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A ERA DOS DIREITOS

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INTRODUÇÃO
A obra, A Era Dos Direitos de Norberto Bobbio, se baseia no pensamento teórico de diversos autores, como Thomas Hobbes, grande teórico político e filósofo inglês.
Na primeira parte, Bobbio fala sobre os direitos do homem e os problemas de fundamento pelos quais passou em sua trajetória, usando direitos do homem como expressão utilizada para se referir as todos os seres humanos, o respeito exigido aos direitos humanos, as liberdades fundamentais e os seus problemas de fundamento.
Na segunda parte o autor busca diversas visões filosóficas, históricas e éticas para tratar a respeito do problema de reconhecimento dos direitos do homem. Utilizando a perspectiva, que ele me intitulou como, filosofia da história e esta explicará a ideia das ações do homem para a sociedade como um todo. Ainda neste tópico o autor fala do direito como fenômeno social, sociologia do direito com suas funções e o nascimento do direito do homem.
Na terceira parte, Bobbio comenta sobre a Declaração dos Direitos do Homem e Cidadão, a sua aprovação e proclamação, destacando dois acontecimentos importantes, que foram a Revolução Francesa e Revolução Norte Americana, tratando em seguida sobre a democracia moderna e o reconhecimento das liberdades civis.
Além disso, reserva um tópico para a tese kantiana e também para o problema da teoria política, o poder e por fim, aborda o tema da pena de morte e o posicionamento de alguns pensadores, apresentando sempre os prós e os contras, levantando imediatamente um debate sobre o direito à vida. Poderá ser observada a tolerância e seus diferentes contextos de forma geral. 
 PRIMEIRA PARTE
SOBRE OS FUNDAMENTOS DOS DIREITOS DO HOMEM 
Ao longo da história, o direito do homem passou por problemas difíceis de identificar, se eram de âmbito racional ou critico, mas que logo se mostrou ser de âmbito político. E pode-se dizer, também, que é decorrente de um princípio de autodeterminação. Além dos problemas de reconhecimento que os direitos humanos lutam, que são essenciais e necessários para todos.
Os jusnaturalistas davam prioridade a esses direitos, colocando estes acima de qualquer chance de ocorrer contestação vinda da natureza do homem. Apesar de serem credores desta ilusão, no decorrer da história isso se tornou impossível e a natureza do homem se mostrou muito fraca diante do fundamento absoluto desses direitos, dessa forma se tornando defensor dos ideais conservadores.
O direito do homem sofre alterações de acordo com o momento histórico em que se encontra, se moldando de acordo com os interesses dos que se encontram no poder.
O ramo dos direitos do homem, que são os direitos a liberdade religiosa e de pensamento, utilizam-se de relativismo e estes buscam proteção para não serem dissuadidos em prol de uma única verdade, seja religiosa ou de pensamento.
PRESENTE E FUTURO DOS DIREITOS DO HOMEM
A comprovação da validade que o sistema de valores tem ocorreu em 1848, mais precisamente na Declaração Universal dos Diretos do Homem, que trazia consigo uma solução para os direitos humanos.
O estado de natureza se faz presente na Declaração Universal, porém, se refere a nascimento (ou natureza). John Locke, ao ser citado por Norberto Bobbio, utiliza do termo “estado de natureza” como o verdadeiro estado dos homens que desfrutam das liberdades e igualdades.
Segundo o autor, a Declaração é para todos independente de língua, crença e cor, pois não se trata apenas de uma doutrina e não são normas jurídicas. Esta possui uma diversidade de direitos que vai de naturais a positivos e pode-se dizer que é um movimento de natureza dialética.
Para que o conteúdo da Declaração não enrijeça, dar-se-á comunidade internacional a obrigação de atualizá-lo e também para os direitos as devidas garantias, fundadas exclusivamente nas influencias.
“A separação entre as duas primeiras formas de tutela dos direitos e a terceira é bastante nítida, enquanto a promoção e o controle se dirigem exclusivamente as garantias existentes, a terceira cria uma nova e mais alta jurisdição, e a substituição da garantia nacional pela internacional. Além das dificuldades jurídicas políticas, a tutela dos direitos do homem vai de encontro a dificuldades inerentes desses direitos”. Pág.40
Concluísse então, com uma afirmação do autor sobre a “discussão sobre os direitos do homem, deve ser levada em conta, para não correr o risco de se tornar acadêmica, todas as dificuldades procedimentais e substantivas, as quais ele se refere” (BOBBIO, 1992, p. 45).
