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Trabalho de Madeiras

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO 
CAMPUS DE SINOP 
 
 
 
 
 
 
 
BRUNA DE OLIVEIRA BORBA 
ELAISE GABRIEL 
EMÍLIA GARCEZ DA LUZ 
ÚRSULA MAÍRA MACIEL RIGON 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE MADEIRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINOP- MT 
2016 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 2 
2 MUNICÍPIO ESCOLHIDO .................................................................................................... 3 
3 MADEIRA UTILIZADA ......................................................................................................... 3 
4 SEÇÕES ADOTADAS E VERIFICADAS ............................................................................ 4 
5 CARGA PERMANENTE CONSIDERADA ......................................................................... 5 
6 CARGA VARIÁVEL CONSIDERADA ................................................................................ 6 
7 VELOCIDADE CARACATERÍSTICA DO VENTO .......................................................... 7 
7.1 FATOR TOPOGRÁFICO (S1) ............................................................................................ 7 
7.2 RUGOSIDADE DO TERRENO (S2).................................................................................. 7 
7.3 FATOR ESTATÍSTICO (S3) .............................................................................................. 7 
7.4 DETERMINAÇÃO DAS FORÇAS ESTATÍSTICAS DEVIDAS AO VENTO ............... 8 
7.5 COEFICIENTES DE PRESSÃO INTERNA...................................................................... 8 
7.6 COEFICIENTES DE PRESSÃO EXTERNA .................................................................... 8 
7.7 COMBINAÇÃO DE COEFICIENTES DE PRESSÃO ..................................................... 9 
8 PROCEDIMENTO PARA O CÁLCULO ............................................................................. 9 
9 MEMORIAL DE CÁLCULO ............................................................................................... 11 
9.1 VERIFICAÇÕES DE SEGURANÇA .............................................................................. 12 
9.1.1 Compressão ................................................................................................................ 12 
9.1.2 Tração ......................................................................................................................... 14 
10 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 16 
 
 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
A madeira é um material muito utilizado na área de construção civil. Dentre suas 
utilizações, uma muito comum é a estrutura de cobertura de edificações (tesoura, terças, 
caibros e ripas). Para a construção dessa estrutura é preciso fazer previamente 
dimensionamento da mesma, afim de assegurar sua capacidade de suportar os futuros 
esforços que serão aplicados ao material. Neste trabalho, apresentaremos o local e o tipo 
de madeira escolhido, as dimensões adotadas para cada elemento da estrutura, e os 
cálculos de cargas permanentes e variáveis. Após definição desses aspectos que são 
informações primárias para o dimensionamento, é detalhado na sequência o memorial 
de cálculo, que tem por objetivo verificar se os elementos de madeiras serão apropriados 
para suportar ou não os esforços que serão solicitados. O memorial de cálculo será 
baseado nas premissas da ABNT NBR 7190:1997 e da ABNT NBR 6123:1998, sendo 
todos os cálculos e fatores adotados compatível com os parâmetros da mesma. 
 
3 
 
2 MUNICÍPIO ESCOLHIDO 
 Para realização do projeto em questão, foi escolhido o município de Sinop – MT. 
Devido ao fato da região ser o principal foco de estudos dos projetos elaborados no 
curso de engenharia civil no campus universitário de Sinop. A cidade apresenta como 
principais características de construção: solo laterítico segundo a classificação MCT; 
ventos predominantes com velocidade no intervalo de 1m/s a 3m/s, com ventos críticos 
de 30 m/s; e de relevo plano. 
 
3 MADEIRA UTILIZADA 
A madeira escolhida para o projeto foi o cedro (cedro-amargo), uma madeira 
abundante na região e que apresenta durabilidade moderada ao ataque de organismos 
xilófagos. A madeira de cedro é fácil de aplainar, serrar, lixar, furar, pregar, colar e 
tornear, além de apresentar bom acabamento. A secagem ao ar é rápida com pouca 
ocorrência de defeitos e a secagem em estufa é fácil, não ocorrendo empenamentos e 
rachaduras. 
 O cedro é uma madeira dicotiledônea e a classe de resistência é C 30. De acordo 
com essas propriedades, são apresentadas as características de resistência da madeira 
escolhida, de acordo com a norma NBR 7190: 
 Resistência à compressão paralela às fibras: 𝑓𝑐0,𝑘= 30,0 MPa; 
 Resistência ao cisalhamento: 𝑓𝑣𝑘= 5,0 MPa; 
 Resistência à compressão paralela às fibras de projeto: 𝑓𝑐0,𝑑 = 
 Módulo de elasticidade à compressão paralela às fibras: 𝐸𝑐0,𝑚= 14 500 MPa; 
 Massa específica aparente: 𝜌𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒= 800 kg/m³; 
 12% de umidade; 
 Kmod=0,56; 
 Ec0,ef=8120 MPa. 
As peças de madeira utilizadas na estrutura devem ser serradas e não apresentar 
defeitos, como desvios dimensionais, arqueamento, encurvamento, nós, rachaduras, 
4 
 
