Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT ELAISE GABRIEL EMÍLIA GARCEZ DA LUZ PROJETO DE ESTRUTURAS METÁLICAS: Dimensionamento de Galpão de Oficina Sinop-MT 2016/2 I SUMÁRIO 1 CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO ......................................................... 3 1.1 TIPOLOGIA DO GALPÃO .......................................................................... 3 1.1.1 Sistema estrutural ............................................................................ 3 1.1.2 Escolha do aço ................................................................................. 4 1.1.3 Perfis utilizados ................................................................................ 4 1.2 NORMAS CONSIDERADAS NO PROJETO .............................................. 4 2 DETERMINAÇÃO DAS FORÇAS ATUANTES .............................................. 5 2.1 FORÇAS DEVIDAS AO VENTO ................................................................ 5 2.1.1 Velocidade básica do vento – V0 ..................................................... 5 2.1.2 Fator topográfico – S1 ...................................................................... 5 2.1.3 Fator de rugosidade do terreno – S2 ............................................... 6 2.1.3.1 Rugosidade do Terreno .............................................................. 6 2.1.3.2 Dimensões da edificação ............................................................ 6 2.1.3.3 Determinação do fator S2 ............................................................ 6 2.1.3.4 Fator estatístico – S3 ................................................................... 8 2.1.4 Velocidade característica do vento – Vk ........................................ 8 2.1.5 Pressão dinâmica do vento – q ....................................................... 9 2.1.6 Coeficiente de forma e interno – Ci ................................................. 9 2.1.7 Coeficiente de forma e pressão externos – Ce .............................. 9 2.1.8 Coeficientes de pressão externos para parede lateral .................. 10 2.1.9 Coeficiente de forma e pressão externos – Ce .............................. 10 2.1.10 Coeficientes de forma externos e internos do telhado ................. 12 2.1.11 Combinação de ventos de sobrepressão e de sucção ................. 15 2.1.12 Carregamento crítico devido ao ventos de sobrepressão e de sucção ..............................................................................................................16 2.2 CARREGAMENTOS ADOTADOS NA COBERTURA ................................ 16 2.2.1 Escolha da telha ............................................................................... 16 2.3 SOLICITAÇÕES NA ESTRUTURA ............................................................ 17 2.3.1 Área de influência ............................................................................. 17 2.3.2 Combinações .................................................................................... 18 2.3.2.1 Estado Limite Último (ELU) ......................................................... 18 2.3.2.2 Estado Limite de Serviço (ELS) .................................................. 19 3 DESLOCAMENTOS MÁXIMOS ..................................................................... 21 4 ANEXOS ......................................................................................................... 23 4.1 ESTADO LIMITE ÚLTIMO ......................................................................... 