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CURSO: HOSPEDAGEM Disciplina: Planejamento e Organização de Eventos PROF° Cleiton Barros CERIMONIAL, PROTOCOLO EM EVENTOS Aula 2 PROTOCOLO É: • Conjunto de normas jurídicas, regras de comportamentos, costumes e ritos de uma sociedade em um dado momento histórico, geralmente utilizadas nos três níveis de governo (federal, estadual e municipal). O cerimonial é rito? • A palavra cerimonial sempre esteve associada à palavra ritual, até mesmo nos dicionários de língua. Recuperando a perspectiva da Antropologia é possível buscar o elo entre esses dois termos. Essa atividade também organiza o que não está organizado, atribuindo sentido e estabelecendo atores sociais para legitimar essa “arrumação”. Legislações do cerimonial público e ordem geral de precedência • No Brasil, o termo cerimonial foi consagrado pelo Decreto 70.274, de 9 de março de 1972, que aprovou as “Normas do Cerimonial Público e Ordem Geral de Precedência”, a legislação que rege a prática dessa atividade no país. • A LEGISLAÇÃO MILITAR • A legislação de cerimonial militar tem como fundamento o Decreto nº. 6.806, de 25 de março de 2009. Traz alguns ensinamentos de precedências e de uso e culto dos Símbolos Nacionais. Precedência • Ordem pela qual se estabelece a estrutura máxima do estado, na medida em que determina a ordem hierárquica de disposição das autoridades de um estado, organismo ou de todo grupo social... resultando na definição de tratamento adequado e correto para cada pessoa e, consequentemente, na definição de lugares. O conhecimento das normas de precedência auxiliará também o profissional e eventos a dimensionar a importância da escala hierárquica, em qualquer situação ou evento que irá trabalhar ORDEM DE a t dNós não teremos todas s ordens de precedência decoradas, porém, é interessante ermos o conhecimento a sequencia. PRECEDÊNCIA É preciso ter o conhecimento básico, pra evitar qualquer tipo de constrangimento. A prática é a melhor maneira de aprender esta sequencia. Critérios de precedência 1- Critério de força: No esporte prevalece sem contestação, apesar do uso de modernas tecnologias; 3. Critério cultural ou do saber: é dado a alguém em razão do seu conhecimento; 5. Critério nobiliárquico: é o hierárquico acrescido de títulos de nobreza, de altas autoridades religiosas e de altas patentes militares; 7. Critério de idade: é muito valorizado na civilização oriental e subsidiariamente no cerimonial público. Nelson Speers 2. Critério econômico: ligado a nossas estruturas sociais 4. Critério hierárquico: é o mais pacífico. É hierarquizar os membros que compõe a estrutura de um organismo. 6- Critério de anfitrião: embora não sendo a autoridade de maior precedência, o anfitrião é usado como ponto de partida; 8. CRITÉRIO DO SEXO: entre nós ocidentais é a precedência da mulher sobre o homem. Em outras culturas o critério se inverte; 9. CRITÉRIO DE ANTIGUIDADE: é usado em igualdades hierárquicas, como diplomatas, magistrados e militares; 10. CRITÉRIO DE INTERESSE: é para obter vantagens; 11. CRITÉRIO DE ORDEM ALFABÉTICA: é dos mais práticos, bastante usado quando há dificuldades em estabelecer alguma ordem hierárquica; 12. CRITÉRIO HONORÍFICO: é transitório, em razão de alguma comenda ou honraria; 13. CRITÉRIO HISTÓRICO: é pela data de criação, fundação ou constituição; 14. CRITÉRIO SOCIAL: recebe toda atenção e consideração em ocasiões especiais, tais como aniversários, casamentos, homenagens especiais e outros. Primazia Referência abstrata e imaginária ao lugar de honra ocupado por alguém que detém um cargo de relevância, do que ao cargo propriamente dito. • A primazia do lugar central e o da direita deste, retratada na Bíblia, no decorrer da história foi sendo assimilada pelas autoridades laicas, em especial durante a idade média, por causa da ascendência que os Papas tinham sobre os soberanos cristãos do ocidente (DAVID, 2009). “Ele subiu ao céu e está sentado à direita de Deus, após ter submetido os anjos, as dominações e os poderes (1Pe 3, 22)”. AUTORIDADES EM EVENTOS NÃO OFICIAIS • Quando do comparecimento de autoridades, principalmente ligadas ao governo, devemos primeiramente saber qual a importância de cada uma delas tem na escala hierárquica. • Em caso de eventos não oficiais com a presença de autoridades em estabelecimentos ou sedes que não possuam vínculo com qualquer nível de governo, deverá prevalecer a precedência federal 70.274. ORDEM DA SAUDAÇÃO E DOS PRONUNCIAMENTOS • Para fazer a saudação, bem como a composição da mesa de autoridades, a ordem a ser seguida deve ser sempre da mais importante para a menos importante. • Já em relação aos pronunciamentos, a ordem para se