fendas, perfuração por insetos ou podridão além dos limites tolerados para cada 
categoria. 
Visando maior segurança no dimensionamento da estrutura, a madeira será 
classificada como de 2ª categoria. 
4 SEÇÕES ADOTADAS E VERIFICADAS 
Para a estrutura em questão, é necessário dimensionar e verificar as seções de 
cada elemento da tesoura e da cobertura, sendo eles: ripas, caibros, terças e a treliça. 
Para efeitos de cálculos, consideramos as seguintes medidas segundo orientação em 
sala: 
 Beiral de 60,00 cm 
 Tesoura biapoiada 
 Pé Direito 3,00 m 
 Dimensões da estrutura 10,00x6,90 m 
De acordo com as construções locais, adotamos as dimensões dos elementos 
estruturais geralmente utilizadas para a telha Portuguesa (material escolhido), estas são: 
 Ripas: 
o Seção de 1,00x5,00 cm; 
o Espaçamento de 0,50 m; 
o Comprimento de 4,5 m; 
 Caibros: 
o Seção de 5,00x6,00 cm; 
o Espaçamento de 0,50 m; 
o Comprimento de 5 m; 
 Terças: 
o Seção de 6,00x12,00 cm; 
o Espaçamento de 2 m; 
o Comprimento de 5 m; 
 Treliça 
o Seção de 6,00x16,00 cm; 
o Espaçamento de 2,50 m; 
5 
 
o Comprimento 8,1 m. 
Por fim, foi feita a verificação das peças através do cálculo do índice de esbeltez. 
Para isso, foram encontradas as seguintes propriedades geométricas: área da seção da 
treliça (96 cm²), momento de inércia (2048 cm4), raio de giração mínimo (4,62 cm), e 
índice de esbeltez (64,94), classificando a peça como medianamente esbelta. Esse 
resultado indica que as seções adotadas são satisfatórias para esse projeto. 
 
5 CARGA PERMANENTE CONSIDERADA 
 Para este aspecto, a carga permanente considerada foi a somatória dos pesos dos 
caibros, ripas e terças da estrutura. Parafusos e telhas não foram contabilizados 
conforme o acordo feito em sala. Para se calcular a carga permanente, foi necessário 
calcular o volume de cada elemento. Depois multiplicamos o volume pelo peso 
específico da madeira escolhida afim de encontrar a carga em Kg. Ainda, calculamos a 
quantidade de cada material que seria utilizado no projeto. Por fim, multiplicamos a 
carga (Kg) pela quantidade de material e somamos todos os valores. Segue abaixo os 
cálculos: 
1° Ripas: 
0,01 𝑥 0,05 𝑥 4,5 = 2,25𝑥10−3 𝑚3 
2,25𝑥10−3
𝑚3 𝑥 800𝑘𝑔𝑚3
= 1,80 𝑘𝑔 
4,68 𝑥 2 
0,50
= 18,72 ≈ 19 𝑟𝑖𝑝𝑎𝑠 
1,80 𝑘𝑔 𝑥 19 𝑟𝑖𝑝𝑎𝑠 = 34,20 𝑘𝑔 
2° Caibros 
0,05 𝑥 0,06 𝑥 5 = 0,015 𝑚3 
0,015
𝑚3 𝑥 800𝑘𝑔
𝑚3
= 12,00 𝑘𝑔 
6 
 