23 4.2 ESTADO LIMITE DE SERVIÇO ................................................................. 24 II 3 1 CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO 1.1 TIPOLOGIA DO GALPÃO Este projeto tem como finalidade o dimensionamento de um galpão metálico para ser utilizado como oficina no município de Sinop-MT. A especificação da estrutura será detalhada nos próximos tópicos. Trata-se de um barracão com as seguintes dimensões: Largura: 20,0 metros; Comprimento: 40,0 metros; Altura total: 7,0 metros; Pé direito: 5,0 metros. 1.1.1 Sistema estrutural A estrutura será composta por pórticos bidimensionais treliçados em aço, que são formados por pilares, ligados por vigas de cobertura treliçada. Os pilares têm comprimento de 5,0 metros e as vigas principais têm vão de 20 metros de eixo a eixo de pilar. A representação da estrutura dos pórticos tem o posicionamento dos nós como mostra a figura abaixo. Figura 1 - Posicionamento dos nós na treliça da estrutura A estrutura de sustentação da cobertura é composta por banzos inferiores e superiores em perfil “U”, com inclinação de 11,31° em relação à horizontal. A altura total do galpão é de 7,0 metros, sendo que 2,0 metros são provenientes da inclinação das vigas da cobertura. O plano de uso da estrutura prevê uma oficina para consertos de veículos, não havendo nenhuma sobrecarga de equipamentos fixos na estrutura da cobertura, com exceção de lâmpadas e possível ventilação artificial. 4 1.1.2 Escolha do aço Considerando que o local não é de natureza agressiva nem de atmosfera marítima, não há necessidade de se utilizar aço de alta resistência à corrosão. Para a execução da obra, foi escolhido o tipo aço-carbono, um dos tipos mais utilizados, nos quais o aumento de resistência em relação ao ferro puro é produzido pelo carbono e, em menor escala, pelo manganês. Foi escolhido o tipo A-36, com módulo de elasticidade de 200 GPa, conforme a NBR-8800/2008, apresenta 250 MPa para limite de escoamento e 400-500 MPa de resistência à ruptura. Com baixo teor de carbono, pode ser soldado sem precauções especiais. 1.1.3 Perfis utilizados Os perfis estruturais em aço, na maioria das vezes industrializados, possuem dimensões definidas, que podem ser consultadas em tabelas com suas respectivas características geométricas necessárias para o dimensionamento, a fim de facilitar a escolha do perfil mais adequado para o projeto. Para este projeto, foram adotados: Perfis utilizados na cobertura: o Banzo superior: U 150x75x3,35 – 7,60kg/m o Banzo inferior: U 150x75x3,35 – 7,60kg/m o Diagonal: U 150x75x2,65 – 6,06kg/m o Montante: L 40x3 – 1,77 kg/m o Terça: Ue 100x50x17x2,25 – 3,87 kg/m Travamentos: U 125x50x2,65 – 4,25 kg/m; Espaçamento entre os pórticos: 5 metros. 1.2 NORMAS CONSIDERADAS NO PROJETO O processo de dimensionamento está de acordo com as seguintes normas: NBR-8800/86 – Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edifícios; NBR-6123/88 – Forças Devidas ao Vento em Edificações; NBR-6118/03 – Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento; NBR 6120/80 – Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edificações. 5 2 DETERMINAÇÃO DAS FORÇAS ATUANTES 2.1 FORÇAS DEVIDAS AO VENTO Em estruturas metálicas o vento realiza um papel determinante, e é determinado conforme a NBR 6123/88 “Forças devido ao vento em edificações”. 2.1.1 Velocidade básica do vento – V0 A velocidade típica do vento na cidade de Sinop-MT é 30m/s, cujo valor é encontrado através da Figura 2. Figura 2 - Mapa de isopletas da velocidade básica V0 (m/s). Fonte: NBR 6123-1988 2.1.2 Fator topográfico – S1 6 O fator topográfico leva em consideração as variações do relevo do terreno no qual a edificação está situada. Para Sinop-MT, o valor de S1 determinado é igual a 1,0, por apresentar terreno plano ou fracamente acidentado. 