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AULA 17 ESTRONGILOIDÍASE

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PARASITOLOGIA CLÍNICA
ESTRONGILOIDÍASE
Trata-se de uma infecção intestinal causada pelo verme nemátode Strongyliodes stercoralis (Fig. 1). Uma das características relevantes é que esse é um parasita facultativo, podendo viver indefinidamente no solo em forma livre.
 Fig 2- Ovos de S. stercolaris 
Fig. 1- S stercolaris adulto
PARASITOLOGIA CLÍNICA
Agente etiológico
O S. stercoralis é um pequeno nematódeo fusiforme. Só fêmeas podem ser parasitas, logo, os machos vivem sempre livres no solo, alimentando-se de dejetos orgânicos. Durante o parasitismo, as fêmeas reproduzem-se assexuadamente por partenogénese, enquanto as formas livres são de reprodução sexual.
 Ciclo
As fêmeas parasitam o lúmen intestinal, onde produzem assexuadamente ovos clone, portanto, todos geram à indivíduos fêmeas. As larvas eclodem dos ovos ainda dentro do intestino parasitado e, posteriormente, expulsas nas fezes. Algumas larvas antes de saírem nas fezes podem penetrar na mucosa e voltam ao lúmen como formas adultas, um processo denominado auto-infecção, mas em indivíduos imunocompetentes isto na prática não ocorre com frequência. As larvas excretadas com as fezes são as formas infecciosas. Porém se tiverem boas condições na terra onde foram depositadas, desenvolvem-se em formas adultas femininas de vida livre alimentando-se de detritos orgânicos. Durante a vida livre, podem acasalar com machos, produzindo sexualmente ovos que se desenvolvem em larvas. Os descendentes machos continuam a viver livremente na terra, mas as larvas femininas apesar de serem capazes de sobreviver em vida livre, pode infectar o ser humano por penetração direta da pele. Após invasão de um ser humano, a larva passa para a corrente sanguínea, no lúmen das veias e passando pelo coração vai estabelecer-se no pulmão sendo posteriormente expulsa para a faringe onde é deglutida e chegando ao trato gastrointestinal. No intestino chega à forma adulta e alimenta-se do bolo alimentar do indivíduo parasitado, dando reinício ao ciclo (Fig. 3).
PARASITOLOGIA CLÍNICA
PARASITOLOGIA CLÍNICA
EPIDEMIOLOGIA:
Segundo a OMS há cerca de 100 milhões de pessoas infectadas. É uma doença existente em todo o mundo, sendo predominante em regiões tropicais, afetando o homem e outros primatas. A infecção é direta pela penetração das larvas através da pele, logo, é frequente em agricultores de campos irrigados.
 PROFILAXIA:
Como o contágio é direto pelo contato com solo contaminado, assim como a Ancilostomíase, as medidas profiláticas são análogas às apresentadas no caso anterior.
 DIAGNÓSTICO:
Clínico: pouco preciso em decorrência da grande diversidade clínica.
Laboratorial: realizado pela pesquisa de larvas nas amostras fecais pelo método de
Baerman-Moraes. Pode-se realizar procura de larvas nas secreções e coprocultura, além de
métodos imunológicos como ELISA; Imunofluorecência Indireta (IFI) e radioimunoabsorção.
 TRATAMENTO:
A medida tradicional é a utilização de albendazol ou tiabendazol. Recentemente, o uso de ivermectina mostrou-se mais eficaz.
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