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UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS
JURÍDICAS
 
 
 
 
Renato Mendes de Oliveira
– T47171-0
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
 
ATIVIDADES DO 3º
SEMESTRE – ELABORAÇÃO DE PESQUISA TEMÁTICA SOBRE SANÇÕES
PELA NÃO OBSERVÂNCIA DOS PRAZOS PROCESSUAIS.
 
 
 
 
Trabalho de Estudos Disciplinares para o cumprimento da
grade curricular correspondente ao curso de Bacharelado em Direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo
2018
 Sumário
 SANÇÕES PELA NÃO
 OBSERVÂNCIA DOS PRAZOS PROCESSUAIS.. 3
 Introdução. 3
 Conceito
 de tempo processual 3
 A)         Dilatórios
 e Peremptórios. 4
 B)
 Próprios e Impróprios. 5
 C)
 Legais, Judiciais e Convencionais. 5
 D)
 Comuns e Particulares. 5
 Contagem
 dos prazos. 6
 A)
 Termo inicial 6
 B)
 Termo Final 6
 C)
 Correr e Contar 6
 D)
 Suspensão do prazo. 7
 Prazos
 Para as Partes. 7
 Prazos
 para o Juiz e Seus Auxiliares. 8
 Prazos
 para o Ministério Público e à Fazenda Pública. 8
 Inobservância
 dos Prazos Processuais e suas Penalidades. 8
 A)         Serventuários. 8
 B)
 Partes. 8
 C)
 Juiz. 9
 Conclusão. 9
 BIBLIOGRAFIA: 9
  
 
 
 
SANÇÕES PELA NÃO
OBSERVÂNCIA DOS PRAZOS PROCESSUAIS
Introdução
O processo exterioriza-se como uma sucessão ordenada
de atos, desde a petição inicial até o ato-fim, que
é a sentença, podendo prosseguir em segundo grau de
jurisdição havendo recurso. A fim de impedir o prolongamento
interminável do processo, a lei estabelece prazos dentro dos quais os
atos devem ser praticados, quer para as partes, quer para o juiz e auxiliares
da justiça.
Ensina o eminente jurista Humberto Theodoro Júnior
que "o impulso do processo rumo ao provimento jurisdicional
(composição do litígio) está presidido pelo sistema
da oficialidade, ou sorte que, com ou sem colaboração das partes,
a relação processual segue sua marcha procedimental em
razão de imperativos jurídicos lastreados, precipuamente, no
mecanismo dos prazos".
Nesse sentido, merece ser relembrada a imagem de Couture,
para quem "o processo não é uma coisa feita, um caminho que
se deva percorrer, senão uma coisa que se deve fazer ao largo do
tempo".
 