10 𝑥 2 
0,50
= 40 𝑐𝑎𝑖𝑏𝑟𝑜𝑠 
12,00 𝑘𝑔 𝑥 40 𝑐𝑎𝑖𝑏𝑟𝑜𝑠 = 480,00 𝑘𝑔 
3° Terças 
0,06 𝑥 0,12 𝑥 5 = 0,036 𝑚3 
0,036
𝑚3 𝑥 800𝑘𝑔
𝑚3
= 28,80 𝑘𝑔 
4,68 𝑥 2 
2
= 4,68 ≈ 5 𝑡𝑒𝑟ç𝑎𝑠 
28,80 𝑘𝑔 𝑥 5 𝑡𝑒𝑟ç𝑎𝑠 = 144,00 𝑘𝑔 
4° Somatório 
34,20 + 480 + 144 = 658,20 𝑘𝑔 → 658,20 𝑑𝑎𝑁 
Sendo assim, o valor adotado para a carga permanente total da estrutura 
considerada é de 658,20 daN. 
 
6 CARGA VARIÁVEL CONSIDERADA 
Para a carga variável será considerada apenas o efeito dos ventos. Como citado 
anteriormente, a velocidade média dos ventos predominantes em Sinop se encontra no 
intervalo de 1m/s a 3m/s. Entretanto, conforme o gráfico de isopletas da velocidade 
básica de ventos no Brasil, apresentada no item 5.1 da norma NBR 6123 – Forças 
devidas ao vento em edificações, a velocidade crítica do vento na região do município 
de Sinop – MT a ser adotada é de 30 m/s, portanto, a velocidade adotada para esse 
projeto. 
 
7 
 
7 VELOCIDADE CARACATERÍSTICA DO VENTO 
 Para caracterizar a velocidade do vento no município de Sinop, levando em 
consideração as particularidades do projeto, foi seguido os parâmetros da NBR 6123. 
Essa etapa consiste em obter os seguintes valores: fator topográfico (S1), rugosidade do 
terreno (S2), e fator estatístico (S3). Após, foi possível calcular a velocidade 
característica do vento e a pressão dinâmica. Por fim, foi encontrado os valores dos 
coeficientes de pressão interna e de pressão externa. 
7.1 FATOR TOPOGRÁFICO (S1) 
 O fator topográfico S1 leva em consideração as variações do relevo do terreno. O 
município de Sinop é um município com terrenos predominantemente planos ou 
fracamente acidentados, logo, adota-se S1 = 1,0. 
7.2 RUGOSIDADE DO TERRENO (S2) 
 O fator S2 leva em consideração o efeito combinado da rugosidade do terreno, da 
variação da velocidade do vento com a altura acima do terreno e das dimensões da 
edificação ou parte da edificação em consideração. Em relação à rugosidade do terreno, 
o município se enquadra na categoria IV, que abrange terrenos cobertos por obstáculos 
numerosos e pouco espaçados, em zona florestal, industrial ou urbanizada, segundo a 
NBR 6123. 
No que se refere às dimensões da edificação, a classificação correspondente é a 
Classe A, que inclui todas as unidades de vedação, seus elementos de fixação e peças 
individuais de estruturas sem vedação, e na qual a maior dimensão vertical ou horizontal 
não excede 20 metros. Por fim, de acordo com a tabela do fator S2 do item 5.3.3 da 
norma, encontrou-se o valor de S2 = 0,79. 
7.3 FATOR ESTATÍSTICO (S3) 
 O fator estatístico considera, estatisticamente, o grau de segurança requerido e a 
vida útil da edificação. Segundo a tabela de valores mínimos do fator estatístico S3, do 
item 5.4 da norma, a edificação se enquadra no Grupo 2, de edificações para comércio e 
indústria, com alto fator de ocupação, cujo valor é S3 = 1,0. 
8 
 
