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Trabalho Metálicas

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT 
 
 
 
 
 
ELAISE GABRIEL 
EMÍLIA GARCEZ DA LUZ 
 
 
 
 
 
PROJETO DE ESTRUTURAS METÁLICAS: 
Dimensionamento de Galpão de Oficina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinop-MT 
2016/2 
I 
 
SUMÁRIO 
1 CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO ......................................................... 3 
1.1 TIPOLOGIA DO GALPÃO .......................................................................... 3 
1.1.1 Sistema estrutural ............................................................................ 3 
1.1.2 Escolha do aço ................................................................................. 4 
1.1.3 Perfis utilizados ................................................................................ 4 
1.2 NORMAS CONSIDERADAS NO PROJETO .............................................. 4 
2 DETERMINAÇÃO DAS FORÇAS ATUANTES .............................................. 5 
2.1 FORÇAS DEVIDAS AO VENTO ................................................................ 5 
2.1.1 Velocidade básica do vento – V0 ..................................................... 5 
2.1.2 Fator topográfico – S1 ...................................................................... 5 
2.1.3 Fator de rugosidade do terreno – S2 ............................................... 6 
2.1.3.1 Rugosidade do Terreno .............................................................. 6 
2.1.3.2 Dimensões da edificação ............................................................ 6 
2.1.3.3 Determinação do fator S2 ............................................................ 6 
2.1.3.4 Fator estatístico – S3 ................................................................... 8 
2.1.4 Velocidade característica do vento – Vk ........................................ 8 
2.1.5 Pressão dinâmica do vento – q ....................................................... 9 
2.1.6 Coeficiente de forma e interno – Ci ................................................. 9 
2.1.7 Coeficiente de forma e pressão externos – Ce .............................. 9 
2.1.8 Coeficientes de pressão externos para parede lateral .................. 10 
2.1.9 Coeficiente de forma e pressão externos – Ce .............................. 10 
2.1.10 Coeficientes de forma externos e internos do telhado ................. 12 
2.1.11 Combinação de ventos de sobrepressão e de sucção ................. 15 
2.1.12 Carregamento crítico devido ao ventos de sobrepressão e de sucção
 ..............................................................................................................16 
2.2 CARREGAMENTOS ADOTADOS NA COBERTURA ................................ 16 
2.2.1 Escolha da telha ............................................................................... 16 
2.3 SOLICITAÇÕES NA ESTRUTURA ............................................................ 17 
2.3.1 Área de influência ............................................................................. 17 
2.3.2 Combinações .................................................................................... 18 
2.3.2.1 Estado Limite Último (ELU) ......................................................... 18 
2.3.2.2 Estado Limite de Serviço (ELS) .................................................. 19 
3 DESLOCAMENTOS MÁXIMOS ..................................................................... 21 
4 ANEXOS ......................................................................................................... 23 
4.1 ESTADO LIMITE ÚLTIMO ......................................................................... 23 
4.2 ESTADO LIMITE DE SERVIÇO ................................................................. 24 
II 
 
 
3 
 
1 CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO 
1.1 TIPOLOGIA DO GALPÃO 
Este projeto tem como finalidade o dimensionamento de um galpão metálico 
para ser utilizado como oficina no município de Sinop-MT. A especificação da 
estrutura será detalhada nos próximos tópicos. Trata-se de um barracão com as 
seguintes dimensões: 
 Largura: 20,0 metros; 
 Comprimento: 40,0 metros; 
 Altura total: 7,0 metros; 
 Pé direito: 5,0 metros. 
1.1.1 Sistema estrutural 
A estrutura será composta por pórticos bidimensionais treliçados em aço, que 
são formados por pilares, ligados por vigas de cobertura treliçada. Os pilares têm 
comprimento de 5,0 metros e as vigas principais têm vão de 20 metros de eixo a eixo 
de pilar. A representação da estrutura dos pórticos tem o posicionamento dos nós 
como mostra a figura abaixo. 
 
