produção existente é inteiramente utilizada, cidadãos do país tem dinheiro. Grande oferta por parte do estado, subida dos salários. Crise – desemprego acentua-se, falência das empresas. Os ciclos econômicos são classificados da seguinte forma: Periodicidade – um ciclo econômico é único para consistir em serie econômicas diferentes, o que geralmente, crescer ou decrescer no mesmo nível pode causar atrasos nos parâmetros da atividade econômica. Duração – os ciclos econômicos que apresentam uma duração entre 7, 11 e 50 anos são chamados de ciclo de longo prazo e os de curto prazo são compreendidos entre 3 a 4 anos. Amplitude – indica o tamanho em que se estabelece um ciclo econômico, sendo influenciada por diferentes choques econômicos. Recorrência – indica a repetição de um ciclo num período irregular. Forma – movimento total de oscilações, com diferentes variações de acordo com o atraso ou aceleração do ciclo econômico. 8 TEORIAS RECENTES DO DESENVOLVIMENTO A ideia de desenvolvimento sempre esteve presente nas diferentes concepções dos estudiosos das ciências econômicas, entretanto, a Teoria do Desenvolvimento originou-se, de fato, logo após a Segunda Guerra Mundial. Nessa época, de acordo com Souza (1997), verificou-se que a macroeconomia, a qual estava sendo aplicada em todos os segmentos das ciências econômicas, apresentava-se inadequada para explicar o desenvolvimento por ser este um fenômeno de longo prazo. Ainda que não exista uma definição de desenvolvimento econômica universalmente aceita, identificamos na literatura duas correntes de pensamento completamente distintas: uma, de inspiração mais teórica, que considera o crescimento como sinônimo de desenvolvimento e, outra, mais voltada para a realidade empírica, que entende que o crescimento é condição indispensável para o desenvolvimento, mas não é condição suficiente (SOUZA, 1997). Essa diferenciação entre os conceitos de crescimento e de desenvolvimento econômico, iniciada nos anos 1950, foi marcada pela preocupação dos economistas com relação à distribuição de renda e à qualidade de vida das pessoas. Na década de 1970, foram agregadas novas concepções enquanto mobilização em torno da questão ecológica. O documento do Massachusetts Institute of Technology (MIT), publicado naquele período, “Os limites para o crescimento” alertava sobre os riscos ocasionados por um modelo de crescimento econômico que não levava em conta a capacidade dos recursos naturais. No ano de 1972, com a Conferência de Estocolmo, observamos um primeiro esforço voltado para a discussão da problemática ambiental. A preocupação recaiu em torno da preservação do circuito de acumulação de riqueza, baseado num sistema de produção que poderia se inviabilizar devido ao esgotamento dos recursos naturais (CARVALHO, 1991). O conceito de desenvolvimento sustentável emergiu na década de 1980, com a publicação do documento “Nosso futuro comum” elaborado na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada em 1987. De acordo com esse documento, o desenvolvimento sustentável é “o desenvolvimento que garante o atendimento das necessidades do presente sem comprometer a habilidade das gerações futuras de atender suas necessidades” (CNUMAD apud MUELLER, 1996, p. 262). Em seu conceito mais amplo, o desenvolvimento sustentável é entendido como o crescimento econômico permanente, unido ao desenvolvimento econômico com vistas a melhorias nos indicadores sociais, ao mesmo tempo em que contribui para a preservação ambiental. Podemos dizer que o grande marco da discussão sobre o meio ambiente surgiu a partir da ECO 922, realizada no Rio de Janeiro, conferência que reuniu ecologistas e governantes do mundo inteiro. Tomando como base a fase mais atual, pós-anos 1990, onde a tônica do desenvolvimento sustentável está presente, nas seguintes dimensões: Dimensão produtiva: as análises relativas à produção, que consideram a acumulação de capital, as atividades manufatureiras, a produção agrícola e industrial, o comércio de bens e o comércio internacional (exportações), a produtividade, o lucro e os rendimentos do capitalista, os investimentos, o progresso técnico, a concentração de renda, a exploração do trabalhador, a condição de pleno emprego, as possibilidades de expansão econômica, as expectativas empresariais e a alocação de recursos; Dimensão social: essa categoria reúne análises