2.1.3 Fator de rugosidade do terreno – S2 Segundo a NBR 6123-1988, o fator S2 considera o efeito combinado da rugosidade do terreno, da variação da velocidadedo vento com a altura acima do terreno e das dimensões da edificação ou parte dela. 2.1.3.1 Rugosidade do Terreno A ABNT NBR 6123:1988 traz a rugosidade do terreno como sendo classificada em cinco categorias, que depende da geografia e densidade demográfica do local da construção (Item 5.3.1). Esse projeto se encaixa na Categoria IV: Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zona florestal, industrial ou urbanizada (com cota média do topo dos obstáculos considerada igual a 10 metros). 2.1.3.2 Dimensões da edificação Para fins da norma, a ABNT NBR 6123:1988 traz três Classes de edificações, partes de edificações e seus elementos, com intervalos de tempo para cálculo da velocidade média de respectivamente 3s, 5s e 10s, cuja definição leva em consideração a maior dimensão horizontal ou vertical da superfície tocada pelo vento (Item 5.3.1). Considerando o vento incidente a 0º no barracão, tem-se que a maior dimensão horizontal ou vertical tocada pelo vento é de 20 m, ou seja, compreendida entre 20m e 50m. Portanto, para a incidência do vento nestas faces será adotada a Classe B. Considerando o vento incidente a 90º no barracão, tem-se que a maior dimensão horizontal ou vertical tocada pelo vento nesta direção é de 40 m, ou seja, compreendida entre 20m e 50m. Portanto, para a incidência do vento nestas faces será adotada igualmente a Classe B. 2.1.3.3 Determinação do fator S2 Este fator é determinado a partir da equação abaixo: 𝑆2 = 𝑏. 𝐹𝑟 . (𝑧/10) 𝑝 7 E os parametros da formula acima são definidos de acordo com a tabela a seguir. Figura 3 - Parâmetros metereológicos. Fonte: ABNT NBR 6123:1988 Vento a 0°: Categoria IV – Classe B 𝑆2 = 𝑏 ∗ 𝐹𝑟 ∗ ( 𝑧 10 ) 𝑝 𝑆2 = 0,85 ∗ 0,98 ∗ ( 7 10 ) 0,125 𝑆2 = 0,797 Vento a 90°: Categoria IV – Classe B 𝑆2 = 𝑏 ∗ 𝐹𝑟 ∗ ( 𝑧 10 ) 𝑝 8 𝑆2 = 0,85 ∗ 0,98 ∗ ( 7 10 ) 0,125 𝑆2 = 0,797 2.1.3.4 Fator estatístico – S3 O fator estatístico S3 considera o grau de segurança requerido e a vida útil da edificação. A NBR 6123-1988 indica valores mínimos adequados para edificações, conforme abaixo. Figura 4 - Valores mínimos do fator estatístico S3 Fonte: ABNT NBR 6123:1988 Para o galpão de estudo, o fator adotado foi de 0,95, correspondente ao grupo 3, destinado à edificações e instalações industriais com baixo fator de ocupação. 2.1.4 Velocidade característica do vento – Vk Todos os cálculos foram realizados para uma estrutura com 4 faces permeáveis, cujos coeficientes de pressão podem ser encontrados nas equações a seguir. Vento a 0° 𝑉𝑘 = 𝑉0 ∗ 𝑆1 ∗ 𝑆2 ∗ 𝑆3 𝑉𝑘 = 30 ∗ 1,0 ∗ 0,797 ∗ 0,95 𝑉𝑘 = 22,705 𝑚/𝑠 Vento a 90° 𝑉𝑘 = 𝑉0 ∗ 𝑆1 ∗ 𝑆2 ∗ 𝑆3 𝑉𝑘 = 30 ∗ 1,0 ∗ 0,797 ∗ 0,95 9 𝑉𝑘 = 22,705 𝑚/𝑠 2.1.5 Pressão dinâmica do vento – q Vento a 0° 𝑞 = 0,613 ∗ 𝑉𝑘 2 𝑞 = 0,613 ∗ 22,7052 𝑞 = 0,316 𝑘𝑁/𝑚² Vento a 90° 𝑞 = 0,613 ∗ 𝑉𝑘 2 𝑞 = 0,613 ∗ 22,7052 𝑞 = 0,316 𝑘𝑁/𝑚² 2.1.6 Coeficiente de forma e interno – Ci Segundo a ABNT NBR 6123:1988, este índice é obtido levando-se em consideração a permeabilidade da edificação, esta por sua vez deve-se a presença de aberturas, frestas, vãos abertos de portas e janelas, lanternins, dentre outros (vide Item 6.2). O valor positivo do coeficiente de forma interno corresponde a