Figura 1 - Posicionamento dos nós na treliça da estrutura 
A estrutura de sustentação da cobertura é composta por banzos inferiores e 
superiores em perfil “U”, com inclinação de 11,31° em relação à horizontal. A altura 
total do galpão é de 7,0 metros, sendo que 2,0 metros são provenientes da inclinação 
das vigas da cobertura. 
O plano de uso da estrutura prevê uma oficina para consertos de veículos, não 
havendo nenhuma sobrecarga de equipamentos fixos na estrutura da cobertura, com 
exceção de lâmpadas e possível ventilação artificial. 
4 
 
1.1.2 Escolha do aço 
Considerando que o local não é de natureza agressiva nem de atmosfera 
marítima, não há necessidade de se utilizar aço de alta resistência à corrosão. 
Para a execução da obra, foi escolhido o tipo aço-carbono, um dos tipos mais 
utilizados, nos quais o aumento de resistência em relação ao ferro puro é produzido 
pelo carbono e, em menor escala, pelo manganês. Foi escolhido o tipo A-36, com 
módulo de elasticidade de 200 GPa, conforme a NBR-8800/2008, apresenta 250 MPa 
para limite de escoamento e 400-500 MPa de resistência à ruptura. Com baixo teor 
de carbono, pode ser soldado sem precauções especiais. 
1.1.3 Perfis utilizados 
Os perfis estruturais em aço, na maioria das vezes industrializados, possuem 
dimensões definidas, que podem ser consultadas em tabelas com suas respectivas 
características geométricas necessárias para o dimensionamento, a fim de facilitar a 
escolha do perfil mais adequado para o projeto. Para este projeto, foram adotados: 
 Perfis utilizados na cobertura: 
o Banzo superior: U 150x75x3,35 – 7,60kg/m 
o Banzo inferior: U 150x75x3,35 – 7,60kg/m 
o Diagonal: U 150x75x2,65 – 6,06kg/m 
o Montante: L 40x3 – 1,77 kg/m 
o Terça: Ue 100x50x17x2,25 – 3,87 kg/m 
 Travamentos: U 125x50x2,65 – 4,25 kg/m; 
 Espaçamento entre os pórticos: 5 metros. 
1.2 NORMAS CONSIDERADAS NO PROJETO 
O processo de dimensionamento está de acordo com as seguintes normas: 
 NBR-8800/86 – Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edifícios; 
 NBR-6123/88 – Forças Devidas ao Vento em Edificações; 
 NBR-6118/03 – Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento; 
 NBR 6120/80 – Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edificações. 
 
5 
 
2 DETERMINAÇÃO DAS FORÇAS ATUANTES 
2.1 FORÇAS DEVIDAS AO VENTO 
Em estruturas metálicas o vento realiza um papel determinante, e é 
determinado conforme a NBR 6123/88 “Forças devido ao vento em edificações”. 
2.1.1 Velocidade básica do vento – V0 
A velocidade típica do vento na cidade de Sinop-MT é 30m/s, cujo valor é 
encontrado através da Figura 2. 
 
Figura 2 - Mapa de isopletas da velocidade básica V0 (m/s). 
Fonte: NBR 6123-1988 
2.1.2 Fator topográfico – S1 
6 
 