A ERA DOS DIREITOS
Com o aumento populacional, a degradação cada vez mais acelerada do meio ambiente e o alto poder destrutivo das armas, houve também o aumento de debates a respeito dos direitos dos homens, o qual Bobbio diz ser o lado positivo de todos os problemas anteriormente citados, problemas estes que só se tornaram de interesse internacional após a segunda guerra mundial.
Em relação aos direitos dos homens, existem diversas visões para que se possa abordar o tema, como a histórica e a jurídica por exemplo. A perspectiva escolhida por Norberto é chamada por ele de filosofia da história.
Para muitos historiadores e até mesmo aqueles que não praticam a filosofia da história, essa quer dizer colocar o sentido em questão, desde o início até o fim de um acontecimento ou de vários. Assim como o homem é movido por uma finalidade, a filosofia da história também e esta visa justamente a interpretação dessa característica do homem para com as pessoas ao seu redor.
Com base na teoria de Kant, Bobbio irá dizer que o crescimento dos debates sobre os direitos dos homens, abordado no início do capitulo, é um “sinal premonitório do progresso moral da humanidade” (BOBBIO, 1992, p. 52), surgindo ai o grande problema da filosofia histórica, pois a moral é compreendida de diversas maneiras, não possuindo um conceito único e, ainda que todos entrassem em um consenso, não é possível provar de maneira segura o progresso da moral.
Podemos ainda explicar o problema da moral, observando a história, a qual revela um foco nos grupos e não na individualidade de cada um, exemplo disso é a regra não matar, que no contexto das sociedades passadas, servia apenas para membros de um mesmo grupo. O que nos mostra que cada um desses grupos tinha seus próprios valores e princípios, justificando assim a origem dessa moral tão ampla e distinta que conhecemos hoje.
Já nos dias atuais, houve uma nítida inversão no foco, que antes estava na sociedade de modo geral e nos deveres, passando a ser no indivíduo e nos seus direitos. Porém foi uma ideia que custou muito ser aceita, justamente por apresentar um histórico de caos e discórdia como mostra a teoria de Hobbes ao abordar o homem em seu estado de natureza, com toda sua individualidade ali presente.
Hoje a “especificação” consiste no direcionamento de direitos para determinados grupos de pessoas, dando ênfase as particularidades dos indivíduos que se encacham nesses grupos, exemplo disso são os idosos e crianças e adolescentes, que possuem seu próprio estatuto como garantia de seus direitos.
E por fim, Bobbio finaliza dizendo “... uma coisa é falar dos direitos dos homens, direitos sempre novos e cada vez mais extensos e justifica-los com argumentos convincentes; outra coisa é garantir-lhes uma proteção efetiva” (BOBBIO, 1992, p.63).
 Sendo assim, não é suficiente que se crie muitos direitos, mas é necessário que todos sejam protegidos de fato.
DIREITOS DOS HOMENS E SOCIEDADE
Inicialmente é necessário separar a teoria da prática quando se fala dos direitos dos homens e sociedade, já que ambas as coisas não andam na mesma velocidade.
Pode-se atribuir o crescimento do debate sobre os direitos dos homens, pelos seguintes motivos apontados no capitulo: “porque aumentou a quantidade de bens considerados merecedores de tutela” (BOBBIO, 1992, p.68). Neste primeiro caso houve uma troca entre os chamados direitos de liberdade como por exemplo de religião e opiniãoe os direitos de caráter político e social que possuem uma intervenção direta do estado.
O segundo motivo trazido no livro é “porque foi estendida a titularidade de alguns direitos típicos a sujeitos diversos do homem”, ou seja, aconteceu uma ampliação de direitos a grupos específicos, como por exemplo, os direitos da família.
O terceiro e último motivo colocado foi “porque o próprio homem não é mais considerado como ente genérico, ou homem em abstrato, mas é visto na especificidade ou na concretização de suas diversas maneiras de ser em sociedade” (BOBBIO, 1992, p.68). Isto quer dizer que houve a passagem de direitos puramente do homem, para direitos específicos do mesmo, fazendo diferenciação em vários aspectos, como por exemplo, o adulto da criança ou da mulher em relação ao homem.