7.4 DETERMINAÇÃO DAS FORÇAS ESTATÍSTICAS DEVIDAS AO VENTO 
 As forças estatísticas devidas ao vento são determinadas pela velocidade 
característica do vento (Vk), que é obtida pela multiplicação da velocidade básica do 
vento (V0) com os fatores S1, S2 e S3, que é obtida pela seguinte equação: 
𝑉𝐾 = 𝑉0 ∗ 𝑆1 ∗ 𝑆2 ∗ 𝑆3 
𝑉𝐾 = 30 𝑚/𝑠 ∗ 1,0 ∗ 0,79 ∗ 1,0 
𝑉𝑘 = 23,70 𝑚/𝑠 
 Em seguida, pode-se determinar a pressão dinâmica, obtida pela expressão: 
𝑞 = 0,613 ∗ 𝑉𝑘
2 
𝑞 = 0,613 ∗ 23,702 
𝑞 = 344,316 𝑁/𝑚2 
7.5 COEFICIENTES DE PRESSÃO INTERNA 
 A abertura dominante é uma abertura cuja área é igual ou superior à área total 
das outras aberturas que constituem a permeabilidade considerada sobre toda superfície 
externa da edificação (incluindo a cobertura, se houver forro permeável ao ar ou na 
ausência de forro). Para edificações com paredes internas permeáveis, a pressão interna 
pode ser considerada uniforme. Neste trabalho, foi adotado o valor para quatro faces 
igualmente permeáveis, com valor de cpi = -0,3 ou 0. 
7.6 COEFICIENTES DE PRESSÃO EXTERNA 
 De acordo com a tabela de coeficientes de pressão e de forma, externos, para 
telhados com duas águas, simétricos, em edificações de planta retangular, do item 
6.2.11 da norma NBR 6123, para θ = 30°, os valores de EF e GH são 0 e -0,4; e os 
valores de EG e FH, -0,7 e -0,6; respectivamente. Para vento a 0°, nas partes I eJ o 
coeficiente de forma Ce apresenta o valor de IJ = -0,2. 
9 
 
7.7 COMBINAÇÃO DE COEFICIENTES DE PRESSÃO 
 Para a obtenção dos coeficientes de pressão mais críticos para a estrutura, deve-
se subtrair os coeficientes de pressão interna dos de pressão externa (Ce – Ci). Portanto: 
Visando o máximo valor negativo: 
−0,7 − 0 = −0,7 
Visando o máximo valor positivo: 
0 − (−0,3) = +0,3 
 Portanto, para o cálculo de 𝐶𝑒 − 𝐶𝑖, obtiveram-se os valores de -0,7 (sucção) e 
+0,3 (sobrepresão). Com esses valores, foram calculados os dois componentes críticos 
da força global. 
8 PROCEDIMENTO PARA O CÁLCULO 
 A força do vento sobre um elemento plano de edificação de área A atua em 
direção perpendicular e ele. A área de influência é a distância média entre duas terças 
multiplicada pela distância média entre duas treliças, logo, A= 5,0 m². O cálculo da 
força de vento pode ser calculado pela seguinte equação: 
𝐹 = (𝐶𝑒 − 𝐶𝑖) ∗ 𝑞 ∗ 𝐴 
 Dessa maneira, obtém-se as forças de: 
Sucção: 
𝐹 = −0,7 ∗ 344,316
𝑁
𝑚2
∗ 5,0 𝑚² 
𝐹 = −1,20511 𝑘𝑁 
Sobrepressão: 
𝐹 = +0,3 ∗ 344,316
𝑁
𝑚2
∗ 5,0 𝑚² 
𝐹 = +0,51647 𝑘𝑁 
10 
 
Foram encontradas, respectivamente, as forças de -1,20511 kN e +0,51647 kN. 
Com a utilização do software Ftool, foram obtidos os diagramas de força normal 
solicitante à treliça. As figuras 1 e 2 abaixo, ilustram as forças solicitantes aplicadas em 
cada barra da treliça. 
 
Figura1: Diagrama de esforços referente ao vento de sucção. Fonte: Acervo 
próprio, 2016. 
 
Figura 2: Diagrama de esforços referente ao vento de sobrepressão. Fonte: Acervo 
próprio, 2016. 
 
Para este caso, os maiores valores obtidos foram 3,39264 kN e -1,45397 kN. 
 
11 
 
9 MEMORIAL DE CÁLCULO 
Na figura abaixo estão representadas as barras e a solicitação de ações dos 
ventos de sobrepressão e sucção combinadas com o peso próprio da estrutura 
(desconsiderando o peso das telhas). O valor das solicitações para cada barra se 
encontra na Tabela 1. 
Para o cálculo das combinações das solicitações de ações permanentes e 
variáveis, foi utilizada a equação de combinações normais, da norma NBR 7190, 
descrita abaixo: 
𝐹𝑑 = ∑ 𝛾𝐺𝑖
𝑚
𝑖=1
𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝛾𝑄 [𝐹𝑄1,𝑘 + ∑ 𝜓0𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘
𝑛
𝑗=2
] 
Tabela 1 Solicitação de ações referente às cargas permanentes e variáveis para cada barra da treliça 
 
Fonte: Acervo próprio, 2016. 
 