O fator topográfico leva em consideração as variações do relevo do terreno no 
qual a edificação está situada. Para Sinop-MT, o valor de S1 determinado é igual a 
1,0, por apresentar terreno plano ou fracamente acidentado. 
2.1.3 Fator de rugosidade do terreno – S2 
Segundo a NBR 6123-1988, o fator S2 considera o efeito combinado da 
rugosidade do terreno, da variação da velocidadedo vento com a altura acima do 
terreno e das dimensões da edificação ou parte dela. 
2.1.3.1 Rugosidade do Terreno 
A ABNT NBR 6123:1988 traz a rugosidade do terreno como sendo classificada 
em cinco categorias, que depende da geografia e densidade demográfica do local da 
construção (Item 5.3.1). 
Esse projeto se encaixa na Categoria IV: Terrenos cobertos por obstáculos 
numerosos e pouco espaçados, em zona florestal, industrial ou urbanizada (com cota 
média do topo dos obstáculos considerada igual a 10 metros). 
2.1.3.2 Dimensões da edificação 
Para fins da norma, a ABNT NBR 6123:1988 traz três Classes de edificações, 
partes de edificações e seus elementos, com intervalos de tempo para cálculo da 
velocidade média de respectivamente 3s, 5s e 10s, cuja definição leva em 
consideração a maior dimensão horizontal ou vertical da superfície tocada pelo vento 
(Item 5.3.1). 
Considerando o vento incidente a 0º no barracão, tem-se que a maior dimensão 
horizontal ou vertical tocada pelo vento é de 20 m, ou seja, compreendida entre 20m 
e 50m. Portanto, para a incidência do vento nestas faces será adotada a Classe B. 
Considerando o vento incidente a 90º no barracão, tem-se que a maior 
dimensão horizontal ou vertical tocada pelo vento nesta direção é de 40 m, ou seja, 
compreendida entre 20m e 50m. Portanto, para a incidência do vento nestas faces 
será adotada igualmente a Classe B. 
2.1.3.3 Determinação do fator S2 
Este fator é determinado a partir da equação abaixo: 
𝑆2 = 𝑏. 𝐹𝑟 . (𝑧/10)
𝑝 
7 
 
E os parametros da formula acima são definidos de acordo com a tabela a 
seguir. 
 
Figura 3 - Parâmetros metereológicos. 
Fonte: ABNT NBR 6123:1988 
 
 Vento a 0°: 
Categoria IV – Classe B 
𝑆2 = 𝑏 ∗ 𝐹𝑟 ∗ (
𝑧
10
)
𝑝
 
𝑆2 = 0,85 ∗ 0,98 ∗ (
7
10
)
0,125
 
𝑆2 = 0,797 
 
 Vento a 90°: 
Categoria IV – Classe B 
𝑆2 = 𝑏 ∗ 𝐹𝑟 ∗ (
𝑧
10
)
𝑝
 
8 
 
𝑆2 = 0,85 ∗ 0,98 ∗ (
7
10
)
0,125
 
𝑆2 = 0,797 
2.1.3.4 Fator estatístico – S3 
O fator estatístico S3 considera o grau de segurança requerido e a vida útil da 
edificação. A NBR 6123-1988 indica valores mínimos adequados para edificações, 
conforme abaixo. 
 
Figura 4 - Valores mínimos do fator estatístico S3 
Fonte: ABNT NBR 6123:1988 
Para o galpão de estudo, o fator adotado foi de 0,95, correspondente ao grupo 
3, destinado à edificações e instalações industriais com baixo fator de ocupação. 
2.1.4 Velocidade característica do vento – Vk 
Todos os cálculos foram realizados para uma estrutura com 4 faces 
permeáveis, cujos coeficientes de pressão podem ser encontrados nas equações a 
seguir. 
 Vento a 0° 
𝑉𝑘 = 𝑉0 ∗ 𝑆1 ∗ 𝑆2 ∗ 𝑆3 
𝑉𝑘 = 30 ∗ 1,0 ∗ 0,797 ∗ 0,95 
𝑉𝑘 = 22,705 𝑚/𝑠 
 Vento a 90° 
𝑉𝑘 = 𝑉0 ∗ 𝑆1 ∗ 𝑆2 ∗ 𝑆3 
𝑉𝑘 = 30 ∗ 1,0 ∗ 0,797 ∗ 0,95 
9 
 
