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SEMIOLOGIA DO SIST. RESPIRATÓRIO GUILHERME DRESCHER INTRODUÇÃO – SISTEMA RESPIRATÓRIO RESPIRAÇÃO: Respiração celular: é a degradação aeróbica de glicose na mitocôndria da célula para a produção de ATP Sistema respiratório: são os órgãos de animais que realizam a troca de gases com o ambiente FUNÇÃO: permitir que os animais movam oxigênio (necessário para a respiração celular) para os tecidos do corpo e removam o dióxido de carbono (resíduo da respiração celular) das células INTRODUÇÃO – SISTEMA RESPIRATÓRIO TROCAS GASOSAS: Difusão: local de maior concentração para o local de menor concentração SISTEMA CONCORRENTE: Troca gasosa é ineficiente, o equilíbrio é atingido Mamíferos SISTEMA CONTRACORRENTE: Troca gasosa é eficiente, o equilíbrio não é atingido Peixes Troca concorrente Troca contracorrente INTRODUÇÃO – SISTEMA RESPIRATÓRIO TROCA GASOSA – PEIXES Contracorrente INTRODUÇÃO – SISTEMA RESPIRATÓRIO TROCA GASOSA – MAMÍFEROS e AVES Concorrente: a troca de gases ocorre pela diferença na concentração de gases MAMÍFEROS: Depende da contração do diafragma AVES: Respiração unidirecional INTRODUÇÃO – SISTEMA RESPIRATÓRIO MAMÍFEROS: Anatomia INTRODUÇÃO – SISTEMA RESPIRATÓRIO MAMÍFEROS: Oxigênio: se difunde para as células vermelhas Gás carbônico: se difunde para o alvéolo INTRODUÇÃO – SISTEMA RESPIRATÓRIO AVES – ANATOMIA Não possuem diafragma INTRODUÇÃO – SISTEMA RESPIRATÓRIO AVES: Pulmão é rígido e muda pouco de volume Sacos aéreos são flexíveis TROCAS GASOSAS: Parabrônquios ou brônquios terciários INTRODUÇÃO – SISTEMA RESPIRATÓRIO AVES – TROCAS GASOSAS: A primeira INALAÇÃO o ar se desloca através dos brônquios para os sacos aéreos posteriores A primeira EXALAÇÃO o ar fresco se desloca dos sacos aéreos posteriores para os pulmões A segunda INALAÇÃO o ar se desloca dos pulmões para os sacos aéreos anteriores A segunda EXALAÇÃO o ar se desloca dos sacos aéreos anteriores para a traqueia e para fora 1 2 3 4 INTRODUÇÃO – SISTEMA RESPIRATÓRIO AVES – TROCAS GASOSAS: EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO ANAMNESE: realizar o mais completa possível, levando em conta as particularidades dos animais Cães braquiocefálios: maior predisposição Gatos Siameses: asma Equinos: garrotilho (bolsa gutural) Bovinos: inalação de corpo estranho Suínos: micoplasma e pneumonias durante a criação Aves: micoplasma e aerossaculite (amônia do aviário) EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO PARÂMETROS RESPIRATÓRIOS: EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO PRINCIPAIS ALTERAÇÕES: Espirros: Tosse: Dispneia (taquipneia ou bradipneia): Secreções: Ruídos anormais: EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO TÉCNICAS UTILIZADAS: EXAME EXTERNO – NARINAS E TÓRAX: Inspeção: observar alguma alteração visível no animal Secreção nasal, tosse, espirro... Palpação: observar alteração na sensibilidade da cabeça e traqueia Sensibilidade a dor, crepitação, elasticidade... Funcional: observar o fluxo nasal, o ar expirado e os ruídos nasais EXAME INTERNO – SEIOS PARANASAIS, LARINGE, TRAQUEIA e TÓRAX: Percussão: exame anatômico Sonoridade, elasticidade e conteúdo torácico Auscultação: exame funcional Frequência respiratória, amplitude e profundidade respiratória, tipo respiratório, ritmo respiratório e dispneia EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME EXTERNO NARINAS – INSPEÇÃO: AVALIAR: Narinas, fossa nasais e seios nasais VERIFICAR: Presença de feridas traumáticas, lesões (vesículas, pápulas...) e secreções EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME EXTERNO NARINAS – INSPEÇÃO: AVALIAR: Posição anatômica, fluxo respiratório e umidade na