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Z O O L O G I A 1 Filo Ctenophora • Cerca de 150 espécies descritas • ~14 espécies no Brasil • Grego: Ktenos = pente; phero = portar • 8 fileiras (pentes=ctenos) de cílios: locomoção - Milhares de cílios paralelos, com batimento coordenado • Aquáticos: marinhos ou estuarinos • Muitas espécies novas de mar profundo • Coloblastos: captura de presas (adesivo) • Hermafroditas: capazes de autofecundação • Tamanho: 10-30 cm - Algumas (gênero Cestum) podem atingir 1,5m Morfologia Geral • Corpo gelatinoso (mesogleia) e transparente/translúcido • Possuem lâmina basal • Nervos bem desenvolvidos • Epiderme, gastroderme. Mesoderme? • Cavidade gastrovascular (estômago) é a única cavidade do corpo, com faringe (estodomeu) e canais ramificados. Boca e poros anais • De cada bainha tentacular sai tentáculo longo, contrátil, geralmente ramificado (tentila) - Recoberto por estruturas adesivas: coloblastos • Coloblastos (=colócitos): células adesivas, que secretam uma substância pegajosa que é utilizada para pegar e segurar presas • Simetria rotacional: 3 planos de simetria e nenhum gera imagens especulares: - 1 definido pela posição das duas bainhas tentaculares opostas; - 1 pela faringe, geralmente achatada - 1 definido pelos poros anais • Formas corporais variáveis: ovaladas, achatadas, comprimidas Morfologia Interna • Epiderme e gastroderme • Abaixo da epiderme: espessa camada gelatinosa = mesogleia • Fibras musculares ao longo de toda a epiderme e mesogleia • Músculos longitudinais e circulares • Internamente: conjunto de canais gastrovasculares Sustentação • Ctenophora: constituídos, sobretudo, por água (95% de seu peso úmido) • Sem esqueleto rígido • Dependem da espessa camada de mesogleia para sua sustentação estrutural • Associação musculatura + mesogleia: enrijecimento Movimentação • Ctenóforos: maiores animais a utilizarem cílios para se locomover • Ctenos: milhares de cílios longos e fundidos que atuam em sincronia, como se fossem remos • Onda de movimento no sentido: oral-aboral • Animal desloca-se com a extremidade oral voltada para frente • Corpo gelatinoso e aquoso: flutuabilidade neutra, transporte passivo pelas correntes marinhas por longas distâncias Alimentação • Carnivoros: maioria se alimenta de crustáceos, cnidários, larvas de invertebrados e peixes • Grande capacidade de extensão: tentáculos e tentilas possuem eixo de musculatura e revestimento epidérmico repleto de coloblastos • Assim: presas ficam aderidas • Coloblastos: presentes apenas em Ctenophora • Algumas espécies engolem diretamente a presa inteira Digestão • Transferido para a boca, alimento é conduzido à faringe e então para o estômago, onde a digestão ocorre. • Rede complexa de canais • Praticamente todos os dejetos são eliminados pela boca • Canais anais: hipótese que não são funcionais como o ânus, apenas eliminando o excesso de água na cavidade gastrovascular quando alimento é ingerido, e hipótese de que são funcionais, agindo na evacuação de restos da digestão Trocas gasosas, circulação, excreção • Sem sistemas circulatório, respiratório e excretor • Além do papel da digestão, sistema gastrovascular: distribui nutrientes e transporta gases dissolvidos e excretas • Trocas gasosas, distribuição de nutrientes e excreção: difusão • Batimento dos pentes: mantém água ao redor do corpo sempre renovada Sistema Nervoso • Redes nervosas não centralizadas • Elementos nervosos concentrados ao redor da boca e dos tentáculos • Órgão apical: principal estrutura sensorial dos ctenóforos. Controla os pentes - Formado por estatólio (estrutura calcária) coberto por um tipo de cúpula transparente formada por cílios longos não móveis • Ajuste na posição na coluna d’água. Reprodução e desenvolvimento • Maioria: hermafrodita silmultâneo. Algumas dioicas. Reprodução assexuada incomum • Gônadas se formam na parede dos canais meridionais • Gametas liberados na água: óvulos liberados logo após os espermatozoides • Fecundação externa ou interna, com possibilidade de autofecundação • Desenvolvimento indireto, com estágio larval (cidipídio), ou direto • Reprodução assexuada incomum (fragmentação). Regeneração comum. Curiosidades • Bioluminescência: ativação de um complexo de fotoproteínas (fotócitos). Localizadas nos canais meridionais, que catalisam enzimas e produzem luz • Irisdescência: luz difratada pelos pentes em movimento produzem um efeito arco-íris, causado pela dispersão da luz que ocorre com o movimento dos pentes • Ctenóforos pelágicos (águas rasas, profundas, costeiros e oceânicos): - Corpos globulosos e translúcidos, consistência gelatinosa e frágil - Sazonais: mais comuns na primavera e verão - Predadas por medusas, tartarugas-marinhas, peixes • Ocasionalmente podem formar grandes agregados em regiões costeiras e estuarinas (naturalmente ou devido à fatores antrópicos • Dificuldade de estudo: preservação • Alguns podem ser bentônicos: - Platictenídeos: em quase nada se parecem com ctenóforos pelágicos - Epibiontes de cnidários, equinodermos e macroalgas. Geralmente rastejam sobre o substrato. Corpos opacos e achatados - Geralmente sem ctenos (adultos), mas coloblastos e tentáculos Evolução • Mais antigo fóssil de Ctenophora: início do Cambriano, cerca de 540 milhões de anos atrás. • Relações filogenéticas dentro de Ctenophora: ainda confusas. Classe Nuda (sem tentáculos) e Classe Tentaculata (com tentáculos) aparentemente não são monofiléticas. • Apomorfias: 1) Placas de pentes (ctenos) em oito faixas orais/aborais 2) Coloblastos (estruturas adesivas nos tentáculos) • Posição incerta • Características exclusivas fazem com que ctenóforos não sejam facilmente encaixados nos modelos filogenéticos clássicos - Essas não são mais aceitas - Essa é mais aceita atualmente
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