sobrepressão e valor negativo desse coeficiente corresponde à sucção. Segundo a norma, a edificação em questão se enquadra no quesito 6.2.5 b, no qual a edificação apresenta quatro faces igualmente permeáveis. Para o vento 0°, considerando o valor mais crítico, conforme recomenda a norma, utiliza-se o valor de cpi = -0,3. Já para o vento 90°, a norma descreve que a abertura dominante está em uma face paralela ao vento, ou seja, a abertura dominante em relação a esse vento não está em uma zona de alta sucção externa, desse modo a norma NBR 6123/1988 indica o uso do coeficiente de forma externo Ce, correspondente ao local da abertura nesta face. No caso do projeto apresentado esse valor é uma média dos valores apresentados na face. 𝑐𝑝𝑖,90 = −0,9 − 0,5 2 = −0,7 2.1.7 Coeficiente de forma e pressão externos – Ce 10 Os valores dos coeficientes de pressão e de forma externos, para diversos tipos de edificações e para direções críticas do vento são dados na Tabela 3 e Tabela 4 abaixo, também presentes na ABNT NBR 6123:1988. 2.1.8 Coeficientes de pressão externos para parede lateral Vento a 0° ℎ 𝑏 = 5 20 = 0,25 ; 𝑎 𝑏 = 40 20 = 2 𝐴1 𝑒 𝐵1 = −0,8 𝐴2 𝑒 𝐵2 = −0,4 𝐴3 𝑒 𝐵3 = −0,2 𝐶 = +0,7 𝐷 = −0,3 Vento a 90° 𝐴 = +0,7 𝐵 = −0,5 𝐶1 𝑒 𝐷1 = −0,9 𝐶2 𝑒 𝐷2 = −0,5 Figura 5 - Coeficientes externos para paredes - ventos a 0° e a 90°. Fonte: Software Ciclone (2017) 2.1.9 Coeficiente de forma e pressão externos – Ce Os valores dos coeficientes de pressão e de forma externos, para diversos tipos de edificações e para direções críticas do vento são dados na Tabela 3 e Tabela 4 abaixo, também presentes na ABNT NBR 6123:1988. 11 Tabela 3 – Coeficientes de pressão e de forma, externos, para paredes de edificações de planta retangular Fonte: ABNT NBR 6123:1988. Dessa forma, as variáveis utilizadas são: a=40 b=20 h=7 Assim, segundo a tabela ‘3’, ℎ 𝑏 ≤ 1 2 12 7 20 ≤ 1 2 0,35 ≤ 1 2 Inclinação do telhado: 𝜃 = 11,31 Vento a 0° 𝐸𝐺 = −0,8 𝐹𝐻 = −0,6 Vento a 90° 𝐸𝐹 = −1,2 𝐺𝐻 = −0,4 Figura 6 - Coeficientes de pressão e de forma, externos - telhado. Fonte: Software Ciclone (2017) 2.1.10 Coeficientes de forma externos e internos do telhado Já para encontrar os valores dos coeficientes externos para telhados com duas águas, simétricos em edificações com planta retangular, usa-se a tabela: 13 Figura 7 - Coeficientes de pressão e de forma, externos, para telhados com duas águas, simétricos, em edificações de planta retangular. Fonte: ABNT NBR 6123:1988 14 Assim, tem-se: Vento a 0° Figura 8 - Diagrama das forças resultantes com vento a 0°. Fonte: Software Ciclone (2017) Vento a 90° Figura 9 - Diagrama das forças resultantes com vento a 90°. Fonte: Software Ciclone (2017) 15 2.1.11 Combinação de ventos de sobrepressão e de sucção Vento a 0° Figura 10 - Ventos de sucção e sobrepressão no telhado a 0°. Fonte: Software Ciclone (2017) Vento a 90° Figura 11 -Ventos de sucção e sobrepressão no telhado a 90°. Fonte: Software Ciclone (2017) 16 2.1.12 Carregamento crítico devido ao ventos de sobrepressão e de sucção Vento a 0° Figura 12 - Carregamento crítico devido aos ventos de sobrepressão e de sucção – a 0°. Fonte: Software Ciclone (2017) Vento a 90° Figura 13 - Carregamento crítico devido aos ventos de sobrepressão e de sucção – a 90°. Fonte: Software Ciclone (2017) 2.2 CARREGAMENTOS ADOTADOS NA COBERTURA 2.2.1 Escolha da telha A telha utilizada foi a trapezoidal 40, com espessura de 0,5 mm, pois acreditou- se ser uma telha adequada ao projeto em questão. As especificações técnicas da telha escolhida segue abaixo. 