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31/07/2017 1 FILO CNIDARIA Profª Dra. Nidia Silva Menegazzo Zoologia dos Invertebrados I 31/07/2017 2 Significado do termo Cnidaria Do grego, Knide = urtiga, que arde, queima, irrita. Presença de células chamadas cnidócitos, as quais contêm organelas urticantes: os nematocistos Nematocistos: cápsulas explosivas que descarregam substâncias tóxicas, presentes nos tentáculos. Termo Coelenterata: do grego, Koilos, buraco, enteron, intestino - uso indevido como sinônimo. HABITAT Cerca de 11.000 espécies descritas. Maioria marinhas; formas coloniais fixas são as mais numerosas. Tamanho: de microscópicas até 2 metros de diâmetro e tentáculos com 30 metros. 31/07/2017 3 Abundantes no plâncton e no benton, desde a região entremarés até grandes profundidades abissais, do Equador aos Pólos. Principalmente sésseis; locomoção e natação lenta. Eficientes predadores. Maior diversidade ocorre em águas marinhas tropicais rasas: águas-vivas; corais pétreos; zoantídeos; octocorais. Águas mais frias: hidróides e anêmonas-do- mar. Água doce: hidras e alguns hidróides. Porpita Velella 31/07/2017 4 Classe Anthozoa ( Anêmonas, corais pétreos e octocorais) Principais predadores dos cnidários Ctenóforos, moluscos, platelmintos, peixes, tartarugas, estrelas-do-mar, ouriços-do-mar. 31/07/2017 5 Simbiose Comensais em conchas e outras superfícies do hospedeiro. Mutualismo entre algas e hidras de água doce e corais formadores de recifes. Peixe-palhaço (Amphiprion ) e anêmona-do-mar Importância dos cnidários Corais construtores de recifes. Peixes e outros animais associados ao recife fornecem alimento para outros animais e o ser humano. Recifes: atrações turísticas. Rochas coralinas servem para construções. Corallium: confecção de jóias. Cnidários podem causar queimaduras graves em seres humanos (Chironex fleckeri). 31/07/2017 6 Características Gerais Animais diblásticos: ectoderme epiderme endoderme gastroderme Simetria radial ou assimétricos. Eixo ântero-posterior da larva torna-se eixo oral- aboral do adulto. Boca rodeada de tentáculos: única abertura corporal. Cavidade gastrovascular: cavidade digestiva - saco simples ou dividida em câmaras, bolsas ou canais. Forma e Função Dimorfismo: presença de dois tipos morfológicos: Pólipo ou forma hidróide: adaptada a vida séssil ou sedentária. Medusa ou forma de água viva: existência flutuante ou livre- natante. 31/07/2017 7 Obelia Formas corporais básicas Pólipo: eixo de simetria oral-aboral alongado; forma colunar ou cilíndrica. Disco basal adesivo na região aboral; fixação ao substrato. Extremidade oral (boca e tentáculos) direcionada para cima. Mesogléia forma camada delgada. Podem viver isoladamente ou em colônias. 31/07/2017 8 Medusa: eixo oral-aboral curto; corpo alargado, com forma de guarda- chuva,sino, pires, campânula ou cubo. Boca localizada no centro da superfície inferior côncava. Tentáculos presos na margem do sino. Mesogléia espessa. Simetria tetrâmera. Chrysaora lactea Metridium 31/07/2017 9 Parede Corporal Epitélio externo: epiderme, de origem ectodérmica. Epitélio interno: gastroderme, de origem endodérmica, reveste a cavidade gastrovascular. Mesogléia: camada extracelular localizada entre os epitélios: lâmina fina e acelular nos pólipos de Hydrozoa. camada gelatinosa, translúcida e espessa, com ou sem células em Scyphozoa, Cubozoa e Anthozoa. 31/07/2017 10 Cnidócito Célula característica dos cnidários. Ovóide ou redonda, com núcleo basal, que contém estrutura urticante capaz de eversão chamada cnido. Nematocisto: tipo mais comum de cnido. Mecanismo de descarga: alteração rápida da pressão osmótica intracapsular. Nematocisto descarregados são substituídos em 48 horas pelas células intersticiais. Cnidócito 31/07/2017 11 Exoesqueleto ou endoesqueleto de quitina, calcário ou proteínas. Pode ser ausente. Ausência de órgãos circulatórios: cílios da gastroderme e contrações corporais promovem circulação do conteúdo da cavidade gastrovascular e eliminação através da boca. Trocas gasosas e excreção de resíduos nitrogenados, principalmente amônia, ocorrem por difusão em toda superfície corporal. Sistema Nervoso Rede nervosa: difusa. Plexo de células nervosas na base da epiderme e da gastroderme – redes interconectadas. Impulsos transmitidos através da liberação de neurotransmissores. Sinapses têm vesículas de neurotransmissores em ambos os lados – transmissão em qualquer direção. 31/07/2017 12 Classes dos Cnidários – Classe Hydrozoa Cerca de 3.000 espécies. Solitários ou coloniais, a maioria marinhos. Água doce: hidras e pequenas águas-vivas. Formas corporais: maioria das espécies possui um estágio polipóide em seu ciclo de vida: alguns possuem apenas a forma medusóide; hidras são pólipos solitários; maioria colonial e com aspecto de planta. Eudendrium Tubularia Classe Scyphozoa Incluí a maioria das formas medusóides conhecidas por “água-viva” ou “mãe-d’-água” Cerca de 200 espécies descritas, marinhas, principalmente de águas tropicais e sub-tropicais. Muitas espécies encontradas em mar aberto costeiro, outras em profundidades maiores e algumas vivem fixas em algas. Alternam as formas polipóides e medusóides em seu ciclo de vida. Forma medusóide é dominante e evidente no ciclo Cyanea capillata 31/07/2017 13 Classe Cubozoa Composta por 25 espécies, distribuídas em águas tropicais e subtropicais, costeiras. Chamadas de caixa-do-mar, com umbrela com forma cuboidal. Chironex fleckeri Classe Staurozoa Classe mais recente de cnidários (proposta em 2004 por Marques & Collins). Medusa que vivem fixas a um substrato (geralmente rochas ou algas). Há cerca de 50 espécies reconhecidas, a maioria das quais com menos de 5 cm de diâmetro. São típicas de águas frias e habitam as zonas intertidal e subtidal. 31/07/2017 14 Classe Anthozoa Cerca de 6.500 sp de cnidários marinhos sésseis, encontrados em águas raras e profundas, em mares tropicais e polares. Exclusivamente polipóides; estágio de medusa completamente ausente. Podem ser solitários ou coloniais. Pólipos com aparência de flor (do grego, anthos, flor, zoon, animal). Filogenia dos Cnidaria 31/07/2017 15 Bibliografia consultada HICKMAN JR., Cleveland P. Princípios integrados de zoologia. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Capítulo 12. PECHENIK, Jan A. Biologia dos invertebrados. 7ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. Capítulo 4. RUPPERT, Edward E.; FOX, Ricchard S.; BARNES, Robert D. Zoologia dos invertebrados – uma abordagem funcional-evolutiva. 7ª ed. São Paulo: Roca, 2005. Capítulo 5. ROCHA, Rosana M. da; RIBEIRO-COSTA, Cibele S. Invertebrados – manual de aulas práticas. 2ª ed. Ribeirão Preto: Holos, 2006. páginas 17- 25.
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