Mediante a esta realidade, Bobbio irá dizer que é correto afirmarmos que somos iguais quando se trata de nossos direitos a liberdade, porém quando os direitos passam a ser políticos e sociais, existem diferenças claras e necessárias que justificam a tratamento diferenciado para determinadas pessoas.
Os direitos a liberdade são diferentes dos políticos e sociais, em seus objetivos também, uma vez que os de liberdade tinham como foco a limitação do poder estatal, e os políticos e sociais preveem uma ampla participação do estado.
Mais à frente, o autor explica que o crescimento desses direitos demonstra que os direitos fundamentais (direito à vida, à liberdade e à propriedade) já não são capazes de garantir a vida e até mesmo a sobrevivência na atualidade, daí a necessidade do crescimento e especificação dos direitos.
Com toda essa ampliação dos direitos sociais, surge a expectativa de futuros direitos, que Bobbio prefere chamar de “exigências”, já que estes podem não se concretizar. Finalizando, Norberto diz “uma coisa é um direito atual; outra, um direito em potencial”, dessa forma, a grande falha encontrada entre a prática e a teoria dos direitos dos homens, só pode ser corregida por meio das forças políticas, presentes nos Estados em particular e no sistema internacional com a união de todos eles.
SEGUNDA PARTE 
A REVOLUÇÃO FRANCESA E OS DIREITOS DO HOMEM
	A declaração dos direitos do homem e do cidadão teve sua aprovação em dois momentos, quando foi discutido sobre realizar a emanação da Constituição, antes da declaração dos direitos e assim foi decidido pela Assembleia. 
“Proclamado a liberdade, a igualdade e a soberania popular, a Declaração foi o atestado de óbito do Antigo Regime, destruído pela Revolução “(BOBBIO, 1992, p. 85).
Kant, por sua vez, definiu que o direito do povo não passava de entusiasmo, ao decidir seu próprio destino, usando até mesmo a expressão de que era uma paixão, referindo-se ao que era puramente moral, ou seja o direito de um povo a decidir seu próprio destino. Esse direito, vem à tona pela primeira vez na Revolução Francesa. Kant então define, “A liberdade jurídica é a faculdade de só obedecer a leis externas ás quais pude dar o meu assentimento” (BOBBIO, 1992, p.86).
Hegel já com outra visão, cita que Revolução Francesa como “esplêndida aurora”, pelo que “todos os seres pensantes celebraram em uníssono essa época”. Com essa metáfora a Revolução, ele prega em seu discurso que se iniciara uma nova época da história, com uma explícita referência à Declaração, na qual sua única finalidade era, a meta inteiramente política de firmar os direitos naturais, principalmente o de liberdade, seguido pela igualdade.
Paine, que era participante ativo da revolução norte americana, embora fosse britânico, criticava veemente a monarquia, ele acreditava que a sociedade era uma benção, o governo, um símbolo de perdição.
Jellinek, negava a originalidade da Declaração francesa, provocando inúmeras reações contrárias, pois apontava a semelhança gritante com a revolução americana, não acreditava que fosse apenas uma inspiração, devido ao escasso conhecimento dos bill of rights americanos pelos franceses. 
Apesar da influência imediata que a revolução americana teve na Europa, bem como da rápida formação no Velho Continente, foi a Revolução Francesa que constituiu o modelo ideal para todos os que almejavam a emancipação e libertação do seu povo. 
Thomas Hobbes, rigoroso absolutista, considerou as atitudes revolucionárias, como merecedoras de condenação, afinal o Estado era fundado nos princípios da razão, a que afirma “que os cidadãos têm a propriedade absoluta das coisas que estão sob sua posse” (BOBBIO, 1992, p.95). 
Na Declaração Universal do Direitos do Homem, de 1948, o direito a resistência não está incluído, mas, os mesmos devem ser protegidos evitando que o homem assim chamado seja de alguma forma obrigado a se rebelar em busca dos seus direitos. 
O homem de que falava a Declaração era, na verdade, o burguês; os direitos explanados pela Declaração eram dos burgueses. Que segundo Marx, era do homem egoísta, isolado e fechado em si mesmo.