17 Figura 14 - Especificações técnicas da telha utilizada. Fonte: Manual técnico de telhas de aço (2009) 2.3 SOLICITAÇÕES NA ESTRUTURA 2.3.1 Área de influênciaTabela 1 - Comprimento atuante em cada nó. Comprimentos atuantes - nós 18 e 19 20 e 21 24 e 25 26 e 27 28 e 29 30 e 31 32 e 33 34 e 35 36 montante 0 1 1.25 1.5 1.75 2 2.25 2.75 3 banzo 0.794 2.52 2.52 2.52 2.52 2.52 2.52 2.52 2.52 diagonal 0.800 1.684 1.860 2.052 2.255 2.466 2.684 2.908 3.135 Fonte: Acervo pessoal (2017) Tabela 2 - Carga permanente - peso atuante em cada nó. Carga permanente nó 18 nó 20 nó 24 nó 26 nó 28 nó 30 nó 32 nó 34 nó 36 montante 0.000 0.035 0.043 0.052 0.061 0.069 0.078 0.096 0.104 banzo 0.030 0.095 0.095 0.095 0.095 0.095 0.095 0.095 0.095 diagonal 0.095 0.200 0.221 0.244 0.268 0.293 0.319 0.346 0.373 resultante 0.125 0.330 0.360 0.391 0.424 0.458 0.492 0.536 0.572 peso telha 0.180 0.361 0.361 0.361 0.361 0.361 0.361 0.361 0.361 peso terça 0.152 0.152 0.152 0.152 0.152 0.152 0.152 0.152 0.304 peso atuante em cada nó 0.457 0.843 0.872 0.904 0.936 0.970 1.005 1.049 1.236 Fonte: Acervo pessoal (2017) 18 2.3.2 Combinações 2.3.2.1 Estado Limite Último (ELU) Figura 15 - Combinação 1: 1,4CP + 1,5CA1 + 1,4*0,6V02 Fonte: Acervo pessoal (2017) Figura 16 - Combinação 2: 1,4CP + 1,4V01 + 1,5*0,7CA2 Fonte: Acervo pessoal (2017) Figura 17 - Combinação 3: CP + 1,4V0 Fonte: Acervo pessoal (2017) 19 Figura 18 - Combinação 4: CP + 1,4V90 Fonte: Acervo pessoal (2017) 2.3.2.2 Estado Limite de Serviço (ELS) Figura 19 - Combinação 5: CP + CA1 + 0,6V02 Fonte: Acervo pessoal (2017) Figura 20 - Combinação 6: CP + 0,7CA Fonte: Acervo pessoal (2017) 20 Figura 21 - Combinação 7: CP + 0,3V01 + 0,6CA2 Fonte: Acervo pessoal (2017) Figura 22 - Combinação 8: CP + 0,3V0 Fonte: Acervo pessoal (2017) As combinações, após terem sido computadas no Ftool, geraram os diagramas dos quais foram identificados os esforços mais críticos de compressão e de tração. Com tais informações, foram comparados os valores de esforços resistentes de cada peça, conforme fornecido pelo software DimPerfil. As informações foram resumidas na tabela a seguir. Tabela 3 - Esforço admissível e solicitação na peça. ESFORÇO ADMISSÍVEL SOLICITAÇÃO NA PEÇA Tração Compressão Tração Compressão BANZO SUPERIOR 158,45 -166,284 Não ocorreu -60,634 BANZO INFERIOR 158,45 -233,96 64,709 -0,621 DIAGONAL 58,42 -287,14 39,035 -6,299 MONTANTE 5,59 -35,89 13,019 -33,453 21 3 DESLOCAMENTOS MÁXIMOS Ao projetar uma estrutura deve-se realizar a verificação do estado-limite de serviço de deslocamentos máximos. Os limites de deslocamentos estão indicados no Anexo C da ABNT NBR 8800:2008. Neste projeto são verificados os seguintes deslocamentos máximos: · Deslocamento máximo no topo dos pilares em edificação: L/300; · Deslocamento máximo das treliças da cobertura: L/250; · Deslocamento máximo nas terças de cobertura devido às forças gravitacionais: L/180. · Deslocamento máximo nas terças de cobertura devido ao vento de sucção: L/120. Para estas análises, foram carregadas sobre a estrutura os esforços máximos gerados a partir das combinações das ações quase permanentes de serviço anteriormente demonstradas. A figura abaixo mostra os máximos deslocamentos gerados nas treliças da estrutura. Figura 23 - Deslocamentos máximos nas treliças. Fonte: Acervo pessoal (2017) Como mostrado, através da análise do software Ftool, obteve-se o valor de deslocamento máximo no topo dos pilares de 3,08 cm. Como para essa situação, o máximo valor admissível é de L/300, tem-se: · L 300 = 700 300 = 2,33 cm · 3,08 > 2,33 𝐍ã𝐨 𝐏𝐚𝐬𝐬𝐨𝐮! O valor de