𝑉𝑘 = 22,705 𝑚/𝑠 
2.1.5 Pressão dinâmica do vento – q 
 Vento a 0° 
𝑞 = 0,613 ∗ 𝑉𝑘
2 
𝑞 = 0,613 ∗ 22,7052 
𝑞 = 0,316 𝑘𝑁/𝑚² 
 Vento a 90° 
𝑞 = 0,613 ∗ 𝑉𝑘
2 
𝑞 = 0,613 ∗ 22,7052 
𝑞 = 0,316 𝑘𝑁/𝑚² 
2.1.6 Coeficiente de forma e interno – Ci 
Segundo a ABNT NBR 6123:1988, este índice é obtido levando-se em 
consideração a permeabilidade da edificação, esta por sua vez deve-se a presença 
de aberturas, frestas, vãos abertos de portas e janelas, lanternins, dentre outros (vide 
Item 6.2). 
O valor positivo do coeficiente de forma interno corresponde a sobrepressão e 
valor negativo desse coeficiente corresponde à sucção. 
Segundo a norma, a edificação em questão se enquadra no quesito 6.2.5 b, no 
qual a edificação apresenta quatro faces igualmente permeáveis. Para o vento 0°, 
considerando o valor mais crítico, conforme recomenda a norma, utiliza-se o valor de 
cpi = -0,3. 
Já para o vento 90°, a norma descreve que a abertura dominante está em uma 
face paralela ao vento, ou seja, a abertura dominante em relação a esse vento não 
está em uma zona de alta sucção externa, desse modo a norma NBR 6123/1988 
indica o uso do coeficiente de forma externo Ce, correspondente ao local da abertura 
nesta face. No caso do projeto apresentado esse valor é uma média dos valores 
apresentados na face. 
𝑐𝑝𝑖,90 = 
−0,9 − 0,5
2
= −0,7 
2.1.7 Coeficiente de forma e pressão externos – Ce 
10 
 
Os valores dos coeficientes de pressão e de forma externos, para diversos tipos 
de edificações e para direções críticas do vento são dados na Tabela 3 e Tabela 4 
abaixo, também presentes na ABNT NBR 6123:1988. 
 
2.1.8 Coeficientes de pressão externos para parede lateral 
 
 Vento a 0° 
ℎ
𝑏
=
5
20
= 0,25 ; 
𝑎
𝑏
=
40
20
= 2 
𝐴1 𝑒 𝐵1 = −0,8 
 𝐴2 𝑒 𝐵2 = −0,4 
 𝐴3 𝑒 𝐵3 = −0,2 
 𝐶 = +0,7 𝐷 = −0,3 
 Vento a 90° 
 
 𝐴 = +0,7 𝐵 = −0,5 
 𝐶1 𝑒 𝐷1 = −0,9 
 𝐶2 𝑒 𝐷2 = −0,5
 
Figura 5 - Coeficientes externos para paredes - ventos a 0° e a 90°. 
Fonte: Software Ciclone (2017) 
2.1.9 Coeficiente de forma e pressão externos – Ce 
Os valores dos coeficientes de pressão e de forma externos, para diversos tipos 
de edificações e para direções críticas do vento são dados na Tabela 3 e Tabela 4 
abaixo, também presentes na ABNT NBR 6123:1988. 
11 
 
 
Tabela 3 – Coeficientes de pressão e de forma, externos, para paredes de edificações de planta 
retangular 
Fonte: ABNT NBR 6123:1988. 
Dessa forma, as variáveis utilizadas são: 
a=40 
b=20 
h=7 
Assim, segundo a tabela ‘3’, 
ℎ
𝑏
≤
1
2
 
12 
 
7
20
≤
1
2
 
0,35 ≤
1
2
 
Inclinação do telhado: 
𝜃 = 11,31 
 Vento a 0° 
𝐸𝐺 = −0,8 𝐹𝐻 = −0,6 
 Vento a 90° 
 𝐸𝐹 = −1,2 𝐺𝐻 = −0,4 
 
Figura 6 - Coeficientes de pressão e de forma, externos - telhado. 
Fonte: Software Ciclone (2017) 
2.1.10 Coeficientes de forma externos e internos do telhado 
Já para encontrar os valores dos coeficientes externos para telhados com duas 
águas, simétricos em edificações com planta retangular, usa-se a tabela: 
13 
 
 
Figura 7 - Coeficientes de pressão e de forma, externos, para telhados com duas águas, simétricos, 
em edificações de planta retangular. Fonte: ABNT NBR 6123:1988 
 
 
14 
 
Assim, tem-se: 
 Vento a 0° 
 
Figura 8 - Diagrama das forças resultantes com vento a 0°. 
Fonte: Software Ciclone (2017) 
 