O tema dos direitos do homem, que foi levado a atenção pela Declaração de 1789, mas hoje se põe ainda atualizado, estando entre os grandes temas como paz mundial e justiça internacional, levado não só para a população, como também para os governantes responsáveis por tentar estabelecer esses preceitos. 
A HERANÇA DA GRANDE REVOLUÇÃO
	A comparação entre as duas revoluções compreende a relação entre os dois eventos e a superioridade moral e política de um em relação ao outro. 
Não se pode comparar uma guerra de libertação, com a derrubada de um regime político que substitua uma ordem por outra completamente diferente, seja no que se refere a relação entre governantes e governados, seja no que se refere a dominação de classe. Parte-se do princípio de que o homem tem direitos naturais que, enquanto naturais, são anteriores a instituição do poder civil e, por conseguinte, devem ser reconhecidos, respeitados e protegidos por esse poder. 
De modo geral, a afirmação de que o homem enquanto natural, tem direitos originários representa uma reviravolta na teoria e na pratica política. 
É doutrina jurídica tradicional a de que o direto público pode regular o direito privado, ao passo que os direitos privados não podem derrogar o direito público. ”Era necessário que se tomasse como pressuposto a existência de um estado anterior a toda forma organizada de sociedade, um estado originário, o qual, precisamente por esse seu caráter originário, devia ser considerado como o lugar de nascimento e o fundamento do estado civil, não mais um estado natural (como a família ou outro grupo social), mas artificial, consciente e intencionalmente construído pela união voluntária dos indivíduos naturais” (BOBBIO, 1992, p. 107).
A democracia moderna repousa na soberania não do povo, mas dos cidadãos. O povo é uma conotação que foi utilizada para encobrir realidades, onde a concepção individualista da sociedade, perde sua força uma vez que a democracia se instala como forma de governo. A liberdade é, historicamente, o primeiro dos direitos a ser reclamado, ocorre desde a Magna Carta, considerada antepassada dos Bill of Rights. Sendo que a Magna carta tem como alvo o poder arbitrário e os Bill of Rights, o poder absoluto.
O reconhecimento da liberdade civil, ou mesmo política é uma conquista que veio após a conquista da proteção da liberdade pessoal, sendo esta antecessora do direito de propriedade. 
Dissemos, no início, que a Declaração de 1789 foi precedida pela norte americana. Uma indiscutível verdade, que Tocqueville, refuta como “O tempo em que foi concebida a Declaração, foi o tempo de juvenil entusiasmo, de orgulho, de paixões generosas e sinceras, tempo do qual, apesar de todos os erros, os homens iriam conservar eterna memória e que, por muito tempo ainda, perturbará o sono dos que querem subjugar ou corromper os homens” (BOBBIO, 1992, p.129).
KANT E A REVOLUÇÃO FRANCESA
“À medida que nossos conhecimentos se ampliaram (e continuama se ampliar) com velocidade vertiginosa, a compreensão de quem somos e para onde vamos tornou-se cada vez mais difícil. Contudo, ao mesmo tempo, pela insólita magnitude das ameaças que pesam sobre nós, essa compreensão é cada vez mais necessária” (BOBBIO, 1992, p.131). Diante dos problemas, a crescente dificuldade de encontrarmos soluções para nossos problemas de forma pacífica e feliz, acaba se tornando um paradoxo do nosso tempo.
A ambiguidade tem se tornado um grande problema para a ciência. Sendo assim de duas interpretações opostas tornaram dominantes no século passado: Interpretação hegeliana e nietzschiana. Ao se considerar um movimento histórico, seria necessário buscar de um novo projeto preestabelecido, a ser atribuído a um sujeito coletivo. Seja ela a providência, a uma razão, a uma natureza ou um espírito universal.
“Mas fazer uma história completamente conjetural, derivada inteiramente de indícios e não de fatos comprovados, equivaleria a traçar a trama de um romance ou de um simples jogo de imaginação. Diversa da história conjetural é, para Kant, a história profética, que tem talvez um fim mais ambicioso (o de descobrir a tendência de desenvolvimento da história humana), mas não tem a menor pretensão de verdade, ao contrário, do que ocorre com a história conjetural“(BOBBIO, 1992, p.133).
