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A metaforização em Iracema

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Iracema:
A metáfora da colonização
José de Alencar (1829 - 1877)
 Foi um romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista.
Destacou-se na carreira literária com a publicação do romance "O Guarani", em forma de folhetim, no Diário do Rio de Janeiro, onde alcançou enorme sucesso. Seu romance "O Guarani" serviu de inspiração ao músico Carlos Gomes que compôs a ópera O Guarani.
Foi escolhido por Machado de Assis para patrono da Cadeira nº23 da Academia Brasileira de Letras.
José de Alencar criou uma literatura nacionalista onde se evidencia uma maneira de sentir e pensar tipicamente brasileiras. Suas obras são especialmente bem sucedidas quando o autor transporta a tradição indígena para a ficção.
Tão grande foi a preocupação de José de Alencar em retratar sua terra e seu povo que muitas das páginas de seus romances relatam mitos, lendas, tradições, festas religiosas, usos e costumes observados pessoalmente por ele com o intuito de cada vez mais abrasileirar seus textos.
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Obras de josé de alencar
1856
1857
1862
1875
Iracema guardiã
Em 1996, uma nova estátua denominada “Iracema Guardiã”, fica na Praia de Iracema e se transformou na maior homenagem à índia na cidade. Composta de ferro, ela foi esculpida pelo artista plástico Zenon Barreto.
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Iracema guardiã: uma escultura de zenon barreto
de Virgílio maia
Este arco Retesado são as dunas
da praia cearense á noite clara,
o horizonte do mar, vela enfunada
e o seio nu da tabajara nua;
maresia e mares, ventos, assobios,
mil afagos do tempo da esperança;
inúbias e marulho, uma lembrança
inconha dos primeiros balbucios.
Olhando o nosso chão, ela nos mira;
despojada, perdoa e nos consola;
em gesto de humildade, é lua cheia.
Telúrica guerreira, irmã querida,
companheira e mulher, ave e sereia,
é anagrama da terra que abençoa.
Iracema na
lagoa de messejana
Localizada no centro da Lagoa de Messejana. A estátua está em posição sentada, com uma flecha na mão e tomando banho com uma cuia. 
Foi inaugurada em 1º de maio de 2004, dentro das comemorações dos 278 anos de Fortaleza, e para marcar os 175 anos de nascimento do escritor cearense José de Alencar, pelo então prefeito Juraci Magalhães. A protagonista do romance “Iracema” foi instituída como ícone cultural a partir de lei em dezembro de 2011.
Iracema na
praia de mucuripe
A estátua de Iracema inaugurada na praia do Mucuripe, em 24 de junho 1965 pelo então presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, homenageia a personagem Iracema, do livro homônimo do escritor José de Alencar, que completava cem anos de sua publicação, e está localizada onde a índia esperava o retorno de seu amado, Martin Soares Moreno.
iracema
O nome Iracema tem origem do guarani iracema, composto pelos elementos ira, que tem origem no nheengatu que significa “mel” e acema, que quer dizer “escorrer” ou “sair em grande quantidade”. Assim sendo, literalmente o nome Iracema significa "saída do mel". 
No entanto, no romance de Alecar, Iracema possui um significado distinto do encontrado na analise etimológica da palavra , na história o nome da índia queria dizer “a virgem dos lábios de mel”.
1865
Anagrama são aquelas palavras que desembaralhadas formam outras palavras. 
Esta "brincadeira" teria sido criada pelo escritor José de Alecar para representar a figura da índia sul-americana, que foi conquistada pelo europeu.
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José de Alencar construiu uma alegoria perfeita do processo de colonização do Brasil e de toda a América pelos invasores portugueses e europeus em geral.
composição
O livro é composto por 33 capítulos curtos, com imagens e comparações superpostas. 
Outros elementos presentes são: o ritmo e a musicalidade. A musicalidade é a característica mais marcante de seu discurso literário.
Vejamos um trecho que marca a musicalidade dita:
“O galo da campina ergue a poupa escarlate fora do ninho. Seu límpido trinado anuncia a aproximação do dia.
Ainda a sombra cobre a terra. Já o povo selvagem colhe as redes na grande taba e caminha para o banho O velho Pajé que velou toda a noite, falando às estrelas, conjurando os maus espíritos das trevas, entra furtivamente na cabana[...]”. (pág. 20-1).
A obra é escrita em terceira pessoa, e leva a crer que temos um narrador-observador, porém o ufanismo faz com que, em alguns momentos, o narrador apareça em primeira pessoa e deixe transparecer sua admiração e seu envolvimento. sugerem o nascimento de um texto densamente poético. 
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enredo
 A lenda e a história Iracema, subintitulado Lenda do Ceará, conta a triste história de amor entre a índia tabajara Iracema, a virgem dos lábios de mel, e Martim, o primeiro colonizador português do Ceará. Além disso como resumiu. Os Pitiguaras habitavam o litoral cearense e eram amigos dos portugueses. Os Tabajaras viviam no interior e eram aliados dos franceses.
tabajara
IRACEMA
MARTIM
pitiguaras
AMÉRICA
IRACEMA
MOACIR
MARTIM
IRAPUÃ
Iracema é uma anagrama de América;
Iracema é a mãe da América Selvagem;
Martim representa o colonizador;
O Europeu chegando para conquistar a América;
Líder da resistência contra a colonização;
Da tribo dos Tabajaras.
Moacir, filho da índia com o Europeu;
Miscigenação Europeia;
Filho da Dor;
Novo mundo;
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