em relação a sociedade no que diz respeito à distribuição de renda, ao bem-estar social da população, à educação, ao saneamento básico, à saúde pública, à justiça social, à cultura, ao lazer, à pobreza, à miséria, ao crescimento demográfico, ao nível de vida da população e à estrutura social; Dimensão ambiental: é representada pelas análises relativas ao meio ambiente, aos recursos naturais, à natureza, ao ecossistema, à degradação e à preservação do meio ambiente, à valoração ambiental, às externalidades, à poluição, aos dejetos e às tecnologias limpas; Dimensão sustentável do desenvolvimento: as análises fazem referência ao conceito mais amplo do desenvolvimento sustentável, cujo significado é o crescimento econômico com melhoria qualitativa dos indicadores (desenvolvimento econômico) juntamente com a preservação ambiental. Dessa forma englobam as três dimensões anteriores, a produtiva, a social e a ambiental. 9 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICOS Com muita frequência indicadores são apresentados como um valor estatístico em si, desvirtuando o sentido do próprio conceito: um indicador expressa algo que ele mesmo não é, ou seja, ele exprime apenas parcialmente determinado aspecto; ele é somente uma espécie de representante de um determinado aspecto de uma realidade bem mais complexa: o termômetro que registra e mensura o estado febril de uma pessoa indica apenas a sua temperatura naquele momento, mas ele não é a febre em si. Um indicador é, portanto, apenas uma unidade de medida parcial, substitutiva. Outro exemplo: o indicador “esperança de vida ao nascer” indica (diretamente) apenas a esperança média de vida de uma pessoa em determinado momento, porém indica (indiretamente) também a situação de saúde e dos meios de vida de toda uma população. 9.1 INDICADORES SOCIAIS E A CARACTERIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO Na maior parte das publicaçõesque abordam escalas e estudos comparativos internacionais, o PIB e a renda per capita aparecem acompanhados de uma razoável quantidade de outros indicadores sociais, isto é, de números e dados que aparentemente são representativos e significativos para caracterizar o desenvolvimento econômico e social das diferentes nações. Entrementes, já há um grande número de indicadores sociais em torno dos quais existe um relativo consenso, mensurando, por exemplo, a pobreza e o grau das necessidades existenciais. Há, porém, controvérsias significativas sobre os parâmetros a serem utilizados, decorrentes de diferentes concepções de desenvolvimento, de diferentes perspectivas estratégicas e, não por último, de diferentes valores éticos. A seguir apresentam-se de maneira sucinta, alguns dos principais indicadores sociais que dizem respeito aos seguintes aspectos: alimentação, saúde, meio- ambiente, habitação e educação. 9.1.1 Indicadores de nutrição A alimentação é a mais elementar de todas as necessidades humanas. Alimentação suficiente é premissa para a saúde, para o desenvolvimento físico e espiritual, para propiciar desempenho; insuficiência de alimentos leva à debilitação da saúde e às doenças. Segundo as teorias sobre a hierarquia das necessidades humanas (Maslow, 1954), em existindo fome (necessidade fisiológica) desaparece todo o interesse pelas demais necessidades (de segurança, sociais, de estima e de auto-realização). Indicadores sobre a nutrição/alimentação são, portanto, indicadores sociais de primeira grandeza. 9.1.2 Indicadores de saúde Aqui há basicamente três indicadores em uso (com as respectivas variações), em função de duas concepções distintas sobre o tema: há os chamados “indicadores de entrada” e os “indicadores de saída” do sistema de saúde. No primeiro grupo se enquadram indicadores como: – relação entre médicos (ou enfermeiras, ou ainda leitos hospitalares) por número variável de habitantes. Neste caso o principal problema é de ordem quantitativa e financeira: quantos usufruem e quem tem acesso aos meios de saúde? No segundo grupo se enquadram basicamente outros dois indicadores: – expectativa média de vida ao nascer, e. – índices e causas de mortalidade, principalmente infantil, por se tratar de um segmento da população especialmente dependente do acesso aos meios oficiais de saúde. 