Conceito
de tempo processual
 
O abalizado doutrinador
Arruda Alvim afirma que o processo "constitui-se numa realidade
jurídica que nasce, para se desenvolver e morrer", referindo-se ao
fator tempo como relevantíssimo para o processo, pois, nele, tudo
acontece no tempo, "em função de um começo,
desenvolvimento e fim". Para o referido autor dois dos princípios
informativos do processo têm reflexos profundos no tempo e nos prazos
processuais: o princípio da paridade de tratamento e o da brevidade,
"que vão ao encontro do princípio da economia processual".
Destaca, ainda, os princípios informativos da teoria dos prazos:
utilidade, continuidade, peremptoriedade preclusão.
Para a insigne jurista
Ada Pellegrini Grinover "o tempo deve ser levado em
consideração pelo legislador sob dois aspectos: determinando a
época em que se devem exercer os atos processuais (CPC arts. 172-174) e
estabelecendo prazos para sua execução (CPC, arts. 177 ss)
”. Theodoro Júnior leciona que prazo "é o
espaço de tempo em que o ato processual da parte pode ser validamente
praticado”. Para Ada Pellegrini Grinover prazos "são a
distância temporal entre os atos do processo”. 
Todo prazo é
delimitado por dois termos: o inicial (dies a quo) e o final (dies ad quem).
Pelo primeiro, nasce a faculdade de a parte promover o ato; pelo segundo,
extingue-se a faculdade, tenha ou não sido levado a efeito o ato.
O ato processual que dá início à contagem do prazo
é a intimação, exceto no caso de formação da
relação jurídica processual, em que o réu é
citado para exercer, se quiser, o direito de defesa.
Maximilianus Füher
e Luiz Rodrigues Wambier, de forma geral, afirmam que os prazos podem ser
legais, judiciais, convencionais; próprios ou impróprios; comuns
ou particulares; dilatórios ou peremptórios.
Para o ilustre
jurisconsulto Cândido Rangel Dinamarco os prazos classificam-se de forma
diferente.
Conforme o mestre
"quando a lei determinar a distância mínima, para evitar que
o ato se pratique antes do vencimento do prazo, este se diz dilatório (o
prazo para comparecer em juízo, art. 192), quando ela estabelece a distância
máxima durante a qual pode praticar-se o ato, o prazo é
aceleratório (prazos para recorrer)".
Para Dinamarco os
prazos ainda podem ser legais, quando determinados pela lei; judiciais, cuja
fixação fica a critério do juiz; e convencionais, que
são estabelecidos por acordo das partes.
Podem ser também
ordinatórios e peremptórios. Estes caracterizam-se "pela sua
absoluta imperatividade sobre as partes, as quais não podem
alterá-los para mais ou menos, mesmo convencionalmente (CPC, art. 182);
os prazos ordinatórios (dilatórios na linguagem do art. 181 do
CPC), sendo instituídos em benefício das partes, podem ser
prorrogados ou reduzidos por ato de vontade destas". Mas, uns e outros,
quando vencidos, acarretam a preclusão temporal. Importante observar
também que "a peremptoriedade ainda tem outro sentido, significando
que a preclusão operada pela sua inobservância independe de ser
lançado nos autos o seu decurso (CPC, art.183; CPP, art.798; CLT,
art.775)".
Entretanto, data
máxima vênia, vamos classificá-los de acordo com a
sistemática adotada por nosso código de processo civil.
Portanto, os prazos
classificam-se em:
 
A)     Dilatórios
e Peremptórios
O simpósio
Nacional de Direito Processual Civil, realizado em 1975, em Curitiba, aprovou o
entendimento de que "para os fins do art. 181, por prazo dilatório
deve ser entendido o que é fixado por norma dispositiva e por prazo
peremptório o fixado por norma cogente".
É
dilatório o prazo quando, embora fixado na lei, admite
ampliação pelo juiz ou que, por convenção das
partes, pode ser reduzido ou ampliado. Reza o art. 181 que "podem as
partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo dilatório; a
convenção, porém, só tem eficácia se,
requerida antes do vencimento do prazo, se fundar em motivo legítimo".
A
convenção, portanto, só terá eficácia se
atender os seguintes requisitos: ser requerida antes do vencimento do prazo,
estar fundada em motivo legítimo e ser objeto de aprovação
do juiz, a quem compete fixar o dia do vencimento do prazo da
prorrogação (art. 181, §1º).
Já os prazos
peremptórios são aqueles que a convenção das partes
e, ordinariamente, o próprio juiz, não podem alterar. É o
que diz o art. 182: "é defeso às partes, ainda que todas
estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios”.
Entretanto, o CPC permitiu ao juiz algumas exceções. 
O mesmo art. 182 reza
que "o juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o
transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de sessenta
dias". O parágrafo único do referido dispositivo legal ainda
diz que "em caso de calamidade pública, poderá ser excedido
o limite previsto neste artigo para a prorrogação de
prazos". Portanto, nos casos de comarca de difícil transporte e
calamidade pública o prazo peremptório poderá ser prorrogado.
 