narina VERIFICAR: Desvios de septo, temperatura do ar exalado, quantidade de ar exalado... EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME INTERNO NARINAS – INSPEÇÃO: AVALIAR: Cor (normal, anêmica, ictérica ou cianótica) e aparência VERIFICAR: Presença de lesões, nódulos, feridas, cicatrizes e secreções EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME INTERNO – PALPAÇÃO FARINGE: GRANDES ANIMAIS: Introduzir os dedos na narina e na boca do animal EXAME EXTERNO – PALPAÇÃO EXTERNA: AVALIAR: Sensibilidade, temperatura... VERIFICAR: Consistência, elasticidade e crepitação EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME EXTERNO NARINAS – FUNCIONAL: FLUXO NASAL – AVALIAR: Quantidade: enfermidades com maior comprometimento pulmonar reduzem a quantidade de ar expelida Aparição: verificar se o fluxo nasal é unidirecional (Cavidade nasal) ou bidirecional (bolsa gutural, pulmões...) Exame macroscópico: Aspecto: normal, seroso ou muco Consistência: purulento é denso e viscoso Coloração: fisiológico é incolor Odor: normalmente é inodoro Exame microscópico: pode ser realizado um exame microscópico da secreção para identificar o microrganismo EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME EXTERNO NARINAS – FUNCIONAL: AR EXPIRADO – AVALIAR: Temperatura e volume: colocar a região dorsal da mão na frente das narinas Força e odor: avaliar a quantidade de ar expelido e o odor RUÍDOS NASAIS – AVALIAR: Sons ordinários: Considerados normais: mugido do bovino, relinchar do equino... Anormais: ronquidão, vibratórios... EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME EXTERNO e INTERNO TÓRAX: INSPEÇÃO: avaliar a forma e o volume do tórax PALPAÇÃO: avaliar a sensibilidade a dor, consistência... PERCUSSÃO: definição da área pulmonar AUSCULTAÇÃO: avaliação funcional EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME EXTERNO TÓRAX: INSPEÇÃO: Forma: a forma normal se deve a constituição genética de cada animal, o médico veterinário clínico deve observar um aspecto harmônico entre o tórax e o abdômen do animal Desvios da coluna: Cifose: desvio da coluna vertebral com a convexidade dorsal Lordose: desvio da coluna vertebral com a convexidade ventral Escoliose: desvio lateral da coluna Volume: observar o volume do tórax com a finalidade de observar lesões unilaterais EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME EXTERNO TÓRAX: PALPAÇÃO: em caninos e felinos se deve realizar a palpação do tórax utilizando ambas as mão no sentido do abdômen, em bovinos e equinos a palpação deve ser realizada com apenas uma das mãos Obter informações sobre: sensibilidade, temperatura, deformações, forma, tamanho, sensibilidade e presença de frêmitos Frêmitos: vibração perceptível através do tato, ele é provocado pelo atrito de membranas internas Frêmito pleural: pode ser observado nas porções inferiores e laterais do tórax, ocorre quando existe algum processo inflamatório na pleura, o que deixa a pleura rugosa e assim as vibrações são sentidas EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME EXTERNO TÓRAX: PERCUSSÃO: podemos avaliar a sonoridade, elasticidade e sensibilidade do conteúdo torácico Área pulmonar: o pulmão apresenta uma forma de triângulo retângulo, sendo que em bovinos a área pulmonar se estende até a região cranial da escápula Som normal: é claro, forte e grave Alterações: Fisiológicas: o som da percussão é mais fraco em animais gordos e mais intenso em animais raquíticos Patológicos: quando existe a presença de conteúdo nos alvéolos pulmonares EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME INTERNO TÓRAX – AUSCULTAÇÃO OU FUNCIONAL: FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: é