 Vento a 90° 
 
Figura 9 - Diagrama das forças resultantes com vento a 90°. 
Fonte: Software Ciclone (2017) 
 
15 
 
2.1.11 Combinação de ventos de sobrepressão e de sucção 
 Vento a 0° 
 
Figura 10 - Ventos de sucção e sobrepressão no telhado a 0°. 
Fonte: Software Ciclone (2017) 
 Vento a 90° 
 
Figura 11 -Ventos de sucção e sobrepressão no telhado a 90°. 
Fonte: Software Ciclone (2017) 
 
 
 
 
 
 
16 
 
2.1.12 Carregamento crítico devido ao ventos de sobrepressão e de sucção 
 Vento a 0° 
 
Figura 12 - Carregamento crítico devido aos ventos de sobrepressão e de sucção – a 0°. 
Fonte: Software Ciclone (2017) 
 
 Vento a 90° 
 
Figura 13 - Carregamento crítico devido aos ventos de sobrepressão e de sucção – a 90°. 
Fonte: Software Ciclone (2017) 
2.2 CARREGAMENTOS ADOTADOS NA COBERTURA 
2.2.1 Escolha da telha 
A telha utilizada foi a trapezoidal 40, com espessura de 0,5 mm, pois acreditou-
se ser uma telha adequada ao projeto em questão. As especificações técnicas da 
telha escolhida segue abaixo. 
17 
 
 
Figura 14 - Especificações técnicas da telha utilizada. 
Fonte: Manual técnico de telhas de aço (2009) 
 
 
2.3 SOLICITAÇÕES NA ESTRUTURA 
2.3.1 Área de influênciaTabela 1 - Comprimento atuante em cada nó. 
Comprimentos 
atuantes - nós 18 e 19 20 e 21 24 e 25 26 e 27 28 e 29 30 e 31 32 e 33 34 e 35 36 
montante 0 1 1.25 1.5 1.75 2 2.25 2.75 3 
banzo 0.794 2.52 2.52 2.52 2.52 2.52 2.52 2.52 2.52 
diagonal 0.800 1.684 1.860 2.052 2.255 2.466 2.684 2.908 3.135 
Fonte: Acervo pessoal (2017) 
 
 
Tabela 2 - Carga permanente - peso atuante em cada nó. 
Carga permanente 
 nó 18 nó 20 nó 24 nó 26 nó 28 nó 30 nó 32 nó 34 nó 36 
montante 0.000 0.035 0.043 0.052 0.061 0.069 0.078 0.096 0.104 
banzo 0.030 0.095 0.095 0.095 0.095 0.095 0.095 0.095 0.095 
diagonal 0.095 0.200 0.221 0.244 0.268 0.293 0.319 0.346 0.373 
resultante 0.125 0.330 0.360 0.391 0.424 0.458 0.492 0.536 0.572 
peso telha 0.180 0.361 0.361 0.361 0.361 0.361 0.361 0.361 0.361 
peso terça 0.152 0.152 0.152 0.152 0.152 0.152 0.152 0.152 0.304 
peso atuante em cada nó 0.457 0.843 0.872 0.904 0.936 0.970 1.005 1.049 1.236 
Fonte: Acervo pessoal (2017) 
18 
 
2.3.2 Combinações 
2.3.2.1 Estado Limite Último (ELU) 
 
Figura 15 - Combinação 1: 1,4CP + 1,5CA1 + 1,4*0,6V02 
Fonte: Acervo pessoal (2017) 
 
Figura 16 - Combinação 2: 1,4CP + 1,4V01 + 1,5*0,7CA2 
Fonte: Acervo pessoal (2017) 
 
 
Figura 17 - Combinação 3: CP + 1,4V0 
Fonte: Acervo pessoal (2017) 
 
19 
 
 
Figura 18 - Combinação 4: CP + 1,4V90 
Fonte: Acervo pessoal (2017) 
 
2.3.2.2 Estado Limite de Serviço (ELS) 
 
Figura 19 - Combinação 5: CP + CA1 + 0,6V02 
Fonte: Acervo pessoal (2017) 
 