“O ponto central da tese Kantiana para o qual eu gostaria de chamar a atenção é que tal disposição moral e se manifesta na afirmação do direito (direito natural) que tem um povo a não ser impedido por outras forças de se dar a constituição civil e achava ser boa. Para Kant, essa constituição só pode ser republicana, ou seja, uma constituição cuja bondade e que consiste em ser ela a única capaz de evitar por princípio a guerra” (BOBBIO, 1992, p.135).
“Kant sabia muito bem que a mola do progresso não é a calmaria, mas o conflito. Todavia compreendera que existe um limite para além do qual o antagonismo se faz demasiadamente destrutivo, tornando-se necessário um auto disciplinamento do conflito, que possa chegar até a constituição de um ordenamento civil universal” (BOBBIO, 1992, p.136). 
 TERCEIRA PARTE
A RESISTÊNCIA À OPRESSAO, HOJE
A teoria política tem como um problema o poder, como ele é adquirido, exercido e conservado. A história demonstra ao longo dos tempos que pensamentos políticos vem com o dever da obediência e direito a resistência. 
Pode observar uma resistência sem contestação, como um fator importante, bem como à contestação que não acompanha uma resistência em si, como por exemplo um movimento estudantil que ocupa salas de aula em universidades impedindo que as aulas aconteçam. 
No primeiro ponto de vista é o de quem se posiciona como conselheiro do príncipe presume ou finge ser o porta-voz dos interesses nacionais, fala em nome do Estado presente; O segundo ponto de vista é o do defensor do povo, que exprime classe que sofre de exploração contínua ou nação que sofre opressão do Estado. Uma das características marcantes da ideologia Políticas do século XIX, que deixou de merecer a devida atenção, foi à crença no fenecimento natural do Estado.
“Do ponto de vista institucional, o Estado liberal e (posteriormente) democrático, que se instaurou progressivamente ao longo de todo o arco do século passado, foi caracterizado por um processo de acolhimento e regulamentação das várias exigências provenientes da burguesia em ascensão, no sentido de conter e delimitar o poder tradicional” (BOBBIO, 1992, p.148).
CONTRA A PENA DE MORTE
Não importa qual seja a causa, não podemos a pena de morte e a melhor solução. Quando alguém e julgado judicialmente, a pena tem a finalidade mostrar ao réu que suas atitudes, escolhas não estão certas. 
A pena de morte tem a finalidade impedir que novos danos sejam causados e demover os demais de fazer o mesmo. Então, acredita que tirando uma vida (sua vida) vai ensinar algo. As penas estando corretamente aplicadas, impede aos demais que cometam um delito novamente. A prisão perpétua se apresenta de forma muito extensa, ao passo que a pena de morte é demasiadamente intensa, podemos dizer que a perda perpetua da liberdade tem mais força do que a pena de morte. A pena de morte mostrou ao longo dos séculos que em nenhum momento, tornou uma nação melhor. 
Robespierre, era contra a pena de morte e acreditava que um julgamento bem elaborado, seria infinitamente melhor do que a pena de morte em si, pois esta não apresentava efetividade em intimidar a realização de delitos. Temos também filósofos que se apresentam a favor, Kant e Hegel, defendiam uma rigorosa teoria que se apresentava a favor da pena de morte. 
Kant, em sua visão acreditava que além de fazer uma justiça correta, a pena de morte ainda servia para prevenir delitos, fazendo haver um perfeito casamento entre crime e castigo.
Hegel, após negar que o Estado possa nascer de um contrato, defende que além de ter uma pena que corresponda ao crime que foi cometido, essa pena pode sim, chegar a ser a máxima de morte. 
Duas concepções da pena muito debatida e a concepção ética e a utilitarista. A primeira numa ética dos princípios e da justiça, e a outra numa ética utilitarista. Todavia, a defesa social não exclui a pena de morte. E fato dizer que a atitude do público diante da pena de morte varia de acordo com a situação. 
O DEBATE ATUAL SOBRE A PENA DE MORTE
Nos tempos hoje o debate sobre a pena de morte trata de assuntos sobre a moralidade. Usando a pena de morte para punir mesmo que respeitando todas as normas usadas pelo do Estado, não podemos afirmar que é algo correto.