 
B) Próprios
e Impróprios
Leciona Cândido
Rangel Dinamarco que "a teoria dos prazos está intimamente ligada
à das preclusões, porque, máxime num sistema de
procedimento rígido como é o brasileiro, sua
fixação visa na maior parte dos casos a assegurar a marcha
avante, sem retrocessos e livre de esperas indeterminadas".
Continua o mestre
dizendo que "nem todos os prazos são preclusivos,ou
próprios: existem também os prazos impróprios,
destituídos de preclusividade. São impróprios todos os
prazos fixados para o juiz, muitos dos concedidos ao Ministério
Público no processo civil e quase todo os que dispõem os
auxiliares da justiça, justamente porque tais pessoas desempenham
funções públicas no processo, onde têm deveres e
não faculdades – seria um contrassenso dispensa-las do seu
exercício, como penalidade (penalidade?) Pelo não
exercício tempestivo”. Nelson Nery afirma que prazos
próprios são aqueles "fixados para o cumprimento do ato
processual, cuja inobservância acarreta desvantagem para aquele que o
descumpriu, consequência essa que normalmente é a preclusão".
Para o autor
"prazos impróprios são aqueles fixados na lei apenas como
parâmetro para a prática do ato, sendo que seu desatendimento
não acarreta situação detrimentosa para aquele que o
descumpriu, mas apenas sanções disciplinares. O ato praticado
além do prazo impróprio é válido e eficaz”. 
A diferença
fundamental entre ambos está em que, nos prazos próprios, o
descumprimento do ônus processual de praticar determinado ato implica consequências
processuais típicas. Já os prazos impróprios não
acarretam consequências processuais, mas disciplinares, conforme
dispõem os artigos 194 e 198 do CPC (aplicáveis, respectivamente,
aos serventuários e aos juízes). Com relação aos
prazos próprios, sua duração é a que a lei
estabelece, sem possibilidade de alteração por
convenção entre as partes. Segundo a doutrina, não podem
tais prazos, também ser objeto de suspensão convencional (a
suspensão do processo, prevista no artigo 265, II, não impede a
fluência dos prazos preclusivos).
 
C) Legais, Judiciais e Convencionais
Prazos
legais são aqueles definidos em lei, e a respeito dos quais nem as
partes, nem o juiz, em princípio, têm disponibilidade.
Prazos
judiciais são aqueles fixados pelo próprio magistrado. Essa
tarefa só é atribuída ao juiz pela própria,
supletivamente, isto é, nos casos em que a própria lei não
preveja os prazos.
Os
convencionais, finalmente, são ajustados, de comum acordo, entre as
partes, como o de suspensão do processo (art. 265, II, e §3º).
D) Comuns e Particulares
Diz,
igualmente, que o prazo das partes pode ser comum ou particular.
Comum é o que corre para ambos os litigantes, a um só tempo, como
o de recorrer, quando há sucumbência recíproca.
Particular
é o que interessa ou pertence apenas a uma das partes, como o de contestar.
 
 
 
Contagem dos prazos
 
Com
relação à contagem dos prazos, esta se faz
continuadamente, computando-se também os dias feriados. O dia inicial
(dies a quo) exclui-se da contagem, contando-se, porém o do vencimento
(dies ad quem).
 
A) Termo inicial
Em regra,
os prazos são contados, com exclusão do dia do começo e
com inclusão do vencimento (art. 184). São contados em dias,
havendo, todavia, contagem que se faz em horas, em minutos e até em
meses ou anos.
Como
é a intimação o marco inicial dos prazos (art. 240), o
começo da contagem só se perfaz, a partir do dia seguinte. Mas
é preciso que esse dia seja útil (art. 184, §2º). Com
relação à fixação do dies a quo da contagem
do prazo processual, temos que nos atermos ao artigo 241 que fornece regras e,
que devem se aplicar tanto às citações como às
intimações.
Geralmente,
é o termo de juntada que funciona como ato determinante do termo inicial
de todos os prazos na sistemática do CPC, pois "quod non est in
actis non est in mundo". Com exceção do edital, pois neste o
prazo para a prática do ato processual terá início a
partir do termo final do prazo estipulado pelo juiz no próprio edital
para aperfeiçoamento da diligência.
Humberto
Theodoro Júnior afirma serem restritivas as normas relativas a prazos
processuais. Para ele "havendo dúvida sobre a perda de prazo,
deve-se entender que ele não se perdeu, isto é, a
solução deve ser a favor de quem sofreu o castigo da perda
duvidosa, mediante presunção de que o prazo não foi
ultrapassado”. 
 