 
Figura 20 - Combinação 6: CP + 0,7CA 
Fonte: Acervo pessoal (2017) 
 
20 
 
 
Figura 21 - Combinação 7: CP + 0,3V01 + 0,6CA2 
Fonte: Acervo pessoal (2017) 
 
 
Figura 22 - Combinação 8: CP + 0,3V0 
Fonte: Acervo pessoal (2017) 
 
 
 As combinações, após terem sido computadas no Ftool, geraram os diagramas 
dos quais foram identificados os esforços mais críticos de compressão e de tração. 
Com tais informações, foram comparados os valores de esforços resistentes de cada 
peça, conforme fornecido pelo software DimPerfil. As informações foram resumidas 
na tabela a seguir. 
Tabela 3 - Esforço admissível e solicitação na peça. 
 ESFORÇO ADMISSÍVEL 
SOLICITAÇÃO NA PEÇA 
 Tração Compressão Tração 
Compressão 
BANZO SUPERIOR 158,45 -166,284 Não ocorreu 
-60,634 
BANZO INFERIOR 158,45 -233,96 64,709 
-0,621 
DIAGONAL 58,42 -287,14 39,035 
-6,299 
MONTANTE 5,59 -35,89 13,019 
-33,453 
21 
 
3 DESLOCAMENTOS MÁXIMOS 
Ao projetar uma estrutura deve-se realizar a verificação do estado-limite de 
serviço de deslocamentos máximos. Os limites de deslocamentos estão indicados no 
Anexo C da ABNT NBR 8800:2008. 
Neste projeto são verificados os seguintes deslocamentos máximos: 
· Deslocamento máximo no topo dos pilares em edificação: L/300; 
· Deslocamento máximo das treliças da cobertura: L/250; 
· Deslocamento máximo nas terças de cobertura devido às forças gravitacionais: 
L/180. 
· Deslocamento máximo nas terças de cobertura devido ao vento de sucção: 
L/120. 
Para estas análises, foram carregadas sobre a estrutura os esforços máximos 
gerados a partir das combinações das ações quase permanentes de serviço 
anteriormente demonstradas. 
A figura abaixo mostra os máximos deslocamentos gerados nas treliças da 
estrutura.
 
Figura 23 - Deslocamentos máximos nas treliças. 
Fonte: Acervo pessoal (2017) 
Como mostrado, através da análise do software Ftool, obteve-se o valor de 
deslocamento máximo no topo dos pilares de 3,08 cm. 
Como para essa situação, o máximo valor admissível é de L/300, tem-se: 
· 
L
300
=
700
300
= 2,33 cm 
· 3,08 > 2,33 𝐍ã𝐨 𝐏𝐚𝐬𝐬𝐨𝐮! 
O valor de deslocamento máximo das treliças da cobertura foi obtido pelo 
software Ftool, cujo valor encontrado foi de 2,48 cm. 
22 
 
Para este caso, o máximo valor admissível é de L/250, logo tem-se que: 
L
250
=
2000
250
= 8 cm 
2,48 < 8 𝐎𝐤! 
Para as terças encontrou-se, 3,7 e 1,75 cm de deslocamento devido às forças 
gravitacionais e devido ao vento de sucção, respectivamente, como mostrado abaixo: 
 
Figura 24 - Deslocamentos gerados nas terças devido às forças gravitacionais. 
Fonte: Acervo pessoal (2017) 
 
Figura 25 - Deslocamentos gerados nas terças devido ao vento de sucção. 
Fonte: Acervo pessoal (2017) 
Assim, tem-se que: 
L
180
=
500
180
= 2,77 cm 
3,7 ≥ 2,77 𝐍ã𝐨 𝐏𝐚𝐬𝐬𝐨𝐮! 
L
120
=
500
120
= 4,16 cm 
1,75 ≤ 4,16 𝐎𝐤! 
 