chamar é do menos importante para o mais importante, como por exemplo: MENOR AUTORIDADE AUTORIDADE INTERMEDIÁRIA MAIOR P R ONUNCI A MEN T OSAUTORIDADE QUANDO CITAR AUTORIDADES PRESENTES • Demais autoridades, que não fazem parte da mesa, devem ser citadas logo após a composição desta. • Para não correr o risco de desprestigiar alguém que não se identificou, citar nomes incorretos ou desatualizados, sugere- se citar apenas os órgãos presentes. PRONUNCIAMENTOS • Para evitar que o evento tenha pronunciamentos longos o cerimonial pede que: Os integrantes da mesa, que farão uso da palavra, sejam avisados sobre onde se sentarão e do tempo ideal de pronunciamento (usando o bom senso); • Os discursos para a sessão de abertura devem ser feitos na própria mesa, estando o discursante de pé ou sentado, se preferir; • O púlpito ou a tribuna deverá ser utilizado pelo Mestre de Cerimônias e pelos conferencistas; Não é necessário que todos façam uso da palavra, mas que sejam avisados/consultados com antecedência se poderão se pronunciar ou não. COMPOSIÇÃO DA MESA DE HONRA • A designação de lugares é uma decorrência natural da precedência. • A mesa principal ou diretiva é formada a partir da pessoa mais importante (dono da casa), com os demais colocados à direita e à esquerda do anfitrião. Importante ressaltar que esse critério de direita e esquerda é relativo ao centro da mesa e não em relação ao auditório. Deve ser sempre da mais importante para a menos importante. TIPOS DE MESA • Em toda cerimônia, um dos aspectos mais importantes é o referente à hierarquia. • Tomamos por base dois diagramas: • Mesa ímpar e Mesa par. Chama-se a atenção para a composição de mesa o cuidado para não deixar as mulheres ocupando as pontas da mesa salvo quando a ordem de precedência assim requerer. Mesa Impar Mesa Par Mesa Par Mesa em forma de U Mesa em forma de E ou de Pente Mesa em forma de T Formato Oval Mesa Redonda Mesa Quadrada Poderes da República: Com a independência dos poderes prevista na atual Constituição, o Presidente e o Vice- Presidente da República, tem precedência em todos os eventos a que comparecerem, exceto os dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, em que a precedência é dos respectivos Presidentes; Municípios (Prefeitos): •Da Capital do Estado tenha precedência sobre os demais; •Demais prefeitos sugere que seja pelo número de habitantes o que convenhamos é inviável. • O bom senso recomenda que seja utilizado um critério mais prático; Ministérios: critério histórico; Estados: critériohistórico, que inclui símbolos estaduais, governantes e parlamentares, seguindo-se o Distrito Federal; Países: ordem alfabética, do país sede do evento; Militares: Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícias Militares e Corpos de Bombeiro Militar. O Uso dos Símbolos Nacionais – A Bandeira Nacional Os Símbolos Nacionais Em todos os eventos públicos e dependendo do evento privado, são utilizados alguns dos símbolos nacionais. 1. A Bandeira Nacional; 2. O Hino Nacional; 3. As Armas Nacionais; 4. O Selo Nacional. Ordem Geral de Precedência entre Bandeiras A precedência entre bandeiras é um assunto delicado, pois a colocação incorreta ou esquecimento ocasiona atritos entre estados, municípios, empresas ou países A Bandeira Nacional em todas as apresentações no território nacional, ocupa lugar de honra, compreendido como uma posição: – Central ou a mais próxima do centro e à direita deste, quando com outras bandeiras, pavilhões ou estandartes, Destacada à frente de outras bandeiras, quando conduzida em formaturas ou desfiles; À direita de tribunais, púlpitos, mesas de reunião ou de trabalho. Considera-se direita de um dispositivo de bandeira a direita de uma pessoa colocada junto a ele e voltada para a plateia, para o público que observa o dispositivo. BANDEIRA NACIONAL Sempre à direita das tribunas, púlpitos ou mesas de reunião, diretora e de trabalho. Central, distendida sem mastro, não podendo ser ocultada, mesmo parcialmente Hasteamento da Bandeira Se uma bandeira for hasteada à noite, deve ser iluminada. O hasteamento da bandeira deve ser feito, descendo-a devagar e cerimoniosamente Pode ser hasteada e arriada a qualquer hora do dia ou da noite. Normalmente faz-se o hasteamento às 8 horas e o arriamento às 18 horas. No dia 19 de novembro, Dia da Bandeira, o hasteamento é realizado às 12 horas, com solenidades especiais. Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas simultaneamente, a Bandeira Nacional é a primeira a atingir o topo e a última a descer. A Bandeira Nacional ocupará sempre o centro. A partir dela são colocadas as demais, por ordem de precedência ou alfabética, a partir da sua direita. Caso esteja com somente uma, a outra ficará à esquerda. NOTA: a posição direita ou esquerda é sempre vista, l u g ar da b a n d e i r a e o l h a n d o p a r a a p l a t e i a.posicionando-se no Composição de Bandeiras Pares Composição de Bandeiras Ímpares Nota: são duas as formas de precedência entre as bandeiras estrangeiras: Por ordem alfabética (a mais usada). Por ordem de chegada dos chefes de missão. Em eventos as bandeiras já poderão estar hasteadas, ou se houver hasteamento, o mesmo deverá ser feito ao som do Hino Nacional; No início da cerimônia, e o coordenador indicará quem deverá hasteá-las A maior autoridade presente hasteia a Bandeira Nacional. Normalmente o hasteamento de bandeiras e a execução do Hino Nacional antecedem o corte simbólico da fita em cerimônias de inaugurações. PROVIDÊNCIAS Em dias de luto nacional, todas as bandeiras deverão ser hasteadas a meio mastro. Para hastear a bandeira a meio mastro a mesma deverá atingir o topo do mastro e depois ser arriada até o meio. Atos de desrespeito à Bandeira brasileira Apresentar a Bandeira em mau estado de conservação; Alterar sua forma, cores, proporções ou inscrições; Usá-la para cobrir o corpo; Utilizá-la como guardanapo, toalha de mesa; Como cobertura de placas, retratos, painéis ou monumentos a inaugurar; Estampá-la em produtos expostos à venda. 6 de agosto de 1971 Distingui-lo das demais autoridades civis. EXECUÇÃO DE HINOS HINO NACIONAL BRASILEIRO Deve ser executado antes de hinos de estados e outros hinos; Sua execução NÃO EXIGE posicionamento em direção a bandeira nacional. É necessário apenas que estejam todos de pé, com boa postura, atenção e respeito e, no caso dos militares, a posição de sentido. –No caso da execução vocal, serão sempre cantadas as duas partes do hino; – Será executado na ocasião do hasteamento da Bandeira Nacional; –A execução do Hino Nacional só terá início quando a maior autoridade houver ocupado o seu lugar; –É vedada a execução de quaisquer arranjos vocais e artístico instrumentais do Hino Nacional –Os civis devem estar com a cabeça descoberta e os militares em continência EXECUÇÃO DE HINOS HINO DE NAÇÃO ESTRANGEIRA Pelo princípio da cortesia, deve ser executado antes do hino nacional brasileiro; Referência: Lei Federal nº 5.700/71 – § 4º – art. 25. Dispõe sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais. ARMAS NACIONAIS • O Brasão de Armas do Brasil foi idealizado pelo engenheiro Artur Zauer e desenhado por Luís Gruder sob encomenda própria do Presidente Manuel Deodoro da Fonseca. • As armas nacionais, ou brasão nacional, compõe também a Faixa Presidencial, na parte frontal da mesma. SELO NACIONAL É usado para autenticar os atos de governo, os diplomas e certificados expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas. CONFIRMAÇÃO DE PRESENÇA Necessário para qualquer tipo de cerimônia; Confirmação de autoridades (Acomodação, recepção, transporte, hospedagens; PLANEJAMENTO Falta de lugar; Composição da mesa Excesso de mesas desocupadas; Controle do Buffet. FORMAIS Convites ELABORAÇÃO PRINCIPAIS INFORMAÇÕES: 1. QUEM CONVIDA? 2. PARA QUE CONVIDA? 3. QUANDO SERÁ? 4. ONDE SERÁ? INFORMAÇÕES ADICIONAIS: 1. DEFINIÇÃO DO TRAJE 2. PEDIDO DE CONFIRMAÇÃO (R S V P) 3. OUTRAS ORIENTAÇÕES (Pessoal e intransferível, valor) Convite 1 Convite 2 CONVITE O Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral tem a satisfação de convidá-lo para o jantar comemorativo do aniversário do estado do Rio de Janeiro, a realizar-se às vinte horas e trinta minutos, do dia vinte de cinco de janeiro de dois mil e três, no Palácio Guanabara, à Rua Pinheiro Machado, s /nº - Laranjeiras. Traje: Passeio Completo Favor confirmar presença - (21) 2222-6666 com Maria CUIDADOS AO CONVIDAR AO CONVIDAR: tem: a honra Autoridade / Superior; o prazer = a satisfação Amigos, pares e subordinados; Prazo de envio •Autoridades, palestrantes 30 dias •Convites com adesão, trajes 30 dias •Demais 10 dias •Informal Não definido. Convites Informais • Um convite informal ou não formal pode ser realizado de muitas formas e não requer de todos os passos do convite formal. O importante nos convites não formais é: • O remetente ou organizador do evento. • O motivo pelo qual se realiza o evento. Pode-se usar um tom direto e pessoal. • Confirmação de assistência ao evento. Coloque seu e-mail ou telefone. • Um evento de Facebook. • Capa Critérios de Avaliação Pré- projeto • Descriçãoda Temática • Relação com a disciplina • Objetivos gerais/ específicos • Material e método • Roteiro/Script • Análise de custos • Convite • Considerações finais "A Grandeza não consiste em receber honras, mas sim em merecê-las." Aristóteles
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