Mesmo tendo pessoas que acreditam que se um homem constitui perigo para a comunidade e correto mata-lo para salvar o bem comum. Embora esteja nítido, ao longo do período do iluminismo até hoje, a pena de morte teve uma grande decadência. Analisando dois pontos de vista, para tornar esse conceito mais completo, consideramos dois lados. Primeiro, a gradual e continua conquista dos abolicionistas com a abolição total da pena de morte.
Outra situação que se refere ao chamado sentimento popular é um fato concreto e constatado de todos os que fizeram parte da pena de morte e que, entre o senso comum e a opinião dos outros, tem geralmente uma grande desigualdade.
Considerando o ponto de vista direito a vida, o problema da pena de morte insere-se no debate geral sobre o direito a vida, sobre o fundamento de validade e sobre os limites da norma, caracterizando os direitos fundamentais. 
Com isso, temos como consequência um debate que se apresenta contra e a favor da pena de morte, sendo algo inconclusivo no ponto de vista geral. 
Dependendo do ponto de vista a pena de morte poderia ser útil, mas o que importa e que seja justa. Cada um tem uma opinião, mas temos que respeitar o outro mesmo que não concordamos com suas atitudes ou forma de pensar. Não somos iguais pensamos, agimos e falamos todos de formas diferentes.
AS RAZOES DA TOLERÂNCIA
Considerando os conceitos da tolerância e seus diferentes usos, temos muito que considerar. Quando se fala de tolerância no seu caráter histórico, o que se tem em mente e o problema de crenças religiosa, políticas e outras. Temos o conceito da tolerância mais focada com os seus problemas para o lado da convivência éticas, linguísticas e raciais para os que são considerados diferentes. Tolerância causa uma renúncia de opiniões, mas faz com que uma opinião própria passe a existir. 
A tolerância tem duas formas diferentes. A primeira forma e que ela acredita que contem a verdade. A segunda forma de que veem de uma opinião ou conjunto de opiniões que são acolhidas de modo tradicional com costume ou por uma autoridade maior aceito por todos sem discussão. A ideia de acreditar em possuir a verdade pode ser falsa e com isso sendo possível criar um preconceito. 
Um preconceito que se pode combater de modo inteiramente variado, não se podem pôr no mesmo plano o argumento utilizado para convencer o seguidor de um partido de futebol para seguir, o mesmoque utilizaria para um fiel de uma igreja, cada um tem que ter sua forma diferente e especifica.
Mudando assim a forma de agir, passamos a criar um método mais universal ou que deveria valer universalmente. Baseando tolerância desse modo, não tem mais a necessidade de aceitar de forma passiva ou tolerante o erro. A intolerância E que conduz a tolerância, quando em uma sociedade se confunde com varias ideais de que aquelas formas de descriminação não são corretas. Então faz com que crie uma consciência social sobre a justiça do direito alheio.
Assim em vez de distinguir entre tolerância e intolerância, temos que distinguir a tolerância em face de certas ideias da tolerância em face de outra, chamando uma de boa e outra de ma. Então podemos afirmar que tolerância e uma opção, escolha de cada um.
CONCLUSÃO
O trabalho apresentado realiza uma evidente relação entre acontecimentos históricos e a atualidade, que reflete o passado e traça lentamente seus passos para o futuro. Dessa forma, o autor aborda fatos marcantes como as Revoluções Francesa e Norte Americana, trazendo à tona suas influencias nos direitos dos homens, que ao longo do livro se mostra ser o tema central.
Bobbio aborda também, teorias de grandes autores e filósofos como Thomas Hobbes, John Locke e Kant, a respeito de assuntos polêmicos no ramo do direito, como a moral e pena de morte.
Por fim, podemos concluir da mesma maneira em que o livro foi elaborado, fazendo uma ponte entre o passado e os dias atuais, nos quais é possível observar que os direitos dos homens que conhecemos hoje, direitos sociais e políticos, surgiram apenas depois da segunda guerra mundial, o que nos serve de exemplo para entender que os direitos acompanham os fatos presentes na sociedade. Sendo assim, os direitos presentes nos dias hoje são fruto, não somente dos acontecimentos anteriores, mas também das necessidades da sociedade atual.
REFERENCIAS
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: editora Campus, 1992.

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