o númerode movimentos respiratórios completos que se produzem em um determinado tempo (minuto) Fisiológica: animais jovens apresentam uma frequência respiratória acelerada Aumento: exercício físico, gestação, temperatura ambiente... Redução: repouso Patológica: Aumento: timpanismo (bovinos), torção intestino delgado, vôlvulo intestinal... Redução: fármacos e perda da sensibilidade do sistema nervoso EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME INTERNO TÓRAX – AUSCULTAÇÃO OU FUNCIONAL: AMPLITUDE RESPIRATÓRIA: é definida como a maior e a menor profundidade que um animal demonstra durante a realização dos movimentos respiratórios Aumentada: respiração profunda Diminuída: respiração superficial PROFUNDIDADE RESPIRATÓRIA: está relacionada com a quantidade de ar inspirado em cada movimento respiratório Respiração superficial: podemos observar uma redução na quantidade de ar inspirado em cada movimento respiratório. Dor pleural ou na parede interna das costelas Respiração profunda: podemos observar um aumento na quantidade de ar inspirado em cada movimento respiratório EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME INTERNO TÓRAX – AUSCULTAÇÃO OU FUNCIONAL: TIPO RESPIRATÓRIO: o tipo respiratório dos animais é costo- abdominal Costal e peitoral: os movimentos da parede torácica é predominante nos animais Abdominal: os movimentos abdominais são dominantes sobre os movimentos torácicos RITMO RESPIRATÓRIO: é a relação constante entre a inspiração e a expiração do ar e o tempo necessário para cada movimento respiratório. Nos animais a inspiração é mais curta que a expiração Arritmia: desigualdade no intervalo entre os movimentos respiratórios EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME INTERNO TÓRAX – AUSCULTAÇÃO OU FUNCIONAL: RITMO RESPIRATÓRIO: Respiração de Biot: apresenta de 4 a 5 movimentos respiratórios normais seguido de um período de apneia Lesões cerebrais Respiração de Cheyne Stockes: movimentos respiratórios irregulares, seguido de um período crescente e depois decrescente Lesões cerebrais (apneia do sono) Respiração de Kussmaul: cada movimento é separado por uma pausa (inspiração, pausa, expiração, pausa) Acidose metabólica Inspiração prolongada: processos obstrutivos Expiração prolongada: enfisema pulmonar Respiração curta: ambas as fases cortadas (processos dolorosos no tórax) EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME INTERNO TÓRAX – AUSCULTAÇÃO OU FUNCIONAL: RITMO RESPIRATÓRIO: Expiração em dois tempos: a inspiração é normal, no entanto a expiração ocorre em dois tempos Perda de elasticidade pulmonar Respiração sobressalente: após a inspiração ocorrem contrações rápidas do diafragma no final da inspiração e no final da expiração Enfisema pulmonar crônico em equinos Respiração escalonada: contrações rápidas do diafragma são observadas na inspiração e na expiração Dispneia: é toda e qualquer dificuldade respiratória, onde o animal sempre adota uma posição característica, em estação com a cabeça estirada, membros separados do corpo e expressão facial ansiosa EXAME CLÍNICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO EXAME INTERNO TÓRAX – AUSCULTAÇÃO OU FUNCIONAL: SONS ANORMAIS: Roncos: sons graves, pode ocorrer na inspiração e na expiração Secreção nos alvéolos pulmonares Sibilos: sons agudos, semelhante ao som de um balão sendo esvaziado Quadros de asma Congestão pulmonar Estridor: é um som mais grosseiro, semelhante ao gargarejo Vias aéreas obstruídas Estertores ou crepitação: é um som semelhante ao do produzido pelo atrito de um chumaço de cabelo, pode ser observado na inspiração Presença de secreção nos alvéolos
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