Barra Peso Próprio 
Vento 
Sobrepressão 
Vento Sucção 
Peso Próprio+ 
Vento Sobrepressão 
Peso Próprio+ 
Vento Sucção 
1 10,344 0,844 -1,969 15,37 7,24242 
2 -10,775 -1,396 3,258 -16,55 12,73077 
3 10,332 0,847 -1,977 15,35 7,23402 
4 -0,033 -0,017 0,040 -0,06 9,35187 
5 10,332 0,847 -1,977 15,35 7,23402 
6 -3,417 -0,457 1,067 -5,26 10,43022 
7 1,963 0,279 -0,651 3,04 8,62632 
8 10,344 0,844 -1,969 15,37 7,24242 
9 -0,033 -0,017 0,04 -0,06 9,35187 
10 -3,417 -0,457 1,067 -5,26 10,43022 
11 -7,339 -1,454 3,393 -11,80 12,87252 
12 -10,775 -1,396 3,258 -16,55 12,73077 
13 -7,339 -1,454 3,393 -11,80 12,87252 
129.1 VERIFICAÇÕES DE SEGURANÇA 
9.1.1 Compressão 
Devido ao índice de esbeltez da peça utilizada ter valor entre 40 e 80 (64,94), 
pode-se verificar o atendimento da condição de segurança relativa ao estado 
limite último de instabilidade pela condição: 
𝜎𝑁𝑑
𝑓𝑐0,𝑑
 + 
𝜎𝑀𝑑
𝑓𝑐0,𝑑
 ≤ 1 
Calcula-se primeiramente o ea (excêntricidade acidental mínima) devido às 
imperfeições geométricas das peças: 
𝑒𝑎 =
𝐿0
300
 
Como um exemplo, calcularemos para a barra 10: 
𝑒𝑎 =
2
300
 
𝑒𝑎 = 0,0066 
Adota-se excentricidade inicial para treliças igual a zero, ei =0. Após, calcula-se 
e1 (excentricidade de primeira ordem): 
𝑒1 = 𝑒𝑖 + 𝑒𝑎 
𝑒1 = 0 + 0,0066 
𝑒1 = 0,0066 
Para o cálculo do Fe, força crítica de flambagem: 
𝐹𝐸 =
𝜋2 ∗ 𝐸𝑐0,𝑒𝑓∗ 𝐼
𝐿0²
 
𝐹𝐸 =
𝜋2 ∗ 8120 ∗ 10−6 ∗ 2,88 ∗ 10−6
2²
 
𝐹𝐸 = 57,70 𝑘𝑁 
Para a excentricidade de cálculo: 
𝑒𝑑 = 𝑒1 (
𝐹𝐸
𝐹𝐸 − 𝑁𝑑
) 
𝑒𝑑 = 0,0066 (
57,70
57,70 − 5,26
) 
𝑒𝑑 = 0,0073 
Para o Momento Fletor: 
𝑀𝑑 = 𝑁𝑑 ∗ 𝑒𝑑 
13 
 
𝑀𝑑 = 5,26 ∗ 0,0073 
𝑀𝑑 = 0,0384 𝑘𝑁 
Para a tensão de compressão devida ao Momento Fletor: 
𝜎𝑀𝑑 =
𝑀𝑑 ∗ 𝑥
𝐼𝑦
 
𝜎𝑀𝑑 =
0,00384 ∗ 0,03
2,88 ∗ 10−6
 
𝜎𝑀𝑑 = 0,162 𝑘𝑁/𝑚² 
 
Para o cálculo da tensão de compressão devida à força normal de compressão: 
𝜎𝑁𝐷 =
𝑁𝐷
𝐴
 