deslocamento máximo das treliças da cobertura foi obtido pelo software Ftool, cujo valor encontrado foi de 2,48 cm. 22 Para este caso, o máximo valor admissível é de L/250, logo tem-se que: L 250 = 2000 250 = 8 cm 2,48 < 8 𝐎𝐤! Para as terças encontrou-se, 3,7 e 1,75 cm de deslocamento devido às forças gravitacionais e devido ao vento de sucção, respectivamente, como mostrado abaixo: Figura 24 - Deslocamentos gerados nas terças devido às forças gravitacionais. Fonte: Acervo pessoal (2017) Figura 25 - Deslocamentos gerados nas terças devido ao vento de sucção. Fonte: Acervo pessoal (2017) Assim, tem-se que: L 180 = 500 180 = 2,77 cm 3,7 ≥ 2,77 𝐍ã𝐨 𝐏𝐚𝐬𝐬𝐨𝐮! L 120 = 500 120 = 4,16 cm 1,75 ≤ 4,16 𝐎𝐤! 23 4 ANEXOS 4.1 ESTADO LIMITE ÚLTIMO Limite Último ORDEM Força Eixo 1.4CP+1.5CA1+1.4* 0.6V0b 1.4CP+1.4V0b+1.5* 0.7CA1 CP+1.4V0 CP+1.4V90 18 F1 FY 2.078 1.885 0.236 0.139 20 F2 FY 4.055 3.669 0.400 0.206 24 F3 FY 4.096 3.711 0.429 0.236 26 F4 FY 4.140 3.755 0.461 0.267 28 F5 FY 4.186 3.801 0.494 0.300 30 F6 FY 4.233 3.848 0.528 0.334 32 F7 FY 4.282 3.897 0.562 0.369 34 F8 FY 4.343 3.958 0.606 0.412 36 F9 FY 4.606 4.221 0.794 0.808 19 F10 FY 2.078 1.885 0.236 0.347 21 F11 FY 4.055 3.669 0.400 0.621 25 F12 FY 4.096 3.711 0.429 0.651 27 F13 FY 4.140 3.755 0.461 0.682 29 F14 FY 4.186 3.801 0.494 0.715 31 F15 FY 4.233 3.848 0.528 0.749 33 F16 FY 4.282 3.897 0.562 0.784 35 F17 FY 4.343 3.958 0.606 0.827 18 F1 FX 0.044 0.073 -0.039 -0.056 20 F2 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.112 24 F3 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.112 26 F4 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.112 28 F5 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.112 30 F6 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.112 32 F7 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.112 34 F8 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.112 36 F9 FX 0.000 0.000 0.000 -0.076 19 F10 FX 0.044 0.073 -0.039 -0.020 21 F11 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.039 25 F12 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.039 27 F13 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.039 29 F14 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.039 31 F15 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.039 33 F16 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.039 35 F17 FX 0.087 0.145 -0.078 -0.039 24 4.2 ESTADO LIMITE DE SERVIÇO Limite de serviço ORDEM Força Eixo CP+CA 1+0.6V0b CP+0.7CA CP+0.3V0a+0.6CA CP+0.3V0a 18 F1 FY 0.934 1.013 0.886 0.410 20 F2 FY 1.795 1.954 1.700 0.748 24 F3 FY 1.825 1.983 1.730 0.777 26 F4 FY 1.856 2.015 1.761 0.809 28 F5 FY 1.889 2.048 1.794 0.842 30 F6 FY 1.923 2.081 1.828 0.875 32 F7 FY 1.957 2.116 1.863 0.910 34 F8 FY 2.001 2.160 1.906 0.954 36 F9 FY 2.189 2.348 2.094 1.142 19 F10 FY 0.934 1.013 0.886 0.410 21 F11 FY 1.795 1.954 1.700 0.748 25 F12 FY 1.825 1.983 1.730 0.777 27 F13 FY 1.856 2.015 1.761 0.809 29 F14 FY 1.889 2.048 1.794 0.842 31 F15 FY 1.923 2.081 1.828 0.875 33 F16 FY 1.957 2.116 1.863 0.910 35 F17 FY 2.001 2.160 1.906 0.954 18 F1 FX 0 0 -0.008 -0.008 20 F2 FX 0 0 -0.017 -0.017 24 F3 FX 0 0 -0.017 -0.017 26 F4 FX 0 0 -0.017 -0.017 28 F5 FX 0 0 -0.017 -0.017 30 F6 FX 0 0 -0.017 -0.017 32 F7 FX 0 0 -0.017 -0.017 34 F8 FX 0 0 -0.017 -0.017 36 F9 FX 0 0 -0.017 -0.017 19 F10 FX 0 0 -0.008 -0.008 21 F11 FX 0 0 -0.017 -0.017 25 F12 FX 0 0 -0.017 -0.017 27 F13 FX 0 0 -0.017 -0.017 29 F14 FX 0 0 -0.017 -0.017 31 F15 FX 0 0 -0.017 -0.017 33 F16 FX 0 0 -0.017 -0.017 35 F17 FX 0 0 -0.017 -0.017
Compartilhar