9.1.3 Indicadores ambientais Nesse aspecto não há um conjunto de indicadores consolidados e aceitos. Embora haja indicadores que tratem de questões relacionadas com a desertificação, erosão do solo, qualidade das águas e do ar, erradicação de espécies e destruição de recursos naturais, a maior parte dos autores lista aqui indicadores com uma relação ambiental indireta, como: percentual da população com acesso à água potável, e. – percentual da população que conta com instalações sanitárias. Nessa área estão sendo realizados inúmeros esforços para levantar e classificar diferentes indicadores: segundo Klingebiel (1992), o Banco Mundial está trabalhando em cooperação com o World Resources Institut num projeto denominado GAEA – Global Aspects of Environmental Accounts, onde estão sendo catalogados nada menos do que 500 indicadores ambientais diferentes. 9.1.4 Indicadores habitacionais Nessa questão alguns autores optam pela simplificação, listando apenas aspectos quantitativos, como o número de habitantes por moradia ou por metro quadrado de área construída, enquanto outros arrolam aspectos qualitativos, como o percentual das habitações com ligação de energia elétrica, água e esgoto, ou também tipo de moradia disponível. Não há, porém, nenhum indicador proeminente nesta área. 9.1.5 Indicadores educacionais Há certa unanimidade em torno desta questão: o percentual de analfabetos ou também de alfabetizados no total da população acima de 15 anos é um dos principais indicadores na área da educação. Enquanto o índice de escolarização, isto é, o percentual de jovens em idade escolar que efetivamente estão frequentando a escola é considerado um bom indicador das políticas educacionais, o índice de alfabetizados demonstra os resultados destes esforços. A questão qualitativa do ensino é muito difícil de ser tratada, dadas as especificidades de cada país. Há ainda outro indicador quantitativo: a relação alunos/professor, mas também há controvérsias sobre a utilização deste indicador. 9.2 OUTROS INDICADORES SOCIAIS 9. 2.1 O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano O Índice de Desenvolvimento Humano apresentado em 1990 pela ONU no chamado Relatório Mundial sobre o Desenvolvimento Humano, foi uma tentativa ambiciosa de comparar o desenvolvimento global e a diferenciação regional de 130 países com mais de 1 milhão de habitantes. O IDH foi composto por indicadores de três elementos essenciais à vida: esperança de vida ao nascer, alfabetização e poder de compra per capita. O UNDP projetou os valores dos três indicadores desses 130bpaíses numa escala que varia de 0 a 1: o valor do indicador parabcada país é calculado pela sua relação com o valor internacional mínimo e máximo encontrado. Com isso, é possível estabelecer a posição relativa de cada país no intervalo considerado. Com base nos três índices é extraída a média aritmética; assim, o IDH de cada país evidencia a diferença entre essa média e o índice padrão 1 (um). Se compararmos o ranking do IDH com algum ranking de renda per capita, vamos constatar que países produtores de petróleo “escorregam para baixo” (no IDH), enquanto que alguns países do ex-bloco socialista conseguem avançar algumas posições. Por outro lado, a renda per capita evidencia mais as diferenças entre os países do que as diferenças apresentadas no Índice de Desenvolvimento Humano. REFERÊNCIAS DALLAGNOL, RENATA C. CHIARINI, Apostila Economia I, FAG- FACULDADE ASSIS GURGACZ, Cascavel, 2008. DALLAGNOL, RENATA C. CHIARINI, Apostila Economia II, FAG- FACULDADE ASSIS GURGACZ, Cascavel, 2007. FINANCENTER. Indicadores Econômicos. Disponível em: http://financenter.terra.com.br/Index.cfm/Fuseaction/Secao/Id_Secao/2160. Acesso em 10/02/2009. FURTADO, Celso. Teoria e Política do Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Paz e Terra, 1967 GONÇALVES, R. R. Economia aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2003. MASLOW, A. H. Motivation and personality. New York, 1954. PINHO, D. ;VASCONCELLOS, M. ET AL. Manual de Economia, Saraiva, São Paulo, 1998. POSSAMAI, Ademar, Apostila Economia, UNERJ, Jaraguá do Sul, 2001. ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. 19 Ed. Editora Atlas, São Paulo, 2002. SILVA, C. R. L. LUIZ, S. Economia e mercados: introdução à economia. 18 ed. São Paulo: Saraiva, 2001. SOUZA, Nali de J. Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Atlas, 1993 VASCONCELOS, M. A. GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2004.