𝜎𝑁𝐷 =
5,26
0,0096
 
𝜎𝑁𝐷 = 547,917 𝑘𝑁/𝑚² 
 
Para a verificação de segurança: 
𝜎𝑀𝑑
𝑓𝑐,0𝑑
+
𝜎𝑁𝑑
𝑓𝑐,0𝑑
 ≤ 1 
0,162
12000
+
547,917
12000
 ≤ 1 
0,046 ≤ 1 𝑂𝐾! 
Seguindo o procedimento de cálculo, obteve-se os seguintes valores para as 
outras barras: 
Tabela 2 Valores para obtenção e verificação de segurança à compressão nas barras 
Barra Nd,c (kN) ea,y (cm) e1y (cm) 
FE 
(kN) ed (cm) 
Md 
(kNm) 
σm,d 
(kN/m²) σn,d (kN/m²) 
Verificação 
1 0,000 0,575 0,575 77,566 0,575 0,000 0,000 0,000 0,000 
2 -16,550 0,667 0,667 57,702 0,935 0,155 0,650 1723,958 0,144 
3 0,000 0,575 0,575 77,566 0,575 0,000 0,000 0,000 0,000 
4 -0,060 0,167 0,167 923,226 0,167 0,000 0,000 6,250 0,001 
5 0,000 0,575 0,575 77,566 0,575 0,000 0,000 0,000 0,000 
6 -5,260 0,667 0,667 57,702 0,734 0,039 0,162 547,917 0,046 
7 0,000 0,333 0,333 230,807 0,333 0,000 0,000 0,000 0,000 
8 0,000 0,575 0,575 77,566 0,575 0,000 0,000 0,000 0,000 
14 
 
9 -0,060 0,167 0,167 923,226 0,167 0,000 0,000 6,250 0,001 
10 -5,260 0,667 0,667 57,702 0,734 0,039 0,162 547,917 0,046 
11 -11,800 0,667 0,667 57,702 0,838 0,099 0,416 1229,167 0,102 
12 -16,550 0,667 0,667 57,702 0,935 0,155 0,650 1723,958 0,144 
13 -11,800 0,667 0,667 57,702 0,838 0,099 0,416 1229,167 0,102 
Fonte: Acervo próprio, 2016. 
 
9.1.2 Tração 
Para a obtenção da verificação da condição de segurança à tração, foram 
calculados: 
𝜎𝑇𝐷 ≤ 𝑓𝑐,0𝑑 
𝜎𝑇𝐷 =
𝑁𝑑
𝐴
 
Como exemplo, para a barra 10 obteve-se: 
𝜎𝑇𝐷 =
𝑁𝑡,𝑑
𝐴
 
𝜎𝑇𝐷 =
10,43022
0,0096
 
𝜎𝑇𝐷 = 1086,48 𝑘𝑃𝑎 
1086,48 ≤ 12000 𝑂𝐾! 
Seguindo o procedimento de cálculo, obteve-se os seguintes valores para as 
outras barras: 
Tabela 3 Valores para obtenção e verificação de segurança à compressão nas barras 
Barra Nt,c (kN) σt,d (kN/m²) Verificação 
1 15,37 1601,042 0,133 
2 12,73 1326,042 0,111 
3 15,35 1598,958 0,133 
4 9,35 973,958 0,081 
5 15,35 1598,958 0,133 
6 10,43 1086,458 0,091 
7 8,62 897,917 0,075 
8 15,37 1601,042 0,133 
9 9,35 973,958 0,081 
10 10,43 1086,458 0,091 
15 
 
11 12,87 1340,625 0,112 
12 12,73 1326,042 0,111 
13 12,87 1340,625 0,112 
Fonte: Acervo próprio, 2016. 
De acordo com as especificações das normas NBR 6123/2013 e NBR 7190/1997 
e os valores apresentados nas tabelas acima, a madeira escolhida está em conformidade 
com as solicitações exigidas pela estrutura e com as condições de segurança. 
 
16 
 
10 REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 7190: 
Projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro – RJ – Brasil – 1997. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6123: 
Forças devidas ao vento em edificações. Rio de Janeiro – RJ – Brasil – 2013. 
 
SANCHES, João Carlos Machado; SANTOS, Lucas Hilleshein dos. Direção e 
Velocidade dos Ventos Como Parâmetros de Projetos Arquitetônicos em 
Sinop/MT. SHIS 2013, p. 3, Mato Grosso. Disponível em: 
<http://docslide.com.br/documents/direcao-e-velocidade-dos-ventos-como-parametro-
de-projetos-arquitetonicos.html>. Acesso em: 10 jun. 2016.

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