B) Termo Final
O termo
final de qualquer prazo processual nunca caíra em dia não
útil, ou em que não houver expediente normal do juízo.
De acordo
com o artigo 184, §1º, considera-se prorrogado o prazo até o
primeiro dia útil se: o vencimento cair em feriado; em dia em que for
determinado o fechamento do fórum; ou em que o expediente forense for encerrado
antes da hora normal.
C) Correr e Contar
Com a
ocorrência do fato que a lei considera dies a quo de um prazo,
começa ele a correr, ou fluir. Isso quer dizer que começou a
dilação temporal dentro que o sujeito a quem a lei concede o
prazo é admitido à prática do ato previsto. O prazo corre,
invariavelmente, do termo a quo até ao momento em que vence (dies ad
quem). Nem sempre, porém, a contagem começa no dia subsequente ao
dies a quo. Quando o dia sucessivo ao termo inicial cai em feriado ou em
férias forenses, nele não se conta o primeiro dia do prazo, o que
só se fará no primeiro dia útil após a
intimação. 
Vê-se,
portanto, que nem sempre a fluência do prazo determina sua contagem logo
no dia seguinte.
Segundo
abalizada doutrina de Cândido Rangel Dinamarco "seria bom, portanto,
que se usasse o verbo contar apenas quando efetivamente se quisesse falar de
regras sobre a contagem dos prazos; e o verbo correr, quando fosse o caso de
cuidar de regras sobre fixação do dies a quo do prazo".
Continua
o mestre dizendo que "diante de tanta imprecisão (presentes nos
artigos do CPC), é, portanto indispensável muita
atenção e cautela à rateio dos textos que empregam os
verbos em análise, para que se possa extrair de cada um deles a
verdadeira norma que o legislador pretendeu ditar; é preciso, como se
disse, superar a primeira impressão, às vezes falsa, e superar
eventuais dúvidas, com vista com vista sempre ao que era razoável
esperar do legislador na circunstância, evitando interpretações
que não estejam amparadas por uma boa razão".
D) Suspensão do
prazo
Todo
prazo, em regra, é contínuo, isto é, uma vez iniciado
não sofrerá interrupção em seu curso pela
superveniência de feriado ou dia não útil (art. 178).
Entretanto, as férias forenses terão efeito suspensivo sobre o
prazo ainda em marcha, sem distinguir entre prazo dilatório e
peremptório. Paralisada a contagem, o restante do prazo
recomeçará a fluir a partir do primeiro dia útil seguinte
ao término das férias (art. 179).
O artigo
180 define outros casos de suspensão: obstáculo criado pela parte
contrária; morte ou perda de capacidade processual da parte, de seu
representante legal ou de seu procurador; convenção das partes,
se o prazo for dilatório; oposição de
exceção de incompetência do juízo, da câmara
ou do tribunal, bem como de suspeição ou impedimento do juiz.
Ensina
Sérgio Bermudes que, com a suspensão, cessa a contagem do prazo,
que só recomeça no primeiro dia útil seguinte ao seu
termo. E "esse primeiro dia também se computa já que
não pode ser considerado dies a quo do prazo já iniciado
anteriormente”. 
 
 
Prazos Para as Partes
Quando
nem a lei nem o juiz fixar prazo para o ato, será de cinco dias o prazo
para a prática de ato processual a cargo da parte (art. 185).
É
possível a renúncia, pela parte, de prazo estabelecido
exclusivamente em seu favor (art.186). Para que essa faculdade seja exercida,
é necessário que o prazo não seja comum; que o direito em
jogo seja disponível; e que a parte seja capaz de transigir. A renúncia
pode ser expressa ou tácita.
 