23 
 
4 ANEXOS 
4.1 ESTADO LIMITE ÚLTIMO 
Limite Último 
ORDEM Força Eixo 
1.4CP+1.5CA1+1.4*
0.6V0b 
1.4CP+1.4V0b+1.5*
0.7CA1 
CP+1.4V0 CP+1.4V90 
18 F1 FY 2.078 1.885 0.236 0.139 
20 F2 FY 4.055 3.669 0.400 0.206 
24 F3 FY 4.096 3.711 0.429 0.236 
26 F4 FY 4.140 3.755 0.461 0.267 
28 F5 FY 4.186 3.801 0.494 0.300 
30 F6 FY 4.233 3.848 0.528 0.334 
32 F7 FY 4.282 3.897 0.562 0.369 
34 F8 FY 4.343 3.958 0.606 0.412 
36 F9 FY 4.606 4.221 0.794 0.808 
19 F10 FY 2.078 1.885 0.236 0.347 
21 F11 FY 4.055 3.669 0.400 0.621 
25 F12 FY 4.096 3.711 0.429 0.651 
27 F13 FY 4.140 3.755 0.461 0.682 
29 F14 FY 4.186 3.801 0.494 0.715 
31 F15 FY 4.233 3.848 0.528 0.749 
33 F16 FY 4.282 3.897 0.562 0.784 
35 F17 FY 4.343 3.958 0.606 0.827 
18 F1 FX 0.044 0.073 -0.039 -0.056 
20 F2 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.112 
24 F3 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.112 
26 F4 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.112 
28 F5 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.112 
30 F6 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.112 
32 F7 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.112 
34 F8 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.112 
36 F9 FX 0.000 0.000 0.000 -0.076 
19 F10 FX 0.044 0.073 -0.039 -0.020 
21 F11 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.039 
25 F12 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.039 
27 F13 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.039 
29 F14 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.039 
31 F15 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.039 
33 F16 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.039 
35 F17 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.039 
 
 
 
24 
 
4.2 ESTADO LIMITE DE SERVIÇO 
Limite de serviço 
ORDEM Força Eixo CP+CA 1+0.6V0b CP+0.7CA CP+0.3V0a+0.6CA CP+0.3V0a 
18 F1 FY 0.934 1.013 0.886 0.410 
20 F2 FY 1.795 1.954 1.700 0.748 
24 F3 FY 1.825 1.983 1.730 0.777 
26 F4 FY 1.856 2.015 1.761 0.809 
28 F5 FY 1.889 2.048 1.794 0.842 
30 F6 FY 1.923 2.081 1.828 0.875 
32 F7 FY 1.957 2.116 1.863 0.910 
34 F8 FY 2.001 2.160 1.906 0.954 
36 F9 FY 2.189 2.348 2.094 1.142 
19 F10 FY 0.934 1.013 0.886 0.410 
21 F11 FY 1.795 1.954 1.700 0.748 
25 F12 FY 1.825 1.983 1.730 0.777 
27 F13 FY 1.856 2.015 1.761 0.809 
29 F14 FY 1.889 2.048 1.794 0.842 
31 F15 FY 1.923 2.081 1.828 0.875 
33 F16 FY 1.957 2.116 1.863 0.910 
35 F17 FY 2.001 2.160 1.906 0.954 
18 F1 FX 0 0 -0.008 -0.008 
20 F2 FX 0 0 -0.017 -0.017 
24 F3 FX 0 0 -0.017 -0.017 
26 F4 FX 0 0 -0.017 -0.017 
28 F5 FX 0 0 -0.017 -0.017 
30 F6 FX 0 0 -0.017 -0.017 
32 F7 FX 0 0 -0.017 -0.017 
34 F8 FX 0 0 -0.017 -0.017 
36 F9 FX 0 0 -0.017 -0.017 
19 F10 FX 0 0 -0.008 -0.008 
21 F11 FX 0 0 -0.017 -0.017 
25 F12 FX 0 0 -0.017 -0.017 
27 F13 FX 0 0 -0.017 -0.017 
29 F14 FX 0 0 -0.017 -0.017 
31 F15 FX 0 0 -0.017 -0.017 
33 F16 FX 0 0 -0.017 -0.017 
35 F17 FX 0 0 -0.017 -0.017

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