 
Prazos para o Juiz e Seus Auxiliares
O CPC, ao
juiz, marca os seguintes prazos: 2 dias para os despachos de expediente (art.
189, I); 10 dias, para as decisões interlocutórias (art. 189, II)
e sentenças (art.456). 
Já
aos escrivães ou chefes de secretaria o CPC marcaos seguintes prazos:
24 horas, para remeter os autos conclusos; e 48 horas para executar os demais
atos do processo (art. 190).
Prazos
para o Ministério Público e à Fazenda Pública
Tendo em
vista as notórias dificuldades de ordem burocrática que se notam
no funcionamento dos serviços jurídicos da
administração pública, manda o art. 188 que sejam
computados em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer,
quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério
Público. As sociedades de economia mista e as empresas públicas
não se beneficiam dos favores do artigo 188.
Inobservância dos Prazos Processuais e suas Penalidades
A)     Serventuários
Cabe ao
juiz fiscalizar o cumprimento dos prazos impostos aos seus serventuários
(art. 193). Se houve motivo legítimo, dará o juiz por justificado
o atraso. Mas, em caso contrário, mandará instaurar procedimento
administrativo, para punir o faltoso, conforme as normas da organização
judiciária local.
B) Partes
Compete
ao advogado restituir os autos no prazo legal. Da inobservância dessa
norma decorrem duas consequências: uma de ordem processual, que é
a preclusão; e outra de ordem disciplinar, que é a
comunicação da ocorrência à OAB, para o procedimento
adequado e imposição de multa.
 
C) Juiz
Se
ocorrer desrespeito a prazo processual pelo juiz, qualquer das partes ou o
órgão do MP poderá representar ao Presidente do Tribunal
de Justiça, a quem incumbirá o encaminhamento do caso ao
órgão competente, para a instauração de
procedimento para apuração de responsabilidade.
 
 
Conclusão. 
Após
termos feito um estudo detalhado sobre prazos processuais podemos tirar algumas
conclusões a respeito do tema ora abordado.
O processo é uma sucessão de atos ordenados e com o intuito de
impedir o prolongamento interminável do processo e obedecer aos
princípios da celeridade e economia processual, a lei estabelece prazos
dentro dos quais os atos devem ser praticados.
O CPC
classifica os prazos em dilatórios e peremptórios; legais,
judiciais e convencionais; próprios e impróprios e; comuns ou
particulares. Porém, existem doutrinadores que, influenciados pelo
estatuto processual civil italiano classifica os prazos em dilatórios e aceleratório;
peremptórios e ordinatórios; legais, judiciais e convencionais.
Vimos que
o CPC não tomou o cuidado necessário quando do uso de
expressões como correr e contar. O prazo corre, invariavelmente, do
termo a quo até ao momento em que vence (dies ad quem). Nem sempre,
porém, a contagem começa no dia subsequente ao dies a quo. Quando
o dia sucessivo ao termo inicial cai em feriado ou em férias forenses,
nele não se conta o primeiro dia do prazo, o que só se
fará no primeiro dia útil após a intimação.
Vê-se, portanto, que nem sempre a fluência do prazo determina sua
contagem logo no dia seguinte.
Em regra,
os prazos são contados, com exclusão do dia do começo e
com inclusão do vencimento (art. 184). São contados em dias,
havendo, todavia, contagem que se faz em horas, em minutos e até em
meses ou anos.
A contagem
dos prazos é contínua, porém, suspende-se nos casos dos
artigos 179 e 180.
Quando
nem a lei nem o juiz fixar prazo para o ato, será de cinco dias o prazo
para a prática de ato processual a cargo da parte (art. 185). Relatamos
que o CPC estabelece prazos tanto para as partes, como para o Juiz e o
Ministério Público, e também para as auxiliares da
justiça. E que, não observados tais prazos, o código
fixará as devidas penalidades.
 
 
BIBLIOGRAFIA:
CINTRA, Antônio Carlos de Araújo. Teoria Geral
do Processo: 22 Ed. Malheiros editores
MECUM, Vade. Obra Coletiva de autoria da Editora Saraiva.
16. Ed. Atual e Ampliada: Saraiva 2013. 
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index. php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8830

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